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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE - II
AUXÍLIO-DOENÇA
Lei n. 8.213/91
Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal
correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III,
especialmente no art. 33 desta Lei
Art. 29...
§10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários-de-contribuição,
inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos
salários-de-contribuição existentes.
Reforma Previdenciária/2019
Salário de benefício –
Art. 29, II, Lei 8.213/91 X EC 103/2019
Lei nº 8.213/91
Art. 29. O salário-de-benefício consiste:
I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores
salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator
previdenciário;
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.
AUXÍLIO-DOENÇA
Lei nº 8.213/91
Art. 60...
o
§ 8 Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá
fixar o prazo estimado para a duração do benefício. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
o o
§ 9 Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8 deste artigo, o benefício cessará após o prazo de cento e
vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a sua
prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento, observado o disposto no art. 62 desta Lei. (Incluído pela Lei
nº 13.457, de 2017)
§ 10. O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido judicial ou administrativamente, poderá ser convocado a
qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram sua concessão ou manutenção, observado o
disposto no art. 101 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 11. O segurado que não concordar com o resultado da avaliação da qual dispõe o § 10 deste artigo poderá
apresentar, no prazo máximo de trinta dias, recurso da decisão da administração perante o Conselho de Recursos
do Seguro Social, cuja análise médica pericial, se necessária, será feita pelo assistente técnico médico da junta de
recursos do seguro social, perito diverso daquele que indeferiu o benefício. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
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AUXÍLIO-DOENÇA – restabelecimento
Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15 dias, retornando à atividade no
décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de 60 dias desse retorno, em decorrência da mesma doença,
fará jus ao auxílio-doença a partir da data do novo afastamento.
A regulamentação detalhada está estampada no artigo 310 da Instrução Normativa INSS 77/2015:
Art. 310. No requerimento de auxílio-doença previdenciário ou acidentário, quando houver, respectivamente, a
mesma espécie de benefício anterior já cessado, a verificação do direito ao novo benefício ou ao restabelecimento
do benefício anterior, será de acordo com a DER e a conclusão da perícia médica, conforme definições a seguir:
I - se a DER ocorrer até sessenta dias da DCB anterior:
a) tratando-se de mesmo subgrupo de doença de acordo com o Código Internacional de Doenças - CID e a DII
menor, igual ou maior que a DCB anterior, será restabelecido o benefício anterior; e
b) tratando-se de subgrupo de doença de acordo com o CID diferente e DII menor, igual ou maior à DCB anterior,
será concedido novo benefício;
II - se a DER ocorrer após o prazo de sessenta dias da DCB anterior:
a) tratando-se do mesmo subgrupo de doença de acordo com o CID e a DII menor ou igual à DCB anterior, deverá
ser concedido novo benefício, haja vista a expiração do prazo de sessenta dias previsto no § 3º do art. 75 do RPS,
contado, neste caso, da DCB;
b) tratando-se de mesmo subgrupo de doença de acordo com o CID e DII maior que a DCB anterior:
1. se a DER for até trinta dias da DII e a DIB até sessenta dias da DCB, restabelecimento, visto o disposto no § 3º
do art. 75 do RPS;
2. se a DER e a DIB forem superiores a sessenta dias da DCB, deverá ser concedido novo benefício, considerando
não tratar-se da situação prevista no § 3º do art. 75 do RPS; e
c) tratando-se de doença diferente, independente da DII, deverá ser concedido novo benefício.
§ 1º Nas hipóteses previstas na alínea “b” do inciso I e alínea “c” do inciso II deste artigo, tratando-se de segurado
empregado, o pagamento relativo aos quinze dias do novo afastamento será de responsabilidade da empresa.
§ 2º Se ultrapassado o prazo para o restabelecimento ou tratando-se de outra doença, poderá ser concedido novo
benefício desde que, na referida data, seja comprovada a qualidade de segurado.
Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá
submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade.
§ 1º. O benefício a que se refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado
para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja
aposentado por invalidez. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 2º A alteração das atribuições e responsabilidades do segurado compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental não configura desvio de cargo ou função do segurado reabilitado ou que estiver
em processo de reabilitação profissional a cargo do INSS. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
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APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação
para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante
exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar
de médico de sua confiança.
A apreciação das condições pessoais e sociais do segurado somente será cabível quando houver o prévio
reconhecimento de incapacidade laborativa para avaliar qual o benefício por incapacidade cabível (aposentadoria
por incapacidade permanente ou auxílio-doença) na situação concreta.
Súmula nº 77, TNU: O julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não reconhecer
a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não
lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão
ou agravamento dessa doença ou lesão.
DOENÇA PREEXISTENTE.
Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença,
ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo.
§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a
aposentadoria por invalidez será devida: (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do
requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias;
b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar
da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais
de trinta dias
o
§2 Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar
ao segurado empregado o salário.
A forma de cálculo das aposentadorias foi alterada pela Reforma Previdenciária trazida por meio da Emenda
Constitucional nº 103/2019.
A base de cálculo considerada para a apuração da aposentadoria por incapacidade permanente passou ser a média
aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período
contributivo desde a competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela
competência.
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O valor inicial da aposentadoria por incapacidade permanente não decorrente de acidente do trabalho
corresponderá a
• 60% da média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a
100% do período contributivo desde a competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior
àquela competência;
• com acréscimo de 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 (vinte anos) de contribuição, no caso de homens
e o tempo de 15 (quinze anos), no de mulheres.
HOMENS
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MULHERES
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...
III - de aposentadoria por incapacidade permanente aos segurados do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvado o disposto no inciso II do § 3º deste artigo; e
§3º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 100% (cem por cento) da média aritmética definida na
forma prevista no caput e no § 1º:
I - ...
II - no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, quando decorrer de acidente de trabalho, de doença
profissional e de doença do trabalho.
...
§ 5º O acréscimo a que se refere o caput do § 2º será aplicado para cada ano que exceder 15 (quinze) anos de
tempo de contribuição para os segurados de que tratam a alínea "a" do inciso I do § 1º do art. 19 e ... e para as
mulheres filiadas ao Regime Geral de Previdência Social.
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra
pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.
STJ julgou recurso repetitivo (Tema 982) sobre o assunto, a seção fixou a seguinte tese:
"Comprovada a necessidade de assistência permanente de terceiro, é devido o acréscimo de 25%, previsto no
artigo 45 da Lei 8.213/1991, a todas as modalidades de aposentadoria.”
- STF suspende todos processos sobre extensão do auxílio-acompanhante garantida pelo STJ.
INSS conseguiu decisão na 1ª turma ao relatar impacto de R$ 7,5 bilhões ao ano com a extensão do benefício.
Terça-feira, 12 de março de 2019
A 1ª turma do STF suspendeu todos os processos individuais ou coletivos, em qualquer fase, que versem sobre a
extensão do auxílio-acompanhante para os segurados aposentados por invalidez às demais espécies de
aposentadoria do regime geral da Previdência Social.
O ministro Fux ponderou no voto que o STJ, a mercê da grave crise da Previdência, criou esse percentual de
benefício. Para o relator, o caso é “peculiar e grave”.
“Todo o fundamento do acórdão do TRF e do STJ ao invés de se basearam no art. 45, pura e simplesmente, se
utilizaram de princípios normativos da Constituição, como a dignidade da pessoa humana e a isonomia.
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Em termos de repercussão econômica, a informação do Ministério da Fazenda é no sentido de que essa utilização
imoderada desse adicional leva a benefício de R$ 7,15 bilhões ao ano, no ano em que se discute a reforma da
Previdência. Realmente essa benesse judicial me pareceu extremamente exagerada.”
Processo: Pet 8.002
Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será observado o seguinte
procedimento:
I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposentadoria por invalidez
ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa
quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de
capacidade fornecido pela Previdência Social; ou
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, para
os demais segurados;
II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado
apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo
da volta à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao término do qual
cessará definitivamente.
Lei nº 8.213/91:
Art. 43...
o
§ 4 O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições
que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, observado o disposto
no art. 101 desta Lei.
Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão
obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social,
processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o
cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
o
§1 O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à atividade estarão isentos do
exame de que trata o caput deste artigo:
I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos quinze anos da data da
concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou
II - após completarem sessenta anos de idade.
Lei nº 8.213/91
Art. 43...
o
§ 4 O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições
que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, observado o disposto
no art. 101.
§5º A pessoa com HIV/aids é dispensada da avaliação referida no §4º deste artigo.
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Perícia médica judicial
CPC –
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos
especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica, indicando
como alcançou suas conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam
o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios
necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte,
de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos,
fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.
Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a
produção da prova.
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz
poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais de um assistente técnico.
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Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-
lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da
audiência de instrução e julgamento.
§ 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de
15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo
parecer.
§ 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
§ 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o
assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob
forma de quesitos.
§ 4o O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de
antecedência da audiência.
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