Você está na página 1de 36

FISIOLOGIA DO TRABALHO

Fisiologia é uma ciência.


O que estuda? as funções orgânicas e os
processos vitais dos seres vivos.
Importante para medir:
Atividade física
Com reações aeróbias (Capacidade Aeróbia)
Com reações anaeróbias (Capacidade
Anaeróbica)
FISIOLOGIA DO TRABALHO

SISTEMA SISTEMA
CARDIOVASCULAR RESPIRATÓRIO SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO

TRABALHO FÍSICO
FISIOLOGIA DO TRABALHO
FISIOLOGIA DO TRABALHO

TRABALHO FÍSICO MOVIMENTOS PESO DO CORPO

CARBOIDRATOS E MÚSCULOS SISTEMAS DE


GORDURAS
SERVIÇO

Fonte de energia para a contração muscular

ISOMÉTRICA: O músculo não muda de


CONTRAÇÃO tamanho (Trabalho Estático)
MUSCULAR DINÂMICA: O músculo muda de tamanho
(Trabalho Dinâmico)
FISIOLOGIA DO TRABALHO
FISIOLOGIA DO TRABALHO
COMO OBTER A ENERGIA NECESSÁRIA PARA REALIZAR O TRABALHO?
No dia-a-dia precisamos de uns 120 W, para garantir o funcionamento normal
do corpo e mais alguma energia para o trabalho mecânico que fazemos nas
atividades usuais: andar, levantar e sentar, subir escadas.
Entretanto, quando corremos, nadamos, trabalhamos duro, uma parte da
energia que consumimos é usada para fazer um trabalho externo adicional: ao
andarmos temos que fazer nosso corpo subir contra a aceleração da
gravidade; ao nadarmos temos que empurrar a água que está à nossa frente;
se corremos, temos que empurrar o ar que está à nossa frente e ainda elevar
nosso corpo a cada passo que damos; se transportamos tijolos escada acima
o trabalho mecânico é transformado em energia potencial dos tijolos. Que
parte da energia química que conseguimos dos alimentos pode ser
transformada em energia mecânica?
Ou, em outras palavras, qual a eficiência do corpo humano para realizar
trabalho?
Uma eficiência de 20% a 30% de transformação de energia química dos
alimentos em energia trabalho mecânico (conseguido a partir da contração de
músculos) é possível.
FISIOLOGIA DO TRABALHO

O ATP (Trifosfato de Adenosina) armazena energia proveniente da respiração


celular para consumo imediato
FISIOLOGIA DO TRABALHO

POR QUE A EFICIÊNCIA DO CORPO HUMANO PARA


REALIZAR TRABALHO FÍSICO É BAIXA???

A contração de alguns músculos se opõe a outros para


poder alcançar o controle da velocidade, portanto o
trabalho externo é pequeno
FISIOLOGIA DO TRABALHO
METABOLISMO

Estudo dos aspectos energéticos do corpo humano.


A energia é proveniente da alimentação
Transformações químicasHomem
glicogênio -1.800 kcal/d

Mulher
Calor CO2 Água
-1.600 kcal/d
METABOLISMO BASAL

Energia necessária para manter uma pessoa


viva

Cálculo para homens: MB = 1,3 x {66,4 + [(13,7 x peso(kg)) + ( 5 x altura(cm)) - (6,7x idade(anos))]} kcal/d
Cálculo para mulheres: MB = 1,3 x {655,1 + [(9,5 x peso(kg)) + (1,8 x altura(cm)) - (4,6 x idade(anos))]}kcal/d

Pessoas treinadas substituir 1,3 por 1,5


FISIOLOGIA DO TRABALHO

CAPACIDADE MUSCULAR
Depende

Glicogênio armazenado Oxigênio que obtemos da


inicialmente nos respiração
músculos

CAPACIDADE DE TRABALHO
FÍSICO VO2máx (lO2 / min)
CAPACIDADE DE TRABALHO
FÍSICO ( VO2máx)

Máxima quantidade de oxigênio que uma pessoa é capaz inspirar,


combinar com o sangue nos pulmões e transportar às células que se
contraem permitindo a remoção de subprodutos do metabolismo

VCO2 = 4,5 − 5kcal / lO2


FISIOLOGIA DO TRABALHO
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS
Utilização da taxa de consumo de oxigênio como base para medir o
gasto de energia na realização de trabalho físico.

A taxa de mudança dos batimentos do coração também é


indicativo de atividade física.

Relação linear entre freqüência cardíaca e intensidade do esforço é


utilizada para determinar o consumo de oxigênio máximo.

A magnitude do aumento da freqüência cardíaca com o aumento


da carga depende da condição física aeróbica do indivíduo
COMO SABER QUE CHEGAMOS À MÀXIMA POTENCIA AERÓBICA???????

1. Os incrementos de carga não provocam incremento no consumo de


oxigênio
2. Alta concentração de ácido láctico no sangue o qual provoca forte dor
muscular e necessidade de parar o esforço físico
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS

CAPACIDADE DE TRABALHO
FÍSICO (VO2máx)

MEDIÇÃO DO CONSUMO DE OXIGÊNIO

MEDIÇÕES DIRETAS TESTES


MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS

MEDIÇÕES DIRETAS
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS

TESTES

TESTES DE CAMPO TESTES ERGOMÉTRICOS

CORRIDAS CAMINHADAS BANCO BICICLETA ESTEIRA

Relacionam distâncias e velocidades Relacionam freqüência


com VO2 máx cardíaca com VO2 máx
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS

TESTES ERGOMÉTRICOS
Ergometria significa medida de trabalho.
Existem diferentes protocolos para realizar os testes (diferentes
procedimentos propostos)

COMO DETERMINAR A CAPACIDADE DE TRABALHO FÍSICO?????

-Mediante provas submáximas (banco, bicicleta ergométrica e esteira)


-Relacionando freqüência cardíaca com capacidade de trabalho físico

EQUAÇÕES EMPÍRICAS REGRESÃO LINEAR

-Estimação da carga máxima


-Determinação eficiência mecânica
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS

EQUAÇÕES EMPÍRICAS

PROTOCOLO DO QUEENS COLLEGE


O objetivo é medir capacidade aeróbica dos indivíduos
Banco de altura = 40 cm
TESTE DO Mulheres 22 subidas/descidas por minuto (durante 3 minutos)
BANCO Homens 24 subidas/descidas por minuto (durante 3 minutos)
Ritmo constante
Resultado medir freqüência cardíaca (FC) por 1 minuto após
finalizar a prova e calcular
VO 2 máx = 111 ,33 − (0 , 42 ⋅ FC ) ml de oxigênio/ Homens
kg,min de Mulheres
VO 2 máx = 65 ,81 − ( 0,1847 ⋅ FC ) trabalho
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS

EQUAÇÕES
TESTES EMPÍRICAS
ERGOMÉTRICOS

PROTOCOLO DE VON DOBELN


Aplica 1 ou 2 cargas de 5 minutos de duração, após esse
tempo medir freqüência cardíaca (a qual deve estar no
intervalo entre 120-170 bpm)
A carga deve estar contida no intervalo (17-25 watts)
TESTE DA Ajuste adequado da altura do assento (discreta flexão do
joelho quando o pé estiver sobre o pedal na sua posição
BICICLETA mais baixa)
ERGOMÉTRICA Ritmo constante
Resultado medir freqüência cardíaca (FC) por 1 minuto
após finalizar a prova e calcular:
litro de
VO2máx = e −0,00884⋅Idade
⋅1,29⋅ 6C oxigênio/min
FC − 60
C: Carga em watts de trabalho
FC: Freqüência cardíaca após o quinto minuto
MEDIÇÃO DO TRABALHO POR MÉTODOS
FISIOLÓGICOS

EQUAÇÕES EMPÍRICAS

PROTOCOLO DE BALKE
Velocidade constante em todo decorrer do teste de 5,3
km/h
Aumentos constantes de inclinação de 1% para
cada estágio de 1 minuto.
TESTE DA
ESTEIRA PROTOCOLO DE BRUCE
Sobrecarga aplicada em função da velocidade e da
inclinação da esteira.
A carga deve ser mantida durante 3 minutos por cada
estágio (7 estágios)
Velocidades entre 2,7-9,7 km/h
Inclinação começa em 10° aumentando em 2° em cada
estágio
VO2: Energia gasta no trabalho, depende da intensidade do trabalho

COMO MEDIR A ENERGIA GASTA NO


TRABALHO????
CRITÉRIOS PARA AVALIAR O TRABALHO FÍSICO
TRABALHO ESTÁTICO Métodos
TRABALHO DINÂMICO
OBJETO DE
ESTUDO
1

FORÇAS A DESENVOLVER ENERGIA GASTA NO


TRABALHO

- Velocidade do movimento
- Direção e sentido da força
- Sexo, idade METABOLISMO GASTO ENERGÉTICO
BASAL + DAS ATIVIDADES
- Posturas ao realizar o trabalho
- Tempo de aplicação da força
- Tempo de trabalho
ENERGIA GASTA NO
TRABALHO

GASTO ENERGÉTICO DAS ATIVIDADES

ESTIMADO PELA
ESTIMADO PARA DECOMPOSIÇÃO
DIRETA AS ATIVIDADES DAS ATIVIDADES

- Medição de EXEMPLOS DEPENDE:


alimentos
consumidos e peso -Estivadores 4.500 kcal/d - Postura e movimentos (A)
corporal - Motoristas 2.800 kcal/d -Tipo de trabalho (B)
- Medição de -Costureira 2.300 kcal/d -(A e B aparecem tabelas)
consumo de
oxigênio para -Tabelas oferecem esses - Metabolismo Basal (MB)
realizar o trabalho valores
GE = A + B + MB
GASTO ENERGÉTICO ESTIMADO PARA ATIVIDADES

TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h


Sentado, em repouso 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex: datilografia) 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex: dirigir) 150
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada principalmente com os braços 150
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, c/ alguma movimentação 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, c/ alguma movimentação 220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar 300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos 440
(ex: remoção com pá)
Trabalho fatigante 450

Norma Regulamentadora 15 (08/06/78)


GASTO ENERGÉTICO ESTIMADO PELA DECOMPOSIÇÃO DE ATIVIDADES
CRITÉRIOS LIMITES AO GASTO ENERGÉTICO
1. GE < 30 % do VO2 máx para 8 horas de trabalho.

2. Correlação entre tempo de trabalho e VO2 máx :

T (min) % VO2 máx


1 166 Lembrando que o valor
calórico do oxigênio é:
3 116
VCO2 = 20 − 21KJ / lO2
20 72
VCO2 = 4,5 − 5kcal / lO2
50 60
480 30
TIPOS DE PAUSAS
1. PAUSAS ESPONTÂNEAS: Quando os trabalhadores
descansam segundo necessidades pessoais permitidas pelo tipo
de trabalho.
2. PAUSAS ENCOBERTAS: Descanso ativo mediante
mudança de atividades.
3. PAUSAS CONDICIONADAS PELO TRABALHO:
Descansos previstos pela tecnologia.
4. PAUSAS PRESCRITAS: Descanso determinado por uma
análise ergonômica e de organização do trabalho
EXPRESSÃO DE MURREL D: tempo de descanso;
T: tempo total de trabalho;
K: média de kilocalorias por minuto de
T ⋅ (K − S ) trabalho na atividade;
D = S: padrão de kilocalorias por minuto
(K − 1 , 5 ) (adotado de 3 a 4 kcal/min).
1,5 kcal/min (metabolismo em repouso
TIPOS DE PAUSAS

T ⋅ (K − S )
EXPRESSÃO DE MURREL D =
(K − 1 , 5 )
S = Capacidade de Trabalho Físico ( VO2 máx )
determinada mediante os testes ergométricos.
K = GE
ESTIMADO PELA
ESTIMADO PARA DECOMPOSIÇÃO
AS ATIVIDADES
DAS ATIVIDADES
DEPENDE:
- Postura e movimentos (A)
-Tipo de trabalho (B)
- Metabolismo Basal (MB)
GE = A + B + MB

Tabelas como valores separados ou não


BIBLIOGRAFIA

1. IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São


Paulo: Edgard Blücher, 1990

Você também pode gostar