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Como o homem pode ser o causador dos desastres naturais, e o que eu isto pode

acarretar para a saúde pública?

O homem pode ser causador dos desastres naturais a medida que transforma o
seu ambiente em favor dos seus interesses, sem considerar o ônus que esta modificação
pode gerar ao ecossistema, e consequentemente a saúde dos indivíduos.
Pode-se dizer que os principais propulsores de tais transformações negativas
foram a revolução industrial e o capitalismo, a partir deles houve aumento do consumo
de recursos naturais, visando a produção em massa e obtenção de maior lucro pelos
empresários. O uso indiscriminado destes recursos, sem a devida reposição, associado
ao desenvolvimento tecnológico no processo de industrialização, ao maior uso de
combustíveis fósseis, a ocupação urbana desordenada, descarte inadequado de lixo,
entre outros, gera inúmeras consequências para o meio ambiente, como:

- Aumento dos gases responsáveis pelo efeito estufa;


- Desmatamento exacerbado;
- Alterações climáticas;
- Poluição dos rios e do solo.

Tais consequências, podem ainda aumentar o risco de desastres naturais, pois


geram alterações que tornam o ambiente mais vulnerável a sofrer desequilíbrios em seu
ecossistema. Além disso, desastres podem ocorrer, a medida que há negligência na
segurança de processos industriais, situação precária ou falta de manutenção de certas
instalações industriais, que podem aumentar o risco de acidentes, como exemplo, o
rompimento da barragem de Mariana.
As consequências dos desastres sobre a saúde humana são amplas e envolvem
aspectos físicos, sociais e psicológicos, como: intoxicação por água contaminada;
proliferação de doenças causadas por vetores ou hospedeiros; óbitos; lesões traumáticas;
infecções cutâneas e respiratórias; e distúrbios psicossociais, que afetam diretamente a
qualidade de vida da população atingida.
Referências

FREITAS, C. M. et al. Desastres naturais e saúde: uma análise da situação do


Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n9/1413-8123-csc-19-09-3645.pdf>. Acesso em 20 de
Nov. de 2017.

JURAS, I. A. G. M.; MACHADO, G. S. A relação entre a saúde da população e a


conservação do meio ambiente. Consultoria Legislativa, 2015. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-
tecnicas/areas-da-conle/tema19/a-relacao-entre-a-saude-da-populacao-e-meio-
ambiente_juras-e-machado_politicas-setoriais>. Acesso em 20 de Nov. de 2017.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Desastres naturais e saúde no


brasil. Brasília: 2014. Disponível em: <http://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=1513-desastres-naturais-e-saude-no-
brasil-3&category_slug=saude-e-ambiente-707&Itemid=965>. Acesso em 20 de Nov.
de 2017.

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