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Revolução Burguesa

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Índice
Introdução..............................................................................................................................................3

Objectivo geral:......................................................................................................................................3

Objectivos específicos:...........................................................................................................................3

Metodologia...........................................................................................................................................3

1. 1.......................................................................................Conceito de Revoluções Burguesas


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2. Antecedentes Gerais das Revoluções............................................................................4

2. 3.............................................................................................Revolução Burguesa na França;


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3. Causas Económicas da Revolução Francesa...............................................................6

Conclusão...............................................................................................................................................8

Bibliografia............................................................................................................................................9
Introdução

Revoluções burguesas se baseavam no Iluminismo, que pregava a liberdade, os direitos do


homem e o livre mercado, em oposição ao absolutismo. O conceito é geralmente, ainda que
de modo equivocado, restrito à onda revolucionária que ocorreu desde o final do século
XVIII. Na sua definição política simplista, é conhecido como Revolução Liberal.

Seu principal exemplo foi a Revolução Francesa (1789), a qual se seguiram outras revoluções,
na Europa (Revolução de 1820, Revolução de 1830, Revolução de 1848) e nas colônias
americanas (Independência da América Espanhola). O Antigo Regime termina de vez na
Rússia por meio da Revolução de Fevereiro de 1917 e da Revolução de Outubro, classificadas
como revolução socialista e proletária.

Objectivo geral:
Abordar sobre as Revoluções Burguesas.
Objectivos específicos:
 Conceitualizar de Revoluções Burguesas;
 Descrever os antecedentes Gerais das Revoluções;
 Descrever a revolução Burguesa na França;
 Explicar Causas Económicas da Revolução Francesa

Metodologia

Para o alcance destes objectivos foi adoptada uma metodologia assente numa pesquisa
bibliográfica baseada em diversos autores que aparecem devidamente citados ao longo do
texto e mencionados na bibliografia final deste trabalho.

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1. Conceito de Revoluções Burguesas
De acordo com MARX K. e ENGELS, F. (1977). A noção ou categoria de revolução surge na
renascença, no século XVI. Advindo originalmente das ciências naturais, sobretudo da
astronomia, passou a ser utilizada para caracterizar o movimento cíclico de rotação dos corpos
celestes. Nesse sentido foi empregado por nicolau corpénico, em seu estudo denominado
Sobre a revolução das órbitas celestes (1543).

"Revolução Inglesa" de 1688 representaria o fim de uma era de guerra civil e de turbulências
e a restauração da estabilidade monárquica. "Portanto, a palavra foi inicialmente usada não
quanto aquilo que denominamos revolução que rebentou na Inglaterra, e Cromwell assumiu a
primeira ditadura revolucionária, mas, ao contrário, em 1660, após a derrubada do
Parlamento, e por ocasião da restauração da monarquia;

Precisamente com o mesmo sentido, a palavra foi usada em 1688, quando os Stuarts foram
expulsos e o poder real foi transferido para Guilherme e Maria. A revolução Gloriosa, o
acontecimento em que, muito paradoxalmente, o termo encontrou guarida definitivamente na
linguagem histórica e política, não foi entendida, de forma alguma como revolução, mas
como uma reintegração do poder monárquico à sua antiga glória e honradez" (ARENDT,
1988).

É a partir da Revolução Francesa de 1789 que o termo passou a ter um significado histórico-
político determinado, adquirindo o carácter de mudança brusca, de ruptura drástica, súbita,
convulsiva, insurreccional, concentrada num curto espaço de tempo, que subverte a antiga
ordem ou "estado de coisas reinante" e constrói uma outra, radicalmente nova. Seu paradigma
passaria a ser o episódio.

Da tomada da Bastilha em 14/07/1789 pelo povo de Paris e seus desdobramentos: abolição


dos privilégios e instituições feudais e absolutistas, a instauração de um poder temporal e
laico, a introdução dos princípios da igualdade, liberdade, soberania popular, direitos do
homem e do cidadão etc. - uma revolução democrático-burguesa (FERNANDES, F. 1976).

2. Antecedentes Gerais das Revoluções

Para compreendermos as causas da Revolução o autor (GRAMSCI, A. 1976) diz que é


necessário que, antes de qualquer coisa, estabeleçamos um breve quadro sobre as
transformações ideológicas experimentadas nesse período. Durante o século XVIII uma série
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de pensadores contribuiu para a consolidação do movimento iluminista, que no conjunto de
suas idéias, realizava uma consistente crítica contra os privilégios e problemas causados pelo
modelo centralizador das monarquias, dos diferentes antecedentes descreveu se as seguintes:

 A guerra dos Sete anos e o crescimento do endividamento. (Inglaterra vs. França)

 Crescimento das classes parasitárias.

 A crise agrícola de 1788.

 Convocação dos Estados Gerais (24 de janeiro de 1789).

 Início dos trabalhos. (maio de 1789)

 Os Estados Gerais se proclamam Assembleia Nacional (17 de junho de 1789).

 A Assembleia Nacional se declara Constituinte (9 de Julho 1789).

 Tomada da Bastilha. (14 de julho de 1789)

 Na zona Rural, os camponeses invadem e tomam grandes feudos, por vezes, com o
uso da violência instaurando o Grande Medo.

3. Revolução Burguesa na França;

Baseando-se na experiência francesa, Marx e Engels nos anos 1848/50 formulariam análises e
proposições teórico-políticas acerca da revolução democrático-burguesa como pressuposto
para a revolução socialista. A revolução ocorrida na França seria vista como um caso
exemplar, onde a burguesia revolucionária aliada à plebe havia realizado uma ruptura
completa com o passado e destruído os últimos vestígios do feudalismo.

Tendo como referencial a Revolução Francesa procuram desvendar a realidade histórica


alemã ou o que denominam de atraso alemão - a Alemanha estaria (1848) num estágio
parecido com o que se encontrava a França antes de 1789. O atraso do capitalismo na
Alemanha havia criado uma situação muito particular: "a burguesia alemã tinha se
desenvolvido com tanta indolência, covardia e lentidão que, no momento em que se ergueu
ameaçadora em face do feudalismo e do absolutismo, percebeu diante dela o proletariado
ameaçador, bem como todas as frações da burguesia cujas idéias e interesses são aparentados

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aos do proletariado.

E tinha não apenas uma classe detrás de si, diante dela toda a Europa a olhava com hostilidade
A burguesia prussiana não era, como a burguesia francesa de 1789. a classe que, frente aos
representantes da antiga sociedade. da monarquia e da nobreza, encarnava toda a sociedade
moderna. Ela havia decaído ao nível de uma espécie de casta, tanto hostil à coroa como ao
povo. querelando contra ambos, mas indecisa contra cada adversário seu tomado
singularmente, pois sempre via ambos diante ou detrás de si; estava disposta desde o início a
trair o povo e ao compromisso com o representante coroado da velha sociedade, pois ela
mesma já pertencia à velha sociedade..." (Marx, 1987, p. 44).

Diante desta situação, onde a burguesia não estaria disposta a fazer uma aliança com o povo
contra o absolutismo e a desempenhar um papel revolucionário por temer a força do
proletariado, colocava-se a impossibilidade, na Alemanha, de uma "revolução puramente
burguesa e a fundação do domínio burguês, sob a forma da monarquia constitucional.

3. Causas Económicas da Revolução Francesa.

As causas da Revolução Francesa são alvo de um intenso debate sobre como foi possível a
mobilização de uma população diversa em torno da queda do poder monárquico. Em termos
gerais, os estudos dessa revolução apontam um grupo de razões ideológicas e econômicas.

Por um lado, os pensadores iluministas propunham a vigência de um Estado laico e


representativo. O governo, de acordo com o iluminismo, deveria basear-se em instituições
legitimadas por toda a população. Os cidadãos deveriam desfrutar de igualdade jurídica e
tributária. Igualdade e liberdade deveriam ser as bases de um Estado apto para atender as
necessidades de seu povo.

Ao mesmo tempo, o insucesso administrativo da monarquia francesa, os interesses da


burguesia e a crise agrícola davam conta do contexto francês no final do século XVIII. Nesse
período, a França era um país predominantemente agrário. Dos aproximadamente 25 milhões
de habitantes do país, cerca de 3/4 viviam no meio rural. Os camponeses estavam atrelados
aos costumes feudais, pelos quais a nobreza agrária detinha a posse e o direito de exploração
das terras.

Muitos dos camponeses, não suportando as condições de vida no campo, buscavam a cidade

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de Paris à procura de outras opções do trabalho. Naquele período, Paris não apresentava
condições próprias para abrigar esse novo contingente populacional. Dessa maneira, as ruas
parisienses ficavam abarrotadas de desempregados e miseráveis protagonistas de mais um
traço da crise francesa.

Como se não bastasse o próprio desgaste das relações de trabalho rural da época, uma série de
más colheitas no final do século XVIII provocou uma crise na economia agrária que se
refletiu na alta dos alimentos consumidos nas cidades. As taxas inflacionárias sobre o preço
do pão, por exemplo, sinalizavam o total colapso vivido pela economia francesa naquela
época.

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Conclusão

A ideologia burguesa não se restringiu no entanto a essa classe, mas se estendeu a todo o
corpo social, abrangendo a população não privilegiada, elementos proprietários individuais da
nobreza e do clero e, em alguns casos, o próprio cerne do poder da monarquia absoluta.
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Bibliografia

ARENDT, H. (1988). Da revolução. São Paulo, Ática.

MARX K. (1987). A burguesia e a contra-revolução. São Paulo, Ensaio.

MARX K. e ENGELS, F. (1977). "Manifesto do Partido Comunista". Cartas filosóficas e


outros escritos. São Paulo, Grijalbo.

MARX K. e ENGELS, F. (1974). Críticas dos programas socialistas de Gotha e Erfurt. Porto,
Nunes.

FERNANDES, F. (1976). A revolução burguesa no Brasil. 2ª ed., Rio de Janeiro, Zahar.


GRAMSCI, A. (1971). II Risorgimento. Roma, Riunite.

GRAMSCI, A. (1976). Maquiavél, a política e o Estado moderno. 2a ed., Rio de Janeiro,


Civilização Brasileira.

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