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RODOVIÁRIO
Geometria do Traçado
JULHO DE 2012
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2011/2012
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
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Editado por
FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
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Autor.
À minha Mãe
AGRADECIMENTOS
Esta tese de mestrado é o culminar de um objetivo de vida. Desta forma, todas a palavras de gratidão
são poucas para enaltecer todos os que do meu lado estiveram.
Agradeço ao meu orientador, Professor Doutor Adalberto Quelhas da Silva França, pela
disponibilidade, amizade e conhecimento transmitido.
Aos meus pais pelo apoio incondicional, pela força, pela paciência que tiveram nesta fase, bem como
ao longo de todo o curso. Em especial à minha mãe por toda a confiança que depositou nas minhas
capacidades, sem nunca duvidar que conseguiria atingir os meus objectivos que com tanta motivação
tracei, por fazer-me sorrir, pelos conselhos dados e principalmente por ser única.
Aos meus irmãos por todo o orgulho que demonstram sentir com as minhas conquistas e porque,
apesar da distância não deixam de ser pilares essenciais na minha vida.
Finalmente, a todos os meus amigos dos quais de forma presente ou não senti o apoio, amizade nos
momentos mais difíceis, amparo nos momentos de fraqueza. Com eles cresci, aprendi e lutei. Com
eles tornei-me aquilo que sou hoje.
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O Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
RESUMO
O presente trabalho incide sobre o estudo de um nó de ligação em trompete, no âmbito da geometria
do traçado rodoviário.
Sendo este projeto o culminar de um gosto particular da autora, para além do projeto de execução do
nó de ligação, desenvolveram-se um conjunto de considerações teóricas, explicativas das diretivas
impostas pelas Normas do Traçado, de Interseções e de Nós de Ligação, com um pequeno à parte no
que se refere às Normas Espanholas. Reuniu-se a informação técnica adquirida nas disciplinas de Vias
de Comunicação I, Vias de Comunicação II e Complementos de Estradas e Aeródromos na
especialidade de geometria do traçado, recorrendo também a esquemas elucidativos associados aos
conceitos em questão.
De modo a alargar o conhecimento na área, fora do âmbito direto desta dissertação, efetuou-se um
último capítulo associado ao estabelecimento e modelação de taludes, de modo a incluir uma
componente ambiental no projeto.
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
ABSTRACT
The main goal of this work is the study of a Trumpet Interchange in the specific area of Design
Geometry.
This project is a culmination of a particular author ‘s desire so, beyond the implementation project of
the interchange, it was developed a set of theoretical considerations to explain the policies imposed by
the Standards of Track, Intersections and Interchanges and a small part related with Spanish standards.
It was organized thecnical information acquired in the disciplines of Vias de Comunicação I, Vias de
Comunicação II and Complementos de Estradas e Aeródromos in the area of Design Geometry., also it
was used illustrative diagrams associated with the concepts refered.
In order to extend the knowledge in this area, outside the direct scope of this dissertation, it was
included a last chapter associated with the establishment and shaping of slopes, including an
environmental component in the project.
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................................. i
RESUMO ................................................................................................................................. iii
ABSTRACT ......................................................................................................................................... v
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................1
2. NÓS DE LIGAÇÃO – ENQUADRAMENTO E GENERALIDADES .............................3
2.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
2.2. INTERSEÇÕES DE NÍVEL VERSUS CRUZAMENTOS DESNIVELADOS.............................................. 3
2.3. ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA O PROJETO ........................................................................... 6
2.3.1. TRÁFEGO .................................................................................................................................... 6
2.3.2. SEGURANÇA................................................................................................................................ 7
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.5.1.2. Sobrelargura......................................................................................................................... 59
6.5.1.3. Número de vias e bermas ..................................................................................................... 59
6.5.1.4. Separador central ................................................................................................................. 59
6.5.2. RAMO A .................................................................................................................................... 62
6.5.2.1. Situação geométrica e parâmetros........................................................................................ 62
6.5.2.2. Sobrelargura......................................................................................................................... 63
6.5.2.3. Via de aceleração ................................................................................................................. 64
6.5.2.4. Convergência de bordos ....................................................................................................... 64
6.5.3. RAMO B .................................................................................................................................... 66
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
ANEXOS ....................................................................................................................................... 99
A.1. ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO .................................................................................................. 101
A.1.1. ESTATÍSTICA DE TRÁFEGO DE 2010 ........................................................................................... 101
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
ÍNDICE DE FIGURAS
Fig.2.1 – Pontos de conflito numa interseção de quatro vias (extraído de [2]). ..................................... 4
Fig.2.2 – Minimização das áreas de conflito: a) sem canalização. b) com canalização (extraído de [2]) .
........................................................................................................................................................... 5
Fig.2.3 – Envolvente rodoviária da zona de implantação do nó de ligação (extraído de [6]) ................. 6
Fig.2.4 – Solução com utilização de separador central (extraído de [9]) ............................................... 8
Fig.2.5 – Soluções com aplicação de atenuadores de colisão (extraído de [11]) .................................. 8
Fig.3.1 – Elementos da curva circular (adaptado de [15]) .................................................................. 10
Fig.3.2 – Esquema de forças que atuam num veículo a descrever uma curva circular à direita .......... 12
Fig.3.3 – decomposição das forças que atuam no veículo ................................................................. 12
Fig.3.4 – Diagrama de acelerações radiais com traçado percorrido a velocidade constante (adaptado
de [15]) ............................................................................................................................................. 14
Fig.3.5 – Diagrama de curvaturas (reproduzido a partir de [15])......................................................... 15
Fig.3.6 – Diagrama de acelerações radiais com traçado percorrido a velocidade constante (adaptado
de [15]) ............................................................................................................................................. 15
Fig.3.7 – Forças atuantes num veículo a descrever uma curva sobrelevada à direita......................... 16
Fig.3.8 – Variação do perfil transversal da faixa de rodagem na zona de disfarce (adaptado de [15]) 17
Fig.3.9 – Elementos da curva composta (adaptado de [15])............................................................... 21
Fig.4.1 – Visibilidade nas estradas (adaptado de [3]) ......................................................................... 25
Fig.4.2 – Taper em alinhamento reto (adaptado de [13]).................................................................... 28
Fig.4.3 – Taper em alinhamento curva (adaptado de [13]) ................................................................. 30
Fig.5.1 – Elementos de uma concordância vertical (adaptado de [15]). .............................................. 35
Fig.5.2 – Elementos de uma concordância convexas para o cálculo do raio mínimo (adaptado de [10]).
......................................................................................................................................................... 36
Fig.5.3 – Elementos de uma concordância côncava para o cálculo do raio mínimo (adaptado de [10]) ..
......................................................................................................................................................... 38
Fig.5.4 – Elementos de uma concordância convexas (adaptado de [10]) ........................................... 40
Fig.5.5 – Cálculo da curvatura do ponto M.. ...................................................................................... 40
Fig.5.6 - Ábaco para determinação do número de vias dos ramos em função do tráfego e da extensão
(adaptado de [3])............................................................................................................................... 42
Fig.5.7 – Ramo unidirecional: a) uma via. b) duas vias (adaptado de[3]) ............................................ 43
Fig.5.8 – Ramo bidirecional com uma via por sentido (adaptado de [3])............................................. 43
Fig.5.9 - Zonas de disfarce da sobreelevação e o comprimento dos vários tipos de linhas de água
sobre o pavimento (extraído de [17]). ................................................................................................ 46
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 3.1 – Velocidade a considerar nos vários elementos do traçado em plena via [14] ................ 11
Quadro 3.2 – Valores máximo de [14] ...................................................................................... 17
Quadro 3.3 – Condicionantes na aplicação da clotóide [14] ............................................................... 21
Quadro 4.1 – Extensão mínima das curvas de transição dos ramos de ligação [3]............................. 24
Quadro 4.2 – Distância de visibilidade de decisão para saídas da estrada principal [3] ...................... 24
Quadro 4.3 – Distância de visibilidade na entrada da estrada secundária [3] ..................................... 25
Quadro 4.4 - Extensão da via de aceleração e do respetivo taper [13] ............................................... 26
Quadro 4.5 - Fatores de agravamento para as vias de aceleração [13].............................................. 27
Quadro 4.6 - Extensão da via de abrandamento e do respetivo taper [13] ......................................... 27
Quadro 4.7 - Fatores multiplicativos para as vias de abrandamento [13]............................................ 27
Quadro 5.1 – Inclinação máxima dos trainéis em nós de ligação [3] .................................................. 34
Quadro 5.2 – Distância de visibilidade de paragem [4] ...................................................................... 36
Quadro 5.3 - Sobrelevações nos ramos de ligação [3] ....................................................................... 43
Quadro 5.4 – Variação máxima da sobrelevação em cada 20 metros de extensão [3] ....................... 44
Quadro 5.5 – Máxima diferença algébrica de sobrelevação [3] .......................................................... 45
Quadro 5.6 – Diferença algébrica máxima entre sobrelevações [3] .................................................... 45
Quadro 6.1 – Parâmetros geométricos da curva 2 do ramo A+B........................................................ 56
Quadro 6.2 - Parâmetros geométricos da curva do ramo B ............................................................... 57
Quadro 6.3 - Parâmetros geométricos da curva 1 do ramo A+B ........................................................ 58
Quadro 6.4 – Coordenadas dos pontos de osculação das curvas do ramo A+B................................. 58
Quadro 6.5 – Largura mínima dos separadores [14] .......................................................................... 60
Quadro 6.6 – Parâmetros do “encurtamento” do separador central .................................................... 60
Quadro 6.7 – Parâmetros geométricos da curva 1 do ramo A ............................................................ 62
Quadro 6.8 – Parâmetros geométricos da curva 2 do ramo A ............................................................ 63
Quadro 6.9 – Coordenadas dos pontos de osculação das curvas do ramo A ..................................... 63
Quadro 6.10 – Parâmetros geométricos da via de aceleração do ramo A .......................................... 64
Quadro 6.11 – Coordenadas dos pontos de osculação da curva do ramo B ...................................... 66
Quadro 6.12 - Parâmetros geométricos da via de aceleração do ramo A ........................................... 67
Quadro 6.13 – Parâmetros geométricos das curvas 1,2 e 3 do ramo C.............................................. 70
Quadro 6.14 – Coordenadas dos pontos de osculação das curvas do ramo C ................................... 71
Quadro 6.15 - Parâmetros geométricos das vias de abrandamento e de aceleração do ramo C ........ 71
Quadro 6.16 – Parâmetros geométricos da curva do ramo D............................................................. 74
Quadro 6.17 – Parâmetros geométricos da clotóide de saída do ramo D ........................................... 75
Quadro 6.18 – Coordenadas dos pontos de osculação da curva do ramo D ...................................... 75
Quadro 6.19 - Parâmetros geométricos das vias de abrandamento e de aceleração do ramo D ........ 75
Quadro 6.20 – Pontos de continuidade do ramo B............................................................................. 78
Quadro 6.21 – Validação dos elementos geométricos em perfil transversal do ramo B ...................... 78
Quadro 6.22 – Elementos caraterísticos das concordâncias do ramo B ............................................. 79
Quadro 6.23 – Pontos de continuidade do ramo A............................................................................. 80
Quadro 6.24 – Validação dos elementos geométricos condicionantes em perfil transversal do ramo A ..
......................................................................................................................................................... 81
Quadro 6.25 – Validação dos elementos geométricos em perfil transversal do ramo A ...................... 81
Quadro 6.26 – Validação dos elementos geométricos em perfil transversal do ramo A+B.................. 85
Quadro 6.27 – Pontos de continuidade do ramo C ............................................................................ 86
xv
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Quadro 6.28 – Validação dos elementos geométricos condicionantes em perfil transversal do ramo C
......................................................................................................................................................... 87
Quadro 6.29 – Validação dos elementos geométricos em perfil transversal do ramo C...................... 87
Quadro 6.30 – Pontos de continuidade do ramo D ............................................................................ 89
Quadro 6.31 – Validação dos elementos geométricos condicionantes em perfil transversal do ramo D..
......................................................................................................................................................... 90
Quadro 6.32 – Validação dos elementos geométricos em perfil transversal do ramo D...................... 90
xvi
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Quadro A.4.5 – Listagem das cotas do terreno adjacente ao ramo B ............................................... 123
Quadro A.4.6 – Listagem das cotas de intersecção terreno-talude do ramo B ................................. 124
Quadro A.4.7 – Listagem das cotas de projeto do ramo A+B ........................................................... 125
Quadro A.4.8 – Listagem das cotas do terreno adjacente ao ramo A+B .......................................... 127
Quadro A.4.9 – Listagem das cotas de intersecção terreno-talude do ramo A+B ............................. 128
Quadro A.4.10 – Listagem das cotas de projeto do ramo C ............................................................. 129
Quadro A.4.11 – Listagem das cotas do terreno adjacente ao ramo C............................................. 129
Quadro A.4.12 – Listagem das cotas de intersecção terreno-talude do ramo C ............................... 130
Quadro A.4.13 – Listagem das cotas de projeto do ramo C ............................................................. 131
Quadro A.4.14 – Listagem das cotas do terreno adjacente ao ramo D ............................................. 131
Quadro A.4.15 – Listagem das cotas de intersecção terreno-talude do ramo D ............................... 132
Quadro A.4.16 – Listagem das cotas de projeto da estrada principal ............................................... 133
Quadro A.4.17 – Listagem das cotas do terreno adjacente à estrada principal................................. 134
Quadro A.4.18 – Listagem das cotas de intersecção terreno-talude da estrada principal ................. 134
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
A lista dos símbolos e abreviaturas principais é a seguinte apresentada. Não obstante, ao longo do
trabalho procurou-se designar cada símbolo, abreviatura e respetivas unidades, mediante a sua apli-
cação.
a – largura da faixa de rodagem [m]
A – parâmetro da clotóide [m]
b – bissetriz [m]
b – largura da berma [m]
d – desenvolvimento [m]
R – raio [m]
∆R – ripagem da curva [m]
RN – reação normal [N]
– sobreaceleração radial
Se – Sobrelevação [%]
Sl – Sobrelargura no início da curva circular [m]
t – tempo [s]
t – tangente [m]
v – velocidade do veiculo [m/s]
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
B – ponto da bissetriz
C – centro da curva
T e T’ – pontos de tangência
V – vértice da curva composta
V.C.I. – Via de Cintura Interna
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
1
INTRODUÇÃO
No projeto de uma infraestrutura rodoviária, a escolha do traçado está diretamente relacionada com a
geometrização da diretriz em planta e da rasante em perfil longitudinal. Assim, para balizar a definição
geométrica de um nó rodoviário aplicam-se três Normas da ex-Junta Autónoma de Estradas: as Nor-
mas de Traçado, as Normas de Interseções e as Normas de Nós de Ligação. Todas se destinam a ade-
quar exigências ao nível de conforto e de segurança aos raios mínimos das curvas, ao parâmetro das
clotóides, à sobre-elevação, à sobrelargura, à distância de visibilidade, aos raios mínimos das concor-
dâncias verticais e ao tipo de material de desgaste a empregar na pavimentação. Além disso, a explo-
ração económica dos transportes rodoviários também condiciona o tipo de plataforma a aplicar e as
inclinações permitidas em rampas [1].
Adicionalmente ao suporte normativo, o mestrando, contou com os conhecimentos adquiridos nas
disciplinas de Topografia, Vias de Comunicação 1 e 2 bem como na de Complementos de Estradas e
Aeródromos.
O objetivo desta dissertação é a composição de um conjunto de peças escritas e desenhadas que con-
duzam à execução de um nó de ligação entre duas estradas definidas geométrica e analiticamente e
implantadas em cartografia pré-existente, à escala 1:1000. Neste sentido, a geometria do traçado visa,
cumprindo os limites de velocidade específica, garantir valores adequados de comodidade e segurança
do condutor, analisar topograficamente toda a ocupação envolvente. Na elaboração das peças dese-
nhadas utilizaram-se as ferramentas CAD, software da Autodesk.
Este trabalho é composto por seis capítulos. O presente define o objetivo deste trabalho.
No segundo capítulo enquadra-se o lay-out dos nós nos diversos tipos de interseções desniveladas
utilizadas em Portugal, bem como se definem os elementos condicionantes na execução do nó de liga-
ção.
O terceiro, quarto e quinto capítulos têm como propósito expor o fundamento teórico e normativo que
envolve a geometrização, quer seja em planta ou em perfil longitudinal, orientando-se o primeiro para
a plena via e o segundo especificamente para os nós de ligação, ambos relativos à geometria da dire-
triz. O último destes três ocupa-se do estudo da rasante, quem em plena via quer no caso dos nós.
No sexto capítulo são desenvolvidos os elementos necessários a uma Memória Descritiva com base
nas tomadas de decisão da autora.
No penúltimo capítulo, fora do âmbito direto desta dissertação, estabelecem-se e modelam-se os talu-
des envolventes de modo a incluir uma componente ambiental no projeto.
Finalmente, no último capítulo refere as conclusões e considerações finais de todo o trabalho.
1
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
2
NÓS DE LIGAÇÃO - ENQUADRA-
MENTO E GENERALIDADES
2.1. INTRODUÇÃO
A principal fonte bibliográfica deste capítulo é, essencialmente, o Capítulo IV – Interseções prioritá-
rias e de prioridade à direita [2], dos apontamentos teóricos da disciplina de Circulação e Transportes
I e as Normas de Nós de Ligação [3].
As interseções, são zonas da faixa de rodagem de duas ou mais estradas onde correntes de tráfego se
cruzam, separam ou juntam, levando ao aparecimento de pontos de conflito.
Os problemas de congestionamento em redes urbanas são influenciados pela falta de capacidade nos
cruzamentos. Quando a procura excede a oferta disponível, ocorre um elevado número de conflitos
entre veículos e, entre veículos e peões. Esta situação tem como consequências, o aumento dos atrasos,
dos custos de operação, da poluição e dos acidentes.
Relativamente à tipologia dos cruzamentos, existe um conjunto muito variado de soluções e configu-
rações. As interseções são tipificadas, em termos espaciais, por cruzamentos de nível ou desnivelados.
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
acidente mais provável é frente-lateral ou lateral-lateral, dado que a sua gravidade está intimamente
relacionada com o ângulo de inserção e velocidade praticada.
A manobra de atravessamento verifica-se quando duas correntes de tráfego se intersetam. É de todas a
manobra mais perigosa, visto as colisões resultantes serem do tipo frente-lateral com um ângulo muito
próximo de 90º. Portanto a ela associada estão as maiores perdas em termos materiais e de vidas hu-
manas.
Finalmente, a manobra de entrecruzamento resulta da combinação de manobras de convergência com
manobras de divergência. É típica das rotundas, onde os veículos que circulam no mesmo sentido se
reúnem e separam durante o seu trajeto no anel de circulação. Os acidentes resultantes são do tipo
lateral-lateral e o seu grau de perigosidade depende principalmente das velocidades praticadas por
ambas as correntes de tráfego.
Convergência
Divergência
Atravessamento
Viragens
32 pontos de conflito
Esses pontos de conflitos (Fig.2.1) podem ser resolvidos a partir de interseções prioritárias, onde se
definem prioridades de movimentos. A dificuldade desta solução é que, para impedir cruzamento entre
veículos pode levar a que a procura exceda a capacidade do cruzamento e desta forma torná-lo inefici-
ente.
Outra solução encontrada para controlar o nível de sinistralidade, é a segregação espacial, ou seja, a
canalização de movimentos (Fig.2.2), em que com a colocação de separadores, ilhéus e separadores
direcionais torna facilmente percetível o funcionamento no cruzamento por parte do utilizador. Desta
forma, os níveis de serviços são melhorados, o número de acidentes diminui e a sua aplicação é mais
abrangente.
4
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Área de conflito
Fig.1.2 – Minimização das áreas de conflito: a) sem canalização. b) com canalização (extraído de [2]).
A um nível superior de eficiência estão as intersecções desniveladas. Estas são constituídas por um
conjunto de ramos que asseguram a ligação entre estradas que se cruzam a níveis diferentes. Esta solu-
ção caracteriza-se pela eliminação total ou parcial dos conflitos que envolvem cruzamento de vários
eixos, através da segregação espacial dos mesmos, ou seja, os principais pontos de conflito gerados
pelo atravessamento das correntes de tráfego são sempre eliminados.
É um tipo de solução capaz de apresentar níveis muito elevados de capacidade, fluidez e rapidez de
tráfego contribuindo para níveis baixos de sinistralidade. Contudo, é muito dispendiosa, pois requer
muito espaço para a sua implantação, envolvendo ainda a construção de obras de arte.
Dependendo do tipo de desnivelamento adotado, parcial ou total, é uma tipologia que pode ser aplica-
da quer em situações em que as vias têm uma importância semelhante ou quando um dos eixos viários
é dominante. Sempre que um deles é uma autoestrada ou estrada com características semelhantes, é
necessário recorrer a este tipo de cruzamento.
Segundo as Normas do Traçado (Nós de Ligação [3] e Interseções [4]) e a Nota Explicativa do Plano
Rodoviário Nacional 2000 [5], quando uma das rodovias é um itinerário principal (I.P.) ou comple-
mentar (I.C.) as interseções deverão ser desniveladas. Admite-se apenas como hipótese não fazer esta
opção se o I.C. tiver menos de 1000 veículos de tráfego médio diário no ano horizonte e intercetar com
uma estrada nacional ou municipal. Mesmo assim, não tem sido prática corrente aproveitar esta facili-
dade das Normas para evitar a construção de nós de ligação.
Resumindo e considerando as características apresentadas, trata-se de uma solução que se deve aplicar
quando:
os níveis de tráfego em conflito são elevados;
há necessidade de fluidez rodoviária;
a orografia é favorável;
a classificação das estradas que se intersectam o exige.
Com este tipo de interseção, pretende-se acima de tudo garantir que o nível de serviço não seja afeta-
do, somando esta condição com as de segurança e comodidade.
Consoante os ramos de ligação que caracterizam o nó de ligação, este pode ser da família do trevo
(meio-trevo incompleto, meio-trevo completo e trevo), do diamante e no caso de nós de 3 ramos, do
trompete entre outros [3].
5
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Ponte da Arrábida
Ponte do Freixo
Carvalhos
Vila d’Este
Deve estabelecer-se o volume de tráfego por cada ramo. Para tal, são aplicadas várias técnicas de con-
tagem, nomeadamente, as automáticas ou a partir de imagens de vídeo. Ambas onerosas, pois reque-
rem a instalação de dispositivos de medição no terreno (necessidade que afeta a circulação). Todavia,
6
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
para longos períodos de observação os benefícios legitimam os custos iniciais, de exploração e manu-
tenção. No que toca ao método de gravação, as imagens são posteriormente estudadas em gabinete
através da visualização das mesmas. Esta é a metodologia mais eficaz quando comparada com a medi-
ção manual, pois não tem as desvantagens associadas ao operador (esforço exigido). Após esta análise,
são definidas as repartições direcionais do tráfego (separando tráfego ligeiro do pesado), através de
uma matriz Origem/Destino e projetados para o ano horizonte de projeto, que geralmente são 20 anos
após a abertura ao tráfego [2].
Este estudo interessa nomeadamente, para o dimensionamento do pavimento e fixação da plataforma a
adotar pelo que não faz parte do âmbito desta dissertação.
No entanto, a estrada principal localiza-se na Área Metropolitana do Porto mais precisamente no I.C.2
e promoveria uma ligação fictícia à zona urbanizada, conhecida localmente como Vila d’Este.
O I.C.2 liga Lisboa ao Porto, sobrepondo-se ao I.P.1 e à E.N.1, pontualmente, pois apenas contempla
as zonas de maior densidade populacional. Ambas são focos de entrada no centro do Porto uma vez
que, associadas à Ponte da Arrábida (I.C.2) e do Freixo (I.P.1) – Fig.2.3, são procuradas pela popula-
ção residente na periferia.
Segundo o Instituto de Infraestruturas Rodoviárias no Relatório de Tráfego na Rede Nacional de Au-
toestradas de 2010 [7], em setembro, antes da introdução de portagens na A29, o sublanço do I.C.2
Feiteira- Carvalhos foi utilizado por 61.742 veículos enquanto que, no final desse mesmo ano este
valor já ascendia os 84.000 (ver Anexo A.1.1). Entre Carvalhos e Jaca (local próximo de Vila d’Este)
o aumento também se fez sentir na ordem das 14.000 viaturas.
No último semestre, através do mesmo relatório mas referente ao quarto trimestre do ano transato [8],
a quebra do movimento diário médio nos dois sublanços foi equivalente a cerca 23.000 veículos (ver
Anexo A 1.2) fato que se deve, possivelmente, à conjuntura económica do pais e simultâneo aumento
do preço do combustível.
Deste modo, assumiu-se que, mesmo apesar da quebra de volume de tráfego, a estrada principal tem
uma alta intensidade de tráfego tendo em conta, também, a envolvente tipicamente urbana.
2.3.2. SEGURANÇA
Ao nível de segurança rodoviária é necessário analisar particularmente as vias auxiliares, os raios das
curvas, as respetivas transições, o tipo de pavimento a aplicar, as proteções laterais e a sinalização.
A iluminação na zona do nó também é um fator de relevo. Esta deve permitir uma condução segura
igual à praticada durante o dia.
Relativamente às guardas de segurança, estas são de grande importância na minimização de danos
aquando da ocorrência de um acidente. As barreiras laterais são utilizadas nas bermas e nas estradas
2x2 vias a fim de evitar a colisão com obstáculos e outros veículos que efetuam movimento no sentido
contrário, respetivamente. Caracterizam-se pelo seu diferente modo de atuação perante o material uti-
lizado. As guardas flexíveis (Fig.2.4 da página seguinte) e semirrígidas destinam-se a dissipar parte da
energia cinética dos automóveis enquanto que, as rígidas têm como finalidade redirecionar e conter os
veículos acidentados [10].
Outra forma de majorar a segurança, é a utilização de atenuadores de colisão (Fig.2.5 da página se-
guinte). Estes são dispositivos instalados em frente a um objeto rígido e que se destinam à absorção de
energia do veículo, com vista à redução da gravidade de uma possível colisão [11].
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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GEOMETRIA DA DIRETRIZ EMPLE-
NA VIA – REVISÕES TEÓRICAS E
DISPOSIÇÕES NORMATIVAS
3.1. INTRODUÇÃO
Este capítulo destina-se à revisão das Normas do Traçado, bem como das disposições normativas as-
sociadas.
As Normas do Traçado definem os principais conceitos a serem aplicados em projeto, tais como: a
velocidade base, a distância de visibilidade e de paragem, a definição geométrica das curvas de transi-
ção, a sobreelevação e a sobrelargura.
Ocupa-se principalmente das situações de plena via.
(3.1)
No que diz respeito às curvas circulares, estabelecidas as condicionantes quanto à topografia, perfil
longitudinal e urbanismo, quanto maiores forem os raios mais elevada é a visibilidade e perceção por
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
parte do condutor. Segundo as Normas do Traçado [14], é aconselhado que o raio mínimo seja maior
ou igual que a extensão do alinhamento reto precedente e, naturalmente, exceda também o raio absolu-
to para a velocidade base da estrada em estudo.
A curva circular fica definida quando conhecidos o raio (R) e o ângulo entre alinhamentos ( ). Atente-
se a Fig.3.1.
Tendo em atenção que a definição matemática da curva é necessária na definição analítica do traçado,
apresentam-se abaixo as equações aplicáveis.
R [m] – raio;
[grados] – ângulo entre alinhamentos retos;
α [grados] – ângulo ao centro;
t [m] – tangente;
b [m] – bissetriz;
d [m] – desenvolvimento;
T e T’ – pontos de tangência;
B – ponto da bissetriz.
( ) ( ) (3.2)
( ) ( ( ) ) ( ( ) ) (3.3)
10
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(3.4)
No domínio do projeto rodoviário é necessário ter em conta a variação da velocidade ao longo do tra-
çado. Assim, num troço de estrada comum devem associar-se os conceitos de velocidade de tráfego e
base.
A velocidade base é a máxima garantida ao longo de todo o traçado. Depende da topografia do terre-
no, do volume de tráfego e do tipo de itinerário pretendido [14].
No que toca à velocidade de tráfego, é aquela que é excedida por 15% dos veículos e que estabelece o
limite de segurança rodoviária [14].
A velocidade específica padrão corresponde à máxima permitida para a descrição, em segurança, de
um elemento isolado do traçado [14].
No quadro 3.1 apresentam-se as aplicações de cada uma das velocidades caso a caso, na determinação
das características geométricas do traçado.
Quadro 3.1 – Velocidade a considerar nos vários elementos do traçado em plena via [14].
Velocidade
Elementos
do
traçado Velocidade Velocidade
base de tráfego
, onde: (3.5)
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Fig.3.2 – Esquema de forças que atuam num veículo a descrever uma curva circular à direita .
Para contrariar a tendência de deslizamento resultante da atuação da força centrífuga, opõem-se a força
de atrito entre o pneu e o pavimento, . Adicionalmente, para minimizar este efeito afetam-se as cur-
vas de inclinação transversal (sobreelevação) com ângulo α relativo à horizontal.
A partir da Fig.3.2 decompuseram-se as forças segundo o eixo de coordenadas global.
Assim, pela expressão 3.6, depreende-se que para que não ocorra deslizamento, é necessário que a
parcela de forças instabilizadoras (paralelas à plataforma) seja inferior à das forças estabilizadores
(perpendiculares à plataforma), multiplicadas pelo coeficiente de aderência transversal.
( ) ( ) (3.6)
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(3.7)
( ) ( ) (3.8)
O peso do veículo exprime-se pelo quociente ente a massa do veículo pela aceleração gravítica
( ). Substituindo na expressão (3.8) o valor de aceleração centrípeta, , é dado pela
equação (3.9).
( ) (3.9)
( ) (3.10)
( ) (3.11)
( ) (3.12)
( )
√ , onde: (3.13)
13
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Assim, a equação (3.13) limita a velocidade máxima na qual é permitido ao veículo descrever uma
curva de raio R, num pavimento com sobreelevação Se, coeficiente de aderência sem que ocorra
derrapagem para o exterior.
Fig.3.4 – Diagrama de acelerações radiais com traçado percorrido a velocidade constante (adaptado de
[15]).
V [m/s] – velocidade;
R [m] – raio.
Desta forma, entre um troço em alinhamento reto e a curva circular existe um trecho de curvatura vari-
ável entre 0 e 1/R que permite, naturalmente, uma melhor adaptação do veículo [15].
A curva de transição aplicada em Portugal designa-se por clotóide, adaptando-se melhor às exigências
do traçado. A sua expressão é dada do seguinte modo:
, onde: (3.14)
14
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Fig.3.6 – Diagrama de acelerações radiais com traçado percorrido a velocidade constante (adaptado de
[15]).
Este critério consiste em limitar o valor da sobreaceleração centrífuga quando o veículo percorre a
curva. Para uma dada velocidade e raio, a variação da aceleração centrífuga é tanto maior quanto me-
nor a extensão da clotóide. Note-se, como atrás referido, que a o grau de incomodidade (sobreacelera-
ção) está limitado a 0,5 [15].
Relativamente à clotóide, a sobreaceleração normal ou radial teórica é dada, nas Normas do Traçado
[14], por::
, onde: (3.15)
– sobreaceleração radial;
V [m/s] – velocidade;
A [m] – parâmetro da clotóide.
15
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
No entanto, para considerar o efeito benéfico da sobreelevação (que as Normas do Traçado [14] não
consideram) devia proceder-se da forma que se segue.
Fig.3.7 – Forças atuantes num veículo a descrever uma curva sobrelevada à direita.
Analisando a Fig.3.7, em a curva circular, o veículo fica sujeito a uma aceleração centrífuga não com-
pensada, j:
, onde: (3.16)
Este valor mantem-se constante a partir do momento em que o veículo atinge o ponto de osculação
clotóide/curva circular até ao final da mesma.
É importante salientar que, a variação no tempo (por segundo) da aceleração normal, sentida pelos
passageiros, se traduz por um grau de incomodidade aquando da descrição da curva de transição. Este
valor é definido da seguinte forma:
( ) [ ( )]
(3.17)
16
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Fig.3.8 – Variação do perfil transversal da faixa de rodagem na zona de disfarce (adaptado de [15]).
Analisando a Fig.3.7, a partir de um perfil transversal a duas águas em alinhamento reto, ao longo da
clotóide há um progressivo aumento da sobreelevação até se atingir o valor máximo em curva circular,
Se, ao mesmo tempo que a sobrelargura aumenta de igual forma até se atingir o valor máximo, Sl.
Para se assegurar uma boa drenagem lateral na zona mais crítica do disfarce em termos de hidroplana-
gem potencial as Normas do Traçado fixam , como se segue:
( ), onde: (3.19)
17
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
( )
, onde: (3.20)
Assegurando os valores mínimos e máximos fixados pelas Normas do Traçado [14] e substituindo
tem-se:
( ) ( )
√ √ , na qual: (3.21)
Esteticamente, as clotóides devem ter um desenvolvimento mínimo para que o veículo as possa des-
crever em pelo menos 2 segundos [14]. Assim,
, onde: (3.22)
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√ , na qual: (3.23)
Pelas Normas do Traçado [14], para que condutor tenha uma boa perceção da curva, o ângulo das tan-
gentes, , deve ser maior ou igual a ⁄ radianos.
Conhecida a expressão:
(3.24)
Substituindo obtém-se,
, onde: (3.25)
v. Solução desejável
No dimensionamento de clotóides o parâmetro a aplicar é aquele que cumpre os quatro critérios acima
descritos bem como o geométrico critério de implantação:
(3.26)
Ou,
√ (3.27)
Caso o valor do parâmetro se encontre num largo intervalo, deve procurar-se que a extensão em tran-
sição esteja compreendida entre 1/2 e 2/3 do desenvolvimento total [14]:
, onde: (3.28)
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(3.29)
( ) ( ) (3.30)
√ √ , onde: (3.31)
Esta condição só tem utilidade quando contém valores do intervalo obrigatório, definido pelos critérios
anteriores e pelo critério de implantação.
Os parâmetros das clotóides que se intercalam entre os alinhamentos retos e a curva circular devem ser
iguais. Particularmente, quando a sobreelevação é dispensada devido ao elevado raio da curva, as clo-
tóides não são necessárias uma vez que não há necessidade de disfarce. Tal justifica-se pelo fato de
que para raios elevados as acelerações normais são pequenas e a incomodidade exígua.
Importa salientar que na impossibilidade de se garantir um o trajeto em curva em pelo menos 2 segun-
dos, convenientemente deve utilizar-se um reduzido parâmetro de forma a que os condutores tenham
uma boa perceção ótica [14].
No Quadro 3.3 da página seguinte apresentam-se casos pontuais na construção do traçado em planta
no que se refere às curvas de transição.
Relativamente aos nós de ligação dificilmente são respeitadas todas estas condições pelo que no capí-
tulo 5 são expostas as suas singularidades.
20
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
R [m] – raio;
∆R [m] – ripagem da curva;
[grados] – ângulo entre alinhamentos retos;
Ω [grados] – ângulo de desvio;
Ԏ [rad] – ângulo das tangentes;
C – centro da curva;
V – vértice da curva composta;
21
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(3.32)
(3.33)
Atribuindo valores a l obtêm-se as abcissas e ordenadas dos pontos da curva de transição com origem no sistema
de eixos no ponto O (ou O’) na qual o eixo das abcissas é o alinhamento reto correspondente. Para a obtenção
dessas coordenadas da curva e sequente piquetagem utilizam-se as equações paramétricas:
{ (3.34)
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
4
GEOMETRIA DA DIRETRIZ EM NÓS
DE LIGAÇÃO – REVISÕES TEÓRI-
CAS E DISPOSIÇÕES NORMATIVAS
4.1. INTRODUÇÃO
Este capítulo remete para as particularidades normativas aplicadas ao traçado em planta dos nós de
ligação.
As Normas de Nós de Ligação esclarecem os pormenores de geometrização no que toca a: número de
vias, raios mínimos em planta e perfil longitudinal, larguras adicionais, sobrelevações e inclinações
máximas em trainel.
Quanto às Normas de Interseções aplicam-se fundamentalmente na definição de alargamentos por
introdução de separador central, enquanto que as Normas Espanholas auxiliam, pontualmente, no di-
mensionamento em planta de vias auxiliares.
Nas Normas dos Nós de Ligação [3] os valores do parâmetro de dimensionamento da clotóide, A, bem
como a sum extensão já se encontram tabelados (Quadro 4.1). Aqui estabelecem-se valores apenas
para raios iguais ou inferiores a 120 metros na medida em que, sendo na sua generalidade, os ramos de
ligação unidirecionais com uma via, o condutor aceita valores de sobrelevação e da aceleração centrí-
peta superiores quando comparados com a plena via.
23
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Quadro 4.1 – Extensão mínima das curvas de transição dos ramos de ligação [3].
Assim, perante o raio mínimo da curva que se selecionar existe associada uma velocidade específica.
Após a determinação da velocidade obtém-se da mesma forma a extensão mínima e respetivo parâme-
tro. A seleção do raio da curva circular principal do ramo está muito dependente do espaço disponível,
do afastamento conseguido às estradas que se cruzam e ainda ao desnível a vencer pelo ramo.
No que toca às saídas da estrada principal, estas devem localizar-se preferivelmente antes da obra-de-
arte. Para este caso, considerando a altura do condutor a partir do solo de 1,05 metros e o obstáculo
sob o pavimento a 0,15 metros de altura, obtêm-se os valores tabelados no Quadro 4.2 [3].
Quadro 4.2 – Distância de visibilidade de decisão para saídas da estrada principal [3].
Nas saídas da estrada secundária das vias coletoras-distribuidoras, deve garantir-se a distância mínima
de visibilidade de paragem de 180,0 metros [3].
Relativamente às entradas na mesma a visibilidade horizontal é condicionada pelas guardas de segu-
rança, pilares ou obra-de-arte. Para colmatar este problema pode recorrer-se a sinalização luminosa.
Quanto à distância de visibilidade mínima é função da velocidade base. No Quadro 4.3 podem anali-
sar-se os seus valores [3].
24
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
As concordâncias convexas são alvo de especial atenção no que se refere à visibilidade mínima, pois a
velocidade deve ser reduzida em casos de curvas à direita com raio pequeno ou se a zona de visibili-
dade não estiver liberta de obstáculos [3].
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
mesmo efeito inclui o valor do raio da última curva descrita pelo veículo, a intensidade de tráfego na
principal e o declive ou rampa na mesma via.
Genericamente, as vias auxiliares constituem-se por uma via paralela de largura constante e igual a 3,5
metros. Quanto às bermas aplicam-se as larguras impostas pelas Normas dos Nós de Ligação [3], refe-
ridas oportunamente no capítulo 6.
Para a determinação teórica do desenvolvimento mínimo das vias auxiliares, de modo a justificar os
valores obtidos e tabelados, segundos a norma espanhola e presentes no decorrente trabalho, nos Qua-
dros 4.4 e 4.6, efetuaram-se cálculos da distância de frenagem. Recorreu-se às leis físicas do movi-
mento.
Uma vez que, as leis do movimento não contemplam a dinâmica do veículo e o atrito provocado pelo
pavimento e pelo ar, a aceleração do veículo, com a redução do esforço de tração, varia entre um valor
igual ou superior e . Mas, para se obterem resultados realistas tornava-se necessá-
ria a escolha de um veículo modelo (veículo mais utilizado em Portugal) e a realização de um estudo
experimental quanto à velocidade praticada ao longo do ramo. Assim, conclui-se que as leis do movi-
mento apenas são fiáveis no caso da aceleração ser constante, ou seja, se o veículo mantiver a mesma
velocidade engrenada na caixa do inicio ao fim do ramo.
Apresentam-se os Quadros 4.4 e 4.6, relativos às vias de aceleração e de abrandamento [13].
Quadro 4.4 - Extensão da via de aceleração e do respetivo taper [13].
Vias de aceleração
Velocidade específica do ramal [km/h] 25 30 40 50 60 80
STOP
Raio mínimo da curva [m] 15 25 45 75 120 250
Estradas com grande intensidade de tráfego
Velocidade da estrada taper
Extensão da via de aceleração incluindo o taper [m]
principal [km/h] [m]
50 45 90 70 55 45 - - -
60 55 140 120 105 90 55 - -
70 60 125 185 150 135 130 60 -
80 65 235 215 200 185 150 105 -
100 75 340 320 305 290 255 210 105
120 90 435 425 410 390 360 300 210
Outras estradas
Velocidade da estrada taper
Extensão da via de aceleração incluindo o taper [m]
principal [km/h] [m]
50 45 55 45 45 45 - - -
60 55 90 75 65 55 55 - -
70 60 125 110 90 75 60 60 -
80 65 165 150 130 110 85 65 -
100 75 255 235 220 200 170 120 75
120 90 340 320 300 275 220 195 100
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Preferivelmente, as vias de aceleração deveriam apresentar-se em declive, uma vez que auxiliaria a
variação de velocidade por parte dos veículos pesados. Nem sempre é possível devido às infraestrutu-
ras rodoviárias pré-existentes. Deste modo, as normas espanholas apresentam uma tabela com fatores
corretivos para que a extensão da via de aceleração se adapte à rasante confluente (Quadro 4.5) [13].
Quadro 4.5 - Fatores de agravamento para as vias de aceleração [13].
Vias de aceleração
Vias de abrandamento
Velocidade específica do ramal [km/h] 25 30 40 50 60 80
STOP
Raio mínimo da curva [m] 15 25 45 75 120 250
Estradas com grande intensidade de tráfego
Velocidade da estrada principal [km/h] taper [m] Extensão da via de aceleração incluindo o taper [m]
50 45 50 45 45 - - -
60 55 70 70 55 55 - -
70 60 90 90 75 60 60 60
80 65 105 105 90 75 65 65
100 75 125 125 110 95 80 80
120 90 145 145 130 130 110 110
27
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
O taper é um elemento geométrico constituinte das vias auxiliares, composto por uma curva e contra-
curva, sendo também aplicado em situações de encurtamento de vias ou em vias auxiliares [13].
{ (4.1)
(4.2)
28
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
( )
( ) (4.3)
(4.4)
Simplificando tem-se,
(4.5)
( ) (4.6)
(4.7)
Por uma questão de simplificação é comum que os valores dos raios sejam iguais.
Pelo estudo da Fig.4.3 da página seguinte, obtém-se pelo teorema dos cossenos,
(4.8)
( ) (4.9)
29
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
( ) (4.10)
E,
[ ] (4.11)
Obtém-se,
(4.12)
(4.13)
30
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(4.14)
{
( ) (4.15)
Por uma questão de simplificação é comum que os valores dos raios sejam iguais.
31
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
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Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
5
GEOMETRIA DO TRAÇADO EM
PERFIL LONGITUDINAL E TRANS-
VERSAL
5.1. INTRODUÇÃO
Idealmente a seleção da rasante está associada ao custo de construção, nomeadamente no que toca aos
trabalhos de movimentação de terras, bem como a condicionantes geológicas, geotécnicas e económi-
cas. Estas atuam principalmente nas zonas de atravessamento de vales e colinas por parte da obra ro-
doviária, na medida em que se aliam com elevados custos em escavações, aterros, contenções de talu-
des e obras especiais relacionadas com excessos de alturas de escavação ou aterro.
Os fatores que determinam as componentes transversais de uma obra rodoviária são: a segurança (no-
meadamente o afastamento entre veículos), a capacidade, a economia, a proteção da natureza e a en-
volvente topográfica.
5.2.1. TRAINÉIS
5.2.1.1. Inclinação máxima
Aplicam-se aos nós de ligação valores superiores quando comparados com a plena via, apesar dos
fundamentos serem os mesmos. Os fatores condicionantes da inclinação máxima nos ramos de ligação
são: o desenvolvimento do ramo e o desnível a vencer, a aderência longitudinal pneu/ pavimento e
volume de tráfego.
33
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Velocidade
Rampa Declive
base
[Km/h] [%] [%]
≥ 70 3a5 7
55-70 4a6 8
40-55 5a7 9
25-40 6a8 10
Relativamente à intersecção entre o ramo de ligação com a estrada secundária, deve dar-se especial
atenção a alguns pormenores relevantes.
Quanto às rampas de saída:
para fazer face ao rápido arranque dos veículos pesados, se terminarem em trainel deve limi-
tar-se a 3%;
se a intersecção se der em concordância convexa os últimos 15 metros a inclinação longitudi-
nal não deve ultrapassar os 5%;
se acabar em declive na ligação com a estrada secundária, a inclinação do trainel não deve ul-
trapassar os 4% para que não sejam necessárias sobrelevações demasiado elevadas no que se
refere ao ramo de ligação.
Quanto à inclinação mínima nada é mencionado nas Normas de Nós de Ligação [3]. Tal justifica-se
pelo fato das pequenas larguras dos ramos justificarem a não ocorrência de hidroplanagem. Além dis-
so, no que se refere ao desenvolvimento dos traineis em nós de ligação, não é uma condição relevante,
na medida em que os ramos são de pequena extensão e o movimento dos veículos pesados não é afeta-
do. Deste modo, apesar das Normas do Traçado [14] abordarem este assunto para plena via não é apli-
cável neste caso. No que toca à inclinação, esta mesma norma, estipula o limite mínimo de 0,5% em
alinhamento e em curva a equação (4.1).
(5.1)
34
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A primeira condição e a comodidade dinâmica são satisfeitas através da definição do raio, R, ou seja,
crescem proporcionalmente. Quanto à comodidade ótica é garantida por meio de desenvolvimentos
mínimos das concordâncias.
No que se refere aos ramos de ligação procura-se garantir o raio mínimo, pois a ele está associado
questões relacionadas com a segurança ao passo que, as exigências relativas ao desenvolvimento mí-
nimo são menos preponderantes.
Na Fig.5.1 apresenta-se a geometria de uma concordância vertical que será a base da dedução matemá-
tica de seguida efetuada.
D [m] – Desenvolvimento da concordância vertical medido em projeção ao longo do eixo das abcissas;
[m/m] – Inclinação da rasante na tangente de entrada;
[m/m] – Inclinação da rasante na tangente de saída.
(5.2)
(5.3)
(5.4)
35
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
E, consequentemente:
(5.5)
A equação (5.5) resulta da multiplicação por um fator (-1) de modo a respeitar a convenção de sinais.
Assim, para raio positivo tem-se uma concordância convexa e o contrário, côncava.
Com o objetivo de garantir uma condução segura, o raio da concordância é definido tendo em conta a
visibilidade. Neste caso, a comodidade não é condicionante uma vez que a determinação dos raios
parte do pressuposto de que a aceleração vertical máxima é de , valor este díspar do associ-
ada à visibilidade. Assim, para uma certa velocidade, o raio deve assegurar uma distância de visibili-
dade suficiente ( para a manobra de paragem nas estradas uni ou bidirecionais, na qual não é per-
mitida ultrapassagem, ou uma distância de ultrapassagem em estradas com possibilidade de ultrapas-
sagem [4].
Quadro 5.2 – Distância de visibilidade de paragem [4].
Na medida em que na generalidade dos casos os raios aplicados são elevados, como já foi referido, a
curva parabólica assemelha-se à circular, sendo que será esta a utilizada no cálculo do raio mínimo. A
Fig.5.2 esquematiza a presente situação [10].
Fig.5.2 – Elementos de uma concordância convexas para o cálculo do raio mínimo (adaptado de [10]).
36
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
As normas determinam os valores do raio mínimo (R) em função da distância de da distância de para-
gem (Dp) e considerando as alturas dos olhos do condutor e obstáculo inseridas na Fig.5.2. Daí resulta,
para estradas com um só sentido de tráfego que,
(5.6)
Nos ramos de ligação, como as velocidades específicas são muito baixas também os raios o são. Para,
⁄
⁄
Dada exiguidade de espaço, muitas vezes procura-se que, pelo menos o raio cumpra a condição de
⁄ ⁄ , ou seja,
(5.7)
Segundo a Normas do Traçado [14], em faixas unidirecionais a concordância deve ter um tempo mí-
nimo de percurso de 3,6 segundos, garantindo deste modo a comodidade ótica ao condutor.
No que se refere às concordâncias côncavas é necessário ter em linha de conta a visibilidade em situa-
ção de condução noturna, bem como a comodidade afetada pela força centrípeta, sendo a primeira
situação preponderante.
Deste modo, deve garantir-se somente que os faróis iluminam uma distância igual ou superior à de
visibilidade de paragem, ou seja, a extensão de estrada iluminada frente ao veículo é função do raio
escolhido. Face a esta questão o raio é calculado para uma distância equivalente à distância D, partin-
do do pressuposto que os faróis do veículo projetam um cone de luz com 2 graus de abertura e que se
localizam a 0,75 metros do solo.
Assumindo unicamente a situação em que a o desenvolvimento da concordância é maior que a distân-
cia de visibilidade e que a velocidade é inferior a 80 Km/h, abaixo representa-se na Fig.5.3 a situação
em estudo.
37
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Fig.5.3 – Elementos de uma concordância côncava para o cálculo do raio mínimo (adaptado de [10]).
Considerando que o ângulo BEG é 2º e 0,75 metros, então os triângulos CDB e DBF são seme-
lhantes:
(5.8)
Contudo, e . Substituindo,
(5.9)
( ) (5.10)
(5.11)
38
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(5.12)
(5.13)
As expressões matemáticas obtidas acima foram deduzidas para pleno traçado. Estas, dificilmente são
aplicadas em ramos de ligação uma vez que o raio mínimo obtido é excessivamente elevado. Além
disso, a velocidade dos nós de ligação varia entre 40 e 80 Km/h sendo o critério aplicável, o da visibi-
lidade noturna. Portanto, é dada uma margem no que se refere à concordâncias côncavas aplicando-se
geralmente a equação (5.6). As razões já mencionadas atrás para as concordâncias convexas, permitem
para as concordâncias côncavas o uso dos mesmos raios.
ii. Desenvolvimento
Sob um trainel, sendo a inclinação constante, a cota de um ponto é obtida através da equação seguinte:
(5.14)
5.2.3.2. Concordância
Considerando um sistema de coordenadas com ponto de origem sob o ponto inicial da concordância,
obtém-se a Fig.5.4 da página seguinte.
Sabendo que a variação da inclinação é linear e a concordância parabólica, esta equação pode tomar a
forma:
(5.15)
39
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
D [m] – Desenvolvimento da concordância vertical medido em projeção ao longo do eixo das abcissas;
[m/m] – Inclinação da rasante na tangente de entrada;
[m/m] – Inclinação da rasante na tangente de saída.
∫ (5.16)
(5.17)
Simplificando,
( ) ( ) ( ) (5.18)
40
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Conhecido ( ) tem-se:
( ) ( ) ( ) √ ( ) (5.19)
(5.20)
(5.21)
( )
( )
(5.22)
√ ( )
[ ( ) ]
Como,
(5.23)
[ ( ) ]
(5.24)
(5.25)
41
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(5.26)
Assim, tendo em conta a convenção de sinais (ver 5.2.2), a equação que define a concordância vertical
é:
(5.27)
Fig.5.6 - Ábaco para determinação do número de vias dos ramos em função do tráfego e da extensão (adaptado
de [3]).
Conforme as Normas de Nós de Ligação [3], os ramos têm no mínimo 4,0 metros de faixa de rodagem
com 2,5 de berma exterior e 1,0 de berma interior. Quando estes têm duas vias, ambas as bermas pas-
sam a ter de largura 2,5 metros.
42
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
No caso de um ramo atravessar sob uma obra-de-arte, este deve ter perfil transversal semelhante, sen-
do que deve acrescenta-se pelo menos 1 metros à berma esquerda.
Quanto aos lancis, estes só devem surgir quando existem problemas de drenagem, pelo que apenas
fazem sentido em zonas urbanas. A sua colocação deve ser exterior às bermas e galgáveis [3].
Nas Fig.5.7 e 5.8 apresentam-se, em esquema, as larguras dos ramos a adotar para as várias possibili-
dades.
Fig.5.8 – Ramo bidirecional com uma via por sentido (adaptado de [3]).
No caso de um ramo bidirecional com duas vias por sentido verifica-se a situação idêntica à esquema-
tizada na Fig.5.8 mas com uma largura de faixa de 7 metros com ocasional adição de sobrelargura.
5.3.2. SOBRELEVAÇÃO
Nos ramos de ligação os condicionalismos na adoção da sobrelevação são os mesmos que os utilizados
em plena via. Contudo, não são tão rigorosos quando relacionados a limites máximos e mínimos a
atribuir.
Em casos particulares, como o pequeno desenvolvimento das curvas e sinalização de acalmia de tráfe-
go, é permitida a aplicação de valores que ultrapassam os normalmente aplicáveis. Além disso, por
motivos de drenagem é necessário estabelecer um limite inferior [3].
Quadro 5.3 - Sobrelevações nos ramos de ligação [3].
43
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(5.28)
Ou,
(5.29)
E então, para:
⁄ ⁄ ⁄
⁄ ⁄ ⁄
⁄ ⁄ ⁄
Valores semelhantes aos do Quadro 5.4, que são aqueles que devem ser respeitados.
Quadro 5.4 – Variação máxima da sobrelevação em cada 20 metros de extensão [3].
Relativamente à zona de confluência entre o ramo de ligação e a estrada principal, pelas Normas de
Nós de Ligação [3], deve salvaguardar-se situações de descontinuidades que possam lesar o condutor
em termos de segurança. Para isso aplicam-se os limites estabelecidos no Quadro 5.5.
44
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
No que se refere à transição da sobrelevação, deve ter em conta o perfil transversal da estrada princi-
pal, bem como iniciar a uma distância de 0,30 a 1,0 metros no exterior da faixa de rodagem.
Para assimilar esta quebra à do eixo em plena via em reta e perfil tipo “cumeada de telhado” deve li-
mita-se este valor a 5% (-2,5%,+2,5%).
5.3.3. SOBRELARGURA
Quando o raio da curva é inferior a 90 metros e o ângulo dos alinhamentos a 130 grados, as curvas
devem ser afetadas de sobrelargura.
A sobrelargura vem colmatar o problema de dimensionamento quanto aos veículos-articulados, sendo
que esta zona adicional, bem como as bermas, devem ser pavimentadas de uniformemente com a pla-
taforma.
Quadro 5.6 – Sobrelargura [3].
Note-se que, tendencialmente os veículos deslocam-se junto ao bordo exterior do ramo pelo que ape-
nas o intradorso é afetado de sobrelargura. Assim, a sobrelargura apenas afeta o desenho em planta do
bordo interior sem implicar qualquer cálculo do respetivo eixo da plataforma.
45
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Fig.5.9 - Zonas de disfarce da sobreelevação e o comprimento dos vários tipos de linhas de água sobre o pavi-
mento (extraído de [17]).
46
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
como se viu no quadro 5.3 com grande latitude de valores; e no quadro 5.5 ao acertar-se linha
de quebra entre o ramo e a plataforma adjacente;
também nestes elementos não existe rigidez da distribuição em reta, clotóide e curva circular
da sobreelevação, tendo esta situação de se adaptar ao existente nas ligação do ramo.
47
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
48
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6
PROJETO DE EXECUÇÃO DE UM NÓ
DE LIGAÇÃO EM TROMPETE
6.1. INTRODUÇÃO
O presente capítulo destina-se à realização de uma Memória Descritiva e Explicativa referente ao Pro-
jeto de Execução de um nó de ligação em trompete que estabelece a ligação entre dois troços existen-
tes e cuja geometria é conhecida.
Este projeto incluiu a Planta Geral à escala 1:1000, bem como os perfis longitudinais de cada ramal de
ligação à escala horizontal 1:1000 e vertical 1:100.
Todas as decisões tomadas têm por base as normas e conceitos expostos ao longo dos Capítulos 3,4 e
5.
49
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.2.2. VELOCIDADE
A velocidade permitida é função das características geométricas da diretriz.
Pelo elevado raio no trecho da estrada principal e largura das vias assumiu-se ser a velocidade base de
100 Km/h (120 Km/h de velocidade de tráfego).
Na estrada secundária admite-se a velocidade base de 50 km/h devido ao raio da curva, que é visível
(Anexo A.5 – Desenho nº 1.1), ser de 85 metros.
6.2.3. CUSTOS
O projeto de um nó de ligação é uma situação crítica do projeto rodoviária pelas limitações geométri-
cas exigidas.
Em termos de custos é necessário ter em conta os de primeiro estabelecimento e de exploração. Os
últimos são condicionados pelo traçado e pela pavimentação. Assim, quanto mais elevadas as inclina-
ções das rampas e menores os raios das curvas, maior é o seu valor. Tal, acontece pelo facto das velo-
cidades atingidas pelas viaturas serem baixas o que compromete diretamente o desgaste do pavimento
e o combustível gasto. Depreende-se então que as escolha dos elementos geométricos deve ser cuida-
dosa de forma a minimizar os efeitos negativos [10].
50
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Contudo, devido à envolvente urbanística da zona, rebateu-se o nó em torno do eixo da estrada secun-
dária. Desta forma, o ramal direto de viragem à esquerda garante entrada na estrada principal e o loop
a saída. A Fig.6.2 permite uma visualização preliminar desta configuração partindo de um exemplo
prático com geometria semelhante localizado na Via Norte.
Fig.6.2 - Variante de um nó em trompete na Via Norte com ramo direto de viragem à esquerda (extraído de [6]).
51
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Uma infraestrutura deste tipo conta com o trabalho de equipa entre projetistas rodoviários e de estrutu-
ras. Assim, procurou-se que a escolha da passagem da estrada principal fosse influenciada pela topo-
grafia do terreno pois, desta forma os custos inerentes e o impacto ambiental são menores.
Convenientemente, a obra de arte deve situar-se numa zona da estrada principal, em alinhamento reto,
evitando elementos geométricos em curva ou transição, visto o dimensionamento de uma estrutura
regular ser mais facilmente executável. Deste modo, depreende-se que a própria obra de arte não deve
estar sob as mesmas condições. Observando o Anexo A.5 – Desenho nº 1.1, verifica-se que o melhor
posicionamento surge imediatamente após a curva composta de raio 600 metros da estrada principal.
Importa referir que idealmente deve tentar-se a perpendicularidade planimétrica entre ambos os ele-
mentos. Todavia, esta condição não é preponderante quando comparada com as anteriores pelo que, na
necessidade de melhorar as características geométricas de ligação à estrada pré-existente (estrada se-
cundária) atribui-se uma certa rotação em torno do seu eixo.
Geralmente, o projeto que se adapta melhor à topografia do terreno é o mais estético e económico em
termos de execução e manutenção. Apesar disso, considerou-se essencial fazer uma comparação direta
entre as duas alternativas.
Como primeiro estudo, considerou-se a hipótese de atravessamento da estrada secundária segundo
uma passagem superior. Esta apresenta as seguintes vantagens:
O tráfego da rodovia que passa por cima tem uma visão mais ampla minimizando no condutor
a sensação de restrição e confinamento;
“Favorece as características operacionais do nó pois, facilita a desaceleração dos veículos que
saem, e a aceleração dos que entram na estrada principal” (JAE, 1994: 20);
“Do ponto de vista dos condutores é desejável que a estrada principal passe sobre o menor
número possível de estruturas, evitando-se o desconforto das juntas, e as perturbações da cir-
culação devidas às reparações e reconstruções das mesmas” (JAE, 1994: 20).
Como desvantagens, apresentam-se as seguintes:
Exige geralmente um traçado forçado;
Acentua o efeito visual/estético;
Condiciona o campo de visão do condutor que circula na estrada principal;
Quantidade de aço necessário para o tabuleiro elevada;
A necessidade de vencer o vão (na ordem dos 30 metros incluindo as valetas) de atravessa-
mento sobre a estrada principal remete para a necessidade económica de construção de pilares
no separador. Segundo as Normas do Traçado [14], apenas são permitidos apoios se o separa-
dor tiver uma largura maior ou igual a 6 metros. Neste caso tem apenas 3 metros pelo que se
inviabiliza esta possibilidade;
No seguimento do ponto anterior, outra alternativa é a construção de uma obra de arte com um
vão aproximado ao de um viaduto (40 metros), solução esta economicamente inviável.
Pressupondo a situação de atravessamento através de passagem inferior, as vantagens são:
Menor vão;
Esteticamente mais agradável;
Redução da poluição sonora;
Tendo em conta a localização preterida, o perfil longitudinal da estrada principal (já definido)
nesta zona, como se pode verificar pelo Anexo A.5 – Desenho nº 2.1, é em aterro o que leva a
que o atravessamento da via secundária seja próximo do terreno;
52
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Nas Fig. 6.5 e 6.6 são apresentados esquemas das duas soluções mais correntes em Portugal no que se
refere a passagens inferiores.
53
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
a)
b)
a)
b)
Situação 1: sobrecarga no vão central
Situação 2: sobrecarga nos vãos extremos
A solução A apresenta vantagens substanciais face às soluções tradicionais, das quais se destacam a
rapidez de execução e de entrada em serviço, a maior durabilidade e uma maior economia de custos.
Em contrapartida, no que se refere à geometria, o comportamento em serviço é prejudicado pela má
compactação do aterro lateral exigindo cuidados especiais.
54
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Considerando o vão a vencer (18,6 metros), verifica-se pela deformada (Fig.6.5b) que o momento
máximo seria demasiado elevado. Consequentemente, torna-se imprescindível o dimensionamento de
estruturas de contenção de aterro de forma a minimizar o efeito das pressões. Desta forma, depreende-
se que os Quadros pré-fabricados apenas são economicamente viáveis para pequenos vãos.
A alternativa viável neste projeto é do tipo B (Fig.6.6a). Esta é uma estrutura de quatro apoios na qual
os taludes laterais, com uma altura de 6 metros, têm uma inclinação 2:3 o que possibilita ao condutor
um maior campo de visão [14]. Finalmente, como os vãos extremos medem aproximadamente metade
do central e o peso exercido pelos veículos atenua o efeito dos momentos (Fig.6.6b) e os elementos
estruturais são mais esbeltos.
Ressalve-se que neste subcapítulo os dados utilizados são aproximados e as suposições indicativas,
pelo que a sua validação rigorosa é oportunamente retomada ao longo deste capítulo.
55
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
De forma a serem criadas condições geométricas para a implantação de uma curva com um raio acei-
tável após a obra de arte, a intersecção estabeleceu-se com um viés de 11,111 grados. Assim, definido
um raio de 50 metros obtiveram-se os parâmetros presentes no Quadro 6.1 a partir do Quadro 4.1.
Analiticamente, calculou-se o centro (C) da curva circular, intersetando retas paralelas aos alinhamen-
tos (assinalados a vermelho e a azul na Fig.6.8) com afastamento de (R+∆R):
(6.1)
( )
{ (5.1)
(6.2)
( )
56
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
O ramo A+B tem origem no ramo B (no seu ponto final), mas os seus raios são distintos. Este facto
deve-se ao ramal em estudo ser bidirecional e portanto a sua definição geométrica ser realizada pelo
eixo. Deste modo, a partir das condicionantes geométricas impostas pelo troço do ramo A+B (até en-
tão definido) e pela estrada principal optou-se por um raio de 45 metros para o ramo B com os elemen-
tos característicos do Quadro 6.2.
Quadro 6.2 - Parâmetros geométricos da curva do ramo B.
Segundo uma equação do tipo da atrás mencionada como 6.1 determinou-se o centro da curva que é
comum aos três ramos nesta zona de convergência.
Note-se que a diretriz do ramo B é dada pelo bordo exterior, ou seja, o bordo direito do ramo A+B fica
automaticamente definido. Desta forma, consideraram-se os seguintes aspetos na determinação do
centro:
a partir do alinhamento reto assinalado a azul na Fig.6.9 distam-se 5,3 metros, valor este asso-
ciado à largura da via do ramo B;
conhecida a largura da faixa de rodagem da estrada principal (10,5 metros), relativamente ao
bordo, incluíram-se 3,5 metros de afastamento correspondentes à via de abrandamento (reta
assinalada a verde – Fig.6.9).
Partindo do raio da curva do ramo B determinou-se o correspondente do ramo A+B, segundo a equa-
ção (6.3).
57
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(6.3)
Substituindo,
Por interpolação de valores do Quadro 4.1 obtiveram-se os parâmetros apresentados na seguinte tabe-
la.
Quadro 6.3 - Parâmetros geométricos da curva 1 do ramo A+B.
No Quadro 6.4 encontram-se as coordenadas dos pontos de osculação das curvas do ramo A+B.
Quadro 6.4 – Coordenadas dos pontos de osculação das curvas do ramo A+B.
Ponto de
Elemento Quilometragem M [m] P [m] R [m] L [m]
osculação
- 0+000,000 -32616,570 153106,222
Curva Circular 1 91,252
51,300
P1 0+091,252 -32680,474 153153,830
Clotóide 1 29,649
O1 0+120,901 -32676,011 153183,033
Alinhamento reto 1 ∞ 80,600
O2 0+201,501 -32656,233 153261,168
Clotóide 2 30,420
P2 0+231,921 -32651,771 153290,364
Curva Circular 2 50,000 23,063
P3 0+254,984 -32657,898 153312,387
Clotóide 3 30,420
O3 0+285,404 -32676,805 153335,083
Alinhamento reto 2 ∞ 350,035
O4 0+633,889 -32925,657 153581,241
1
Clotóide 4 31,431
- 0+665,320 -32947,062 153604,126 134,421
No anexo (A.2.2) são apresentados a lista de coordenadas em planta e os restantes elementos caracte-
rísticos da diretriz do ramo A+B.
1
O clotóide 4 é um elemento geométrico, já definido, da curva da estrada secundária pré-existente.
58
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.5.1.2. Sobrelargura
Como o raio da curva 1 (51,3 metros) é diferente dos raios correspondentes nos ramos A e B, procu-
rou-se uma solução homogénea e de fácil execução para o construtor. Adotou-se uma largura adicional
média de 1 metro pelo que, como se verifica na Fig.6.10 da página seguinte, a largura do ramo na cur-
va 1 é de 5 metros.
No que toca à curva após a obra de arte, utilizou-se a sobrelargura de 1,15 metros, através de interpo-
lação de valores do Quadro 4.1.
59
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Largura do separador
Velocidade base [m]
[Km/h]
Mínimo absoluto Mínimo normal
140 a 120 6 6
100 5 6
80 4 5
60 2,6 4
Escolheu-se a largura de 2,60 metros com separador central flexível, na qual se enumeram as seguintes
vantagens:
o custo é 2 a 3 vezes mais reduzido comparativamente com a solução de separador rígido;
facilita a visualização da faixa de rodagem oposta;
grande parte da energia de impacto é absorvida pelo separador, traduzindo-se em menores da-
nos nas viaturas.
Em contrapartida, associado ao custo de manutenção este é tanto mais elevado quando mais adversas
forem as condições climatéricas, além de que após a colisão o sistema não é reutilizável. Tem ainda o
inconveniente de ser mais agressivo face aos motociclistas o que exige a previsão de saias no separa-
dor o que eleva o seu custo normal.
Conforme visto no item anterior, há necessidade de realizar a transição com a eliminação do separador
central. Pelas Norma das Intersecções [4], é imposto uma distância mínima para implementação desta
situação.
√ (6.4)
Tendo em conta, que esta zona se encontra em alinhamento reto, o condutor tende a aumentar a velo-
cidade, pelo que no cálculo seguinte se utilizou a velocidade de tráfego e não a específica.
O “encurtamento” do separador central fez-se através de uma curva e contra-curva, ou seja, através da
mesma metodologia de taper em alinhamento reto. Pelas equações (4.10) e (4.11). seguem-se os valo-
res no Quadro 6.6.
Quadro 6.6 – Parâmetros do “encurtamento” do separador central.
Estrada secundá-
Estrada principal Transição
ria
Separador central
R [m] 1225,326
1,300 0,000
Ѳ [gr] 2,074
60
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Largura da via
R [m] 885,173
4,000 3,500
Ѳ [gr] 2,871
Berma exterior
R [m] 1592,751
2,500 1,500
Ѳ [gr] 1,595
Note-se que o “encurtamento” do separador apenas foi realizado após a implantação dos ramos C e De
respetivas vias auxiliares (ver Fig.6.11) pois torna a perceção do condutor mais eficaz e atempada na
manobra que pretende realizar.
61
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.5.2. RAMO A
O ponto de início do ramo A corresponde e define o ponto final do ramo B. Neste, o centro, , é co-
nhecido e o raio, , já foi usado na equação 6.3 (45 metros).
(6.5)
Substituindo,
Como o ramo A é de entrada na estrada principal, o aumento gradual do raio das curvas facilita o au-
mento da velocidade. Deste modo, optou-se por um raio, , de 75 metros na qual as suas característi-
cas estão presentes no Quadro 6.8.
62
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A distância entre os centros das duas curvas é dada pela equação (6.6).
√( ) ( ) (6.6)
Para amenizar a transição das inclinações transversais implantou-se um alinhamento reto intermédio,
, de 25 metros.
Os elementos da expressão 6.6. passarão, então, a ser dados pelas equações (6.7) e (6.8)
(6.7)
( ) ( ) (6.8)
No cálculo das coordenadas do centro, pelas expressões (6.9) e (6.10), intersetou-se uma reta para-
lela a a uma distância de ( ) e uma circunferência de raio D.
( ) ( ) (6.9)
{
( ) (6.10)
No Quadro 6.9 estão definidas as coordenadas dos pontos de osculação da diretriz do ramo A.
Quadro 6.9 – Coordenadas dos pontos de osculação das curvas do ramo A.
Ponto de
Elemento Quilometragem M [m] P [m] R [m] L [m]
osculação
P1 0+000,000 -32615,025 153100,149 57,600
Clotóide 1 32,101
O1 0+032,101 -32586,000 153113,592
Alinhamento ∞ 25,000
reto
O2 0+057,101 -32564,402 153126,183
Clotóide 2 36,053
P2 0+093,154 -32525,924 153144,313
Curva Circular 75,000 35,217
P3 0+128,371 -32498,092 153140,605
Clotóide 3 36,053
O3 0+164,425 -32473,289 153134,248 ∞
63
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.5.2.2. Sobrelargura
Por 6.5.1.2. escolheu-se uma largura adicional de 1 metro para curva de raio 57,60 metros.
Na curva de raio de 75 metros, pelo Quadro 5.6, adotou-se a sobrelargura de 0,30 metros, seguindo as
diretrizes dos Nós de Ligação [3].
Na última curva transição, o veículo aumenta a velocidade, uma vez que a entrada faz-se em alinha-
mento reto e a visibilidade do final da via auxiliar é total. Desta forma, o valor da extensão da via de
aceleração inclui a clotóide traduzindo-se em economia de espaço e consequentemente em menor cus-
to de execução.
A lista de coordenadas do taper estão presentes em anexo (A.2.3).
64
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
65
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.5.3. RAMO B
No Quadro 6.11 estão presentes os valores das coordenadas referentes apenas aos pontos de osculação
da diretriz.
Quadro 6.11 – Coordenadas dos pontos de osculação da curva do ramo B.
Ponto de
Elemento Quilometragem M [m] P [m] R [m] L [m]
osculação
O 0+000,000 -32623,542 153203,564 ∞
Clotóide 28,800
P 0+028,800 -32598,792 153189,094
Curva Cir- 45,000
96,750
cular Final 0+125,550 -32618,123 153112,327
6.5.3.2. Sobrelargura
Por 6.5.1.2. escolheu-se uma largura adicional de 1 metro.
6.5.3.3. Via de abrandamento
A partir dos Quadros 4.6 e 4.7 determinaram-se as características geométricas da via de abrandamento.
Considere-se os dados presentes no Quadro 6.12.
66
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Testando a possibilidade de 35 metros (dados pela Quadro 4.6) de extensão de via de abrandamento,
parte do taper ficaria sobre a obra de arte. Deste modo, tomou-se a decisão de prolongá-la o suficiente
para que esse efeito fosse totalmente eliminada, uma vez que poderia confundir visualmente o condu-
tor e seria esteticamente desagradável. Portanto, utilizou-se uma extensão de 57 metros.
Outra particularidade desta via auxiliar é o facto de se encontrar numa zona geométrica intermédia, ou
seja, abrangendo uma curva de transição e um alinhamento reto. Deste modo, tornou-se inviável a
aplicação das metodologias apresentadas em 4.2.4.1. A solução, presente na Fig.6.15, consiste em
duas curvas circulares de raios diferentes que se ligam segundo um alinhamento reto, ∆l. Nesta, aplica-
ram-se os conceitos elementares da curva circular descritos em 3.2.1.
Marcou-se um troço paralelo a 3,5 metros do bordo da estrada principal com os 75 metros de extensão
(taper). Posteriormente, traçaram-se duas retas: a primeira tangente ao ponto inicial do taper em clotó-
ide e a outra um simples prolongamento do alinhamento reto. De forma a minimizar o alinhamento
reto intermédio, ∆l, e maximizar o raio das curvas, definiu-se a tangente, t, com uma extensão de ¼ do
taper, ou seja, com 18,75 metros.
Sobre cada uma das tangentes, definiu-se a extensão correspondente à tangente curta, unindo-as a par-
tir de uma reta assinalada a azul na Fig.6.14. Neste alinhamento repetiu-se o processo.
Pela equação (6.11) determinaram-se os ângulos dos alinhamentos, .
(6.11)
67
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(6.12)
Assim,
(6.13)
{ (5.11)
(6.14)
Logo,
Na situação decorrente, como o ramo B corresponde a uma saída da estrada principal, a transição da
largura da faixa de rodagem pode ocorrer sem que se efetue uma transição linear. O aumento de largu-
68
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
ra disponível entre o taper (3,5 metros) e o ramo (5 metros), não prejudica as manobras dos automobi-
listas. Portanto não há necessidade de disfarce. Na Fig.6.16, no ponto de intersecção entre os bordos a
largura da via totaliza 4,969 metros.
69
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.5.4. RAMO C
Este ramal ao nível de condicionantes é o mais exigente, na medida em que existe um ponto alto e uma
zona ocupada com construção que devem ser tidos em conta. Além disso, a extensão do ramo deve ser
a suficiente para que, na intersecção altimétrica com o ramo A+B, não se ultrapasse a inclinação longi-
tudinal máxima imposta pela Normas de Nós de Ligação [3].
Assim, através de sucessivas tentativas a solução escolhida recaiu sobre a sucessão de três curvas com
raios distinto de 60, 50 e 45 metros com os parâmetros do Quadro 6.13.
Quadro 6.13 – Parâmetros geométricos das curvas 1,2 e 3 do ramo C.
70
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Ponto de
Elemento Quilometragem M [m] P [m] R [m] L [m]
osculação
O1 0+000,000 -32570,176 153215,755 ∞
Clotóide 1 32,267
P1 0+032,267 -32598,214 153231,513
Curva circular 1 60 42,494
P2 0+074,751 -32619,119 153267,735
Clotóide 2 32,267
O2=O3 0+106,918 -32618,738 153299,896 ∞
Clotóide 3 30,419
P3 0+137,337 -32618,735 153330,191
Curva circular 2 50 46,804
P4 0+184,141 -32646,779 153365,530
Clotóide 4 30,419
O4=O5 0+214,560 -32676,283 153372,409 ∞
Clotóide 5 28,800
P5 0+243,360 -32704,168 153379,065
Curva circular 3 45 0,550
P6 0+243,910 -32704,662 153379,306
Clotóide 6 28,800
O6 0+272,706 -32727,073 153397,185 ∞
Via de Via de
Parâmetros
abrandamento aceleração
Estrada Velocidade [Km/h] 100,000 60,000
principal Inclinação longitudinal [%] 1,664 8,000
Velocidade [Km/h] 45,000 40,000
Ramo C
Raio da curva [m] 60,000 45,000
Extensão total [m] 102,500 45,000
Extensão clotóide [m] 32,267 28,800
Extensão taper [m] 75,000 75,000
Via
Extensão via [m] 107,267 103,800
auxiliar
Largura [m] 3,500 3,500
Raio [m] 402,661 402,661
Ѳ [gr] 5,937 5,937
71
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Na última curva transição de cada via auxiliar o condutor aumenta a velocidade, uma vez que a entra-
da e saída se fazem em alinhamento reto e a visibilidade do final da via auxiliar é total. Desta forma, o
valor da extensão desta via inclui a clotóide traduzindo-se em economia de espaço a expropriar.
Neste caso específico, a extensão de cada clotóide e taper é superior ao valor total da via auxiliar por-
tanto, o ser valor foi majorado em 4,767 metros na via de abrandamento e 58,800 metros na de acele-
ração. Saliente-se que, na via de aceleração, para a velocidade exigida no ramo A+B, a sua extensão
seria de 45 metros (ver Quadro 4.6) e totalmente ocupada pelo taper. Esse valor compromete o valor
dos raios de curva e contra-curva, tornando-os pequeno. Assim, para suavizar a manobra adotou-se o
valor mínimo de taper de 75 metros.
A lista de coordenadas do taper estão presentes em anexo (A.2.5).
Quanto à curva 3 (raio do 45 metros) de entrada no ramo A+B, aplicando a sobrelargura de 1,25 me-
tros não se verifica uma transição linear entre 5,25 e 3,5 metros (largura da via de aceleração). Elimi-
nou-se a largura adicional passando a ser a extensão transversal da via de 3,952 metros (Fig.6.19 da
página seguinte). Esta redução torna-se mais vantajosa quando comparada com uma transição não
linear da largura, pois não agrava significativamente o movimentos dos veículos que descrevem a cur-
va ao passo que a outra situação poderia levar a ocorrências inesperadas por reação tardia do condutor.
72
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
73
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.5.5. RAMO D
Uma curva em “S” tangente a um alinhamento reto é a situação geométrica do ramo D esquematizada
na Fig.6.20.
Neste ramo, a principal condicionante é a Estação de Tratamento de Águas (assinalada no Anexo A.5
– Desenho nº 1.2). Assim, escolheu-se um raio de 50 metros, na qual os seus elementos característicos
se encontram no Quadro 6.16.
Quadro 6.16 – Parâmetros geométricos da curva do ramo D.
Particularmente, no que toca à clotóide de saída para a estrada principal, esta está associada a um pa-
râmetro A elevado. Este valor poderia ser reduzido visto o caso ser de convergência contudo, manten-
do-o é garantido o paralelismo este a estrada principal e a via de aceleração, o que facilita a manobra
de entrada ao condutor. No Quadro 6.17 são apresentados os parâmetros geométricos.
74
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Na definição numérica da diretriz do ramo D utilizaram-se as equações 6.6 a 6.10, sendo que no Qua-
dro 6.18 estão presentes as coordenadas dos pontos de osculação das curvas da diretriz.
Quadro 6.18 – Coordenadas dos pontos de osculação da curva do ramo D.
Ponto de
Elemento Quilometragem M [m] P [m] R [m] L [m]
osculação
O1 0+000,000 -32766,355 153411,285 ∞
Clotóide 1 30,420
P1 0+030,420 -32747,091 153387,902
Curva Circular 1 50,000 95,198
P2 0+125,618 -32784,146 153315,362
Clotóide 2 30,420
O2 0+156,038 -32814,429 153316,876
∞
Clotóide 3 97,364
O3 0+253,389 -32910,775 153330,086
6.5.5.2. Sobrelargura
Como o raio é de 50 metros, por interpolação de valores do Quadro 5.6, atribuiu-se uma largura adici-
onal de 1,25 metros.
Via de abran-
Parâmetros Via de aceleração
damento
Velocidade [Km/h] 70 100
Inclinação longitudinal [%] 8 1,664
Velocidade [Km/h] 42 42
Raio da curva [m] 50 50
Extensão total [m] 74,167 284,167
Fator de agravamento 1,35 100,125 -
75
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Via de abran-
Parâmetros Via de aceleração
damento
Extensão clotóide [m] 30,42 97,364
Extensão taper [m] 75 75
Extensão via [m] - 111,802
Largura [m] 3,5 3,5
Raio [m] 402,661 303,655
Ѳ [gr] 5,937 7,745
76
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(6.15)
{
( )
(6.16)
77
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.6.2. RAMO B
6.6.2.1. Raio mínimo
Segundo o estudo no capítulo 6.5 efetuado, a velocidade padrão para um raio de 45 metros é de 40
Km/h e a distância mínima de paragem, obtida pelo Quadro 5.2, é de 40 metros. Aplicando a equação
(5.6), o raio mínimo aplicável é:
Se
Ponto Quilometragem
[%] [m] [m] [m] [m]
Inicial do ramo 0+000,000 2,000 11,500 3,500 128,663 128,306
Confluência de bordos 0+022,203 3,542 11,500 5,000 128,285 127,820
Confluência de bermas 0+032,907 5,000 14,000 6,000 128,085 127,435
A variação máxima de sobreelevação, segundo o Quadro 5.4 é de 4,7%/20 metros. Assim, pelo Qua-
dro 6.21, comparando os valores das extensões mínimas ( ) para a variação da sobreelevação em
questão, depreende-se que o valor normativo é respeitado.
Quadro 6.21 – Validação dos elementos geométricos em perfil transversal do ramo B.
Ponto Quilometragem
[%] [%] [%] [m] [%]
Inicial do ramo 0+000,000 2,000 0,500
1,542 6,562
Confluência de bordos 0+022,203 2,500 3,542 1,042
1,458 6,204
Confluência de bermas 0+032,907 5,000 2,500
No que toca à máxima diferença algébrica entre a estrada principal e o ramo, está limitada superior-
mente a 5-6% (Quadro 5.5). Pelo Quadro 6.21 valida-se para todas as situações, com uma grande mar-
gem, este valor.
78
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
No trainel, a sua inclinação é condicionada não só pela capacidade de drenagem devido ao fato de
encontrar em escavação, como também pelos ramos adjacentes (A e A+B). Para facilitar a geometria
em perfil longitudinal dos mesmos adotou-se uma inclinação de 1,50%.
Apresentam-se em anexo o cálculo analítico (A.3.1) e o perfil longitudinal do ramo B (Anexo A.5 –
Desenho 2.3).
79
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.6.3. RAMO A
6.6.3.1. Raio mínimo
Assumindo que, a curva de entrada com raio em planta de 57,60 metros, limita a velocidade do ramo a
cerca de 45 Km/h, então o raio mínimos das concordâncias é:
(6.17)
A sobreelevação no início do ramo A deve ser a mesma que a do ramo B, assegurando deste modo,
harmonia no traçado, apesar das faixas serem separadas. Ou seja, estabelecida a sobreelevação (em
relação ao eixo do ramo bidirecional) final do ramo B em +5% então, o ramo A é sobrelevado de -5%.
Neste ramo, também deve garantir-se a continuidade das cotas finais, pelo que são fixas as cotas dos
pontos: final do ramo, de confluência de bordos e de confluência de bermas.
As normas estabelecem que, para uma curva com cerca de 60 metros de raio e uma velocidade de
aproximadamente 45 Km/h, a sobreelevação deve encontrar-se entre 6 e 12% (Quadro 5.3).
O ramo A localiza-se em alinhamento reto da estrada principal, na qual a inclinação transversal da
mesma é de 2,50%. De modo a garantir uma boa drenagem, uniformização de traçado e adaptação ao
método descrito em 6.6.1., a inclinação transversal escolhida recaiu igualmente sobre 2,50%, para
ponto inicial e de confluência dos bordos. Este valor aumenta linearmente até 5,00% no ponto de con-
fluência das bermas.
Para compatibilizar a inclinação longitudinal da estrada principal (-1,664%) com as cotas dos pontos
acima referidos obtêm-se os valores constantes no Quadro 6.23.
Quadro 6.23 – Pontos de continuidade do ramo A.
Se
Ponto Quilometragem
[%] [m] [m] [m] [m]
Final do ramo 0+164,425 2,500 11,500 3,500 125,739 125,364
Confluência de bordos 0+145,252 2,500 11,500 3,923 126,063 125,604
Confluência de bermas 0+123,991 5,000 14,000 6,000 126,412 125,817
80
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A variação máxima de sobreelevação, segundo o Quadro 5.4 é, por interpolação de valores, cerca de
4,4%/20 m. Pelo Quadro 6.24, validam-se os elementos definidos em perfil transversal do ramo A
segundo este critério e tendo em conta também o limite para diferença máxima algébrica entre a so-
breelevação entre o ramo e a estrada principal (Quadro 5.5).
Quadro 6.24 – Validação dos elementos geométricos condicionantes em perfil transversal do ramo A.
Ponto Quilometragem
[%] [%] [%] [m] [%]
Final do ramo 0+164,425 2,500 0,000
0,000 0,000
Confluência de bordos 0+145,252 2,500 2,500 0,000
2,500 10,638
Confluência de bermas 0+123,991 5,000 2,500
Ponto Quilometragem
[%] [%] [m]
- -
Inicial 0+000,000 5,000
5,000 22,727
Osculação clotóide/alinhamento reto 0+032,101 0,000
2,500 11,364
Osculação alinhamento reto/clotóide 0+057,101 2,500
2,500 11,364
Osculação clotóide/curva circular 0+093,154 5,000
0,000 0,000
Confluência de bermas 0+123,991 5,000
81
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Apresentam-se em anexo o cálculo analítico (A.3.2) e o perfil longitudinal do ramo A (Anexo A.5 –
Desenho nº 2.4).
82
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
No ponto inicial do ramo é necessário ter em conta, novamente, a cota final do ramo B. Assim,
( ) (6.18)
Então,
( )
83
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(6.19)
Logo,
(6.20)
Então,
(6.21)
Assim,
Como estes cálculos foram efetuados para o ponto mais desfavorável, admite-se que os restantes estão
a uma altura superior a 6 metros da plataforma da estrada principal.
Resumidamente, nos quadros 6.27 e 6.28 encontram-se as sobreelevações adotadas e respetivas verifi-
cações segundo a norma, descritas 5.3.2. A variação máxima de sobreelevação, segundo o Quadro 5.4
é, por interpolação de valores, cerca de 4,4%/20 m.
84
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Quadro 6.26 – Validação dos elementos geométricos em perfil transversal do ramo A+B.
2
Os valores em questão são meramente indicativos.
85
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.6.5. RAMO C
Se
Ponto Quilometragem
[%] [m] [m] [m] [m]
No ponto inicial do ramo estabeleceu-se uma inclinação transversal igual à da estrada principal
(2,5%), aumentando para 3,5% até ao ponto de confluência de bordos. Entre os pontos de confluência
de bordos e o ponto de osculação clotóide/curva circular da curva de 60 metros, a variação fez-se entre
3,5 e 5,0%.
Ao longo da curva circular, manteve-se a sobreelevação de 5,0%, sendo que desde o início da segunda
clotóide até ao ponto de osculação coincidente com a terceira clotóide reduz até 0,0% para que seja
possível a inversão de sentido devido á curva seguinte, à esquerda. A situação repete-se de forma idên-
tica na segunda curva.
Na parte final do ramo, para respeitar a inclinação transversal do ramo A+B, até ao ponto de confluên-
cia de bermas, manteve-se 2,5% de sobreelevação.
Sabendo que para a velocidade estabelecida de 40 Km/h, a variação de sobreelevação máxima é de
4,7%/20 metros, então no Quadro 6.28 faz-se a validação das sobreelevações comparando com o valor
normativo referido.
86
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Quadro 6.28 – Validação dos elementos geométricos condicionantes em perfil transversal do ramo C.
Ponto Quilometragem
[%] [%] [%] [m] [%]
Final do ramo 0+000,000 2,500 0,000
1,000 4,255
Confluência de bordos 0+023,605 2,500 3,500 1,000
1,500 6,383
Confluência de bermas 0+036,340 5,000 2,500
Confluência de bermas 0+242,124 2,500 0,000
0,000 0,000
Confluência de bordos 0+261,723 2,500 2,500 0,000
0,000 0,000
Final do ramo 0+272,706 2,500 0,000
Apresentam-se em anexo o cálculo analítico (A.3.5) e o perfil longitudinal do ramo A+B (Anexo A.5
– Desenho nº 2.6).
87
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
88
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
6.6.6. RAMO D
Se
Ponto Quilometragem
[%] [m] [m] [m] [m]
Inicialmente, adotou-se a mesma sobreelevação que a decorrente no ramo A+B, na zona de divergên-
cia dos ramos, 2,50%, variando ligeiramente até 3,0% no ponto de confluência de bordos e até 5,0%
no ponto de confluência de bermas. Esta variação, não linear da sobreelevação entre o ponto inicial e o
ponto de confluência de bermas, permitiu a adoção de inclinações mais favoráveis. No ponto seguinte
este tema será retomado.
Relativamente à parte final do ramo D o problema prendeu-se com a questão de continuidade da so-
breelevação na zona de confluência com a estrada principal, uma vez que as curvaturas têm sentido
contrário. No ponto de confluência de bermas a sobreelevação é contrária à curvatura correspondente.
Pelas Normas do Traçado [14], é permitido a retificação de estradas pré-existentes em função de novas
construções, como a de um nó de ligação. Assim sendo, reduziu-se de 7,0% (valor limite que só em
casos limite deve ser aplicado) para 5,0%, a sobreelevação em curva do troço de estrada principal afe-
to ao nó. Deste modo possibilitou-se a compatibilização com o ramo de ligação e garantiu-se que a
variação de sobreelevação é inferior ao estabelecido nas Normas de Nós de Ligação [3]. Ou seja,
( ) ( )
Apesar desta diferença algébrica entre a inclinação transversal da estrada principal e do ramo D ser
superior ao estabelecido para a velocidade de 40 Km/h (6,0%) é inferior ao máximo aceite pelas Nor-
mas de Nós de Ligação [3] como se verificar pelo Quadro 5.5. Esta situação é pontual e problemática
89
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
mas, mas tendo em conta que a última clotóide tem uma extensão elevada traduz-se num aumento da
comodidade.
No quadro seguinte validam-se as decisões tomadas quanto às sobreelevações adotadas, segundo o
limite normativo, quanto à variação máxima da sobrelevação em cada 20 metros de extensão. Para a
velocidade de 40 Km/h esta valor é de 4,7%/20 metros.
Quadro 6.31 – Validação dos elementos geométricos condicionantes em perfil transversal do ramo D.
Ponto Quilometragem
[%] [%] [%] [m] [%]
Inicial do ramo 0+000,000 2,500 0,000
0,500 2,128
Confluência de bordos 0+024,059 2,500 3,000 0,500
2,000 8,511
Confluência de bermas 0+034,958 5,000 2,500
Confluência de bermas 0+139,159 1,884 3,116
2,304 9,804
Confluência de bordos 0+194,592 5,000 4,188 0,812
0,812 3,455
Final do ramo 0+253,389 5,000 0,000
∆Se
Ponto Quilometragem
[%] [%] [m]
Inicial do ramo 0+000,000 2,500
1,000 4,255
Osculação clotóide/curva circular 0+030,420 3,500
1,500 6,383
Osculação curva circular/clotóide 0+125,618 5,000
7,000 29,787
Osculação clotóide/clotóide 0+156,038 2,000
2,000 8,511
Ponto final 0+253,389 0,000
- -
90
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
(nas mesmas condições da situação descrita para o ramo A+B) para solucionar problemas de drena-
gem.
Quanto à parte final do ramo, a sua grande extensão aliada às sobrelevações criteriosamente escolhidas
definiram duas concordâncias, ambas convexas, com desenvolvimentos de 55 e 50 metros.
Note-se que genericamente as concordâncias foram definidas segundo inclinações de traineis severa-
mente restritivas, pelo que os seus raios e desenvolvimentos foram muito condicionados.
Apresentam-se em anexo o cálculo analítico (A.3.6) e o perfil longitudinal do ramo D (Anexo A.5 –
Desenho nº 2.7).
91
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
92
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
7
TALUDES
7.1. INTRODUÇÃO
Este capítulo incide no estabelecimento e modelação de taludes de modo a incluir uma componente
ambiental no projeto.
Apesar deste tema se encontrar fora no âmbito direto desta dissertação, a estabilidade dos terrenos
adjacentes ao nó de ligação em casos pontuais era posta em causa devido à proximidade entre ramos.
Apresenta-se, deste modo, um estudo completo realizado com base na definição geométrica de perfis
transversais entre si e posterior fixação de curvas de nível.
93
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Outras duas informações imprescindíveis para uma correta representação gráfica dos perfis transver-
sais são:
a inclinação das valetas é de 3 para 1 (3 metros na horizontal correspondem a 1 metro na verti-
cal);
a espessura total das diferentes camadas do pavimento é, por simplificação, igual a 32 cm.
94
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
8
CONCLUSÃO
95
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BIBLIOGRAFIA
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Anexos
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101
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102
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Elemento R [m] A [m] ∆R [m] L [m] Xm [m] Ԏ [rad] X [m] Y [m] t [m]
Clotóide 600,000 245,000 0,695 100,042 50,009 0,083 99,972 2,779 280,109
R [m] 600,000
L [m] 369,161
Curva M [m] -32963,475
Centro
circular P [m] 152715,868
M [m] -32983,783
Vértice
P [m] 153359,269
Ponto de
Elemento Quilometragem M [m] P [m] R [m] L [m]
osculação
- 3+500,000 -33127,0589 153293,1371
Curva Circular 369,714
600,000
P 3+869,714 -32763,8726 153281,694
Clotóide 100,052
O 3+969,766 -32670,380 153243,371
∞
Alinhamento reto 455,234
- 4+425,000 -32256,380 153056,602
103
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
104
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Elemento R [m] A [m] ∆R [m] L [m] Xm [m] Ԏ [rad] X [m] Y [m] t [m]
Clotóide 1 51,300 39,000 0,712 29,649 14,783 0,289 29,402 2,839 24,254
Clotóide 2 e 3 50,000 39,000 0,769 30,420 15,163 0,304 30,140 3,064 23,674
105
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
106
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.2.3. RAMO A
Quadro A.2.9 - Parâmetros das curvas de transição do ramo A.
Elemento R [m] A [m] ∆R [m] L [m] Xm [m] Ԏ [rad] X [m] Y [m] t [m]
Clotóide 1 57,600 42,720 0,743 32,101 16,009 0,279 31,852 2,965 27,206
Clotóide 2 e 3 75,000 52,000 0,721 36,053 17,992 0,240 35,846 2,877 35,309
107
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.2.4. RAMO B
Quadro A.2.13 - Parâmetros da curva de transição do ramo B.
Elemento R [m] A [m] ∆R [m] L [m] Xm [m] Ԏ [rad] X [m] Y [m] t [m]
Clotóide 45,000 36,000 0,765 28,800 14,351 0,320 28,507 3,050 21,341
R [m] 45,000
L [m] 96,750
Curva M [m] -32629,217
Centro
Circular P [m] 153155,938
M [m] -
Vértice
P [m] -
108
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.2.5. RAMO C
Quadro A.2.17 - Parâmetros das curvas de transição do ramo C.
Elemento R [m] A [m] ∆R [m] L [m] Xm [m] Ԏ [rad] X [m] Y [m] t [m]
Clotóide 1 e 2 60,000 44,000 0,721 32,267 16,095 0,269 32,034 2,877 28,315
Clotóide 3 e 4 50,000 39,000 0,769 30,420 15,163 0,304 30,140 3,064 23,674
Clotóide 5 e 6 45,000 36,000 0,765 28,800 14,351 0,320 28,507 3,050 21,341
R [m] 60,000
L [m] 42,484
Curva M [m] -32558,108
Centro
circular 1 P [m] 153293,350
M [m] -32624,802
Vértice
P [m] 153239,763
R [m] 50,000
L [m] 46,804
Curva M [m] -32667,711
Centro
circular 2 P [m] 153320,122
M [m] -32612,263
Vértice
P [m] 153364,097
R [m] 45,000
L [m] 0,550
Curva M [m] -32684,685
Centro
circular 2 P [m] 153419,628
M [m] -32705,884
Vértice
P [m] 153376,225
109
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
110
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.2.6. RAMO D
Quadro A.2.22 - Parâmetros das curvas de transição do ramo D.
Elemento R [m] A [m] ∆R [m] L [m] Xm [m] Ԏ [rad] X [m] Y [m] t [m]
Clotóide 1 e 2 50,000 39,000 0,769 30,420 15,163 0,304 30,140 3,064 23,674
R [m] 50,000
L [m] 95,198
M [m] -32791,447
Curva circular Centro
P [m] 153364,826
M [m] -32642,656
Vértice
P [m] 153288,925
111
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
112
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
113
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.3.2. RAMO A
114
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Quadro A.3.5 – Elementos principais dos elementos do perfil longitudinal do ramo A+B.
115
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
116
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.3.4. RAMO C
Desenvolvimento Inclinação
Elemento Ponto Quilometragem Cota [m] Raio [m]
[m] [%]
Inicial 0+000,000 127,561
Trainel 6,724 - 1,664
Final
0+006,724 127,673
Inicial
Concordância
Vértice 0+031,724 128,089 50,000 1850,431 -
convexa
Final
0+056,724 127,650
Inicial
Trainel 11,155 -1,757
Final
0+067,879 127,454
Inicial
Concordância
Vértice 0+092,879 127,014 50,000 -1766,784 -
côncava
Final
0+117,877 127,229
Inicial
Trainel 89,887 - 0,859
Final
0+207,876 128,002
Inicial
Concordância
Vértice 0+225,000 128,149 34,248 -373,029 -
côncava
Final
0+242,124 129,862
Inicial
Concordância
Vértice 0+252,139 130,898 20,031 794,362 -
convexa
Final
0+261,723 131,678
Inicial
Concordância
Vértice 0+267,644 132,106 10,979 5187,338 -
convexa
Final 0+272,706 132,545
117
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
118
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.3.5. RAMO D
119
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
120
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
121
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Lado direito
Quilometragem Distância ao eixo Cota
0+000,000 10,155 132,146
0+025,000 9,566 131,700
0+050,000 11,181 133,254
0+075,000 11,831 133,856
0+100,000 11,818 133,811
0+125,000 12,475 134,469
0+150,000 10,936 132,978
0+164,425 12,104 133,706
122
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.4.2. Ramo B
123
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
124
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
125
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
126
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
127
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
128
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.4.4. Ramo C
Quilometragem Cota eixo [m] a + Sl [m] berma exterior [m] berma interior [m] Se [%]
0+000,000 127,561 3,500 2,500 1,000 2,500
0+025,000 127,886 4,800 2,500 1,000 3,744
0+50,000 127,752 4,800 2,500 1,000 5,000
0+75,000 127,342 4,782 2,500 1,000 5,000
0+100,000 127,159 4,167 2,500 1,000 1,072
0+125,000 127,290 4,691 2,500 1,000 -3,049
0+150,000 127,505 5,150 2,500 1,000 -5,000
0+175,000 127,720 5,150 2,500 1,000 -5,000
0+200,000 127,934 4,554 2,500 1,000 -2,554
0+225,000 128,149 4,018 2,500 1,000 0,946
0+250,000 130,635 3,870 2,500 1,000 2,500
0+272,706 132,545 3,500 2,500 1,000 2,500
Quilometragem Cota berma interior [m] Cota bordo interior [m] Cota eixo [m] Cota berma exterior [m]
0+000,000 127,674 127,649 127,561 127,499
0+025,000 128,103 128,066 127,886 127,792
0+50,000 128,042 127,992 127,752 127,627
0+75,000 127,631 127,581 127,342 127,217
0+100,000 127,214 127,204 127,159 127,132
0+125,000 127,116 127,147 127,290 127,366
0+150,000 127,198 127,248 127,505 127,630
0+175,000 127,413 127,463 127,720 127,845
0+200,000 127,792 127,818 127,934 127,998
0+225,000 128,196 128,187 128,149 128,125
0+250,000 130,757 130,732 130,635 130,573
0+272,706 132,658 132,633 132,545 132,483
129
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
130
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
A.4.5. Ramo D
Quilometragem Cota eixo [m] a + Sl [m] Berma exterior [m] berma interior [m] Se [%]
0+000,000 135,590 3,500 2,500 0,000 2,500
0+025,000 133,320 5,150 2,500 0,000 4,535
0+50,000 131,418 5,150 2,500 1,000 5,000
0+75,000 131,333 5,150 2,500 1,000 5,000
0+100,000 131,821 5,150 2,500 1,000 5,000
0+125,000 132,310 5,150 2,500 1,000 5,000
0+150,000 132,797 5,150 2,500 1,000 -0,623
0+175,000 133,262 4,516 2,500 1,000 -2,584
0+200,000 133,703 3,984 2,500 1,000 -3,355
0+225,000 134,132 3,568 2,500 1,000 -4,126
0+250,000 134,551 3,505 2,500 1,000 -4,896
0+253,389 134,609 3,500 2,500 1,000 -5,000
Quilometragem Cota berma interior [m] Cota eixo [m] Cota bordo interior [m] Cota berma exterior [m]
0+000,000 135,528 135,590 135,678
-
0+025,000 133,207 133,320 133,554
0+50,000 131,293 131,418 131,676 131,726
0+75,000 131,208 131,333 131,591 131,641
0+100,000 131,696 131,821 132,079 132,129
0+125,000 132,185 132,310 132,568 132,618
0+150,000 132,813 132,797 132,765 132,759
0+175,000 133,327 133,262 133,145 133,119
0+200,000 133,787 133,703 133,569 133,536
0+225,000 134,235 134,132 133,985 133,944
0+250,000 134,673 134,551 134,379 134,330
0+253,389 134,734 134,609 134,434 134,384
131
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
132
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
4+025,000 128,744
4+050,000 128,328
- -2,500
4+075,000 127,912
-2,500
4+100,000 127,637
4+125,000 127,080
4+150,000 126,664
Cota berma Cota bordo Cota berma Cota Cota berma Cota bordo Cota berma
Quilometragem esquerda esquerdo interior eixo interior direito direita
[m] [m] [m] [m] [m] [m] [m]
3+850,000 133,018 132,230 131,705 131,655 131,605 131,080 130,955
3+875,000 132,522 131,780 131,286 131,239 131,190 130,681 130,559
3+900,000 131,765 131,221 130,858 130,823 130,781 130,337 130,231
3+925,000 131,009 130,661 130,429 130,407 130,371 129,960 129,870
3+950,000 130,252 130,101 130,001 129,991 129,961 129,568 129,494
3+975,000 129,535 129,558 129,574 129,575 129,550 129,288 129,225
4+000,000 128,949 129,070 129,151 129,159 129,134 128,872 128,809
4+025,000 128,063 128,457 128,719 128,744 128,719 128,457 128,394
4+050,000 127,647 128,041 128,303 128,328 128,303 128,041 127,978
4+075,000 127,231 127,625 127,887 127,912 127,887 127,625 127,562
4+100,000 126,956 127,350 127,612 127,637 127,612 127,350 127,287
4+125,000 126,399 126,793 127,055 127,080 127,055 126,793 126,730
4+150,000 125,983 126,377 126,639 126,664 126,639 126,377 126,314
133
Projeto Geométrico de um Nó Rodoviário
Lado esquerdo
Quilometragem Distância ao eixo [m] Cota [m]
3+850,000 20,987 129,748
3+875,000 20,325 129,694
3+900,000 19,773 129,305
3+925,000 20,802 127,862
3+950,000 19,169 128,194
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