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Introdução

Breve anatomia sistema digestivo

Sistema digestivo é um sistema de órgãos com a função de fornecer nutrientes para os


diversos processos metabólicos ao organismo mediante um processo chamado digestão.

Entende si como a digestão o processo que inclui a ingestão dos alimentos, a absorção
dos nutrientes e a eliminação dos restos alimentares.

O aparelho digestivo é formado por um tubo longo e sinuoso de cerca de 10 a 12 metros


de comprimento que se estende desde a extremidade cefálica (cavidade oral) até a
caudal (ânus). Inclui: boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino
grosso (ou cólon), recto e ânus.

Ao longo do tubo digestivo existem órgãos anexos que auxiliam o processo da digestão
dos alimentos fazem parte dos órgãos anexos: os dentes, a língua, as glândulas salivares,
o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.

O objectivo final do aparelho digestivo se consegue mediante as funções de:


Transporte e Transformação mecânica e química dos alimentos ingeridos em moléculas
de tamanho e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino

Boca ou cavidade oral - Estrutura que recebe os alimentos, como uma porta de entrada,
“rima da boca” limitada pelos lábios, estruturas carnosas móveis que fecham a boca, e
uma porta de saída, o “istmo das fauces”, que a separa da faringe.

Funções da boca são:

 Realizar os primeiros passos da digestão, mediante à dissociação mecânica e


química inicial dos alimentos
 Via alternativa para a passagem do ar até a faringe.
 Caixa de ressonância onde se amplifica e modula a voz produzida na laringe
(com a intervenção dos dentes, palato, lábios e língua).
 Defesa contra a entrada de microrganismos, mediante o anel de tecido linfóide
do istmo das fauces: amígdalas, adenóides e tonsilas linguais

Língua. Estrutura de tecido muscular voluntário, muito móvel, formada por músculos
intrínsecos (feixes de fibras dentro da língua) e extrínsecos que a fixam a estruturas
vizinhas, (ossos temporal e hióide principalmente).
Funções da língua são:

 Mistura do bolo alimentar, que finalmente é empurrado posteriormente para a


sua deglutição.
 Modulação da voz.
 Gosto, órgão sensorial que informa ao cérebro da adequação dos alimentos,
evitando a ingestão de substâncias tóxicas

Dentes: Estruturas duras, cilíndricas, ancoradas nos alvéolos (covas escavadas nos
ossos maxilar e mandibular), que sobressaem destes ossos através das gengivas (tecido
conjuntivo recoberto de mucosa oral que protege a base dentária) para realizar funções
de mastigação

A função dos dentes é a mastigação do alimento, corte de alimentos sólidos em pequenas


peças sujeitas já de ser misturadas com a saliva para formar o bolo alimentar.

Faringe

é um tubo músculo-membranoso vertical de uns 12 cm, que parte desde a base do crânio
até ao esófago, apoiado posteriormente pelas vértebras cervicais, e que actua como meio
de passagem de ar e alimentos entre a via aérea e o tubo digestivo.

Divide-se em 3 partes, de superior a inferior:

 Nasofarínge, que se abre à cavidade nasal através das coanas. Recebe a


saída das tubas de Eustáquio, pequenos ductos de drenagem do ouvido
médio.
 Orofaringe, separada da anterior pelo palato mole, abre-se à cavidade
bucal através do istmo das fauces
 Laringofaringe, que se abre na laringe através da epiglote, separando-a do
esófago.
Funções da Faringe

 Passagem de ar que entra pelo nariz ou pela boca e alimentos que entram pela
boca no caminho do tubo digestivo.
 Defesa imune do organismo perante microrganismos que entram com o ar ou
com os alimentos. Existe um anel de tecido linfóide na submucosa em volta das
coanas (tonsilas nasofaríngeas ou adenóides) e do istmo das fauces (tonsilas
palatinas ou amígdalas nas paredes, e tonsilas linguais no soalho) (vide Aula 15).
 Colabora no acondicionamento do ar inspirado (limpeza, humidificação e
aquecimento).
 Parte auxiliar do órgão da fonação, funcionando como caixa de ressonância na
emissão de sons pela laringe.

Esofago

E um Tubo fibromuscular que mede aproximadamente 25 cm que se estende, na parte


posterior da traqueia e anterior à coluna e comunica a faringe com o estômago. Perfura
o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina no cárdia, porta de entrada
ao estômago.

Formado por três porções (de proximal a distal):

 Cervical, curta, em contacto íntimo com a traqueia.


 Torácica, posterior ao arco aórtico e brônquio esquerdo (no mediastino).
 Abdominal, curta, desde o diafragma até o estômago. Possui um esfíncter
esofágico inferior, engrossamento da muscular, habitualmente contraído para
evitar o refluxo (retorno de conteúdo desde o estômago).

A Função do esófago é o transporte do bolo alimentar até ao estômago.

Estomago

O fígado é uma glândula que produz bílis (necessária para a digestão) e que filtra o
sangue proveniente da absorção intestinal de nutrientes, realizando o metabolismo e
armazenamento destes.
Intestino delgado

O Intestino delgado é um tubo com cerca de 6 a 8 m e 2 a 3 cm de diâmetro, que vai


desde a saída do estômago (piloro) até o ceco, parte proximal do intestino grosso e tem
três partes (de proximal a distal):

Duodeno: com cerca de 25 cm, com forma de “C”, imóvel e parcialmente incluído no
retroperitónio. Apresenta 4 porções: superior (horizontal, da esquerda a direita),
descendente (onde desembocam os ductos das glândulas anexas: fígado e pâncreas),
horizontal (de direita a esquerda) e ascendente

Jejuno: Continuação do duodeno, com maior diâmetro (quase 4 cm), com parede mais
espessa e mesentério mais vascular. Situa-se no quadrante superior esquerdo abdominal

Íleo: Último segmento, continuação do jejuno até o intestino grosso, sendo mais estreito
e com parede mais fina e menos vascularizada que o jejuno. Situa-se no quadrante
inferior direito abdominal. A transição entre jejuno e íleo é progressiva e não
exactamente num ponto. Ambas são muito móveis, sobre o seu próprio mesentério.

O intestino delgado tem a função de completar a digestão (já iniciada em segmentos


anteriores) e de realizar a absorção dos nutrientes para o sangue. A grande superfície da
sua mucosa está especialmente adaptada para essa função
Intestino grosso é o segmento final do tubo digestivo, que se estende desde o intestino
delgado até o ânus (orifício distal aberto ao exterior). Com forma quadrangular, tem
aproximadamente 1,5 m de comprimento e entre 6 e 8 cm de diâmetro

Tem várias partes (de proximal a distal):

 Ceco. Dilatação sacular (área de maior calibre do intestino) na fossa ilíaca


direita, que recebe o íleo através da válvula ileocecal ou iliocólica, que impede o
refluxo para o intestino delgado. No fundo do ceco, encontramos o apêndice
vermiforme, pequeno tubo cego com tecido linfóide e função de defesa.
 Cólon ascendente. Desde o ceco até o flexura ou ângulo hepático, ângulo
superior direito do cólon (inferior ao fígado).
 Cólon transverso. Desde o ângulo hepático até a flexura ou ângulo esplénico,
ângulo superior esquerda do cólon (inferior ao baço).
 Cólon descendente. Desde o ângulo esplénico até a fossa ilíaca esquerda, onde
se curva em forma de “S” formando o sigma ou cólon sigmóide, que o une à
porção terminal do intestino grosso.
 Recto. Tubo vertical de uns 15 a 20 cm que perfura o soalho da pélvis para ter
saída ao exterior
 Ânus: Estrutura tubular de saída do tubo digestivo, de uns 3 cm, habitualmente
fechada pela ação muscular dos esfíncteres anais para evitar a saída de conteúdo
fecal. Só se relaxam para a defecação

Glândulas anexas do sistema digestivo

Glândulas salivares Formações que produzem e secretam saliva, que podem estar
dispersas pela mucosa oral (glândulas menores) ou bem individualizadas, localizadas
em volta da cavidade oral (glândulas maiores), com a que se comunicam através de
ductos

Fígado

Maior glândula do corpo e pesa aproximadamente 1,5 kg, localizado no quadrante


superior direito do abdómen, inferior ao diafragma, e que tem funções vitais tanto na
digestão como no metabolismo de muitas substâncias.
Tem duas faces:

 Face diafragmática (antero-superior), convexa e lisa, em contacto com o


diafragma; e
 Face visceral (postero inferior), irregularmente côncava, em contacto com os
diferentes órgãos, que fazem impressões na sua superfície (flexura direita do
cólon, duodeno, rim direito, e estômago).

O fígado é dividido em 2 lobos e 8 segmentos, cada um dos quais tem uma irrigação e
canalização secretora independente.

 Lobo esquerdo, pela sua vez dividido verticalmente pelo ligamento falciforme
em 2 segmentos laterais e 2 segmentos mediais (quadrado e caudado).
 Lobo direito, maior, com outros 4 segmentos
Pâncreas: Glândula comprida, de 12-15 cm, aplanada, que se situa na parte
retroperitoneal, posterior ao estômago, com uma estrutura microscópica semelhante às
glândulas salivares

Vesicula bilar

Saco anexo ao fígado, onde se armazena a bílis), na parte anterior, e veia cava inferior,
na parte posterior (ramo vertical direito do “H”).

Alimentação

Denomina-se alimentação ao processo de ingestão de alimentos a fim de proporcionar


os nutrientes necessários para o desenvolvimento do organismo. A alimentação é de
grande importância para a saúde humana, pois quando realizada de maneira correta é
possível evitar um grande número de doenças, além de servir de base da nutrição

Nutrição

Denomina-se nutrição ao processo em que os seres vivos ingerem alimentos e líquidos


para a manutenção de suas funções vitais. Deve ser distinguido do simples conceito de
alimentação, à medida que engloba processos involuntários tais como digestão,
integração de nutrientes no sangue após seu processamento e finalmente sua
incorporação nas células. Assim, a nutrição pode ser considerada uma disciplina por si
só dentro da área da saúde.

Nutrição como ciência:

É o estudo dos nutrientes ou alimentos necessários para o desenvolvimento e


crescimento normais do indivíduo. É o estudo dos nutrientes presentes nos alimentos e
no corpo e também o estudo dos comportamentos humanos relacionados à alimentação
Tipos de nutrição

Nutrição Autotrófica refere-se a alimentar-se, sintetizando substâncias orgânicas. Em


outras palavras, é nutrição realizado por aqueles seres vivos que são capazes de produzir
sua própria comida.

As plantas são um exemplo claro, porque se alimentam graças à fotossíntese. Os seres


vivos que realizam o processo de fotossíntese são chamados de fotolitoautotróficos. Por
outro lado, aqueles que usam elementos químicos são os quimiolitotróficos. Por
exemplo: bactérias.

Nutrição heterotrófica

Este tipo de nutrição é usado pelos seres vivos que precisam de uma fonte de alimentos
já preparada. Por exemplo: animais, fungos e a maioria dos microrganismos. Nutrição
heterotrópica Pode ser dividido em vários tipos:

Nutrição Parasitária, em que o vivente habita em ou dentro de outro organismo que


prejudica e do qual obtém seus nutrientes por ingestão ou por absorção; nutrição
saprófita, na qual o ser vivo absorve os nutrientes do meio ambiente e os decompõe
através de enzimas para obter a energia de que necessita; e o holozoico, que é
característico dos seres humanos, e no qual um organismo ingere alimentos em uma
forma sólida e depois os digere para obter os nutrientes de que precisa.

Nutrição desequilibrada

é a falta de nutrientes no corpo. Esses nutrientes podem ser específicos, como ferro ou
zinco, ou inespecíficos, como a falta de calorias. Esta doença é responsável por ⅓ das
mortes infantis de cada ano.

Entre as mais comuns faltas de nutrientes estão a glicose, proteínas, ferro, iodo e
deficiência de vitamina A. Algumas dessas são comuns durante a gravidez.
A desnutrição pode causar diversos problemas de crescimento, neurológicos,
psicológicos e, até mesmo, levar à morte. É especialmente comum em países sub-
desenvolvidos, mas qualquer um em qualquer lugar pode ficar desnutrido. Mesmo
pessoas que parecem gordinhas podem sofrer com a falta de nutrientes em seu corpo.

Dificuldade na deglutição

A dificuldade de deglutição é chamada disfagia e é definida como


qualquer dificuldade no trânsito alimentar desde a boca até o estômago, colocando o
paciente em risco de desnutrição, desidratação e/ou pneumonia aspirativa. É um sintoma
geralmente ligado a uma doença, na maioria das vezes, neurológica

Alguns podem vomitar, tossir ou engasgar-se tentando engolir, enquanto outros podem
ter dor ou sentir como se o alimento estivesse preso na garganta.

Causas

 Comissuras esofágicas
 Espasmo esofágico
 Distrofia muscular
 AVC.

Cuidados

Cuidados

Tratar a dificuldade para engolir requer alguns cuidados, mas a tarefa está distante de
ser considerada difícil. Para evitar a desnutrição e engasgamentos consecutivos
especialistas recomendam a adaptação da alimentação. Os alimentos sólidos devem ser
triturados ou esmagados junto com líquido para que possam ser engolidos com
facilidade. Já as refeições frias, como iogurte e vitaminas, podem aliviar a dor
provocada pelo distúrbio. Variar o cardápio é importante. A disfagia pode diminuir o
apetite, portanto, garantir os nutrientes necessários para o bom funcionamento do
organismo é fundamental.

Vómito

O Vómito é a eliminação violenta do conteúdo gástrico ou gastrointestinal pela boca.


As causas comuns de vómito incluem:

 Infecções intestinais: bacterianas, virais


 Enterocolite necrosante
 Meningite
 Infecções das vias urinárias superiores
 Doenças congénitas
 Malformações do palato, esófago, traqueia

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado na anamnese e no exame físico do RN. É necessário pesquisar:

Os hábitos alimentares: noo caso de uso de leite artificial perguntar a mãe como
prepara/limpa o biberon;

Diarreias

É o aumento do volume das fezes, diminuição na consistência ou aumento de


aquosidade e/ou aumento da frequência das evacuações

Tipos de diarreias

Diarreia aguda é caracterizada por episódios diarreicos até 14 dias, e si durar de 14 a


28 dias Chama-se de diarreia persistente.

diarreia crônica persiste por mais de quatro semanas e pode indicar desde síndrome do
intestino irritável até condições mais graves, como doença de Crohn, retocolite
ulcerativa e câncer.
Causas das diarreias

Aguda – geralmente causada por vírus, bactérias ou parasitas; alimentos contaminados,


alimentos com grande quantidade de fibras, café, chás, refrigerantes, leite e seus
derivados, chocolate; medicações como antiácidos, laxantes; ingestão de açúcares não
absorvíveis; isquemia intestinal; impactação fecal; inflamação pélvica.

Crônicas – têm como causas doenças inflamatórias do intestino, cânceres intestinais,


alterações da imunidade como AIDS, alergias alimentares.

Sintomas

Os sintomas incluem desconforto abdominal, cólica, plenitude, excesso de flatos,


náusea e vômitos. Pode haver presença de sangue ou pus na diarreia o que chamamos de
disenteria.

Diagnóstico

História clínica e exame físico. No caso de diarreias que demorem mais que 15 dias para
melhoras utilizar exames complementares como, pesquisa de sangue oculto nas fezes,
coprocultura, exames complementares para diagnóstico de outras doenças que possam
estar causando diarreia.

Planos de tratamento

 Ingerir muitos líquidos como água, água de coco, chá ou sucos naturais,


para não ficar desidratado.

 Comer alimentos leves e de fácil digestão como banana, maçã ou pera


cozida, cenoura cozida, arroz cozido e frango cozido, por exemplo.

 Fazer refeições leves com pequenas quantidades, como sopa, canja, ou purê


com carne cozida e desfiada.
 Evitar alimentos que estimulam o intestino ou de difícil digestão como café,
chocolate, chá preto, refrigerantes com cafeína, bebidas alcoólicas, leite,
queijos, molhos, frituras.

 Evitar alimentos com muita fibra porque estimulam muito o intestino como


couves, frutas com casca e cereais integrais.

Desidratação

A desidratação ocorre quando o corpo usa ou perde mais líquido do que o ingerido.
Quando isso acontece, o organismo pode ter dificuldades para realizar suas funções
normais. Se você não repõe os líquidos que são utilizados ou perdidos, ocorre a
desidratação.

Tipos de desidratação

Isotônica :Esse tipo de desidratação é decorrente da perda de volume sanguíneo (após


um quadro de diarreia, por exemplo). O termo isotônica significa que há perda de água e
sais minerais na mesma proporção

Hipertônica :É a desidratação que cursa com perda de água e aumento do sódio no


sangue. Esse tipo de desidratação é secundária geralmente a alguns problemas de saúde,
como o diabetes insípidos ou a doenças mais graves, como queimaduras extensas ou
febres prolongadas.

Hipotónica :Está relacionada à perda de sal e consequente diminuição do sódio no


sangue. Esse quadro geralmente é causado pelo uso abusivo de diuréticos (que fazem o
rim excreta excesso de sal) ou em portadores de problemas renais.

Causas

Muitas condições podem causar perdas de fluido rápido e contínuo, levando a


desidratação:

• Febre
• Sudorese, normalmente relacionado ao calor intenso ou esforço físico

• Vômito, diarreia e aumento da frequência urinária devido à infecção

• Urinar em excesso, geralmente relacionado com o diabetes

• Incapacidade de ingerir comida e água apropriadamente (como no caso de uma


pessoa com deficiência)

• Capacidade diminuída para ingerir líquidos (por exemplo, alguém em coma ou


em um respirador)

• Falta de acesso à água potável

• Lesões significativas na pele, como queimaduras ou feridas na boca, e doenças


de pele graves ou infecções (a água é perdida através da pele danificada).

Sintomas de Desidratação

Desidratação leve a moderada pode causar:

 Boca seca e pegajosa

 Sonolência ou cansaço - crianças tendem a ser menos ativas do que o habitual

 Sede

 Diminuição da produção de urina (para bebês, não molhar a fralda por três horas
ou mais)

 Pouca ou nenhuma lágrima ao chorar

 Pele seca

 Dor de cabeça

 Prisão de ventre

 Tonturas ou vertigens.
Obstrução intestinal

Obstrução intestinal é definida como uma interrupção parcial ou total da passagem dos
alimentos e conteúdo intestinal, podendo ocorrer em qualquer parte, tanto obstrução do
piloro, como obstrução do intestino delgado ou do intestino grosso. O bloqueio do
conteúdo intestinal pode ocorrer por obstrução mecânica do interior do intestino ou por
paralisia do músculo intestinal, denominado íleo paralítico. Para além disso a obstrução
pode ser completa ou parcial, com ou sem compromisso da circulação.

Causas da obstrução intestinal

Existe uma ampla variação das causas de obstrução intestinal, Para compreender melhor as
causas da obstrução intestinal é útil classifica-las tendo em conta natureza da obstrução:

Mecânica do interior do lúmen intestinal causada por:

 tumores que crescem para onde transita o conteúdo intestinal


 Pólipos que são semelhantes a verrugas dentro do lúmen intestinal
 Grandes cálculos biliares,
 Corpos estranhos
 Fecalomas (pedras de fezes duras e ressecadas, como se fossem pedras)

Mecânica do exterior do lúmen intestinal causada por:

 Compressão de tumores, que é responsável por cerca de 60% das obstruções do


intestino grosso, sobretudo no sigmoide
 Aderências (bridas) - Ver Figura 1 à esquerda - ou cicatrizes de vísceras
abdominais consequentes a doenças ou operações prévias que apertam o
intestino. Estas são as mais frequentes na obstrução do intestino delgado (70%
dos casos). Às vezes as aderências podem tornar-se maciças formando bandas
fibrosas que fazem com que o intestino forme um nó
 Hérnias estranguladas, que provocam obstrução intestinal se o defeito da parede
abdominal, através do qual a hérnia se projecta para fora se torna tão estreito que
o segmento intestinal fica estrangulado - Ver Figura 1 no meio à esquerda

 Um sector do intestino que se enrola sobre si mesmo por torsão de pelo menos
180°, o volvo intestinal, o que impede a progressão do conteúdo intestinal. A
obstrução aguda pode rapidamente evoluir para o enfarte intestinal e pode por a
vida do paciente em risco devido à gangrena que evolui para perfuração,
peritonite, sépsis e morte - Ver Figura 1 no meio à direita

Vascular, por compromisso na circulação existindo uma diminuição do aporte de sangue


oxigenado com nutrientes

 Funcional, que pode ser devido à:


 Paralisia do músculo intestinal, o chamado íleo paralítico, que ocorre no pós-
operatório de cirurgia abdominal por irritação directa, sendo em geral transitório.
Pode resultar da falta de actividade peristáltica, como resultado de alterações
neurogénicas. Para além dessas causas pode ocorrer como resposta a um grande
traumatismo, na sépsis, nos desequilíbrios hidro-electrolíticos, processos
infecciosos pulmonares, rins e fracturas da bacia e coluna vertebral
 Inflamação da parede intestinal por tuberculose, radioterapia, Parkinson,
doenças endócrinas (diabetes mellitus)

Obstrução do Intestino Delgado - Obstrução Intestinal Alta (OIA)

Nos pacientes adultos 75% dos casos de OIA resultam de lesões extrínsecas da parede
intestinal após uma cirurgia abdominal e é secundária à aderências (cicatrizes ou
bridas). A 2ª causa de obstrução intestinal extrínseca, nos adultos, são as hérnias
encarceradas, internas ou externas, sendo a 3ª os tumores. Esses três agentes etiológicos
respondem por mais de 80% de todas as obstruções. Outras causas incluem lesões
intrínsecas na parede do intestino como a diverticulite enterite regional, carcinomas e
invaginação.

Obstrução do Intestino Grosso - Obstrução Intestinal Baixa (OIB)


A maior parte da OIB é causada por neoplasias (60%) e quase nunca por aderências ou
hérnias. Por isso em caso de OIB deve-se suspeitar de tumores malignos. A 2ª causa
pode ser diverticulite que causa edema importante do mesentério levando à obstrução.
Outras causas podem ser o volvo do sigmoide, constrição por inflamação crónica ou
impactação fecal.

Diagnóstico e Diagnóstico Diferencial

O diagnóstico da síndrome de obstrução intestinal faz-se com base na anmnese e no


exame físico descritos no Quadro 1 e Tabela 1. O diagnóstico diferencial da obstrução
intestinal, apesar de ser complexo e multidisciplinar, é relativamente fácil para um
clínico experiente em abdómen agudo, pelas características próprias e particulares dos
diferentes tipos deste quadro clínico.

Cuidados de enfermagem

Deve haver estabilização clínica do paciente antes de qualquer procedimento. Trata-se


de uma urgência do aparelho GI onde invariavelmente o tratamento da obstrução
intestinal é cirúrgico, com excepção do íleo paralítico

O tratamento é orientado para a correcção da desidratação e do desequilíbrio hidro-


electrolítico, para a descompressão gastrointestinal e para a prevenção das infecções,
complicações para evitar a morte do paciente.

Hemorragia digestiva

E todo o sangramento decorrente de lesões existentes no sistema digestivo., tem


comosus sintomatologias como:

Hematemese- indicaque aorigem do sangramento esta acima do angulo de tritz, isto e ,


que se tratade hemorragia digestiva alta(HDA);

- Melena: e 90% dos casos, associasse a sangramento digestivo alto, mas pode
originarse do intestino delgado ou do colon proximal;

-Hematoquezia ou enterorragia: evacuacoers com sangue vivo, em geral emgerao com


origem no colon, reto ou anus com tudo, hemorragias altas, vulmosas ou associadas a
rapides no transito intestinal tambe pode si manisfestardesta forma;
-- Sangue oculto nas feses: reflete a perda sanguínea pelas feses, mocroscopicamente
imperseptivel.

TRATAMENTO

Medicamentos utilizados na hemorragias digestivas;

Remtidina 4 a 6/dia(EV); omeprazol 0,7 a 3,3 mg/kg/dia (EV), vasopressina bolo(EV)


0,334/=(20minuttos), Propanolol 1mg/ kg/dia, 3 veses/ dia VO.

Alterações anorretais

Apesar dos evancos com testes de diagnósticos a entrevista clinica e essencial par
caracterizar a presenxa e gravidaded do sintomas, estabelecer uma boa relação
para com os pacientes, selecionar tais testes e realizar a orientação terapêutica.
Embora testes anoretais ssejam necessários para diagnosticar doenças desta área,
a entrevista e o exame cuidadosa, por muitas veses o sificiente para o
agradecimenton inicialda incontinência fecal.

Os sintomas anorretais são conequencias de abitos desordenados do intestino.


Estes hábitos devem ser caracterizado pelo diário do funcionamento do intestino e
por escala pictórica de de feses. Sintoma anorretal pode ser caracterizada por dor
anorretal, constipação.

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