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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO xxxxxxxx

DIRETORIA DE RELAÇÕES EMPRESARIAIS E COMUNITÁRIAS

COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA

xxxxxxxxxxxxxxx

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

xxxxxxxx

2018
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xxxxxxxxxxxxx

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

xxxx

2018
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SUMÁRIO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 4

2. INTRODUÇÃO 5

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS 6

3.1. ESTUDO DOS TEMPOS DE PROCESSO 6

3.2. SOLICITAÇÃO DE MANUTENÇÃO CORRETIVA 7

3.3. ANÁLISE DE DESENHO TÉCNICO 8

3.4. MEDIÇÃO DE PEÇAS 9

3.5. SOLDAGEM MIG/MAG 10

3.6. ELABORAÇÃO DE PLANILHAS 12

4. CONCLUSÃO 13
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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
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2. INTRODUÇÃO

Este trabalho resume as atividades realizadas no período das 400 horas do estágio
obrigatório para a conclusão do Curso Técnico em Mecânica no Instituto Federal do
************.

O estágio foi realizado na empresa ****, que desenvolve projetos de embalagens bem
como a fabricação deles. As atividades foram desempenhadas nos setores de Engenharia e
Produção, aplicando assim os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso e tornando
possível a conclusão do mesmo.

Neste trabalho estão as atividades desenvolvidas, mas não respeitando a ordem


cronológica das atividades realizadas.
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3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

Seguem abaixo a descrição das atividades realizadas durante o período de estágio e o


setor onde as mesmas foram realizadas.

3.1. ESTUDO DOS TEMPOS DE PROCESSO

O Estudo dos tempos é uma técnica de medida de trabalho, indispensável a qualquer


sistema de Gestão de Produção. O seu domínio é fundamental para responder a questões
cruciais para a empresa, permitindo saber qual a capacidade da instalação, qual o custo de
transformação do produto, prazos previstos de entrega e as necessidades de efetivos.

Na realização deste estudo é necessário registar os tempos, mas, sem esquecer,


fundamentalmente, os fatores circunstantes nos quais a tarefa ou processo se realizam. Em
termos gerais, o Estudo dos Tempos é definido por quatro etapas fundamentais: Selecionar,
Medir, Avaliar e Padronizar.

São vários os métodos existentes para a medição e determinação dos tempos, tais como:
dados históricos, amostragem, cronometragem, comparação, estimativa e MTM ou Methods
Time Measurement. De salientar que os mais comuns e usados são: cronometragem,
comparação e MTM.

Durante o período de estágio no setor de Produção, utilizei bastante o método de


cronometragem. Esta atividade era desenvolvida no setor da Serraria, onde eram
cronometrados os tempos de processo de corte da madeira, o objetivo principal era verificar o
motivo pelo qual as duas máquinas, no caso serras-fita, não atendiam a demanda diária.

Após algumas semanas, pude constatar alguns dos motivos pelo qual não se atendia a
demanda diária, os principais motivos são: tipo de matéria prima, agilidade do operador que
auxiliava o serrador, entrega e retirada de material. Houve algumas mudanças de layout, bem
como a permuta de operadores entre os setores para melhorar a produtividade da Serraria.

Esta atividade também foi realizada nas linhas de montagem final das embalagens de
madeira, linhas AMCOR e DUPLA, e embalagens de metal, linhas B01 e B55. O objetivo era
analisar a possibilidade do aumento da produtividade das linhas de produção.
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Após a cronometragem e estudo dos tempos, os resultados foram:

● Aumento da demanda da linha, de 500 para 531 pallets/dia;


● Manter a demanda da linha, continuar com 300 pallets/dia;
● Diminuição da demanda da linha, de 60 para 50 conjuntos/dia;
● Aumento da demanda da linha, de 100 para 130 conjuntos/dia.
Esta atividade continua em andamento, porém em outras linhas/modelos, preservando o
objetivo inicial: analisar a possibilidade do aumento da produtividade das linhas de
produção.

3.2. SOLICITAÇÃO DE MANUTENÇÃO CORRETIVA

A manutenção corretiva é definida como sendo qualquer manutenção realizada com o


objetivo de restaurar as condições iniciais e ideais de operação de máquinas e equipamentos,
eliminando as fontes de falhas que possam existir.

Quando uma avaria ocorre, a manutenção corretiva pode ou não ser planejada. Algumas
empresas que possuem implantado a manutenção autônoma e a planejada, possuem rotinas
de atividades de inspeção, manutenção preditiva ou mesmo um sistema de relatos
de falhas pelos operadores.

Nestes casos, quando detectado um problema antecipadamente, a manutenção


corretiva (de forma a corrigir as falhas) pode ser planejada a fim de não comprometer o
cronograma de produção. Por outro lado, o colapso de um equipamento devido à falta
de manutenção ou a quebra devido a manutenção preventiva malfeita, ocasiona
em manutenção corretiva não planejada que muitas vezes precisa ser executada
imediatamente.

Quando surge alguma parada de máquina, é necessário emitir uma solicitação de


manutenção corretiva por e-mail, com os detalhes do serviço e com as informações
relacionadas à máquina com problema. Durante o período que estagiei no setor de Produção,
precisei emitir algumas O.S (Ordem de Serviço) e avaliar o resultado após a realização deste.

Esta atividade permitiu-me aprofundar os conhecimentos sobre elementos de máquinas,


especificações técnicas e etapas da manutenção corretiva.

Nos Anexos encontra-se o modelo do documento utilizado (O.S), ANEXO A.


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3.3. ANÁLISE DE DESENHO TÉCNICO

O desenho técnico é uma linguagem gráfica utilizada na indústria. Para que esta
linguagem seja entendida no mundo inteiro, existe uma série de regras internacionais que
compõem as normas gerais de desenho técnico, cuja regulamentação no Brasil é feita pela
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

É derivado da Geometria descritiva, que é a ciência que tem por objetivo representar no
plano (folha de desenho, quadro, etc.) os objetos tridimensionais, permitindo desta forma a
resolução de infinitos problemas envolvendo qualquer tipo de poliedro, no plano do papel. O
desenho técnico é um desenho operativo, ou seja, após sua confecção segue-se uma operação
de fabricação ou montagem. Desta forma, para fabricarmos ou montarmos qualquer tipo de
equipamento ou construção civil, em todas as áreas da indústria, sempre precisaremos de um
desenho técnico.

A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das


formas do mundo material e, portanto, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição
espacial das mesmas.

O setor de Engenharia é responsável pela elaboração de novos e revisão de antigos


projetos, sendo assim, fui designada para revisar os desenhos técnicos que foram modificados
devido a divergências de cotas ou vistas.

As atividades realizadas nesse processo eram:

● Receber o desenho técnico;


● Verificar se as vistas estavam coerentes;
● Averiguar se as cotas estavam de acordo com a amostra;
● Examinar se o layout estava de acordo com as normas da ABNT;
● Analisar a necessidade de modificações no desenho.
Após a realização de todas essas atividades, se o desenho estivesse “OK” era enviado
para o Analista de Engenharia e posteriormente para o cliente, porém se houvesse alguma
divergência o desenho era devolvido para o Cadista para a realização das correções.
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3.4. MEDIÇÃO DE PEÇAS

A metrologia é uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência. E é a


ciência das medidas e das medições.

“Quando você pode medir aquilo de que fala e expressá-lo em números, você sabe
alguma coisa sobre isto. Mas quando você não pode medi-lo, quando você não pode
expressá-lo em números, o seu conhecimento é limitado e insatisfatório. Se você não pode
medir algo, não pode melhorá-lo.” (Lord Kelvin).

Ciência da medição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às


medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia.
(INMETRO. VIM - 2. ed. Brasília, SENAI/DN, 2000 75p).

É um conjunto de conhecimentos científico e tecnológico abrangendo todos os


aspectos teóricos e práticos relativos às medições.

A metrologia é uma ferramenta imprescindível para:

● Avaliar a conformidade de produtos e processos;

● Garantia de justas relações de troca (relações comerciais);

● Promover a cidadania (saúde, segurança e meio ambiente);

● Qualidade, inovação e competividade;

● Assegurar reconhecimento nacional e internacional.

Outra atribuição da Engenharia consiste na verificação das medidas das primeiras


embalagens de novos modelos. Esta atividade é realizada tanto para as embalagens de
madeira quanto as de metal.

As embalagens de metal são compostas por:

● Perfis;

● Suportes guidão, centrais, traseiros e dianteiros;

● Parafusos de fixação;

● Apoios (roda, guidão e motor).


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Todos esses itens descritos acima possuem tolerâncias que devem ser respeitadas para a
perfeita montagem da embalagem.

Para a realização desta atividade, utilizam-se os instrumentos de medição descritos


abaixo:

● Paquímetro;

● Goniômetro;

● Trena.

O registro fotográfico desta atividade encontra-se no Anexo B.

3.5. SOLDAGEM MIG/MAG

Soldagem por arco elétrico com gás de proteção, sigla em inglês GMAW (Gas Metal
Arc Welding), mais conhecida como soldagem MIG/MAG (MIG – Metal Inert Gas e MAG –
Metal Active Gas), trata-se de um processo de soldagem por arco elétrico entre a peça e o
consumível em forma de arame, eletrodo não revestido, fornecido por um alimentador
contínuo, realizando uma união de materiais metálicos pelo aquecimento e fusão. O arco
elétrico funde de forma contínua o arame à medida que é alimentado à poça de fusão. O metal
de solda é protegido da atmosfera por um fluxo de gás, ou mistura de gases, inerte(MIG) ou
ativo (MAG).

Neste processo de soldagem é utilizada a corrente contínua (CC) e geralmente o arame é


utilizado no pólo positivo (polaridade reversa). A polaridade direta é raramente utilizada, pois
proporciona uma menor taxa de transferência do metal fundido do arame de solda para a peça.
As correntes mais comumente empregadas são de 50A até mais do que 600A, com tensões de
soldagem de 15V até 32. Um arco elétrico autocorrigido e estável é obtido com o uso de uma
fonte de tensão constante e com um alimentador de arame de velocidade constante.

MIG (Metal Inert Gás)

É denominado MIG o processo de soldagem utilizando gás de proteção quando esta


proteção utilizada for constituída de um gás inerte, ou seja, um gás normalmente
monoatômico como Argônio ou Hélio, e que não tem nenhuma atividade física com a poça de
fusão. Este processo foi inicialmente empregado na soldagem do alumínio e o termo MIG
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ainda é uma referência a este processo. Estes processos são geralmente utilizados com
corrente elétrica continua.

MAG (Metal Active Gás)

Quando a proteção gasosa é feita com um gás dito ativo, ou seja, um gás que interage
com a poça de fusão (normalmente CO2) o processo é denominado MAG.

Algumas vantagens

● Não há necessidade de remoção de escória


● Não há perdas de pontas como no eletrodo revestido.
● Tempo total de execução de soldas de cerca da metade do tempo se comparado ao
eletrodo revestido;
● Alta taxa de deposição do metal de solda.

O setor de Produção divide-se em dois subsetores: Metal e Madeira. Já o Metal está


subdivido em: Estamparia e Montagem final;
Na montagem final, são realizados os processos de soldagem de suportes que compõem
a embalagem metálica. Durante o período de férias, o setor ficou com um número reduzido de
soldadores, devido a isto fui designada a realizar atividade de soldagem de buchas metálicas
nos suportes.
Todo dia, antes do início das atividades, eu recebia orientação do soldador responsável
o s.r. Luiz Fernando, sobre o manuseio do equipamento, os cuidados necessários e a atividade
a ser realizada.

Após receber as orientações, era necessário separar o material a ser soldado e iniciar a
atividade. As etapas eram:

● Ajustar a máquina de solda com os parâmetros de soldagens para o material a ser


soldado;
● Fixar o furo localizado no corpo suporte centralizado no pino do gabarito;
● Encaixar a bucha no pino do gabarito, através do furo no centro desta;
● Realizar três pequenos cordões de solda formato meia lua ao redor da circunferência
da bucha fixando esta no suporte.
● Reforçar com pingos de solda as porcas de projeção;
● Identificar o material soldado;
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O registro fotográfico desta atividade encontra-se no Anexos C.

3.6. ELABORAÇÃO DE PLANILHAS


No inicio de cada semana, o setor de Produção precisa apresentar os resultados da
semana anterior. Para melhorar a apresentação destes resultados, precisei elaborar uma
planilha para acompanhar a produtividade de cada linha/modelo. A planilha foi elaborada
utilizando fórmulas para calcular a produtividade das linhas semanalmente, sendo assim
contém o índice de produtividade diário.
Esta atividade consiste também na criação e emissão de relatórios de produção,
preenchimento de indicadores da Produção (Scrap, Produtividade, Faturamento, etc).
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4. CONCLUSÃO

As atividades desenvolvidas durante o período de estágio foram de extrema importância


em minha formação como Técnica em Mecânica, tanto pelo aspecto teórico, como também do
ponto de vista de trabalhar em uma indústria de embalagens (metal/madeira), respeitando
todas suas políticas e normas de segurança.

Trabalhar nas áreas de Engenharia e Produção permitiu expandir meus conhecimentos,


como funciona o processo produtivo em si desde o início (projeto) até o processo de produção
das embalagens. Entre todos os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso apliquei
principalmente conhecimentos desenho técnico, metrologia, organizações e normas,
elementos de máquinas, tempos e métodos.

Assim percebe-se que o estágio curricular vem cumprindo sua finalidade, de ser um
período de experiência para um técnico, agregando tanto informações e experiência
profissional, como também o desenvolvimento das relações interpessoais.

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