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Universidade Estadual de Londrina

Departamento de Computação - CCE

Pré-Cálculo

Londrina, 22 de janeiro de 2019


Universidade Estadual de Londrina
Departamento de Computação - CCE

Pré-Cálculo

Autores:
Edição 2019 Edição 2018
Matheus Barbieiro Bastos Daniel Matheus Brandão Lent
Melvi Trevisan Ferreira Matheus Carnelutt Chafrão
Vinicius Marino Luciano Tallys Oliveira Mion
Vinicius Emanuel Cavalheri Verdade
William Gonçalves Rodrigues Medina
Sumário

I Álgebra, Potenciação e Radiciação 4


1 Álgebra 4

2 Potenciação 4
2.1 Propriedades da potenciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 Radiciação 7
3.1 Potenciação com expoentes racionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.2 Propriedades da radiciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.3 Simplificação de expressões com radicais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.4 Racionalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

4 Exercícios 9
4.1 Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Tabelas de Propriedades 11

II Fatoração, Polinômios e Logaritmos 12


5 Produtos notáveis e fatoração 12
5.1 Produtos Notáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.2 Divisão de Polinômios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.3 Dispositivo de Briot Ruffini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.4 Fórmula de Báskara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.5 Operações com Frações Polinomiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

6 Logaritmos 16
6.1 Formulação do Logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6.2 Propriedades do Logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6.3 Propriedades essenciais do logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

7 Exercícios 18
7.1 Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

III Equações, Inequações e Trigonometria 20


8 Equações 20
8.1 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8.2 Verificando uma Solução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8.3 Equação Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8.4 Solução Utilizando Gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8.5 Equação Quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

2
9 Inequações 26
9.1 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
9.2 Inequações de Primeiro Grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
9.3 Inequações simultâneas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
9.4 Inequações de Segundo Grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
9.5 Resolução de Inequações de Segundo Grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
9.6 Inequações Modulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

10 Trigonometria 31
10.1 Ângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
10.2 Triângulo Retângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
10.3 Seno, Cosseno e Tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
10.4 Círculo trigonométrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
10.5 Principais valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
10.6 Soma de ângulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

11 Exercícios 36
11.1 Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

IV Lista de Exercícios 40

3
Parte I
Álgebra, Potenciação e Radiciação
1 Álgebra
A álgebra consiste, basicamente em manipular expressões matemáticas; em outras palavras,
é como encontrar várias formas diferentes, porém equivalentes, de ver algo.
Começando pelo básico, é importante enxergar que operações básicas como A − B são
equivalentes a A + (−B). Parece simples, mas a primeira expressão pode ser interpretada como
“subtrair B de A”, enquanto a segunda como “somar à A o oposto de B”. Isso se tornará mais
A
útil futuramente, mas antes, assim como a adição, a multiplicação pode ser manipulada: é
B
−1
equivalente a A · B , assim, ao invés de “A dividido por B” temos A vezes o inverso de B.
Por enquanto, só serão manipulados números reais, então, antes de tudo, algumas definições:

• Números Racionais

– Inteiros (positivos, negativos e zero)


– Frações (positivas e negativas)
– Decimais que terminam (positivos e negativos)
– Decimais que não terminam mas apresentam repetições periódicas (positivos e ne-
gativos)

• Irracionais

– Decimais que não terminam e não apresentam repetições periódicas (positivos e


negativos)

Obs.: Um número é irracional se, e somente se, não é possível representá-lo na forma de
A
uma fração irredutível de ; A, B ∈ Z; B ̸= 0
B

2 Potenciação
Além das propriedades algébricas, é comum encontrar potenciações no meio do cálculo.
“Potências” é o nome dado quando se usa a notação exponencial. Essa notação é usada para
encurtar produtos de fatores que se repetem. Por exemplo:

(−12)(−12)(−12)(−12)(−12) = (−12)5 e (7x − 12)(7x − 12) = (7x − 12)2

É possível generalizar essa notação da seguinte maneira. Sejam a um número real, uma
variável ou uma expressão algébrica; e n um número inteiro positivo. Então:

an = |a ∗ a ∗{z· · · ∗ a}
n vezes

onde n é o expoente, a é a base e an é a n-ésima potência de a, (lê-se “a elevado a n”).


Por conta disso, existem algumas propriedades específicas da potenciação que facilitam em
cálculos mais complexos. Como no exemplo a seguir:

4
(x−3 y 2 )−4 (y 6 x−4 )2 x12 y −8 y 12 x−8 y 12 x12 (yx)12
6 −4 −2
= −3 2 4 = −12 8 = 8 −12 = 8 8 = 8
= (yx)4
(y x ) (x y ) x y y x y x (yx)
Nesse exemplo, mesmo apenas aplicando as propriedades da potenciação, foi possível sim-
plificar a expressão para algo fácil de entender e calcular.

2.1 Propriedades da potenciação


Multiplicação de potências de mesma base
De todas, a regra mais comum é a multiplicação de potências de mesma base. Por exemplo:

53 · 52
Neste caso, pode-se abrir a potência

(5 · 5 · 5) · (5 · 5) = 5 · 5 · 5 · 5 · 5 = 55

Tem-se então a regra, mantém-se a base e soma os expoentes:

xa · xb = xa+b

Divisão de potências de mesma base


Seguindo o mesmo raciocínio, é possível definir uma regra similar para a divisão. Por
exemplo:

226
222
Desenvolvendo as potências:
22 · 22 · 22 · 22 · 22 · 22
22 · 22
É possível simplificar os valores iguais na fração:

22 · 22 · 22 · 22 · 
·
22 
22
·
22
 
22
Chegando ao resultado simplificado

22 · 22 · 22 · 22 = 224
Tem-se então a regra, mantém-se a base e subtrai os expoentes:

xa a−b
= x
xb

5
1
Obs.: Como visto anteriormente, é possível escrever como sendo A−1 . Ou seja, a regra
A
da divisão de bases iguais pode ser escrita como uma multiplicação de bases iguais, da seguinte
forma:
xa −b
= x a
· x = x a+(−b)
= x a−b
xb
Por exemplo na expressão a seguir:
210
6
= 210 · 2−6 = 210+(−6) = 24
2

Multiplicação de potências de mesmo expoente


Apesar de úteis, as regras acima só funcionam com potências de mesma base. Ao manipular
potências de bases diferentes com o mesmo expoente, existe outro caso. Por exemplo:

65 · 95
É possível abrir e reordenar as potências

6·6·6·6·6·9·9·9·9·9
(6 · 9) · (6 · 9) · (6 · 9) · (6 · 9) · (6 · 9)
E reescrever em forma de potência

(6 · 9)5
Tem-se então a regra, mantém-se o expoente e multiplica a base:

Ax · B x = (A · B)x

Divisão de potências de mesmo expoente


Da mesma forma é possível usar essa mesma regra para a divisão de bases iguais. Por
exemplo:

84
54
Desenvolvendo e reordenando
8·8·8·8
5·5·5·5
( )4
8 8 8 8 8
· · · =
5 5 5 5 5
Com isso, é possível tirar a regra, mantém o expoente e divide a base

6
x
( )x
A A
=
Bx B

Potência de potência
Há também a regra de potência de potência, por exemplo:

(42 )3
Abrindo a potência e escrevendo na forma de potência

(4 · 4) · (4 · 4) · (4 · 4)
4·4·4·4·4·4
(42 )3 = 46
Assim, é possível determinar a regra, mantém-se a base e multiplica-se os expoentes:

(xa)b = xa·b

3 Radiciação
Assim como a divisão√ é o inverso da multiplicação, a radiciação é o inverso da potenciação.
Ao utilizar o símbolo A o objetivo é encontrar o número que elevado ao índice da raiz (no
caso, índice 2) resulta
√ em A.
N
Na notação A = B,√N é o índice, A é o radicando e B é a raiz. Sua leitura é similar às
potências, por exemplo: 4 lê-se “a raiz quadrada de quatro”.
Quando limitado ao conjunto dos reais, números negativos só terão raiz caso o índice seja
ímpar, dessa forma, o sinal da raiz será o mesmo do radicando. No caso de índices pares, apenas
números positivos √ terão raiz. Assim, como não existe um número real que elevado a quatro
resulte em −16, −16 ∄ R.
4

Note que como seu índice é ímpar, mesmo


√ √
3
8=2 4
16 = 2 sendo negativo, ele possui raiz, sendo seu valor
√ √ √
3
−8 = −2 4
−16 = (1 + i) 2 igual ao oposto de sua raiz positiva. Contudo,
o mesmo não ocorre para índices pares.

3.1 Potenciação com expoentes racionais


As raízes podem ser representadas em forma de potências de forma que suas propriedades
possam ser aproveitadas. Segue o modelo:

N M
AM = A N
Assim, qualquer raiz de números reais pode ser facilmente representada em forma de po-
tência para que sejam aplicadas as propriedades de forma mais fácil.

7
3.2 Propriedades da radiciação
Mesmo sendo equivalentes às de potenciação, é bom ressaltar as propriedades das raízes.
√ √ 1 1
A· B = AN · B N
N N

Pelas propriedades de potenciação:


1 √
(A · B) n = A·B
N

Logo, tem-se que, quando há uma multiplicação de raízes de mesmo índice, mantém-se o
mesmo e multiplica-se os radicandos.
Assim, todas as propriedades podem ser demonstradas utilizando a potenciação.
√ √
N A
N
A √ √
= √ ̸
N
, B = 0 A M = ( N A)M
N
B B

P √
N

PN
A= A

3.3 Simplificação de expressões com radicais


Para tornar o cálculo de raízes de radicandos os índices elevados, são usadas técnicas de
simplificação de raízes de números reais. Portanto serão mostrados exemplos de como essas
técnicas podem ser aplicadas.

√ √ √ √
16 · 5 18x5 = 9x4 · 2x
4 4
a) 80 = b)
√ √
24 · 5 = (3x2 )2 · 2x
4
=
√ √ √
= 24 · 5
4
= 3x2 2x
4

√4
=2 5

√ √ √ √
c) 4
x4 y 4 = 4
(xy)4 d) 3
−24y 6 = 3 (−2y 2 )3 · 3

= |xy| = −2y 2 3
3

3.4 Racionalização
É chamado de racionalização o processo de reescrever frações que contenham radicais no
denominador de modo a removê-lo, facilitando
√ assim os cálculos. Suponha, por exemplo, que o
n k . Multiplicando o numerador e o denominador
denominador
√ de uma fração tenha a forma a
n
por an−k é possível remover a raiz do denominador, pois
√ √ √ √ √
ak · an−k = ak · an−k = ak+n−k = n an = a
n n n n

Veja alguns exemplos:


√ √ √ √ √ √
4

4

4
2 2 2 3 6 1 1 x3 x3 x3
a) =√ =√ ·√ = √ √ √
b) 4 = 4 · 4 √
= 4 =
3 3 3 3 3 x x x3 x4 |x|
É possível
√ notar que essas manipulações na expressão fazem sentido pois o resultado da
n k
a
divisão √
n
é 1, portanto o valor da expressão não é alterado durante essas manipulações.
ak

8
4 Exercícios
1) Efetue:
[( ) ]−1
a) 6−2 x −2 (−x)3
d) g)
( )−2 4 (−x)6
1
b) 8x5
4 e) h) (1 + x2 )0
x12
( )0 ( )−3
1 (−x)15 x2
c) f) i)
4 x15 2
2) Verifique se as igualdades abaixo são identidades, isto é, se para qualquer que seja x as
relações abaixo são verdadeiras:

a) x2 − 1 = (x − 1)(x + 1) e) (x − 1)3 = x3 − 3x2 + 3x − 1


b) 4x2 − 1 = (2x − 1)(2x + 1)
f) (x − 5)3 = x3 − 53
2 2
c) (x + 5) = x + x + 25
d) (x + 3)2 = x2 + 9 g) (4x2 + 5)2 = 16x4 + 40x2 + 25

3) Racionalize:
√ √ √
2 5 1 3+1 3−1
a) √ c) √
5 e) √ +√
5 2 63 3−1 3+1
1
1− √
√ √ f)
3
3− 2 2 2 1
b) √ √ d) √ √ −√ 1+ √
3+ 2 5− 3 3
2 3
√ √
5 12 64 − 18
4) Simplifique: √ √ . Dica: não é necessário racionalizar.
50 − 4 324

5) Escreva usando raízes simples:


√√ √5

3
√ √ √
a) 2x a2 e) a2 a5 b
3
x
c) √ g) √
3
a 3
x 5

√√ √ √ √ √ √
3 3 6
b) 4 xy d) 3x2 f) a a2 h) ( x3 )1/2

9
4.1 Respostas
1 x2 1
1) a) d) g) −
36 16 x3
b) 16 e) 8x−7 h) 1
8
c) 1 f) −1 i) 6
x

2) a) V d) F g) V
b) V e) V
c) F f) F
√ √
5
10 62 e) 4
3) a) c)
5
√ √6 √ √ √
b) 5 − 2 6 d) 5 + 3 − 3 4 f) 2 − 3

4) 1

√ √ √
5) a) 4
2x c) 15
a
6
e) a a3 b 1
g) √
x3
√ √
6

6 √
b) 8 xy d) 3x2 f) a7 h) 4 x

10
Tabelas de Propriedades

Propriedades de potenciação
Sejam u e v números reais, variáveis ou expressões algébricas e m, n ∈ Z. Todas as bases
são consideradas diferentes de zero.

Propriedade Exemplo

i. um un = um+n i. 53 · 54 = 53+4 = 57
um x9
ii. = um−n ii. = x9−4 = x5
un x4
iii. u0 = 1 iii. 80 = 1
1 1
iv. u−n = iv. y −3 =
un y3
v. (uv)m = um v m v. (2z)5 = 25 z 5 = 32z 5

vi. (um )n = umn vi. (x2 )3 = x2·3 = x6


( u )m um ( a )7 a7
vii. = m vii. =
v v b b7

Propriedades de radiciação
Sejam u e v números reais, variáveis ou expressões algébricas e m, n ∈ Z+ . Suponha
que todas as raízes sejam números reais e todos os denominadores não sejam zero.

Propriedade Exemplo
√ √ √ √ √ √ √ √
i. n uv = n u n v i. 75 = 25 · 3 = 25 · 3 = 5 3
√ √ √
√ 4
96 96 √
u n
u ii. √ = 4 = 4 16 = 2
ii. n
= n√ 4
6 6
v v
√ √ √ √√ √ √
3
iii. m n
u = m·n u iii. 7 = 2·3 7 = 6 7
√ √
iv. ( n u)n = u iv. ( 4 5)4 = 5
√ √ √ √
v. n
um = ( n u)m 3
v. 272 = ( 3 27)2 = 32 = 9
{ √
√n
|u| para n par vi. √(−6)2 = | − 6| = 6
vi. un =
u para n ímpar 3
(−6)3 = −6 = −6

11
Parte II
Fatoração, Polinômios e Logaritmos
5 Produtos notáveis e fatoração
Ao fazer operações com polinômios, é comum chegar em resultados difíceis de se trabalhar.
Por isso, manipula-se as expressões para que sejam simplificadas, assim facilitando sua analise.
Essa manipulação é chamada de fatoração. Frequentemente utiliza-se produtos notáveis para
fazer a simplificação. Por exemplo, ao fatorar 4x2 + 12x + 9, é possível notar que:

4x2 = (2x)2 ; 9 = 32 ; 12x = 2 · 2x · 3

Logo

4x2 + 12x + 9
(2x)2 + 2 · 2x · 3 + (3)2
(2x + 3)2

5.1 Produtos Notáveis


Geralmente, ao manipular expressões, há casos particulares que se repetem e a capacidade
de reconhecê-los é essencial. Eles são chamados de Produtos Notáveis e, ao utilizá-los em
exercícios, não é necessário desenvolver passo a passo cada propriedade utilizada, visto que, são
amplamente conhecidos.
São eles:

• (x + a)2 = x2 + 2xa + a2

• (x − a)2 = x2 − 2xa + a2

• (x + a)(x − a) = x2 − a2

• (x + a)3 = x3 + 3x2 a + 3xa2 + a3

• (x − a)3 = x3 − 3x2 a + 3xa2 − a3

Note que:
(x + a)2 ̸= x2 + a2
Este é um erro muito frequente, mas que não deve ser feito devido ao seguinte desenvolvi-
mento:

(x + a)2 = (x + a)(x + a) = x2 + 2xa + a2


Conhecendo os produtos notáveis, é possível calcularmos a potência de outros binômios,
como por exemplo:

(x + a)4 = (x + a)3 · (x + a) = x4 + 4x3 a + 6x2 a2 + 4xa3 + a4

Conclui-se que sempre é possível calcular (x + a)n utilizando (x + a)n−1 · (x + a). Porém,
para valores grandes de n, esse processo fica extenso e inviável. Por isso, utiliza-se o cálculo do
binômio de Newton e, eventualmente, o triângulo de Pascal para facilitar a dedução.

12
5.2 Divisão de Polinômios
Além dos binômios, é importante também saber manipular polinômios. A manipulação
destes assemelha-se com o uso cotidiano da álgebra em divisões e multiplicações. Porém, não
é possível utilizar casas decimais com variáveis já que seu valor não é definido de imediato; por
isso, utiliza-se de a divisão euclidiana, em que o processo termina quando o resto é menor que
o denominador.
Exemplificando, se quisermos dividir 23 por 4 temos:

23 = 4 · 5 + 3
23 3
=5+
4 4
Note que no exemplo acima, o resultado da divisão é 5 e o resto é 3. O mesmo processo
será utilizado com a divisão de polinômios como no exemplo seguinte.

5x3 +0x2 −3x +4 x2 − x + 1


−5x3 +5x2 −5x 5x + 5
5x2 −8x +4
−5x2 +5x −5
−3x −1

5.3 Dispositivo de Briot Ruffini


Existe um método mais fácil de se fatorar um polinômio quando uma das raízes do mesmo
é conhecida. Esse método é chamado de dispositivo de Briot Ruffini. Por exemplo, no seguinte
polinômio
2x3 − 3x2 − 5x − 12
e sabe-se que x = 3 é uma raiz desse polinômio. É possível montar a seguinte tabela:

3 2 -3 -5 -12

Onde 3 é uma raiz do polinômio e os números à sua direita são os seus coeficientes. Inici-
almente, coloca-se o primeiro coeficiente abaixo, nesse caso, o 2, como no exemplo:

3 2 -3 -5 -12
2

Então, é feita a primeira multiplicação do mesmo pela raiz e soma-se ao valor do próximo
coeficiente. Obtém-se a conta 2 · 3 + (−3) = 3. Coloca-se esse valor abaixo do coeficiente usado.

13
A tabela ficará assim:

3 2 -3 -5 -12
2 3

O processo se repete até que se chegue no último coeficiente, onde o valor obrigatoriamente
deve ser zero (isso acontece pois sabe-se que x = 3 é uma raiz do polinômio). A tabela finalizada
ficará assim:

3 2 -3 -5 -12
2 3 4 0

Assim, tem-se os coeficientes do polinômio resultante da fatoração na linha de baixo da


tabela. Portanto, pode-se afirmar que:

2x3 − 3x2 − 5x − 12 = (2x2 + 3x + 4)(x − 3)


Obs.: Este método também pode ser usado para efetuar divisão de polinômios, em que o
polinômio do denominador é de grau 1. Como no exemplo anterior:

2x3 − 3x2 − 5x − 12
= 2x2 + 3x + 4
x−3

É possível notar que, ao utilizar o dispositivo de Briot Ruffini para a divisão de polinômios,
o valor do último coeficiente resultante da operação é o resto da divisão entre os dois polinômios.
No caso do exemplo, o resto da divisão é zero, pois é uma divisão exata.
É importante ressaltar, também, que ao dividir um polinômio usando o dispositivo de Briot
Ruffini o polinômio resultante tem somente um grau de diferença do primeiro.

Obs. 2: Caso um polinômio de grau n escrito como

an xn + an−1 xn−1 · · · a2 x2 + a1 x1 + a0

contenha um dos coeficientes ai = 0, i < n, o valor zero ainda deve ser escrito na tabela do
dispositivo de Briot Ruffini. Por exemplo na divisão

2x3 + 3x2 − 4
x+1
Repare que o coeficiente de x do numerador é 0. Portanto, a sua tabela, já completa, ficaria
desse jeito:

-1 2 3 0 -4
2 1 -1 -3

Tem-se como resultado

2x3 + 3x2 − 4 = (x + 1)(2x2 + x − 1) − 3

14
5.4 Fórmula de Báskara
Quando se tem um polinômio de grau 2 é possível fatorá-lo usando a Fórmula Quadrática
(ou Fórmula de Báskara, no Brasil). É possível generalizar usando a seguinte expressão:

ax2 + bx + c = a(x − x1 )(x − x2 ), a ̸= 0

onde

−b +b2 − 4ac
x1 =
2a

−b − b2 − 4ac
x2 =
2a
Ao fatorar o polinômio x2 − 5x + 6 primeiramente, tem-se que: a = 1; b = −5; c = 6.
Aplicando a fórmula de Báskara:


(−5)2 − 4 · 1 · 6
−(−5) +
x1 = =3
2·1

−(−5) − (−5)2 − 4 · 1 · 6
x2 = =2
2·1
Portanto, é possível notar que

x2 − 5x + 6 = (x − 3)(x − 2)

pois sabe-se, por meio da fórmula de Báskara, que os valores de x em que o polinômio é
zerado são para quando x = 2 e x = 3, assim como em sua forma fatorada.

5.5 Operações com Frações Polinomiais


Por fim, fazer operações de soma e subtração de frações que envolvem polinômios no deno-
minador pode se tornar simples ao aplicar as propriedades anteriores. Para efeitos de exemplo,
a igualdade:

2 1 x 3 2x2 − x − 2
+ 2− 3 + =
x x x − 2x2 x2 − 2x x2 (x − 2)
Primeiramente, para facilitar os cálculos, fatora-se os denominadores:
2 1 x 3
+ 2− 3 + 2 =
x x x − 2x 2 x − 2x
2 1 x 3
+ 2− 2 + =
x x x (x − 2) x(x − 2)
2 1 x 3
+ 2− + =
x x x(x − 2) x(x − 2)
2

2 1 1 3
+ 2− +
x x x(x − 2) x(x − 2)

15
Em seguida, calcular o mínimo múltiplo comum entre os denominadores; dividi-lo pelos
mesmos e multiplica-lo pelos numeradores:
É possível notar que o mínimo múltiplo comum (M.M.C.) entre os denominadores, na forma
mais simplificada é
x2 (x − 2)
Portanto isso pode ser utilizado para simplificar a expressão, encontrando:

2x(x − 2) + (x − 2) − x + 3x
x2 (x − 2)
Por fim, simplificando:

2x2 − 4x + x − 2 − x + 3x
x2 (x − 2)
2x2 − x − 2
x2 (x − 2)
Q.E.D.!

6 Logaritmos
6.1 Formulação do Logaritmo
Sejam a e b dois números reais positivos (a ̸= 1, b > 0 e a > 0), denomina-se logaritmo de
x na base a (loga x) como sendo:

loga x = b =⇒ ab = x

Neste exemplo, nota-se que um logaritmo apresenta três componentes. A variável a é cha-
mada de “base” do logaritmo, já o x é o “logaritmando”, enquanto b é denominado “logaritmo”.

6.2 Propriedades do Logaritmo


1) Logaritmo de um produto:
loga (b · c) = loga b + loga c

2) Logaritmo de um quociente:
( )
b
loga = loga b − loga c
c

3) Logaritmo de uma potência:


loga bc = c · loga b

4) Mudança de base:
logc b
loga b =
logc a

16
5) Exemplos de cada propriedade:

• log3 27 = log3 3 + log3 3 + log3 3 = 1 + 1 + 1 = 3


• log 600
2
= log100 · 6 − log2 = log102 + log6 − log2 = 2 · log10 + log 26 = 2 + log3
• log5 625 = log5 54 = 4 · log5 5 = 4
• log3 10 = log10
log3
= 1
log3

6.3 Propriedades essenciais do logaritmo


1) O logaritmo do número um, em qualquer base, é zero (loga 1 = 0):

loga 1 = x =⇒ ax = 1 =⇒ x = 0, a ∈ R+

2) O logaritmo que apresenta logaritmando e base iguais resulta em 1 (loga a = 1):

loga a = x =⇒ ax = a =⇒ x = 1

17
7 Exercícios
8x4 + 16x − 21 − 2x3 − x2
1) Mostre que o resto da seguinte divisão é zero.
2x2 − 3 + x
2) Efetue as divisões:

4x2 − 3x + 6 x3 − 3
a) b)
x+2 x2 + x − 3

11x4 + 3x5 − 15x2 + 7x − 9


c)
x2 + 2x − 1

3) Fatore:

a) x2 + 3x + 2 x2 − 4
d)
x−2
b) x2 + 4x + 3
c) 9x2 − 25

4) Realize as seguintes somas:


1 3 1+x 4x2 1−x
a) + b) + −
x 4y 1−x 1−x 2 1+x

5) Encontre o valor das variáveis nas expressões a seguir:

a) log5 N = 3 f) loga 10 = 2

b) log2 N = 8 g) log16 64 = b

c) log2 N = −3 h) log625 5 = b

d) loga 81 = 4 i) log √
5
2 128 = b

e) loga 1024 = 10 j) log9 3 3 = b

18
7.1 Respostas
28
2) a) 4x − 11 +
x+2
4x − 6
b) x − 1 + 2
x +x−3
−8x − 5
c) 3x3 + 5x2 − 7x + 4 +
x2+ 2x − 1

3) a) x(x + 3) + 2 c) (3x + 5)(3x − 5)


b) x(x + 4) + 3 d) (x + 2)

4y + 3x 4x
4) a) b)
4xy 1−x

5) a) N = 125 3
g) b =
b) N = 256 2
1
c) N = 0.125 h) b =
8
d) a=3
i) b = 35
e) a=2
√ 3
f) b = 10 j) b =
4

19
Parte III
Equações, Inequações e Trigonometria
8 Equações
A definição de equação está relacionada ao conceito de variável, pois uma equação é uma
afirmação de igualdade entre expressões, por exemplo:

x=8

Essa equação será verdadeira se, e somente se, a variável ’x’ assumir o valor 8, de acordo
com a definição de equação.

8.1 Propriedades
Para solucionar uma equação, é preciso seguir as propriedades básicas da mesma para manter
a relação de igualdade.
Considere as variáveis u, v, w, z ∈ R.

Reflexiva ⇒ u = u
Simetria ⇒ v = u → u = v
Transitiva ⇒ v = u, u = w → v = w
Aditiva ⇒ v = u, w = z → v + w = u + z
Multiplicativa ⇒ u = v, w = z → u · w = v · z

8.2 Verificando uma Solução


Embora seja algo simples, saber como verificar uma resposta é vital para resolução de
equações. Isso é feito substituindo a variável na equação pelo valor que se quer verificar.
Ex.: Verificando se −2 é solução para x3 − x + 6 = 0:

(−2)3 − (−2) + 6 = 0
−8 + 2 + 6 = 0
0=0

Portanto, a igualdade é obedecida.

8.3 Equação Linear


Uma equação linear é definida pela estrutura ax + b = 0, onde a e b são números reais, e x
sendo a variável. São exemplos de equação linear 3x + 1 = 0 e 21 x + 4 = 0. Já x2 − 1 = 0 não
é uma equação linear, pois uma equação linear tem exatamente uma solução. Para solucionar
equações lineares, transforma-se a equação original em uma equação equivalente, cuja solução
é obvia.

20
Para realizar as transformações, usamos as seguintes operações:

• Combinação de termos semelhantes ⇒ u + u = 2u


4 2
• Simplificação de Frações ⇒ =
6 3
• Operações simétricas:

– Soma ⇒ x − 2 = 0 → x − 2 + 2 = 0 + 2 → x = 2

– Subtração ⇒ x + 2 = 0 → x + 2 − 2 = 0 − 2 → x = −2

x x
– Multiplicação ⇒ =2→ ·4=2·4→x=8
4 4
1 1
– Divisão ⇒ 4x = 16 → 4x · = 16 · → x = 4
4 4

Veja os exemplos:

• Ex. 1: 2(2x − 3) + 3(x + 1) = 5x + 2

Primeiro realizamos as multiplicações

2(2x − 3) + 3(x + 1) = 5x + 2 ⇒ 4x − 6 + 3x + 3 = 5x + 2

Agora agrupamos os termos semelhantes

4x − 6 + 3x + 3 = 5x + 2 ⇒ 7x − 3 = 5x + 2

Passaremos a usar as operações matemáticas simétricas, começando subtraindo 5x.

7x − 3 − 5x = 5x + 2 − 5x ⇒ 2x − 3 = 2

Partindo para a soma de 3

2x − 3 + 3 = 2 + 3 ⇒ 2x = 5

E para finalizar, iremos dividir por 2


2x 5 5
= ⇒x=
2 2 2

5
Após as transformações, o valor da variável se torna óbvio: x = , ou, x = 2,5.
2
5y − 2 y
• Ex. 2: =2+
8 4
Ao realizar o M.M.C. nessa função, encontramos o valor 8 como divisor comum. Sendo assim,
multiplica-se ambos os lados por 8.

21
( )
5y − 2 2 y 8y
8 =8 + ⇒ 5y − 2 = 16 + =⇒
8 1 4 4

8y
5y − 2 = 16 + ⇒ 5y − 2 = 16 + 2y
4
Agora isolando a variável y, soma-se 2 e em seguida, subtrai-se -2y.

5y − 2 + 2 = 16 + 2y + 2 ⇒ 5y = 18 + 2y

5y − 2y = 18 + 2y − 2y ⇒ 3y = 18.

3y 18
= =⇒ y = 6
3 3
Chegando finalmente, na equação óbvia, onde y possui o valor 6.

8.4 Solução Utilizando Gráficos


Para usar a solução por meio de gráficos, é preciso que as variáveis estejam em apenas um
lado da equação, por exemplo: 5x + 2 = 4, para resolver a equação, utiliza-se o gráfico das
funções F (x) = 5x + 2, e G(x) = 4.

F (x) 10
G(x) 8
6
4
2

−2 −1 −2 1 2
−4
−6

Figura 1: Resolução gráfica da equação linear 5x + 2 = 4

Pela figura
( 1,
) nota-se que as duas funções se interceptam em apenas um ponto, o par
2 2
ordenado , 4 , sendo assim, a equação 5x + 2 = 4, tem como resultado, x = , pois
( ) 5 5
2
F = G(4).
5

22
8.5 Equação Quadrática
Diferente da equação linear, a equação quadrática pode possuir uma, duas, ou até nenhuma
solução real, a estrutura da equação quadrática é definida como ax2 +bx+c, onde x é a variável,
e a, b, c ∈ R. A equação quadrática pode ser solucionada usando fatoração, complemento de
quadrados, Fórmula de Bhaskara e graficamente.
Fatoração: Técnica utilizada para simplificar equações de grau 2 ou maior, por exemplo, ao
fatorar 4x2 − 4x + 1, nota-se que:

4x2 = 4 · x2 = (2)2 · x2 ⇒ 4x2 = (2x)2

1 = (±1)2

Logo:

4x2 − 4x + 1

(2x)2 + 2 · (2x · −1) + (−1)2

Por fim, partindo-se do caso notável (a − b)2 = a2 − 2 · ab + b2 , podemos reduzir a:

(2x − 1)2

Sendo assim, é possível simplificar uma equação como 4x2 −4x+1 = 9, obtendo (2x−1)2 = 9,
partindo do princípio de operações matemáticas simétricas, obtém-se a raiz de ambos os lados
da equação.
√ √
(2x − 1)2 = 9
(2x − 1) = ±3

Como raiz de 09 possui dois valores possíveis, teremos que dividir nossa operação em duas,
denota-se x′ o valor de x para a raiz positiva, e x′′ o valor para raiz negativa.
A raiz positiva:

(2x − 1) = +3

2x − 1 + 1 = 3 + 1
2x′ 4
=
2 2

x =2

A raiz negativa:

(2x − 1) = −3
′′
2x − 1 + 1 = −3 + 1
2x′′ −2
=
2 2
x′′ = −1

Desta forma, verifica-se que a equação quadrática possui dois valores como resposta, sendo
eles, x′ = 2 e x′′ = −1, ou seja, o conjunto solução desta equação é composto por −1 e 2
(S = {−1, 2}).

23
2 b2
Completando quadrado: Partindo da estrutura x + bx = c, e adicionando , pode-se
2
realizar a fatoração, mesmo que na equação original não fosse possível, assumindo agora
a estrutura ( )2
b b2
x+ =c+
2 4

Ex.: 4x2 − 20x + 17 = 0


Para assumir a estrutura necessária, primeiro subtrai-se 17 simetricamente.

4x2 − 20x + 17 − 17 = 0 − 17 =⇒ 4x2 − 20x = −17

Agora, para que a assuma o valor 1, necessário na estrutura, iremos dividir por 4.

4x2 − 20x −17 −17


= ⇒ x2 − 5x =
4 4 4
( )2
−5
Em seguida, podemos utilizar o complemento quadrado, somando em ambos os lados
2
da equação.
−5 2 −17 −5
x2 − 5x + ( ) = + ( )2 =
2 4 2

5 −17 −5
(x − )2 = + ( )2
2 4 2
Simplificando o lado direito da equação.
5 −17 −5 −17 25 8
(x − )2 = + ( )2 = + = =2
2 4 2 4 4 4
5
Portanto (x − )2 = 2, e partimos para solução padrão das equações.
2
Tirar raiz quadrada:


5 √ 5 √
(x − )2 = 2 ⇒ x − = 2
2 2
5
Somar :
2

5 5 √ 5 5 √
x− + = 2+ ⇒x= ± 2
2 2 2 2
Conclui-se que, sendo x′ calculado com a parte positiva da raiz, e x′′ com a parte negativa.

5 √
x′ = + 2 ⇒ x′ = 3,914
2

5 √
x′′ = − 2 ⇒ x′′ = 1,085
2

24
Fórmula de Bhaskara: assim chamada em homenagem ao matemático indiano que a de-
monstrou, é uma fórmula utilizada para o calculo das raízes de uma equação de segundo
grau, sendo necessário, que a equação esteja no formato ax2 + bx + c = 0, onde x é a
variável, ou incógnita, e ’a’, ’b’ e ’c’, os coeficientes, usados na equação. A fórmula de
Bhaskara: √
−b ± b2 − 4ac
x=
2a
Ex.: 3x − 6x = 5
2

Para assumir a estrutura, iremos subtrair 5 simetricamente.

3x2 − 6x − 5 = 5 − 5 ⇒ 3x2 − 6x − 5 = 0
Sendo assim, os coeficientes são a = 3, b = −6, c = −5, que substituindo na fórmula:

−(−6) ± (−6)2 − 4(3)(−5)
x=
2(3)

6± 36 + 60
x=
6

6± 96
x=
6
Visto que uma raiz, possui mais de um resultado, teremos que separar a equação em duas
partes, como feito anteriormente, primeiro faremos com a parte positiva da raiz, e em seguida,
com a parte negativa.

′ 6+ 96
x = = 2,632
6

6− 96
x′′ = = −0,632
6
Resolução Gráfica: semelhante às equações de primeiro grau, separando a equação 3x2 −6x =
5 em duas funções, F (x) = 3x2 − 6x e G(x) = 5, e plotar as duas em um mapa cartesiano:

15
F (x)
G(x)
10

−1 1 2 3 4

−5

Figura 2: Resolução gráfica da equação quadrática

25
Observa-se no gráfico que os pontos em que a parábola (marcada em vermelho) intercepta a
função constante (marcada em azul), são exatamente as raízes calculadas anteriormente através
da fórmula de bhaskara.

9 Inequações
Uma inequação é uma sentença matemática com uma ou mais incógnitas expressa por uma
relação de desigualdade. As desigualdades podem ser representadas a partir de 4 sinais: >,
<, ≥ ou ≤ (maior, menor, maior ou igual a, e menor ou igual a, respectivamente).
Seja a inequação 3x + 5 > 8. Neste caso específico, x pode assumir qualquer valor real,
desde que esteja acima de 1. Ou, em uma notação matemática, {x ∈ R : x > 1}. É interessante
observar que as inequações podem possuir infinitas soluções sem serem complexas, como é o
caso da solução desta inequação. Nas equações, este fato não ocorre.

f (x) = 3x + 5
g(x) = 8

8
4

−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−4
−8

Figura 3: 3x + 5 > 8

9.1 Propriedades
As propriedades das inequações são semelhantes às propriedades das equações. Observe:

• Somar ou subtrair qualquer número ou incógnita nos dois membros de uma inequação
não altera o sentido da desigualdade.
Na inequação a seguir, deve-se somar alguns números a fim de reescrevê-la com os termos
que possuem incógnita no primeiro membro e os outros que não possuem no segundo.

4x − 20 > 2x + 8
4x − 20 − 2x > 2x + 8 − 2x
2x − 20 > 8
2x − 20 + 20 > 8 + 20
2x > 28

• Multiplicar um número positivo em ambos os membros de uma inequação não altera o


sentido da desigualdade.
Para exemplificar, seja a inequação do exemplo anterior, que foi resolvida até obter:

2x > 28

26
1
Para concluir a resolução, basta multiplicar ambos os membros por , que é um número
2
positivo e não altera a desigualdade. Observe:
1 1
2x · > 28 ·
2 2
x > 14

• Multiplicar um número negativo em ambos os membros de uma inequação inverte o


sentido da desigualdade.
Exemplo, resolvendo a inequação 16x − 30 > 20x + 10 :
Utilizando a propriedade 1

16x − 30 > 20x + 10


16x > 20x + 40
16x − 20x > 40
−4x > 40

Multiplicando por −1, troca-se o sinal da igualdade

−4x · (−1) > 40 · (−1)


4x < −40

1
Note que não há alteração na desigualdade ao multiplicar por :
4

1 1
4x · < −40 ·
4 4
−40
x<
4
x < −10

9.2 Inequações de Primeiro Grau


Uma inequação de primeiro grau na incógnita x é qualquer expressão de primeiro grau que
pode ser escrita numa das seguintes formas:

ax + b > 0 ax + b ≥ 0
ax + b < 0 ax + b ≤ 0

Uma maneira simples de resolver uma inequação do primeiro grau é através do isolamento
da incógnita x em um dos membros. Observe dois exemplos:

Exemplo 1:

−2x + 7 > 0

27
Usando a propriedade (1)

−2x > −7
Multiplicando por (-1)

2x < 7
Dividindo por 2
7
x<
2
Exemplo 2:

5(x + 3) − 2(x + 1) ≤ 2x + 3
5(x + 3) − 2(x + 1) − 2x − 3 ≤ 0
Desenvolvendo as potências

5x + 15 − 2x − 2 − 2x − 3 ≤ 0
x + 10 ≤ 0
Segue que

x ≤ −10

9.3 Inequações simultâneas


Geralmente, as inequações têm de satisfazer duas ou mais condições ao mesmo tempo. Para
encontrar a solução, é necessário encontrar o espaço de intersecção entre as condições. Seja a
inequação simultânea:
{
3x − 2 > 4x + 1 parte (A)
5x + 1 ≤ 2x − 5 parte (B)
Neste caso, a parte (A) apresenta como solução x < −3 e a parte (B), x ≤ −2.

Parte (A)
−10 −5 0 5 10

Parte (B)
−10 −5 0 5 10

Sendo assim, obtém-se o conjunto solução {x ∈ R : x < −3}, pois apenas valores abaixo de
-3 satisfazem ambas as condições.
Existem situações em que o conjunto solução é vazio. Por exemplo, quando as solução das
partes são:
{
x>5
x < −2

28
x>5
−10 −5 0 5 10

x < −2
−10 −5 0 5 10

Nesta situação, não existe um conjunto {x ∈ R : x > 5, x < −2}.

9.4 Inequações de Segundo Grau


Uma inequação de segundo grau na incógnita x é qualquer expressão de segundo grau que
pode ser escrita numa das seguintes formas:

ax2 + bx + c > 0 ax2 + bx + c ≥ 0


ax2 + bx + c < 0 ax2 + bx + c ≤ 0

9.5 Resolução de Inequações de Segundo Grau


Para resolver uma inequação quadrática tal como −x2 + 4 > 0, iniciamos resolvendo a
correspondente equação quadrática −x2 + 4 = 0. Então, determinamos os valores de x para os
quais o gráfico de y = −x2 + 4 está acima do eixo x (pelo fato de a desigualdade ser "maior do
que zero").

Exemplo: Resolva a inequação −x2 + 4 > 0

Em primeiro lugar, resolvemos a equação correspondente:

−x2 + 4 = 0
x2 − 4 = 0
x1 = 2 x2 = −2

As soluções da equação do segundo grau são 2 e −2, porém, essas não são as soluções da
inequação original porque 0 > 0 é falso. A Figura a seguir mostra que os pontos sobre o gráfico
de y = −x2 + 4 que estão acima do eixo horizontal x são tais que os valores de x estão à direita
de −2 e à esquerda de 2.

Logo, a solução desta inequação é: {x ∈ R : − 2 < x < 2}


(x pertence aos reais, tal que x é maior do que −2 e x é menor do que 2).
Nem sempre quando uma inequação é transformada em sua forma de equação, haverá uma
raiz. Quando este fato ocorre, deve-se analisar o sinal da equação para qualquer valor de x, e
verificar se existe alguma solução possível.

29
Exemplo: Resolva a inequação x2 + 2x + 2 < 0.

15
F (x)

10

−4 −3 −2 −1 1 2

−5

Figura 4: Resolução gráfica da equação quadrática

A figura mostra que o gráfico de F (x) = x2 + 2x + 2 está acima do eixo horizontal para
todo valor de x, sendo assim, a inequação x2 + 2x + 2 < 0 não possui solução. Ela é dada por
um conjunto vazio.

9.6 Inequações Modulares


Inequações modulares são aquelas que envolvem a incógnita em módulo. Lembrando que o
módulo de um número é a sua distância até a origem. Sendo assim, se u é um número real:
{
u, se u > 0
|u| =
−u, se u ≤ 0
Por exemplo, se u = −3, temos | − 3| = 3, pois −3 ≤ 0 e −(−3) = 3.

Para resolver inequações modulares, usa-se a própria definição de módulo. Por exemplo,
seja B um número real, e A uma expressão:

(Caso 1) Se |A| > B ⇒ A > B ou A < −B


(Caso 2) Se |A| < B ⇒ −B < A < B
(Caso 3) Se |A| ≥ B ⇒ A ≥ B ou A ≤ −B
(Caso 4) Se |A| ≤ B ⇒ −B ≤ A ≤ B

Por exemplo: seja a inequação |x + 2| < 5


Esta inequação enquadra-se no segundo caso e, neste caso, A = x + 2, e B = 5. Sendo
assim, tem-se:
−B < A < B
−5 < x + 2 < 5
Tem-se agora uma inequação simultânea, basta resolvê-la e encontra-se o resultado

−7 < x < 3

30
10 Trigonometria
A trigonometria é o ramo da matemática que estuda as relações entre os lados e os ângulos
de triângulos.

10.1 Ângulo
O ângulo é definido como a abertura entre duas semirretas de mesma origem.

Figura 5: Representação do ângulo

Uma das medidas mais conhecidas de ângulo é o grau (◦ ). 1◦ representa 360


1
de uma circun-
ferência, ou seja, 360 graus corresponde à circunferência inteira.
Outra medida importante é o radiano (rad). 1 rad representa o ângulo central de um arco
com o mesmo comprimento do raio da circunferência onde ele está inserido. Ilustrando:

Figura 6: Um radiano

A constante π (pi) é utilizada para fazer conversões entre graus e radianos. π rad equivale
a 180◦ , que é o ângulo raso, correspondente à metade de uma circunferência. A partir disso,
pode-se definir uma fórmula geral para conversão:

ângulo em radianos · 180


ângulo em graus =
π

31
10.2 Triângulo Retângulo

Figura 7: Um triângulo retângulo

O triângulo retângulo é um triângulo do qual um dos ângulos internos é o reto (mede 90◦
ou π2 rad). Ele é importante pois a partir de seus lados e ângulos são extraídas as relações
fundamentais da trigonometria.
Todo triângulo retângulo possui dois catetos, que são os dois lados adjacentes ao ângulo
reto, e uma hipotenusa, que é o maior lado, oposto ao ângulo reto. Na figura acima, os catetos
são os lados a e b, enquanto que a hipotenusa é o lado c.
Um cateto, quando visto a partir de um ângulo, pode ser classificado como adjacente ou
oposto. Na figura acima, tomando como referência o ângulo α, o cateto oposto é o lado a e
o adjacente é o lado b. Da mesma forma, quando se toma de referência o ângulo β, o cateto
oposto é o lado b e o adjacente é o lado a.
Também é importante lembrar que, pelo teorema de Pitágoras:

a2 + b2 = c2

10.3 Seno, Cosseno e Tangente


A partir do triângulo retângulo, são definidas algumas funções chamadas funções trigo-
nométricas. As principais são: seno, cosseno e tangente. Elas variam conforme o ângulo θ,
que, nesse contexto, é um dos dois ângulos fora o reto do retângulo.

cateto oposto
sen(θ) =
hipotenusa

cateto adjacente
cos(θ) =
hipotenusa

cateto oposto
tg(θ) =
cateto adjacente

Note que a classificação do cateto (em adjacente ou oposto) é feita em relação ao ângulo θ.

32
10.4 Círculo trigonométrico

Figura 8: Círculo trigonométrico

O círculo trigonométrico é uma circunferência de raio 1, dividida em quatro partes chamadas


de quadrantes, no plano cartesiano. É possível visualizar um triângulo retângulo inscrito em
um dos quadrantes, como na figura acima. Como a hipotenusa OB corresponde ao raio da
circunferência, que é 1, o valor de sen(α) corresponde ao segmento AB, enquanto que o valor
de cos(α) é o do segmento OA. Assim, é mais fácil visualizar como as funções variam conforme
o ângulo.
O círculo também permite que trabalhemos com ângulos superiores a π2 rad, ou até negati-
vos. Pode-se imaginar que o perímetro da circunferência está sendo percorrido a partir do ponto
C no sentido anti-horário, e quando o ângulo for negativo, o sentido é horário. Percebe-se então
que ângulos superiores a 90◦ e inferiores a 180◦ se localizam no próximo quadrante, chamado
de segundo quadrante.

Figura 9: Sinais do seno, cosseno e tangente conforme os quadrantes

33
Para ilustrar como um ângulo no terceiro quadrante (medida superior a 180◦ e inferior a

270 ) ficaria no círculo trigonométrico, veja a Figura 10:

Figura 10: Ângulo no terceiro quadrante do círculo trigonométrico

É possível comprovar o que é mostrado na Figura 9. Como está no terceiro quadrante, o


ângulo tem o seno negativo, o cosseno negativo e a tangente positiva.

10.5 Principais valores


Os principais ângulos dos quais é interessante conhecer o seno, cosseno e tangente estão na
Tabela 1:

0◦ 30◦ 45◦ 60◦ 90◦


√ √
1 2 3
sen 0 2 2 2
1
√ √
3 2 1
cos 1 2 2 2
0
√ √
tg 0 3
3
1 3 ∄

Tabela 1: Alguns ângulos e valores de seus senos, cossenos e tangentes

Podemos utilizar as funções trigonométricas para encontrar valores desconhecidos de um


triângulo. Na Figura 11, temos a medida de um de seus ângulos internos (que não é reto) e a
medida de sua hipotenusa. A partir disso, podemos encontrar as medidas dos lados a e b da
seguinte maneira:

Figura 11: Um triângulo retângulo cujo ângulo e hipotenusa são conhecidos

34
Percebe-se que b é o cateto oposto ao ângulo conhecido de 30◦ , portanto:
cateto oposto b
sen(α) = hipotenusa = c

⇒ sen(30 ) · c = b
⇒ 1
2 ·2=b
⇒ b = 1cm
Como a é o cateto adjacente ao ângulo de 30◦ :
cateto adjacente a
cos(α) = hipotenusa = c

⇒ cos(30 ) · c = a

⇒ ·2=a
2
3

⇒ a = 3cm

10.6 Soma de ângulos


Algumas fórmulas são conhecidas para calcular seno, cosseno e tangente da soma de dois
ângulos:

sen(a ± b) = sen(a) · cos(b) ± sen(b) · cos(a)

cos(a ± b) = cos(a) · cos(b) ∓ sen(a) · sen(b)

tg(a) ± (b)
tg(a ± b) =
1 ∓ tg(a) · tg(b)

Exemplo:
cos(15◦ ) = cos(45◦ − 30◦ ) = cos(45◦ ) · cos(30◦ ) + sen(45◦ ) · sen(30◦ )
√ √ √
cos(15◦ ) = 2
2
· 23 + 22 · 1
2
√ √
cos(15◦ ) = 4
6
+ 4
2

√ √
cos(15◦ ) = 6 + 2
4

35
11 Exercícios
1)Encontre o valor de ’x’ que satisfaz as seguintes equações:

a) 2x2 + 5x = 3 c) 1 − x2 + 2 = 3
x 1 x √
b) + = d) 3
x−2=2
2 6 3
2)Resolva a equação utilizando a formula de bhaskara:

a) x2 − 2x + 6 = 2x2 − 6x − 26

3)Resolva a equação utilizando a técnica de completar quadrado:

a) 2x2 − 7x + 9 = (x − 3)(x + 1) + 3x

4)Utilize de um método a sua escolha para resolver as seguintes equações:

a) x2 + x − 2 = O d) 4x2 − 3x − 2 = O
b) x2 − 3x = 12 − 3(x − 2)

c) x + 2 − 2 x + 3 = O e) 4x + 2 = O

5) Resolva as Inequações:

x+2 x−1 c) se a ultima parte da inequação da letra


a) − <x
3 2 b) passar a ser
3 − 2x < x − 6, o que ocorre com o con-
b) junto solucão da inequação?


3x + 2 ≥ 5x − 2 d) x2 − 2x − 8 < 0
4x − 1 > 3x − 4 (1 − 2x)(3 + 4x)


3x − 2 < x − 6 e) >2
4−x
6) Resolva as Inequações Graficamente:

a) 6x2 − 5x − 4 > 0
b) 4x2 + 1 > 4x
c) x2 + 9 ≤ 6x
d) 3x3 − 12x ≥ 0
7) Resolva as Inequações Modulares:

a) |x + 4| ≥ 5
b) |4 − 3x| − 2 < 4
x+2
c) | |≥3
3

36
8) Transforme as medidas de graus para radianos:

a) 30◦ c) −70◦
b) 240◦

9) Em um triângulo retângulo, a tangente de um de seus ângulos agudos é 2. Sabendo-se que


a hipotenusa desse triângulo é 5, calcule o valor do seno desse mesmo ângulo.

10) Calcule:

a) α quando a = 30 e b = 30 c) b quando α = 60◦ e c = 10


b) α quando a = 125 e c = 250

11) Calcule:

a) sen(75◦ ) c) sen(15◦ )

b) cos(120◦ ) d) tg(75◦ )

37
11.1 Respostas
1)
1 c) x = 0
a) x = {−3; }
2

3
b) x = 1 d) x = 2+2

2)

a) x = {−4; 8}

3)

a) x = {2; 6}

4)
√ √
a) x = {−2; 1} (3 − 41) (3 + 41)
√ d) x = { ; }
8 8
b) x = 18
√ 1
c) x = 8 e) x = −
2
5)

a) x > 1 d) {x ∈ R : − 2 < x < 4}


b) {x ∈ R : − 3 < x < −2}
c) x = ∅, ou x = {} (conjunto vazio). e) x = ∅

6)
4 −1 c) x = 3
a) x > , ou x <
3 2
b) x ∈ R d) −2 ≤ x ≤ 0, ou x > 2

7)

a) −9 ≥ x ≥ 1 c) −11 ≥ x ≥ 11
10 −2
b) >x>
3 3
8)

a) π
6
rad c) − 18
7
π rad
4
b) 3
π rad

2 5
9) 5

38
10)

a) 45◦ c) 5 3
b) 60◦

11)
√ √
1+√ 3 3−1

a) 2 2
c) 2 2

b) − 12 d) 2 + 3

39
Parte IV
Lista de Exercícios
1) Resolva as seguintes equações

a) x2 − x − 20 = 0 j) 7(x − 1) − 2(x − 5) = x − 5

b) 2x2 + 5x − 3 = 0 k) (x − 2) − (x + 4) + 2(x − 3) − 6 = 0
c) 4x2 − 8x + 3 = 0 2x − 3 2 − 3 x−1
l) − =
4 3 3
d) x2 − 8x = −15
m) 7(x − 5) = 3(x + 1)
e) x(3x − 7) = 6
5x
f) x(3x + 11) = 20 n) 2 − (−25x − 15) + 5 = 50
2
g) 4x2 = 25 o) (x + 5)2 = 25
h) 2(x − 5)2 = 17 p) (x − 2)2 = 4 − 9x
1
i) 5(x − 3) − 4(x − 2) = 8 + 3( − x) q) (x + 1)(x − 3) = −3
3
2) Resolva as seguintes divisões de polinômios

x4 − 13x3 + 30x2 + 4x − 40 4x4 − 4x3 + x − 1


a) c)
x2 − 9x − 10 4x3 + 1
x3 − 7x2 + 16x − 12 6x4 10x3 + 9x2 + 9x5
b) d)
x−3 2x2 4x + 5
3) Resolva os seguintes exercícios que envolvem equações do segundo grau

a) Determine as raizes das equações

i) (x + 5)2 = 0
ii) z 2 − 8z + 12 = 0
iii) 7x2 − 3x = 4x + x2
iv) −x2 + 7x − 10 = 0
v) 5x2 − 10x = 0
vi) 9y + 4 − 12y = 0

b) Determine x pertencente aos reais tal que (x2 100x)2 · (x2 101x + 100)2 = 0

c) Se uma das raízes da equação 2x2 3px + 40 = 0 é 8, determine o valor de p

40
4) Resolva e/ou simplifique as expressões usando as propriedades de potenciação e radiciação.
( )0
a) −22 2
h)
23 ( )1
e) 8 3
3 45 k)
−3
b) 2 27
( )−2
2 515
c) (−2)2 f) − i)
1015
3 l) (21/3 · 31/3 )−3
( )−1
2 2 515 √
d) g) − 1 j) m) 251/3
· 3
5
3 3 −2 10 12

5) Mostre que
( )−1
a) −22 ̸= (−2)2 b) (23 )4 ̸= 23 34 · 23
4
33
c) =
37 · 22 2
6) Simplifique
√ √ √
a) 9x−6 y 4 8 2
4 3x y 5 4x6 y
b) c)
8x2 9x3
√ √ √ √ √ √
9ab6 · 27a2 b−1 e) 3 48 − 2 108 f) x3 − 4xy 2
5 5
d)
√ √ √ √
g) 18x2 y + 2 2y 3 h) 2 175 − 4 28

(ab)5 · b7 · (a3 )2
7) Simplifique .
b 3 · a5

8) Racionalize as expressões

1 2 x 2 2
a) √ b) √ c) √ d) √
3
e) √
4
3 3 3 y y 2 36
y xy √
f) √ g) √ 1 1− 2
h) √ i) √ √
xy 5
x2 y 3 1+ 2 3+ 2
(√ √ √ √ )2
9) O valor da expressão 3+ 5+ 3− 5 é
√ √ √
a) 10 b) 25 c) 10 − 2 6 d) 10 + 2 6 e) 6 − 2 5

10) Considere a figura anterior, que apresenta um rio de margens retas e paralelas, neste trecho.
Sabendo-se que AC = 6 e CD = 5, determine:

41
a) a distância entre B e D; b) a área do triângulo △ABD.

11) Use as fórmulas da soma dos ângulos para mostrar a seguintes igualdades:

a) cos(x − π2 ) = sen(x) b) sen(x + π2 ) = cos(x)

42

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