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HEGEL – A RAZÃO NA HISTÓRIA

Hegel, sendo considerado um filósofo e historiador contribuiu de certa forma


e com grande complexidade para o desenvolvimento e a estruturação da história da
humanidade. Sua filosofia influenciou a vida política na sociedade contida em diversas
partes do mundo. Destacava em seus estudos e ideologias que a filosofia e a história
mantinham uma relação e se completavam. É importante compreender que seu
método de estudo é baseado na razão e na influencia da historia, buscando sintetizar
todos os acontecimentos e mudanças no aspecto histórico humanístico, tendo em
mente a relação da passagem de tempo e espaço entre passado e presente. Hegel
através de sua filosofia introduziu variadas ideologias nas políticas da atualidade,
pondo em prática o principal foco que é o entendimento de “idéia”, que seria definida
como o poder lógico do divino. Este fator orientou e modificou o cenário da luta
histórica através da humanidade, expressando uma idéia absoluta dentro do contexto
social.

A grande maioria dos acontecimentos históricos, inclusive os movimentos


sociais, foram influenciados pelam filosofia deste grande historiador, devido à
utilização de um método intelectual, dinâmico e principalmente universal. Seu método
é caracterizado por uma criação intelectual e influenciadora de uma cultura local de
onde habitava o próprio filósofo. A sua morte repercutiu em muitos acontecimentos
históricos que acabou desencadeando grandes mudanças históricas e personagens
relacionados com a época dos acontecimentos.

Através do desenvolvimento e organização conceitual do termo “razão”, Hegel


desempenhou um papel importante e decisivo nos aspectos filosóficos, políticos e
intelectuais, onde sua tese implica em afirmar que os homens são praticamente os
únicos seres a moldarem verdadeiramente a história de uma maneira universal e
racional. Temos como exemplo histórico o surgimento de movimentos históricos como
o fascismo e comunismo, sendo movimentos considerados irracionais e irreligiosos,
que foram desencadeados pelo próprio Hegel que ao contrário, era religioso e
racional. Além desses movimentos, foi inspirador de vários personagens democráticos,
mesmo sendo caracterizado por eles como um autoritário. Suas inspirações abrangem
vários fenômenos e amplas áreas do conhecimento, partindo de um modelo sistêmico
filosófico que alcança uma real universalidade, através do método determinado de
“lógica dialética”. Esse contexto nos implica ao entendimento de sua parte como
filósofo, na totalidade do mundo e na compreensão do homem em relação a sua
sobrevivência no contato social e histórico.
Seu método dinâmico dialético centraliza o desenvolvimento de uma definição
de “idéia” e seu papel na história, ou seja, a história é determinada um dos grandes
movimentos da idéia tendo um alcance metafísico universal ou a história universal.
Assim pode-se deduzir que a história é um processo universal lógico, tornando-se um
sistema científico tornando a história uma ciência.

O sistema hegeliano interpretou e influenciou outro grande acontecimento


histórico e espiritual do seu tempo, designado revolução francesa. Esse contexto
utilizou muitos de suas ideologias, pois o filósofo buscava compreender de fato o que
proporcionou esta revolução e de que modo e propósito ela foi desencadeada. Através
do seu conhecimento tratava da imaturidade política de diversos movimentos políticos
através da filosofia, buscando explicações na evolução das realidades sociais e
políticas de um determinado local em que conviviam.

Para compreensão da filosofia de Hegel é necessário sabermos que para o


mesmo a história é o “desenvolvimento do Espírito no tempo”, a natureza é o
“desenvolvimento da idéia no espaço”. O sistema de Hegel é constituído de uma
grande tríade: idéia-natureza-espírito, o filósofo afirma que a idéia em si é o que se
desenvolve, a realidade dinâmica do antes e depois do mundo. Hegel também afirma
que a história e a idéia estão inter-relacionados. A idéia é a natureza da vontade de
Deus e como esta idéia só se torna verdadeiramente ela mesma através da história, a
história não é a aparência, ela é a realidade de Deus, assim, a natureza não é divina,
mas a história sim.

Para Hegel, o espírito é a liberdade de três maneiras. O homem é parte


natureza e parte espírito, mas sua essência é espírito. A história do mundo é o avanço
da liberdade, por que ela o avanço da autoconsciência do espírito. Quando o espírito
aparece na história, ele não é abstrato, mas um fato. O único pensamento que a
filosofia traz para o tratamento da história é o conceito simples de razão, que é a lei do
mundo e, portanto, na história do mundo, as coisas acontecem racionalmente. Existem
três métodos de tratar a história:

A história original: trata-se de descrever ações, acontecimentos e condições, é


transferir exatamente o que acontecia para o domínio da representação mental. A
realidade observável é a base mais sólida para a história. A história reflexiva: é o tipo
de história que transcende o presente – mas não no tempo, no espírito.

O terceiro método de história é o método filosófico: a definição mais universal


seria que a filosofia da história não passa da contemplação ponderada da história.
Segundo Hegel, a essência do povo é Liberdade e o povo busca
desesperadamente ser livre, pois o objetivo do mundo é atingir a Liberdade. O
pensamento de Liberdade surgiu entre os gregos, então, os mesmos são livres, porém
há povos que pensam não ser livres (como os orientais). É necessário entender que a
Liberdade é uma idéia interior não desenvolvida, mas os meios que ela usa são
fenômenos exteriores da história.

O Estado é a forma mais real de ser livre, ele é a satisfação real e positiva da
liberdade, une a vontade racional e subjetiva. Nele, segundo Hegel, o indivíduo goza
de sua liberdade, conhece, acredita e deseja o mundo. Hegel acreditava que o Estado
era eterno, mesmo que a população morresse o Estado não sumiria da história,
apenas seria transformado para melhor.

O livro A razão na história, de Hegel, nos traz uma série de conceitos (alguns
deles citados acima), mas alem disso, nos mostra a formação do pensamento da
razão, deixando bem claro que o andar histórico é regido pela razão. Fazendo uma
comparação entre as idéias de Hegel e a atualidade, pode-se dizer, que na atualidade,
a idéia relacionada a Estado é aquela que diz respeito à questão de preservação dos
direitos da população, segurança e bem estar, porém ás vezes distorcida por manchas
e escândalos de um absurdo chamado corrupção. Já a idéia de Liberdade era algo a
ser atingido, não formado ainda. Hoje, o pensamento relacionado a Liberdade é
aquele relacionado à poder fazer o que quiser como e quando quiser (claro que com
suas restrições, devido as leis que regem a moral), poder se expressar, poder
colaborar com o desenvolvimento do Estado enquanto sociedade. Segundo Hegel, o
indivíduo assim que está consciente de sua liberdade passa a ser cidadão do Estado,
pode-se dizer que a idéia de cidadão hoje é associada à praticas democráticas, então
podemos nos apoiar nessa idéia de tomar consciência de liberdade de Hegel.

Por fim, todos têm participação na formação da História, sendo essencial o


envolvimento do Estado, do indivíduo como cidadão e da Liberdade, lembrando que a
História é dirigida pela razão.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE

HEGEL – A RAZÃO NA HISTÓRIA

MANAUS

2011
HEGEL – A RAZÃO NA HISTÓRIA

Esther Leão

Daniel Cerdeira

Johnathas Martins

Hyldebrando Filho

Erberson Sousa

Denison dos Anjos

Fernando Bacelar

Trabalho acadêmico de pesquisa


apresentado como exigência para nota
parcial de segunda avaliação para a
disciplina Filosofia.

Período: Segundo -Turma: PSN02S2

Professor: Marcio Fernandes

MANAUS

2011

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