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3° ano Data: / / 2020
Ensino Médio

Avaliação - 1º bimestre
História
QUESTÃO 01 – (UFG). Leia o documento a seguir.

Este homem é um dos maiores selvagens com que tenho topado: quando se avistou comigo, trouxe consigo
um intérprete porque não sabe falar português nem se diferencia do mais bárbaro Tapuia. Mesmo se dizendo
cristão e sendo casado, lhe assistem sete índias concubinas. E daqui se pode inferir que, tendo em vista a sua vida
desde que teve o uso da razão, se é que a teve, até o presente momento, se encontra a andar metido pelos matos
à caça de índios e de índias, estas para o exercício de sua torpeza sexual, aqueles para a obtenção de seus
interesses econômicos.

RIBEIRO, Darcy; MOREIRA NETO, Carlos Araújo (Orgs.). A fundação do Brasil: testemunhos - 1500/1700. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 299.
(Adaptado).

O documento apresenta a descrição feita pelo bispo de Pernambuco, D. Francisco de Lima, a respeito do chefe
bandeirante Domingos Jorge Velho. Essa descrição indica um antagonismo entre religiosos católicos e
bandeirantes na América Portuguesa durante o século XVII. Com base na análise do documento e de seu contexto
histórico, con- clui-se que tal oposição associava-se ao fato de a Igreja:
a) condenar o enriquecimento por meio da escravidão, contrariando os citados "interesses econômicos" dos
ban- deirantes, que se firmavam como fornecedores de mão de obra escrava para diversas capitanias.
b) defender a catequização dos indígenas e sua organização em missões religiosas, condenando, assim, as
bandeiras de apresamento, aludidas no trecho 'andar metido nas matas à caça de índios e índias'.
c) desprezar a cultura nativista constituída na Capitania de São Vicente, onde foram rejeitados os costumes e a
língua portuguesa, como destacado pelo bispo, ao afirmar que o bandeirante necessitou de intérprete.
d) repudiar a associação entre bandeirantes e Tapuias, implícita nos trechos em que o padre afirma que Jorge
Velho não se diferenciava dessa etnia e que mantinha concubinato com tais índias.
e) considerar que os colonos eram desprovidos de raciocínio, como indicado pelo religioso, ao duvidar que o ban-
deirante possuía razão, por entender que esta é alcançada por meio de estudos eclesiásticos.

QUESTÃO 02 – (UFMG). Leia este trecho do documento:

Eu el-rei faço saber a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto ser- viço de Deus e meu é conservar e
enobrecer as capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira com que melhor e seguramente
se possam ir povoando para exaltamento da nossa santa fé e proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais
deles ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoação grande e forte em um lugar
conveniente para daí se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e prover nas coisas que
cumprirem a meus serviços e aos negócios de minha fazenda e a bem das partes [...]

É CORRETO afirmar que, nesse trecho de documento, se faz referência:


a) à criação do Governo Geral, com sede na Bahia.
b) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro.
c) à implementação da Capitania-sede em São Vicente.
d) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no Nordeste.

QUESTÃO 03 – (ENEM). O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor,
pes- cador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas
sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos
índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da
liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.

CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).

Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos
jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela:
a) Demarcação do território indígena.
b) Manutenção da organização familiar.
c) Valorização dos líderes religiosos indígenas.
d) Preservação do costume das moradias coletivas.
e) Comunicação pela língua geral baseada no tupi.

QUESTÃO 04 – (ENEM). O açúcar e suas técnicas de produção foram levados a Europa pelos árabes no século Vlll,
durante a ldade Medieval, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos Xl e Xlll) que a sua procura foi
aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no Sul da ltália,
mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.

CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar
início a colonização brasileira, em virtude de:
a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

QUESTÃO 05 – (ENEM). Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os
próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-
se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando
misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais
profundos.

SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).

Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da escra-
vidão no Brasil tornou possível a:
a) formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
b) superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias.
c) reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.
d) manutenção das características culturais específicas de cada etnia.
e) resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.
QUESTÃO 06 – (PUC-SP) - A invasão e a ocupação holandesas no Nordeste do Brasil, ocorridas durante o período da
União Ibérica (1580-1640):
a) derivaram dos conflitos territoriais entre Portugal e Espanha, que fragilizaram o controle português sobre a
colônia.
b) foram resultado das disputas entre Holanda e Inglaterra pelo controle da navegação comercial atlântica.
c) derivaram dos interesses holandeses na produção e comercialização do açúcar de cana.
d) foram resultado do expansionismo naval espanhol, que desrespeitou os limites definidos no Tratado de
Tordesilhas.
e) derivaram da corrida colonial, entre as principais potências europeias, na busca de fontes de matérias-primas
e carvão.

QUESTÃO 07 – (MACKENZIE). Durante a União Ibérica, Portugal foi envolvido em sérios conflitos com outras nações
europeias. Tais fatos trouxeram como consequências para o Brasil Colônia:
a) as invasões holandesas no Nordeste e o declínio da economia açucareira após a expulsão dos invasores.
b) o fortalecimento político e militar de Portugal e colônias, devido ao apoio espanhol.
c) a redução do território colonial e o fracasso da expansão bandeirante para além de Tordesilhas.
d) a total transformação das estruturas administrativas e a extinção das Câmaras Municipais.
e) o crescimento do mercado exportador em virtude da paz internacional e das alianças entre Espanha, Holanda
e Inglaterra.

QUESTÃO 08 – (ESPM). À medida que o século chegava ao fim, agravava-se a tensão entre os comerciantes
portugueses residentes em Recife e os produtores luso-brasileiros. Esse atrito assumiu a forma de uma contenda
municipal entre Recife e Olinda, ou seja, entre o credor urbano e o devedor rural. Olinda era a principal cidade de
Pernambuco e sedia- va as principais instituições locais. Lá os senhores de engenho tinham suas casas. Por outro
lado, o porto de Recife, a poucos quilômetros de distância era o principal local do embarque das exportações de
açúcar da capitania.

(Adriana Lopez, Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação)

A tensão mencionada no texto contribuiu para desencadear qual das rebeliões coloniais citadas abaixo:
a) Aclamação de Amador Bueno da Ribeira.
b) Revolta de Beckman.
c) Guerra dos Mascates.
d) Guerra dos Emboabas.
e) Revolta de Felipe dos Santos.

QUESTÃO 09 – (FGV). Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal - conde de Assumar - se casou em 1715 com D. Maria
José de Lencastre. Daí a dois anos partiria para o Brasil como governador da capitania de São Paulo e Minas Gerais.
Nas Minas, não teria sossego, dividido entre o cuidado ante virtuais Ievantes escravos e efetivos Ievantes de
poderosos; o mais sério destes o celebrizaria como algoz: foi o conde de Assumar que, em 1720, mandou executar
Felipe dos Santos sem julgamento, sendo a seguir chamado a Lisboa e amargurado um longo ostracismo.

(Laura de Mello e Souza, Norma e conflito: aspectos da história de Minas no século XVIII)

A morte de Felipe dos Santos esteve vinculada a:


a) uma sublevação em Vila Rica, que envolveu vários grupos sociais, descontentes com a decisão de levar todo
ouro extraído para ser quintado nas Casas de Fundição.
b) um movimento popular que exigia a autonomia das Minas Gerais da capitania do Rio de Janeiro e o imediato
cancelamento das atividades da Companhia de Comércio do Brasil.
c) uma revolta denominada Guerra do Sertão, comandada por potentados locais, que não aceitavam as
imposições colonialistas portuguesas, como a proibição do comércio com a Bahia.
d) uma insurreição comandada pela elite colonial, inspirada no sebastianismo, que defendia a emancipação da
região das Minas do restante da América portuguesa, com a criação de uma nova monarquia.
e) uma rebelião, que contrapôs os paulistas - descobridores das minas e primeiros exploradores - e os chamados
emboabas ou forasteiros - pessoas de outras regiões do Brasil, que vieram atrás das riquezas de Minas.

QUESTÃO 10 – (ESPM). Em 1720, a Coroa portuguesa decidiu proibir definitivamente a circulação de ouro em pó, ins-
talando a Casa de Fundição em Vila Rica, onde todo o metal extraído das minas deveria ser transformado em barras
para depois ser transportado ao litoral.

A medida pretendia acabar com o contrabando e incrementar a arrecadação de impostos, prejudicando os in-
teresses dos proprietários de lavras auríferas, comerciantes e profissionais liberais que recebiam ouro em pó pelos
seus serviços, além dos tropeiros que escoavam a produção.

As novas diretrizes foram intensamente discutidas nos bares, nas tavernas, e críticas ferozes eram lançadas,
nas rodas de conversa, contra a administração local. Uma revolta se levantaria contra as medidas de controle da
Coroa.

(Fábio Pestana Ramos e Marcus Vinicius de Morais. Eles formaram o Brasil)

A revolta ocorrida contra as medidas de controle da Coroa portuguesa foi:


a) a Guerra dos Emboabas;
b) a Revolta de Felipe dos Santos;
c) a Inconfidência Mineira;
d) a Guerra dos Mascates;
e) a Revolta de Beckman.

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