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A umbanda
Cabe aqui uma breve explicação, a meu ver, do que constitui a Umbanda: é
uma religião variada, múltipla, cheia de mudanças e com características
próprias. É fruto de uma enorme mistura de crenças, imagens, ritos e
influências religiosas. Em sua prática, o principal é a incorporação que se
estabelece entre as entidades (as pessoas desencarnadas que se
manifestam durante o transe, sempre possuindo um nome) e os
“consulentes” (pessoas encarnadas que que nelas procuram conselhos,
consolos, respostas e soluções mágicas para as suas mais diversas
necessidades). Tais entidades são vistas como espíritos dos mortos, que
possuem história, fatos e aprendizados da sua vida na terra.
Embora já se encontrassem rituais com manifestações em transe, das
entidades umbandistas típicas há mais tempo (Catimbó, Tambor de Mina,
Jongo, etc.), a Umbanda tornou-se religião específica, nas décadas de 1920
e 1930, no estado do Rio de Janeiro e depois se expandiu para São Paulo e
o resto do país. Sua origem mais aceita é a do seu surgimento no ano de
1908, por meio do transe do adolescente Zélio de Moraes, que em seu
corpo deu voz ao Caboclo das Sete Encruzilhadas, anunciante de uma nova
religião brasileira.
Nos anos 1930, nesse contexto, a umbanda se firma na base das três raças,
ou seja, sobre o povo brasileiro como originário nas raças branca, negra e
indígena. Não é à toa que tem como principais manifestações os “pretos-
velhos”, entendidos como espíritos de negros escravos, e os “caboclos”,
espíritos de guerreiros indígenas. Cada um deles tem uma forma típica e
uma mensagem exemplar a transmitir:
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Em sentido horário: caboclo, casal de pretos-velhos, Cosme e Damião, malandro Zé Pilintra, casal cigano
e erês (crianças) – Fonte: Google Imagens
Representações artísticas da Pomba-Gira Sete Saias em suas várias formas: do cabaré, da calunga
(cemitério) e cigana – Fonte: Google Imagens
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O Exú e os exús