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Sociedade das Nações

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Sociedade das Nações

Mapa anacrônico do mundo em 1920-1945, mostrando a Liga das Nações


e o mundo.

Tipo Organização internacional

Fundação 28 de junho de 1919

Extinção 20 de abril de 1946

Sede Genebra, Suíça

Línguas oficiais Inglês, francês e espanhol

Sociedade das Nações (do Francês, Société des Nations), também conhecida como Liga
das Nações (do Inglês, League of Nations), foi uma organização internacional, idealizada
em 28 de abril de 1919, em Versalhes, nos subúrbios de Paris, onde as potências
vencedoras da Primeira Guerra Mundial se reuniram para negociar um acordo de paz. Sua
última reunião ocorreu em abril de 1946.
Um dos pontos do amplo tratado referiu-se à criação de uma organização internacional,
cujo papel seria o de assegurar a paz. Em 28 de Junho de 1919, foi assinado o Tratado de
Versalhes, que na sua I Parte estabelecia a Sociedade das Nações, cuja Carta foi nessa
data assinada por 44 Estados. O Conselho da Sociedade das Nações reuniu-se pela
primeira vez em Paris no dia 16 de Janeiro de 1920, seis dias depois da entrada em vigor
do Tratado de Versalhes. A sede da organização passou em Novembro de 1920 para a
cidade de Genebra, na Suíça. Em setembro de 1939, Adolf Hitler, o ditador nazista da
Alemanha, desencadeou a Segunda Guerra Mundial. A Liga das Nações, tendo
fracassado em manter a paz no mundo, foi dissolvida. Estava extinta por volta de 1942.
Porém, em 18 de abril de 1946, o organismo passou as responsabilidades à recém-
criada Organização das Nações Unidas, a ONU.
Sua criação foi baseada na proposta de paz conhecida como Quatorze Pontos, feita pelo
presidente estadunidense Woodrow Wilson, em mensagem enviada ao Congresso dos
Estados Unidos em 8 de janeiro de 1918. Os Quatorze Pontos propunham as bases para a
paz e a reorganização das relações internacionais ao fim da Primeira Guerra Mundial, e o
pacto para a criação da Sociedade das Nações constituíram os 30 primeiros artigos do
Tratado de Versalhes.
Curiosamente, com a recusa do Congresso estadunidense em ratificar o Tratado de
Versalhes, os Estados Unidos não se tornaram membro do novo organismo. Eram cinco
membros permanentes e seis rotativos, tendo estes o mandato vencido em três anos, com
a possibilidade de reeleição.

Membros[editar | editar código-fonte]


Durante as negociações na Conferência de Paz de Paris, foi incluída na primeira parte
do Tratado de Versalhes a criação da Liga. Os países integrantes originais eram 32
membros do anexo ao Pacto e 13 dos estados convidados para participar, ficando aberto o
futuro ingresso aos outros países do mundo. As exceções foram Alemanha, Turquia e
a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Estava permitindo, desse modo,
o Reino Unido, bem como o seu ingresso e o de seus domínios e colônias, como o
exemplo dos Domínios Britânicos (Índia, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia).
Uma série de problemas ocorreu no começo: o descaso do Senado dos Estados Unidos
em aprovar o Tratado produziu o primeiro atrito da sociedade, desvinculando-se nessa
ocasião uma das principais potências mundiais do pós-guerra a muito que pesar por parte
do presidente Woodrow Wilson. A U.R.S.S. deu o caráter revolucionário de seu regime,
que fomentou a criação de um círculo sanitário para evitar a propagação da
revolução bolchevique e o tardio reconhecimento diplomático ao novo regime. Estes
países foram incorporados posteriormente: Alemanha, por meio do Tratado de Locarno,
em outubro de 1925 (que permitiu seu ingresso como membro da Sociedade em setembro
de 1926), Turquia e a União Soviética em 1934. Os Estados Unidos nunca se
incorporaram à Sociedade; apenas a seus organismos afiliados.
A SDN (Sociedade das Nações) foi uma prefiguração da atual ONU (Organização das
Nações Unidas).[1]

Idiomas e símbolos[editar | editar código-fonte]


- Os idiomas oficiais da Liga das Nações foram o francês, o inglês[2] e o espanhol (a partir
de 1920). A Liga considerou a adoção do esperanto como idioma de trabalho e encorajar
ativamente seu uso mas nenhuma das opções foi adotada.[3] Em 1921, houve uma
proposta de Lord Robert Cecil para introduzir o esperanto em escolas públicas das
nações-membro e foi encomendado um relatório sobre isso.[4] Quando o relatório foi
apresentado dois anos depois, recomendava o ensino do esperanto em escolas, proposta
aceita por onze delegados.[3] A oposição mais forte veio do delegado francês, Gabriel
Hanotaux, em parte para proteger a língua francesa que ele argumentava já ser a língua
internacional.[5] Esta objeção significou que o relatório era aceite apesar da seção que
aprovou o esperanto nas escolas.[6]
A Liga das Nações não tinha uma bandeira e nem um logotipo oficial. As propostas para a
adoção de um símbolo oficial foram feitas durante o início da Liga, em 1920, mas os
Estados-membros nunca chegaram a acordo. No entanto, as organizações da Liga das
Nações utilizavam diferentes logotipos e bandeiras (ou mesmo nenhum) em suas próprias
operações. Um concurso internacional foi realizado em 1929 para escolher um desenho,
que novamente não conseguiu se tornar um símbolo.[7] Uma das razões pode ter sido o
medo dos estados-membros de que a organização supranacional pudesse superar o seu
poder. Finalmente, em 1939, um emblema semi-oficial surgiu: duas estrelas de cinco
pontas, dentro de um pentágono azul. O pentágono e as estrelas de cinco pontas
representariam os cinco continentes e as cinco raças da humanidade.
Em um arco em cima e em baixo, a bandeira tinha os nomes em inglês (League of
Nations) e francês (Société des Nations). Esta bandeira foi usada na Feira Mundial de
Nova Iorque de 1939-40.[7]

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