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EDITORA FATESB
1
INDICE CATALOGRÁFICO
FATESB
ANGELOLOGIA 2
3º Edição. São Paulo : Editora FATESB. 2021.124 p
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4
Pr. Cleber Nascimento Tojo Santos – ThB
Ministro do Evangelho
Leciona Teologia desde 2006
Pastor Presidente da AD – Chácara São Silvestre
Reitor da FATESB
Presidente do Conselho de Pastores Copel São Paulo SP
COMADESP - CGADB
Escritor e Conferencista
Básico em Teologia
Médio em Teologia
Bacharelado em Teologia
5
Direitos reservados por FATESB – Faculdade de Educação
Teológica “FONTE DE BELÉM”
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Sumário
ANGELOLOGIA .............................................................................. 10
INTRODUÇÃO ................................................................................ 10
OS DEMÔNIOS................................................................................ 87
CONCLUSÃO .................................................................................. 98
BIBLIOGRAFIA............................................................................. 100
9
ANGELOLOGIA
INTRODUÇÃO
10
Os anjos bons se mantêm obedientes e a serviço de Deus,
enquanto os anjos maus e caídos vivem a serviço dos interesses
de Satanás. O estudo da Angelologia é uma divisão da Teologia
Sistemática sempre proeminente nas Páginas Bíblicas em ambos
os Testamentos. Muitas passagens das Escrituras ensinam que há
uma ordem de seres celestes totalmente distintos da humanidade
e da Divindade, que ocupam uma posição exaltada acima da
atual posição do homem. A crença em tais mensageiros angeli-
cais é de caráter universal! Filósofos, Poetas, Historiadores, Teó-
logos etc., frequentemente falaram do ministério dos anjos.
A importância dos anjos, no estudo da Teologia, se faz
necessário por diversas razões: Uma delas é que desde a criação
do Universo, lá estavam eles! E continuaram presentes pela eter-
nidade. Ao nosso redor há um mundo de espíritos, muito mais
populoso, mais poderoso e de maiores recursos do que o nosso
próprio mundo visível de seres humanos. Bons e maus espíritos
movimentam-se em nosso meio. Passam de um lugar para outro
com a rapidez de um relâmpago e com movimentos imperceptí-
veis. Eles habitam os espaços ao redor de nós. Sabemos que al-
guns deles se interessam pelo nosso bem-estar; outro, porém
estão empenhados em fazer-nos o mal.
Os escritores inspirados revelam-nos uma visão deste
mundo invisível, a fim de que possamos ser tanto confortados
quanto admoestados. Os anjos estão sujeitos ao governo divino;
e o importante papel que tem desempenhado na história do ho-
mem, torna-os merecedores de referencia especial e de um estu-
do especial.
11
Nas escrituras, sua existência é sempre considerada maté-
ria pacífica e incontestável. O termo “anjo”, em seu sentido lite-
ral, sugere a ideia de oficio (o oficio de mensageiro), e não a
ideia da natureza do mensageiro. Por isso é que lemos em Lucas
7.24: “Tendo-se retirado os mensageiros”; no original, “anjos”.
Parece-nos que quando a Bíblia foi escrita era comum que algum
ser espiritual superior fosse divinamente enviado como mensa-
geiro aos homens; e que esse ser, com o decorrer do tempo, pas-
sou a ser chamado “anjo”, ou seja, “mensageiro”.
Os anjos são os habitantes dos céus, a inumerável companhia
dos servos invisíveis de Deus. “Não são porventura todos eles
espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles
que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.14).
12
AGENTES ESPECIAIS DE DEUS: OS ANJOS
ANJOS BONS
13
SUA ORIGEM, NATUREZA E POSIÇÃO
14
Às vezes existe a tendência de exaltar demasiadamente
os anjos, dando-lhes oi louvor e referencia só devidos à Deidade.
No entanto, a passagem mais longa que trata dos anjos, Hebreus
1.5-2.9. faz questão de estabelecer que Cristo é superior a eles.
Embora, por um breve período, estivesse um pouco abaixo deles,
Jesus é em todos os aspectos superiores. E embora seja, por sua
vez, superiores aos homens em muitas de suas habilidades e qua-
lidades, os anjos ainda fazem parte da classe seres criados e,
portanto, finitos.
Há um grande número de anjos. As Escrituras têm varias
maneiras de indicar a quantidade eles: “miríades” (Dt. 33.2);
“vinte mil, milhares de milhões” (Sl 68.17); “doze legiões” (36
000 a 72 000 – o tamanho da legião romana variava de 3 000 a 6
000) (Mt. 26.53); “incontáveis hostes de anjos” (Hb 12.22); “mi-
lhares de milhares e milhões de milhões” (Ap. 5.11, NVI). A-
pensar de não haver motivo para considerar exato qualquer um
desses números, especialmente por causa do significado simbó-
lico dos números usados (12 e 1 000), fica claro que existe um
grupo muito grande de anjos.
15
SUAS CAPACIDADES E PODERES
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Suas Atividades
17
Os anjos ministram os crentes. Isso inclui sua proteção
contra danos. Na igreja primitiva, foi um anjo que livrou
da prisão os apóstolos (At 5.19) e, mais tarde, Pedro (At.
12.6-11). O salmista experimentou o cuidado dos anjos
(Sl 34.7; 91.11). Entretanto, o maior ministério é no su-
primento de necessidades espirituais. Os anjos têm gran-
de interesse na batalha espiritual dos crentes, regozijan-
do-se em sua conversão (Lc 15.10) e servindo-os em suas
necessidades (Hb 1.14). Os anjos são espectadores de
nossa vida (1 Co 4.9; I Tm 5.21) e estão presentes na i-
greja (1 Co 11.10). Na morte, os crentes são transporta-
dos pelos anjos para um lugar bençãos (Lc. 16.22).
18
Eles separarão o trigo do joio (Mt 13.39-42). Cristo envi-
ará seus anjos com um grande som de trombetas para re-
unir, dos quatro ventos, os eleitos (Mt. 24.31; Ts
4.16,17).
19
Além disso, a referência de Jesus aos anjos dos pequeni-
nos especifica que eles estão na presença de Deus. Não anjos
que cuidam de indivíduos neste mundo. A resposta a Rode refle-
te a tradição judaica de que os anjos da guarda são semelhantes à
pessoa a quem são atribuídas. Mas um relato indicando que cer-
tos discípulos acreditavam em anjos da guarda não investe a
crença de autoridade. Alguns cristãos ainda mantinham crenças
erradas ou confusas em vários pontos. Na falta de um material
didático definido, precisamos concluir que as provas são insufi-
cientes para confirmar o conceito de anjos da guarda.
ANJOS MAUS
21
Não sabemos o momento exato em que Deus declarou
“boas” todas as coisas, e a tentação e a queda da humanidade
(Gn. 3).
22
Seu uso do engano também é mencionado em Apocalipse
12.9 e 20.8, 10. Ele “cegou o entendimento dos incrédulos, para
que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo,
o qual é imagem de Deus” (2 Co 4.4). Ele se opõe aos cristãos
em seu serviço, os atrapalha (1 Ts 2.18), chegando a suar doen-
ças físicas (assim provavelmente 2 Co 12.7).
Apesar de todo o poder, Satanás é limitado. Como já
mencionamos, ele não podia fazer contra Jó nada que Deus não
tivesse permitido expressamente. É possível ser bem-sucedido
na resistência a ele, provocando, com isso, sua fuga (Tg. 4.7; Ef.
4.27). Entretanto, ele só pode ser colocado em fuga, não por nos-
sa força, mas pelo poder do Espírito Santo (Rm. 8.26; 1Co 3.16).
23
Possessões Demoníacas
24
Vale notar os autores bíblicos não atribuíam todas as do-
enças à possessão demoníaca. Em numerosos casos de curas, não
se faz menção de demônios. Em Mateus, por exemplo, não se
faz menção de expulsão de demônios no caso da cura do servo
do centurião (8.5-13) ou no da mulher que sofria de hemorragia
havia doze anos (9.19,20).
Jesus expulsou demônios sem pronunciar uma fórmula
elaborada. Ele apenas ordenou que saíssem (Mc. 1.25; 9.25). Ele
atribuiu o exorcismo ao Espírito de Deus (Mt. 12.28) ou ao dedo
de Deus (Lc. 11.20), Jesus investiu seus discípulos da autoridade
para expulsar demônios (Mt. 17.19,20). A oração é também
mencionada como um requisito para o exorcismo (Mc. 9.29). Às
vezes, exigia-se a fé por parte de uma terceira pessoa (Mc.
9.23,24; cf 6.5,6). Às vezes, os demônios eram expulsos de al-
guém que não expressava desejo de ser curado.
Não há motivo para crer que possessões demoníacas este-
jam restritas ao passado. Há casos, especialmente, mas não ex-
clusivamente, em culturas menos desenvolvidas, que, ao que
parece, só podem ser explicadas dessa forma. O cristão devia
estar alerta para a possibilidade de haver possessão demoníacas
hoje. Ao mesmo tempo, não se deve atribuir prontamente os
fenômenos físicos e psíquicos anormais à possessão demoníaca.
Assim como Jesus e os autores bíblicos distinguiram casos de
possessões de outras enfermidades, nós também devemos distin-
gui-los, testando os espíritos.
25
Em anos recentes, tem havido uma explosão de interesse
no fenômeno de possessão demoníaca. Por conseguinte, alguns
cristãos podem passar a considerar que essa seja a principal ma-
nifestação das formas malignas. Na realidade, Satanás, o grande
enganador, pode estar incentivando o interesse pela possessão
demoníaca na esperança de que os cristãos deixem de se preocu-
par com outras formas sutis de influencia empregadas pelos po-
deres do mal.
26
O louvor e o serviço dos anjos a Deus nos dão um
exemplo de como devemos nos conduzir agora e
de como será nossa atividade na vida do além, na
presença de Deus.
27
E podemos saber que sua derrota final é certa,
pois Satanás e seus anjos serão lançados no lago
de fogo e enxofre para sempre (Mt. 25.41; Ap.
20.10).
28
A EXISTÊNCIA DOS ANJOS
29
A Existência dos Anjos, Provada no Antigo Testamento
Vejamos:
30
Micaias, profeta da corte acabiana, afirma ter vis-
to o contingente celestial à “mão direita e à esquerda de Deus”
(1Rs. 22.19b).
31
A angelologia do Antigo Testamento atingiu seu alto de-
senvolvimento no livro de Daniel. Ali os anjos são, pela primeira
vez, em toda a extensão das Escrituras, pelo menos em referên-
cia específica, dotados de nomes (Dn. 8.16; 10.21).
5) I SAMUEL: 29.9;
32
9) I CRÔNICAS: 21.12,15,16,18,20,27,30;
33
A Existência Dos Anjos, Provada No Novo Testamento
34
Assim, no Antigo Testamento, a Angelologia atinge o
seu melhor desenvolvimento no livro profético de Daniel; a An-
gelologia, no Novo Testamento, atinge o0 seu alto desenvolvi-
mento no livro profético de Apocalipse. No Apocalipse de João,
há anjos por todas as partes: Ap 1.1, do começo ao fim, em
22.16.
6) ROMANOS: 8.38;
35
8) GÁLATAS: 1.8; 3.19; 4.14;
9) COLOSSENSES: 2.18;
36
Segundo Gaebelein “Deve ser observado, porém, que a-
pesar de serem os anjos chamados filhos de Deus, nunca são
chamados filhos do Senhor. No hebraico, sempre aparecem co-
mo Benai Elohim (Elohim é o nome de Deus como Criador) e
nunca Benai Jeová. Os Benai Jeová são os pecadores redimidos
e trazidos à relação filial com Deus, por meio da redenção.
Os Benai Elohim são seres caídos, filhos de Deus em vir-
tude de criação. Os anjos são os filhos de Deus da primeira cria-
ção; os pecadores, salvos pela graça, são os filhos de Deus da
nova criação”. Que o título “filhos de Deus” se restringe a anjos,
no Antigo Testamento, é a posição tomada por Josefo, Filo Ju-
deus e os autores do “Livro de Enoque” e do “Testamento dos
Doze Patriarcas”, de fato era a posição geralmente aceita pelos
Judeus eruditos dos primeiros séculos da érea cristã.
Quanto à Septuaginta, todos os manuscritos traduzem o
hebraico “filhos de Deus” por “anjos de Deus” em Jó. 1.6 e 2.1,
e, por “meus anjos”, em Jó. 38.7; passagens em que não havia
qualquer razão dogmática para que o texto fosse corrompido.
Segundo Pember, “Na genealogia de nosso Senhor, no
evangelho de Lucas, Adão é chamado de filho de Deus. Também
é dito que Cristo dá aos que o recebem o direito de se tornarem
filhos de Deus. Pois esses são de novo gerados pelo Espírito de
Deus, quanto ao seu homem interior, mesmo nesta vida presente.
E, por ocasião da ressurreição, os homens redimidos se-
rão revestidos de um corpo, um edifício formado por Deus; pelo
que serão em todos os aspectos. Iguais aos anjos, sendo uma
criação inteiramente nova”.
37
A ORIGEM DOS ANJOS
38
Deve ter sido por ocasião desta criação original, que
Deus criou essa classe de seres que chamamos anjos. Tudo foi
criado por Deus na pessoa de seu Filho, e para Ele, inclusive as
coisas invisíveis e visíveis, os tronos, os domínios, os principa-
dos e os poderes invisíveis (Cl. 1.16).
“Nas belas palavras, com as quais Jeová respondeu a Jó,
do meio do redemoinho, encontramos numa indicação quanto ao
tempo em que os anjos vieram à existência: “Onde estavas tu,
quando eu lançava os fundamentos da terra... Quando as estrelas
da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam-se todos os
filhos de Deus?” (Jó. 38.4-7). Que Jeová se refere aqui a criação,
está perfeitamente claro. Portanto, já existiam os anjos quando
Deus lançou os fundamentos da terra, quando ele a criou no
princípio. E ao contemplarem as maravilhas de sua criação, cla-
maram eles de júbilo”.
39
Os anjos, em sua forma comum, são espíritos sem corpo
físico. Isso, entretanto, não nega a possibilidade de sua materia-
lização. E isso faz com que eles sejam um pouco superiores ao
homem (Sl. 8.4,5 e Hb. 2.6,7).
“Não são todos eles espíritos ministradores enviados para
serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb. 1.14).
Alguns escritores renomados, especialmente da Idade Média,
discutiram bastante quanto a forma corpórea dos anjos. Chega-
ram a fazer perguntas entre si: “Os anjos são espirituais a ponto
de serem absolutamente imateriais como Deus?” “Ou estão re-
vestidos de uma refinada estrutura material?”.
As opiniões, tanto dos antigos quanto dos modernos co-
mentadores, estão muito divididas neste assunto; porém, as Es-
crituras mostram, à luz de cada contexto, que os anjos são de
fato seres espirituais. Este fato, entretanto, não impede sua trans-
figuração quando se faz necessária; pois, os espíritos humanos
no estado eterno, embora desincorporados, têm seu relaciona-
mento com o homem em forma humana material: Moisés, no
monte Santo; e também Elias, foram vistos assim. Os anciãos,
que apareceram a João no apocalipse, tinham também forma
humana (Ap. 5.5).
Martinho Lutero, grande reformador protestante, define
os anjos da seguinte forma: “O anjo é uma criatura espiritual
sem corpo (físico), criada por Deus para o serviço da cristandade
e da Igreja”.
40
Os anjos foram criados com um corpo espiritual. Pois há
“corpo Espiritual” e corpo material (1 Co. 15.44); quando se fala
dos homens se diz que são “carne” Gn. 6.3; Jo. 3.6. Os anjos não
possuem um corpo material, carnal, com forma, mas um corpo
espiritual, que é acompanhado de luz e de glória celestial (Sl.
104.4; Ez. 1.13).
41
Quanto à aparência dos anjos, veja a descrição bíblica:
“Então a mulher entrou e falou a seu marido, dizendo: Um ho-
mem de Deus veio a mim, cuja vista era semelhante à vista dum
anjo de Deus, terribilíssima” (Jz. 13.6). O evangelista Mateus diz
que o anjo que presenciou a ressurreição do Nosso Senhor tinha
“... o seu aspecto... como um relâmpago...” (Mt. 28.3). Billy
Granham diz em seu livro “Anjos, os agentes secretos de Deus”
que, segundo parece, os anjos têm a capacidade de mudar a apa-
rência e de se transportarem num relâmpago da suprema corte do
Céu para a Terra, e retornar numa fração de segundos.
Quanto à estatura, a Bíblia não fornece maiores detalhes;
mas nos leva a entender que há uma certa categoria “maior” que
a estatura humana (Salmos 8.5) e outra “menor” que a estatura
humana (Ap. 21.17)
42
rência aos anjos (Dn. 8.16,17; Lc. 1.12,29,30; Ap. 12.7; 20.1 e
22.8,9). Os nomes dos anjos são poucos e limitados nas Escritu-
ras, mas os que são dados parecem ser nomes masculinos: Ga-
briel, Miguel, Satanás, Abadon, Apolion. As Escrituras, não obs-
tante, ensinam que o casamento não é da ordem ou do plano de
Deus para os anjos. Portanto, fica subentendido que há sexo, no
sentido de gênero. Ou seja, quanto ao gênero, são masculinos.
43
O CARÁTER DOS ANJOS
45
Enquanto faziam isto, com duas asas voavam, com duas
cobriam o seu rosto em reverência, e com duas cobriam os pés,
para esconder o próprio trabalho (Is. 6.2). Os anjos não aceitam
para si nenhuma forma de louvor e de adoração (Ap. 19.10;
22.8,9); pois sabem que só Deus deve ser adorado (Ap. 22.10).
Por isso, todo tipo de culto aos anjos é totalmente errado (Cl.
2.18). Os anjos ainda usam uma linguagem própria, que a Bíblia
chama de “língua dos anjos” (1 Co. 13.1).
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Os Anjos São Sábios
47
Os Anjos Têm Emoções
48
A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS OU
HIERARQUIA ANGELICAL
Anjo do Senhor
49
Veja também a identificação que Jacó fez do Anjo com o
Próprio Deus (Gn. 32.30; 48.16). Não se pode evitar a conclusão
de que este anjo misterioso não é outro senão o Filho de Deus, o
Messias, o Libertador de Israel, e que seria o Salvador do Mun-
do. Portanto, o “Anjo do Senhor” não é um ser criado.
Arcanjo
50
No Antigo Testamento, Miguel aparece como Príncipe de
Israel (Daniel 12.1). Já no Novo Testamento, Miguel aparece
discutindo com o Diabo e dizendo-lhe: “ O Senhor te repreenda”
(Judas 1.9); e, posteriormente, trava uma grande batalha com o
dragão e vence o Diabo nesta peleja (Ap. 12.7).
Gabriel
51
Gabriel é primordialmente o mensageiro da misericórdia
e da promessa Divina. E a ele é confiada a entrega das mensa-
gens mais elevadas e importantíssimas em relação ao reino de
Deus (Daniel 9.21 e Lucas 1.19,26).
Anjos Eleitos
52
Anjos das Nações
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Querubins
54
Leia estas passagens bíblicas: Ezequiel 1.5,15 e 10.1; Gn.
3.24; Êxodo 25.20; 26.1,31; Hebreus 8.5; 9.5,23. Alguns dos
escritores paralelos do pós-exílio concebiam os “Querubins”
como sendo “animais mitológicos”, que servem de cavalgadura a
Jeová (Salmos 18.10,11) e sentinelas, que vedam o acesso dos
mortais à divindade (Gênesis 3.24). Guardiões.
Os Serafins
55
Embora expressem a santidade divina, que requer que os
pecadores se aproximem de Deus somente por meio de um sacri-
fício, que realmente vindique a santidade de Deus (Rm. 3.24-
26), e que o crente seja primeiro purificado antes de servir; Gê-
nesis 3.22-24 mostra a existência dos primeiros e Isaías 6.1-6 a
dos segundos”.
Os serafins cultuam a Deus nos umbrais eternos, porém,
como os demais anjos, são sujeitos à autoridade de Cristo (He-
breus 1.6). A Ele, e por Ele, estão sujeitas todas as autoridades e
potências. As especulações humanas não compreendem muitas
vezes o vasto mundo espiritual e invisível, onde se movimentam
inúmeros exércitos organizados e preparados, à disposição do
seu Criador (Salmos 103.20). Seja como for, os mensageiros de
Deus estão por toda parte!
56
A Criação Espiritual
A Criação Material
57
Porém, no momento o que nos interessa é a primeira Or-
dem da Criação; ou seja, a Criação Espiritual. Em Colossenses
1.16, o apóstolo Paulo, falava da Organização do mundo espiri-
tual, apresenta quatro classes de seres espirituais, das quais fa-
zem parte os querubins e os serafins.
Tronos
Dominações
58
Principados
59
Potestades
60
OS ANJOS COMO AGENTES DE DEUS
61
Os anos viajantes que apareceram na tenda de Abra-
ão e sua mulher, anunciaram que Sara teria um filho
(Gn. 18.1-13);
62
No seu nascimento (Lc. 2.13);
63
Um anjo abriu as portas da prisão para Pedro e
João (At. 5.19);
64
Os anjos vigiam os interesses de Deus na nossa vida. O
escritor C. Leslie Miller diz, em seu livro Tudo sobre os an-
jos”, que o texto de Hebreus 1.14 significa “um serviço especial
de entregas do céu”, como uma das atividades mais comuns dos
anjos de Deus. O autor da carta aos hebreus chega a aconselhar:
“Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por elas alguns, não
o sabendo, hospedaram anjos” (Hb. 13.2). Ora, esse texto mostra
que os anjos de Deus estão interessados em nós e vigiam nossos
passos com especial cuidado, pois somos filhos de Deus (Salmos
34.7).
65
No Antigo Testamento
66
No Novo Testamento
Exemplos:
67
OS ANJOS MAUS
Vejamos:
69
O remédio que Deus apresentou, quando houve a queda
do mundo angelical, foi condenar os rebeldes perpetuamente
(Judas 1.6 e 2 Pedro 2.4). Porém, para os que “permaneceram
fiéis a Deus” e mantiveram sua integridade pessoal e lealdade a
Deus, foram confirmados em santidade perpetuamente, e decla-
rados por Deus “anjos eleitos” (1 Timóteo 5.21). Mas, faltava
ainda a semelhança de condenação do “chefe da rebelião”. Isso
não tardou, pois quando Deus fez a segunda Criação (a Huma-
na), lá estava “ele” novamente incitando aquela nova criação
contra Deus.
Porém, Deus apresentou também o remédio: Para o ho-
mem caído, Deus apresentou um Salvador (“O Descendente da
Mulher”); mas, para Satanás (o “agente da tentação”), Deus la-
crou a sua sentença e apresentou o remédio: “O Descendente da
Mulher lhe ferirá a cabeça” (Gênesis 3.1-15).
70
A ORIGEM E QUEDA DE LÚCIFER
Sua Existência
72
Provavelmente, o Segundo personagem do texto, o rei de
Tiro (Ez. 28.11-19), se refere em parte a um monarca ilustre e,
parcialmente, a um personagem sobrenatural, é geralmente acei-
to pela maioria dos teólogos, que o rei de Tiro deve ser represen-
tado e reputado como tipo de encarnação de Satanás, e que os
versículos 11-19 são uma descrição do caráter, da posição e da
apostasia originais de Satanás.
Segundo o comentador Fat: “ Apesar de que essas pala-
vras tenham sido dirigidas ao rei Tiro, sem dúvidas elas visavam
Satanás, o instigador do pecado do rei de Tiro. O rei de Tiro
nunca esteve no Éden, nem qualquer outro homem, desde que ali
Adão foi expulso. Também se pode notar que o Éden, aqui des-
crito, já existia antes do Éden de Adão, sendo notório por sua
beleza mineral, ao passo que o Éden de Adão era notório por sua
beleza vegetal, onde Deus criou toda árvore bela para olhos e
boa para produzir fruto.
Satanás não apenas esteve no Éden, mas esteve ali na
qualidade de “querubim ungido”, o querubim investido de auto-
ridade, e por isso a nomeação divina: “te estabeleci”. O versículo
15 não poderia ser aplicado a homem algum, e estar ao mesmo
tempo em harmonia com o resto das Escrituras. Pois desde a
queda, “todos os homens tem sido concebidos em pecado, e
formados em iniquidade”. Dentre as características originais de
Lúcifer, podemos:
73
Criado perfeito em sabedoria e beleza (Ezequiel
28.12). A grande verdade dessa expressão é que
Lúcifer é um ser criado por Deus; e que a presun-
ção dessa criatura em querer elevar-se acima do
Todo-Poderoso, jamais o colocaria em igualdade
com seu Criador.
74
Cauda da Queda de Lúcifer
75
“Eu subirei ao céu”;
76
Como agente da tentação, Satanás passou a ser também
toda a “expressão do mal”.
Sua Natureza
Vejamos:
77
Seu Caráter
78
Sua Posição Atual
79
Segundo o comentador bíblico Chafer “Tem-se afirmado
às vezes que a presunção de possuir a terra era mentira, uma vez
que as Escrituras desmascaram Satanás como mentiroso. Essa
conclusão é inadmissível, pelo menos por duas razões: Se ele
não possuísse os reinos que oferecia, não haveria essa oferta-
tentação; ademais, se a presunção não tivesse base, o filho de
Deus não teria desmascarado em seguida”.
Quando Deus criou o homem (Gênesis 1.26-28), deu-lhe
o domínio deste mundo. Porém, após a queda, o homem perdeu
este domínio, a partir do momento que ele preferiu obedecer ao
Diabo e desobedecer a Deus (Gênesis 3.1-17). Mas graças a
Deus que “por meio da obediência de um (Jesus), muitos se tor-
naram justos” (Romanos 5.19). E, por isso, existe uma grande
“expectativa da criação” de voltar ao seu estado original (Roma-
nos 8.19-22). Quando então o “príncipe deste mundo será expul-
so” (João 12.31).
80
1. Sua Presente Habitação
81
Sua Obra
82
Apossa-se dos homens (João 13.27; Efésios 4.27).
O Destino de Satanás
83
– Julgado no Éden – No jardim do Éden, foram aplica-
dos dois juízos ao diabo: O primeiro foi um juízo redentivo. Esse
juízo redentivo está na ação da “Semente da mulher” (Jesus),
que, depois de pisar a cabeça da serpente (o Diabo) e de ser feri-
do por ela, conquistou, pela sua obra no calvário, a redenção do
homem sob o domínio do pecado (Gn.3.15 e Gl. 4.). O segundo,
foi um juízo vingativo. Esse juízo vingativo foi decretado contra
Satanás, personificado na serpente, com sentença inapelável:
“esta te ferirá a cabeça”. A execução dos juízos divinos contra
Satanás teve início na obra do Calvário, através de Jesus (“a mu-
lher da serpente”).
84
– Julgado Na Segunda Vinda Pessoal De Cristo – Nes-
se período, Satanás sofrerá uma “dupla derrota”: a primeira será
durante a Batalha do Armagedom quando os seus dois associa-
dos (a Besta e o Falso Profeta) serão lançados no “lago de fogo”
(Ap. 19.20). E a segunda derrota é quando o próprio Satanás (a
“antiga serpente”) será lançado no abismo e aprisionado por mil
anos (Ap. 20.1-3).
85
OS ANJOS CAÍDOS
86
OS DEMÔNIOS
Sua Origem
87
Seja como for, tanto no Antigo Testamento quanto ao
Novo Testamento, a Bíblia fala da existência dos demônios, são
outros seres espirituais do mundo tenebroso (Lv. 17.7; 2 Cr.
11.15; Dt. 32.17; Sl. 106.37). O termo no original é “as’ir” que
significa “cabeludo” e aponta para os demônios como sátiro (A-
pocalipse 9.8; 16.11; Mt. 4.22; 8.16., 28, 33; Mc. 1.32;
5.15,16,18; Lc. 6.18; 9.39; At. 8.7; 16.16; 1 Co. 10.20; Tg. 2.19
etc.).
Sua Natureza
88
A natureza intelectual dos demônios.
(Mt. 10.1; Mc. 1.27; Lc. 4.36; At. 8.7 e Ap. 16.13). Ha-
verá algum princípio de moral dos demônios? Há um fato que
devemos analisar: os demônios, em seu estado original, antes da
queda, foram criados santos e para o serviço de Deus. Porém,
por seu livre arbítrio, rejeitaram a luz e proferiram Satanás. Con-
sequentemente viraram inimigos de Deus e de sua obra.
Como anjos decaídos, a Bíblia atesta a total depravação e
baixeza moral deles, pelas suas obras más produzidas no mundo
dos homens. Sua decadência moral é identificada na Bíblia, a
ponto de eles serem chamados “espíritos imundos”.
89
Suas Obras
91
O Senhor Jesus Cristo prometeu estar conosco todos os
dias até a consumação dos séculos, e confirmar a ´palavra por
meio de sinais (Mc. 16.20 e Mt. 28.20). Esses sinais foram con-
firmados no ministério dos Apóstolos (At. 5.15,16 e At.
16.17,18). Ele quer confirmar estes sinais ainda hoje (Hb. 13.8).
92
Porém, o Senhor Jesus afirmou que o inferno foi prepa-
rado para o eterno castigo dos anjos maus (Mt. 25.41). Tanto a
primeira categoria de anjos caídos, como a segunda categoria
estão conscientes de sua condenação eterna (2 Pe. 2.4 e Jd. 1.6).
E, conforme Mateus 8.28,29 e Marcos 1.23,24, percebemos os
demônios conscientes de que serão destruídos e lançados no A-
bismo.
Portanto, eles já sabem qual será o seu destino e a sua
condenação futura. Provavelmente, os anjos caídos e os demô-
nios serão lançados no lago de fogo e enxofre, no mesmo dia que
o “chefe deles” será lançado, por ocasião da última revolta de
Satanás (Ap. 20.7-10).
93
OS ANJOS DE DEUS NA CONSUMAÇÃO
DOS SÉCULOS
94
Na Ressurreição dos Mortos em Cristo
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Na manifestação Pessoal de Cristo
96
Na Eternidade
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
100
PESOS E MEDIDAS BÍBLICAS
Pesos bíblicos
Moedas bíblicas
104
Tetradracma (Mateus 26:15 – ou “Moedas de Prata“): era
uma moeda grega de prata, e correspondia a 4 Dracmas ou 4
Denários.
Estáter (Mateus 17:27): era uma moeda grega de prata, e
correspondia a 2 Didracmas ou 4 Denários.
Medidas bíblicas
105
Medidas de Capacidade para Secos
106
Coro (Esdras 7:22) ou Ômer (Ezequiel 45:11): 10 Efas, e o
equivalente atual é de 176,2 litros.
107
Coro (1 Reis 5:11): correspondia a 10 Batos, e o equivalente
atual é de 208,2 litros.
Medidas de Comprimento
108
Côvado (Gênesis 6:15 – unidade básica): correspondia a 2
Palmos, e o equivalente atual é de 44,4 cm. Essa medida é a
distância entre o cotovelo e a ponta do dedo médio. Em al-
gumas referências bíblicas o Côvado possui outras medidas,
como em Ezequiel 43:13, onde o Côvado equivale a 51,8 cm,
pois se soma um Côvado mais Quatro Dedos. Em consequên-
cia, a Cana em Ezequiel 41:8 equivale a 3,11 m, pois é igual a
6 Côvados de Ezequiel.
Medidas de Distância
Tiro de Pedra
(Lucas 22:41): o equivalente atual é de 20 a 30 m.
Tiro de Arco
(Gênesis 21:16) o equivalente atual é de 100 a 150 m.
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Jornada de um Sábado
(Atos 1:12): correspondia a 2.000 Côvados, e o equivalente atual
é de 888 m.
Jornada de um Dia
Estádio Romano
(Lucas 24:13): o equivalente atual é de 185 m.
Milha Romana
(Mateus 5:41): correspondia a 8 Estádios, e o equivalente atual é
de 1.479 m.
110
Medida de Área
Jeira (1 Samuel 14:14): área que uma junta de bois podia arar
em um dia, e equivale mais ou menos um quarteirão quadrado
com 50 m de lado, o que representa 2.500 m².
Medida de Tempo
111
Noite: 12 horas, contadas do pôr do sol até o seu nascer (Gê-
nesis 7:4).
Dia: 12 horas, contadas do nascer ao pôr do sol (Gênesis 7:4),
ou, dependendo da referência, 24 horas, de um pôr do sol até
outro (Êxodo 20:8-11).
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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GRADES DE MATÉRIAS POR CURSO
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