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Processamento e Filmes Radiológicos 1

FILME RADIOGRAFICO

Atualmente, a radiografia convencional pode ser considerada quase


como um tipo de fotografia, já que utiliza um material sensível à luz para fazer o
registro da imagem. Assim, a radiografia e a fotografia caminharam juntas
desde o início do século 20. Isto inclui o início de tudo, com as placas
fotográficas úmidas que foram substituídas pelas placas secas.
Porém, no início da utilização da radiologia como meio de diagnóstico
médico, o filme foi pouco utilizado, pois não era eficiente na captura da imagem
radiográfica. Na realidade, o que mais se praticou durante os primeiros anos da
radiologia médica foi a fluoroscopia — visualização instantânea da anatomia
humana. O filme radiográfico era apenas uma forma de preservar a imagem
para que pudesse ser avaliada mais tarde, o próprio Roentgen via nas placas
fotográficas secas um meio interessante para o registro das imagens mais
significativas geradas com a radiação X durante o exame fluoroscópico.
Em 1896, no entanto, as placas fotográficas secas que eram fabricadas
não conseguiam absorver o feixe de raios X. Assim, qualquer imagem só era
obtida a partir dc uma hora dc exposição à radiação. Apesar disso, a imagem
possuía pouca densidade ótica e baixo contraste. Por isso, era comum na
época a realização de uma fotografia da imagem radiográfica, já que o papel
fotográfico possuía maior contraste. Assim, a imagem ficava invertida em
termos de tons de cinza (os ossos eram negros e as partes moles, brancas).
Mas o que deixava dúvida entre os radiografistas da época era o real efeito dos
raios X sobre a emulsão fotográfica. Fosforescência da substância, ação direta
dos raios X sobre a prata ou uma reação desconhecida? Durante muito tempo
estas foram a dúvidas que cercaram os cientistas da época. Alguns chegaram
a sugerir a utilização do Celulóide (marca registrada do composto de piroxilin
com cânfora) por possuir maior fluorescência que a placa de vidro.

Placa Fotográfica

A primeira placa, ou ―chapa‖, feita especialmente para o propósito


radiográfico foi provavelmente produzida por CarI Schleussner, um fabricante
alemão de placas fotográficas, Estas placas foram feitas a pedido do próprio
Roentgen, que solicitou uma quantidade maior de emulsão de brometo de
prata. Estas placas logo se tornaram populares tanto nos Estados Unidos
quanto na Europa pela sua grande densidade fotográfica.
A primeira placa feita na América para uso radiográfico foi fabricada pela
cooperação de dois pesquisadores: John Carbutt e Arthur Goodspeed, em
fevereiro de 1896. O produto era conhecido como ―a placa de raios X de
Roentgen‖ e possuía uma emulsão de prata mais grossa e concentrada do que
os filmes convencionais. Este detalhe permitia a redução drástica do tempo de
exposição. Uma radiografia de mão passou a ser realizada em 20 minutos,

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contra mais de uma hora com os filmes fotográficos típicos. Passados alguns
meses, inovações técnicas nos equipamentos radiográficos, juntamente com a
melhoria das placas radiográficas, fez com que este tempo se reduzisse para
alguns poucos segundos.
Com um tempo entre 30 e 60 segundos, algumas anatomias
espessas do corpo podiam ser radiografadas. Porém, as emulsões e as placas
ainda eram consideradas muito ―lentas‖ (pouca sensibilidade).
Segundo o fabricante John Carbutt, as características que uma placa
radiográfica deveria ter eram ―uma sensibilidade média, um bom corpo de
emulsão, a capacidade de absorver os raios X, contudo, dando maior
detalhamento e perspectiva para os ossos‖. Uma grande quantidade de
experimentos foi realizada em cima de métodos concebíveis para o incremento
da velocidade das emulsões. As placas secas eram imersas, antes da
exposição, em soluções de cloreto de ferro ou nitrato de urânio, porém sem
resultados efetivos nas imagens. O aquecimento das placas ou sua imersão
em soluções de sais fluorescentes apenas resultaram na perda de
sensibilidade e produção de um véu (borramento), desqualificando as placas.
Na Inglaterra, Alan Archibald Campbell Swinton misturou tungstato de
cálcio (CaWO e fluorspar em pó na emulsão de prata, porém, só obteve uma
imagem muito mais granulada e sem melhoria na velocidade da placa
radiográfica. Já em 1896, aqueles que se aventuravam em trabalhar com os
raios X possuiam uma série de placas radiográficas, pois cada fabricante
reivindicava para si a emulsão com melhor sensibilidade. Alguns chegavam a
afirmar que se uma placa era pouco sensível à luz, então seria muito sensível à
radiação, e vice-versa, mesmo quando a convicção na época era a de que
emulsões rápidas (sensíveis) para luz, também seriam rápidas para os raios X.
Os tipos predominantes de emulsões recomendadas e utilizadas nos
primórdios da radiografia eram as ortocromáticas, úteis por causa da sua
sensibilidade a fluorescência verde-amarelada da tela de platino-cianureto de
bário; o colódio, uma emulsão úmida, que era pouco afetado pelos raios X;
misturas de emulsões gelatinosas de brometo de prata com pequenas
quantidades de cloreto ou iodeto de prata; e emulsões puras de cloreto de
prata, sem utilidade. O único consenso que havia na época era que a
espessura da emulsão, independente da cor que era sensível, deveria ser mais
grossa que a utilizada em fotografia e conter mais prata.
O maior problema no processamento do filme exposto era obter uma
adequada densidade ótica. As radiografias naquele tempo eram finas e com
pouco contraste. Para superar esta dificuldade e diminuir o tempo de
exposição, para tornar esta ―nova fotografia‖ de valor prático, placas e gelatinas
ou imescelulóides eram cobertos com várias emulsões. Esta técnica permitia
aumentar o nível de detalhamento e contraste da imagem em relação ao filme
placa de emulsão simples. Algumas placas e filmes eram manufaturados com
emulsão nos dois lados da base. Os raios passavam através da base e, no
verso dos filmes, afetavam a emulsão em ambos dos lados com a mesma

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intensidade dc forma que a imagem de um lado era ―reforçada‖ pela imagem do


outro lado. Assim, a densidade da imagem era dobrada e melhorava o valor
diagnóstico da radiografia. No tanto, com as placas, a absorção dos raios X
pelo vidro produzia uma densidade menor no lado oposto do tubo, se
comparada com a maior densidade do lado que recebia primeiro a radiação.
Apesar de todos os problemas, as placas de vidro eram muito populares.
A própria fragilidade do vidro dificultava o manejo, empacotamento e
transporte, além do seu peso. Uma placa de 14‖ x 17‖ ,56 cm x 43,1 8 cm)
pesava quase 1 Kg. Comparada com um filme atual de mesmo tamanho, cerca
de 43 gramas, houve uma redução de mais de 20 vezes. O preço das placas
também não era barato. (Uma placa com estas dimensões custava na época
US$ 1,00 mais de USS 100,00 nos dias de hoje), um bom terno masculino
custava US$ 7,00, um par de sapatos por US$3,00 e a carne era vendida a
US$ 0,33.
Os defeitos durante a manufatura das placas eram um problema crítico
porque afetavam diagnóstico médico. Durante um encontro da Sociedade
Americana dos Raios Roentgen, em 1902, e com Wolfram Fuchs, discursando
sobre o diagnóstico do cálculo renal, afirmou:

“Eu ainda não encontrei um fabricante de placas cujos produtos não


tenham qualquer defeito. Após o negativo ser processado, nós encontramos
manchas em todo lugar. As pedras mais difíceis de se localizar são as
menores. As grandes você as vê à distância. Pegue uma pedra muito pequena,
por exemplo, nesta radiografia. Você pode ver nitidamente o contorno do rim e
a sombra mais escura no centro, com muitas manchas mais escuras
espalhadas. Elas são visíveis até pelo paciente e isto não é bom. Eu
normalmente uso duas placas, uma em cima da outra, e exponho-as ao mesmo
tempo com o envelope envolta delas. Desta forma, embora as manchas
(artefatos) ainda irão aparecer na placa, mesmo assim as manchas não estão
no mesmo lugar em ambas as placas. Desse jeito, você pode superar as
dificuldades dos defeitos das placas. Eu já falei com fabricantes de placas
experientes sobre isto e eles reconhecem isto, eles tentam remediar o
problema, mas não conseguiram, pelos menos ainda, superá-lo.”

As placas fotográficas para radiologia inicialmente eram inseridas em


envelopes a prova de luz e seladas. No entanto, descobriu-se que as placas se
deterioravam pela interação entre os químicos do papel e da emulsão. Isto
levou ao desenvolvimento de envelopes duplos separados, com o operador
carregando a placa radiográfica de acordo com a necessidade, primeiro num
envelope preto e depois num envelope de cor laranja ou vermelha para
proteção.
Na realidade, a qualidade diagnóstica da maioria destas radiografias era
simplesmente confinada a descrição de aparências grosseiras. A presença do
borramento devido a radiação secundária e a granulariedade da imagem

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quando as telas intensificadoras eram utilizadas sempre desencorajaram o


registro fotográfico das imagens radiográficas. isto resultou na crescente
aceitação da fluoroscopia e influenciou muito no atraso da produção de
materiais fotográficos mais sensíveis. Já em 1901, como 3 milhões de placas
foram utilizadas para radiografias, porém, a produção de placas especialmente
manufaturadas para o radiodiagnóstico era limitada e cerca de 75% do volume
de radiografias foram realizadas com placas fotográficas comuns.

Filme radiográfico

Quando Roentgen escreveu seu artigo descrevendo a descoberta dos raios X,


já citou a utilização de placas ou filmes para o registro das imagens produzidas
pela radiação. No entanto, inicialmente o filme radiográfico foi muito pouco
utilizado. Em 1896, o ―Transparent Film - New Formula‖ da Eastman (Kodak)
com base celulósica ainda era fabricado e ocasionalmente utilizado na
radiografia. Na Inglaterra, outro fabricante de filmes radiográficos, San dell
Plate Company desenvolveu dois filmes cuja base era gelatinosa, ao invés de
usar celulóide. Eles eram feitos com duas camadas de emulsão, uma rápida e
outra de velocidade normal, que eram depositadas sobre vidro e depois
retiradas.
Os filmes eram fornecidos em pacotes de envelopes escuros, difíceis de
processar e muito lentos (sensibilidade) se comparado às placas rápidas.
Nem o filme à base de gelatina quanto o de celulóide eram aceitos por
causa de suas tendências em enrolar e riscar, porém tinham a vantagem de
serem finos e poderem ser utilizados com uma ou duas telas intensiticadoras,
com a conseqüente redução na exposição. Deve-se lembrar que os filmes não
quebravam como as placas de vidro.
Antes da 1ª Guerra Mundial, o vidro utilizado nas placas fotográficas era
obtido da Bélgica. O ataque alemão à marinha mercante Aliada e a invasão da
Bélgica logo cortaram esta fonte. A procura por vidro para os propósitos
fotográficos tornou-se um problema sério. A demanda por placas radiográficas
nos hospitais do Exército tornou-se tão grande que era impossível atendê-los.
Mesmo quando se conseguiam as placas, seu tamanho e fragilidade faziam-
nas de difícil transporte sem quebra. Com este cenário a frente, fez-se
necessário obter uma solução que utilizasse outra base para a emulsão em
substituição ao vidro.
A nova base deveria suportar a película de emulsão sem deformar e ser
flexíveis transparentes como o vidro. A única solução era adaptar a base de
nitrato celulósico utilizado na manufatura de filmes fotográficos.
Conseqüentemente, em 1914, a empresa Kodak lançou um filme radiográfico
de face simples com uma sensibilidade maior que qualquer outro filme ou placa
radiográfica até então disponível. Entre tanto, este filme não era ainda o ideal,
pois facilmente enrolava-se e era difícil de ser processado em bandejas.

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O uso de equipamentos radiográficos portáteis em campo durante a 1ª


Guerra Mundial demandou uma grande eficiência e velocidade dos filmes
radiográficos. Esta necessidade acelerou o trabalho de pesquisa de um filme
com emulsão em ambos os lados e de base transparente que tornasse
possível o uso da técnica de duas telas intensificadoras. Finalmente, em 1918,
o filme radiográfico ―Dupli-Tize‖ (dupla emulsão) da Kodak estava disponível. A
técnica da tela dupla usando filmes com dupla emulsão soltou um aumento
enorme na velocidade e tornou possível o uso do diafragma de Poner-Bucky no
controle da radiação espalhada. A melhoria na qualidade diagnóstica das
radiografias resultantes foi um fator insignificante no crescimento da radiologia
neste período. Os filmes radiográficos cobertos em ambos os lados de uma
base transparente transformou todas as outras formas de registro da imagem
radiográfica obsoletas da noite para o dia. Apesar disso, a introdução do filme
não era tarefa fácil, pois havia anos de preconceito a ser superado. Os
radiografistas estavam tão acostumados com as placas de vidro que levou
tempo para convencê-los que o filme oferecia algumas vantagens significativas.
Novos chassis e outros tipos de acessórios tiveram que ser inventados. A
prática corrente de processamento em bandejas era um empecilho a rápida
adoção dos filmes de dupla- face. Poucos laboratórios usavam tanques
profundos para o processamento vertical de placas e estavam habilitados a
mudar rapidamente logo que se tornassem disponíveis presilhas para os filmes.
Em 1923, um filme radiográfico mais rápido (sensível) foi desenvolvido.
Ele permitia a redução radical do tempo de exposição ou a diminuição da
tensão com conseqüente desgaste menor e fissuras nos tubos e demais
acessórios. A base deste filme, como seus predecessores, era o nitrato
celulósico. Contudo, o nitrato celulósico era uma base de filme que sempre
apresentava um grande risco de incêndio. Os próprios hospitais e laboratórios
reconheciam o perigo devido aos vários incêndios causados pelo manejo
descuidado e armazenagem incorreta dos filmes. Apesar de esforços intensos,
a pesquisa por um material menos inflamável foi infrutífera até 1906, quando foi
descoberto que o acetato celulósico poderia servir como base para ―filmes
seguros‖, especialmente para uso no cinema. O valor de se fabricar filmes
radiográficos a partir desta substância não foi considerado seriamente naquele
tempo devido ao uso universal das placas de vidro.
A produção real da base de acetato celulósico útil requeria muitos anos
de pesquisa e desenvolvimento. Problemas que tinham de ser solucionados
incluíam a eliminação de impurezas, redução da fragilidade, melhoria da
claridade e aumento da resistência. Grandes passos foram dados no processo
de recuperação dos subprodutos gerados pela reação química de produção do
acetato celulósico, o que permitiu que o preço se mantivesse baixo, Além
disso, a 1ª Guerra Mundial providenciou um grande incentivo para a produção
de acetato celulósico para usos além dos propósitos fotográficos. Este grande
consumo tornou possível o aumento acentuado do conhecimento em relação à
manufatura eficiente do acetato celulósico. Finalmente, um filme radiográfico

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em base segura de acetato celulósico foi produzido e vendido pela Kodak em


1924, No entanto, por que este novo filme ainda tinha tendências de enrugar-se
e mofar, além do preço maior, os filmes inflamáveis continuaram a ser
amplamente utilizados e acumulando-se em grandes quantidades nos hospitais
e clínicas radiológicas. Em 1929, um desastre ocorreu com o incêndio nos
filmes da Clínica Cleveland onde matou 124 vidas. Desde então, um filme de
acetato celulósico melhor ficou disponível e o uso da base de nitrato foi logo
descontinuado.
No inicio dos anos 30, foi introduzido o filme Dk2phax, que era
constituído de uma base translúcida com uma emulsão rápida que permitia a
visualização da radiografia frente a qualquer fonte luz. Até então, todos os
filmes radiográficos eram incolores. Em 1933, a Companhia Produtora de
Filmes DuPont adicionou tinta azul a sua base, o que melhorou a qualidade
diagnóstica de seus filmes. Esta prática, desde então, tornou-se padrão por
todos os fabricantes de filmes.
O primeiro filme para exposição direta de raios X (sem tela
intensificadora) foi vendido em 1936 pela Ansco, depois comprada pela Agfa.
Idealizado para ser utilizado em exposições sem telas fluorescentes, este filme
tinha velocidade, contraste e definição melhores que os filmes que utilizavam
telas e foi primeiramente designado para as radiografias de extremidades.
Quatro anos mais tarde, a Kodak introduziu os filmes radiográficos Blue Drand
que eram revestido com um novo tipo de emulsão que lhe conferia maior
velocidade e contraste e podia ser utilizado tanto para exposição direta quanto
com telas.
Em 1960, 10 anos após sua introdução na fotografia geral, o polietileno
teratalato foi introduzido pela DuPon como uma nova base para filmes de raios
X médico, comparado com os ésteres celulósicos, este novo material possui
maior rigidez, maior estabilidade dimensional, baixa absorção de água e
grande resistência a rasgos. A rigidez do polietileno teratalato melhora a
segurança no transporte em processadoras automáticas de rolo e a baixa
absorção de água simplifica a secagem das radiografias. Ainda na década de
60, as bases de poliéster substituíram os filmes de base celulósica para todos
os exames radiográficos comuns.

Estrutura do Filme

Ao analisarmos a estrutura de um filme radiográfico, notamos que este é


composto por uma emulsão fotográfica muito fina (aproximadamente 10 nm) e
uma base plástica transparente (poliéster ou cetato de celulose) que serve para
dar sustentação à emulsão. Esta emulsão está em suspensão em gelatina
fotográfica, o que permite uma melhor distribuição da mesma, não deixando
que ela se deposite na base plástica do filme. A gelatina também protege a
emulsão do contato humano enquanto a imagem não processada.

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Base

A base, ou suporte é o componente que dá sustentação ao material que


será sensibilizado e armazenará a imagem radiográfica. Possui uma espessura
em torno de 180 m. Deve ter algumas características físicas que se referem à
resistência mecânica para atuar como base para a emulsão, possuir boa
estabilidade dimensional (baixa dilatação), além de adequada absorção de
água, facilitando o processo de revelação.
Também é importante que a base seja transparente, pois a imagem é
visualizada pela relação de sombras que ficam configuradas a partir da
iluminação colocada por trás do filme. Um corante é adicionado à base, em tom
azulado, para diminuir o cansaço visual, além de melhorar a percepção dos
contrastes pelo olho humano.

Substrato

É o elemento de ligação entre a base e a gelatina. Uma vez que a base


é feita de poliéster ou celulóide, que são elementos muito lisos e
escorregadios, a gelatina não teria como aderir a estes materiais. Assim, é
colocado uma fina camada de uma substância que funciona como cola entre a
gelatina e a base.

Gelatina

É um composto químico que possui a função principal de manter os


grãos de haletos de prata em suas posições fixas e uniformemente distribuídas.
Outra característica é a de permitir a passagem de água e dos produtos da
revelação por entre os microcristais.

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Elemento sensível à radiação

Este é o elemento principal, pois é o que absorve a radiação e a converte


em imagem, constituída dc uma gama de tons escuros e claros que contêm
informação útil para diagnóstico. Os haletos de prata mais utilizado são os
brometos. Eles são depositados em forma de microristais (da ordem de 1 m
de diâmetro) sobre a base, misturados à gelatina que os mantém em suas
posições relativas. Aos microcristais de brometo de prata é adicionada uma
pequena quantidade de iodeto de prata (até 10%), o que serve para aumentar
a sensibilidade em relação ao uso de qualquer uma das duas substâncias
puras. A figura 3 ilustra a forma dos átomos dentro dos microcriscristais.

Os átomos de prata, bromo e iodo formam uma molécula a partir de


ligações atômicas entre si. A prata possui um elétron na sua última camada

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(O). O bromo e o iodo possuem 7 elétrons nas suas últimas camadas (N e O,


respectivamente). Porém, os átomos são mais estáveis se possuírem 8
elétrons na última camada. Então, a prata cede seu elétron para o bromo ou o
iodo, que se completam. Assim surgem, na molécula do haleto, íons positivos
(Ag+) e íons negativos (Br- ou I-). Como a estrutura cristalina dos haletos não é
rígida, estes íons negativos têm uma tendência a se localizarem na periferia da
molécula, forçando os íons de prata a se deslocarem para o centro. Por causa
disto, a superfície dos microcristais torna-se ligeiramente negativa.
Para que os fótons possam ser realmente capturados pelos haletos de
prata, é misturada uma impureza durante a confecção dos microcristais. Esta
impureza tem por função atrair os elétrons liberados do bromo e do iodo pela
incidência do fóton, dando início à formação da imagem.

Existem algumas teorias sobre como o fóton é capturado e como a


informação da radiação é transformada em imagem. A teoria de Gurney se
baseia na retirada dos elétrons da estrutura atômica dos cristais pelos fotons
incidentes e conseqüente absorção desses elétrons pelos íons livres de prata
no cristal. Esta teoria será melhor descrita no próximo ítem.

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Capa protetora

Trata-se de uma película que cobre a gelatina a fim de protegê-la contra a


abrasão ou o atrito causado pela manipulação do Técnico ou quando em
contato com os rolos da processadora automática, além de evitar o grudamento
entre as folhas dentro da caixa de filmes.

Corante anti-halo

Nos filmes de dupla camada de emulsão, é utilizado um corante especial


na base do filme para evitar o efeito halo. O efeito halo ocorre quando um fóton
de luz além de interagir com os haletos de prata na camada anterior do filme,
também interage com a camada posterior. Ou seja, há uma duplicação da
imagem. Com o corante misturado à base, após o fóton de luz interagir, ou não
com uma camada de emulsão do filme, este não atingirá a camada oposta,
pois o corante irá absorvê-lo.

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Processamento de Sensibilização

Como referido antes, o filme radiográfico possui microcristais que são


sensíveis à radiação X e principalmente á luz produzida pelo ècran, os micro
cristais desse elemento, colocados sobre a base do filme com ajuda da
gelatina, irão reagir à passagem da luz e transformar a imagem aérea, definida
anteriormente, em uma imagem gravada pontualmente em cada um dos
próprios cristais.
Este processo de sensibilização começa quando um fóton de luz oriundo
da tela intensificadora interage com a gelatina e com os microcristàis. Se fóton
de luz perder totalmente sua energia, então ocorrerá uma interação fotoelétrica.
Se apenas parte da energia do fóton for transferida para os átomos do filme,
então ocorrerá uma interação por efeito Compton. Tanto na interação
fotoelétrica quanto no efeito Compton, um elétron do átomo atingido é liberado,
e com muita energia. Geralmente, o átomo de bromo ou iodo, por possuírem
um elétron a mais, são os que ais facilmente liberam elétrons. Este elétron,
agora livre, poderá circular pelas moléculas dos haletos e então se ligar a
qualquer outro átomo. Porém, a inclusão da impureza tem justamente o
objetivo de atrair este elétron livre. Em sua trajetória, o elétron livre poderá
colidir com outros átomos e criar outros elétrons livres. Ao chegarem próximos
da impureza, os elétrons livres acabam criando uma região negativa dentro do
microcristal. O bromo ou iodo, que cedeu seu elétron extra, volta a ser um
átomo neutro. Como a ligação iônica que existia entre a prata e o bromo, ou
iodo, deixou de existir, este átomo, Br ou I, está livre para deixar a estrutura do
haleto dc prata e se misturar com a gelatina.

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Com a formação de uma região eletricamente negativa, os íons de prata,


Ag+ que estão livres pois perderam a ligação iônica com os íons de Br e I, são
atraídos para esta região. Ao chegarem nesta região, os tons Ag-+ se juntam
com os elétrons livres e voltam a ser prata neutra (Ag°), ou prata metálica.
Assim, há uma degradação do microcristal pela dissociação dos haletos de
prata. Esta degradação é tão maior quanto forem os elétrons livres que o
microcristal conseguir liberar, fruto dos fótons que interagiram. A intensidade da
degradação, maior ou menor, é que cria os diferentes níveis de cinza da
imagem, além de facilitar o processo de revelação.

Imagem Latente

Quando o feixe de radiação emerge do paciente e interage com os


elementos sensíveis presentes no filme ocorre um fenômeno físico que faz com
que a estrutura física dos microcristais de haletos de prata seja modificada,

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formando o que se conhece como IMACEM LATENTE. A visualização somente


será possível pelo processo de revelação, que fará com que aqueles
microcristais que foram sensibilizados sofram uma redução de maneira a se
transformarem em prata metálica enegrecida. É importante lembrar que a
imagem já está formada, porém não pode ser visualizada, por isso deve-se ter
cuidado na sua manipulá-la.
Apenas quando a prata for enegrecida, suspensa na gelatina, é que será
a imagem visível na radiografia e se supõe conter as informações acerca das
estruturas irradiadas.

Os filmes são vendidos em caixas de papelão com 100 folhas. O custo


varia de US$ 30,00 para os filmes de menor tamanho, até US 250,00 para os
maiores. No entanto, por dificuldade de manipulação durante a fabricação
(realizada totalmente no escuro), o fabricante pesa a caixa para ter certeza de
que ela contém o número certo de folhas. Por isso, é comum entre os
fabricantes, já que todos os filmes são igual, independente do tamanho, se
referir ao custo de fabricação por peso de filme radiográfico, ou por valor de
área, ao invés do valor unitário por folha ou por caixa.

Tamanhos de Filme

Por uma questão de facilidade de manuseio e confecção de telas


intensificadoras, chassis, porta - chassi, etc, o tamanho dos filmes radiográficos
foi padronizado. Atualmente, existem 10 tamanhos distintos de filmes, a saber:

13 cm x 18 cm 25 cm x 30 cm
15 cm x 30 cm 30 cm x 40 cm
15 cm x 40 cm 35 cm x 35 cm
18 cm x 24 cm 35 cm x 43 cm
20 cm x 25 cm
24 cm x 30 cm

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CLASSIFICALÇAO DOS FILMES RADIOGRAFICOS

Quanto a sensibilidade aos Fótons

O filme radiográfico pode ser classificado quanto à sensibilidade a luz em


não-cromatizados e cromatizados.

 Não cromatizados  filmes sensíveis ao azul.


 Cromatizados  filmes ortocromatico = sensíveis ao verde;
Filmes pancromáticos = sua sensibilidade abrange
todo o espectro de luz.

Quanto ao tamanho dos cristais fotossensíveis

 Filmes rápidos ou de alta velocidade (FAV)

 Camada cristalina mais espessa ou maiores cristais;


 Requer metade do tempo de exposição do FMV;
 Radiografias com aspecto granuloso;
 Ideal para aparelho de baixa potencia < 60 mA.

 Filmes de media velocidade (FMV)

 De uso mais geral


 Excelentes resultados associados a écran de detalhe;
 Menor tempo de exposição do paciente.

 Filmes de baixa velocidade (de detalhe)

 Possuem camada cristalina muito fina, ou


 Pequeníssimos cristais de haletos de prata;
 Uso especializado – estruturas finas –
 Requer o dobro do tempo de exposição que FMV

CUIDADOS COM O FILME RADIOGRAFICO

Devido a sensibilidade do filme radiográfico não exposto (virgem ) a


fatores físicos, químicos e biológicos, alguns cuidados devem ser observados
na armazenagem das caixas fechadas.

 As caixas devem ser armazenadas na vertical, em um local


―impermeável‖ ( blindado) a radiação;
 A umidade relativa do ar do local da armazenagem deve estar entre 30
e 50%;
 A temperatura do local de armazenagem não deve sofrer variações
bruscas e deve estar entre 10 e 21°C;
 As caixas não podem ter contato com nenhum tipo de liquido (água ou
substancias químicas).

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A RESPOSTA DO FILME

Sensitometria

É o estudo e a medição da resposta do filme quanto as mudanças nas


condições de exposição e revelação que afetam a aparência de uma
radiografia. A sensitometria permite traçar a curva característica que representa
as características sensitometricas ( velocidade) de um filme.

Densidade Fotográfica (óptica)

A densidade fotográfica é a medição do enegrecimento do filme. Em


outras palavras, a área do filme de maior exposição á radiação ou luz terá um
aspecto mais enegrecido ou de maior densidade, enquanto a área do filme de
menor exposição a radiação ou luz apresentara um aspecto mais transparente
ou acinzentado, ou ainda de menor densidade.

Curva característica

È um gráfico que mostra uma escala de densidades resultante de uma


serie de exposições de diferentes intensidades em um filme radiográfico. A
curva característica pode ser usada para fornecer informações sobre
sensibilidade relativa, velocidade do filme e sobre seus contrastes.

Véu de base

É a densidade mínima de um filme radiográfico que não foi exposto a


radiação ou a luz dos ecrans. O véu ou véu de base refere-se a densidade do
suporte do filme mais a densidade das camadas de emulsão que não
receberam nenhuma exposição intencional.

TELA INTENSIFICADORA (ÉCRAN)

Introdução

Certas substâncias, se submetidas


a algum estímulo externo (tais como:
calor, ionização, reações químicas),
podem converter a energia absorvida em
radiação eletromagnética no intervalo da
luz visível. Essa conversão de energia é
chamada de Luminescência.
A luminescência é chamada
Fluorescência quando a emissão de
radiação ocorre num intervalo de tempo

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de até 10-8 segundos; se esse fenômeno se der num tempo maior, tem o nome
de Fosforescência.
Algumas substâncias, como o tungstato de cálcio (CaWO4) e oxisulfato de
gadolíneo (Gd2O2S), tornam-se fluorescentes à ação dos RX. A quantidade de
luz emitida é proporcional à quantidade de RX absorvida e, portanto,
proporcional à dose recebida.
Na radiologia convencional o receptor radiográfico consiste de um filme
em contato com uma ou duas telas intensificadoras, já na mamografia o filme
esta em contato com apenas uma tela intensificadora. As telas intensificadoras,
os chamados écrans reforçadores, são acessórios usados em conjunto com os
filmes radiográficos como um artifício para a melhoria do nível de sensibilização
do filme, já que as películas usadas para registro de imagens radiográficas são
muito pouco sensíveis aos raios X.
A vantagem do uso dos écrans é evidente pela grande redução da dose
no paciente, a diminuição da desfocagem por movimento, quando em
exposições muito longas e o aumento da vida útil do tubo, por causa da
aplicação de cargas menores a ampola.

Ecrans de Reforço

 São constituídos por uma substância química, o fósforo que tem a


propriedade de absorver fotons de alta energia (rx) e de os transformar e
devolver como fotons de luz visível. Este processo é conhecido como
Fluorescência
 O ecran atua como um amplificador de imagem convertendo a imagem de
radiação numa imagem composta por fotons de luz.
 Fator de reforço de um ecran – traduz a relação que existe entre
exposição à radiação sem ecrans, em relação à que é requerida com a
utilização de ecrans para obter a mesma densidade na película.

ESTRUTURA DOS ECRANS DE REFORÇO.

1 → Base poliéster ou cartão


2→ Camada refletora
3→ Camada Ativa
4→ Camada protetora

1 → Base poliéster ou cartão

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Processamento e Filmes Radiológicos 17

2→ Camada refletora
 Constituída em dióxido de titânio
 Branca ou amarelada
 Reflete a luz da camada ativa quando o ecran é irradiado
3→ Camada Ativa
 Constituída por pequenos cristais de fósforo, suspensos numa
substancia gelatinosa
4→ Camada protetora

Classes de Fósforo

 Sulfureto de Zinco
o Utilizado em radioscopia, emite uma luz amarela-esverdeada.
o Atualmente é proibida a sua utilização
 Tungstato de Cálcio
o Emite fotons nas zonas violetas e azul do espectro, as
películas são bastante sensíveis a este comprimento de onda.
 Sulfato de Bário
 Flurocloreto de bário
 Terras raras
o Oxibrometo de lantânio
o Oxisulforeto de Terras raras ( gandolinio e lantânio, itrio)

Características dos fósforos

 Alto poder de absorção dos raios x


 Alto rendimento na conversão (rad x → rad luminosa)
 Espectro de emissão concordante com a sensibilidade espectral da
película
 Tolerância a uma variedade de condições ambientais – calor,
humidade
 Livre de fosforescência (luminescência) e de acumulação de
fluorescência

Tipos de fósforos

 Diferem nas suas características de absorção ao raios x


 Dois requisitos que o tornam altamente absorventes
o Número atómico elevado
o Densidade física alta (massa por unidade de volume)
 A densidade é importante para determinar a espessura do ecran

Quantidade de fósforo

 Ao aumentar a espessura do ecran → a quantidade de fósforo aumenta


o seu poder de absorção e consequentemente a emissão de luz

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Processamento e Filmes Radiológicos 18

 A partir de uma determinada espessura, a quantidade de luz emitida


pelos cristais mais afastados da película é absorvido antes de alcançar a
superfície do ecran
 O ecran devera possuir uma espessura suficiente para que a luz emitida
pelo fósforo seja toda aproveitada.

Fatores que afetam a emissão de luz do ecran

 Absorção dos raios x


o Tipo de fósforo
o Quantidade de fósforo (espessura e densidade do aglomerado)
o Qualidade do feixe de imagem de radiação
o Combinação da película com um ou dois ecrans
 Tamanho da partícula de fósforo
 Capas refletoras ou absorvente de luz
 Eficácia da conversão do ecran

Qualidade do feixe de imagem de radiação

 Tem influência na quantidade de energia absorvida pelo ecran.


 A qualidade do feixe de rx esta inerente ao poder de penetração do feixe
incidente sobre o receptor de imagem.
o Kv
o Filtração do feixe
o Parte do corpo examinado
o Uso de grade anti difusora

Tamanho da partícula de fósforo

O tamanho dos cristais de fósforo tende a aumentar o brilho da luz emitida pelo
ecran.

Parâmetros dominantes na construção do ecran

 Espessura do ecran
 Número atómico dos elementos que constituem o fósforo
 Densidade do aglomerado

Capas refletoras ou absorventes da luz

 Capas refletoras – Aumentam a intensidade luminosa emitida pela


camada ativa (ecrans para exposição rápida)
 Capas absorventes – Diminui a emissão de luz emitida pela camada
ativa

Combinação das películas com um ou dois ecrans

 A película monoemulsionada com um só ecran. Ex : mamografia


 A absorção de rx por partes dos ecrans aumenta com a utilização de
dois ecrans utilizados com película de dupla emulsão

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Processamento e Filmes Radiológicos 19

 A fim de produzir um efeito de enegrecimento similar em ambos os lados


da película, o ecran anterior (mais próximo da ampola de Rx) devera ser
mais fino que o posterior

Eficácia da conversão do ecran

 Mediante a interacção de um só foton de Rx com uma partícula de


fósforo, podem gerar-se milhares de fotons de luz visível
 Traduz a relação entre a energia total de luz emitida pelo ecran e a
energia de radiação absorvida
 A eficácia desta conversão depende do tipo de fósforo

Classificação dos ecrans

Classificam-se em três categoriasde acordo com a sua velocidade:

 Lentos – alta resolução


 Médios – universalmente de media velocidade
 Rápidos alta velocidade

Vantagens da utilização dos écrans de reforço:

 Diminuição de exposição à radiação (paciente e do pessoal).


 Tempos de exposição mais curtos;
 Diminuição do calor produzido dentro da ampola;
 Possibilidade de utilização de foco fino.

Cuidados com os ecrans

 Limpeza regular, para os libertar de material estranho (pó)


 Utilizar uma substância de limpeza adequada, antiestáticos
 Secagem ao ar após a limpeza
 Deverão estar bem secos antes de se introduzir as películas

Esquema básico de uma exposição com uso de ecran

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Processamento e Filmes Radiológicos 20

Chassis
Para execução de um exame
radiográfico, é necessário que o filme
radiográfico esteja dentro de um
recipiente completamente vedado à
entrada de luz. Esse recipiente pode
ser um invólucro plástico flexível,
como o utilizado nos exames
radiográficos odontológicos, ou um
chassi, também denominado cassete,
comumente utilizado nos exames
radiográficos médicos.

Chassis – caixa hermética à luz, com


uma das faces articulares e de dimensões ligeiramente superiores às da
película para a qual ele serve e que suporta igualmente os ecrans de reforço.

 Manter a película em contato intimo e uniforme com os ecrans de reforço


durante a exposição.
 Impedir a entrada de luz;
 Proteger os ecrans de reforço das agressões.

Tipos de Chassis:

1. Plano - em forma de livro, retangular:


Face anterior: (a que fica virada para a ampola durante a exposição ao
RX) que se domina ás vezes de fundo de caixa deve ser dum material
permeável aos RX
Face posterior: ou tampa que é impermeável à radiação secundária, mas
é parcialmente permeável à radiação primária.
Possui no seu interior uma almofada de feltro para se assegura um
contato perfeito dos ecrans de reforço com a película.
Os chassis, com o fim de evitar a troca apresentam na face posterior
uma cor e outra na face anterior.

2. Chassis curvos: tem a sua superfície anterior convexa. O seu propósito é


manter uma relação estreitas entre o filme e a região anatômica a estudar
(18X24).

3. Chassis flexíveis: é um simples envelope de material de plástico, dobrado


num lado e fixado por molas.
Composição do chassi

O chassi é um recipiente rígido, com dois lados distintos: o anterior e o


posterior.

– Lado anterior do chassi

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Processamento e Filmes Radiológicos 21

• É o lado que fica voltado para o tubo de raios X durante a realização do


exame radiográfico. É feito de material rígido, homogeneamente
radiotransparente, como bakelite, magnésio ou alumínio, para minimizar a
absorção do feixe de radiação e evitar o aparecimento de artefatos na
radiografia. Possui duas faces, uma externa e outra interna.

– Lado posterior do chassi

• É feito de material rígido e é por onde o chassi é aberto e o filme radiográfico


manuseado (carregamento e descarregamento do chassi). Possui duas faces:
uma externa e outra interna.

Face externa – É a face do lado posterior do chassi onde estão as presilhas,


responsáveis pelo fechamento do chassi.

Face interna – Geralmente encontra-se aderida a esta face uma fina folha de
chumbo, responsável pela absorção da radiação secundária originada na parte
posterior do chassi. Aderida a esta fina folha de chumbo, encontra-se uma
camada de um material flexível (espuma), que tem por função permitir um
contato perfeitamente homogêneo entre a emulsão fotográfica e o écran.

CAMARA ESCURA

A câmara escura é onde se processa todo o tratamento radiofotografico


Uma boa câmara escura deve satisfazer as seguintes exigências:

 Deve poder tratar de forma satisfatoria, todas as películas que recebe


(tanto antes da exposição e depois da exposição).
 Deve proporcionar ótimos resultados fotográficos.
 Deve oferecer as melhores condições de trabalho possíveis.

Tipos de Camara escura

Dependendo do tipo de processamento, a câmara escura pode ser


basicamente de dois tipos:

Molhada: No processamento manual do filme radiográfico, que é realizado


dentro da câmara escura.

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Processamento e Filmes Radiológicos 22

Seca: No processamento automático do filme radiográfico, que é realizado


dentro da processadora.

A câmara escura ideal deve apresentar:

Espaço amplo, a prova de luz, bem ventilado e confortável, onde


devem estar dispostos os tanques para as soluções de processamento,
com água corrente, exaustor (para a renovação do ar) e climatizado (em
regiões frias com aquecimento e em locais muito quentes com ar
refrigerado)
Conter uma mesa de trabalho sempre limpa e organizada para a
manipulação de filmes.

Equipamentos necessários da câmara escura

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Processamento e Filmes Radiológicos 23

Mesa manipuladora- Onde se vai remover filmes das embalagens,


colocar ou remover filmes dos chassis, colocar os filmes nas colgaduras;
Colgaduras- dispositivo utilizado para fixar o filme a fim de submetê-
lo ao processamento manual;
Termômetros- Utilizado para a mensuração da temperatura das
soluções processadoras como intuito da realização do processamento
manual temperatura/tempo;
Cronômetro- Acessório utilizado para controlar o tempo de imersão
do filme nas soluções processadoras durante o processamento manual;
Estufa de secagem de radiografias;
Varal de secagem de radiografias;
Bastões para manipulação de soluções processadoras;
Exaustor- Uma vez que não é indicado janelas nas câmaras escuras,
deve-se ter um exaustor para a renovação do ar;
Dispensadores de chassis- Devem possuir abertura para a câmara
escura e para a câmara clara, bem como um dispositivo que permita a
abertura apenas de uma das portas a fim de se evitar a exposição
acidental à luz branca proveniente da câmara clara;
Tanques de processamento;
Lanterna de segurança (filtro + lâmpada de pequena voltagem);

Tanques de Processamento

Devem possuir tamanho adequado ao tipo de filme a ser processado,


possuir tampa que deverá estar sempre fechada quando os tanques não
estiverem sendo utilizados para o processamento. No tanque, a água sempre é
renovada pela entrada por um orifício na porção inferior do compartimento e
pela saída por um outro orifício na porção superior.
É preconizado que nos tanques de processamento o revelador seja
colocado sempre à esquerda e o fixador à direita. Isso evita acidentes durante
o processamento, principalmente em locais onde mais de uma pessoa utiliza o
mesmo tanque ou caixa de processamento, já que as soluções processadoras
estão sempre nessa posição não havendo, portanto, o risco da introdução
acidental da radiografia no líquido errado.

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Iluminação da câmara escura

A iluminação do ambiente da câmara escura ser de dois tipos:

Luz branca comum (teto): Tem a função de fazer a iluminação


geral, NÃO PODEM estar acesas no momento do processamento radiográfico
e o seu interruptor deve estar em uma posição tal que não seja ligado
acidentalmente.
Lanterna de segurança

Os filmes são extremamente sensíveis à luz comum (de cor verde e


azul), mas tem menor sensibilidade à luz vermelha ou amarela. Dessa forma, é
utilizada a lanterna de segurança, uma iluminação de baixa intensidade que
não afeta rapidamente os filmes abertos e permite que o indivíduo enxergue o
bastante para trabalhar na área, sem causar velamento (escurecimento) da
radiografia. Porém, deve-se ressaltar que o tempo de trabalho não é ilimitado
pois, apesar de pouco, os filmes ainda são sensíveis a esse tipo de luz e uma
exposição prolongada ou incorreta poderá acarretar na perda dos filmes
processados.
Essas lanternas podem ser de teto ou de parede e são equipadas com
um filtro recoberto de gelatina, que apresenta cor e densidade recomendada
pelo fabricante do filme. No seu interior deve ter uma lâmpada incandescente
com, no máximo, 15 watts de potência, a uma distância de, no mínimo, 1.20 m
do local de trabalho.

Na suspeita de que o filtro de segurança esteja inadequado, pode ser


feito o seguinte teste:

1. Sobre a mesa de trabalho é aberto um filme sem exposição apenas até a


metade;
2. A outra metade permanece protegida com o próprio papel da embalagem
do filme;
3. O filme deve ficar de 3 a 5 minutos na câmara escura exposto apenas à luz
de segurança;
4. Finalmente o filme deverá ser processado normalmente no escuro total.

Caso a porção desprotegida do filme apresentar certo grau de


velamento, de cor cinza claro, quando comparada a parte que ficou protegida
pelo papel, é sinal de que a luz de segurança está inadequada.
Outro procedimento que pode ser realizado para verificação do aspecto
de vazamento de luz em sua câmara escura pode ser realizado da seguinte
maneira: Ao fechar a porta, espere por algum tempo, até seu olho se adaptar
ao novo ambiente, a fim de que se possa detectar qualquer vazamento
indesejado de luz, tomando as devidas providências para vedá-lo.

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Controle de qualidade

As radiografias depois de processadas devem sempre passar por um


controle de qualidade para verificar se apresentam características ideais de
interpretação: ótima densidade, contraste e definição.
Radiografia de Referência: radiografia executada com o máximo de rigor
quanto a técnica e ao processamento, apresentando características ideais de
densidade e contraste. Esta radiografia deve permanecer no negatoscópio e
toda nova radiografia processada deve ser comparada com ela. Isso garante
que as radiografias sempre preencham os requisitos de qualidade.

OPERAÇÕES REALIZADAS NA CAMARA ESCURA

- Colocação dos filmes virgens nos chassis;


- Envio dos chassis carregados para a sala de exposição;
- Recebimento dos chassis com os filmes expostos;
- Retirada dos filmes com a imagem latente dos chassis;
- Identificação dos filmes;
- Inserção dos filmes na processadora;
- Revelação e fixação;
- Manutenção dos chassis;
- Limpeza dos ecrans;

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CAMARA ESCURA

- Localizar o mais distante possível de fontes de radiação dispersa;


- Paredes revestidas com material adequado;
- Piso revestido por cerâmica;
- Moveis dispostos de modo a facilitar o transito dos operadores;
- Possuir uma bancada ou mesa para manuseio dos filmes e limpeza
chassi/ecram;
- Deve ser provida de iluminação de segurança;
- deve ser inspecionada quanto ao vazamento de luz;

CUIDADOS COM A CAMARA ESCURA

- Efetuar a limpeza diária com pano úmido (paredes e piso);


- Não manter roupas penduradas dentro da câmara escura, não comer,
fumar ou beber no local;
- Manter as mãos limpas ao manusear os filmes, unhas curtas e sem
esmalte;
- Instalar um limpador ou filtro de ar quando não existentes;
- Instalar termôhigometro a fim de controlar a temperatura (10° e 21°C) e
a umidade relativa do ar ( 30-50%)

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- Instalar luz de segurança, com verificação periódica do filtro da


lâmpada;

CAMARA CLARA

- Pia para a lavagem das mãos, rolos da processadora, entre outros;


- Negatoscopio;
- Recipientes com os químicos;
- Parte da processadora automática de onde saem os filmes revelados;

Tratamento Fotográfico das Películas

É o conjunto de operações do qual resulta a transformação da imagem


latente em visível, e pode ser:

 REVELAÇÃO MANUAL
 REVELAÇÃO AUTOMÁTICA

Processo de Revelação

1. Revelação
2. Lavagem intermédia ( banho de parada) – Rev. manual
3. Fixação
4. Lavagem
5. Secagem

Revelação

-Transformação de uma imagem latente numa imagem visível, mas não


permanente;
-Esta transformação ocorre pela ação de um soluto químico, o revelador.

Revelador: O revelador é uma solução química que transforma a Imagem


Latente no filme em uma imagem visível composta de diminutos de massas de
prata metálica. É composto de:

 Solventes
 Agentes Redutores ou Reveladores
 Agentes Protetores
 Agentes Ativadores
 Agentes Retardadores

Solventes

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Processamento e Filmes Radiológicos 27

O Solvente básico em um revelador é a água que dissolve e ioniza as


substâncias químicas do revelador. A água também faz com que a gelatina da
emulsão do filme se dilate de maneira que os agentes de revelação dissolvidos
possam se inflamar pra atingir os cristais de haleto de prata

Agentes Redutores ou Reveladores

-É um composto químico capaz de converter os cristais de halogéneo de prata


(prata iônica) em prata metálica;

-Agentes:
-Hidroquinona
-Feridom (Fenidona)

-Possuem uma grande afinidade com o O2, perdendo a sua capacidade


reveladora;

Agentes Ativadores ou Aceleradores

-Aumentam a atividade da reação química;


-São substancias alcalinas (pH elevado acelera a reação);

-carbonato de Na ou K (revelador normal)


-hidróxido de Na ou K (revelador rápido)

-Destina-se a facilitar a atuação dos redutores;

Agentes retardadores

-Desaceleram a revelação, permitindo a homogeneidade da revelação em toda


a película.
-Protegem os grãos de AgBr não expostos, reduzindo o velado;

-Agentes:

-Iodeto de K
-Brometo de K

Agentes Protetores

-Função antioxidante;
-Têm grande afinidade com o O2, competindo com os agentes redutores;
-Ajudam a manter a atividade do revelador;

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-Agente:
-Sulfato de Na ou K

Fixação

-É a transformação de uma imagem visível numa imagem permanente;


-A sua função é retirar todos os sais de prata não revelados (não expostos);

A fixação é feita em 3 Etapas:

1- Neutralizar – neutralizar os restos do revelador


2- Clarear – transformação do AgBr num componente invisível
3-Fixação – remoção dos cristais de AgBr que se encontravam na
película

Fixador: O fixador interrompe o processo de revelação e retira todos os


haletos de prata que não foram expostos à radiação. Dentre outras funções do
fixador ele volta a endurecer a emulsão. Para se completar a revelação é
necessário eliminar os cristais não revelados do filme revelado antes da
lavagem, desta forma o filme não ira descolorir ou escurecer com o tempo ou
pela exposição da luz. Além disso, as coberturas de gelatinas devem ser
endurecida de maneira que o filme resista a arranhões e possa ser secado com
ar quente. Estes processos são conhecidos como Fixação. O fixador é
composto por:

 Solvente
 Agente fixador
 Agente preservador
 Agente endurecedor
 Agente ativador

Solvente

O solvente à base de água dissolve os outros ingredientes, difunde-se


na emulsão carregando consigo o agente clareador, e dissolve os compostos
de Tiossulfato de prata, desta forma ajudando a elimina-los do filme.

Agente Fixador

- Dissolve e elimina os grãos de halogéno de prata não expostos;


-Confere à película um aspecto transparente e duradouro;

- Agentes:

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- Tiossulfato de sódio ou enxofre

Agente Preservador

-Preserva as características do fixador evitando a sua decomposição;

-Agentes:

-Sulfato de Na

Agente Endurecedor

-Sais de alumínio;
-Evita que a emulsão retenha demasiada água;
-Protege a emulsão das agressões;
-Encurta o tempo de secagem;

Agente Ativador

-Acelera a ação dos outros químicos;


-Neutraliza restos de revelador que a emulsão possa conter;

-Agente:

-Ácido acético

FATORES QUE AFETAM O GRAU DE REVELAÇÃO

Existem fatores de processamento que afetam diretamente a revelação.


São eles:

Tempo
Temperatura
Agitação
Interrupção do processo de revelação

Tempo

É recomendado pelo fabricante que se siga religiosamente tempo de


preparo da mistura e de imersão do filme. Para que os químicos fiquem prontos
adequadamente deve ter um tempo de preparo e de mistura para que não haja

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Processamento e Filmes Radiológicos 30

nenhum tio de aglutinação nos filmes ou manchas. O temo da imersão a


solução diluída produzirá contraste máximo, por esse deve-se controlar
cuidadosamente o tempo de imersão.

Temperatura

Quanto mais baixa mais lentamente atuarão as substâncias reveladoras,


se superior a 28ºC em processamento manual ou 37ºC em processamento
automático amolecem acentuadamente a gelatina, fazendo com que a emulsão
possa se deteriorar com facilidade. Os agentes de revelações automáticas,
contém agentes endurecedores de gelatinas na película. No processo manual a
temperatura varia entre 13ºC à 27ºC.

Agitação

A gelatina é algo semelhante a uma esponja que se embebe do agente


revelador, se o filme não for agitado os agentes reveladores se esgotam
rapidamente. A agitação é fundamental, pois o Brometo que se origina como
subproduto é um retardador de revelação. Deve-se procurar uma agitação
uniforme durante toda a operação, sendo contínua, pode se reduzir o tempo de
revelação em aproximadamente 20%, na processadora automática é produzida
a ação rotatória dos roletes dos transportes, por bombas de recirculação e pela
passagem mecânica da película através do revelador.

Interrupção do processo de revelação

Podemos utilizar dois métodos para interrupção:

1- Utilização de uma solução de Paragem, na qual seria imersa a película


revelada.
2- Proceder uma operação de lavagem uniforme, pois se houver
permanência de agentes reveladores ativos na emulsão e se for imersa
no fixador, poderá transformar a prata que se formou em uma espuma
de prata coloidial ou véu dicróico.

REVELAÇÃO MANUAL

Processamento Manual de Filmes

O processamento visa transformar a imagem latente invisível, formada


durante o processo de exposição do filme, em imagem visível de prata
metálica, de forma que esta imagem seja a mais representativa possível das
estruturas da região do corpo humano radiografado.

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Processamento e Filmes Radiológicos 31

O processo manual é composto, basicamente, de cinco etapas:

Revelação
Banho interruptor
Fixação
Lavagem
Secagem

MISTURA DAS SOLUÇÕES

• Uniformização da temperatura por todo


volume;
• Usar diferentes bastões de misturas para
revelador e fixador;
• Realizar movimentos suaves, evitando o
menor contato possível da solução
reveladora com o ar;

VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA

• Empregar termômetro de precisão;


• Lavar o termômetro;
• Ajustar a temperatura da solução
conforme resolução;

Temperatura Tempo

18°C 4 min.

20°C 3 min.

21°C 2 min.

24°C 0,5 min.

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COLOCAR O FILME NA COLGADURA

• Fixar o filme adequadamente nos


grampos;
• Usar o tamanho adequado para o filme;
• Fixar primeiro nas pontas inferiores;
• Evitar contado excessivo dos dedos no
filme;

AJUSTAR O CRONOMETRO

• Ajuste para o período de revelação


recomendado;
• Tempo varia conforme a temperatura da
solução, sendo ideal 21°C por 1,5 min.
Para o revelador novo;
• Evitar temperaturas < 13°C e > 27°C;

MERGULHAR O FILME NO REVELADOR


• Mergulhe o filme completamente de modo
uniforme na vertical;

• Não faça pausas para evitar estrias;

• Acione o cronômetro;

• Golpeie levemente a colgadura contra a


parede do tanque para retirar bolhas de ar da
parede do filme

AGITAR O FILME
• Caso necessário ou recomendado;

• Alternativamente, pode ser retirado e


mergulhado novamente a cada 30s;

• Intensifica o contato do revelador com o


filme e a retirada de produtos da reação da
superfície do filme;

• Pode haver redução do tempo em 20%

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Processamento e Filmes Radiológicos 33

RETIRAR O FILME DO TANQUE REVELADOR

• Levante rapidamente a colgadura, assim que,


o cronômetro soar;

• Retirar de forma que a solução escorra do


filme de volta para o tanque de revelação,
inclinando a colgadura;

ENXAGUAR BEM

• Colocar o filme em banho de enxágue com água


limpa se possível corrente, agitando
continuamente por 30s;

• Retirar do banho e deixar escorrer bem;

FIXAR ADEQUADAMENTE
• Mergulhe e agite a colgadura vigorosamente no
começo;

• Verifique o tempo correto nas instruções do


fabricante;

• Geralmente o tempo é 2 vezes maior que o


tempo de clareamento +- 3 min; Até quando sua
aparência leitosa desaparecer.

LAVAR BEM

• Colocar o filme num tanque de água corrente (


fluxo de 8 trocas completas por hora);

• Manter um bom espaço entre as colgaduras (


água deve fluir sob o seus topos);

• Deixar por tempo entre 15 e 30 min.


Dependendo do tipo de filme;

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Processamento e Filmes Radiológicos 34

ENXAGUE FINAL

• Tanque com agente umedecedor que acelera a


secagem e evita as marcas d’água ( álcool);

• Deixar por 30 segundos;

• Deixar escorrer por vários segundos

SECAGEM

• Secar em área livre de poeira à temperatura


ambiente ou em cabine apropriada;

• Manter os filmes bem separados um do outro;

• Depois de secos, remover das colgaduras e


cortar as pontas para remover as marcas dos
grampos;

• Colocar nos envelopes identificados;

REVELAÇÃO AUTOMATICA

A demanda por radiografias fez com que os radiologistas e os


departamentos de radiologia fossem desafiados a se tornarem cada vez mais
eficientes no uso de instalações disponíveis para produzir radiografias ideais. A
revelação automática de filme de Raios-X tem se tornado um grande fator no
manuseio com sucesso, deste crescente volume de trabalho. A automatização
da revelação é possível graças à combinação de três elementos:
Processadoras; Substâncias químicas especiais; Filmes compatíveis.
Trabalhando em conjunto, estes elementos oferecem um meio rápido de
produzir radiografias adequadamente reveladas.
A essência da revelação automática é a interação controlada do filme,
substâncias químicas e processadoras. Para revelar, fixar, lavar e secar uma
radiografia no curto tempo disponível no processo automático, requer vários
fatores, entre eles substâncias químicas especialmente formuladas e rígido
controle das temperaturas da solução, agitação e reforço. As características do
filme devem naturalmente ser compatíveis com as condições de revelação com
o diminuído tempo de revelação e com o sistema de transporte mecânico.

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Processamento e Filmes Radiológicos 35

Processadoras automáticas

O processamento de maneira geral é idêntico, com variações nos


tempos seco a seco, de acordo com o tempo há variações de fluxo e
temperaturas, é composta de três tanques e um secador, motor condutor,
conjuntos de racks, termostatos de controle de temperatura de circulação, de
fluxo, de tempo de processamento, etc. A instalação é feita com o corpo no
lado de dentro da Câmara Escura (CE) executando algumas ―corpo fora da
Câmara Escura‖. Na parte de dentro da câmara escura, esta localizada a
gaveta onde são colocados os filmes para os processamentos, em seguida os
filmes são impulsionados pelos roletes dos racks, que são movimentados por
um motor central, e são colocados nos tanques que se movimentam em
tempos controlados puxando os filmes de seco a seco, revelando, fixando,
lavando e secando, o que demora em média de 45, 90, 150 a 180 segundos.

Sistemas dos processos automáticos

As processadoras automáticas incorporam vários sistemas, os quais


transportam, revelam e secam o filme, alem de reforçar e recircular as soluções
de revelação.

Sistema mecânico

Composto por vários sistemas:

 Sistema de transporte
 Sistema de água

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Processamento e Filmes Radiológicos 36

 Sistema de recirculação
 Sistema de renovação
 Sistema de secagem

Sistema de Transporte:

 Composto por pares de rolos, acionados por um motor de velocidade


constante;
 A velocidade de transporte é coordenada com a temperatura e as
concentrações dos químicos;
 Conduz a película através das várias secções;

Funções:

- Transportar a película;
- Agitar os banhos;
- Ação espremedora;

Sistema de água:

Funções:

 Lavagem das películas;


 Manutenção dos banhos e temperatura constante;

Deve possuir:

- Filtros;
- Regulador de fluxo;
- Termóstato;

Sistema de recirculação:

Sistema de bombas e tubagens que permitem vários líquidos de


tratamento fotográfico circular dentro da máquina.

Funções:

 Circulação dos líquidos dentro da máquina;


 Manutenção da temperatura constante;
 Função agitadora;

Sistema de Renovação ou Reforço

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Processamento e Filmes Radiológicos 37

Compete-lhe renovar, reforçar os banhos dentro da maquina;

Funções:

 Reposição dos níveis de líquidos nos vários compartimentos da


máquina;
 Repor a atividade química da solução;

Objetivos de um bom Processamento

Alcançar as características sensitométricas desejadas na imagem


processada:

Velocidade
Contraste
Veú

Apresentar uma radiografia livre de artefatos dentro da escala de


densidades ópticas requeridas para a interpretação da mesma.

Um bom processamento deve levar em conta:

Tempo de ciclo de processamento


Químicos apropriados
Taxas de reforço
Temperaturas adequadas
Manutenção da máquina
Controlo de qualidade

Ciclo de processamento

É o tempo q decorre entre o momento que a película entra na máquina


de revelação e o momento em que sai da mesma.

Tempo do ciclo de processamento:

- 45-210 segundos
- 90 seg. (standard)

Químicos

- Devem ser utilizados os químicos recomendados pelos fabricantes;

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- Os concentrados químicos podem variar de acordo com os vários


fabricantes;
- Procedimento correto na diluição dos químicos;
- Taxas de reforço. Um reforço apropriado proporciona resultados
sensiotometricos estáveis;
- Esta taxa é calculada em função do volume de películas processadas e
da sua área de superfície

Controle de Qualidade da máquina

- Temperatura do revelador
- Índice de velocidade
- Índice de contraste
- Velado base

Manutenção das processadoras

Alguns dos procedimentos padrões de manutenção para a adequada


operação da processadora são os seguintes:

Freqüente verificação dos níveis de solução, proporção de reforço,


temperaturas fornecimento de água e recirculação da solução.
Limpeza dos tanques, dos bastidores de revelação, passadores, filtros e
tubos de ar do secador. Os depósitos químicos devem ser removidos
dos rolos.
As soluções de limpezas dos sistemas devem ser utilizadas de acordo
com as instruções do fabricante, se houver propagação biológica ela
deve ser removida de acordo com as recomendações.
Deve-se utilizar bandejas de escorrimento e protetores contra respingos
ao se remover ou instalar os bastidores.
Trocar os filtros nos sistemas de circulação e nos condutores de água.

Ao iniciar o trabalho do dia, sugere-se colocar algumas folhas de filme


de limpeza na processadora. Este procedimento ajuda a remover os
precipitados, sujeiras e outras substâncias que podem ter sido depositadas
nos rolos. Existem filmes de limpezas para os rolos de transporte fabricados
com esta finalidade.

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ESQUEMA DE UMA PROCESSADORA AUTOMATICA

Principais problemas que podem ocorrer no processamento de


filmes radiográficos

Radiografia sub-revelada (pouco revelada)

Uma radiografia com uma revelação deficiente pode apresentar


uma redução do contraste, observada através das partes negras do filme
que ficam semitransparentes (cinza-negro).

Pode ocorrer quando:

A solução química do revelador está oxidada ou saturada;


A temperatura da solução química do revelador está baixa;
A solução química do revelador está diluída;
Em processadoras com velocidade variável, ocorre a perda da
relação temperatura/velocidade; ou,

Ocorre redução do tempo de revelação, quer seja por redução no


volume de solução química no tanque de processamento

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Processamento e Filmes Radiológicos 40

automático, ou por redução do tempo de revelação no


processamento manual.

Radiografia super-revelada

Uma radiografia super-revelada apresenta um aumento do véu de


base, ou seja, as partes brancas do filme ficam veladas (acinzentadas).

Pode ocorrer quando:

A temperatura da solução química do revelador está alta;


A solução química do revelado r está concentrada;
Em processadoras com velocidade variável, ocorre a perda da
relação temperatura/velocidade; ou
Ocorre aumento do tempo de revelação no processamento
manual.

Aumento do véu de base

O aumento do véu de base, em uma radiografia, é observado


através da falta de contraste, ou seja, as partes brancas do filme ficam
acinzentadas.

Pode ocorrer quando:

A temperatura da solução química do revelador está alta;


A solução química do revelado r está concentrada;
Ocorre aumento do tempo de revelação no processamento
manual;
A solução química do revelado r está contaminada;
Ocorre exposição do filme à radiação;
Ocorre exposição excessiva do filme à iluminação de segurança;
ou, a iluminação de segurança é inadequada.

Radiografia subfixada (pouco fixada)

Uma radiografia com uma fixação deficiente pode apresentar uma


transparência insuficiente, ou seja, as partes transparentes apresentam-
se leitosas (esbranquiçadas). Pode, também, mudar de cor em pouco
tempo, ficando marrom.
Em ambos os tipos de processamento, o filme radiográfico demora
a secar, sendo que no processamento automático pode ser observado
que o filme sai úmido da processadora.

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Processamento e Filmes Radiológicos 41

Pode ocorrer quando:

A solução do fixado r está saturada;


A solução química está diluída; ou
Ocorre redução do tempo de fixação, quer seja por redução do
volume de solução química no tanque de processamento
automático, ou por redução do tempo de fixação no
processamento manual.

Radiografia arranhada

Ocorre por falta de alinhamento ou corrosão das guias nas


processadoras automáticas, ou por falta de cuidado no manuseio das
colgaduras durante o processamento manual.

Radiografia com Impurezas

Pode ocorrer devido a presença de impurezas (lodo, sujeira), no tanque


de lavagem.

Radiografia mal lavada

Pode ocorrer devido à deficiência ou mesmo falta de lavagem da


radiografia. A radiografia apresenta um odor característico.

RUIDO RADIOGRAFICO

São irregularidades no enegrecimento do filme radiográfico

Mosqueado radiográfico

Confere aspecto granulado à radiografia, que pode ser em função


da composição do écran, da granulação do filme radiográfico, ou também
do resultado da interação do feixe de radiação com o objeto (ruído
quântico).

Artefatos

São variações de densidade indesejáveis apresentadas sob a forma


de manchas na radiografia.
Principais causas de aparecimento de artefatos na radiografia

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Processamento e Filmes Radiológicos 42

Manuseio com mãos úmidas = Provoca o aparecimento de artefatos de tom


claro no filme radiográfico, conhecidos como ―digitais‖.

Pressão e deformação físicas do filme radiográfico = Provocam o aparecimento


de artefatos de tom escuro no filme radiográfico. Os mais comuns são ―unhas‖
e dobras.

Exposição prolongada à luz de segurança na câmara escura = A exposição de


um filme radiográfico exposto (não virgem) por mais de 3 segundos à luz de
segurança na câmara escura acarretara um velamento gradual do filme (
aumento do véu de base ) com conseqüente redução do contrasta da imagem.

Fricção do filme radiográfico exposto ou virgem = Determina o aparecimento de


artefatos de tom escuro devido a eletricidade estática. Deve ser retirado da
caixa, ou do chassi, com cuidado, lentamente e pelas bordas.

Contato do filme radiográfico com líquidos = O filme radiográfico deve ser


manuseado em local seco, longe de qualquer tipo de liquido ( água ou produtos
químicos).

Validade do filme radiográfico = Uma caixa de filme radiográfico deve ser


consumida totalmente dento do prazo de validade, e o mais breve possível.
Após sua abertura, uma caixa aberta por um longo período, mesmo nas
condições ideais de temperatura e umidade relativa do ar, pode acarretar um
velamento difuso do filme radiográfico ( aumento do véu de base) e o
aparecimento de artefatos der tom escuro causados pela presença de fungos
(mofo) na gelatina do filme.

Falta de conservação dos chassis e écrans = Um écran danificado ou sujo, ou


mesmo restos de contraste sobre o chassi determinam o aparecimento de
artefatos na radiografia.

Falta de conservação dos equipamentos = Restos de contraste na mesa de


exame.

Paciente com vestimenta inadequada para a realização do exame = A


presença de adornos (grampos, cordões) e botões produzem a formação de
artefatos na imagem projetada.

PREPARO DAS SOLUÇÕES

É uma das etapas mais importantes na revelação, é o correto preparo


das soluções de acordo com as instruções do fabricante dos produtos que
garante a sua qualidade. Para obter os melhores resultados devem-se
proceder rigorosamente ao que a bula do fabricante recomenda e utilizar
sempre todos os produtos da mesma marca.

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Processamento e Filmes Radiológicos 43

Precauções gerais quando do preparo dos químicos:

Lavar completamente os tanques, tampos e os reservatórios da


processadora.
Não espirrar uma solução na outra, principalmente fixador no revelador,
pois pode contaminar os químicos.
Usar sempre o protetor contra respingos, que acompanha cada
equipamento.
Usar recipientes para a mistura e armazenamento, feitos de materiais
não corrosivos.
Não usar outros tipos de recipientes que tenham sido soldados.
Manter os tanques sempre fechados, evitando sujeiras, evaporação dos
químicos e uma rápida oxidação, esta proporcionada pelo contato com o
ar.
Use sempre espátulas ou mergulhadores separados para agitar as
soluções quando da diluição dos químicos.
Tomem cuidados ao usar termômetros de mercúrio para aferir a
temperatura das soluções, porque este se quebrar o mercúrio
representa perigo por causa da toxidade e pode produzir um alto nível
de véu no filme.
Por último, ajuste a temperatura da água na qual serão dissolvidas as
substâncias químicas de acordo com a recomendação na bula do
produto.

PREPARO DE QUÍMICOS PARA PROCESSAMENTO

PREPARO PARA 38 OU 76 LITROS PARA FIXADOR E REVELADOR

1. Confirmar o volume da reserva (deve ser de 5 a 15 litros).


2. Acrescentar 25 litros de água, caso esteja preparando 38 litros de solução,
ou 50 litros de água quando estiver preparando 76 litros de solução.
3. Sob agitação acrescentar o conteúdo da parte A do Fixador ou Revelador.
4. Sob agitação, acrescentar o conteúdo da parte B do Fixador ou Revelador.
5. Se estiver preparando solução reveladora, sob agitação acrescentar a parte
C do Revelador.
6. Acrescente água, sob agitação, até o volume total atingir 38 ou 76 litros mais
a reserva inicial.
7. Agite a solução final por 5 minutos.
8. Utilize um agitador em PVC para o preparo de cada químico.

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Processamento e Filmes Radiológicos 44

IMPORTANTE:

1. Ao adicionar as soluções nos tanques, tenha o cuidado de não produzir


bolhas de ar que reagirão com a solução – Oxidação.
2. Observe as imagens que demonstram a forma correta para adicionar as
soluções e como agitar a solução preparada.
Tenha sempre dois agitadores separados para cada químico, mesmo que eles
sejam lavados após o preparo.
O agitador indicado pode ser confeccionado facilmente pelo próprio técnico.

PROCEDIMENTO DE ROTINA PARA USO DA PROCESSADORA

Ao termino do expediente

1 – Desligar a processadora;
2 – Fechar o registro de água que abastece a processadora;
3 – Deslocar o dreno de água;
4 – Retirar os rolos e lava-los cuidadosamente;
5 – Colocar os rolos em local seguro e cobri-los (evitar pó);
6 – Deslocar a tampa da processadora e mantê-la parcialmente aberta após o
termino do expediente;
7 – Fechar qualquer janela próxima à processadora.

Ao iniciar o expediente

1 – Colocar na posição correta o dreno de água;


2 – Ligar a água;
3 – Colocar os rolos ( cuidadosamente);
4 – fechar a tampa da processadora;
5 – Ligar a processadora;
6 – Limpar a bandeja com pano ―ligeiramente‖ úmido e depois seco ( que não
solte fiapos);
7 – Passar de 4 a 5 filmes grandes para assentar os rolos

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Processamento e Filmes Radiológicos 45

REVELAÇÃO DIGITAL

Lazer

Atualmente em aparelhos de Tomografia Computadorizada e


Ressonância Magnética, usam filmes especiais tipo CT, Scanner, Vídeo
Imagem, Medicina Nuclear, todos estes de processos rápidos e monobloco,
alem de serem utilizados sem Ècrans Fluorescentes. O microcomputador da
câmara sincroniza todo o processo, que é semelhante à formação da imagem
na tela de um monitor de TV. A câmara recebe imagens de vários postos de
trabalho na forma de sinal, transfere para o filme e lança este filme a uma
gaveta receptora ou em uma processadora que esteja acoplada.
Os filmes usados são sensíveis a infravermelho e são armazenados na câmara
em uma gaveta para sua segurança.

Lazer Dryview

Conhecido também com Dry, este equipamento dispensa os Ècrans


utilizados nos Chassis, além de possuir uma processadora que nos permite
visualizar a área anatômica do paciente ao qual foi exposta. Sua processadora
pode estar em rede, ou seja, não é necessário documentarmos a radiografia,
pois a mesma já esta a disposição do Médico, em sua sala, ele sim é quem
decidirá se será necessário ou não a documentação da radiografia. A
processadora também nos permite ajustes de até 20% de contraste ou latitude
antes de enviar a radiografia via rede para o médico. Seu filme é sensível à
Luz. É revelado a Lazer e a Alta Temperatura. As documentadoras
(reveladoras), possuem uma gaveta na qual encaixamos o chassi para que a
película de Fósforo seja retirada e processada, para documentarmos a
informação contida nela.
A própria documentadora re-carrega o chassi, para que o mesmo seja utilizado
novamente em uma nova radiografia. Suas imagens são muito bem definidas, o
que nos fornecem melhores detalhes das áreas solicitadas. Há também
possibilidades de arquivamento de exames realizados em CD’S, isso se não
houver a necessidade da documentação, ou enquanto o paciente aguarda o
laudo médico. Com este equipamento o tempo é diminuído consideravelmente,
e a sua margem de erro é de apenas 0,01%, pelo fato de ser digital e nos
permitir ajustes se necessários.

Revelação digital por temperatura

São filmes não sensíveis à Luz, onde a processadora só impressiona os


filmes do tipo Dry Pix DIAT, e não necessita de Câmara Escura. Sendo
totalmente térmica não necessita de químicos no processo de revelação, pois
nos filmes não há Haleto de Prata e sim Sais Inorgânicos. Ao disparar o Raios-

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Processamento e Filmes Radiológicos 46

X, aparece a imagem da área radiografada em um monitor o que também nos


permite um reajuste de cerca de 20% na imagem, do contrário do convencional
ela permite a visualização e o reajuste do exame e em seguida se necessário a
documentação do mesmo. As processadoras possuem monitores para
visualização do paciente, seus sistemas de terminais podem ser interligados
entre técnicos e médicos.

Processo de Imagem

Após a exposição do paciente, leva-se o chassi digital até a


processadora (gaveta) a qual retira as informações contidas no mesmo. Seu
chassi possui uma película de Fósforo não sensível à Luz que grava e
armazena a informação após a irradiação até que seja documentada. Na
revelação digital a perda do filme é de 0,01%, onde são utilizados os filmes
DIAT (Temperatura) e DIAL (Lazer/Temperatura). Nas processadoras
convencionais a revelação acontece na seguinte seqüência:

1 – Sensibilizamos o filme;
2 – Documentação;
3 – Verificação.

Já com o sistema digital, acontece da seguinte forma:

1 – Sensibilizamos o filme
2 – Verificamos; Analisamos
3 – Documentamos, se houver necessidade.

O custo para implantação do sistema digital ainda é muito alto, mas o


seu retorno é certo, o que esta levando grandes centros já optarem por este
novo método de trabalho.

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