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Temos visto ao longo deste curso como o cuidado com os cabelos é importante
para que as pessoas se sintam melhor e com a autoestima elevada. O assunto é tão
relevante que, em 2008, foi eleito pela escola de samba paulistana Camisa Verde e
Branca como tema de seu desfile: Da Pré-história ao DNA: a história do cabelo eu vou
contar. O enredo foi escolhido pela escola porque está ligado à vaidade humana e falou
de tempos bíblicos, ao citar Sansão, passando pelo mito da Medusa até chegar aos
contos de fadas, ao apresentar Rapunzel, a donzela que, presa no alto da torre de um
castelo, jogava suas longas tranças para que um príncipe escalasse o paredão e a
libertasse.
Outro aspecto a ser considerado diz respeito à moda dos “famosos”. Há sempre
uma (ou mais) personagem de novela ou filme, top model, cantora ou algum esportista
em evidência, cujo corte de cabelo dita as tendências do momento e cria em boa parte
da clientela o desejo de copiá-lo. No entanto, nem todo mundo fica bem com
determinado corte de cabelo, que pode não combinar com o estilo particular e o formato
de rosto de algumas pessoas – isso geralmente cria dois tipos de frustração: a de quem
não faz o corte e a de quem o faz e depois descobre que “não fica bem com ele”. Para
evitar esses problemas, tenha sempre à mão uma variedade de modelos de cortes pré-
selecionados, igualmente inspirados em atores e atrizes e personalidades do chamado
showbiz. Nunca despreze esse filão, pois ele responde por uma parcela significativa do
faturamento dos cabeleireiros.
No que diz respeito à estética, o rosto oval é considerado o mais harmônico de todos os
formatos. Isso porque suas proporções são equilibradas. A pessoa com rosto oval pode
escolher entre cabelos curtos, longos ou semilongos e tem a opção de manter a franja
lateral repicada. Para esse cliente, a decisão do corte está mais relacionada ao estilo do
que à harmonização dos traços do rosto.
1 – Rosto Oval
O rosto quadrado, por sua vez, apresenta maxilares salientes, testa larga, queixo
achatado e ângulos bastante acentuados. As linhas retas prevalecem nesse formato e, por
isso, um corte adequado é o reto abaixo do queixo, com pontas pronunciadas que
anulam os efeitos dos ângulos. Outra opção são os cabelos cacheados e compridos, os
quais dão mais leveza aos traços marcantes desse tipo de rosto. Há ainda uma terceira
possibilidade: o uso de fios longos e repicados com algum volume nas laterais.
3 – Rosto Quadrado
Para cortar os cabelos é preciso, antes de tudo, prepará-los. Não há nenhuma regra
imutável para essa prática. A maior parte dos cabeleireiros profissionais prefere
umedecer os fios antes de usar a tesoura; mas, como veremos no texto sobre o corte
degradê de cabelos longos, é mais fácil cortá-los com os fios secos e já arrumados.
2 - Em seguida, faça uma divisão dos fios do alto da cabeça, penteando-os em direção à
franja. Também é importante pegar os cabelos das laterais e puxá-los para frente, senão
você cortará apenas a franja.
4 - Estique os cabelos até a altura do queixo, o que lhe servirá de orientação para o
corte: os fios a serem cortados são os que ultrapassam a linha do queixo.
5 - Pressione essa mecha entre os dedos médio e indicador e, com a tesoura em pé,
inicie o corte no sentido vertical dos cabelos. Imagine a mecha como o retângulo da
ilustração: a linha de baixo deve ser “torta”, de forma que um dos lados menores da
figura seja ainda mais curto que o outro.
A tesoura deve cortar os fios no sentido vertical e de forma bastante irregular. Solte o
elástico e veja o resultado.
Trata-se de um corte clássico, que nunca sai de moda. Leva o nome da famosa estilista
francesa Gabrielle Chanel, conhecida como Coco Chanel, que o inventou nos anos 1960
em resposta aos cabelos rebuscados das épocas anteriores.
2 - Nesse corte você vai reproduzir um quadrado se olhar o perfil da cabeça com os
cabelos soltos. Inicie o corte pela nuca, deixando todos os fios do mesmo comprimento,
conforme você pode observar no desenho.
3 - Solte os cabelos situados acima das orelhas e acerte a altura desses fios em relação
ao que cortou na nuca. A franja costuma acompanhar o comprimento do conjunto dos
fios. Existe, porém, uma versão contemporânea do estilo chanel que inclui pontas
frontais mais pronunciadas. Outra inovação é o uso do corte chanel com franjas curtas.
- CHANEL TRADICIONAL
- CHANEL COM FRANJA
2 – Então deixe os cabelos cerva de quatro dedos mais compridos do que desejado para
o cliente. Lembre-se: os cabelos crespos “ encolhem” depois de secos.
Tão clássico quanto o chanel, esse corte destina-se à mulher prática, que não quer ter
muito trabalho com o penteado. Também é ideal para quem vive em lugares de clima
quente. Para mantê-lo, no entanto, é preciso investir em cortes frequentes. Quem opta
por cabelos curtos costuma querer modificar radicalmente o visual. Como se trata de
uma mudança muito grande, é aconselhável que você tome bastante cuidado ao sugerir
esse corte às clientes, pois há o risco de elas se arrependerem depois. Se possível,
mostre-lhes uma simulação do resultado do corte no computador. Quem faz o estilo
descolado pode usar os fios em desalinho e “bagunçá-los” com as mãos, aplicando
algum tipo de cera ou musse para moldá-los.
Leve em conta, ainda, algumas observações de visagistas.
Para quem tem rosto triangular esse corte passa uma sensação de instabilidade,
insegurança.
Quem tem o queixo quadrado, adquire uma imagem masculinizada com esse
estilo.
As pessoas de rosto redondo que escolhem esse corte ganham uma imagem mais
comportada.
A secagem também deve ser feita com cuidado: retire o excesso de água com uma
toalha sem esfregar os cabelos e o couro cabeludo. Em seguida, separe os fios com os
dedos e penteie da raiz em direção às pontas com um pente de dentes largos.
Finalmente, passe o pente, ainda no sentido da raiz às pontas, agora usando também o
secador.
Lisos – A velocidade do secador deve ser alta, com jato de ar forte. Se quiser dar mais
volume aos cabelos, peça que o cliente abaixe a cabeça para, então, secar os fios. Logo
em seguida, quando ele reerguer a cabeça, puxe a raiz dos cabelos para cima, usando as
pontas dos dedos, e finalize com um jato de ar frio.
2 - Para alisar ou modelar cabelos curtos – O diâmetro menor agarra os fios e permite
criar cachos. Também é usada para escovar franjas.
4 - Para fios compridos e finos, lisos ou ondulados – O diâmetro grosso permite agarrar
os fios longos e o corpo de cerâmica distribui o calor, dando brilho e volume aos
cabelos.
5 - Para cabelos volumosos – Escova tipo raquete alisa e dá movimento sem “chapar” os
fios.
6 - Contra os fios arrepiados – As cerdas de náilon combatem o frizz e a base de metal
reduz o tempo de secagem. O diâmetro médio dá movimento.
Essas escovas possuem uma base térmica revestida de cerâmica. Além disso, possuem
uma capacidade extra de alisar o cabelo, deixando-o mais fácil de pentear. Como isso
funciona? Ao usar uma escova comum, cria-se eletricidade estática – energia acumulada
que dá o efeito arrepiado aos cabelos. Os íons neutralizam essa energia, tornando os
cabelos mais macios e brilhantes, além de ajudar a selar as pontas duplas do fio.
Para uma boa manutenção e higienização de suas escovas, lave-as pelo menos a cada
dois dias com xampu e água. Então, use um pente fino para retirar os fios de cabelo
presos nas cerdas, passe álcool nelas e deixe-as secar ao sol, evitando que mofem. A
esterilização das escovas também é um procedimento recomendado e fará seu cliente se
sentir ainda mais seguro no que diz respeito aos equipamentos e materiais
ESCOVA (BRUSHING)
COMO FAZER?
4 - Separe uma mecha menor na área da nuca. Tracione esses fios (puxando-os com a
escova) enquanto usa o secador. Para que eles não fiquem arrepiados, seque-os de cima
para baixo. Repita o procedimento em toda a cabeça.
5 - Para ativar o brilho dos cabelos, faça movimentos rápidos de rotação com a escova
paralelamente à aplicação do jato do secador.
6 - Deixe sempre a franja para o fim do processo. Ela e os fios da parte de trás da cabeça
precisam receber um reforço na escovação, pois nessas áreas os cabelos costumam ser
mais enrolados.
Ao final, se houver necessidade, corrija as partes que ainda precisam ser alisadas.
Ao secar a franja, use o secador em potência baixa. A potência alta deve ser utilizada
somente quando a área trabalhada for grande. Além disso, as temperaturas altas são
aconselhadas para a modelagem dos cabelos, enquanto as baixas são voltadas à
finalização do penteado (porque auxiliam no processo de fixação e dão brilho).
No que diz respeito à escolha do aparelho, prefira os secadores a íons. Os íons negativos
atuam na cutícula aberta (que enrola os cabelos), deixando os fios mais lisos, brilhantes
e saudáveis. Alguns secadores liberam raios infravermelhos que penetram nos cabelos,
tornando-os mais brilhantes e hidratados. Experimente também o secador com a
chamada nanotecnologia titânio, pois ele auxilia na redução de fungos e bactérias
presentes no ar, resultando em uma secagem mais higiênica e, consequentemente, em
cabelos mais limpos. Todos os equipamentos citados incluem tecnologia de última
geração. Se puder escolher, prefira aquele a que você mais se adaptar.
Esse tratamento químico objetiva o alisamento dos cabelos a fim de que eles
tenham uma aparência natural. O adjetivo progressivo está relacionado ao efeito desse
tratamento, que é obtido em etapas: quanto mais sessões são feitas, mais lisos os fios se
tornam. Durante o processo, ocorre a hidratação dos cabelos – que saem fortalecidos e
mais brilhantes. Mas tome muito cuidado: há uma vasta oferta de produtos destinados à
escova progressiva que contêm formol.
- DICAS IMPORTANTES
1 – Uma ideia bacana para quem não quer se arriscar direto na cabeleira, é utilizar tinta
guache ou anilina em pó, para testar várias misturas e estudar mais de perto como
funciona a junção das cores.
2 – Tons, nuances e reflexos de tintas variam muito de marca para marca,
mesmo indicando a mesma numeração. Por isso, é extremamente importante dar uma
checada na Tabela de Cores de cada marca, preferencialmente ao vivo e não por fotos,
para não ter surpresas.
3 – Teste de mecha, teste de mecha, TESTE DE MECHA. É chatíssimo, eu sei, mas
é necessário. Não só para saber como vai ficar a coloração no seu fio antes de aplicar no
cabelo todo, mas também por conta de risco de alergia. Eu mesma já tive uma alergia
terrívelpor conta de tinta e fiquei semanas com bolhas na cabeça e no corpo todo,
chorando de dor e coceira, e uma semana sem nem conseguir dormir. Acreditem, é mais
comum do que parece. E olha que meu cabelo sempre aguentou de tudo, chegava a fazer
escova marroquina, descolorir e pintar duas vezes, tudo isso no mesmo dia.
(ALOKAAAA) Então, imaginem em quem tem couro cabeludo que se irrita fácil?
Então, todo cuidado é pouco, tá?
Quem nunca ouviu que determinado produto precisa fechar as escamas para ter
efeito maior, ou que o jato de ar quente abre as cutículas e é importante o ar frio para
fechá-las? A cutícula é a camada mais externa, responsável por regular a entrada e saída
de água da fibra. É nela, por exemplo, que a coloração fica depositada. Ela é composta
de seis a oito camadas de células planas sobrepostas e coberta por uma camada invisível
de lipídios resistente à água, que age como um hidratante natural. A maioria dos danos
capilares acontece nessa área dos fios, que graças a danos externos, rompem a proteção
da cutícula e causam queda, porosidade e ressecamento.
2 - CÓRTEX: RESPONSÁVEL PELA FORMA, COR E RESISTÊNCIA
Escolher um tratamento capilar é como levar o seu carro para fazer uma
manutenção: pode parecer que o serviço ficou bom, mas se você não entende nada de
carros e não sabe avaliar direito, não dá pra ter certeza. Aí dá o maior medo de ter
levado gato por lebre, e às vezes você só vai descobrir quando o sistema começar a dar
pane no futuro. O seu cabelo pode cair por uma série de motivos diferentes, e se você
não souber exatamente qual deles está te afetando, pode acabar perdendo muito tempo
e dinheiro com produtos ou tratamentos que não tenham nada a ver com o seu
problema específico. Ou que até pareçam funcionar no começo, mas que acabem não
resolvendo ou até piorando a situação no longo prazo. Antes de receitar a medicação
nós precisamos primeiro conhecer o paciente, certo? Este é o primeiro de uma série de
posts onde vamos analisar o cabelo de perto: do que ele é feito, como ele funciona e
qual é o seu ciclo de vida. Depois vai ficar bem mais fácil entender como cada processo
de queda de cabelo interfere nesse ciclo, e escolher o melhor plano de ataque pra sanar
de vez o problema.
1 - CAMADAS DO CABELO
Todos os fios do nosso cabelo têm duas camadas principais: a cutícula (parte
mais externa) e o córtex (parte intermediária). Alguns fios ainda têm uma terceira
camada, a medula (parte interna). Se compararmos o fio de cabelo com um lápis, a
cutícula seria a pintura externa, o córtex seria a madeira e a medula seria o grafite,
conforme mostrado na figura abaixo:
2 - CUTÍCULA
A cutícula é composta por várias placas sobrepostas, como as telhas de um
telhado ou as escamas de um peixe. A função delas é servir de “escudo” para a camada
de baixo, o córtex do cabelo, protegendo-o de agressões externas e ajudando a
“segurar” água e outras substâncias dentro do fio. A cutícula é composta basicamente
por camadas de queratina (uma proteína), e as ceramidas (um tipo de lipídio) agem
como a “cola” que mantém essas camadas no lugar. A figura abaixo é uma Cutícula do
cabelo ampliada em um microscópio. Observe as placas sobrepostas, como as telhas em
um telhado.
Você pode fazer uma experiência para “sentir” a cutícula do seu cabelo: com
uma das mãos, segure um fio (não precisa arrancá-lo da cabeça!) pela ponta. Depois,
segure com firmeza o meio do fio entre os dedos indicador e polegar da outra mão
(como uma pinça) e deslize os dedos para baixo, em direção à ponta. Os dedos deslizam
com facilidade porque o movimento está acompanhando a direção das placas da
cutícula. Agora tente deslizar os dedos novamente, só que de baixo pra cima
(começando da ponta e indo em direção à raiz): você provavelmente vai sentir uma
resistência, uma textura mais áspera, e o cabelo pode até fazer um barulho durante o
movimento. Isso é porque os seus dedos estão indo na direção contrária à das placas, e
“esbarrando” na beiradinha de todas elas! Impressionante, né? Provavelmente o seu fio
não gostou nada dessa experiência (o atrito agride a cutícula do cabelo!), então peça
desculpas, diga que foi pelo bem da ciência e que você nunca mais vai fazer isso de
novo.
3 - PORTÕES DO CABELO
0° – Se o cabelo for cortado para baixo, com as pontas em projetadas em direção ao
chão, é a zero grau de elevação. O resultado será um corte de base reta.
45º – A 45 graus significa que o corte de cabelo será feito de modo que as mechas a
serem cortadas fiquem entre o corte reto (zero grau) e o paralelo (90 graus). Ao cortar
os fios no ângulo de 45 graus, os cabelos ganham camadas que proporcionam leveza à
base.
90º – Nesse, o corte de cabelo será realizado de modo que as mechas fiquem estendidas
de forma paralela à cabeça. O resultado, cabelos com camadas marcadas.
135º – A 135 graus, a mecha será cortada com uma elevação entre a de 90 graus
(paralela à cabeça) e a de 180 graus (perpendicular à cabeça, toda para cima). Esse
ângulo de corte forma camadas marcadas em graduação.
180º – Por fim, o ângulo de 180 graus, quando a mecha será erguida de forma que fique
perpendicular à cabeça, toda para cima. O resultado, camadas alongadas nos cabelos.
4.7.2 LINHAS DE CORTE
As linhas de corte também são técnicas muito importantes para o profissional, na hora
de cortar os cabelos.
Horizontal – Cortar os fios projetados na linha horizontal promove um corte de base
reta.
Vertical – Na vertical, o resultado será um cabelo com camadas marcadas.
Diagonal – Se a linha de corte for projetada na diagonal, os cabelos ganharão camadas
marcadas em graduação e leveza.
4.10 HOLOGRÁFICO
4.12 FLASHES
Das técnicas de mechas, esse serviço é uma alternativa para morenas darem uma
reavivada no visual. Aqui, o resultado também é mimetizar a exposição natural ao astro
rei. Segundo Vivi Costa, colorista do Studio Sônia Nesi, no Rio de Janeiro, o
procedimento é feito por meio de mechas bastante finas, não marcadas e com dois ou
três tons diferentes. “O objetivo é parecer que os raios de sol iluminaram uma parte da
cabeça. O processo leva cerca de duas horas para ficar pronto e todas podem aderir ao
modismo.”
4.15 CARAMELIZADAS
Alguém que não seja do ramo pode achar que mechas, reflexos, luzes ou
balayage são sinônimos, ou seja, palavras com o mesmo significado. No fundo, esse
ponto de vista faz sentido, pois as quatro técnicas dizem respeito a um mesmo processo:
iluminar os cabelos, ou seja, criar contrastes entre áreas claras e escuras. Porém, cada
uma delas apresenta características e maneiras próprias de aplicação. Reflexos e luzes
continuam sendo as técnicas mais usadas, pois, diferentemente do ultraloiro, não
apresentam efeitos colaterais. Antes de discutir que técnicas são essas, é importante
compartilharmos algumas informações.
Tanto mechas como reflexos, luzes e balayages servem para clarear os cabelos
ou emprestar a eles uma luminosidade colorida. Uma coisa é certa: o cabeleireiro deve
levar em conta, antes de qualquer procedimento, a cor natural dos cabelos do cliente e
fazer um simples teste de resistência dos fios. Se a tonalidade dos cabelos é loiro-
escuro, por exemplo, o cabeleireiro pode aplicar uma tinta que deixe alguns fios mais
claros, destacando-os. Mas se a cor natural for castanho-claro e a aplicação for muito
clara, os cabelos certamente tenderão ao avermelhado. Portanto, todo cuidado é pouco.
É importante ter em mente o efeito que o cliente pretende obter, a fim de definir junto
com ele a técnica e a tonalidade do clareamento.
Para clarear a cor do fundo dos cabelos sem prejudicar os fios, obtendo um
resulta- do bem natural, você deve criar reflexos com três ou mais tons em degradê.
Outra possibilidade é fazer múltiplos reflexos na cabeça toda usando até cinco
tonalidades (que podem variar conforme a cor natural dos fios), distribuídos por mechas
bem finas divididas em cerca de 300 papelotes. O resultado é uma suave coloração que
contrasta com a cor natural. As chamadas mechas de cores invertidas – ou inversas –
podem ser obtidas por meio de colorações escuras em cabelos muito claros. As pessoas
morenas de cabelos castanho-escuros que buscam mais luminosidade devem recorrer
aos tons de bronze e mel usando a técnica balayage. Se o fundo for avelã, a melhor
opção é o loiro bem claro. Já os fios marrons quentes pedem mechas acobreadas. Mas
quais são as especificidades de cada técnica? Confira a seguir.
MECHAS
LUZES
São mechas ultrafinas que podem ser feitas na cabeça toda. Dão um efeito mais natural
aos cabelos, principalmente se forem apenas alguns tons abaixo da cor natural. O
resultado final é o de “cabelo que tomou sol”.
BALAYAGE
REFLEXOS
As mechas são mais claras e largas. Técnica indicada para quem tem cabelos
naturalmente bem claros.
CALIFORNIANAS
Mechas claras feitas da altura das orelhas para baixo, ou apenas nas pontas dos cabelos.
São mais usadas no verão, pois simulam a ação do sol nos cabelos longos.
SUNKISS
As pontas dos cabelos ficam mais claras que o restante, como se tivesse tomado muito
sol. Trata-se de uma técnica mais suave que a californiana.
MECHAS INVISÍVEIS
São bem finas, vão da raiz até as pontas e parecem se misturar à cor original dos
cabelos, resultando em um efeito natural e discreto. A técnica pode ser aplicada tanto
em morenas (mechas caramelo e douradas) quanto em loiras (mechas camomila e
platinadas). São ideais para quem quer inovar sem “sair do tradicional”. Para usar um
desses recursos é importante examinar, assim como na tintura, a quantidade de fios
brancos. Relembre sempre a tabela indicada na Unidade 4 sobre a quantidade de fios
brancos, pois ela será um guia para o preparo da tinta, a fim de se obter o efeito
desejado. Existem dois tipos de luzes. O primeiro tipo é obtido com o auxílio de folhas
de papel especial, que deixam mechas mais marcadas e definem bem o espaço entre
claro e escuro. O segundo tipo, cujo processo envolve o uso de uma touca de silicone, é
ideal para quem deseja ter cabelos mais claros e uniformes.
COMO FAZER?
A touca de silicone é utilizada para fazer luzes. Entretanto, muitos profissionais da área
estão aderindo ao plaquete, pois consideram que ele permite um maior controle das
ações. Isso porque a touca de silicone é cheia de furos pelos quais os cabelos são
puxados com uma agulha de crochê. Segundo muitos cabeleireiros, essa técnica não
permite que a coloração se aproxime da raiz, e o resultado é inferior àquele obtido com
o uso do plaquete.
AGe fOtOstOCK/KeystOCK
Plaquete: muitos profissionais recorrem a ele para ter maior controle das
ações
A técnica do plaquete é simples. Ponha as luvas, vista a capa no cliente e mãos à obra.
Separe uma mecha de cabelo com cerca de 5 cm de espessura. Com a ponta do pincel de
tintura, faça movimentos como se fosse alinhavar a mecha, ou seja, separe
alternadamente os fios da mecha.
Marque o tempo. Tenha sempre em mãos um timer – um pequeno relógio que você
regula e faz soar um alarme no tempo indicado. Trata-se de uma ótima ferra- menta para
controlar seu trabalho. No processo de descoloração dos fios cada mi- nuto é precioso.
Você precisará organizar bem as atividades para não correr o risco de deixar algum
cliente “mais loiro” do que o previsto.
ATENÇÃO: o descolorante age continuamente até retirar toda a cor dos cabelos. O
tempo destinado à descoloração tem relação com a tonalidade da mecha que está sendo
pintada. Portanto, siga à risca as instruções do fabricante do produto. Lembre- se de
perguntar se o cliente já fez esse procedimento alguma vez e, se for o caso, como foi o
processo. Isso porque há diferentes texturas de cabelo – o que altera o tempo de
descoloração. Além disso, a preparação do descolorante requer muita atenção e cuidado.
A matemática, como visto anteriormente, nos ajuda em várias situações. Vamos recorrer
ao sistema de medidas e aos conceitos de proporção e porcentagens para preparar o
produto certo e empregar a técnica corretamente. Para preparar o descolorante, você terá
que misturar um produto medido em gramas (g) e um líquido medido em mililitros
(mL). Ou seja: para 50 g de pó descolorante você usará 100 mL de produto oxidante,
mas é preciso checar os volumes desse produto, conforme o efeito desejado. Veja a
tabela abaixo.
MECHAS FEITAS COM PAPEL ALUMÍNIO
2 - Divida os cabelos em partes, de acordo com seu volume. Inicie pela parte de trás da
cabeça, separando os fios com a ajuda de um pente de cabo fino.
3 - Controle a ação do descolorante durante o tempo de pausa, até obter o tom desejado.
4 - Depois que todas as mechas estiverem prontas, lave os cabelos com xampu e
condicionador adequados ao tipo de cabelo.
2 - Coloque a touca própria para fazer mechas, ajustando-a bem à cabeça. Se necessário,
aqueça a touca com o secador a fim de facilitar o ajuste.
3 - Com o auxílio de uma agulha de crochê, retire os fios de cabelo através de cada um
dos orifícios da touca.
Repare que a imagem abaixo não contém o nome das cores. Isso é proposital. A
intenção aqui é aproximar a cor desejada da cor alcançada. Em primeiro lugar, vamos
compreender o significado do desenho: a neutralização acontece por meio da cor
complementar, ou seja, aquela que está no sentido oposto da cor alcançada. Por
exemplo: se os cabelos ficaram amarelo-ouro, você precisa usar o neutralizador roxo; se
ficaram vermelhos, precisa usar o verde, e assim por diante.