S. RAFAEL KALINOWSKI,
Carmelita (1835 – 1907)
Foi beatificada em 1984. Era assídua leitora da História duma Alma. Em 1901
ingressou no Carmelo abandonando a carreira de pianista.
S. FAUSTINA KOWALSKA
Religiosa da Congregação da Divina Mãe da Misericórdia
(1905 – 1938)
Era três anos mais novo que Santa Teresinha e 15 que Paulina, a Madre Inês, com
quem se correspondeu epistolarmente. Em 1928 foi admitido na União Sacerdotal
dos Irmãos espirituais de S. Teresinha do Menino Jesus. Não se sabe quando
começou a sua devoção (mas crê-se que seja posterior á sua beatificação, ocorrida
em 1923), pois a edição portuguesa da História duma Alma só apareceu em 1906.
Fundou a obras das Servas da Santa Igreja, em quem procurou infundir o caminho
da Infância Espiritual, apresentando Teresinha como modelo a seguir, na
simplicidade e no escondimento.
Toda a sua vida de bispo foi encomendada a Santa Teresinha, através do Carmelo
de Lisieux. Nela, «a Irmãzinha do Céu», depunha enorme confiança. Porém,
algumas vezes, o Arcebispo sofre a noite obscura sentindo-se abandonado de
Teresinha e, como beduíno do deserto anseia pelo oásis suplicando-lhe a «chuva de
rosas».
Autor do livro «Quero ver a Deus». Fundador do Instituto Secular Nossa Senhora da
Vida. Descobriu S. Teresinha em 1908. Leu-a continuamente, pelo que ela fazia
parte das suas pregações.
SÂO PIO X
BENTO XV
«Desejamos que o segredo da santidade da Irmã Teresa do Menino Jesus não fique
escondido para nenhum dos nossos filhos». (1921)
PIO XI
«Desde o escondido da clausura, Teresa fascina hoje o mundo sob a magia do seu
exemplo; exemplo de santidade que todo o mundo pode e deve seguir, pois todo o
mundo deve entrar pelo ‘pequeno caminho’, caminho de simplicidade de ouro que
nada tem de infantil senão o nome. Neste ‘caminho da infância espiritual’ a
‘pequena Teresa’ é hoje a ‘Grande Santa Teresa’. (1925)
CARDEAL PACELLI
FUTURO PIO XII
«Deveis saber que fui baptizado em 1897, no dia em que morria em França a mais
tarde conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus. Nos apontamentos
privados que Teresa escreveu antes da sua morte há um que diz o seguinte:
«Depois de morrer eu gostaria de ter em cima do meu leito pequenos meninos
baptizados.»
[Segundo Jean Guitton que relatou este facto, Paulo VI não leu o texto em francês,
mas na versão latina que tinha escrita no seu breviário]
ALBINO LUCIANI,
FUTURO JOÃO PAULO I
«Querida pequena Teresa! Eu tinha 17 anos quando li a tua biografia. Isso produziu
em mim o efeito dum trovão. Tu intitulás-te-a como ‘história primaveril duma
florzinha branca’; a tua biografia pareceu-me como a história duma barra de aço
que — pela decisão e valentia que mostrava — expressava força de vontade. A
partir do momento em que tu escolheste o caminho da consagração total a Deus
nada poderia suster-te: nem a doença, nem as oposições do mundo exterior, nem
as turbulências nem a obscuridade interior.»
JOÃO PAULO II
GEORGE BERNANOS
«A mensagem que esta santa traz ao mundo é, sem dúvida alguma, um dos mais
misteriosos e urgentes que o mundo jamais recebeu. O mundo está a morrer
porque perdeu o espírito de infância, que é algo muito contrário ao espírito dos
totalitarismos que se ocupa da preparação de canhões e tanques.»
GILBERT CESBRON
PAUL CLAUDEL
«Eu tive a minha conversão no mesmo dia que a Irmã Teresa do Menino Jesus: o
dia de Natal de 1886.»
FRANÇOIS MAURIAC
«Se tu soubesses até que ponto Cristo é doce, como se revela aos pobres de
coração manchados e derrubados. O amor existe, é a única realidade. Nunca é
tarde para se tentar ser santo. Até o maior pecador cujos pecados atirou sobre
Cristo, ao libertar-se deles, pode aspirar à pureza e a perfeição. Na pequena Teresa
do Menino Jesus [...] descobri o verdadeiro rosto martirizado e a maravilhosa
infância. Ela própria dizia que se tivesse cometido todos os pecados mortais do
mundo não teria menos confiança e amor...»
THOMAS MERTON
(escritor americano convertido em monge)
«Na ordem sobrenatural, a grande graça que recebi, nesse mês de Outubro, foi
descobrir que Teresa de Lisieux é uma santa autêntica e não uma pequena e muda
beata para velhas sentimentais. E não apenas é uma santa, mas uma grande
santa, uma santa extraordinária. Eu peço-lhe mil vezes perdão e ofereço-lhe
pública reparação por a ter ignorado durante tanto tempo.»
JULIEN GREEN
«Se reparardes bem Santa Teresa de Lisieux não pode ver um lugar comum,
porque logo lhe salta por cima como se saltasse sobre uma presa, mas fá-lo duma
forma grácil e louçã.
[Vou citar Teresinha de memória, esperando não me equivocar:] ‘Vale mais pobre
mas próximo de Deus, que rico vivendo sob os mais ricos enfeites do mundo.»
Como podemos sorrir? Teresinha jamais teve consciência de que Cristo lhe falara.
Não teve o que se chama consolações. Apenas compreendia bem o Evangelho e a
Imitação de Cristo. Porém, ‘Ela temo infinito no seu coração.’»
CATHERINE RIHOIT
MARIE-NOËL
(Poetisa)
«Oh ! A Pequena Teresa que nunca falou a ninguém, e agora conduz as multidões
para Deus! (1917)
Já lá vão duzentos ou trezentos anos em que a França apenas foi doutrinada por
doutores severos que pregavam, ameaçavam e castigavam... Não admira que até a
Pequena Teresa tenha começado a virar costas a Deus, como se Ele fosse um velho
e desagradável mestre.
Foi assim que a França começou a fazer gazeta. Então, para a fazer regressar à
escola deus enviou-lhe uma jovenzinha com um cestinho de rosas.
Teresinha é a minha companheira do Paraíso.» (1936)
DIDIER DECOIN
«Para mim, Teresinha é a verdadeira Santa da Fé. Será a minha última amiga e o
meu último sacerdote, a minha última tranquilidade, o meu guia, a minha última
fortuna de encontrar calor por entre os blocos de gelo, será o meu último encontro
antes de me apresentar diante de Deus.»
EAMMANUEL MOUNIER
JEAN GUITTON
JOHN WU
(Intelectual chinês)
HENRI BERGSON
ARTISTAS E OUTROS
SIMONE BERTEAUT
(Irmã de Edith Piaf)
Pouco depois do seu nascimento Edith Piaf teve uma catarata. Ninguém se
apercebera! Ficou cega durante quase três anos. A Avó de Louise levou-a a Lisieux.
Foi a partir dessa altura que ela começou a recuperar a vista. Foi um verdadeiro
milagre para Edith Piaf. Ela sempre foi muito crente. É desde essa altura que lhe
consagra uma verdadeira devoção. Traz sempre consigo uma medalhinha e na
mesinha de noite do seu quarto tem sempre uma imagem da Santa.
CHARLES MAURRAS
(Fundador da L’Action Française)
É muitíssimo o que devo a Santa Teresinha. Ela é o meu «Anjo custódio». Possuo
uma relíquia dos seus ossos que sempre trago comigo. Foi-me entregue pela Madre
Inês com quem mantive correspondência até à sua morte.
ALAIN MIMOUN
(Muçulmano, campeão olímpico e mundial da maratona)
«Também eu sou filho da Pequena Teresa. Um dia, durante uma viagem pelas
escolas e prisões juntamente com Jean François — Fundador de «As crianças da
Luz» — parámos no Carmelo de Lisieux da Pequena Teresa. Ao passar a porta da
capela senti um intenso perfume a rosas. Perguntei então aos que vinham comigo:
‘sentis o mesmo perfume que eu?’, mas nenhum deles sentia algo. Perguntei-lhes:
‘mas estais constipados, ou quê?’. Simplesmente eu não sabia o que havia de
pensar. Foi então que Jean François me disse: «Não te perturbes. É assim que a
Pequena Teresa saúda os seus filhos!’
No dia seguinte, para espanto meu, reparei que a medalhinha que trazia comigo
desde o dia da minha conversão e que eu julgava ser de Maria, era, de facto, de
Santa Teresinha do Menino Jesus! Desde então, a Pequena Teresa acompanha-me
por todos os lugares e em todas as minhas orações.
E tal como Jacques Fesch, na véspera da sua execução, na prisão de Santé, há 28
anos: ‘Eu ponho a minha mão direita sobre a Santíssima Virgem e a minha mão
esquerda em Teresinha, para que ambas me levem a Jesus.»
JACQUES FESCH
(27 aos, guilhotinado no dia 1 de Outubro de 1957)
Jesus encontra-se a meu lado. Ele chama-me insistentemente para Ele. E eu não
posso fazer mais que adorá-l’O em silêncio, desejando morrer de amor.
É noite, e eu espero em paz. Espero o amor! Dentro de cinco horas verei Jesus!
PORTUGUESES
QUE AMARAM S. TERESINHA
CONDESSA DE SARMENTO
Foi leitora dos escritos de Teresinha. Conheceu os dois grandes devotos P. Manuel
Santana e D. Augusto Eduardo Nunes. Contribuiu com um donativo de 16.000
francos para a causa da Beatificação.
Era três anos mais novo que Santa Teresinha e 15 que Paulina, a Madre Inês, com
quem se correspondeu epistolarmente. Sentia-se fazer parte da «família de
Lisieux». Em 1928 foi admitido na União Sacerdotal dos Irmãos espirituais de S.
Teresinha do Menino Jesus. Ao registar-se na União Sacerdotal, registou: «Irmã
celeste, oxalá eu te imite». Não se sabe quando começou a sua devoção (mas crê-
se que seja posterior á sua beatificação, ocorrida em 1923), pois a edição
portuguesa da História duma Alma só apareceu em 1906.
Fundou a obras das Servas da Santa Igreja, em quem procurou infundir o caminho
da Infância Espiritual, apresentando Teresinha como modelo a seguir, na
simplicidade e no escondimento.
Toda a sua vida de bispo foi encomendada a Santa Teresinha, através do Carmelo
de Lisieux. Nela, «a Irmãzinha do Céu», depunha enorme confiança. Porém,
algumas vezes, o Arcebispo sofre a noite obscura sentindo-se abandonado de
Teresinha e, como beduíno do deserto anseia pelo oásis suplicando-lhe a «chuva de
rosas».
Era muito sensível à imagem e mensagem de Santa Teresinha. Escreveu uma obra
lírica e dramática — a primeira que no mundo dramatizou teatralmente o culto de
Teresinha —, que apresentou como um «milagre em cinco actos». A peça chamava-
se «Teresinha» e foi elaborado segundo as técnicas do auto vicentino.
«Santa Teresinha do Menino Jesus está ligada à minha infância e juventude que
evocá-la, mesmo em breves linhas, é uma espécie de reconfortante mergulho no
passado. [...] Onde, seguramente, mais se me arreigou o culto da carmelita de
Lisieux foi na Igreja de Jesus, que regularmente frequentei até casar e mudar de
bairro. [...] Lembro-me da sua beatificação e, logo, da sua rápida, invulgarmente
rápida, canonização, já eu andava no liceu.»
CARDEAL CEREJEIRA
«O CARDEAL DE S. TERESINHA»
Visitou o Carmelo de Lisieux, onde foi recebido pela Irmã Celina que o recebeu
afectuosamente, e lhe ofereceu três preciosos objectos: uma relíquia de sua irmã;
uma imagenzinha da mesma; e uma caixa contendo manuscritos autobiográficos.
Era grande devoto de Santa Teresinha. recebeu do Papa uma relíquia da Florinha
de Lisieux.
Tinha residência no Funchal e em cumprimento duma promessa por ter sido salva
de um grave acidente construiu a primeira capela que em Portugal se dedicou a
Santa Teresinha.
MANUEL BANDEIRA
Me dá alegria!
Me dá a força de acreditar de novo
No
Pelo Sinal
Da Santa
Cruz!
Me dá alegria! Me dá alegria,
Santa Teresa!...
Santa Teresa não, Teresinha...
Teresinha do Menino Jesus.
CÓNEGO FORMIGÃO
Santa Teresinha,
Virgem imortal:
Lança tuas rosas
Sobre Portugal!
Lírio imaculado
Do jardim de França:
Faz crescer a doce
Luz da nossa esperança.
Através da bruma
Da maré que passa,
Reza a Deus pela nossa
Decaída raça.
Santa Teresinha,
Virgem imortal
Dá-nos a tua bênção!
Salva Portugal!
Era filha dum médico amigo de D. Manuel Santos — «um amigo voltaireano», como
o Arcebispo de Évora lhe chamava. Não obstante o laicismo paterno, a partir de
1925 deixou-se envolver pela espiritualidade teresiana. Doente, adormeceu
santamente no Senhor, com morte edificante. Antes de morrer, e após ter-se
confessado, declarou: «Meu pai, não sou digna de morrer assim, como Santa
Teresinha. Se não morrer agora, tenho pena.» E, pouco antes de se finar, ainda
balbuciou: «Posso dizer como Santa Teresinha: ‘falta-me o ar da terra, vou respirar
o ar do céu. Vá, anda, Teresinha, desprende-me, eu só não posso.»
Sua mãe, como muitos outros peregrinos de Lisieux ao não poder trazer relíquias
de S. Teresinha trouxe terra do jardim do Carmelo. Após a sua morte o seu pai
converteu-se e tornou-se servita de Fátima.