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Custo de Capital
Seu cálculo é composto considerando os custos dos recursos de todas as fontes, postos à disposição
da empresa, e a participação percentual de cada fonte.
O custo do patrimônio líquido é a taxa de retorno que os investidores exigem para realizar um
investimento patrimonial em uma empresa.
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Custo de Capital
O modelo CAPM permite determinar, de maneira geral, o retorno requerido por um investidor para
aplicar em determinado mercado e incorrer em um risco específico que o mercado impõe ao ativo,
denominado beta (também conhecido como risco sistemático, sistêmico ou não diversificável).
Em que:
De acordo com essa equação, o retorno sobre qualquer ativo excede a taxa de retorno livre de
risco por um prêmio igual à medida de risco sistemático (beta) do ativo, vezes o prêmio de risco da
carteira de mercado.
Assim, o prêmio de risco sobre os ativos individuais será proporcional ao prêmio de risco sobre a
carteira de mercado e ao coeficiente beta do título na carteira de mercado.
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Custo de Capital
Com o modelo CAPM, calcula-se o retorno que os investidores esperam ganhar sobre um
investimento patrimonial, considerando o risco a ele inerente, e esse retorno se torna o custo do
patrimônio líquido para os gerentes da empresa.
Por meio desse custo, é possível considerar que a taxa de rendimento requerida por um investidor de
ações é igual ao retorno dos investimentos sem risco acrescido de um prêmio pelo risco.
Para uma empresa com taxa de crescimento de lucros e dividendos estável, o valor presente dos
fluxos de caixa para uma ação do capital próprio pode ser expresso por meio do chamado Modelo de
Gordon da seguinte forma:
Em que:
p = preço da ação.
Embora seja simples, o uso do Modelo de Crescimento de Dividendos se limita a empresas que se
encontrem em situação estável. Além do mais, é sensível à estimativa de crescimento de dividendos.
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Custo de Capital
O custo de capital de terceiros (Ki) é definido de acordo com os passivos onerosos identificados nos
empréstimos e financiamentos mantidos pela empresa. Em termos gerais, o Ki é determinado por
meio das seguintes variáveis:
À medida que o nível das À medida que o risco de Como os juros são dedutíveis
taxas de juros aumenta, inadimplência da empresa do imposto de renda, o custo
o custo da dívida para a aumenta, o custo de tomar da dívida após tributação é
empresa, em tese, também dinheiro emprestado, em uma função da alíquota fiscal.
crescerá. tese, também crescerá. O benefício fiscal decorrente
do pagamento de juros torna
mais baixo o custo da dívida
após tributação em relação
ao custo antes do pagamento
dos impostos.
A contratação de empréstimos pode trazer diversos benefícios para a empresa. O mais usual decorre
do fato de que o empréstimo permite à empresa reduzir a parcela do imposto de renda, uma vez
que a despesa financeira é uma despesa dedutível.
O custo do capital de terceiros pode ser calculado por meio da seguinte fórmula:
Em que:
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Custo de Capital
No Brasil, considera-se como a taxa marginal efetiva corporativa de impostos a alíquota de Imposto
de Renda de 25%, acrescida da CSLL de 9%, totalizando uma taxa marginal de 34%.
Esse custo, a exemplo de alguns dos benefícios citados anteriormente, é também difícil de
ser mensurado.
Damodaran (1997) destaca que o custo da dívida não é a taxa do cupom dos
bônus que a empresa tem a pagar, nem é a taxa à qual a empresa conseguiu
tomar dinheiro no passado.
Embora essas taxas possam ajudar a calcular o custo dos juros que a empresa terá que pagar, não
determinam o custo da dívida após o pagamento de impostos.
Dessa forma, uma empresa que contabilizou uma dívida contraída quando as taxas de juros estavam
baixas não pode alegar que tem um baixo custo de dívida se o nível geral das taxas de juros ou seu
risco de inadimplência aumentou nesse período.
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Custo de Capital
O capital total à disposição da empresa corresponde à soma do capital próprio (patrimônio líquido)
com o capital de terceiros (dívidas ou obrigações):
Em que:
O custo do capital tem efeito sobre as operações da empresa e, subsequentemente, afeta a sua
lucratividade.
A taxa de captação dos recursos entregues à administração da empresa denota o custo do capital,
que representa a taxa de financiamento da empresa, ou taxa referência para tomada de decisões de
investimento (entre outras).
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Custo de Capital
O conceito de custo médio ponderado do capital merece destaque quando aplicado ao mercado
brasileiro, no que se refere às ações preferenciais.
Tais títulos, comuns ao mercado norte-americano, não se encontram aplicados e/ou difundidos no
mercado nacional.
É importante destacar que, quando utilizamos o modelo de custo de capital, devemos realizar as
ponderações a valor de mercado.
O raciocínio se fundamenta no fato de o custo de capital medir o custo de emissão (portanto, a valor
de mercado) de títulos, tanto de ações, quanto de bônus, para financiamento de projetos.
Alguns autores citam que a tendência mundial de buscar novos mecanismos de avaliação de
desempenho reside no fato de que os modelos tradicionais estão excessivamente apoiados em dados
históricos oriundos da contabilidade e não consideram a exigência de rentabilidade mínima sobre o
capital investido pelos sócios. Além disso, esses modelos não apresentam nenhuma alternativa para
tratar o risco associado à incerteza com relação aos resultados.
O EVA pode ser explicado como um sistema de gestão financeira que mede o retorno que o capital
próprio e de terceiros proporcionam aos seus proprietários. Ele mede a diferença entre o retorno
sobre o capital de uma empresa e o custo desse capital, ou seja, o EVA é um indicador do valor
econômico agregado que permite aos executivos, acionistas e investidores avaliarem com clareza se
o capital empregado num determinado negócio está sendo bem aplicado.
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Custo de Capital
Tecnicamente, o EVA é explicado como o NOPAT (Net Operating Profit After Taxes – Lucro Operacional
Após o Imposto de Renda), deduzido do respectivo WACC (Weighted Average Cost of Capital - Custo Médio
Ponderado de Capital). O WACC deve representar o efetivo custo do capital que foi operacionalmente
utilizado para produzir o resultado econômico obtido.
Em que:
Portanto, há criação de valor quando o NOPAT for maior que o custo do capital aplicado no negócio.
Da mesma maneira, há destruição de valor quando o NOPAT for insuficiente para cobrir o custo do
capital requerido pelos investidores e acionistas.
Diferentemente da análise financeira, a abordagem com foco na criação de valor possibilita avaliar,
através de instrumentos adequados, as alternativas de estrutura de capitais e de recursos aplicados,
proporcionando vantagens competitivas ao negócio, criando valor pela melhoria operacional e
econômica, através de vários aspectos, de onde se pode destacar a tomada de decisões, tecnicamente
orientadas, sobre como investir e utilizar os recursos que criam valor para a empresa/unidade de
negócios; a análise da estrutura e do custo de capital, bem como sua influência no resultado final.
Ademais, ele contribui para o alinhamento da visão dos gestores e dos acionistas, ou seja, os gestores
passam a tomar decisões pautadas na criação efetiva de riqueza para os proprietários. Na prática,
cada vez mais gestores, bancos comerciais, bancos de investimentos, analistas de investimentos
estão utilizando o EVA como medida de valor para suportar o seu processo de decisão.
Então, a segunda empresa, mesmo com um menor lucro, adiciona mais valor que a
primeira.