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Transdução Auditiva

Suelen Marques
suelen_marques@id.uff.br
AUDIÇÃO
AUDIÇÃO
Função: identificar fonte e localização.
Enriquece imensamente a experiência humana

Com a linguagem se tornou extremamente importante.


CAPACIDADE AUDITIVA
• Humanos: de 15/20 a 20000 Hz. • Sapos: de 1000 a 5000 Hz.
• Cães: de 15 a 40000 Hz. • Gatos: de 30 a 45000 Hz.
• Morcegos: de 1000 a 120000 Hz. • Chipanzé: de 100 a 30000Hz.
Surdez pode ser devastador
Idosos Crianças

 Decorrente de infecções Pré e perinatal


e condições genéticas (1:1000).
 Normalmente prejudica
desenvolvimento da fala, muitas vezes
da leitura e escrita.
Convivência social se  Teste da orelhinha.
baseia muito na
comunicação pela fala

Alarmes
Tinnitus- lesões da via de (como
auditiva incêndio, ambulância,
neuromas) bombeiro,(causa
ou idiopático avisosincerta)
sonoros
Tipos de surdez
•Surdez de condução:
•Causada por comprometimento dos mecanismos dos ouvidos externo e
médio, para a transmissão dos sons à cóclea.

•Bloqueio da Tuba Auditiva por cerumen impactado, por lesão do


tímpano e pelo avanço da idade (produz espessamento do tímpano e
aumento da rigidez articular)

•Surdez neurossensorial:
•Causada por comprometimento das células ciliadas da cóclea ou por lesão
do ramo no nervo vestíbulo-coclear (VIII)

•Causado por aterosclerose que reduz o suprimento sanguíneo para os


ouvidos, pela exposição a ruídos altos que destroem as células ciliadas, ou
por certos medicamentos como aspirina e estreptomicina

•incapacidade dos sinais auditivos atingirem o cortex auditivo (por


lesão da cóclea)
ASPECTOS FÍSICOS DO SOM

Som:variações audíveis
na pressão do ar.

densidade de mols
densidade de mols

Caixa de som:
objeto move em direção ao ar – comprime (densidade de mols)
objeto move em direção contrária (densidade de mols)
PARÂMETROS DO SOM

•Espectro de som audível: 20 Hz a 20KHz

FREQUÊNCIA: número de ciclos/seg


(=TIMBRE E SONS AUDÍVEIS)

INTENSIDADE: amplitude da onda


(diferença da pressão do ar)
(=VOLUME)
ORGANIZAÇÃO DO ÓRGÃO AUDITIVO
Orelha
Orelha média Orelha Contem receptores
para audição e
externa Transmite
interna para o equilíbrio
Capta energia mecânica (ondas sonoras)
energia
mecânica ate
Ossículos a janela oval)

Janela
oval

•Nervo acústico
•Centros auditivos
no tronco cerebral,
tálamo e córtex
auditivo (primário e
secundário).

Cóclea

Pavilhão Canal Tímpano Tuba


da orelha Auditivo Auditiva
ou aurícula
ESTRUTURA DO SISTEMA AUDITIVO
Orelha externa e orelha média

Ouvido médio

Ouvido
interno

Ouvido
externo
ORELHA MÉDIA
Ouvido médio: ossículos: (martelo, bigorna e estribo)

Janela
oval

Ouvido
interno

trompa de
Eustáquio
(decolagem)

•TÍMPANO: Promove amplificação do estímulo sonoro


Músculos Protetores da Audição
adaptação a volume muito alto: músculos tornam ossículos mais rígidos e
reduzem seu movimento
Ossículos (Martelo, Bigorna e
Janela oval
Estribo)

Músculo Estapédio – amortece


Tensor do grandes vibrações no
tímpano estribo, produzidas por
som de grande
intensidade. Diminui a
sensibilidade da
audição (posiciona os
ossículos em condições
Tensor do tímpano –
de transferirem toda ou
limita o movimento
apenas parte da energia
impedindo lesão (traciona a
mecânica recebida do
membrana timpânica e a
tímpano).
janela oval para o interior do
ouvido médio)

Músculo Janela Cóclea


Tímpano Redonda
estapédio
REFLEXO DE ATENUAÇÃO
A contração do músculo estapédio altera o padrão de vibração do estribo na janela oval.

Situação para nível sonoro menor que


70 dB.

Músculo estapédio relaxado.

Estribo tem movimento de pistão


sobre a membrana da janela oval.

Situação para nível sonoro maior que


70 dB.

Músculo estapédio contraído

O estribo passa a escorregar sobre a


membrana da janela oval.
Ouvido interno
Cóclea

Ápice

Janela oval

Rampa
Bigorna
vestibular
Martelo Base
Estribo

Rampa
média

Rampa timpânica

Janela redonda
Movimento da janela oval  move
janela redonda
(do grego cochlos = cobra)
Membrana Basilar: analisador de frequência

Ápice
Base
Ápice

Base

1) Base 100X + espessa e mais rígida que ápice (fina e flexível)


2) Ápice 5x + larga que na base
ANATOMIA DA ORELHA INTERNA
Janela
Oval
Helicotrema
Estribo
Escala Vestibular
Membrana Basilar
Janela Redonda Escala Timpânica

Escala
Membrana Vestibular
De Reissner Escala
Membrana Média
tectorial

Órgão de
Corti Escala
Timpânica
Membrana
Basilar
ANATOMIA DO ÓRGÃO DE CORTI

Escala
vestibula
r
Membrana
Estereocílios Tectorial Lâmina
reticular
Célula
Ciliada
Escala
externa
Modíolo média

Gânglio espiral
Célula
Membrana Pilares de
Ciliada
Basilar Corti interna Nervo auditivo

Escala
timpânica

Perilinfa: K+Na+ (escala timpânica e vestibular)


Endolinfa:  K+  Na+ - processo ativo na escala média
Membrana Basilar: analisador de
frequência
ORGANIZAÇÃO DA MB: TONOTOPIA
MAPEAMENTO TOPOGRÁFICO DAS FREQUÊNCIAS NA MEMBRANA BASILAR

A MB NÃO É
UNIFORME: A BASE É
PEQUENA E DENSA E O
ÁPICE É LARGO E
FROUXO
TONOTOPIA NA MEMBRANA BASILAR
A ONDA QUE SE PROPAGA PELA MB INICIA A
TRANSDUÇÃO SENSORIAL
O movimento da membrana basilar cria uma força lateral que inclina os estereocílios das células ciliadas,
levando a alteração de voltagem na membrana destas células.

Elevação da MB: Deflexão dos


feixes ciliares no sentido
excitatório (em direção a borda
maior, despolarização da célula)

Abaixamento da MB: Quando a


membrana basilar se move para
baixo, os feixes ciliares são
movidos na direção inibitória
(hiperpolarização)
Movimento da membrana
basilar x estereocílios
Canais nos estereocílios
Transdução
Cílios retos: Cílios dobram:
canais
parcialmente canais abertos fechados
abertos (despolarização) (hiperpolarização)
TRANSDUÇÃO AUDITIVA
TRANSDUÇÃO AUDITIVA

POTENCIAL DO RECEPTOR É
BIFÁSICO:

• ALGUNS CANAIS ESTÃO


ABERTOS;
• DESPOLARIZAÇÃO NO
MOVIMENTO EM DIREÇÃO AO
MAIOR CÍLIO;
• HIPERPOLARIZAÇÃO NO
MOVIMENTO EM DIREÇÃO AO
MENOR CÍLIO.
Movimento dos estereocílios x
potencial da membrana
TRANSDUÇÃO
Modelo de Adaptação para
Células Ciliadas

Potencial de repouso

Miosina
Adaptação ao estímulo constante:
miosina

Miosina vai
relaxando com a
permanência do
estímulo e os
estereocílios vão
gradualmente
voltando a posição
original diminuindo
a despolarização.
INERVAÇÃO DAS CÉLULAS CILIADAS
INERVAÇÃO DAS CÉLULAS CILIADAS
córtex
auditivo
(A1)

mesencéfalo
rostral

mesencéfalo
caudal

junção
ponte-
mesencéfalo

ponte medial

núcleo
coclear
(na junção
bulbo-ponte)
Amplificação pelas células
ciliadas externas
Cortex Auditivo

Os sinais nervosos levados pelo nervo auditivo ao cérebro já contém as informações das
freqüências que compõem o som que está sendo recebido pelo ouvido. Essa análise se processa
na membrana basilar da cóclea sobre a qual estão dispostas as milhares de células ciliadas.
Localização do som

Sons transitórios:
Diferença de tempo

Sons contínuos:
Diferença de
fase
Diferença na intensidade interaural
Cada som gera ativação de regiões
diferentes do córtex
Defeitos Auditivos Adquiridos

Trauma acústico: Sons extremamente altos podem romper


o tímpano e afetar severamente o ouvido interno.

Exposição repetida a sons altos podem também levar a


lesão do ouvido interno: dano específico no feixe de
fibras das células ciliadas.
potencial auditivo evocado
de tronco encefálico
Defeitos Auditivos Adquiridos

Fármacos Ototóxicos incluem


antibióticos aminoglicosideos (tais como
gentamicina, estreptomicina,
tobramicina e canamicina), que afetam
diretamente células ciliadas. Permeiam
os canais dos estereocílios que
possuem grandes poros.
Defeitos Auditivos Adquiridos

Acidethacrynic, mata células que


bombeiam potássio da stria vascularis ou
a ruptura da membrana de Reissner, que
normalmente separa a escala média e
vestibular, ambos rompem o mecanismo
que gera o potencial endococlear.
Implante coclear
????

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