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Dessa vez, nosso coro veio dizer em alto e gritante som: #AdiaEnem
Nos diz uma das personagens da peça comercial elaborada pelo MEC: “Estude, de
qualquer lugar, de diferentes formas. Por livros, internet, com a ajuda à distância dos
professores”. E é muito fácil falar quando se olha apenas para o próprio nariz e não se tem
consciência da falta de condições de muita gente espalhada pelos ermos do grande Brasil.
Se não possuímos internet em casa, nem auxílio financeiro para arcar com as
despesas de impressões ou acessos em lan houses, como fazemos para acompanhar as
voltas desse mundão? E como saímos de casa até a lan house em meio à pandemia?
Vamos conseguir estudar todos esses conteúdos sozinhxs? E aí, por milagre, vamos passar
no Enem este ano. Porque escolhemos passar. Ironias do destino, claro. Ou o milagre da
cloroquina obviamente.
Ecoamos: #AdiaEnem
#AdiaEnem
O Enem não pode acontecer quando nossxs estudantxs de escolas públicas não
estão, de maneira nenhuma, habilitados, neste momento, a vivenciá-lo. E não é por falta de
vontade. É por falta de direitos garantidos mesmo. E por tantas e tantas razões difíceis de
caber numa única lista - múltiplas. E aí as universidades serão (ainda mais) lugares de
exclusão? Só atravessarão suas portas, próximo ano, aqueles e aquelas que tiverem
condições de se manterem estudando? Nós, estudantxs de escolas públicas, vamos para
onde? Retroceder? Para onde? E nós que lutemos para atrasar mais um ano das nossas
vidas, enquanto xs privilegiados avançam em nossos lugares.
É em busca dos nossos lugares de direito e justos nas universidade que ecoamos
juntos: #AdiaEnem. E que mostramos, neste post, algumas de nossas faces. Porque temos
várias e somos vários; tantos - uma multidão em movimento. A educação grita: #A
diaEnem.