TEATRO

EDUCAÇÃO
O SEGREDO DO
MÉTODO  
 

ÂNDREA SULZBACH
 SUMÁRIO

3 INTRODUÇÃO

5 SOBRE A AUTORA

7 O PORQUÊ DO MÉTODO

10 CONTRIBUIÇÕES DO TEATRO NO
PROCESSO COGNITIVO DO
EDUCANDO

15 TEATRO DIRETO E TEATRO

INDIRETO

20 METODOLOGIA DO TEATRO

30  A PRÁTICA TEATRAL - O MÉTODO

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INTRODUÇÃO
 04

O que
Após trabalhar mais de 30
anos com Teatro, resolvi
reunir todos esses anos de

você vai experiência em um um

conteúdo feito de forma
condensada, com dicas que

encontrar ajudem outros professores a

potencializarem as suas

nesse
aulas. 
O objetivo principal é
transformar a vida de nossos

E-book alunos a partir de

experiências artísticas que
contribuam com  o seu
desenvolvimento pessoal.
Boa Leitura a Todos!

04
SOBRE A
AUTORA

MINHA HISTÓRIA
A Arte sempre esteve
presente em minha vida.
Com apenas 13 anos dirigi a
minha primeira peça de teatro
e com 17 ganhei o meu
primeiro prêmio de melhor
direção de espetáculo.
Com o passar do tempo segui
também o caminho da
docência e pesquisa.
Tive o privilégio de ministrar
aulas de Teatro, Cinema e
Dança para os  mais variados
públicos e Contextos
Educacionais. Como:
Universidades, ONGs,
Agências de Publicidades e
Escolas Privadas e Públicas.
Também já trabalhei com
todos os níveis, desde
Educação Infantil até Pós-
Graduação.
Por último, e foi o que me
motivou a criar esse e-book,
coordenei um curso de
capacitação de professores
de Arte. A convite de uma
grande editora, viajei por
quase todos os estados do
Brasil.
Conheci  dezenas de
cidades e centenas de
Professores.
E em todas as regiões as
dificuldades apresentadas
eram as mesmas.
Conseguir dominar na
prática os quatro eixos que
comportam a disciplina de
Arte. 
Devido ao fato de eu sempre
atuar nos dois campos:
docência e área artística,
como diretora de teatro e
cinema. Isso me possibilitou
unir esses dois ambientes, o
profissional e educacional, e
desenvolver um método
pensando especialmente
para a sala de aula.
Sintetizei anos de prática, e o
que alguns cursos levam
meses para ensinar eu
condensei em poucas horas. 
Os feedbacks do método
foram tão positivos, que
resolvi compartilhar isso
com mais pessoas. Aqui
apresento uma breve
introdução. 
06
06
PASSO 1

O PORQUÊ DO
MÉTODO

07
O Teatro como
Potência
Criadora
 A prática do Teatro Educação deve
seguir uma metodologia que tenha
sido pensada especificamente para a
sua aplicação.

Existem vários casos em que crianças

e adolescentes são obrigados a
participarem de apresentações em
datas comemorativas, nas quais os
mesmos apenas repetem encenações
de personagens que estão em
destaque na mídia.

Esse tipo de apresentação não segue

a metodologia do Teatro Educação.

 O Método do Teatro Educação

desenvolve a potência criadora do
indivíduo e não apenas cópias
mecânicas de atividades artísticas.

3082
 
A má condução da prática teatral
pode traumatizar o indivíduo,
suscitando um processo contrário à
proposta inicial, ou seja, o educando
cria um bloqueio para se expressar
publicamente.

Ao longo de minha carreira como

professora de Teatro encontrei
vários casos de pessoas com
bloqueios para se expressarem em
público, os quais foram gerados por
aulas que não seguiram um método
de Teatro Educação adequado.

Por isso, devemos ter cuidado e

sempre procurar nos capacitar
enquanto profissionais, ANTES de
trabalharmos com áreas que não
dominamos por completo.

09
CONTRIBUIÇÕES DO TEATRO NO

PROCESSO COGNITIVO DO

EDUCANDO

10
TEATRO EDUCAÇÃO

  O teatro na escola colabora na

melhora do relacionamento do
educando com os colegas

Auxilia na construção do
conhecimento e experiência do
indivíduo através do lúdico

  

11
   

Expande a percepção do aluno do

espaço que ele ocupa, tanto física
como culturalmente

 
Transforma o sujeito, ele se torna
mais participativo e responsável
nas atividades em sala e na vida

12
   

O TEATRO EDUCAÇÃO

Possibilita a prática de projetos e

dinâmicas interdisciplinares

13
O TEATRO
GERA CIDADÃOS QUE
VALORIZAM AS
EXPERIÊNCIAS E
CONSEGUEM LIDAR
COM AS DIFERENÇAS
SOCIAIS

FORMA INDIVÍDUOS
CRÍTICOS E
ATUANTES DE SUA
PRÓPRIA
REALIDADE
14
TEATRO
DIRETO E
INDIRETO

15
Você sabe o que
é teatro direto
e indireto?!

TEATRO
DI RETO 

É ATRAVÉS DO
FÍSICO DO ATOR
QUE A HISTÓRIA
É ENCENADA

 A  COMUNICAÇÃO DO ATOR COM O

PÚBLICO OCORRE ATRAVÉS DA SUA
CORPOREIDADE, SEM QUE EXISTA
UM INTERMEDIÁRIO NESSA
COMUNICAÇÃO
16
TEATRO
I NDI RETO 

OS ATORES SE
COMUNICAM
COM O PÚBLICO
ATRAVÉS DE UM
OBJETO
INANIMADO

CHAMADO
TAMBÉM
DE TEATRO
DE FORMAS
ANIMADAS

COM DESTAQUE PARA

-TEATRO DE MARIONETES
-TEATRO DE FANTOCHES
-TEATRO DE SOMBRAS
17
 TEATRO INDIRETO

No teatro indireto ou teatro de formas animadas, os atores se

comunicam com o público por meio de um objeto inanimado,
que ganha vida por meio da intervenção de um ou mais atores;
ou seja, existe uma interferência entre personagem/ator e
espectador, esse tipo de representação é constituído por várias
formas, entre as principais, temos: Teatro de fantoches, uma das
técnicas teatrais mais conhecidas e também mais utilizadas nas
escolas.
No  Teatro de fantoches, o ator, também chamado de
bonequeiro, veste o fantoche como se fosse uma luva; esses
bonecos ganham vida por meio do ator, com possibilidade de
gesticular ou não a boca, dependendo do seu formato.  Sua
representação, geralmente, ocorre por meio de uma pequena
caixa cênica coberta na sua base inferior por um tecido, onde os
atores ficam ocultos.

APRESENTAÇÃO DE UM TEATRO DE FANTOCHES

18
 TEATRO INDIRETO - MARIONETES

No Teatro de Marionetes a encenação é realizada por atores que

manipulam os bonecos através de fios presos nas
articulações.  Os atores, que são  denominados  de
títeres,  encenam  atrás de placas de madeira; em outros casos,
ficam no alto do palco, ou, ainda, visíveis ao público, vestidos de
preto. 
O Teatro de Marionetes teve origem na Ásia, no período 700
d.C.; no Japão, monges cegos, ao som de alaúdes, recitavam
baladas que narravam a vida dos samurais. A partir de uma das
histórias contadas por esses monges, surge uma das primeiras
apresentações de teatro de bonecos.  O teatro de marionetes,
diferente do fantoche, que possui uma temática
predominantemente infantil, aborda também outras faixas
etárias. Os marionetes se diferenciam do fantoche pelo material
que compõe sua estrutura: enquanto os fantoches são, em sua
maioria,  de tecidos ou materiais reutilizáveis, os marionetes
geralmente são fabricados com  madeira, mas também podem
ser de cerâmica e sua manipulação é mais complexa, já que
possui as articulações similares aos do corpo humano.  Os
bonecos de marionetes  possuem  fios nas articulações, que
geram um total de 8 cordões, nos quais os títeres precisam
dominar os princípios estruturais do comando, os quais são
feitos através da cruzeta.  Mas esses números podem
variar,entre 06 a 04 fios. 
BONECO DE MARIONETES

19
METODOLOGIA
DO
TEATRO
PASSO 2

METODOLOGIA
DO TEATRO

21
Toda Aula de Teatro
deve seguir uma
metodologia que
potencialize a sua
prática

22
 TURMAS
INICIANTES
Para as turmas iniciantes, que
nunca tiveram contato com a
prática do teatro, é indicado
primeiro se trabalhar o teatro
indireto.

Isso não é regra obrigatória, mas

é uma dica principalmente para
turmas que apresentem um grau
elevado de timidez.

Com o teatro indireto, o aluno

interpreta outros personagens
sem se expor diretamente. O que
facilita a sua inserção nas Artes
Cênicas, de forma cuidadosa e
bem conduzida.

Já para crianças menores de 05

anos o indicado é dar preferência
para o teatro indireto, e não as
expôr em apresentações públicas. 

Teatro de fantoches e contação de

histórias são os mais indicados
para essa faixa etária.
23
Origem do Teatro Educação

O  Teatro Educação foi disseminado pela professora Viola

Spolin ( 1906-1994), os primeiros conceitos referentes aos
jogos teatrais estabelecidos por Viola Spolin, originaram-se na
prática realizada por ela junto com sua professora Neva
Leona Boyd, ela foi uma  importante educadora e
trabalhadora social norte-americana, que  desenvolveu seu
trabalho dentro da  Hull House,  em Chicago.    A  Hull House,
fundada em 18 de setembro de 1889, foi um conjunto de
casas onde funcionou uma instituição de ajuda social, na qual
os funcionários desta instituição eram voluntários.  Esse
projeto teve papel destacado na recepção e assentamento
dos trabalhadores, principalmente imigrantes italianos,
gregos, judeus, russos, poloneses, mexicanos e irlandeses
que chegavam a esta grande cidade industrial.  A  Hull
House  encerrou suas atividades em 27 de janeiro de 2012,
depois de vinte anos, frente às inúmeras dificuldades
financeiras.  Foi nesse ambiente que Viola Spolin inicia suas
atividades que se tornarão mais tarde uma das principais
bases do Teatro Educação. 
Viola Spolin

24
Viola Spolin utiliza também como metodologia a prática da
improvisação teatral, a qual é aplicada a partir dos conceitos
do teórico teatral Constantin Stanislavski.
Constantin Stanislavski foi um ator russo que nasceu em 1863
e morreu em 1938. Foi um dos fundadores do Teatro de Arte
de Moscou, criador do Sistema Stanislavski de atuação, ainda
hoje fundamental para a arte do ator.
Sua metodologia, conhecida como “sistema”, envolve o estudo
sobre o  realismo psicológico e a vivência das emoções
autênticas. Stanislavski acreditava que  o ator deve chegar o
mais próximo possível da vida real  e para isso acontecer, é
necessário técnica. Para usar o sistema, o ator é levado a se
aprofundar numa  análise sobre si mesmo assim como seu
personagem. É necessário  descobrir os objetivos do seu
personagem em cada cena, a partir do objetivo dele na peça
em sua totalidade. Para isso, Stanislavski estimulava o ator a
responder algumas perguntas sobre seu personagem. 

QUEM - que seria a sua definição psicológica e

profissional, as quais serão reveladas na encenação. 
O ONDE  - o local da ação - que será  revelado na ação e
nos diálogos. 
O QUÊ  - o problema que gera a ação e deve ser
solucionado pelo aluno, ou seja, o conflito da história se
pensarmos dentro do arco narrativo.

Viola Spolin utiliza essa dinâmica, das perguntas, como uma

das bases do seu método Teatro Educação.
Essa técnica é aplicada dentro do que Spolin, denominou
jogos teatrais. A estrutura dos jogos é simples e baseia-se
na resolução de problemas. O problema é o objetivo do jogo
e todas as regras são criadas com foco nesse
objetivo/problema. Essas regras incluem a estrutura
dramática, Onde / Quem / O que, o foco, o acordo do grupo,

25
as instruções e a avaliação.

O onde diz respeito ao ambiente ou cenário, trazendo a noção

de localização;

O quem  está ligado ao personagem ou relacionamento,

trazendo ao jogador a relação com os eventos cotidianos;

O que está ligado diretamente à ação, ou seja, as interações do

jogador e os objetivos a serem executados.

Essa metodologia, Jogos Teatrais direcionado com perguntas é

aplicada através da improvisação.

Introdução ao Conceito de Improvisação Teatral

Teatro de improviso, espontâneo ou de improvisação é um
teatro todo, ou parcialmente, baseado na técnica de improvisar,
ao invés de se basear na dramaturgia. A técnica consiste em o
ator interpretar algo que não foi previamente pensado, escrito
e/ou elaborado.
Mas existem diversos níveis de improvisação no teatro,
podendo ser interpretado a partir de personagens previamente
estudados e conhecidos, como é o caso da  Commedia dell'arte,
pode também ser através de jogos dramáticos com temas
escolhidos previamente, ou ainda, até a improvisação total de
movimento e voz, que seria a expressão corporal.
No Teatro Educação a Improvisação é a base principal para
o desenvolvimento das habilidades de interpretação dos alunos.
Por isso é importante que o professor se aproprie dessa técnica
para que consiga dar um bom direcionamento as práticas
teatrais.
Uma introdução à improvisação ocorre através de um texto
previamente combinado por um grupo de alunos, mas não
escrito. Existem diversos exercícios de teatro que apresentam
variantes, essas atividades vão se tornando gradativamente
mais complexas de acordo com o passar das aulas.
26
Indiferente da idade, toda
aula prática de teatro para
iniciantes deve seguir,
preferencialmente, a ordem
descrita abaixo:

1 ALONGAMENTO
2 AQUECIMENTO
3 EXERCÍCIOS DE CONCENTRAÇÃO
INDIVIDUAL
4 – EXERCÍCIOS DE CONCENTRAÇÃO
EM DUPLA
5 – IMPROVISAÇÃO – CRIAÇÃO EM
GRUPO
6 – IMPROVISAÇÃO - APRESENTAÇÃO
7 – FEEDBACK = COMENTÁRIOS EM
GRUPO
8 – RELAXAMENTO

27
 PRÁTICAS DE TEATRO
Cada etapa citada no item anterior
possui diversos exemplos de
exercícios, desenvolvidos por vários
autores.

Infelizmente, muitos livros não

trazem com clareza para qual faixa
etária é destinado o exercício, por
exemplo, a duração de aquecimento
para turmas de 07 anos será diferente
do aplicado a uma faixa etária de 15
anos.

Ou ainda, não especificam a qual

categoria pertence o exercício, se ele
é destinado para o aquecimento,
improvisação ou relaxamento.

i
28
Muitos professores aplicam os exercícios fora
da ordem na qual se orienta a Metodologia do
Teatro Educação, o que pode gerar sérios
bloqueios nos participantes.

O maior erro é começar uma aula de teatro

com a improvisação.
E, infelizmente, esse é um erro bastante
comum, dados esses colhidos ao longo da
minha prática como docente e também nos
trabalhos que realizei nos Cursos de
Capacitação para Professores de Arte,
Pedagogia e Língua Portuguesa.

No próximo capítulo vou passar para

você a sugestão de uma aula com
exercícios práticos de teatro com a
ordem correta de aplicação para uma
turma iniciante. 

29
A PRÁTICA TEATRAL
O MÉTODO

30
 A PRÁTICA TEATRAL

Atenção quanto a duração da aplicação de cada exercício:

Um exercício com duração de 05 minutos para um 6º ano poderá
ser estendido para até 10 minutos para Ensino Médio e até 15
minutos para adultos ou graduandos.

ATIVIDADE PARA ATÉ DUAS HORAS AULA

(A duração exata da aula dependerá do nível da turma).

1. Alongamento – Exercício da Fruta na árvore.

Tempo de execução: média de 5´.
Organização: a turma em círculo.
Orientar para imaginarem que a sua frente tem uma árvore com
a sua fruta preferida, a qual está madura pronta para ser colhida,
mas como a árvore é alta será necessário ficar nas pontas dos
pés e esticar muito os braços para conseguir colher a fruta.
Repetir esse movimento umas quatro vezes pelo menos.

2. Aquecimento - Caminhar
Tempo de execução: média de 10´.
Organização: Espalhados pela sala/ambiente, afastados um do
outro.
Orientar para que todos caminhem pelo ambiente no ritmo das
palmas. Assim então, caminhar mais rápido ou mais lento de
acordo com o ritmo imposto pelo professor. E quando o
professor interromper as palmas parar no lugar sem se mover.
Fazer isso uma três vezes, depois disso começar a tirar os alunos
que se mexerem até restarem somente uns três ou quatro
alunos.

31
3. Exercício de concentração Individual|Exercício da
A PRÁTICA TEATRAL
Marionetes.
Tempo de execução: de 05 a 08´.
Organização: Espalhados pelo ambiente.
O Professor deverá orientar para que todos imaginem que
amarraram um fio em cada tornozelo e deverão, enquanto
andam, puxar esses fios com o objetivo de conseguir erguer as
pernas, sendo que primeiro as pernas estarão muito pesadas, e
serão erguidas lentamente e com muita dificuldade. Aos
poucos as pernas vão ficando mais leves até estarem subindo
como se fossem bolhas.
Aqui trabalhar peso e velocidade, em que no início os
movimentos serão lentos e pesados para serem finalizados
com rapidez e leveza. Sempre orientar os alunos para andarem 
pela sala ocupando os espaços, evitar andar em círculos e
sempre desviar dos colegas, evitando possíveis colisões.

4.   Exercício de concentração em Dupla – ESPELHO.

Tempo de execução: 05´para cada comando.
Organização: Em dupla, as duplas ficam espalhadas pelo
ambiente, estabelecendo um espaço entre elas.
Cada componente do grupo escolherá um parceiro, onde um
será o espelho e o outro o comando. O espelho deverá repetir
os gestos e movimentos do comando como: pentear-se, pular,
expressar caretas, abaixar, entre outros, simultaneamente.
Depois o espelho passará a ser o comando e o comando será o
espelho (inverte).

5. IMPROVISAÇÃO TEATRAL- Onde/ O quê/ Quem.

Tempo: até 15 minutos para montar + tempo de
apresentação (que vai depender do número de alunos/grupos
de cada turma).
Organização: Dividir em grupos de no mínimo 03 e máximo 05
integrantes.
Objetivo - trabalhar:
Onde
O quê
Quem

32
Proponha a encenação de uma cena  em que :
A PRÁTICA
ONDE – Castelo
TEATRAL
QUEM  - Rei ou Rainha, Filho (a) e Médico(a).
O QUÊ – Filho(a) com uma doença grave, pode ser uma doença
que ainda não tem cura.

Foco –  problema a ser resolvido. Deixe os grupos decidirem o

enfoque a ser dado à situação proposta, ou seja, o filho será
atendido pelo médico que conseguira salva-lo (final feliz) ou o
médico não conseguirá salvar  a criança que virá a falecer (final
triste).

Num tempo limite de 15 a 20 minutos, as equipes criam a

cena e depois apresentam para a classe.

6. ANÁLISE/ COMENTÁRIOS
Tempo Médio de 10´.
Organização: sentados em círculo.
Faça um debate que enfoque as semelhanças e diferenças
entre imitação e realidade. É importante que durante o debate
os alunos desenvolvam o senso crítico perante os fatos da vida
real e também sobre as apresentações dos colegas no sentido
de terem cumprido a proposta dentro da linguagem teatral.
Sempre orientar antes sobre algumas técnicas da
encenação, como por exemplo:

Não ficar de costas para o público quando estiver realizando

ações ou falas.
Não quebrar o personagem (rir ou se desconcentrar).

7.   RELAXAMENTO – Natureza.

Tempo: 05 a 10´
Organização: Deitados no chão.
Todos estarão sentados ou deitados confortavelmente, em
absoluto silêncio, numa sala pouco iluminada e com um som
ambiente, serão seguidos os movimentos indicados pelo
professor na seguinte ordem:

33
a) Todos deverão sentir os dedos e as plantas dos pés,
A PRÁTICA TEATRAL
relaxando ao máximo. Respirar profunda e suavemente.

b) Afrouxar os músculos das pernas e joelhos.

c) Fazer o mesmo com o abdômen, imaginando ainda que uma

grande suavidade envolve os órgãos digestivos.

d) O mesmo com o tórax, os ombros, e a nuca mais

demoradamente.

e) Amolecer os braços as palmas das mãos e os dedos.

f) Relaxar o couro cabeludo, e tirar do rosto qualquer ruga de

preocupação.

O MÉTODO
As aulas práticas de teatro devem seguir um crescente, cada
um dos exercícios aqui devem ser alterados em cada aula,
pensando sempre em um aumento na complexidade de suas
práticas.
Passado um tempo as práticas ficam restritas ao aquecimento
e improvisação com comentário, depois evolui para a
montagem da peça de teatro ou esquete, iniciando com uma
leitura de mesa, distribuição de papéis , ensaio com inserção
gradativa dos elementos cênicos e por fim a apresentação.

Aqui temos uma introdução breve, eu ofereço um passo a

passo de todas as etapas que envolvem a aplicação do teatro
na escola, através do Curso Teatro Educação - O Segredo do
Método. Se você quiser saber mais fique atento ao próximo e-
mail, onde enviarei uma vídeo aula que explica os exercícios
propostos aqui que fazem parte da Fase I - Aulas práticas de
Teatro I.

34
 A PRÁTICA TEATRAL
O MÉTODO
Abaixo segue um fluxograma que sintetiza as etapas da prática
teatral através do
- Teatro Educação | O Segredo do Método-

FASE I
Introdução a
*Aulas Práticas
História da
de Teatro - I
Teatro

FASE II

Leitura de Aulas Práticas
Mesa de Teatro - II

FASE III

Distribuição de Distribuição de
Papéis Funções

FASE IV
Apresentação Ensaio e Inserção
da Peça ou dos Elementos
Esquete Teatral Cênicos

35
 A PRÁTICA TEATRAL
* As aulas práticas de teatro disponibilizadas
aqui fazem parte da Fase I. Elas seguem a ordem
do método que eu desenvolvi enquanto Docente e
Pesquisadora.

O método compreende duas linhas:

Linha 1 - É a ordem de como os exercícios devem ser aplicados em

cada aula prática conforme descrito na página 31.

Linha 2 - É como deve ocorrer a Metodologia e a sequência das

aulas: desde a introdução a história do teatro até a montagem
final/apresentação, de acordo com a ordem do fluxograma da
página 35.

Essas práticas são pensadas para duas horas aulas por semana para
um Trimestre.

O Teatro Educação  pode ser aplicado não apenas na disciplina de

Arte, mas como recurso pedagógico para qualquer disciplina como
instrumento metodológico interdisciplinar.

Todas as atividades sugeridas aqui foram testadas e aplicadas em

sala de aula com vários níveis, desde Fundamental I até alunos de
cursos de Pós-graduação.

Teatro Educação - O Segredo do Método faz parte do Círculo do

Extraordinário, que é uma metodologia que desenvolvi, a qual
abrange a prática na sala de aula de:
Teatro
Cinema 
Dança
Em cada trimestre os alunos desenvolvem na teoria e na prática uma
dessas linguagens através da - Criação e Apresentação de Peças de
Teatro, Coreografias de Dança e produção de Curtas-metragens.

36
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
A PRÁTICA TEATRAL
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. Trad. Maria
Paula V. Zurawski. São Paulo: Perspectiva, 2000.
REVERBEL, Olga Garcia. Um Caminho do Teatro na Escola -
São Paulo: Editora Scipione, 1989.
SPOLIN, Viola.  Improvisação para teatro. São Paulo:
Perspectiva, 1987.
SULZBACH, Ândrea. Artes Integradas. Curitiba: Intersaberes,
2017.

37
O CÍRCULO DO EXTRAORDINÁRIO
É uma produção da
Antera - Escola Online de Cinema
e Arte

TEATRO

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38
O SEGREDO DO MÉTODO TEATRO EDUCAÇÃO

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