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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Neste resumo trataremos das Sociedades Anônimas. Cuidaremos da parte básica (Caracterização e
Capital), além de outras intermediárias e avançadas (Órgãos, transformações, dissolução, liquidação
e extinção).
Prioridade
Alerta
Observação: Abaixo, temos a citação do artigo base, mas adicionamos outros no texto que abordam
o entorno dos dispositivos citados e podem ser cobrados no certame!
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15. (Artigos 220 e 229). (Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão) - Estudar tudo!
2 - SOCIEDADES ANÔNIMAS
As sociedades por ações comportam duas espécies. Temos as sociedades anônimas ou Companhias
e as Comandita por Ações. Inicialmente, vamos cuidar das sociedades anônimas ou companhias. Os
termos são sinônimos.
A legislação foi criada para que houvesse um tratamento diferenciado para companhias com
estrutura mais complexa. Vale lembrar que as companhias abertas utilizam-se da estrutura da Bolsa
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2.1. Caracterização
A) Capital dividido em ações: O capital da sociedade é fracionado. Cada ação corresponde a uma
parcela do capital da companhia. O investidor pode optar por adquirir uma ou diversas ações.
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Art. 4.o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores
mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários.
As companhias abertas são aquelas que tem seus valores mobiliários negociados na Bolsa de valores.
Os fundadores integralizam uma parte do capital e esperam que investidores ao adquirir/subscrever
as suas ações integralizem o restante.
As companhias fechadas são aquelas que não tem seus valores mobiliários negociados na Bolsa de
valores. São criadas apenas para a utilização da estrutura da lei especial, mas sem a pretensão de
receber recursos de investidores na Bolsa de Valores.
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Gabarito: Errado.
A sociedade anônima tem o capital social dividido em ações, por isso seus sócios
são chamados de acionistas, conforme preceitua o artigo 1.º da Lei 6.404/76: “A
companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das
ações subscritas ou adquiridas.”
A alternativa está correta, está nos exatos termos do artigo 4. o da lei 6.404/76:
“Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores
mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de
valores mobiliários.”
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A constituição de uma sociedade anônima segue as regras do art. 80, Lei 6.404/76 que exige a
subscrição (compromisso), de, no mínimo, duas pessoas. Essas pessoas as quais a lei denomina
acionistas fundadores, realizarão, como entrada, no mínimo, 10% (dez por cento) do preço de
emissão das ações subscritas em dinheiro.
Exemplo: Nesse momento, significa que se os acionistas pretendem criar uma companhia para a
fabricação de maquinários pesados para a construção de pontes, rodovias, túneis, entre mais, é
notório que precisarão de um bom capital.
Imagine que o capital social previsto seja de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Logo, cada um
dos 2 (dois) acionistas fundadores devem dispor, de, no mínimo, R$ 50.000,00, para que, juntos,
possam pagar o valor de entrada.
Os fundadores devem depositar a entrada no Banco do Brasil S/A., no prazo de 5 (cinco) dias do
recebimento dos valores. O depósito será realizado em favor da companhia e apenas será realizado
em outro banco, conforme orientação da CVM - (Comissão de Valores Mobiliários), conforme artigo
81 da Lei das Sociedades Anônimas, a seguir transcrito:
É válido ressaltar que, somente após a conclusão do processo de constituição é que será possível o
levantamento do valor do capital pela companhia. Além do que, caso não haja constituição no prazo
de 6 (seis) meses, os valores serão restituídos aos subscritores.
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O processo para constituir uma sociedade anônima fechada é significativamente mais singelo que o
das abertas. A constituição das anônimas fechadas é também conhecida por subscrição particular,
já que, os seus fundadores se utilizarão de capital próprio (particular), e não de investidores (público).
Se a companhia houver sido constituída por deliberação em assembleia, serão arquivados junto com
a ata ou atas respectivas um exemplar do estatuto, a relação dos subscritores com nome,
qualificação, ações e entradas realizadas, além do recibo de seus depósitos bancários, conforme
artigo 95 da Lei das Sociedades Anônimas, a seguir:
De acordo com o previsto no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994, artigo 1º, § 2º), é condição de
validade do registro do ato constitutivo de qualquer pessoa jurídica o visto de advogado.
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Primeiros
Após, levar um Arquivamento dos
administradores
exemplar da atos constitutivos
devem
publicação na na Junta estadual,
providenciar
Junta estadual em 30 dias
publicação no
para
jornal oficial local,
arquivamento
em 30 dias
Inscrição da
sociedade no
Cadastro nacional
de pessoas
Jurídicas (CNPJ)
O processo para constituir uma sociedade anônima aberta depende do prévio registro da emissão
na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição apenas será possível com a intermediação de
uma instituição financeira.
Art. 82. A constituição de companhia por subscrição pública depende do prévio registro
da emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição somente poderá ser
efetuada com a intermediação de instituição financeira.
Os fundadores deverão contratar uma instituição financeira para que montem um processo
chamado “underwriting”, reunindo toda a documentação para ofertar as ações da companhia ao
público investidor.
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Além disso, os mesmos requisitos para a confecção de um contrato de sociedade também devem
ser preenchidos no caso da constituição de uma companhia, como a seguir:
Art. 83. O projeto de estatuto deverá satisfazer a todos os requisitos exigidos para os
contratos das sociedades mercantis em geral e aos peculiares às companhias, e conterá
as normas pelas quais se regerá a companhia.
Em seguida, deve-se providenciar a inscrição no registro público de empresas mercantis, tudo por
intermédio de uma das Juntas Comerciais Estaduais.
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Primeiros
Após, levar um
administradores Arquivamento dos
exemplar da
devem providenciar atos constitutivos na
publicação na Junta
publicação no jornal Junta estadual, em 30
estadual para
oficial local, em 30 dias
arquivamento
dias
Inscrição da
sociedade no
Cadastro nacional de
pessoas Jurídicas
(CNPJ) e em
cadastros estaduais
ou municipais etc.
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Exemplo! A Bolsa de Valores, registrava as diversas ordens de compra e de venda, calculava a cotação
de cada valor mobiliário e dava como realizadas as operações, promovendo a sua liquidação.
Atualmente, a negociação realiza-se por meio de sistemas eletrônicos (os corretores atuam à
distância), introduzindo as ordens dadas pelos seus clientes nos sistemas informáticos de negociação
no mercado; quando se encontram duas ofertas de sentido inverso (uma de venda e outra de
compra).
O sistema realiza a operação de compra e venda, além de informar aos corretores que enviaram as
propostas de que as suas ofertas foram executadas.
O mercado de valores mobiliários é composto pela Bolsa de Valores e o Mercado de Balcão (bancos
e corretoras. Essas instituições negociam os principais ativos mobiliários do mercado de capitais, que
são:
Ações: títulos emitidos por sociedades anônimas, que representam fração do capital da empresa,
como explicaremos adiante. O investidor em ações é um sócio da sociedade anônima da qual é
acionista, participando dos seus resultados.
Títulos de financiamento: títulos emitidos para que a companhia possa se capitalizar, como um dos
recursos utilizados em um momento de crise ou mesmo de início de uma nova atividade ou até por
questão de suas atividades quotidianas.
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Existem autores que acreditam se tratar de um título de crédito, mas preferimos classificar somente
como valores mobiliários, sendo o caso das debêntures, que veremos mais a frente. Aliás, esse é um
título curto, um título que o prepara para o que vem pela frente.
A Bolsa de Valores tem por objetivo principal permitir a realização de transações de compra e venda
de títulos no mercado secundário, proporcionando liquidez ao mercado por meio dos pregões
diários realizados em meio eletrônico. Costumo dizer que a Bolsa de Valores é um Hipermercado,
uma estrutura fantástica, e não é para menos, pois comporta transações com infinitos números de
zeros.
A Bolsa de valores do Brasil é a BMF&Bovespa, uma das maiores e mais modernas do mundo, que
permite que os investidores possam ter um ambiente mais bem estruturado para as negociações. A
Bolsa de Valores é de acesso apenas para as companhias abertas.
Assim, gosto de dizer que, se a Bolsa de Valores é um hipermercado, o Mercado de Balcão é uma
quitanda. As companhias abertas e fechadas tem acesso ao chamado Mercado de Balcão (Bancos
e Corretoras).
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Abertas
Anônimas
Valores mobiliários NÃO
negociados na Bolsa de valores
Fechadas
Como já observamos, a sociedade anônima pode obter recursos tanto no mercado financeiro
(bancos) como no mercado de capitais. Nesse último caso, por meio da emissão de valores
mobiliários e aquisição de ações por investidores.
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O capital social será formado por dinheiro ou quaisquer bens, desde que suscetíveis de avaliação
em dinheiro e fixados em moeda nacional. É possível integralizá-lo em créditos, sendo proibido em
nosso país falar em integralização por meio de serviços.
A avaliação dos bens é de suma importância e deve ser feita por 3 (três) peritos ou por empresa
especializada.
Por dinheiro
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Nas sociedades anônimas não há solidariedade entre os sócios para a realização do capital. Caso o
sócio não pague o capital de acordo com o compromisso assumido, ele poderá sofrer uma ação
executiva ou ter as suas ações colocadas novamente a venda no Mercado de Valores Mobiliários.
O sócio que não cumpre com a sua parte é chamado de acionista remisso. Se o Boletim de subscrição
informar o montante que deva ser pago, o acionista estará em mora tão logo ocorra o vencimento
sem o pagamento.
Caso não realize o pagamento nas condições acima, estará em mora e poderá sofrer a ação executiva
(cobrança judicial) ou terá as suas ações colocadas novamente a venda no Mercado, conforme §1.°
artigo 106 da Lei das Sociedades Anônimas:
5.3. Ações
A ação é uma parcela do capital social e atribui a seu detentor a condição de sócio. Essa operação é
denominada “capitalização”. As ações são divididas em: ordinárias, preferenciais ou de fruição.
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5.3.1. Ordinárias
Oferecem direitos e vantagens comuns a todos os acionistas. São chamados direitos essenciais e
estão previstos no artigo 109 da Lei 6.404/1976
Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da assembléia
- geral.
É válido tomar cuidado com a vedação ao voto plural como pergunta de prova!
No Brasil a regra é: "one share, one vote"! Cada ação ordinária de uma companhia corresponde um
voto nas deliberações da assembleia-geral, preservando a proporcionalidade entre capital investido
e controle societário.
A Lei das Sociedades por Ações define, em seu artigo 115, que o voto abusivo é caracterizado como
aquele voto exercido com o fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas ou de obter,
para si ou para outrem, vantagem indevida e que resulte, ou possa resultar, prejuízo para a
companhia ou para outros acionistas.
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§ 3º o acionista responde pelos danos causados pelo exercício abusivo do direito de voto,
ainda que seu voto não haja prevalecido.
De acordo com o parágrafo 3º do artigo 115, o acionista responde por danos causados pelo
exercício do direito de voto. O dever de indenizar reflete o princípio do artigo 927 do Código
Civil que determina que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a
reparar o dano causado.
São aquelas que atribuem uma vantagem política e econômica ao seu detentor, como:
As ações preferenciais, em regra, não atribuem o direito de voto a seu detentor. Contudo, o Estatuto
poderá conceder esse direito. Além disso, o preferencialista terá direito de voto em duas situações:
b) para eleição de um membro do Conselho Fiscal (artigo 161, § 4º, a, da mesma Lei).
Existe um número máximo previsto em lei de emissão de ações preferenciais sem direito de voto. O
artigo 15, § 2º, determina que companhia não pode emitir mais de 50% do capital social de ações
preferenciais sem direito de voto. A emissão de ações preferenciais é facultativa.
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O artigo 44, § 5º, da Lei das Sociedades por Ações determina que as ações integralmente
amortizadas, ou seja, que não tem mais nenhum valor econômico, possam ser substituídas por ações
de fruição, como a seguir:
§5º As ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição,
com as restrições fixadas pelo estatuto ou pela assembléia - geral que deliberar a
amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da companhia, as ações
amortizadas só concorrerão ao acervo líquido depois de assegurado às ações não a
amortizadas valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente.
Vamos a um exemplo! Imagine que um acionista com muito tempo de companhia, resolva pedir o
reembolso, mas esteja com dor no coração por deixar as decisões e por deixar de participar das
reuniões?
Nesse caso, é possível mantê-lo na companhia com ações de fruição que garantam o direito de voz,
ainda que não garanta o direito de voto ou mesmo não haja valor econômico. Uma ação de fruição
já foi ordinária ou preferencial em algum momento!
O artigo 17, § 7º, da Lei das Sociedades por Ações permite a emissão de ações de ouro para o caso
de desestatização. O caso que deu origem a tudo isso foi o da “Embraer”. A empresa foi desestatizada
e a preocupação do ente público estava na possibilidade de capital estrangeiro assumir o controle da
companhia.
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Em caso de desestatização, o ente desestatizante pode guardar para si o direito de veto em relação
às matérias que especificar nas ações. Exemplificando, e ainda no caso “Embraer”, foi possível ao
ente desestatizante vetar a transferência das ações com poder de controle para companhia de capital
estrangeiro.
Determina, ainda, a lei que, para que as ações preferenciais possam ser negociadas no mercado,
elas devem atribuir pelo menos uma das seguintes vantagens:
(1) direito de participar do dividendo, em pelo menos 25% daquele a ser distribuído;
(2) direito de recebimento de dividendos, pelo menos 10% superiores àqueles atribuídos à
ação ordinária;
(3) direito de participar do chamado Tag along (artigo 254 - A da Lei).
Quando esse acionista majoritário resolve alienar suas ações, estas possuem um sobrevalor, pois,
além de representar parcela do capital social, concedem ao adquirente o poder de controle da
sociedade anônima.
A legislação determina que o adquirente do poder de controle faça uma oferta pública de aquisição
de ações a todos os acionistas minoritários que possuam direito de voto, pagando, no mínimo, 80%
do valor pago ao acionista majoritário.
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São representadas por um certificado, e sua transferência se opera por meio de registro em livro
próprio da S.A. (Livro de Transferência das Ações Nominativas). Essa espécie de ação não é mais
utilizada.
Art. 31. A propriedade das ações nominativas presume - se pela inscrição do nome do
acionista no livro de "Registro de Ações Nominativas" ou pelo extrato que seja fornecido
pela instituição custodiante, na qualidade de proprietária fiduciária das ações.
A transferência das ações nominativas opera - se por termo lavrado no livro de "Transferência de
Ações Nominativas", datado e assinado pelo cedente e pelo cessionário, ou seus legítimos
representantes.
5.4.2. Escriturais
São transferidas por uma operação realizada por meio de instituição financeira, já que se dá como
uma espécie de transferência bancária.
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Ações
De fruição: • emitidas em substituição das ordinárias ou preferenciais • oferecem direito de
gozo e fruição • totalmente amortizadas
Ordinárias:
• emissão obrigatória
• emissão facultativa
Nominativas:
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5.5. Acionistas
Os direitos essenciais dos acionistas estão reconhecidos no artigo 109 da Lei das Sociedades por
Ações, quais sejam: participação nos lucros; direito à participação no acervo social, em caso de
liquidação; direito de fiscalização; direito de preferência; e direito de retirada.
Os direitos essenciais não devem ser concebidos pura e meramente como uma gama de direitos
importantes, pois muito embora sejam, não é esse o critério da essencialidade.
Os direitos essenciais são aqueles comuns a todos os acionistas. Note que o voto não é comum a
todos os acionistas, já que existem acionistas sem tal direito. Segue os direitos dos acionistas
conforme a lei das sociedades anônimas e o já citado artigo 109:
Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembléia-geral poderão privar o acionista dos direitos
de:
III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais;
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Primeiramente, impõe-se a contribuição para o capital social, que pode incidir sobre bens ou
dinheiro, podendo ocorrer no momento da aquisição da ação ou posteriormente.
Na hipótese de acionista remisso, sendo aquele que não paga o capital subscrito, a sociedade pode
executá-lo ou promover a venda extrajudicial de suas ações, como já estudamos no tópico sobre a
obrigação de realizar o capital, e, além disso, a assembleia- geral pode suspender os seus direitos,
como a seguir:
Art. 120. A assembléia - geral poderá suspender o exercício dos direitos do acionista que
deixar de cumprir obrigação imposta pela lei ou pelo estatuto, cessando a suspensão logo
que cumprida a obrigação.
Caso a sociedade não consiga fazê-lo integralizar suas ações, deve apropriar - se destas em razão
da decadência, já que o remisso decai de seus direitos decorrentes das ações.
Ao acionista impõe-se o dever de lealdade para com a sociedade, na medida em que não pode
exercer seus direitos em detrimento dos direitos da sociedade.
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O artigo 116 da Lei das Sociedades por Ações define o acionista controlador como a pessoa, natural
ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por meio de acordo de acionistas ou sob controle
comum com a adição de determinadas prerrogativas.
O controlador precisa ter direitos de acionista que lhe assegurem de modo permanente a
preponderância nas deliberações sociais e, consequentemente, o poder de eleger a maioria dos
administradores, exercendo o domínio sobre o funcionamento da sociedade em função desse
poder.
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5.7.1. Resgate
A companhia pode resgatar as suas ações com o objetivo de tirar as ações de circulação, conforme
§1ºdo Artigo 44 da Lei das Sociedades Anônimas:
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5.7.2. Amortização
Trata-se da distribuição de quantias aos acionistas como forma de antecipar o capital social,
conforme §§2º e 3º do Artigo 44 da Lei das Sociedades Anônimas:
5.7.3. Reembolso
O acionista que discorda de determinadas pautas como fusão e incorporação pode exercer o seu
direito de retirada, e, nesse caso, guarda o direito de reembolso de suas ações conforme artigo 45
da Lei das Sociedades Anônimas:
Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia
paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembléia-geral o valor de suas ações.
6 - DEBÊNTURES
Para financiar iniciativas a médio e longo prazos, como ampliar uma fábrica, comprar uma nova linha
de maquinário ou trocar a frota de veículos, uma empresa precisa de recursos financeiros. Dentre as
alternativas disponíveis para levantar esses recursos está a emissão de um valor mobiliário.
Para emitir debêntures, a empresa deve ter seu capital representado por ações e ser uma sociedade
anônima. Sendo assim, a debênture tem uma característica especial em relação a outros títulos de
crédito: é uma alternativa de financiamento que precisa da aprovação dos acionistas, pois sua
emissão não pode ser decidida pela diretoria da empresa isoladamente.
Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares direito
de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do
certificado.
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Convocar uma Assembleia Geral dos acionistas para autorizar a emissão, elaborar uma escritura de
emissão registrada em cartório, efetuar o registro dessa emissão na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), emitir e providenciar a negociação das debêntures no mercado comprador.
Além disso, a empresa emissora deve pagar aos investidores as debêntures no vencimento, na forma
prevista na escritura de emissão.
Art. 58. A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real ou
garantia flutuante, não gozar de preferência ou ser subordinada aos demais credores da
companhia.
a) Garantia Real
b) Flutuante § 1º A garantia flutuante assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da
companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo.
c) Quirografária;
d) Subordinada:
Assim, a debênture é usada pelas empresas para captar recursos. Como é uma dívida, a pessoa que
a compra passa a ser credor da empresa e, quando a empresa paga a dívida, paga também uma
remuneração adicional, que é o seu prêmio pelo empréstimo.
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7.1. Assembleia-geral
Todos os acionistas podem dela participar. O acionista preferencialista, privado do direito de votar,
tem direito de participar da assembleia, pois possui o chamado “direito de voz”.
A assembleia deve ser convocada mediante anúncio publicado nas condições previstas no artigo
124 da Lei das Sociedades Anônimas:
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A instalação da assembleia pela mesa-diretora se dá nas condições previstas no artigo 125 da Lei das
Sociedades Anônimas:
"Quorum" de Instalação
O quorum mais importante é para as deliberações. A maioria absoluta se dá com a maioria do capital,
nos termos do artigo 129 da Lei das Sociedades Anônimas:
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Órgão deliberativo
máximo do qual
todos os acionistas
podem participar
Ordinária Extraordinária
A ordinária deve se realizar uma vez por ano, e tem competência para tratar dos seguintes assuntos:
Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social,
deverá haver 1 (uma) assembléia - geral para:
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Aquilo que estiver afastado da competência exclusiva da assembleia geral ordinária deve ser
tratado na assembleia geral extraordinária. Esta pode se reunir em qualquer momento e quantas
vezes forem necessárias.
Reforma do Estatuto
Art. 135. A assembléia - geral extraordinária que tiver por objeto a reforma do estatuto
somente se instalará em primeira convocação com a presença de acionistas que
representem 2/3 (dois terços), no mínimo, do capital com direito a voto, mas poderá
instalar - se em segunda com qualquer número.
"Quorum" Qualificado
I - criação de ações preferenciais ou aumento de classe de ações preferenciais existentes, sem
guardar proporção com as demais classes de ações preferenciais, salvo se já previstos ou
autorizados pelo estatuto;
III - redução do dividendo obrigatório;
IV - fusão da companhia, ou sua incorporação em outra;
V - participação em grupo de sociedades (art. 265);
VI - mudança do objeto da companhia;
VII - cessação do estado de liquidação da companhia;
VIII - criação de partes beneficiárias;
IX - cisão da companhia;
X - dissolução da companhia.
Direito de Retirada
Art. 137. A aprovação das matérias previstas nos incisos I a VI e IX do art. 136 dá ao
acionista dissidente o direito de retirar - se da companhia, mediante reembolso do valor
das suas ações (art. 45), observadas as seguintes normas:
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Art. 140. O conselho de administração será composto por, no mínimo, 3 (três) membros, eleitos
pela assembléia - geral e por ela destituíveis a qualquer tempo, devendo o estatuto
estabelecer:
I - o número de conselheiros, ou o máximo e mínimo permitidos, e o processo de escolha e
substituição do presidente do conselho pela assembléia ou pelo próprio conselho;
II - o modo de substituição dos conselheiros;
III - o prazo de gestão, que não poderá ser superior a 3 (três) anos, permitida a reeleição;
IV - as normas sobre convocação, instalação e funcionamento do conselho, que deliberará por
maioria de votos, podendo o estatuto estabelecer quorum qualificado para certas deliberações,
desde que especifique as matérias.
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Mas o que é o voto múltiplo? Quem pode solicitá-lo? Para que serve? O voto múltiplo aumenta a
possibilidade de os acionistas minoritários ganharem representatividade no conselho de
administração. É uma forma de aumentar a democracia nos órgão deliberativos de uma companhia.
Competência
Art. 142. Compete ao conselho de administração:
I - fixar a orientação geral dos negócios da companhia;
II - eleger e destituir os diretores da companhia e fixar - lhes as atribuições, observado o que a
respeito dispuser o estatuto;
III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia,
solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos;
IV - convocar a assembléia - geral quando julgar conveniente, ou no caso do artigo 132;
V - manifestar - se sobre o relatório da administração e as contas da diretoria;
VI - manifestar - se previamente sobre atos ou contratos, quando o estatuto assim o exigir;
VII - deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de
subscrição;
VIII - autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação de bens do ativo não
circulante, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros;
IX - escolher e destituir os auditores independentes, se houver.
7.3. Diretoria
É órgão de representação da sociedade por ações, sendo obrigatório, composto por dois ou mais
membros, pessoas naturais, acionistas ou não.
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São escolhidos pelo Conselho de Administração e, quando não houver um Conselho, pela Assembleia
Geral e são destituíveis a qualquer tempo por esses órgãos.
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8 - ADMINISTRADORES
8.1. Deveres
Está previsto no artigo 153 da Lei das Sociedades por Ações; o administrador, no exercício das suas
funções, deve ter a diligência que todo homem ativo e probo tem na condução de seus próprios
negócios.
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O artigo 155 da Lei das Sociedades por Ações dispõe que o administrador não pode se valer de
informações que obteve em razão de seu cargo, em proveito próprio ou alheio, independentemente
de causar prejuízo ou não à sociedade.
Art. 155. O administrador deve servir com lealdade à companhia e manter reserva sobre
os seus negócios, sendo - lhe vedado:
Sendo-lhe vedado:
I - usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem prejuízo para a companhia, as
oportunidades comerciais de que tenha conhecimento em razão do exercício de seu cargo;
III - adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe necessário à companhia, ou que
esta tencione adquirir.
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Dever de
Deveres
lealdade
Dever de
informação
Administradores
Dentro de suas
atribuições ou
poderes com
Responde dolo ou culpa
civilmente
quando proceder
Responsabilidades Violando a lei ou
Não responde o Estatuto
pessoalmente pelas
obrigações que
contrair pela
sociedade
O administrador, em atos regulares de gestão, não pode ser pessoalmente responsável pelas
obrigações que contrair em nome da sociedade; responderá civilmente, entretanto, pelos prejuízos
que causar quando proceder:
Da leitura do artigo 158 da Lei 6.404/1976, é possível visualizar duas hipóteses para a
responsabilização civil dos administradores.
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A primeira delas diz respeito aos eventuais prejuízos que possam ser causados por culpa ou dolo do
administrador, mesmo na hipótese de não ter havido a extrapolação de suas atribuições e poderes,
cabendo à sociedade comprovar a atitude culposa de seu gestor.
Vale ressaltar que, caso o administrador tenha conhecimento dos fatos de terceiros, contrários aos
deveres legais, e não tome nenhuma medida para impedir o ilícito, responderá solidariamente.
Da mesma forma, responderá caso seja conivente com os atos praticados por outro administrador,
ou, então, caso seja negligente ao descobrir os fatos já praticados ou na iminência de acontecer.
O § 1º do artigo 158 da Lei das Sociedades Anônimas traz a possibilidade para que, mesmo que o
administrador venha a ter conhecimento de fatos desvantajosos ou contrários à empresa, para que
possa se eximir de qualquer responsabilidade, registre uma objeção em reunião do órgão de
administração competente, levando o fato a conhecimento do conselho fiscal da assembleia geral.
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Vale considerar também que, mesmo estranho à administração da sociedade, caso venha a se
beneficiar em conjunto com um administrador, praticando ato que viole a lei ou o estatuto,
responderá solidariamente ao administrador por previsão constante no § 5º do artigo 158 da Lei
6.404/1976.
A ação de responsabilidade ganha um capítulo próprio a partir do artigo 159, que expressa:
O §1º do artigo 159 da Lei das Sociedades Anônimas vem para especificar que tanto a assembleia
geral ordinária como a extraordinária podem apreciar tal matéria, contudo, para que a apreciação
ocorra em assembleia geral extraordinária, ela deve ter sido prevista na ordem do dia ou então ter
sido consequência direta de algum assunto incluído na assembleia.
Existe, ainda, outra hipótese em que poderá um acionista, ou um conjunto que represente ao menos
5% do capital, formular o pedido de ação.
São duas espécies de ações: a primeira delas seria aquela em que a companhia tem prioridade e,
somente caso não exerça essa prioridade, poderá ser substituída por qualquer acionista.
Ainda, uma segunda espécie de ação teria características de ação individual, passível de interposição
pelos acionistas, considerando a ação proposta pelo substituto como a mesma proposta pela
companhia, conforme a previsão expressa da segunda parte do §7º do artigo 159:
§7º A ação prevista neste artigo não exclui a que couber ao acionista ou terceiro
diretamente prejudicado por ato de administrador.
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§3º Qualquer acionista poderá promover a ação, se não for proposta no prazo de 3 (três)
meses da deliberação da assembléia - geral.
A regra é para que, diante de um prazo de três meses após a deliberação da assembleia, a
companhia não tomar as providências para que a ação seja proposta, poderá, então, qualquer
acionista formulá-la visando a garantia de seus direitos.
§4º Se a assembléia deliberar não promover a ação, poderá ela ser proposta por
acionistas que representem 5% (cinco por cento), pelo menos, do capital social.
Pouco importa a porcentagem do capital social que detém esse acionista. Caso um acionista,
individualmente, não detenha essa porcentagem mínima de ações da companhia, poderá ele, em
conjunto com outros acionistas, compor um litisconsórcio para que os 5% necessários sejam
atingidos.
9 - TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS
9.1. Espécies
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A Lei das Sociedades Anônimas (6.404/76) é mais completa ao tratar dos temas desta aula. Em vista
deste motivo, será a nossa referência.
A lei 6.404/76 comumente é aplicada como fonte de solução de conflitos para as sociedades do
Código Civil, o contrário não ocorre. A razão disso está no fato de que a lei das sociedades anônimas
é mais completa. O seu uso se dá pelo recurso da analogia. A jurisprudência de nosso país confirma
esse entendimento.
Comentários:
A disposições sobre incorporação, fusão e cisão previstas no Código Civil não tem
aplicação para as sociedades anônimas. No entanto, as disposições da Lei n.
6.404/76, aplicam-se, por analogia, às demais sociedades naquilo em que o Código
Civil for omisso”.
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A mudança de tipo societário independe de liquidação, o que significa que é desnecessário pagar
todos os credores, fazer partilha do restante com os sócios, ou até mesmo encerrar a sociedade,
conforme artigo 220, Lei 6404/76.
A transformação de um tipo de sociedade para outro, em regra, exige unanimidade conforme regra
contida no art. 221, Lei 6404/76.
Nada obsta, porém, que os sócios determinem um quorum diferente no contrato ou no estatuto.
Dessa maneira, os sócios poderão determinar, a título de exemplo, o quorum de maioria do capital
para a aprovação da transformação.
Deliberação
Art. 221. A transformação exige o consentimento unânime dos sócios ou acionistas, salvo
se prevista no estatuto ou no contrato social, caso em que o sócio dissidente terá o direito
de retirar-se da sociedade.
O sócio dissidente é aquele que discorda de determinada decisão. No caso em tela, o sócio discorda
da transformação, situação em que poderá exercer o seu direito de retirar-se da sociedade
recebendo a parte que lhe cabe na sociedade.
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Art. 222. A transformação não prejudicará, em caso algum, os direitos dos credores, que
continuarão, até o pagamento integral dos seus créditos, com as mesmas garantias que
o tipo anterior de sociedade lhes oferecia.
No caso de uma transformação de uma sociedade do código civil para uma sociedade anônima, é
necessário a aprovação da operação em ambas as sociedades.
Como já dito anteriormente, o código civil também tem legislação correspondente. Trata-se da
mesma ideia estudada acima, mas achei interessante transcrevê-la para que você siga com maior
segurança para a prova.
Comentários:
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independe de
patrimônio da
dissolução ou
sociedade permanece
liquidação da
inalterado
sociedade
Consentimento de
todos os sócios, não poderá modificar
podendo o dissidente ou prejudicar os
exercer seu direito de direitos dos credores
retirada
Direito de Retirada
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9.4. Incorporação
Na incorporação societária, uma ou mais sociedades são absorvidas por outra. Tal hipótese opera-
se entre sociedades de tipos iguais ou diferentes, comportando a possibilidade de expansão
empresarial. O conceito está exposto no artigo 227, Lei 6.404/76, a seguir:
Incorporação
Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
A Lei das Sociedades por Ações traz algumas exigências. Além de deliberação, a elaboração de um
protocolo, espécie de pré-contrato para que a operação seja realizada. Conversaremos sobre tudo
isso, a seguir.
Após a aprovação em cada uma das sociedades, vem a necessidade de promover a alteração dos
respectivos atos constitutivos mediante arquivamento no órgão registral, conforme artigo 223, Lei
6.404/76.
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Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos
iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos
respectivos estatutos ou contratos sociais.
Enfim, gostaria que ficassem de olhos abertos nessas regras, pois tem sido utilizados inclusive nos
procedimentos de incorporação, fusão e cisão no código civil. Como já dito anteriormente, trata-se
da utilização do recurso da analogia.
9.5.1. Protocolo
O protocolo realizar-se-á por meio de uma proposta de incorporação, além da justificação que
trataremos mais adiante. O artigo 224 da Lei 6.404/76 exige que o protocolo seja confeccionado com
as seguintes informações:
Protocolo
Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou cisão com incorporação em sociedade existente
constarão de protocolo firmado pelos órgãos de administração ou sócios das sociedades
interessadas, que incluirá:
I - o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas em substituição dos direitos de sócios
que se extinguirão e os critérios utilizados para determinar as relações de substituição;
II - os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela do patrimônio, no caso de cisão;
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IV - a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do capital de uma das sociedades possuídas
por outra;
V - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou redução do capital das
sociedades que forem parte na operação;
9.5.2. Justificação
A justificação realizar-se-á por meio de uma verdadeira exposição de motivos para que a operação
se realize. O artigo 225 da lei 6.404/76 exige que a justificação traga o motivo da operação. Exige
também a finalidade e demonstração dos interesses da companhia, além de informações sobre a
nova composição de ações, como a seguir:
Justificação
Art. 225. As operações de incorporação, fusão e cisão serão submetidas à deliberação da
assembléia-geral das companhias interessadas mediante justificação, na qual serão expostos:
I - os motivos ou fins da operação, e o interesse da companhia na sua realização;
II - as ações que os acionistas preferenciais receberão e as razões para a modificação dos seus
direitos, se prevista;
III - a composição, após a operação, segundo espécies e classes das ações, do capital das
companhias que deverão emitir ações em substituição às que se deverão extinguir;
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Incorporação (Art. 1.116, CC): uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma
estabelecida para os respectivos tipos.
LTDA proposta de
incorporação
Incorporação Justificativa:
S.A Protocolo exposição de
Societária
motivos
9.6. Fusão
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Fusão
Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
Nas sociedades anônimas o quórum é de, pelo menos, 50% do capital votante, e, nas limitadas, 75%
do capital social.
Fusão (Art. 1.119, CC): determina a extinção das sociedades que se unem, para formar
sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
Ltda
S.A
Comandita
por Ações
Fusão
Nova sociedade sucede Necessário projeto sobre o
as anteriores em todos futuro da fusão,
os direitos e obrigações perfazendo a distribuição 49
do capital social
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Serão extintas duas sociedades que vierem a se fundir, assim como também serão
extintos todos os direitos delas.
Comentários: A afirmação está errada, uma vez que a fusão de duas ou mais
sociedades empresárias não extingue os direitos das sociedade fundidas, conforme
o disposto do art. 1.119 do Código Civil brasileiro: “A fusão determina a extinção
das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos
direitos e obrigações.”
9.7. Cisão
Consiste no desmembramento total ou parcial da sociedade, que transfere seu patrimônio para
uma ou várias sociedades já existentes ou constituídas para esse fim, conforme artigo 229, Lei
6.404/76.
Cisão
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo -
se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo - se o
seu capital, se parcial a versão.
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A cisão é total quando todo o patrimônio é transferido para outras sociedades, extinguindo-se a
sociedade cindida. Essa operação também é chamada de cisão pura, situação em que a sociedade
transfere todo o seu patrimônio para duas ou mais sociedades já existentes ou constituídas para esse
fim.
Em caso de cisão total ou absorção, a sociedade transfere seu patrimônio para duas ou mais
sociedades já existentes, até porque a transferência para uma única sociedade seria uma
incorporação. Na cisão parcial, apenas parte do patrimônio é transferida, subsistindo a sociedade
cindida.
Comentários:
O §4.º do artigo 229, Lei 6.404/76 exige, finalmente, o arquivamento dos atos operacionais de
cisão. Na cisão integral ou pura, a incumbência é dos administradores. Na cisão parcial ou absorção,
esse dever será dos administradores da companhia cindida.
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desmembrame
nto total ou
parcial da
sociedade
Absorção:
patrimônio transferência
transferido do patrimônio
para para outras
sociedades já sociedades
existentes
Cisão
pura:
patrimônio total: todo
transferido patrimônio é
para novas transferido
sociedades
parcial: parte
do patrimônio
é transferida
10 - DESTAQUES DA LEGISLAÇÃO
Neste ponto da aula, citamos, para fins de revisão, os principais dispositivos de lei que podem fazer
a diferença na hora da prova. Lembre - se de revisá-los!
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Objeto Social
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à
lei, à ordem pública e aos bons costumes.
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do
comércio.
§ 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não
prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou
para beneficiar - se de incentivos fiscais.
Denominação
§ 1º O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha
concorrido para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores
mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários.
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Espécies
Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus
titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
Ações Ordinárias
Art. 16. As ações ordinárias de companhia fechada poderão ser de classes diversas, em
função de:
Ações Preferenciais
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II - direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10% (dez por
cento) maior do que o atribuído a cada ação ordinária; ou
III - direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de controle, nas condições
previstas no art. 254 - A, assegurado o dividendo pelo menos igual ao das ações
ordinárias.
Emissões e Séries
Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão de debêntures, e cada emissão
pode ser dividida em séries.
Parágrafo único. As debêntures da mesma série terão igual valor nominal e conferirão a
seus titulares os mesmos direitos.
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Art. 54. A debênture terá valor nominal expresso em moeda nacional, salvo nos casos de
obrigação que, nos termos da legislação em vigor, possa ter o pagamento estipulado em
moeda estrangeira.
Extinção
Art. 74. A companhia emissora fará, nos livros próprios, as anotações referentes à
extinção das debêntures, e manterá arquivados, pelo prazo de 5 (cinco) anos, juntamente
com os documentos relativos à extinção, os certificados cancelados ou os recibos dos
titulares das contas das debêntures escriturais.
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Um grande abraço.
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