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Desenho e Projeto

Auxiliado por
Computador
Desenho e Projeto
Auxiliado por
Computador

Ananias de Assis Godoy Filho


Denise Borges Alonge
© 2015 por Editora e Distribuidora Educacional S.A

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico,
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
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Editoração e Diagramação: eGTB Editora

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Godoy Filho, Ananias de Assis


G589d Desenho e projeto auxiliado por computador / Ananias
de Assis Godoy Filho, Denise Borges Alonge. – Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015.
288 p. : il.

ISBN 978-85-8482-208-9

 1. Desenho por computador. 2. Computação gráfica.


3. Projeto auxiliado por computador. 4. Projeto gráfico. I.
Alonge, Denise Borges. II. Título

CDD 620.00420285

2015
Editora e Distribuidora Educacional S. A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041 ‑100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário

Unidade 1 | Noções Gerais de Desenho Técnico 9


Seção 1 - Introdução ao Desenho Técnico, à sua Simbologia e às
Normas da Abnt 13
1.1 | Origem do Desenho Técnico 13
1.2 | Tipos de Desenho Técnico 17
1.3 | Terminologia e Elementos dos Desenhos Técnicos 21
1.4 | Padronização do Desenho (Normas ABNT) 24

Seção 2 - Escalas para Desenho Técnico 35


2.1 | Conceito de Escala — Escalas Métricas Normalizadas 35
2.2 | Relação da Escala com a Representação 45

Unidade 2 | Desenho Projetivo 61


Seção 1 - Geometria Descritíva Básica 65
1.1 | Épura, Diedros, Traçados no 1º e 3º Diedros 65
1.2 | Projeção Ortogonal: Vistas Ortogonais 74
1.3 | Utilização dos Materiais e Instrumentos 77
1.4 | Retas, Ângulos, Círculos e Tangências 82
1.5 | Uso Das Linhas Contínuas, Tracejadas e Traço‑Ponto 94

Seção 2 - Representação Gráfica em Desenho Técnico 101


2.1 | Cortes, Seções, Encurtamentos e Hachuras 101
2.2 | Caligrafia Técnica – Anotação e Simbologia em Desenho Técnico 105
2.3 | Cotagem em Desenho Técnico 106
2.4 | Perspectivas Axonométricas: Perspectiva Isométrica, Cavaleira, Dimétrica e
Trimétrica 109

Seção 3 - Planejando a Prancha de Desenho Técnico 117


3.1 | Análise do Objeto a ser Representado 117
3.2 | Peças Gráficas Essenciais, Opcionais e Legendas 119
3.3 | Escolhendo a Escala Adequada e a Prancha 120
3.4 | Diagramação da Prancha 122
3.5 | Boas Práticas e Produtividade ao Desenhar 123
3.6 | Finalização, Revisão E Entrega Do Desenho 126
Unidade 3 | Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 133
Seção 1 - Apresentação da Interface do Autocad 2015 139
1.1 | Iniciando o Programa 139
1.2 | Ambiente de Trabalho do Autocad – Interface 139
1.3 | 2D Drafting & Annotation 141

Seção 2 - Configuração da Área de Trabalho – Workspace 145


2.1 | Limites da Área de Trabalho 145
2.2 | Configurações da Caixa de Diálogo Options 145
2.3 | Criando Arquivos de Desenhos 146
2.4 | Recuperar arquivos perdidos 147

Seção 3 - Criação de Linas e uso de Coordenadas 151


3.1 | Comandos de Zoom 151
3.2 | Sistema de Coordenadas Cartesianas 154
3.3 | Recursos de Precisão e Captura de Pontos do Desenho 156
3.4 | Criando Linhas 157

Seção 4 - Criação de Objetos Geométricos 161

Seção 5 - Edição de Objetos Geométrico 169


5.1 | Selecionando Objetos 169
5.2 | Modificando Objetos 171

Seção 6 - Edição de Propriedades do Objeto Geométrico 185


6.1 | Propriedades dos Objetos 185
6.2 | Cálculos de Área, Distância, e Listagem de Informações sobre Objetos 187
6.3 | Dividindo Objetos 190

Seção 7 - Configuração de Camadas/Layers 193


7.1 | Layers: Camadas de Desenho 193

Unidade 4 | Modelagem de Desenho Técnico 203


Seção 1 - Modelagem em Perspectiva Isométrica 2D 209
1.1 | A Geometria Descritiva e as Perspectivas Militar e Isométrica em 2D 209
1.2 | Polar Tracking On 213

Seção 2 - Configuração e Hachuras e Gradientes 217


2.1 | Hatch 217
2.2 | Gradient 218

Seção 3 - Configuração de Blocos 221


3.1 | Criação de Bloco com Block 221
3.2 | Criação de Bloco com Wblock 223
3.3 | Inserção de Blocos no Desenho - Insert Block 224
Seção 4 - Dimensionamento e Configuração de Cotas Anotativas 227
4.1 | Objetos Anotativos ou Annotative 227
4.2 | Dimension Style – Configuração de Cotas 228
4.3 | Comandos de Dimensionamento 238

Seção 5 - Configuração de Textos e Linhas de Chamada 255


5.1 | Text Style Settings - Estilo Configurações Texto 255
5.2 | Multileader Style – Configuração de linha de chamada 260

Seção 6 - Modos de Visualização para Auxílio do Desenho 265


6.1 | Viewports 265
6.2 | Barra View 266
6.3 | Viewcube 268
6.4 | 3Dorbit 268

Seção 7 - Apresentação e Configurações do Layout de Impressão 271


7.1 | Mview 271

Seção 8 - Configuração de Impressão/Plotagem 277


8.1 | Introdução à Impressão 277
8.2 | Plotagem - Estilo Básico de Impressão 278
8.3 | Plotagem para Gerar Arquivos para Web 280
8.4 | Finalização 280
Apresentação
No exercício das engenharias é necessária uma grande dose de criatividade.
Neste caso, a criatividade vem junto com a necessidade de informações precisas,
embasadas em medidas, cálculos e normas técnicas que deem suporte à tomada
de decisões na resolução de problemas. Os profissionais de engenharia, em geral,
não são aqueles indivíduos que vão executar pessoalmente, com suas próprias
mãos e ferramentas, as obras de construção, fabricar os produtos, nem construir
as peças das máquinas. São profissionais que, em colaboração multidisciplinar
com vários outros, participam do planejamento e coordenação da execução
do ambiente construído, estudam e pesquisam as soluções mais adequadas. Em
outras palavras, projetam o que virá a existir, e comunicam as ideias desse futuro
imaginado usando para isso uma linguagem gráfica. É disso que trata este livro. Ao
longo de quatro unidades, você aprenderá a ler, escrever e expressar ideias nesta
interessante linguagem: o desenho técnico. Mais que interessante, ela é fácil e
agradável de aprender.

Na primeira unidade, Noções Gerais de Desenho Técnico, você aprenderá os


fundamentos do trabalho com desenhos técnicos. Conhecerá as origens dessa
linguagem e seus elementos essenciais, os tipos de desenhos de um projeto, bem
como as principais normas relativas ao desenho técnico que vigoram no Brasil.
Você compreenderá o conceito de escala e entenderá a relação desta com o
objeto a ser desenhado.

Na Unidade 2, que trata especificamente do Desenho Técnico Projetivo,


faremos uma revisão dos conceitos de Geometria Plana e lhe apresentaremos os
conceitos básicos da Geometria Descritiva. Você conhecerá os instrumentos para
desenho técnico e como usá‑los. Ao final da unidade, aprenderá a desenhar tipos
diferentes de perspectiva, o que é muito útil para a visualização de suas propostas.
Você aprenderá também como planejar e quantificar os desenhos necessários.
Daremos a você dicas de produtividade para ganhar velocidade na elaboração dos
desenhos técnicos, além de mostrar algumas boas práticas de trabalho nessa área.

A terceira unidade deste livro apresenta a você Desenho e Projeto Auxiliados


por Computador, com uso de software para CAD (Computer‑Aided Design).
O software que será abordado neste curso é o AutoCAD®, da desenvolvedora
Autodesk®. Você conhecerá a interface do programa, aprenderá a configurar a
tela conforme a sua preferência e iniciará o uso de comandos básicos. Entenderá
a importância do trabalho em camadas (layers) e do sistema de coordenadas
cartesianas. Veremos também um conjunto maior de comandos para criação
e edição de desenhos mais elaborados, o que inclui textos, símbolos, medidas,
mudanças de escala, texturas e outros comandos.

Finalmente, na quarta e última unidade, A Representação do Projeto na Prática,


você será levado a elaborar o produto final do desenho técnico: as pranchas do
projeto. Vai organizar o trabalho no AutoCAD® e saber como definir a folha de
papel para os desenhos. Saberá como configurar o trabalho para impressão das
cópias físicas em papel (plotagem). Assim como fizemos no final da segunda
unidade, vamos também mostrar a você como desenhar em perspectiva, agora
no AutoCAD®.

Desejamos a você, acadêmico, um período de estudos muito gratificante através


desse território de conhecimentos tão interessante, útil e fundamental à profissão
como é o desenho técnico. Procure com afinco fazer os exercícios propostos em
meio às seções, bem como dedicar‑se aos apresentados ao final de cada unidade.
Conte com a ajuda dos professores e tutores. Bom estudo!
Unidade 1

NOÇÕES GERAIS DE
DESENHO TÉCNICO

Ananias de Assis Godoy Filho

Objetivos de aprendizagem: Esta unidade pretende apresentar a você


as noções elementares do desenho técnico, abrangendo um conjunto
de conhecimentos amplo, que vai desde a origem desta linguagem até o
modo de representação dos objetos em perspectiva. A unidade está dividida
em quatro seções, cujo conhecimento é essencial para que você possa
avançar para a Unidade 2. Procure fazer os exercícios e consolidar seus
conhecimentos desta etapa inicial, pois isso lhe dará maior facilidade quando
for estudar e praticar com o AutoCAD®, nas duas unidades finais deste curso.

Seção 1 | Introdução ao Desenho Técnico, à sua


Simbologia e às Normas da ABNT
Nesta seção, você conhecerá a origem do modo como se desenham hoje
os projetos, a terminologia utilizada e as normas da ABNT que regulamentam
e padronizam todo o trabalho com desenhos técnicos, desde os tamanhos de
papéis até as linhas que os formam.

Seção 2 | Escalas para Desenho Técnico


Esta seção vai apresentar a você as escalas de desenho e a relação
delas com o objeto que você vai representar. Veremos também como,
por que e quando produzir desenhos de detalhes dos objetos.
U1

10 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Introdução à unidade

Você certamente já ouviu alguém dizer que um desenho fala mais que mil
palavras. Essa afirmação é especialmente verdadeira para as profissões que lidam
com os projetos dos objetos que nos cercam, seja uma geladeira ou um navio, seja
um edifício ou um chip de telefone celular. Os artefatos tecnológicos com que
lidamos em nosso cotidiano são realidades espaciais complexas. Sua descrição
apenas com palavras é impossível. Imagine quantos volumes escritos teriam de
ser produzidos para descrever em todos os detalhes um motor de automóvel,
por exemplo. Ainda assim não seria possível construí‑lo, pois há muitas coisas que
fogem ao poder explicativo das palavras.

Uma realidade tridimensional complexa como a do exemplo só pode ser


explicada através de outra linguagem, também de natureza espacial, que forneça
as informações necessárias através da visão, não apenas por palavras. É por isso
que se usam maquetes e desenhos técnicos em todas as áreas do design industrial,
das engenharias, arquitetura, cenografia, cinema e outras. O nosso assunto é
justamente aprender como uma realidade espacial pode ser usada para explicar
outra, ou seja, aprender como os desenhos técnicos no plano do papel, segundo
certos métodos e convenções, podem explicar realidades espaciais tridimensionais
mais complexas.

Noções Gerais de Desenho Técnico 11


U1

12 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Seção 1
Introdução ao Desenho Técnico, à sua
Simbologia e às Normas da ABNT

Introdução à seção
Esta seção pretende enriquecer seu conhecimento sobre o desenho técnico,
contando um pouco da história dessa técnica. Ela relaciona‑se à necessidade de
construção dos novos artefatos da cultura material e tecnológica do Ocidente. Esse
processo de busca pela precisão da representação gráfica se intensifica a partir do
Renascimento (séculos XIV a XVII), se aperfeiçoa no período do Iluminismo (século
XVIII) e se consolida durante a Revolução Industrial (século IXX). Você aprenderá
sobre os diferentes tipos de desenhos técnicos e os pontos comuns entre eles.
Conhecerá a terminologia utilizada e as normas da ABNT que regulamentam
e padronizam todo o trabalho com desenhos técnicos, desde os tamanhos de
papéis até as linhas que os formam.

Você sabia que a ABNT é o principal, mas não é o único órgão


normalizador de produtos e processos no Brasil? Existem muitas outras
normas além das que você conhecerá nesta seção. Diversos órgãos
federais, estaduais e municipais expedem (i.e., publicam) normas
específicas sobre os mais variados temas. Exemplos são as normas de
apresentação de projetos para o corpo de Bombeiros, para a Vigilância
Sanitária, para as prefeituras. Antes de iniciar a produção de algum
desenho técnico, procure se informar do destino do desenho. É sempre
mais producente iniciar o desenho já sabendo as normas exigidas!

1.1 ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO


Tentativas de representar de maneira convincente nas duas dimensões de

Noções Gerais de Desenho Técnico 13


U1

um plano os objetos no espaço foram feitas durante séculos por pintores e


arquitetos interessados em obter um maior realismo de seus trabalhos de pintura
ou da representação do projeto de arquitetura. No período do Renascimento, pela
necessidade de desenhar com mais exatidão os projetos arquitetônicos grandiosos
que seriam propostos na Europa, vários arquitetos debruçaram‑se sobre a tarefa
de estabelecer um sistema de representação mais comunicativo e que guardasse
maior semelhança com os prédios que imaginavam.

Dentre estes, destacou‑se Filippo Brunelleschi (1377-1446). Arquiteto e


engenheiro, foi um dos personagens mais importantes do Renascimento italiano.
Ele é mais conhecido pelo desenvolvimento da perspectiva linear e por ter
concebido a solução de engenharia para a cúpula da Catedral de Florença, mas
suas realizações também incluem outras obras de arquitetura e escultura, engenhos
para construção e até mesmo projetos de navios. Seu processo de desenho em
perspectiva, ao obter uma representação bidimensional extremamente semelhante
à nossa percepção de espaço e distância, foi um avanço considerável para a época.
A Figura 1.1 mostra um desenho em perspectiva do interior da igreja Santo Spirito,
em Florença, feito por Brunelleschi.

Figura 1.1 | Desenho do Interior da igreja Santo Spirito

Fonte: Brunelleschi (ca. 1428)

Muito do desenvolvimento da perspectiva foi impulsionado por pintores como


Giotto (1266-1337), nos séculos 13 e 14, e Albrecht Dürer (1471-1528), nos séculos
XV e XVI. Este último já concebia uma espécie de sistema de coordenadas para

14 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

visualização e estudo das proporções precisas de um objeto. Na Figura 1.2, vemos


o estudo de proporções de um pé, feito pelo pintor, gravador, estampador e
matemático Dürer.

Figura 1.2 | Desenho de estudo de proporções do pé utilizando um sistema de projeções


ortogonais

Fonte: Dürer (1528)

A percepção da inerente dificuldade de descrever objetos tridimensionais para


fabricação, apenas através de desenhos em planta e perspectivas, foi o que levou o
matemático Gaspar Monge, entre 1765 e 1795, a formular os princípios e métodos da
Geometria Descritiva, para resolver o problema da representação das fortificações
que precisava desenhar. Antes da criação desse método, as representações dos
projetos careciam de exatidão matemática. Observe a Figura 1.3, com um desenho
feito por Henry Beighton do invento de Thomas Newcomen, que retrata, de modo
ainda um pouco impreciso, uma máquina a vapor para bombear água de um poço.
Este desenho é de 1717, portanto, anterior ao processo mongeano da Geometria
Descritiva. Observe as pequenas indicações de peças e os textos, numa tentativa
de descrever um conjunto intricado de peças em um desenho em perspectiva, i.e.,
com sugestão de volume, profundidade e distância.

Noções Gerais de Desenho Técnico 15


U1

Figura 1.3 | Gravura da máquina de Newcomen, instalada em Griff, Reino Unido

Fonte: Beighton (1717)

A formulação da Geometria Descritiva – GD – trouxe um original sistema de


projeções, baseado em “raios visuais” que incidem em ângulos retos sobre planos
imaginários, além da possibilidade de resolução de problemas matemáticos
através de desenhos geométricos. O sistema de representação gráfica inventado
por Gaspar Monge foi tão bem-sucedido que se tornou a base de todos os tipos
de desenhos técnicos que se utilizam até hoje e que você vai aprender neste livro.

As regras de Monge permitem desenhar um objeto imaginário de tal maneira


que ele pode ser fabricado com precisão em 3D. Todos os aspectos geométricos
do objeto imaginado são tomados em sua verdadeira grandeza ou reduzidos
proporcionalmente segundo um coeficiente (chamado “escala”), e assim ele pode
ser desenhado numa superfície bidimensional, visto por vários ângulos.

Na segunda metade do século 19, em plena Revolução Industrial, o método já


havia se consolidado como o padrão para representar em desenhos os projetos
de arquitetura e engenharia civil, projetos de máquinas diversas, represas, usinas,
obras de expansão urbana e todo o aparato tecnológico que passou a integrar as
cidades desde então. A Figura 1.4 mostra um típico desenho técnico dessa época,
que descreve um moedor de café movido a manivela, já desenhado segundo os
princípios mongeanos da GD.

16 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Figura 1.4 | Moedor de café inventado por Jabez Burns e patenteado em 1881

Fonte: Burns (1881)

Com o crescimento do número de especialidades da engenharia e o surgimento


de novos tipos de projetos nas mais diferentes áreas, a linguagem do desenho
técnico foi se especializando, criando pequenas diferenças de estilo e recursos
gráficos, segundo o que era mais prático e fácil de ser aceito pelos projetistas e
também pelos destinatários dessa forma de comunicação. É disso que tratará a
próxima subseção, quando abordaremos brevemente os tipos de desenho técnico
mais frequentes.

1.2 TIPOS DE DESENHO TÉCNICO


Durante a Revolução industrial, houve uma multiplicação inédita e acelerada
da quantidade e variedade de artefatos produzidos pela indústria. Todos esses
objetos, para serem produzidos em série, tiveram de passar por uma fase de
projeto, através de desenhos técnicos. A Revolução Industrial refinou ainda
mais o campo do desenho técnico. A produção em massa e a terceirização de
vários estágios da fabricação criaram a necessidade de adoção de convenções e
padrões de comunicação técnica e ilustração que deveriam ser universalmente
compreendidos por projetistas de diferentes áreas.

Durante este período inicial do desenvolvimento do desenho técnico moderno,


ilustradores técnicos e de produtos utilizaram linhas com pesos variáveis para
enfatizar massa, proximidade e escala, o que ajudou a tornar o complexo desenho

Noções Gerais de Desenho Técnico 17


U1

linear mais compreensível para o leigo. Hachuras, pontilhados, tracejados e outras


técnicas básicas deram maior profundidade e legibilidade ao desenho. No entanto,
o desenho técnico, em grande parte, permaneceu em preto e branco, às vezes
usando também "meios-tons".

Paralelamente, convenções e símbolos foram sendo criados de acordo com


a necessidade e a conveniência para representar os elementos específicos dos
projetos de cada área do design. Assim, surgiram as convenções particulares usadas
em projetos de máquinas; em diagramas elétricos; em projetos de estruturas de
concreto, que são diferentes dos de estruturas metálicas, por exemplo; as de
projetos arquitetônicos e várias outras.

Em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, é fundada em Londres a


Organização Internacional para a Padronização (International Organization for
Standardization), conhecida como ISO. Atualmente, a sede desta importante
organização não governamental fica em Genebra, na Suíça. As normas ISO, grande
parte delas de aplicação mundial, têm sido referenciais para muitas das normas
adotadas aqui no Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Os padrões da ISSO (Organização Internacional para Padronização) são


referências em muitos países. No Brasil, a ABNT disponibiliza em seu
portal http://www.abnt.org.br/ o acesso à coleção de desenho técnico
ISSO 128, que servem de base para as normas nacionais.

Nesta subseção, vamos apresentar a você alguns exemplos de desenhos


técnicos de diferentes tipos, usados em campos diferentes da atividade de projetar.
Para iniciar nossa exposição, saiba que os desenhos técnicos classificam‑se em
dois grandes grupos:

• O desenho técnico projetivo, mais facilmente identificável como desenho


técnico, porque retrata objetos concretos. Um desenho de fachada de um
prédio é geralmente reconhecível, assim como o de uma máquina, mesmo que
não saibamos para que ela serve. Há neles certa semelhança com realidades
espaciais que conhecemos.

• O desenho não projetivo, que são os gráficos, diagramas, fluxogramas,

18 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

organogramas, esquemas e outros. Tais desenhos costumam explicar processos,


relações entre fatores ou pessoas, e relações entre tempo e realizações, como
no caso dos cronogramas, gráficos diversos etc.

As figuras 1.1 até 1.4, mostradas anteriormente, são exemplos típicos de


desenhos técnicos projetivos. A figura 1.5, a seguir, é um exemplo de desenho
técnico não projetivo e mostra o esquema elétrico de um automóvel.

Figura 1.5 | Esquema elétrico de um automóvel

Fonte: Disponível em: <http://carocha.forumeiros.com/t589-electricidade>. Acesso em: 16 abr. 2015.

Noções Gerais de Desenho Técnico 19


U1

Não pretendemos aqui fazer uma relação extensa de todos os tipos de desenhos
técnicos, mas você pode ver a diferença entre as figuras 1.6 e 1.7, que mostram,
respectivamente, um desenho de estruturas de concreto armado e outro de um
projeto de um telefone celular, ambos classificados como desenhos projetivos.

Figura 1.6 | Detalhe de estrutura de concreto armado, um desenho projetivo bastante


esquemático

Fonte: Athayde (2012)

20 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Figura 1.7 | Desenho em perspectiva "explodida" de um telefone celular. Esquema


de montagem

Fonte: Dabov et al. (2011)

1.3 TERMINOLOGIA E ELEMENTOS DOS DESENHOS TÉCNICOS


Na subseção anterior, você aprendeu que existem diferenças entre os tipos
de desenho técnico, geradas há muito tempo pela necessidade e conveniência
de representar situações específicas de cada área do design. No entanto, alguns
elementos são sempre os mesmos, não importa o tipo de desenho. Nesta subseção,
você conhecerá os nomes dos elementos que fazem parte de qualquer desenho

Noções Gerais de Desenho Técnico 21


U1

técnico. Procure memorizar os termos, porque eles serão utilizados durante todo
o seu estudo neste livro e, é claro, no exercício da profissão de engenheiro(a).

Vamos utilizar a figura 1.8 para lhe mostrar como se chamam os elementos que
compõem um desenho técnico. Cada número no desenho tem seu significado,
que explicaremos logo em seguida.

Figura 1.8 - Os dez elementos de qualquer prancha de desenho técnico

Fonte: O autor (2015)

22 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

1) Limite do papel – O papel de desenho, i.e., a folha onde o desenho se apresenta


é chamado de prancha. Cada folha de desenhos que compõe o projeto é uma
prancha. Este nome deriva das antigas pranchas de madeira usadas para se desenhar,
antes de existir a fabricação de folhas grandes de papel. Os tamanhos das pranchas
de desenho são regulamentados pela norma NBR 10068 da ABNT. Para não haver
confusão, a norma estabelece que o termo margem se refere ao espaço entre o
limite do papel e o quadro, que varia conforme o tamanho da prancha (ABNT, 1987).

2) Quadro – Limita o espaço disponível na folha para os desenhos. É traçado na


prancha com linha mais larga (grossa), para maior destaque. As espessuras das
linhas do quadro também são determinadas pela NBR 10068 ABNT.

3) Desenhos – Constituem o assunto da prancha e são chamados individualmente de


peças gráficas. Cada desenho é uma peça gráfica, independente do que representa,
se uma peça de máquina, se uma planta arquitetônica, um esquema, ou outra.

4) Textos auxiliares aos desenhos – Normalmente, as peças gráficas costumam


trazer muitas informações escritas, além das figuras em símbolos ou no carimbo.

5) Cotagem – “Representação gráfica no desenho da característica do elemento,


através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida”
(ABNT, 1987). São os elementos que expressam as dimensões que deverão ter
os elementos do projeto quando realizado. A colocação de cotas nos desenhos
é regida pela NBR 10126.

6) Nome de cada desenho – Cada peça gráfica na prancha deve ter um nome,
único e expressivo, que não se confunda com outros, facilitando assim a
referência a ela. Em geral, logo abaixo do nome do desenho, também chamado
título, vem a indicação da escala em que está desenhado.

7) Número do desenho na prancha – É um elemento opcional na maioria dos


projetos, mas é obrigatório no caso das pranchas de desenhos arquitetônicos.
Veja bem, caro aluno, que a numeração dos desenhos inicia e termina na prancha
em que figuram, e não segue por diversas pranchas. Isso facilita muito a referência
a eles quando você estiver num contato telefônico, por exemplo. Você poderá
dizer à pessoa do outro lado da linha: “Veja na prancha 12 o desenho 5”. Isso
simplifica muito a comunicação entre escritório e local da execução, evitando
mal‑entendidos. Mas atenção: número de desenho não é número da prancha.

8) Legenda explicativa dos símbolos – Quadro com uma reprodução dos símbolos
usados na prancha, nas diversas peças gráficas, seguido de sua explicação. É um
elemento de suma importância, principalmente quando houver necessidade de
criação de algum símbolo fora das normas usuais. Atenção! Pesquise e conheça
as normas técnicas e os símbolos já existentes. Eles dão conta da vasta maioria
das situações, e quase sempre haverá um que vai suprir a sua necessidade. Em
outras palavras, somente crie símbolos fora de padrão se houver realmente

Noções Gerais de Desenho Técnico 23


U1

necessidade. E, neste caso, a legenda é indispensável.

9) Carimbo – Também chamado de selo ou legenda. Tem esse nome porque


antigamente era usado um carimbo mesmo, de grande formato, desses de
madeira e borracha, para carimbar essa área da prancha. O carimbo normalmente
é um retângulo de dimensões variáveis, posicionado sempre no canto inferior
direito da prancha. É um elemento obrigatório em toda folha de desenhos
técnicos, e nele se escrevem todas as informações relevantes, como: assunto
da prancha, nome do contratante, nome e logotipo da empresa de engenharia,
endereços, telefones, escala, data, número da revisão, se houver, número
daquela prancha dentro do conjunto de pranchas, nomes dos responsáveis pelo
serviço, tanto de projeto, como do desenho, campo para assinatura do revisor e
outras. É praxe cada empresa ter um design de carimbo, de acordo com o tipo
de trabalho que realiza e as informações que lhe são relevantes.

10) Nomes: Cliente, projetista e revisor final – Toda prancha de desenho técnico
precisa passar por uma revisão, antes de ser considerada finalizada para
entrega aos destinatários. Como praxe, é recomendável que outro projetista
revise seu trabalho. No carimbo também consta o nome do cliente que está
encomendando o trabalho e o nome do projeto ou empreendimento. O nome
dos responsáveis é de grande importância.

1.4 PADRONIZAÇÃO DO DESENHO (NORMAS ABNT)


Na subseção 1.2, você ficou sabendo que o desenho técnico, embora tenha
mantido determinadas características comuns a todas as áreas do design, foram
apresentadas algumas variações ao longo de seu desenvolvimento histórico, como
consequência da necessidade de adaptações para dar conta de situações específicas
de representação. No Brasil não foi diferente, por isso a Associação Brasileira de
Normas Técnicas formou comitês para estudar o desenho técnico que se fazia no
país e prover sua normalização. As normas que vamos apresentar brevemente a
você são as mais importantes que dizem respeito ao desenho técnico:

• NBR 10647 – Desenho técnico – Terminologia. Apresenta as definições exatas


de termos e expressões como “croqui”, “desenho preliminar”, “desenho de
detalhe” e outros.

• NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico – É a


norma-matriz, a mais importante de todas. Você deve conhecê‑la completamente
porque é a mais abrangente.

• NBR 10068 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões – Como já vimos, trata


das folhas de desenho, margens e outros elementos da prancha.

• NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico – Trata de itens

24 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

relativos à colocação do carimbo, posição das faixas para textos informativos,


tábuas de revisão e outros elementos.

• NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento de cópia – Estabelece a maneira


correta de dobrar as pranchas físicas de modo a acomodá‑las em pastas.

• NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em desenho técnico –


Disciplina o modo de escrita nas pranchas de desenho técnico. Esta norma está
praticamente em desuso, uma vez que o desenho técnico executado à mão
tende ao desaparecimento e que os softwares de desenho já possuem fontes
ISO, como as recomendadas pela norma. No entanto, há uma parte relativa às
alturas e espacejamentos recomendados que é de grande utilidade.

• NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das


linhas - Fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos
técnicos e documentos semelhantes. É de grande utilidade e deve ser seguida
para um melhor resultado visual e de legibilidade do desenho.

• NBR 8196 – Desenho técnico – Emprego de escalas – Outra norma de grande


importância para o desenho. Conheç­a‑a totalmente.

• NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em


desenho técnico – Uma norma que esclarece muitas dúvidas que surgem
quando se inicia no campo do desenho técnico. É de consulta obrigatória. As
hachuras acrescentam qualidade e legibilidade ao desenho, por isso conhecer
seu emprego é essencial.

• NBR10126 – Cotagem em desenho técnico – Sem dúvida, uma das normas mais
importantes e úteis para o trabalho com desenhos técnicos. Este documento é
cheio de exemplos e desenhos, e também traz explicações diversas que guardam
estreita relação com a fabricação dos artefatos que projetamos. Conheça esta
norma e estude cada mínimo detalhe dela.

• NBR8404 – Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos – Uma


norma específica para o desenho de peças metálicas a serem usinadas. Conheça
e estude bem esta norma, pois muitos projetos de máquinas e equipamentos
com que você terá contato trarão essas convenções gráficas.

• NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes – É a norma que fixa o conjunto


de princípios, regras e tabelas que se aplicam à tecnologia mecânica, a fim de
permitir escolha racional de tolerâncias e ajustes, visando à fabricação de peças
intercambiáveis. Seu conhecimento é essencial no design e produção de peças
mecânicas.

• NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenho


técnico – Norma que determina as condições exigíveis do método de
representação convencional simplificada de partes roscadas em desenho

Noções Gerais de Desenho Técnico 25


U1

técnico. O conhecimento desta norma vai ajudar você a desenhar de maneira


correta e simplificada as partes das peças que têm roscas, eliminando muito
trabalho desnecessário de detalhamento gráfico.

• NBR 13273 – Desenho técnico – Referência a itens – Esta norma fixa as condições
exigíveis para a referência a itens em desenho técnico. É a norma que define como
fazer indicações nos desenhos, chamadas para textos auxiliares, numeração de
itens e referenciamento dos mesmos a tabelas de componentes e outras situações.

Assim, caro estudante, cabe a você estudar estas normas técnicas e definir
aquelas que mais se adequam ao trabalho que terá nas mãos quando necessitar
produzir ou interpretar desenhos técnicos projetivos. Vale lembrar que existem
duas outras normas de desenho técnico específicas para o trabalho com projetos
arquitetônicos: a NBR 13532, que fixa as condições exigíveis para a elaboração
de projetos de arquitetura para a construção de edificações e a NBR 6492, para
representação gráfica de projetos de arquitetura. No final da Unidade 2, veremos a
aplicabilidade dessas normas e comentaremos suas particularidades.

Pelo momento, vamos apresentar a você as folhas padronizadas de desenho


técnico, conforme as NBR 10068 e 10582.

As folhas que usamos em desenho técnico são as da chamada “”série A”. Esta
série de tamanhos de papel deriva do tamanho básico de uma folha de papel
retangular, com área de 1 m² (um metro quadrado) que tem a propriedade de
um lado ser sempre e o outro . Veja a Figura 1.9 abaixo e isto ficará mais
compreensível. As medidas estão em mm.

Figura 1.9 | Origem dos formatos da série A

Fonte: Athayde (2012)

26 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Portanto, parte‑se de um quadrado de lado = . Traça‑se a diagonal e rebate‑se


ela obre a reta horizontal, dando origem a um segmento Y de comprimento =
. Resolvendo‑se a equação, para uma área de 1 m², chega‑se aos resultados
de lados X = 841 mm e Y = 1189 mm. Se você converter as medidas em milímetros
para metros, e multiplicar uma pela outra, ou seja: 1,189 m x 0,841 m, achará um
resultado = 0,9999 m²; ou seja, 1 m² para todos os efeitos práticos. Os demais
formatos da série “A” derivam de subdivisões dessa prancha, sempre pelo meio do
formato que resultar. Veja a figura 1.10, adiante, retirada da NBR 10068:

Figura 1.10 | Subdivisão do formato A0 em formatos menores

Fonte: ABNT (1987)

Uma característica interessante dos formatos da série “A” é a semelhança


geométrica de proporções entre os tamanhos de papel, como se pode ver na
Figura 1.11:

Noções Gerais de Desenho Técnico 27


U1

Figura 1.11 | Semelhança geométrica dos formatos da série "A"

Fonte: ABNT (1987)

Então, temos a Tabela 1.1 – Formatos da série “A” –, com as dimensões em


milímetros das pranchas que você utilizará, conforme a NBR 10068:

Tabela 1.1 | Formatos da série "A"

Designação Dimensões
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
Fonte: ABNT (1987)

As folhas de desenho, como vimos na Figura 1.8, devem possuir uma margem,
que é o espaço entre o limite do papel e o quadro, desenhado com uma linha mais
larga. Veja a figura 1.12:

Figura 1.12 | Margem da folha de desenho

Fonte: ABNT (1987)

28 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

A norma NBR 10068 estabelece as distâncias das margens das folhas de


desenho, bem como as larguras das linhas, com base na NBR 8403. São estas
que você deve usar para traçar o quadro, caso não utilize folhas com o quadro
pré‑impresso. Veja, a seguir, a Tabela 1.2, que consta na NBR 10068:

Tabela 1.2 | Largura das linhas e das margens

Margem Largura da linha do quadro,


Formato
Esquerda Direita conforme a NBR 8403
A0 25 10 1,4
A1 25 10 1,0
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5
Fonte: ABNT (1987)

Repare que a tabela aqui reproduzida fielmente da NBR 10068 não menciona a
dimensão das margens superior e inferior, somente a esquerda e a direita. Diante
dessa omissão da norma, a praxe profissional consagrou o uso da mesma distância
da margem direita, ou seja, 10 ou 7 mm para as margens superior e inferior,
conforme o tamanho da prancha.

Quanto ao carimbo ou legenda, há também recomendações importantes.


Segundo a NBR 10068, a posição do carimbo deve estar dentro do quadro para
desenho de tal forma que contenha a identificação do desenho (número de
registro, título, origem etc.). Deve também estar situado no canto inferior direito,
tanto nas folhas posicionadas horizontalmente (ver Figura 1.13) como verticalmente
(ver Figura 1.14).

Figura 1.13 | Prancha na horizontal e carimbo Figura 1.14 | Prancha na vertical e carimbo

Fonte: ABNT (1987)

Noções Gerais de Desenho Técnico 29


U1

Existem alguns casos excepcionais em que os formatos normalizados não


darão conta da representação do projeto. Nesses casos, você poderá propor um
formato de papel diferente, desde que ele siga algumas condições estabelecidas
no item 3.1.3 da NBR 10068. Recomenda‑se que a escolha dos formatos especiais
seja de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou
submúltiplo de um dos formatos normalizados.

Vale ainda chamar a atenção para o fato de que nas dimensões das folhas
pré-impressas, enquanto não recortadas, deve haver um excesso de 10 mm de
papel sobrando nos quatro lados, além da linha que define o formato. A Figura 1.15
esclarece este quesito:

Figura 1.15 | Excesso de papel nas pranchas com quadro pré-impresso,


segundo a NBR 10068

Fonte: O autor (2015)

Uma vez finalizado o desenho, são tiradas as cópias necessárias e guarda‑se


o original em local livre de umidade, onde possa caber sem necessidade de
dobramento, numa mapoteca, por exemplo. As cópias, porém, serão acomodadas
em pastas práticas de se transportar para a oficina ou a obra, sendo de fácil
arquivamento e classificação. Para isso, devem ser dobradas até o formato A4,
segundo certos procedimentos. Existe uma norma técnica específica para isso,
a NBR 13142, cujos pontos principais apresentaremos a você agora. Observe as
figuras 1.16 a 1.19, retiradas dessa norma. Você deve memorizar as distâncias e
posições das dobras, e sempre efetuar primeiro as verticais, depois as horizontais,
como nas pranchas A0, A1 e A2. É evidente que a prancha A3, por já ter a altura
de 297 mm, não sofre dobra horizontal; e a prancha A4 já está no tamanho
conveniente para arquivamento e transporte, portanto não sofre dobra alguma.

30 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Figura 1.16 | Esquema de dobramento da prancha A0

Fonte: ABNT (1999)

Figura 1.17 | Esquema de dobrmento da prancha A1

Fonte: ABNT (1999)

Noções Gerais de Desenho Técnico 31


U1

Figura 1.18 | Esquema de dobramento da prancha A2

Fonte: ABNT (1999)

Figura 1.19 | Esquema de dobramento da prancha A3

Fonte: ABNT (1999)

Você já viu nesta seção que os desenhos técnicos são produtos gráficos altamente
normalizados. Ao longo da próxima seção vamos mostrar a você os fundamentos da
prática com desenhos técnicos, de modo a capacitá‑lo a produzir as peças gráficas
necessárias para o seu trabalho. Para tanto, iniciamos com o conceito de escala,
fundamental para a produção das peças gráficas que comporão suas pranchas.

32 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

1. Dentre os produtos gráficos relacionados abaixo, marque


com “P” os desenhos técnicos projetivos e com “NP” os
desenhos técnicos não projetivos.
1. [______] — Desenho técnico, em escala, com peças
gráficas descritivas de uma máquina, em que figuram as
suas partes e detalhes.
2. [______] — Projeto de arquitetura de uma casa de
máquinas, feito em escala, com planta, cortes e fachada.
3. [______] — Perspectiva cônica com aparência realista, para
venda de unidades de um empreendimento imobiliário.
4. [______]— Fluxograma do processo de produção de
derivados da nafta.
5. [______] — Organograma de uma empresa, esclarecendo
relações de hierarquia, controle e interdependência dos
cargos e funções.

2. Quanto à necessidade de normalização dos desenhos


técnicos, é correto afirmar:
1. Desenhos técnicos normalizados devem ser
apresentados apenas quando o contratante exige.
2. A experiência do projetista é o fator mais importante
na elaboração do desenho técnico, deixando assim
grande liberdade de expressão gráfica, de acordo com
os critérios dele.
3. As normas da ABNT são totalmente abrangentes, o que
dispensa e proíbe a criação de símbolos e legendas
específicas.
4. As normas da ABNT cobrem uma vasta gama de situações
de desenho técnico e, por isso, devem ser obedecidas.
No entanto, há algumas situações de representação em
que se admite a criação de símbolos específicos, que
sempre deverão ser explicados em uma legenda própria.
5. As normas da ABNT são as únicas aceitáveis para elaboração
de desenhos técnicos, dispensadas quaisquer outras.

Noções Gerais de Desenho Técnico 33


U1

Ao longo desta seção, você aprendeu que as normas da


ABNT são de cumprimento obrigatório em praticamente
todos os campos da Engenharia. Atualmente, mesmo
não sendo produzidas por algum ente público (União,
estados ou municípios), e sim por uma organização não
governamental, elas têm ganho uma importância e uma
força que se equipara à das leis. Talvez, por isso, muitos
não se conformam em pagar para ter acesso às normas
técnicas, ao contrário das leis, que são públicas e de acesso
gratuito. Mas, pense bem: não é melhor pagar pelas normas,
para que a ABNT continue sendo uma organização não
governamental (e, portanto, independente), do que ela
ser um órgão estatal, sujeito a todo tipo de influência de
políticos e de grandes interesses econômicos?

34 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Seção 2
Escalas para Desenho Técnico

Introdução à seção
Esta seção vai mostrar a você o que se entende por escala e a importância
de saber trabalhar adequadamente com elas. Verá que existem normas para a
aplicação das escalas em desenho técnico e compreenderá a relação da escala
com a representação dos objetos no espaço do papel. Mostraremos a você alguns
critérios importantes para decidir o que deve ser detalhado e quando usamos o
recurso de detalhamento.

Uma boa maneira de ganhar prática com o uso das diversas escalas
é observar atentamente desenhos técnicos produzidos por boas
empresas de projetos. Você verá que existe uma relação muito clara
entre o que se pretende representar e a escala adequada. Como nem
sempre é fácil obter desenhos das empresas, pois eles fazem parte
do patrimônio intelectual dessas, procure estagiar em empresas de
renome e elevada capacidade técnica, que produzem esses desenhos,
e observe as opções de escalas que os projetistas experientes fazem no
momento em que precisam desenhar!

2.1 CONCEITO DE ESCALA — ESCALAS MÉTRICAS NORMALIZADAS


Imagine uma folha de papel tamanho A3. Ela mede 42 cm de largura na base
por 29,7 cm de altura. Imagine ainda que você precisa desenhar nessa folha uma
pequena peça de uma máquina, usando para isso três peças gráficas: uma vista de
frente, uma vista de cima e uma vista pelo lado esquerdo. E imagine também que
essa peça, por suas medidas, poderia caber numa caixa de 17 cm de comprimento,
por 10 cm de largura, por 5 cm de altura. A Figura 1.20 mostra um exemplo fictício
de uma peça com essas características.

Noções Gerais de Desenho Técnico 35


U1

Figura 1.20 | Exemplo de uma peça e sua caixa

Fonte: O autor (2015)

Dadas tais características e dimensões, seria possível desenhar esta peça com
suas reais medidas na folha de papel. A prancha de desenho teria possivelmente
este aspecto, mostrado na Figura 1.21:

Figura 1.21 | Desenhos da peça na prancha A3

Fonte: O autor (2015)

Como todas as dimensões da peça são bem menores do que a folha de papel,
não haveria dificuldade em desenhá‑la com seu tamanho real. Mas, e se a peça
fosse muito maior do que esta folha de nosso exemplo? Só haveria uma maneira
de desenhar a peça: você teria de “reduzir” todas as medidas da peça, de acordo
com uma determinada proporção. Assim, talvez você tivesse que reduzir tudo até
a metade do tamanho, ou mesmo à quinta parte desse tamanho para os desenhos
caberem na folha. Mas, e se o objeto a ser descrito em desenhos fosse, ao contrário,
muito pequeno? Você teria de desenhá‑lo maior para poder mostrá‑lo com todos
os minúsculos detalhes.

36 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Aquilo a que chamamos escala, em desenho técnico, é exatamente essa


proporção determinada que usamos para reduzir ou ampliar proporcionalmente
a representação de um objeto no desenho. A escala é sempre expressa como uma
divisão, ou uma fração. Como expressamos, por exemplo, a metade de uma dúzia?
Não podemos escrever “½ dúzia”? Seria o mesmo se escrevêssemos dúzia, não
é? A fração poderia também ser escrita com dois pontos, assim: “1:2”, e estaria
correto também.

As escalas que você usará em desenho técnico expressam justamente o quanto


você está reduzindo proporcionalmente (=dividindo) as medidas, ou o quanto
você está ampliando proporcionalmente (=multiplicando) as medidas para tornar
viável o desenho no papel que está usando. Segundo a NBR 8196:

A escala a ser escolhida para um desenho


depende da complexidade do objeto ou
elemento a ser representado e da finalidade
da representação. Em todos os casos, a escala
selecionada deve ser suficiente para permitir
uma interpretação fácil e clara da informação
representada. A escala e o tamanho do objeto
ou elemento em questão são parâmetros para a
escolha do formato da folha de desenho (ABNT,
1999, p. 2, grifo nosso).

Assim sendo, compreendemos que conhecer as escalas usuais de desenho


técnico é um requisito essencial para o projetista, pois elas se relacionam com a
legibilidade dos desenhos e nos ajudam a definir o tamanho da folha necessária
para o trabalho. Quanto à designação da escala do desenho na prancha, a norma
recomenda a escrita da palavra “ESCALA”, seguida da indicação se é de ampliação
ou redução. A norma admite também o uso da abreviatura “ESC.”, quando em
referência à Escala. Quanto ao sinal de divisão, a norma determina o uso de dois
pontos, e não de “ / ” (barra) ou como fração. Em resumo, você deve escrever em
seus desenhos técnicos:

• ESCALA 1:1 para a escala natural. No caso do desenho da peça fictícia que
mencionamos no início desta seção, a escala usada foi 1:1, pois caberia na
prancha A3 (Figura 1.21).

• ESCALA X:1 para escalas de ampliação (X > 1).

Noções Gerais de Desenho Técnico 37


U1

• ESCALA 1:X para escalas de redução (X < 1).

Os valores de X são os da Tabela 1.3, extraída da norma técnica:

Tabela 1.3 | Escalas, segundo a NBR 8196 ABNT

Redução Natural Ampliação


1:2 2:1
1:5 1:1 5:1
1:10 10:1
NOTA - As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10.
Fonte: Adaptada de ABNT (1999, p. 2)

Quando a norma diz que as escalas podem ser reduzidas ou ampliadas à razão
de 10, expressa com isso a ideia de que a escala de máxima redução seria 1:100
(lê‑se: “um para cem”), e a de máxima ampliação seria de 100:1 (lê‑se: “cem para
um”). Escalas intermediárias de redução seriam, nesse caso, 1:20 (“um para vinte”)
e 1:50 (“um para cinquenta”); e as de ampliação seriam 20:1 (“vinte para um”) e
50:1 (“cinquenta para um”). Portanto, podemos resumir esse conhecimento numa
tabela, onde agrupamos as escalas, de acordo com o que acabamos de concluir.
Veja a Tabela 1.4:

Tabela 1.4 | Escalas de desenho admitidas pela NBR 8196

Redução Ampliação
1:2 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
1:20 20:1
1:50 50:1
1:100 100:1
Fonte: O autor (2015)

O instrumento de desenho que você vai usar para marcar ou ler os tamanhos
em escala no papel é o escalímetro. Existem de vários tipos, com diferentes
conjuntos de escalas, para diferentes tipos de desenhos. O escalímetro mais usual

38 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

é uma régua de perfil triangular, com seis escalas métricas diferentes, como os
mostrados na Figura 1.22:

Figura 1.22 | Escalímetros triangulares de 15 e 30 cm de comprimento

Fonte: Disponível em: <http://www.trident.com.br/produto_conteudo.php?prod=130>. Acesso em : 17 abr. 2015.

Os escalímetros que usaremos em nossos exercícios de desenho técnico


trazem as escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125. Reparou que a NBR 8196
não admite as escalas 1:25, 1:75 e 1:125? No entanto, essas são escalas bastante
utilizadas em projetos arquitetônicos. Essa é uma das diferenças entre os vários
tipos de desenhos técnicos que foram se consolidando ao longo do tempo,
motivadas por especificidades de cada área, como vimos na Seção 1. Reparou
também que o escalímetro não traz as escalas 1:2, 1:5 e 1:10? Porém, essas escalas
podem ser obtidas facilmente, a partir das escalas 1:20, 1:50 e 1:100, bastando para
isso “andar com a vírgula” uma casa decimal para a esquerda.

Para que fique mais claro, primeiro vamos mostrar a você como efetuar leituras
no escalímetro. Veja a Figura 1.23. Neste exemplo, o escalímetro está na posição de
uso da escala 1:50. Nessa escala, a distância entre o 0 (zero) e o 1 (um) representa
1,00 m (um metro).

Figura 1.23 - Leitura de 1,00 m na escala 1:50

Fonte: O autor (2015)

Noções Gerais de Desenho Técnico 39


U1

Observe agora as subdivisões de 1,00 m (um metro) nessa escala. Note que o
espaço entre o “0” e o “1” mostra subdivisões feitas com traços verticais de quatro
comprimentos diferentes: os maiores indicam as unidades (números inteiros), e
tem abaixo deles os numerais “1”, “2”, “3” e assim por diante. O segundo mais longo,
sem numeral abaixo, está posicionado bem no centro do espaço entre o “0” e o
“1”, e indica 0,50 m (meio metro). Em seguida, temos os traços de comprimento
um pouco menor, que formam dez intervalos entre o “0” e o “1”, cada um desses
intervalos valendo do metro, ou seja, 0,10 m. Finalmente, você pode observar
traços bem curtos, no meio dos intervalos definidos pelos anteriores. Essas
subdivisões valem do metro, ou 0,05 m. Então, veja a Figura 1.24, a seguir, e
confira em seu próprio escalímetro essas medidas.

Figura 1.24 | Subdivisões da escala 1:50

Fonte: O autor (2015)

Vamos retomar, então, o que dissemos sobre as escalas 1:2, 1:5 e 1:10: Para
efetuar leituras nessas escalas, é só “andar com a vírgula” uma casa decimal para a
esquerda, e imaginar que existe um “0,” (zero vírgula) antes do numeral que indica
a leitura. Veja a Figura 1.25 e as indicações que fizemos.

Figura 1.25 | Leitura de 0,1 m na escala 1:5, baseada na escala 1:50

Fonte: O autor (2015)

40 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Seguindo, então, este raciocínio, e imaginando os zeros e vírgulas, veja na


Figura 1.26 como ficaria a leitura das subdivisões entre unidades na escala 1:5:

Figura 1.26 | Leitura das subdivisões entre unidades na escala 1:5

Fonte: O autor (2015)

Tomemos como exemplo uma marcação de 1,25 m na escala 1:50, e vejamos


o quanto a mesma distância significa na escala 1:5. Observe a Figura 1.27:

Figura 1.27 | Marcação de 1,25 m na escala 1:50

Fonte: O autor (2015)

Agora, veja quanto essa mesma distância significa na escala 1:5. A Figura 1.28
mostra os zeros e vírgulas imaginários, acrescentados por nossa mente, quando se
“anda com a vírgula” uma casa decimal para a esquerda:

Noções Gerais de Desenho Técnico 41


U1

Figura 1.28 | Significado da mesma distância, quando lida na esc. 1:5

Fonte: O autor (2015)

Penso que já está ficando mais clara para você a questão das escalas de
representação. Para ampliar e reforçar seu aprendizado, vamos agora conhecer as
escalas 1:20 e 1:100, bem como suas subdivisões. Veja as Figuras 1.29 e 1.31 e tire
você mesmo suas conclusões.

Figura 1.29 | Escala 1:20 e suas subdivisões

Fonte: O autor (2015)

Vejamos então como se apresenta a medida de 1,25 m na escala 1:20. Repare


que a leitura da extremidade direita da distância não é feita sobre um traço, e sim
apenas aproximada, sendo lida entre dois traços de distâncias 1,24 m e 1,26 m.
Veja a Figura 1.30 e confira em seu próprio escalímetro.

42 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Figura 1.30 | Leitura de 1,25 m na escala 1:20

Fonte: O autor (2015)

Antes de finalizar esta subseção, vamos conhecer a escala 1:100 e suas


subdivisões. Vamos, também, um pouco mais adiante, ver uma comparação entre
as escalas gráficas e uma régua comum em centímetros. Veja a Figura 1.31:

Figura 1.31 | Escala 1:100 e suas subdivisões

Fonte: O autor (2015)

Você pode aprender um pouco mais sobre a relação entre as escalas gráficas
comparando a distância equivalente a uma unidade numa dada escala e o
comprimento no papel, medido com uma régua comum graduada em centímetros
(cm). Observe as figuras 1.32, 1.33 e 1.34, nas quais comparamos o comprimento
de 1,00 m nas escalas 1:20, 1:50 e 1:100 com a régua comum.

Noções Gerais de Desenho Técnico 43


U1

Figura 1.32 | Comparação entre 1,00 m na escala 1:20 e o comprimento


em cm numa régua comum

Fonte: O autor (2015)

Veja que uma distância de 1,00 m lida na escala 1:20 corresponde a um


comprimento de 5 cm no papel. Nada mais lógico, não? Afinal a expressão 1:20 pode
ser escrita 1/20, como vimos, como se fosse uma fração, ou seja: . Ora, quanto
vale, em cm, de 1,00 m? Lembre‑se de que 1,00 m = 100 cm, portanto = 5 cm!
Então, sabendo disso, você pode considerar que, para cada metro representado na
escala 1:20, você vai precisar de 5 cm de comprimento real no papel.

Vejamos como fica a correspondência entre 1,00 m na escala 1:50 e o


comprimento medido no papel. A Figura 1.33 esclarece:

Figura 1.33 | Comparação entre 1,00 m na escala 1:50 e o comprimento


em cm numa régua comum

Fonte: O autor (2015)

A mesma lógica matemática do exemplo anterior pode ser usada no exemplo


acima. Em um desenho na escala 1:50 os comprimentos que você vai marcar

44 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

no papel valem do tamanho no objeto projetado (imaginado na realidade,


ou mesmo medido, se existente). Assim sendo, quanto vale de 1,00 m (=100
cm), medido em cm no papel? Vale 2 cm, exatamente o comprimento lido no
escalímetro. Então, para finalizar esta subseção, vejamos quanto vale 1,00 m na
escala 1:100, e o que podemos fazer com esse conhecimento. A Figura 1.34
nos mostra claramente a semelhança entre a escala 1:100 e uma régua comum
graduada em centímetros.

Figura 1.34 | Comparação entre leituras na escala 1:50 e o comprimento


em cm numa régua comum

Fonte: O autor (2015)

Pelo mesmo raciocínio dos exemplos anteriores, ficamos sabendo que 1,00
m na escala 1:100 é marcado ou lido nos desenhos como um comprimento de
1 cm no papel. Então, constatamos que existe uma correspondência perfeita de
proporções entre a escala 1:100 e os tamanhos reais medidos em centímetros
ou milímetros, caso se use também as subdivisões dessa escala. Portanto, caro
estudante, quando precisar desenhar algum objeto na escala 1:1, ou seja, com
suas dimensões reais (diz‑se: desenho em “escala natural”, ou “tamanho real”, ou
“verdadeira grandeza” e outras expressões sinônimas), esta é a escala que usará.

A partir do que explicamos a você nesta subseção, tente marcar distâncias


também nas escalas 1:10 e 1:2. Use aquele artifício de imaginar que você está
“andando com a vírgula” uma casa decimal à esquerda, para que as unidades
medidas em seu projeto, nas escalas 1:2, 1:5 e 1:10 (derivadas de 1:20, 1:50 e 1:100)
correspondam precisamente ao que deseja desenhar.

2.2 RELAÇÃO DA ESCALA COM A REPRESENTAÇÃO


Nesta subseção, você aprenderá que existe uma importante relação entre as

Noções Gerais de Desenho Técnico 45


U1

escalas usadas em desenho técnico e o modo de representação dos objetos. Este


tópico, embora bastante breve e objetivo, acrescenta ao seu aprendizado as noções
necessárias para saber escolher qual escala usar para representar os componentes
de seu projeto. Estude‑a com atenção, pois voltaremos a falar do assunto com
mais profundidade e enfoque prático na subseção 3 da próxima unidade.

A NBR 8196, vista na subseção anterior desta unidade, esclarece que a escolha
da escala a ser usada para um desenho depende da complexidade do objeto ou
elemento a ser representado e da finalidade da representação. A escala selecionada
deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação
representada. A escolha da escala vai influenciar diretamente o tamanho da
representação no papel, por isso a escala e o tamanho do objeto ou elemento em
questão servem de parâmetros para escolher o formato normalizado necessário.

Na subseção anterior, vimos também como a escala influencia o tamanho da


peça gráfica. No exemplo da escala 1:20, você pôde verificar que para cada metro
desenhado na escala seriam necessários 5 cm de papel. Mas um desenho técnico
não tem apenas as peças gráficas, ou seja, a prancha não contém apenas desenhos.
Vimos isso quando falamos dos dez elementos comuns a toda prancha (Figura
1.8). Vamos agora mostrar a você como usar esse conhecimento para definir a
escala de representação dos componentes do projeto. Os critérios constantes no
Quadro 1.1 lhe ajudarão nessa tarefa.

Quadro 1.1 | Escalas e usos recomendados


Escala Recomendação de uso
100:1 Escalas de ampliação para desenho descritivo e de detalhamento de
50:1 peças mecânicas muito reduzidas e desenho de componentes em
20:1 microeletrônica com alto grau de detalhe.

10:1 Escalas de ampliação usuais, para desenho descritivo e de detalhamento


5:1 de pequenas peças mecânicas ou elétricas, com elevado grau de
2:1 detalhe.

Escala frequentemente usada em desenho técnico geral, para peças


1:1 com dimensões tais que sua representação em escala natural caiba nos
formatos da série A, do A0 ao A4.
1:2
Escalas de redução de uso geral e muito frequente para desenho
1:5
mecânico, detalhamento de mobiliário e equipamentos em geral.
1:10
1:20 Desenho técnico de conjuntos mecânicos maiores, maquinário de
porte grande, desenhos para construção civil e arquitetura, plantas
1:50
industriais, locação de equipamentos em linhas de produção, desenhos
1:100 abrangentes e de conjunto.
Fonte: O autor (2015)

46 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

As recomendações dadas neste quadro não são rígidas. Podem servir a você
como uma primeira referência. Elas admitem, claro, variações. Existe uma infinidade
de projetos diferentes, contextos de projeto diversos. E existe a inovação, as ideias
inéditas, que às vezes vão requerer do projetista imaginação e um forte conhecimento
das normas técnicas, para dar conta de situações especiais de representação.

Para finalizar o estudo desta subseção e da Unidade 1, mostraremos agora a


você alguns exemplos de objetos reais, analisando‑os segundo os critérios do
Quadro 1.1. Veja as figuras e leia os comentários. Fazendo isso, você terá uma
ideia bastante aproximada de como deverá escolher as escalas em função das
características dos objetos (em processo de projeto ou existentes).

Figura 1.35 | Disco de embreagem de automóvel

Fonte: Disponível em: <http://www.widmen.com.br/dicasautomotivas/a/admin/>. Acesso


em: 17 abr. 2015.

Esta é uma peça que por suas pequenas dimensões e certo grau de detalhes,
poderia ser desenhada em escala 1:1, isto é, na escala natural. Veja na foto a
relação do tamanho da peça com a mão humana e terá uma noção aproximada
das proporções.

Noções Gerais de Desenho Técnico 47


U1

Figura 1.36 | Bloco de motor de um caminhão

Fonte: Disponível em: <http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2013/‌


/principio-e-
funcionamento-do-motor-de-um-carro/>. Acesso em: 17 abr. 2015.

Neste outro exemplo, as dimensões da peça são grandes, e o desenho poderia


ser com a metade do tamanho, ou seja: na escala 1:2.

Figura 1.37 | Conjunto gerador a diesel em uma indústria

Fonte: Disponível em: <http://www.aecweb.com.br/tematico/img_figu/img-1-


508$$3629.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2015.

O conjunto gerador mostrado na Figura 1.37 é um artefato que gera uma grande
quantidade de desenhos, em várias escalas. Um desenho capaz de abranger o
conjunto inteiro, no entanto, poderia ser desenhado em escala 1:10, por exemplo,
ou mesmo 1:20, a depender da finalidade do desenho.

48 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Figura 1.38 | Pendrive e seus elementos internos

Fonte: Disponível em: <http://whiteangel89.altervista.org/immagi.html>. Acesso em: 17


abr. 2015.

Um dispositivo de armazenamento de dados, como o pendrive da Figura 1.38,


para ser desenhado, vai requerer uma escala de ampliação, de 5:1 ou 10:1.

Caro estudante, esperamos que esta unidade de estudo tenha contribuído para lhe
dar uma boa noção desse campo de conhecimentos que é o desenho técnico. Procure,
em seu dia a dia, ser observador, buscando nas formas e estruturas dos artefatos que nos
rodeiam, suas geometrias ocultas, seu aspecto construtivo e de funcionamento.

Na próxima unidade, você vai aprofundar seus conhecimentos e aprenderá


mais sobre o desenho técnico, porém com um foco mais voltado à produção das
pranchas. Vamos explorar o desenho técnico projetivo e mais uma vez abordar as
normas técnicas. Bom estudo!

1. A NBR 8196 ABNT trata das escalas admitidas em desenho


técnico, bem como da possibilidade de elas poderem ser
reduzidas ou ampliadas à razão de 10 vezes. Dentre as
alternativas a seguir, qual apresenta apenas escalas admitidas
por essa norma?
1. 1:10; 1: 100 e 1:125.
2. 1:50; 1:5 e 10:1.
3. 2:1; 5:1 e 1:500.

Noções Gerais de Desenho Técnico 49


U1

4. 1:1; 2:1; 1:125


5. 1:10; 1:20; 1:75

2. Uma reta de comprimento igual a 2,0 cm no papel representa


quantos metros na escala de 1:50?
1. 2 m
2. 5 m
3. 2,5 m
4. 1 m
5. 25 m

Nesta unidade você ficou sabendo que:

1. O desenho técnico é uma linguagem, e, como tal, pressupõe:


um emissor (o projetista), um receptor (quem lerá o desenho),
um meio (sinais gráficos bidimensionais em papel ou na tela do
computador), além de um código estabelecido (convenções
gráficas e normas técnicas) e compartilhado (conhecido por
todos que o utilizarão).

2. Foram vários os fatores históricos que levaram à


consolidação da forma de expressão gráfica que resultou no
que hoje se chama desenho técnico, todos eles relacionados
à urbanização e ao desenvolvimento da tecnologia. A própria
existência da Organização Internacional para a Padronização
(ISO) foi um desdobramento desse processo.

3. Existe uma variedade de normas técnicas que regulamentam


a elaboração de desenhos técnicos, uma para cada pormenor
a ser representado. Essa representação deve seguir uma lógica
clara, no sentido da legibilidade dos projetos.

4. Escala é uma razão entre o tamanho do objeto real e o tamanho


de sua representação em desenhos. Esta representação poderá
ser uma ampliação ou uma redução das reais medidas do
objeto, dependendo das dimensões reais dele.

50 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

5. Os desenhos de um objeto em escalas diferentes apresentarão


tamanhos diferentes no papel, mas haverá sempre, em cada
representação (i.e., desenho), a igualdade de proporções das
partes do objeto entre si e delas com o todo representado.

6. Tamanhos diferentes de objetos obrigarão a determinadas


escalas, porque os desenhos deverão caber nos formatos de
papel normalizados.

7. Antes de iniciar a elaboração do desenho técnico, você


deverá decidir a escala a ser usada, pois ela influencia a escolha
do tamanho de prancha. Você pode usar o Quadro 1.1 como
uma referência inicial, mas isso não exclui sua obrigação de
analisar o caso específico com que vai trabalhar e decidir a
melhor opção para ele.

Nesta unidade você aprendeu que o desenho técnico é uma


linguagem, com todos os elementos de um idioma, apenas
não é constituída prioritariamente por palavras e sim por sinais
gráficos que seguem convenções — as normas técnicas.

Conheceu um pouco da história do desenvolvimento dessa


técnica e compreendeu a importância da normalização de todas
as suas fases e detalhes.

Ficou sabendo da importância da escala para a representação e


aprendeu a decidir qual melhor usar.

Procure estudar com afinco as normas técnicas da ABNT e


também se informar de outras normas pertinentes ao trabalho
de desenho técnico que pretende desenvolver.

Noções Gerais de Desenho Técnico 51


U1

1. Antes da criação do método mongeano das projeções, base


do ramo da matemática que ficou conhecido como Geometria
Descritiva, havia uma dificuldade em desenhar os projetos, devido
à ausência de precisão da representação. No entanto, já havia,
desde o Renascimento (entre os séculos 13 e 16), dois recursos
de desenho que produziam representações bastante úteis de
objetos tridimensionais e espaços. Quais eram esses recursos?

1. Plantas baixas e perspectivas cônicas.

2. Desenho técnico projetivo e desenho de observação.

3. Escalas e perspectivas cônicas.

4. Planos e projeções oblíquos.

5. Escalímetro e normas técnicas.

2. A norma técnica regulamentadora NBR 10068 ABNT


estabelece os tamanhos normalizados para as pranchas de
desenhos técnicos, a partir das medidas de uma folha de
papel retangular com 1,0 m² de área e relação entre seus
lados igual a (≈1,4142). Já a NBR 8196 ABNT define que as
escalas a serem usadas em desenho técnico são parâmetros
para a escolha do formato da folha de desenho. Com base
no estabelecido por essas duas normas, qual das alternativas
abaixo seria um tamanho de papel conveniente para desenhar,
em escala 1:20, o armário para medidores mostrado na figura
1, sendo três peças gráficas: uma vista de frente, uma vista de
lado e uma vista de cima? Considere uma distância mínima de
50 mm e máxima de 80 mm entre um desenho e outro, bem
como entre os desenhos e o quadro. Use a figura 2 para calcular
os tamanhos dos desenhos, considerar os espaçamentos e
definir a prancha.

52 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Figura 1 – Perspectiva com medidas

Fonte: O autor (2015)

Figura 2 – Rascunho da prancha e posição dos desenhos

Fonte: O autor (2015)

1. Formato A4 (210 mm alt. x 297 mm larg.)

2. Formato A3 (420 mm larg. x 297 mm alt.)

3. Formato A2 (594 mm larg. x 420 mm alt.)

Noções Gerais de Desenho Técnico 53


U1

4. Formato A1 (840 mm larg. x 594 mm alt.)

5. Formato A0 (1188 mm larg. x 840 mm alt.)

3. As cópias de desenhos feitos em pranchas normalizadas


devem ser dobradas, a fim de poderem ser acomodadas em
pastas comuns e transportadas com facilidade. Qual o formato
a que devem ser dobradas para esse fim?

1. Devem ser dobradas até o formato A3.


2. Devem ser dobradas até o formato A4.
3. Devem ser dobradas ao meio sucessivamente, até
caberem numa pasta comum.
4. Devem ser dobradas até o formato ofício (215 x 315 mm).
5. Devem ser dobradas até o formato carta (216 x 279 mm).

4. No ramo da Engenharia Naval, o desenho técnico que


representa a disposição dos espaços internos de uma
embarcação é chamado de “plano de arranjo geral”. A figura 1,
abaixo, é um exemplo desse tipo de desenho.

Figura 1 | Plano de arranjo geral de um iate

Fonte: O autor. Adaptado de <http://www.charterworld.com/news/wp-content/uploads/2010/11/


Galeon-78m-Yacht-General-Arrangement-Image-courtesy-of-Tony-Castro.jpg>. Acesso em: 13
jun. 2015.

Uma engenheira de produção, trabalhando em um estaleiro


que constrói iates e veleiros, com comprimento entre 60
e 70 pés (1 pé = 0,3048 m) e boca (largura) entre 16 e 25
pés percebeu que no departamento de projetos havia uma
despesa excessiva com cópias de desenhos. Ao observar como
os projetistas trabalhavam, constatou que as pranchas com
desenhos de planos de arranjo geral, todas em escala 1:20,
eram feitas em formatos de papel A0 (1188 x 840 mm), o que
gerava um desperdício de papel em branco, uma vez que esse

54 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

tipo de desenho costuma ser muito mais longo do que alto. A


figura 2 ilustra o que a engenheira encontrou tipicamente no
departamento de projetos:

Figura 2 | Croqui sem escala. Prancha típica encontrada pela


engenheira

Fonte: O Autor. Adaptado de <http://www.dixonyachtdesign.com/designs/


superyachts-sail/performanceyachts/125images/ga.jpg>. Acesso em: 13 jun. 2015.

A engenheira, então, buscando o formato de papel mínimo


possível para esses desenhos, lembrou‑se do item 3.1.3. da
NBR 10068 ABNT – Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões,
no qual está escrito:

3.1.3 Formato especial - Sendo


necessário formato fora dos padrões
estabelecidos em 3.1.2, recomenda-se
a escolha dos formatos de tal maneira
que a largura ou o comprimento
corresponda ao múltiplo ou submúltiplo
do formato padrão. (ABNT, 1987, p. 2).

Assim, determinou ao departamento de projetos que


estabelecesse um padrão para as pranchas de planos de arranjo
geral, baseado neste item da NBR 10068, sendo que deveria
sobrar sempre um espaço igual ou maior que 50 mm entre o
desenho e as linhas superior, esquerda e direita do quadro. A
figura 3 ilustra a proposta da engenheira aos projetistas:

Noções Gerais de Desenho Técnico 55


U1

Figura 3 | Croqui sem escala. Proposta da engenheira aos projetistas

Fonte: O Autor. Adaptado de <http://www.dixonyachtdesign.com/designs/


superyachts-sail/performanceyachts/125images/ga.jpg>. Acesso em: 13 jun. 2015.

Diante da situação exposta, qual das opções abaixo apresenta


um formato de prancha que atende às condições da NBR
10068 ABNT para problemas como este, e ao mesmo tempo
cumpre o determinado pela engenheira aos projetistas?

1. 2 vezes o formato A2, na horizontal.

2. 2 vezes o formato A1, na horizontal.

3. 1 formato A2 na horizontal + 1 formato


A3 na vertical.

4. 1 formato A1 na horizontal + 1 formato


A2 na vertical.

56 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

5. 3 formatos A1 na vertical.

5. Ao representar os projetos é necessário escolher uma escala


adequada. Associe os projetos da coluna da esquerda com as
escalas de representação na coluna da direita, que sejam as mais
adequadas para o desenho técnico desses projetos. Assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta de associações.

1. Desenho técnico mecânico, para peças com


dimensões usuais, cujos desenhos em tamanho natural Escala 1:5
caibam nos formatos da série A.

2. Detalhamento de mobiliário e equipamentos em geral. Escala 1:20

3. Grandes conjuntos mecânicos, maquinário de porte


Escala 10:1
grande.

4. Desenho de placas de circuitos em microeletrônica,


Escala 1:1
com alto grau de detalhe.

5. Desenhos comuns de arquitetura e construção civil. Escala1:50

1. A   1 B2 C4 D3 E5


2. A   4 B1 C5 D2 E3
3. A   4 B   1 C2 D3 E5
4. A   3 B4 C1 D2 E5
5. A   2 B3 C5 D4 E1

Noções Gerais de Desenho Técnico 57


U1

58 Noções Gerais de Desenho Técnico


U1

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 – Princípios gerais


de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 10068 – Folha de desenho - Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987.

______. NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987.

______. NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro,
1988.

______. NBR 10647 – Desenho técnico - Terminologia. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em


desenho técnico. Rio de Janeiro, 1995.

______. NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento de cópia. Rio de Janeiro,


1999.

______. NBR 13273 – Desenho técnico – Referência a itens. Rio de Janeiro, 1999.

______. NBR 13532 – Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura. Rio de


Janeiro, 1995.

______. NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes. Rio de Janeiro, 1995.

______. NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1995.

______. NBR 8196 – Desenho técnico – Emprego de escalas. Rio de Janeiro, 1999.

______. NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em desenho técnico. Rio
de Janeiro, 1994.

______. NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras


das linhas. Rio de Janeiro, 1984.

______. NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenho


técnico. Rio de Janeiro, 1985.

______. NBR8404 – Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos. Rio

Noções Gerais de Desenho Técnico 59


U1

de Janeiro, 1984.

ATHAYDE, Marcelo. Conversa com o Mestre – Exemplo 4. Boa Engenharia:


Engenharia Civil Fácil e Inteligente! S.l.: Blog na Internet. Postagem de 22 fev.
2012. Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-zAZCChjehpk/T0UyV3X4rZI/
AAAAAAAAAFM/nGHp88p8xLY/s‌/zdfadf1.png>. Acesso em: 17 mar. 2015.

BEIGHTON, Henry. The ENGINE for Raising Water (with a power made) by
Fire. Gravura em papel, emoldurada em madeira, com vidro. Retrata a máquina
a vapor de Thomas Newcomen. Col. Science Museum, Londres, objeto nº. 1730-
785. Imagem disponível em: <http://www.sciencemuseum.org. uk/online_science/
explore_our_collect‌ions/objects/index/smxg-50905#na>. Acesso em: 13 mar. 2015.

BRUNELLESCHI, Filippo. [Sem título]. Desenho em perspectiva do interior da igreja


Santo Spirito, em Florença (Ca. 1428). Imagem de domínio público. Disponível
em: <https://www.khanacademy.org/humanities/renaissance‑reformation/
early‑renaissance1/ ‌b eginners‑renaissance‑florence/a/early‑applications-of-
linear‑perspective>. Acesso em: 13 mar. 2015.

BURNS, Jabez. Coffee Roaster. Fotolitografia de N. Peters. Washington‑DC: 1881.


Imagem disponível em: <http://blog.invention.smithsonian.org/wp-content/
uploads/2014/06‌/coffee-roaster-patent.jpg>. Acesso em: 13 mar. 2015.

DABOV, T. et al. Handheld computing device. 2011-1-11 2011. Disponível em:


<http://www.google.com/patents/US7869206 >. Acesso em: 17 mar. 2015.

DÜRER, Albrecht. [Sem título]. Desenho de estudo de proporções do pé. In: _____.
Hierinn sind begriffen vier Bucher… Nuremberg(?): Hieronymus Andreae, 1528,
p. 52, il. Imagem licenciada como domínio público via Wikimedia Commons.
<http://commons‌ .wikimedia.org/wiki>. Disponível em: <http://archive.org/stream/
hierinnsindbegri00dure‌#page/52/mode/1up>. Acesso em: 13 mar. 2015.

60 Noções Gerais de Desenho Técnico


Unidade 2

DESENHO PROJETIVO

Ananias de Assis Godoy Filho

Objetivos de aprendizagem: Esta unidade pretende capacitar você


a utilizar as noções elementares da Geometria Descritiva, base de toda
representação em desenho técnico projetivo. Vai conhecer e utilizar
também as convenções gráficas para o desenho de cortes, seções, hachuras
e encurtamentos. Você vai conhecer os instrumentos de desenho técnico e
como utilizá‑los. Aprenderá a anotar e cotar seus desenhos, de acordo com
as normas técnicas pertinentes, e conhecerá os tipos de representação de
objetos em perspectivas axonométricas. A unidade está dividida em três
seções, focalizando a parte prática da elaboração de desenhos técnicos.

Seção 1 | Geometria Descritiva Básica


Nesta seção, você conhecerá os princípios básicos da Geometria
Descritiva, como a representação em épura, os planos convencionais de
projeção que compõem os diedros sobre os quais se farão as projeções
dos objetos. Verá o sistema mongeano de projeções ortogonais como
recurso para manutenção da proporção entre os elementos do desenho.
Aprenderá como manusear os instrumentos tradicionais de desenho
técnico, cuja prática constitui a base para o traçado de qualquer desenho
em CAD. Saberá como traçar retas, ângulos, círculos e tangências, bem
como os diversos tipos de linhas, segundo seus significados.
U2

Seção 2 | Representação Gráfica em Desenho Técnico


A segunda seção desta unidade completa o estudo das projeções
ortogonais e vai falar também sobre como descrever completamente um
objeto, através de desenhos em corte, com uso de hachuras, seções e
encurtamentos. Você aprenderá sobre um dos mais importantes assuntos
em desenho técnico: o dimensionamento ou cotagem. A Seção 2 termina
mostrando a você os recursos mais usados para a produção de desenhos
em perspectivas axonométricas, isto é, desenhos com aparência de
possuírem volume, com elevado poder descritivo e de comunicação.

Seção 3 | Planejando a prancha de desenho técnico


Esta seção mostrará a você como se planeja o trabalho de desenho
técnico, desde a análise do objeto a ser representado, passando pela
escolha das peças gráficas essenciais, opcionais e legendas, até a
definição da escala adequada e tamanho da prancha para a representação.
Você também vai conhecer alguns critérios e princípios para uma boa
diagramação da prancha. Ao final desta unidade, mostraremos a você
algumas boas práticas que farão com que desenvolva seu trabalho de
desenho de modo inteligente e produtivo, dentre estas a revisão final
antes da entrega, de acordo com uma lista de verificação previamente
elaborada (checklist).

62 Desenho Projetivo
U2

Introdução à unidade

Quando Gaspard Monge terminou de formular os procedimentos da


Geometria Descritiva e publicou seu livro, em fins do século XVIII, estabeleceu
o mais original, genial, rigoroso e abrangente sistema de representação gráfica
de objetos, que é usado até hoje em todos os tipos de indústrias. Os princípios
deste ramo da Matemática são tão exatos, simples e robustos que se tornaram a
base da representação gráfica usada por todos os softwares de desenho técnico
que utilizamos no presente, seja para o desenho em duas dimensões ou para a
modelagem tridimensional. A Geometria Descritiva, ou método mongeano das
projeções, consolidou‑se como a base matemática para o desenho técnico
projetivo — assunto desta unidade de ensino que você passa a estudar agora.

Nesta unidade, você vai conhecer os procedimentos elementares da Geometria


Descritiva, na justa medida em que poderão ser úteis para o seu trabalho com
desenhos técnicos. A Geometria Descritiva, no entanto, é bem mais vasta, e
belíssima em seus métodos e procedimentos, todos de uma elegância ímpar.
Temos certeza que você vai querer conhecê‑la mais a fundo quando terminar
seus estudos desta matéria. Pelo momento, vamos levar você à compreensão e
utilização prática de seus princípios fundamentais, como as projeções ortogonais
nos espaços entre dois planos imaginários, a que o monge denominou diedros.

Com ajuda do método mongeano das projeções ortogonais, você vai


saber desenhar vistas, cortes, detalhes e tudo o que necessitar para descrever
graficamente os componentes de seus projetos. Nesta seção, apresentaremos a
você as normas para anotação e cotagem dos desenhos, a utilização de texturas
indicativas de superfícies (hachuras) e outros itens importantes. Depois de aprender
a representar seus projetos a contento, inclusive com recursos de perspectivas
axonométricas, você será capaz de planejar seu trabalho de desenho de acordo
com a necessidade e características do componente do projeto. Para encerrar
a unidade e levá‑lo a ter mais facilidade com o software gráfico (AutoCAD® ou
QCAD®), vamos mostrar ainda algumas boas práticas que lhe darão produtividade
no momento de produzir o desenho técnico.

Desenho Projetivo 63
U2

64 Desenho Projetivo
U2

Seção 1
Geometria Descritíva Básica
Introdução à seção
Como mencionamos, nesta seção mostraremos a você os procedimentos gráficos
fundamentais da Geometria Descritiva, como a épura, os planos de projeções que
compõem os diedros e o sistema mongeano de projeções ortogonais. Este recurso
gráfico simples e poderoso mantém a proporção entre os elementos do desenho ao
fazer uso da escala, possibilitando a perfeita semelhança entre o objeto imaginado
e a representação dele. É essa característica de perfeita semelhança que permite
a fabricação precisa dos artefatos, exatamente como projetamos. Vamos mostrar
também como manusear os instrumentos tradicionais de desenho técnico. A prática
no desenho manual tem‑se revelado um precioso recurso de aprendizagem, que
vai lhe dar mais facilidade no desenho em CAD. Vamos abordar ainda o traçado de
retas, ângulos, círculos e tangências, bem como os diversos tipos de linhas, segundo
seus significados atribuídos pelas normas técnicas.

Que tal se você fizesse uma revisão dos conceitos da Geometria Plana
que aprendeu no Ensino Fundamental e Médio? É possível que você
tenha visto essa matéria com o nome de Desenho Geométrico ou
outro semelhante. Assim, você vai compreender melhor a Geometria
Descritiva e ter mais facilidade com o traçado de retas, círculos e
tangências, o que é essencial para o desenho técnico!

1.1 ÉPURA, DIEDROS, TRAÇADOS NO 1º E 3º DIEDROS


Para compreender o sistema mongeano de projeções e a representação dos
objetos espaciais sobre um plano, é preciso antes entender exatamente o que se
define por projeção em Geometria Descritiva.

Projeção A’ de um ponto A no espaço sobre um plano p é definida por um raio


(segmento de reta com direção determinada) que, partindo do centro de projeção

Desenho Projetivo 65
U2

O, passa por A e prossegue até atingir o plano p. Portanto, o centro de projeção O


(de onde partem os raios), o ponto A (no espaço) e sua projeção A’ (no plano p) são
necessariamente colineares, isto é, estão sobre a mesma reta de suporte do raio
de projeção. Veja a Figura 2.1 e esses conceitos ficarão mais claros.

Figura 2.1 | Conceito de projeção de um ponto sobre um plano


qualquer

Fonte: O autor (2015)

Todo sistema de projeção apresenta os elementos: um centro de projeção (que


é o ponto de onde partem os raios), um ou mais objetos no espaço (no caso
de nosso exemplo é o ponto A) e o plano de projeção. As retas que partem do
centro de projeção passando pelos pontos a serem projetados e interceptam o
plano de projeção são chamadas de retas projetantes. De acordo com a posição
ocupada pelo centro de projeção (a uma distância finita ou situado no infinito),
os sistemas de projeção serão cônicos ou cilíndricos. A Figura 2.2 nos mostra um
sistema de projeção cônico. Observe como o triângulo A’-B’-C’ projetado é maior
que o triângulo A-B-C no espaço.

Figura 2.2 | Sistema de projeção cônico

Fonte: O autor (2015)

66 Desenho Projetivo
U2

O sistema de projeção cônico tem o centro de projeção a uma distância finita


do objeto, fazendo com que as projetantes sejam convergentes neste ponto,
formando uma figura que lembra um cone, daí o seu nome. Este é o sistema usado
para traçar a perspectiva cônica, também chamada mongeana, real ou exata,
já que reproduz com precisão a percepção visual que temos da realidade, pois
sempre vemos o objeto estando a uma distância finita dele. A Figura 2.3 mostra um
esquema do sistema de projeção cilíndrico, no qual o centro de projeção está a
uma distância infinita. Nesse caso, o ângulo de convergência das projetantes é tão
pequeno que podemos considerá‑las paralelas.

Figura 2.3 | Sistema de projeção cilíndrica

Fonte: O autor (2015)

No caso da Figura 2.3 temos as projetantes incidindo sobre o plano p em um


ângulo diferente de 90°. Então, diz‑se que este é um sistema de projeção cilíndrica
oblíqua. Se as projetantes incidissem sobre o plano em um ângulo de 90°, diríamos
que é um sistema de projeção cilíndrica ortogonal, o que é um caso particular
do sistema cilíndrico de projeções em geral. A Figura 2.4 nos mostra esse caso
particular, que é justamente o que se utiliza no desenho técnico projetivo.

Desenho Projetivo 67
U2

Figura 2.4 | Sistema de projeção cilíndrica ortogonal

Fonte: O autor (2015)

No sistema de projeção cilíndrica ortogonal (ou simplesmente sistema de


projeção ortogonal), a projeção de um objeto tem perfeita semelhança de
dimensões e proporções com ele. Este conceito está na base dos procedimentos
da Geometria Descritiva e do desenho técnico projetivo. Através do uso das
escalas de desenho, pode‑se descrever graficamente com exatidão matemática
os artefatos componentes de um projeto ou um objeto existente cujas medidas
tenhamos levantado com um instrumento, usando um paquímetro, por exemplo.

Como já dissemos, a base do sistema mongeano de projeções ortogonais


consiste na representação de um objeto como se ele estivesse situado em um dos
quadrantes definidos pela interseção de dois planos imaginários que se cruzam
segundo um ângulo reto. Cada uma das quatro porções do espaço definida por
esses planos é chamada de diedro (Gr.: di = dois + hédron = face). A Figura 2.5
mostra um esquema de como seriam esses planos e os nomes dos diedros por
eles definidos (às vezes também chamados de quadrantes).

68 Desenho Projetivo
U2

Figura 2.5 | Planos de projeção no sistema mongeano e designação dos


diedros

Fonte: O autor (2015)

Monge imaginou um sistema de projeções ortogonais sobre esses planos.


Como essa é uma concepção de natureza tridimensional, era preciso uma
operação para possibilitar a representação dos objetos nas duas dimensões do
plano do papel, através de suas projeções. Veja na Figura 2.6 a solução criativa
proposta por Monge.

Figura 2.6 | Rebatimento do plano horizontal de projeção sobre o plano


vertical de projeção

Fonte: O autor (2015)

Desenho Projetivo 69
U2

A solução que o matemático propôs foi imaginar uma rotação de 90°,


no sentido horário, do Plano Horizontal de Projeção sobre o Plano Vertical de
Projeção. Porém, um problema ainda permanecia: apenas as projeções nos planos
frontal e horizontal não eram suficientes para esclarecer a forma de muitos objetos.
Veja a Figura 2.7. As projeções nos dois planos principais aparecem como simples
quadrados ou círculos, abrindo várias possibilidades de interpretação e deixando
dúvidas sobre a forma verdadeira dos objetos que poderiam gerar tais projeções.
Isso porque há casos em que objetos completamente diferentes podem dar
origem a duas projeções exatamente iguais.

Figura 2.7 | Projeções iguais de objetos diferentes

Fonte: Disponível em: <http://det.ufc.br/desenho/?page_id=86>. Acesso em: 15 abr. 2015.

Em A vemos que, no plano frontal, um objeto projeta uma forma quadrada. Já


no plano horizontal, vemos uma projeção circular e três quadradas. Somente essas
projeções não são suficientes para sabermos de que objetos estamos tratando. A
solução proposta por Monge foi acrescentar ao sistema de projeções um plano
lateral auxiliar, ortogonal aos outros dois, para efetuar sobre ele as projeções de
uma terceira direção projetante (Figura 2.7 B). Somente mediante as projeções
em um terceiro plano é que se torna possível entender que os objetos projetantes
neste exemplo são, a contar do fundo para frente, um cilindro de geratriz vertical,
uma cunha, outro cilindro, de geratriz horizontal e um cubo (Figura 2.7 C).

Então, para representar no plano do papel esse terceiro plano de projeções,


opera‑se um rebatimento deste plano, também sobre o plano frontal. A Figura
2.8 mostra as operações de rebatimento do plano horizontal e do plano auxiliar
de projeção sobre o plano frontal. O esquema gráfico que representa no papel as
projeções dos objetos sobre esses planos rebatidos é o que se denomina épura.
Assim, quando representamos os objetos segundo este sistema de projeções,
dizemos que os objetos estão representados em épura.

70 Desenho Projetivo
U2

Figura 2.8 | Rebatimentos dos planos de projeção para gerar a épura

Fonte: O autor (2015)

Então, quando você for desenhar os objetos de seu projeto, estará utilizando
os princípios decorrentes da representação em épura. Abaixo, na Figura 2.9, Veja
como ficaria no papel a épura desse exemplo que acabamos de lhe mostrar.

Figura 2.9 | Épura do exemplo da Figura 2.8

Fonte: O autor (2015)

As coordenadas dos pontos nesse sistema são expressas segundo uma convenção
que estabelece que a altura de um ponto em relação ao plano horizontal é chamada
de cota; a distância desse ponto ao plano frontal é chamada de afastamento; e a
distância do ponto ao plano lateral auxiliar é chamada de abscissa.

Desenho Projetivo 71
U2

Você pode ampliar seu conhecimento de Geometria Descritiva


estudando em bons livros específicos desta matéria. Eles costumam
trazer exercícios interessantes, cuja resolução é um excelente exercício
que vai desenvolver muito a sua capacidade de visualização espacial.
Uma outra fonte muito interessante e completa é a página da Profª. Drª
Maria Bernardete Barison, da Universidade Estadual de Londrina, com
toda a informação que você necessita para se aprofundar nos conceitos
da Geometria Descritiva (GD), além de indicações de leituras. Consulte:
<http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/>. Acesso em: 20 jul. 2015.

Uma vez compreendido o sistema de projeções ortogonais, vamos explorar


uma vez mais a NBR 10067. Logo na primeira página da norma, nos itens 3.1.1
e 3.1.2, ela estabelece que os diedros utilizados serão o 1º e o 3º. Cabe ressaltar
que o desenho técnico no 1º diedro é a praxe consagrada no meio profissional
brasileiro, embora a norma admita o trabalho com o 3º diedro. A maioria dos
países trabalha o desenho técnico no 1º diedro. Apenas os Estados Unidos e o
Canadá ainda trabalham com o 3º diedro. Para todos os nossos estudos, então,
você fará as projeções no 1º diedro.

A Figura 1 e a Figura 2 da NBR 10067 são um pouco difíceis de entender. Isso


porque elas aparecem giradas 90° para a esquerda, em relação à posição de leitura
dos desenhos. As duas figuras na folha inicial da norma, pensadas para serem
símbolos indicativos do diedro com que estamos trabalhando, representam um
tronco de cone através de suas projeções no plano frontal e horizontal. Veja as
figuras 2.10 e 2.11, extraídas da referida norma.

Figura 2.10 - Da NBR 10067: Projeções de Figura 2.11 - Da NBR 10067: Projeções de
um tronco de cone no 1º diedro um tronco de cone no 3º diedro

Fonte: ABNT (1995, p. 1) Fonte: ABNT (1995, p. 1)

72 Desenho Projetivo
U2

Veja as figuras 2.12, 2.13, 2.14 e 2.15 a seguir e esses desenhos da norma ficarão
mais claros para você.

Figura 2.12 | Projeções do objeto referido pela NBR 10067

Fonte: O autor (2015)

Veja que as projeções no 1º e no 3º diedros geram épuras com os desenhos em


posições diferentes. Na Figura 2.13 mostramos o rebatimento do plano horizontal
sobre o frontal. Procure entender como ficam épuras que representam as posições
das projeções em vista frontal e superior em cada um dos diedros.

Figura 2.13 | Rebatimento do plano horizontal sobre o frontal, no caso


da NBR 10067

Fonte: O autor (2015)

Desenho Projetivo 73
U2

Agora que você verificou como a posição dos objetos nos diedros vão modificar
as épuras que os descrevem, vamos mostrar mais uma vez as figuras da NBR 10067,
só que na posição usual de visualização, com o acréscimo da marcação da Linha
de Terra na horizontal, como normalmente se faz. Temos certeza de que você não
terá mais dúvidas sobre as representações nos diedros. Lembrando: Vamos usar
apenas o 1º diedro!

Como você pode ver, a Figura 2.14 nos parece muito mais familiar, com a
vista frontal (projeção no plano vertical) na parte de cima da LT, ou seja, no plano
vertical; e a vista superior abaixo da mesma. Já a Figura 2.15, épura do 3º diedro, é
de leitura mais difícil.

Figura 2.14 - Da NBR 10067: Épura Figura 2.15 - da NBR 10067: Épura
do tronco de cone no 1º diedro, do tronco de cone no 3º diedro,
reposicionada reposicionada

Fonte: O autor (2015) Fonte: O autor (2015)

1.2 PROJEÇÃO ORTOGONAL: VISTAS ORTOGONAIS


Vimos nos exemplos e figuras anteriores que é necessário, no mínimo, três
vistas para descrever um objeto — uma vista frontal, uma superior e uma lateral.
Mais que necessário: essas são as mínimas obrigatórias, segundo a NBR 10067. Mas
existem situações em que o objeto, devido ao grau de detalhe ou complexidade
do volume, vai requerer do projetista o desenho de outras vistas. A NBR 10067 é
bem clara sobre as vistas que devemos desenhar, bem como sobre os critérios
para escolhe e posicionamento. Na norma lemos:

4.4 Escolha das vistas


4.4.1 Vista principal
A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como
vista frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a

74 Desenho Projetivo
U2

peça na sua posição de utilização.


4.4.2 Outras vistas
Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou
seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes
critérios:
a) usar o menor número de vistas;
b) evitar repetição de detalhes;
c) evitar linhas tracejadas desnecessárias.
4.5 Determinação do número de vistas
Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias
à caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas,
cortes ou seções ao emprego de grande quantidade de linhas
tracejadas.
4.6 Vistas especiais
4.6.1 Vista fora de posição
Não sendo possível ou conveniente representar uma ou mais
vistas na posição determinada pelo método de projeção,
pode-se localizá-las em outras posições, com exceção da vista
principal [...] (ABNT, 1995, p. 3-4).

Estas determinações são coerentes com a recomendação de uso do 1º diedro.


Na mesma norma, na p. 2, temos as figuras 3, 4-a e 4-b (aqui numeradas 2.16 e
2.17) que reproduzimos adiante, para que fiquem claros para você os nomes e
posições das vistas que vai produzir para seus projetos. Veja o que diz a NBR 10067
quanto aos nomes e posições das vistas (ABNT, 1995, p. 2):

4 Condições específicas
4.1 Denominação das vistas
Os nomes das vistas indicadas na Figura 3 [neste livro, Figura
54] são os seguintes:
a) vista frontal (a);
b) vista superior (b);
c) vista lateral esquerda (c);
d) vista lateral direita (d);
e) vista inferior (e);
f) vista posterior (f).
4.2 Posição relativa das vistas no 1º diedro
Fixando a vista frontal (A) conforme as Figuras 4-(a) e 4-(b)

Desenho Projetivo 75
U2

[neste livro, ambas na figura 55], as posições relativas das


outras vistas são as seguintes:.
a) vista superior (B), posicionada abaixo;
b) vista lateral esquerda (C), posicionada à direita;
c) vista lateral direita (D), posicionada à esquerda;
d) vista inferior (E), posicionada acima;
e) vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda,
conforme a conveniência.

Figura 2.16 | Denominação das vistas no 1º diedro

Fonte: ABNT (1995, p. 2)

Figura 2.17 | Vistas principais e complementares (1º diedro)

Fonte: Adaptada de ABNT (1995. p. 2)

76 Desenho Projetivo
U2

Com o estudo desta subseção, você já dispõe de uma parcela significativa


do conhecimento que precisa para começar a produzir seus desenhos. Este foi
o início da parte teórica relativa ao desenho técnico. Mas ainda falta conhecer
os instrumentos tradicionais de desenho técnico e como usá‑los, isto é: as
técnicas de desenho. Este é o assunto da próxima subseção. Nesta parte do
curso, dado o caráter essencialmente prático da matéria, você precisará de todo
apoio dos professores e tutores. Nunca deixe acumular dúvidas, especialmente
neste momento. E pratique as técnicas de desenho exatamente do modo como
mostraremos a você. Elas são o resultado de mais de 200 anos de experimentação
e tentativas bem-sucedidas dos que enfrentaram antes de nós a tarefa de produzir
desenhos técnicos, sempre aperfeiçoando seus métodos e procedimentos. Muitos
desses modos de trabalhar não são nada intuitivos, aliás, quase todos são opostos
ao que faríamos naturalmente. As técnicas de desenho manual refletem a lógica
inerente às formas e suas propriedades. Você verá isso de maneira muito evidente
quando abordarmos o traçado de retas, círculos e tangências, por exemplo.

1.3 UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS E INSTRUMENTOS


Preparado(a)? Motivado(a)? Espero que sim, porque agora chegou a hora de “pôr
a mão na massa”! Nesta subseção, você vai conhecer os instrumentos de desenho e
seu manuseio. Fará os primeiros exercícios de traçado e desenvolverá as habilidades
básicas para usar os instrumentos. Aprenderá como posicionar os esquadros, tanto
para traçar perpendiculares como para marcar os ângulos mais usados, verá como
fazer leituras de graus em um transferidor, como traçar círculos com o compasso
e outras. Para colocar em prática os conhecimentos que você vai adquirir nesta
subseção, deverá providenciar os seguintes materiais e instrumentos de desenho:

• Um bloco de papel sulfite, formato A3, com margem (formato e quadro)


impressa. Isso significa que o papel deverá ter um excesso de 10 mm em toda
a volta, conforme determina a NBR 10068. Nesse caso, seu bloco deverá ter
aproximadamente 440 x 317 mm. Se o seu professor ou tutor recomendar outro
tipo, papel manteiga, p. ex., siga as orientações dele(a).

• Fita crepe 19 mm de largura, para prender o desenho na mesa de desenho.

• Uma lapiseira 0,5 mm, com grafite HB ou F. Observe que sua lapiseira deverá
ter a extremidade da ponta (a última seção do tubo fino, de onde sai o grafite)
cilíndrica e fixa. Existem algumas lapiseiras com ponta cônica e retrátil. Esse tipo
não é indicado.

• Uma lapiseira 0,3 mm, idem. Esta ferramenta é opcional. Veja se você se adapta
a fazer linhas muito leves e finas, mesmo com a 0,5 mm. Se sentir dificuldade,
talvez a compra de uma lapiseira dessas facilite seu trabalho.

Desenho Projetivo 77
U2

Figura 2.18 | Lapiseira 0,5 mm, extremidade da ponta cilíndrica e fixa

Fonte: Disponível em: <http://www.pentel.com.br/includes/images/produtos/pentel_20110106183258.jpg>.


Acesso em: 15 abr. 2015.

• Uma borracha macia, branca, de plástico especial para desenho técnico. Evite as
de borracha cinza e as muito abrasivas.

• Uma régua paralela de 80 cm. Pode ser substituída por uma régua “T”, com
bordas de acrílico incolor e cabeçote fixo. Ambas vão funcionar melhor em uma
mesa de bordas bem retas e verticais, com quina vivas entre tampo e borda. Essa
característica permite fixar as ferragens da régua paralela ou apoiar o cabeçote
da régua “T” com precisão.

• Um jogo de esquadros de acrílico ou policarbonato incolor, borda reta, sem


rebaixo e sem graduação, na medida de 32 cm.

• Um transferidor de acrílico incolor, do tipo semicircular ou circular, de boa marca


e graduações precisas.

Figura 2.19 | Transferidores, circular e semicircular

Fonte: Disponível em: <http://www.trident.com.br/>. Acesso em: 15 abr. 2015.

• 1 escalímetro triangular com 6 escalas (1/125; 1/100; 1/75; 1/50; 1:25, 1/20).

• Um compasso de boa qualidade, pernas sem folgas, para grafite 2,0 mm comum,
dureza HB ou F.

78 Desenho Projetivo
U2

Figura 2.20 | Compasso para grafite 2,0 mm

Fonte: Disponível em: <http://www.trident.com.br/>. Acesso em: 15 abr. 2015.

Para começar a desenhar, você deve prender sua folha de papel com fita crepe
na mesa. A posição dos pedaços de fita deve ser como na figura, para evitar rasgar
o papel no momento de soltar a folha, após o término do trabalho. A folha deve
ser alinhada pela régua, nunca pelas bordas da mesa. Por isso você já deverá ter
instalada a régua paralela ou posicionada a régua “T”. Então, se a régua estiver
desalinhada da mesa alguns milímetros, isso não terá influência em seu trabalho,
uma vez que a fixação da folha acompanha o alinhamento da régua.

A régua é o principal instrumento de desenho técnico, e você vai usá‑la para


apoiar os demais instrumentos. Desloca‑se a régua para cima e para baixo na
mesa para traçar paralelas horizontais e para apoiar os esquadros, quando traçar
paralelas verticais e inclinadas. Você pode usar o lado de cima ou o lado de baixo
da régua para traçar ou deslizar os esquadros, tanto faz. Em mesas grandes, é
comum deslizar os esquadros pela parte de baixo da régua, quando desenhamos
no alto da folha. A figura a seguir mostra algumas situações comuns de interação
régua-esquadros. Procure se familiarizar com elas. As figuras 2.21 a 2.23, a seguir,
vão mostrar a você alguns procedimentos básicos para o desenho.

Figura 2.21 | Movimentos básicos para traçar paralelas e perpendiculares

Fonte: Pereira (2012, p. 25)

As paralelas em ângulos se traçam com os esquadros apoiados na régua,


deslizando‑se os mesmos para os lados. Procure traçar sempre do lado esquerdo
dos esquadros, se for destro, ou do lado direito se for canhoto. Os traços verticais
sempre se fazem de baixo para cima, junto ao esquadro. Quando estiver usando
dois esquadros, um servirá de apoio, o outro se desloca e permite traçar as paralelas.

Desenho Projetivo 79
U2

Figura 2.22 | Traçado de paralelas em ângulos, régua ou um dos esquadros como


apoio

Fonte: Pereira (2012, p. 24)

Quando é necessário traçar retas nos ângulos múltiplos de 15° que não os de
30°, 45° ou 60°, usamos os esquadros de 45°-45° e de 30°-60° em associação.
Veja a Figura 2.23.

Figura 2.23 | Traçado de reatas inclinadas com esquadros associados

Fonte: Pereira (2012, p. 25)

Um instrumento essencial para o desenho técnico é o compasso. Vamos


conhecer suas partes e saber como usá‑lo. A Figura 2.24 mostra um modelo
econômico de compasso comum para desenho técnico:

80 Desenho Projetivo
U2

Figura 2.24 | Partes do compasso


1. Ponta seca. Ponta metálica afiada, fixa o
centro de circunferências e arcos.

2. Roda de aperto da ponta seca e do articulador


da ponta, quando existe.

3. Ponta de grafite 2,0 mm HB ou F, chanfrado


com lixa (Fig. 2.26).

4. Roda de aperto do grafite.

5. Roda de aperto do suporte do grafite, nos


modelos em que este pode ser substituído
por um adaptador para canetas.

6. Pernas do compasso.

7. Roda de aperto do extensor da perna,


quando há.

8. Capa da engrenagem de articulação.

9. Cabo ou pivô recartilhado.


Fonte: O autor (2015)

Uma providência importante, antes de usar o compasso é alinhar a ponta seca


com a de grafite, para haver um nivelamento do instrumento, facilitando assim o
traçado. Veja a Figura 2.25 com um detalhe do alinhamento das pontas.

Figura 2.25 | Alinhamento das pontas do compasso

Fonte: O autor (2015)

A ponta de grafite deve ser chanfrada com lixa, ficando como na Figura 2.26:

Desenho Projetivo 81
U2

Figura 2.26 | Ponta de grafite chanfrada

Fonte: O autor (2015)

Para traçar arcos e círculos, proceda da seguinte maneira (Figura 2.27):

Figura 2.27 | Como traçar com o compasso

Fonte: Adaptado e traduzido pelo autor, a partir de: <http://rvhs-denyer.com/web-back/cad/units&tasks/led-ch-3-


dftg-techniques/>. Acesso em: 16 abr. 2015.

Com essas instruções você já pode começar a fazer seus primeiros exercícios
de traçado. Vamos, na próxima subseção, rever alguns algoritmos gráficos que
você deve ter visto em algum momento de sua trajetória de estudos, talvez no
Ensino Fundamental, Médio ou algum curso técnico que tenha frequentado.
Vamos abordar o traçado de retas, ângulos, círculos e tangências. Papel peso na
prancheta, materiais a postos, e vamos começar.

1.4 RETAS, ÂNGULOS, CÍRCULOS E TANGÊNCIAS


Nesta subseção, você aprenderá a traçar retas, ângulos, círculos e tangências.

82 Desenho Projetivo
U2

Vamos começar com alguns algoritmos gráficos essenciais para o traçado de


praticamente qualquer desenho técnico.

Para traçar retas horizontais, use a régua paralela ou “T”. Para traçar linhas verticais,
apoie um dos esquadros na régua e, de baixo para cima, pelo lado esquerdo do
esquadro (se você é destro(a)), trace a vertical. Lembre‑se: traça‑se assim porque
a luz de seu ambiente de desenho deve vir pelo seu lado esquerdo (se você é
destro(a)). Além disso, o grafite não deve entrar em contato com os esquadros. Por
mais antinatural que traçar assim lhe pareça, habitue‑se a traçar desse modo, pois é
como fazem os profissionais para obter um desenho preciso e limpo.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Traçado da mediatriz de um segmento qualquer — Seja um segmento sobre


a reta de suporte r, traçar, sem uso de escalímetro, a mediatriz do segmento.

a) Com a régua paralela, trace um segmento de


comprimento qualquer, aprox. como o da figura.

b) Coloque a ponta seca do compasso em A e


abra‑o um pouco além da metade do segmento.

c) Trace um arco de circunferência como na figura.

d) Repita o procedimento, agora centralizando o


compasso em B. Os arcos se cruzarão em dois
pontos, acima de .

e) Faça passar por esses dois pontos uma reta.


Esta terá um ponto sobre . Este ponto é o
ponto médio do segmento. A reta que uniu os
pontos de cruzamento dos arcos é a mediatriz.

2) Traçado de uma reta perpendicular à outra, passando por um ponto — Seja a


reta r e um ponto P fora dela, traçar por P uma reta perpendicular a r.

Desenho Projetivo 83
U2

a) Com a régua paralela, trace um segmento de


comprimento qualquer, aproximadamente
como o da figura, e determine um ponto P a
uma distância qualquer.

b) Coloque a ponta seca do compasso em P e


abra‑o um pouco além do segmento.

c) Trace um arco de circunferência como na


figura e determine os pontos A e B.

d) Repita o procedimento de traçado da mediatriz,


agora centrando o compasso nos pontos A e B.
Os arcos se cruzarão no ponto Q.

e) Faça passar por P e Q uma reta. Esta será


perpendicular a , portanto, a r.

3) Traçado de uma reta paralela à outra, segundo uma dada distância — Seja a
reta r e o segmento , traçar uma reta paralela a r, a uma distância = .

a) Trace a reta r como na figura, e defina, m


outra parte do papel, um segmento
de comprimento qualquer. Sobre a reta
r, determine dois pontos a uma distância
qualquer, A e B.

b) Abra o compasso na distância . Coloque


a ponta seca em A e trace um arco, como na
figura. Repita o procedimento, agora usando B
como centro.

c) Usando o procedimento do exercício anterior,


o de traçado de uma perpendicular por um
ponto dado, faça passar por A e por B duas
retas perpendiculares a r.

d) Essas retas determinarão os pontos E e F. Uma


reta que passe por E e F será paralela a r.

84 Desenho Projetivo
U2

4) Traçado da bissetriz de um ângulo — A bissetriz de um ângulo é a reta que


divide esse ângulo em dois ângulos iguais. Seja um ângulo qualquer α, com
centro em O. Traçar, sem uso de transferidor ou escalímetro, a bissetriz de α.

a) Trace um ângulo α qualquer, como o da figura,


por exemplo.

b) Centralize o compasso em O. Traçe um arco


como o da figura. Este vai determinar dois pontos,
A e B, sobre as retas que formam o ângulo.

c) Centralize o compasso em A e trace um arco


de raio maior do que ½ do arco A∩B, como na
figura. Repita o procedimento, agora usando B
como centro.

d) O cruzamento desses dois arcos vai definir o


ponto P.

e) Uma reta que passe por P e por O é a bissetriz


do ângulo.

5) Divisão de um segmento de reta em partes iguais — Aplicação do Teorema de


Tales. A tradição atribui este teorema ao filósofo grego Tales de Mileto. Ele teria
descoberto que duas retas quaisquer, transversais a um feixe de retas paralelas,
determinam segmentos proporcionais nas transversais. Seja um segmento de
reta , de comprimento qualquer. Dividir, sem uso de escalímetro, o segmento
em 6 partes iguais.

a) Faz‑se passar por A uma reta qualquer (reta de


cima, neste exemplo).

b) Abre‑se o compasso em uma distância


qualquer, menor que o segmento , no caso
desta figura, marcou‑se a distância entre A e 1.

c) Com a ponta seca em 1, repete‑se a marcação da


distância A-1 outras cinco vezes, determinando
os pontos equidistantes 2, 3, 4, 5 e 6.

d) Une‑se o ponto 6 ao B. Passam‑se então paralelas


a B-6 por cada um dos pontos 5, 4, 3, 2 e 1,

e) O cruzamento dessas paralelas com


determina os pontos 1’, 2’, 3’, 4’ e 5’, bem
como as seis divisões iguais de .

Desenho Projetivo 85
U2

6) Traçado de figuras com círculos, concordâncias e tangências — Para traçar as


figuras geométricas que envolvem circunferências, concordâncias e tangências,
vamos relembrar algumas definições elementares.

Uma circunferência é a figura geométrica plana definida por um ponto


central e pelo raio. Podemos também pensar numa circunferência como sendo
a representação gráfica de todos os pontos coplanares situados a uma mesma
distância R de um ponto nesse plano; ou ainda como a representação gráfica de
todas as posições possíveis de um ponto no plano a uma distância R de outro
nesse plano (o centro).

Para o desenho técnico, saber determinar os pontos que definem circunferências


ou arcos, a partir da forma geral de outras figuras geométricas adjacentes, é assunto
de enorme importância. Observe à sua volta a quantidade de artefatos nos quais a
geometria mostra a conjugação de retas, círculos e arcos em perfeita continuidade.
Veja as figuras de peças muito comuns que exibem essa característica:

Figura 2.28 | Peças mecânicas com retas, círculos e arcos

Fonte: Metalúrgica Golin (2010)

As concordâncias entre retas e círculos, retas e arcos, arcos de raios diferentes


está presente no design de inumeráveis objetos. Para desenhar com precisão
as formas de objetos que possuem essa característica, é essencial para você,
estudante, conhecer e adquirir prática com os princípios que permitem atingir
esse objetivo. Vamos, então, iniciar com o conceito de tangência, pois da
compreensão deste derivam todos os demais procedimentos de desenho que
envolvem circunferências.

86 Desenho Projetivo
U2

No estudo sobre as circunferências, um conceito importante a ser estudado


é o das retas tangentes a uma circunferência. Para realizarmos esse estudo, é
necessário compreender as posições que um ponto pode assumir em relação a
uma circunferência.

Observando as possibilidades de posição de um ponto em relação a uma


circunferência, podemos concluir alguns fatos relacionados às retas tangentes.
Constatamos que existem somente três posições relativas de um ponto em
relação a uma circunferência. Ou o ponto está no interior da circunferência, ou
pertence à figura ou está fora dela. Para cada posição, temos situações diferentes
com relação à tangente (Figura 2.29):

• Ponto interno à circunferência: não é possível traçar uma reta tangente por esse
ponto.

• Ponto pertencente à circunferência: por esse ponto podemos ter apenas uma
reta tangente, pois ele é o próprio ponto de tangência.

• Ponto externo à circunferência: por esse ponto podemos traçar duas retas
tangentes à circunferência.

A posição relativa de ponto à circunferência depende da distância do ponto ao


centro da circunferência.

Figura 2.29 | Posições relativas de um ponto e uma circunferência

Fonte: O autor (2015)

Devemos relembrar alguns fatos importantes acerca da geometria analítica:

Desenho Projetivo 87
U2

• A menor distância de um ponto a uma reta é sempre um segmento perpendicular


a esta reta;

• A reta tangente sempre será perpendicular ao raio no seu ponto de tangência.

Relacionando os dois fatos anteriores, pode-se afirmar que a distância da reta


tangente ao centro deverá sempre ser igual ao raio.

Uma vez compreendidos estes conceitos, vamos praticar um pouco o traçado


das tangentes? Você vai precisar de seu compasso com a ponta bem lixada e um
cuidado especial no traçado com os esquadros. Estes traçados darão certo com
circunferências de qualquer raio. Para facilitar, tente fazer as circunferências com
cerca de 8 cm de diâmetro (raio ≅4 cm).

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

7) Traçado da tangente a uma circunferência por um ponto qualquer sobre


a mesma — Seja a circunferência definida por um raio de comprimento .
Traçar uma tangente por um ponto qualquer na circunferência.

a) Abra o compasso na dimensão . Trace a


circunferência.

b) Trace com esquadro, em qualquer ângulo,


uma reta que passe pelo centro e determine o
ponto A. Prolongue um pouco essa reta.

c) Centralize o compasso em A e abra‑o além da


metade da distância . Marque os pontos b
e d.

d) Agora, usando b e d como centros, trace


segmentos de arcos que se cruzem, como
procederia para achar a mediatriz de um
segmento.

e) A reta que passa pelos arcos que se cruzam


e pelo ponto A é tangente à circunferência e
perpendicular ao raio.

88 Desenho Projetivo
U2

8) Traçado da tangente a uma circunferência por um ponto qualquer situado fora


da mesma — Seja uma circunferência de centro C e raio qualquer, e o ponto A,
situado fora da mesma. Traçar as tangentes à circunferência a partir de A.

a) Abra o compasso em uma distância qualquer para assumir um raio, cerca de 4


ou 5 cm.

b) Determine um ponto A numa distância qualquer fora da circunferência.

c) Trace com o esquadro uma reta passando por C e por A.

d) Abra o compasso numa distância visivelmente maior que a metade do


comprimento . Usando C e A como centros, trace a mediatriz de e
determine o ponto M.

e) Abra o compasso na distância .

f) Agora, centralize o compasso em M e trace um arco que, passando pelo centro


C vai determinar os pontos T1 e T2.

g) Trace, então, os raios e .

h) As duas retas que passam por A, T1 e T2 são tangentes à circunferência e


perpendiculares aos raios e .

Vamos agora passar para uma aplicação prática destes conhecimentos sobre
círculo e tangências. Você vai aprender a traçar concordâncias ou arredondamentos.
Este é um procedimento muito frequente em desenho técnico, por isso dedique

Desenho Projetivo 89
U2

toda sua atenção ao assunto. Perceba que todas as arestas arredondadas e


concordâncias das peças que você viu na figura foram projetadas segundo esse
procedimento. Você aprenderá a traçar:

• A concordância entre duas retas.

• A concordância de um arco com uma reta e outro arco.

• A concordância de um arco com outros dois.

Vejamos a teoria desses traçados geométricos:

9) Traçado da concordância entre duas retas concorrentes quaisquer, com um raio


qualquer — Sejam duas retas, r e s, que fazem entre si um ângulo qualquer e se
interceptam no ponto A. Traçar a concordância entre essas retas, sendo o raio
qualquer. Veja a figura abaixo, com o passo a passo da construção dessa geometria:

a) Duas retas r e s se cruzam em um ângulo qualquer, originando o ponto A.

b) Utilizando o que você viu no exercício 3 (traçado de uma reta paralela a outra,
numa dada distância), foram traçadas as retas r' // r e s' // s. As novas retas

90 Desenho Projetivo
U2

originam o ponto O.

c) Pelo ponto O, traçam‑se duas retas perpendiculares a r e a s, originando os


pontos K e K'. Estes são os pontos de tangência para a concordância do arco,
segundo um raio = = . Compasso com centro em O, para traçar o arco
K∩K’, perfeitamente concordante com r e s.

d) Apagam‑se as linhas de rascunho e reforçam-se as linhas de interesse.

10) Traçado da concordância de um arco com uma reta segundo um raio dado
— Seja uma reta r e um arco A∩B. Deseja‑se traçar a concordância entre a reta
e o arco, sendo o raio = .

a) Trace a reta r, o arco A∩B e o segmento , aproximadamente como na figura.

b) Determine o ponto médio do arco A∩B, através do traçado da mediatriz, como


faria para um segmento de reta. A mediatriz origina o ponto M sobre A∩B. Trace
as mediatrizes dos arcos A∩M e M∩B. O ponto de convergência das mediatrizes
é o centro O do arco.

c) Abra o compasso no comprimento . Sobre o prolongamento da mediatriz


de A∩B faça uma marca, usando M como centro.

Desenho Projetivo 91
U2

• Agora, com a ponta seca em O, abra o compasso até a marca que fez sobre a
mediatriz mencionada. Use de novo o compasso, com o centro em O e abertura
daí até a marca. Trace então um arco de raio = + , paralelo a A∩B.

• Depois, usando os esquadros e a régua paralela ou “T” (ou o procedimento


mostrado no exercício 3), trace, acima de r, uma reta paralela a uma distância
= .

• O cruzamento dessa reta com o arco paralelo a A∩B origina o ponto P, que
é o centro da concordância.

• Traçando o segmento , determina‑se o ponto Q, que é o ponto de


tangência da concordância, sobre o arco A∩B.

• Traçando‑se por P uma perpendicular a r, determinamos o ponto de


tangência da concordância sobre a reta r.

• Compasso com ponta seca em P e abertura = traça o arco Q∩Q’, que é


o arco concordante com r e A∩B.

d) Apagam‑se as linhas de rascunho, e reforçam‑se as linhas que interessam para


a figura.

Existe ainda outra possibilidade de concordância entre um arco com centro em O,


sendo raio = e a reta r. Veja a Figura 7.2 e tente sozinho traçar esta outra alternativa.

11) Traçado da concordância de dois arcos quaisquer, dado o raio — Sejam os


arcos: C∩D, com centro em O e E∩F com centro em P. Traçar a concordância
entre os dois arcos, tal que possua raio = .

92 Desenho Projetivo
U2

a) Trace dois arcos quaisquer, aproximadamente como na figura: D∩C, com


centro em O, e E∩F, com centro em P. Trace também um segmento AB, para
ser o raio da concordância.

b) Trace por O uma reta que intercepte o arco C∩D e vá além dele, determinando
assim o ponto A'. Faça o mesmo com relação ao arco E∩F e determine o ponto A”.

• Abra o compasso na distância . Com centro em A', faça uma marca sobre
a reta que contém (além do ponto A'). Essa marca determina B'. Proceda
da mesma forma com relação à reta que contém e determine B".

• Coloque a ponta seca do compasso em O e abra na distância . Trace um


arco paralelo a C∩D como no exemplo. Repita o procedimento, agora usando
P como centro e a distância como raio de um arco paralelo a E∩F.

• O cruzamento desses dois novos arcos determina o ponto Q, centro da


concordância.

c) Trace, a partir dos centros O e P, duas retas que passem pelo centro de
concordância Q. Os pontos K e K' originados dos cruzamentos dessas retas
com os arcos C∩D e E∩F são os pontos de tangência da concordância.
Centralize o compasso em Q, abra até K ou K' e trace o arco concordante com
os dois arcos iniciais C∩D e E∩F. Está traçada a concordância de raio = .

d) Apague as linhas de rascunho e marcação, e reforce as que interessam para

Desenho Projetivo 93
U2

o trabalho.

Como você viu, o traçado de concordâncias, ângulos, círculos e tangências é


sempre feito segundo procedimentos especiais. Note bem que, em toda situação
em que se deseja traçar uma concordância, sempre haverá dois centros na
extremidade de um segmento de reta cujo comprimento é a soma dos raios dos
arcos envolvidos na concordância, dois a dois. Pratique outros exercícios desse
tipo e não terá dificuldade com concordâncias.

1.5 USO DAS LINHAS CONTÍNUAS, TRACEJADAS E TRAÇO‑PONTO


O uso das diferentes linhas em desenho técnico não é aleatório nem está sujeito
à inventividade ou gosto pessoal de cada projetista. Ele é regulamentado pela NBR
8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das linhas.
É uma norma muito antiga, há mais de 30 anos sem atualização.

O desenvolvimento e popularização da computação gráfica nas últimas


décadas mudou completamente o modo de trabalhar com desenhos técnicos.
Esta norma, no entanto, foi formulada no tempo do desenho técnico feito à mão.
Até 1995, ano em que os programas para CAD ficaram mais baratos e começaram
a se popularizar, praticamente todos os desenhos técnicos eram feitos assim.
Fases importantes e críticas do trabalho nessa época eram o arquivamento e a
reprodução dos desenhos: a primeira, devido à fragilidade e aos tamanhos díspares
dos originais; a segunda devido aos processos de cópia caros, pouco precisos,
lentos e muito delicados de então.

Assim, a NBR 8403 reflete essa preocupação quando detalha minuciosamente


a questão da largura das linhas no processo de redução e ampliação por
microfilmagem, por exemplo, recurso este raramente usado hoje em dia.
Atualmente, os desenhos são armazenados em meios digitais, sendo plotados
em escala (impressos em impressoras grandes, chamadas plotters), reduzidos ou
ampliados fácil e fielmente através de equipamentos eletrônicos que geram cópias
baratas e precisas.

A NBR 8403 foi baseada na norma internacional ISO 128-1982 (ABNT, 1984). No
presente, a ISO 128-1982 foi substituída pela ISO 128-1:2003, com estes últimos
quatro dígitos indicando o ano (2003). A designação “ISO 128” refere‑se, na
verdade, a uma coleção de doze normas, relativas a uso de linhas em vários tipos de
desenhos técnicos, convenções para desenhos de vistas, desenhos de engenharia
mecânica, cortes e seções e representação de áreas cortadas e seccionadas. Não
vamos aqui esmiuçar os detalhes dessa coleção de normas. O que importa para
você neste momento é saber que as indicações dos tipos e finalidades das linhas
determinados pela NBR 8403 são a parte que mais interessa, continua vigente e

94 Desenho Projetivo
U2

não é afetada por questões referentes a microfilmagem, por exemplo.

O objetivo da NBR 8403 é fixar os tipos e o escalonamento de larguras de linhas


para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes, tomando‑se por base
as espessuras de penas de canetas a nanquim que eram usadas naquele tempo. Com
o advento do projeto auxiliado por computador (Computer‑Aided Design – CAD),
várias daquelas recomendações tornaram-se sem sentido. Vamos, na sequência,
mencionar os itens e subitens da norma e comentar brevemente cada um.

Quadro 2.1 | Comentários sobre a NBR 8403 ABNT


Item da NBR 8403 Comentário
2.1 Largura das linhas (quanto ao escalonamento Em desuso. Item relaciona as larguras de linhas ao
de larguras de linhas) processo de microfilmagem (obsoleto).
Raramente usada. Com o advento de CAD, podem
3.1.1 A relação entre as larguras de linhas largas e
ser usadas várias larguras de linhas em um desenho,
estreita não deve ser inferior a 2.
mesmo fora dessa relação de 1 para 2.
3.1.2 As larguras das linhas devem ser escolhidas, Raramente usado, devido ao ritmo de produção dos
conforme o tipo, dimensão, escala e densidade desenhos técnicos hoje em dia, há pouco tempo para
de linhas no desenho, de acordo com o seguinte planejar com antecedência um escalonamento de
escalonamento: 0,13; 0,18 (1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; linhas tão detalhado e rigoroso. Na prática, pevalece
1,00; 1,40 e 2,00 mm.(1) o critério de legibilidade do desenho.
3.1.3 Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas
na mesma escala, as larguras das linhas devem ser Totalmente aplicável
conservadas.
3.2 Espaçamento entre linhas
O espaçamento mínimo entre linhas paralelas
(inclusive a representação de hachuras) não deve
Totalmente aplicável
ser menor do que duas vezes a largura da linha
mais larga, entretanto recomenda-se que esta
distância não seja menor do que 0,70 mm.
Em desuso. Praticamente não se desenha mais
com tinta nanquim. O desenho técnico feito
3.3 Código de cores em canetas técnicas manualmente, com lápis, ainda é muito usado,
principalmente por seu valor pedagógico no
processo de ensino/aprendizagem desta disciplina.
3.4 Tipos de linhas (quadro) Totalmente aplicável
3.5 Ordem de prioridade de linhas coincidentes Totalmente aplicável
3.6 Terminação das linhas de chamadas Totalmente aplicável
Fonte: ABNT (1984)

Os itens em desuso e os raramente usados não serão abordados neste livro. Os


itens aplicáveis 3.1.3 e 3.2 são autoexplicativos. Basta uma consulta à norma para
dirimir eventuais dúvidas. Os itens 3.4 (quadro dos tipos de linhas e aplicações); 3.5
e 3.6 são muito relevantes, por isso vamos conhecê‑los.

Os tipos de linhas da NBR 8403 e suas aplicações constam na norma no quadro

Desenho Projetivo 95
U2

do item 3.4 Tipos de linhas (ABNT, 1984). O Quadro 2.2, mais adiante neste livro, é
uma reprodução adaptada desse quadro de tipos de linhas.

O item 3.5 da norma define a ordem de prioridade de linhas coincidentes.


Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser
observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade (ver Figura 2.30):

Figura 2.30 | Da NBR 8403: Prioridade de linhas coincidentes

Fonte: ABNT (1984)

1ª) arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A);

2ª) arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F);

3ª) superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades
e na mudança de direção; tipo de linha H);

4ª) linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G);

5ª) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K);

6ª) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B).

Quanto ao item 3.6 da norma, terminação das linhas de chamadas, tais linhas
devem terminar:

a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota (Figura 2.31).

b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado (Figura 2.32).

96 Desenho Projetivo
U2

c) com uma seta, se ela conduz e/ou contorna a aresta do objeto representado
(Figura 2.33).

Figura 2.31 - Linha de Figura 2.32 - Linha de Figura 2.33 - Linha de


chamada para cota chamada p/ dentro chamada para borda

Fonte: ABNT (1984) Fonte: ABNT1984 Fonte: ABNT, 1984

As figuras 2.34 a 2.39 apresentam exemplos de desenhos técnicos com uma


variedade de linhas em representações diferentes. A explicação dos números das
linhas está no Quadro 2.3. Procure visualizar atentamente cada uma das figuras
e confira sua numeração no quadro. É um ótimo exercício de interpretação de
desenho técnico.

Figura 2.34 - Uso da linha tipo C1 Figura 2.35 - Uso da linha tipo D1

Fonte: ABNT (1984) Fonte: ABNT (1984)

Quadro 2.3 | Tipos de linhas e suas aplicações, segundo a NBR 8403 ABNT
Aplicação Geral
Linha Denominação
(Ver figuras 2.34 a 2.39)

A1 contornos visíveis
A Contínua larga
A2 arestas visíveis

Desenho Projetivo 97
U2

B1 linhas de interseção imaginárias

B2 linhas de cotas

B3 linhas auxiliares

B4 linhas de chamadas
B Contínua estreita
B5 hachuras

B6 contornos de seções rebatidas na


própria vista

B7 linhas de centros curtas

Contínua estreita a mão C1 limites de vistas ou cortes parciais ou


C livre (A) interrompidas se o limite não coincidir
com linhas traço e ponto (ver Figura 2.34)

Contínua estreita em D1 esta linha destina-se a desenhos


D ziguezague (A) confeccionados por máquinas (ver
2.35) (B)

E1 contornos não visíveis


E Tracejada larga (A)
E2 arestas não visíveis

F1 contornos não visíveis


F Tracejada estreita (A)
F2 arestas não visíveis

G1 linhas de centro

G Traço e ponto estreita G2 linhas de simetrias

G3 trajetórias

Traço e ponto estreita,


larga nas extremidades e H1 Planos de cortes
H na mudança de direção

J1 Indicação das linhas ou superfícies


J Traço e ponto largo
com indicação especial

K1 contornos de peças adjacentes

K2 posição limite de peças móveis

K3 linhas de centro de gravidade


K Traço dois pontos estreita
K4 cantos antes da conformação (ver
Figura 2.39)

K5 detalhes situados antes do plano de


corte (ver Figura 2.38)

(A) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
(B) “Confeccionado por máquina”, i.e., o projeto desenhado em computador (CAD), fato recente na época.
Fonte: Adaptado de ABNT (1984)

“Nota: Se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem


ser explicados no respectivo desenho ou por meio de referência às normas

98 Desenho Projetivo
U2

específicas correspondentes” (ABNT, 1984).

Figura 2.36 | Uso dos tipos de linhas descritas no Quadro 2.3

Fonte: ABNT (1984)

Figura 2.37 | Uso das linhas tipo K3 e C1

Fonte: ABNT (1984)

Desenho Projetivo 99
U2

Figura 2.38 - Uso da linha tipo K5 Figura 2.39 - Uso da linha tipo K4

Fonte: ABNT (1984) Fonte: ABNT (1984)

Você já se perguntou sobre o porquê de o desenho técnico


feito à mão e com uso de instrumentos tradicionais, como
esquadros, réguas e compasso ainda constar em todos os
cursos de Engenharia e Arquitetura, apesar do advento dos
softwares de desenho? A razão é simples. Como as formas
geométricas de tudo o que utilizamos e produzimos são
apreendidas pela experimentação sensorial direta, o simples
fato de você se por em movimento para produzir os desenhos
técnicos, utilizando para isso objetos materiais (e não virtuais),
que ocupam espaços e têm formas (o espaço limitado do
papel; os esquadros, seus tamanhos e ângulos, etc.), aumenta
sua capacidade de lidar com fenômenos espaciais concretos.
Existem muitos trabalhos acadêmicos que comprovam
este fato. Para uma leitura interessante sobre este assunto,
consulte: <http://www.lematec.net/CDS/GRAPHICA11/PDFs/
EDUCA/EDUCA42.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2015.

100 Desenho Projetivo


U2

Seção 2
Representação Gráfica em Desenho Técnico

Introdução à seção
Com os conhecimentos desta seção você vai concluir o estudo das matérias
mais relevantes para o desenho técnico. Vamos falar de cortes, seções e
encurtamentos, bem como de hachuras. Você vai praticar a caligrafia técnica e
aprender a cotar seus desenhos, segundo a norma técnica. Terminará o estudo
desses tópicos tendo uma noção de desenho em perspectivas axonométricas:
isométrica, cavaleira, dimétrica e trimétrica.

Para aumentar seu conhecimento da representação gráfica em desenho


técnico, estude com atenção as normas da ABNT mencionadas nesta
seção. Sobretudo, observe como as normas tratam as espessuras e tipos
de linhas e as hachuras. Outras fontes importantes de referências sobre
este assunto costumam ser os livros de Desenho Arquitetônico. Os
arquitetos, pela necessidade de apresentar seus projetos aos clientes,
desenvolveram muitas representações úteis e comunicativas dos mais
diversos materiais!

2.1 CORTES, SEÇÕES, ENCURTAMENTOS E HACHURAS


Chama‑se corte o desenho técnico projetivo resultante da representação do
objeto como se tivesse sido cortado por um plano imaginário, retirada uma parte
e olhado na região que sofreu o corte. A Figura 84 mostra um exemplo de uma
peça cortada.

Desenho Projetivo 101


U2

Figura 2.40 | Objeto inteiro e objeto cortado

Fonte: Pereira (2012)

Nos desenhos em corte, vemos não somente os contornos das áreas cortadas
mas também tudo o que está mais distante de nós, para além do plano de corte.
Em suma, se efetuamos um corte numa peça, e se essa peça possui um espaço
interior, como na Figura 2.40, o desenho mostrará os detalhes desse interior.

Os planos de corte podem ser verticais, como na figura 2.40; ou horizontais,


como na Figura 2.41; ou ainda inclinados, de acordo com a necessidade de
representação do objeto. Em qualquer caso, o plano de corte é indicado por uma
linha traço ponto do tipo H da NBR 8403 ABNT (v. Quadro 2.3). Na Figura 2.42,
vemos a marcação do plano de corte B-B com as setas de indicação da direção de
visualização, no caso, para o plano horizontal.

Figura 2.41 | Objeto cortado por um plano Figura 2.42 | Projeções ortogonais do
horizontal objeto e marcação do plano de corte BB

Fonte: Pereira (2012) Fonte: Pereira (2012)

102 Desenho Projetivo


U2

A figura 2.43 mostra o mesmo objeto da Figura 2.42, com suas projeções
ortogonais e a indicação do plano de corte vertical A-A.

Figura 2.40 | Objeto inteiro e objeto cortado

Fonte: Pereira (2012)

Nos cortes, a parte sólida é preenchida com uma textura de linhas, a hachura.
A direção da visualização do corte é indicada com setas de pontas fechadas e
preenchidas, tocando na linha do plano de corte, como nas figuras anteriores.
A representação da área de corte por meio de hachuras em desenho técnico é
normalizada pela NBR 12298 ABNT.

Vejamos outros exemplos. A Figura 2.44 foi reproduzida da NBR 10067 e mostra
uma peça de ferro fundido em vista e corte. Note as indicações do plano que corta
o objeto e também a representação, no corte A-A, dos detalhes nas superfícies
interiores e mais atrás da peça.

Figura 2.44 | Peça de ferro em vista frontal e corte A-A

Fonte: Pereira (2012)

Desenho Projetivo 103


U2

HACHURAS — As hachuras, em desenho técnico, são um importante recurso de


visualização. Estude as normas técnicas e domine seu emprego. A NBR 12298 traz
algumas informações importantes e tira muitas dúvidas na hora de hachurar um
desenho. Em geral, você vai hachurar partes metálicas com simples hachuras de
linhas finas em diagonal. Mas às vezes é preciso representar outros materiais em corte.
Apresentamos aqui a figura para as hachuras específicas, reproduzida da NBR 12298.

Figura 2.45 | Imagem da tabela de hachuras específicas da NBR


12298

Fonte: ABNT (1995)

ENCURTAMENTO — Há situações em que precisamos representar um objeto


muito longo, e ele não caberia no papel em uma escala que permitisse distinguir
detalhes e cotar. Encurtamento é o nome que se dá ao artifício gráfico de desenhar
peças muito longas como se tivessem sido cortadas em um ou mais pontos e a
parte cortada tivesse sido retirada.

A NBR 10067, em seu item 4.6.10 Vistas de peças encurtadas, nos diz que na
peça longa são representadas somente as partes da peça que contêm detalhes.
Os limites das partes retidas (i.e., excluídas) são traçados com linha estreita,
conforme a NBR 8403 (ver Figuras 2.46 e 2.47). Nas peças cônicas e inclinadas, a
representação deve ser conforme as Figuras 1.26 e 1.27.

104 Desenho Projetivo


U2

Figura 2.46 - Peça encurtada (1) Figura 2.47 - Peça encurtada (2)

Fonte: ABNT (1995) Fonte: ABNT (1995)

Conforme o uso de linhas indicado na NBR 8403, sabemos que no exemplo


da esquerda a indicação do encurtamento (parte excluída) foi feita com a linha
do tipo C1, traçada à mão. Já a peça encurtada da direita, evidencia o uso da
linha D1, reservada para essa representação quando o desenho é feito em CAD
(“confeccionado por máquina”; v. nota (B), no rodapé do Quadro 2.3).

Figura 2.48 - Peça encurtada cônica (1) Figura 2.49 - Peça encurtada cônica (2)

Fonte: ABNT (1995) Fonte: ABNT (1995)

Conhecendo este recurso gráfico, você poderá representar as partes mais


importantes de eixos e peças longas (geralmente as extremidades) em uma escala
que permita detalhes.

2.2 CALIGRAFIA TÉCNICA – ANOTAÇÃO E SIMBOLOGIA EM


DESENHO TÉCNICO
A caligrafia técnica é um importante e simples recurso de comunicação escrita
do desenho técnico com a pessoa encarregada de executar aquele projeto. Nada
mais é do que uma forma convencional de escrita manual, de modo que pessoas
diferentes escrevam em seus projetos de maneira semelhante. Embora exista uma
norma da ABNT para escrita em desenho técnico, a NBR 8402, esta não se aplica
à escrita manual, pois usa os caracteres ISO.

Desenho Projetivo 105


U2

Por outro lado, a NBR 6492, específica para representação de projetos


arquitetônicos, recomenda uma forma de escrita não muito aceita fora da
comunidade de arquitetos. A caligrafia sugerida pela NBR 6492 é esta da Figura 2.50.

Figura 2.50 | Caligrafia técnica da NBR 6492 ABNT

Fonte: ABNT (1995)

Como você pode ver, esta caligrafia, embora agrade a alguns, não é muito
regular e alguns caracteres combinados não seriam muito legíveis, como p. ex.,
o 1 e o A, e outros. Mas, como era no tempo em que o desenho técnico feito
à mão precisava ser escrito, isto é, anotado? Bem, vamos mostrar a você um
exemplo consagrado de escrita técnica à mão, até hoje em uso pela maioria dos
profissionais. Veja a Figura 2.51:

Figura 2.51 | Caligrafia técnica de uso geral

Fonte: O autor (2015)

Como esses caracteres são rápidos de fazer, basta você praticar um pouco e
logo suas anotações nos desenhos ficarão legíveis e elegantes. Chama‑se anotar um
desenho técnico a fase do trabalho em que se terminou de desenhar as peças gráficas
e passa‑se a escrever e cotar o desenho. A figura 2.52 mostra um desenho técnico
mecânico com as cotas (medidas) no desenho. Este será nosso próximo assunto.

2.3 COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO

106 Desenho Projetivo


U2

Figura 2.52 | Desenho técnico cotado

Fonte: Dehmlow, Kiel (1974)

A fase do trabalho com desenho técnico em que colocamos as medidas diversas


sobre ele é chamada de cotagem. Cota é um sinônimo de medida. A cotagem em
desenho técnico é normalizada pela NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico.
Esta norma é a principal referência que você deve estudar para saber cotar com
acerto seus desenhos. Os exemplos e casos específicos de cotagem de faces, de
arcos, de centros, de furos, de raios, diâmetros e outros itens são muitos.

A NBR 10126 não apenas mostra em figuras os exemplos, mas também traz 14
páginas com muitos textos explicativos que são de leitura obrigatória para você,
futuro(a) engenheiro(a). Pelo momento, dado o caráter generalista deste livro,
vamos abordar apenas o essencial desta matéria. Com base nos termos da Figura
2.53, procure compreender bem esse assunto e memorizar seus tópicos principais.

Figura 2.53 | Elementos da cotagem

Fonte: Pereira (2012)

Desenho Projetivo 107


U2

Segundo Pereira (2012), o sistema de cotagem é composto de:

• Cota - número que representa a dimensão apontada.

Nome dado ao número correspondente a uma medida do objeto representado.


Ela independe da escala e deve mostrar a dimensão real do objeto, como seria
em verdadeira grandeza.

As unidades mais usadas nas cotas são o metro e o milímetro, e a norma de


referência para cotarmos corretamente é a NBR 10126.

De acordo com a norma, as cotas devem ser apresentadas em caracteres com


tamanho suficiente para garantir completa legibilidade e devem ser posicionadas
de tal modo não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha.

Os números devem ser legíveis e uniformes em todo o desenho, devendo ser


escritos com caligrafia técnica, sempre expressos na mesma unidade de medida.
Quando for cotar ângulos, cote-os em graus e lembre-se de cotar também os raios
ou diâmetros das curvas. A altura recomendada dos algarismos é de 2,5 a 3 mm.

• Linha de Cota - linhas estreitas e contínuas onde são posicionadas as cotas. São
limitadas pelas linhas de chamada.

As linhas de cota, nas quais estão localizadas as cotas, serão sempre paralelas às
linhas que estão sendo medidas. Elas deverão ser representadas com uma linha
contínua estreita e posicionadas, sempre que possível, externamente ao desenho.

Na cotagem de ângulos e curvas, a linha de cota será curva. Ao cotar raios ou


diâmetros, ela coincidirá com a linha de chamada.

Caso não haja espaço suficiente para a cota entre as linhas de chamada, a linha
poderá ser removida para fora delas.

O afastamento das linhas de cota deve ser uniforme em todo o desenho.


Pode‑se usar uma distância de 7 ou 8 mm. Além disso, é desejável que as linhas
de cota não se cruzem com as linhas de chamada.

• Linhas de Chamada ou Linhas Auxiliares - linhas estreitas e contínuas que


apontam para onde inicia e onde termina a medida, sem tocar o objeto.

As linhas de chamada ou linhas auxiliares serão representadas com linhas estreitas


e contínuas, perpendiculares à linha que está sendo cotada. Estas também não
devem cruzar outras linhas, principalmente do desenho, e deverão, sempre que
possível, ser posicionadas do lado de fora da figura.

108 Desenho Projetivo


U2

Ao traçar as linhas de chamada, é importante lembrar que elas não tocam o


desenho – e esse afastamento deve manter-se uniforme o tempo todo. Além
disso, as linhas prolongam-se alguns milímetros adiante das linhas de cota. Não
precisamos medir nem o afastamento nem o prolongamento. Entretanto, pode
ser feito um controle visual para que as dimensões pareçam sempre iguais.

• Limite da Linha de Cota ou Marcadores - finalizam as linhas de cota e podem


ser representados por setas, pequenas circunferências ou traços oblíquos a 45°.

Os limites da linha da cota ou marcadores são itens que dão acabamento às


linhas que compõem o sistema de cotagem.

Podem-se usar setas abertas ou preenchidas, pequenos círculos abertos ou


preenchidos (mais difícil de fazer na prancheta) ou, ainda, fazer linhas curtas
inclinadas em 45°.

É essencial que, ao escolher um tipo de marcador, você mantenha essa


padronização (tipo e tamanho) em todo o desenho, deixando seu trabalho bem
acabado e organizado.

A norma sugere dois métodos de cotagem e enfatiza que somente um deles


deve ser utilizado em um mesmo desenho:

• No primeiro método, as cotas deverão ser localizadas acima e paralelamente às


suas linhas de cotas e preferivelmente no centro.

• No segundo método, as cotas serão lidas da base da folha de papel e suas linhas
devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota.

Recapitulando, quando as linhas de cota forem contínuas, as cotas devem ser


posicionadas acima delas, paralelas às linhas e centralizadas. Quando as linhas forem
interrompidas, as cotas ficarão no espaço dessa interrupção, sempre na posição de
leitura (e não paralelas às linhas). Procure sempre colocar as cotas gerais, chamadas de
cota “de fechamento”. Você facilita a leitura do seu dese­nho quando, depois de cotar
as partes de uma peça, você indica a cota total (soma de todas as partes menores).

2.4 PERSPECTIVAS AXONOMÉTRICAS: PERSPECTIVA


ISOMÉTRICA, CAVALEIRA, DIMÉTRICA E TRIMÉTRICA
Desenhos em perspectiva permitem mostrar três dimensões do objeto
simultaneamente. Para que a impressão de volume tridimensional seja possível no
plano do papel, é necessário que uma, duas ou as três dimensões do objeto sejam
representadas com um efeito de distorção.

Desenho Projetivo 109


U2

Existem três tipos de perspectivas, segundo o tipo de projeção utilizado para


produzi‑las:

• a perspectiva cônica, mongeana ou exata, resultado de uma projeção cônica;

• a perspectiva cavaleira, uma representação em projeção paralela oblíqua,


segundo ângulos convencionais;

• as perspectivas axonométricas (Gr.: axon, eixo; e metron, medida), que são geradas
por projeções paralelas ortogonais, segundo alguns princípios matemáticos e
convenções. As perspectivas axonométricas podem ser de três tipos:

o isométrica (Gr.: isos, igual, equilibrado, justo; e metron, medida);

o dimétrica (Gr.: di, dois; metron, medida);

o trimétrica (Gr.: tri, três; metron, medida).

Nesta subseção não abordaremos a perspectiva cônica ou exata. Tal perspectiva


é de construção bastante complexa e seu propósito de comunicação é melhor
atingido quando ela é usada para representar objetos de grandes dimensões,
como veículos, edificações e espaços urbanos, sendo de menor importância para
o desenho técnico comumente utilizado em engenharia.

Vejamos a diferença entre as representações em diferentes perspectivas.


Observe a figura a seguir:

Figura 2.54 | Diferentes tipos de desenho em perspectiva

Fonte: Pereira (2012)

As perspectivas não cônicas chamam‑se genericamente perspectivas paralelas.


Assim, tanto a cavaleira como as axonométricas são perspectivas paralelas. As
axonométricas são referidas algumas vezes por “axonometria”. Assim, é possível
dizer: “Precisamos fazer uma axonometria desta peça, pois só com as vistas não
conseguimos descrevê-la”; ou seja, vamos fazer alguma perspectiva paralela que

110 Desenho Projetivo


U2

represente a peça, seja uma isométrica, dimétrica ou trimétrica.

As perspectivas paralelas são muito usadas em desenho técnico projetivo


devido ao seu poder de comunicação imediata e facilidade de elaboração.

2.4.1 PERSPECTIVA CAVALEIRA


É uma perspectiva gerada por uma projeção paralela oblíqua. Convenciona‑se
que uma face do objeto é desenhada de frente, em escala proporcional, com o
número de unidades que vai ter. Assim, por exemplo, sejam os cubos de aresta =
20 unidades da Figura 2.55.

Figura 2.55 | Perspectivas cavaleiras - três ângulos convencionais

Fonte: O autor (2015)

Como você pode ver no exemplo, se desenharmos as linhas perspectivadas


(que vão para o fundo) com a dimensão real, o objeto parecerá deformado, bem
mais comprido em direção ao fundo do que seria de se esperar de um cubo.
Para compensar esse efeito visual gerado por nosso cérebro, e ao mesmo tempo
conseguir uma aproximação fácil de memorizar e aplicar, convenciona‑se traçar as
linhas em perspectiva segundo ângulos predeterminados e usa‑se um coeficiente
K de redução da profundidade, de acordo com esses ângulos.

Faz se a perspectiva cavaleira considerando as linhas perspectivadas em três


ângulos diferentes em relação à horizontal (linha de terra): 45°, 30° e 60°. Esses
são os ângulos de seus esquadros, lembra-se? Com eles fica muito fácil traçar
perspectivas cavaleiras. O coeficiente de compensação visual K são: 1/2, para o
ângulo de 45°; 23, para o ângulo de 30°; e 1/3, para o ângulo de 60°. Com esse
simples recurso, suas perspectivas cavaleiras sairão convincentes e serão muito
fáceis de produzir.

Desenho Projetivo 111


U2

Vamos agora tratar das perspectivas axonométricas: a isométrica, a dimétrica e


a trimétrica.

2.4.2 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA


É um tipo de perspectiva bastante usado em desenho técnico, por sua facilidade
de elaboração e de produção de representações convincentes de objetos pequenos,
como as peças comumente usadas na indústria metal‑mecânica de pequeno porte,
tornearias, marcenarias etc. Para a representação de objetos grandes (maiores que uma
cadeira ou um sofá, por exemplo) esse tipo de perspectiva já não será tão indicado.

A perspectiva isométrica tem esse nome porque, ao contrário da cavaleira, ela


admite a colocação das linhas perspectivadas com o número de unidades igual
ao que terá no objeto real (Gr.: isos, igual). Não somente a face frontal possuirá
medidas reais no desenho, em verdadeira proporção, mas também todas as
demais. Essa característica, e o fato de não ser necessário aplicar um coeficiente
de deformação às linhas perspectivadas tornam a perspectiva isométrica a mais
utilizada. Vejamos em que se baseia e como se produz uma perspectiva isométrica
ou “isometria”. Observe a figura 2.56

Figura 2.56 | Elementos da construção da perspectiva isométrica

Fonte: O autor (2015)

Pratique a construção de perspectivas isométricas. É o tipo mais usado


em desenho técnico. Ao desenhar, trace também o rascunho das linhas que
representam as arestas que ficam atrás da parte que você vê. O exemplo da Figura
2.57, a seguir, é esclarecedor.

112 Desenho Projetivo


U2

Figura 2.57 | Traçado das linhas de rascunho em uma perspectiva


isométrica

Fonte: Pereira (2012)

Ao terminar o desenho, as linhas de rascunho devem ser apagadas do desenho,


reforçando‑se as linhas das partes aparentes dos objetos.

2.4.3 PERSPECTIVAS DIMÉTRICAS E TRIMÉTRICAS


São perspectivas cuja construção é muito semelhante à das cavaleiras, porém a
face frontal não é desenhada sem deformação, como naquelas. Para conseguir um
efeito de volume, essas perspectivas são feitas com a frente deformada, como nas
isométricas, mas também usam coeficientes de compensação da deformação das
linhas perspectivadas em profundidade. Segundo Vasco e Carvalho (2004, p. 30).

Perspectivas Dimétrica e Trimétrica - Estas


perspectivas são caracterizadas pelos ângulos
que as direções axonométricas fazem entre si
e pelos coeficientes de redução que exprimem
as relações entre os comprimentos marcados e
a sua dimensão real.

Vejamos nas figuras 2.58 e 2.59, e nos respectivos quadros, os esquemas de

Desenho Projetivo 113


U2

eixos e coeficientes de redução dessas perspectivas.

• Perspectiva Dimétrica — Como a própria designação indica, esta perspectiva


utiliza duas escalas de comprimento, à semelhança da perspectiva cavaleira. Tal
como nesta última, as medidas segundo a direção da profundidade (d2) sofrem
uma redução de 50%, mantendo-se as dimensões reais nas restantes direções.
(VASCO; CARVALHO, 2004).

Quadro 2.4 | Ângulos e fatores de redução


Figura 2.58 | Eixos da perspectiva dimétrica
para perspectivas dimétricas

Ângulos
α ß
7° 10’ 41° 25’
10° 22’ 39° 49”
14° 10’ 37° 55’
18° 40’ 35° 40’
Fonte: Vasco e Carvalho (2004) Fonte: Vasco e Carvalho (2004)

A combinação de ângulos 7° 10’ — 41° 25’ é a mais utilizada de todas.

• Perspectiva Trimétrica — Como se depreende da designação, esta perspectiva


utiliza três escalas de comprimento. As dimensões na vertical são mantidas,
sendo aplicadas às outras dimensões fatores de redução.

Quadro 2.5 - Ângulos e fatores de redução


Figura 2.59 | Eixos da perspectiva trimétrica
para perspectivas trimétricas

Fatores de
Ângulos
redução
α ß d1 d2 d3
5° 10’ 17° 50’ 0,5
9° 50’ 24° 30’ 0,9 0,6
1
14° 30’ 26° 40’
0,7
11° 50’ 16° 0,8

Fonte: Vasco e Carvalho (2004) Fonte: Vasco e Carvalho (2004)

Pratique com seus instrumentos o desenho de perspectivas dimétricas e


trimétricas, e constate que elas produzem representações bastante convincentes

114 Desenho Projetivo


U2

dos objetos. A figura 2.60 nos mostra uma comparação do resultado gráfico de
um objeto desenhado com as três técnicas de perspectivas axonométricas. A
dimétrica e a trimétrica, a ângulos aproximados aos dos quadros 4 e 5, parecem as
mais proporcionais e realistas.

Figura 2.60 | Comparação entre representações de um objeto em axonometrias diferentes

Fonte: Disponível em: <http://dibujotecnico.ramondelaguila.com/axonometrico/trimetrica_ar‌


chivos/image002.
jpg>. Acesso em: 17 abr. 2015.

Como você pôde aprender nesta seção, a representação


gráfica em desenho técnico envolve elementos essenciais
para a legibilidade dos desenhos, como diferenças de linhas,
modo de indicar informações, maneira de cotar e outros
recursos. Uma comunicação clara, aliás, é o objetivo de
todo desenho técnico e esse é o motivo porque deve haver
uma padronização dessa representação. Já imaginou se não
existissem padrões e normas? Seria necessário criar novas
legendas a cada peça gráfica produzida, para que o desenho
fosse compreendido!

Desenho Projetivo 115


U2

116 Desenho Projetivo


U2

Seção 3
Planejando a Prancha de Desenho Técnico

Introdução à seção
Tomemos como exemplo a representação de interiores de um banheiro onde
se deve mostrar a planta baixa, elevações laterais e detalhamento de bancada.
Deve-se sempre situar a localização do objeto representado: o terreno em relação
à cidade, o apartamento em relação ao bloco residencial, o cômodo em relação
à planta baixa de toda a edificação. Isto poderá ser feito através de “bonecos”
que demonstrem sua localização ou o objeto detalhado é parte do caderno de
encargos ou de detalhamento de um objeto maior. As pranchas e seus respectivos
tamanhos, assim como escalas gráficas, devem respeitar o objetivo do desenho
representado, conforme Quadro 2.1. Em outras palavras, quanto mais próximo o
desenho estiver da escala 1:1, mais detalhes realistas ele representará. A escolha da
escala está relacionada com o nível de representação desejado.

Daremos aqui uma dica que dificilmente você verá na literatura: Para
planejar as suas pranchas de desenho técnico, calcule o tamanho de
cada peça gráfica na escala que vai usar e deixe um espaço de, no
mínimo, 50 mm entre os desenhos e destes para as linhas do quadro.
Assim você terá espaço suficiente para anotar cotas, textos e demais
elementos informativos, sem ter que usar uma prancha grande ou
pequena demais.

3.1 ANÁLISE DO OBJETO A SER REPRESENTADO


O objeto em questão é composto por parte da planta baixa (pavimento térreo)
da edificação. Detalhamento em perspectiva isométrica dos degraus, detalhamento
da bancada e detalhamento em corte do granito da bancada. Quanto mais o

Desenho Projetivo 117


U2

“olhar” do projetista se aproxima, entre a planta baixa geral e o detalhe em corte do


granito da bancada, mais o coeficiente da escala diminui (ou seja, o denominador
da fração). A escala de menor coeficiente possui riqueza de detalhes maiores que
não poderiam ser observados nos desenhos anteriores, logo um detalhamento
esclarece ao executor pormenores de corte, encaixes, dobras da peça a ser
executada. Por exemplo:

Figura 2.61 | Projeto de um espaço arquitetônico

Fonte: O autor (2015)

A prancha acima mostra a planta baixa em escala 1:75, onde a prancha é A2,
com as linhas de dobra e margens marcadas conforme NBR 6492. Nota-se que a
escala da planta baixa está no intervalo do convencionado em tabela e sua escolha
planejada conforme espaço da prancha A2:

Figura 2.62 | Nome do desenho na prancha

Fonte: O autor (2015)

118 Desenho Projetivo


U2

3.2 PEÇAS GRÁFICAS ESSENCIAIS, OPCIONAIS E LEGENDAS


Essencialmente, qualquer objeto deverá ser representado em épura: vista
superior, vistas laterais e vista inferior – se for conveniente. Conforme NBR 10067,
para o 1º diedro:

a) vista superior;

b) vista lateral esquerda;

c) vista lateral direita;

d) vista inferior;

e) vista posterior;

Figura 2.63 | Vistas essenciais e opcionais, no 1º diedro, segundo a NBR 10067 ABNT

Fonte: ABNT (1995, p. 2)

Para um projeto de arquitetura de interiores, por exemplo, o conjunto de desenhos


deverá ter ao menos planta baixa (vista superior) e suas quatro elevações. Os
detalhamentos em corte são opcionais, porém são muito elucidativos e devem ser
feitos o quanto for necessário. As perspectivas também elucidam ao executor a visão
inteira do objeto. Quando necessário, perspectivas explodidas devem ser elaboradas.

As legendas/carimbos são sempre de uso obrigatório e em conformidade às


normas técnicas. Devem conter, segundo NBR 6492, as seguintes informações:

Desenho Projetivo 119


U2

• identificação da empresa responsável pelo projeto;

• identificação do cliente, nome do projeto ou empreendimento;

• título do desenho;

• indicação sequencial do projeto no carimbo;

• escalas;

• data;

• autoria do desenho e do projeto;

• indicação de revisão, se houver.

A figura 2.64 mostra um exemplo de carimbo usado em desenhos técnicos


mecânicos.

Figura 2.64 | Carimbo de uma prancha

Fonte: Vasco; Carvalho (2004, p. 14)

3.3 ESCOLHENDO A ESCALA ADEQUADA E A PRANCHA


A escolha das escalas pode ser feita por convenção, conforme já visto
anteriormente, mas é essencial que a execução do desenho reflita a riqueza de
detalhes pertinentes ao design do artefato.

Todas as pranchas de desenho devem respeitar as margens impostas pelas


normas NBR 10068, NBR 10582, NBR 13142 e NBR 6492, em especial a margem
esquerda de 2,5 cm e a distância entre o lado esquerdo do selo/carimbo até o
final da folha ao lado direito ser de 18,5 cm para que, desta forma, todas sejam
dobráveis para o formato A4, conforme esquemas da própria norma NBR 13142.
Reveja as figuras 1.16 a 1.19.

120 Desenho Projetivo


U2

Após a escolha da escala o projetista deve simular para a ocupação do desenho


da prancha para a escolha do tamanho da folha ou junção de desenhos, se for
conveniente. Sugere-se ao projetista a junção dos desenhos por tipologia: plantas,
elevações, cortes, detalhamento. A NBR 6492 sugere a seguinte relação de peças
gráficas:

• planta de situação;

• planta de locação (ou implantação);

• planta de edificação;

• cortes;

• fachada;

• elevações;

• detalhes ou ampliações de escala.

Por exemplo, veja o projeto de prefeitura abaixo:

Figura 2.65 | Projeto arquitetônico de prefeitura

Fonte: O autor (2015)

Desenho Projetivo 121


U2

Figura 2.66 | Projeto de uma rosca transportadora

Fonte: Disponível em: <http://www.planner.ind.br/2013/12/servicos.html>. Acesso em: 15 jun. 2015.

3.4 DIAGRAMAÇÃO DA PRANCHA


A diagramação das pranchas deve seguir as recomendações da NBR 6492
quando se tratar de projeto de Arquitetura. Todos os projetos, seja qual for o ramo
da indústria, contêm os seguintes elementos básicos:

• peças gráficas (vistas, plantas, elevações, cortes, detalhamentos, perspectivas e


outros desenhos);

• peças escritas (memoriais descritivos, memoriais justificativos, tabelas, quadros


de materiais, prescrições de execução e outros documentos).

Atualmente, as pranchas de apresentação de um projeto são mais que


documentos legais de aprovação, pois podem ser apresentadas em concursos,
trabalhos finais de graduação ou simplesmente ser parte da linguagem gráfica
e da identidade visual de um escritório. Seu poder midiático vai além da mera
representação normativa dos elementos do projeto. Veja a Figura 2.67, com um
exemplo de prancha de apresentação de um projeto arquitetônico:

122 Desenho Projetivo


U2

Figura 2.67 | Prancha de apresentação de projeto

Fonte: Disponível em: <http://fagnermarcal.blogspot.com/2009/08/trab‌alho-final-de-graduacao-que-trata.html>.


Acesso em: 20 abr. 2015.

3.5 BOAS PRÁTICAS E PRODUTIVIDADE AO DESENHAR


Ao desenhista indica-se uma boa prancheta de desenho, ergonômica, onde o
projetista possa regular a inclinação do tampo conforme a necessidade. Banqueta
ou, preferencialmente, cadeira ergonômica compatível ao uso da prancheta e
luminária de desenho para a iluminação perfeita da superfície de trabalho.

Figura 2.68 | Posição para desenhar

Fonte: Vasco; Carvalho (2004, p. 14)

Desenho Projetivo 123


U2

A fixação da folha de desenho deverá ser feita sempre com fita adesiva de pouca
aderência (para não fixar adesivo da fita na prancha de desenho após sua retirada)
e deverá seguir sempre a seguinte disposição em relação à folha, na sequência
exposta para evitar que a folha fique dobrada durante a fixação:

Figura 2.69 | Prancheta e fixação da folha de papel

Fonte: O autor (2015)

Deverão sempre ser utilizadas lapiseiras técnicas com ponteira metálica para
proteção do grafite ao traçar conjuntamente com esquadros ou réguas técnicas,
conforme exemplo:

Figura 2.70 | Conjunto de lapiseiras técnicas

Fonte: Disponível em: <http://www.cultpens.com/i/q/SD11810/staedtler-graphite-925-mechanical-pencil>.


Acesso em: 15 jun. 2015.

Evite usar lápis comuns ou posicionar o grafite da seguinte maneira, mostrada


na Figura 2.71. Proceda como na Figura 2.72:

124 Desenho Projetivo


U2

Figura 2.72 - Modo correto de apoiar a


Figura 2.71 - Modo incorreto de traçar
lapiseira no esquadro

Fonte: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/patmouro/desenho-arquitetonico-introduo-conceitos-de-


projetos>. Acesso em: 15 jun. 2015.

Os diversos tipos de lapiseiras e tipos de grafites devem ser dosados conforme a


necessidade de traços do desenho técnico, pela largura ou tipo de linha almejada. É
sempre aconselhável ao projetista desenhar girando a lapiseira, conforme desenho:

Figura 2.73 | Traçar girando a lapiseira

Fonte: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/patmouro/desenho-arquitetonico-introduo-


conceitos-de-projetos>. Acesso em: 15 jun. 2015.

Deve-se limpar a prancheta, esquadros e réguas ao término de um desenho e início


de outro, para evitar que seu desenho fique sujo com o grafite de desenhos anteriores.

Jamais utilize o escalímetro como régua de traço, apenas para medição e aferição.

Se utilizar a borracha deve-se limpar a superfície de desenho adequadamente


ou com flanela ou com escova de limpeza denominada de “bigode”. Não desenhe
com as partículas sobre a superfície de desenho.

Dê preferência para a feitura do desenho ser da esquerda para a direita e de


baixo para cima, evitando dessa forma que esquadros e réguas passem diversas
vezes sobre o desenho produzido.

Desenho Projetivo 125


U2

3.6 FINALIZAÇÃO, REVISÃO E ENTREGA DO DESENHO


Sugere-se o seguinte processo de desenho:

1. Criação em croquis, com medidas sugeridas ou croquis em papéis milimetrados;

Figura 2.74 - Croqui em papel quadriculado.

Fonte: Disponível em: <http://www.telecomhall.com/br/croquis-esbocos-de-engenharia.aspx>.


Acesso em: 20 abr. 2015.

1. Desenho técnico em lapiseira 0,3 mm.

2. Passar a limpo “chupando” em traços adequados e diferenças de lapiseiras.


Pode‑se cotar e desenhar linhas de chamada em lapiseiras com grafite vermelho.

3. Pode-se passar o desenho a limpo para canetas nanquim ou para o computador


e plotar o desenho finalizado.

126 Desenho Projetivo


U2

Figura 2.75 | Desenho técnico finalizado

Fonte: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Drafting_table.


jpg>. Acesso em: 20 abr.2015.

Desta forma, nas várias vezes em que o projetista repensa o projeto, este é várias
vezes melhorado, diminuindo gradativamente as incertezas e a possibilidade de erros.

1) Qual o tipo de projeção utilizado no Desenho Técnico


Projetivo, de acordo com os princípios estabelecidos por
Gaspard Monge?
( ) a. Sistema de projeções cônicas oblíquas.
( ) b. Sistema de projeções cilíndricas oblíquas.
( ) c. Sistema de projeções cilíndricas ortogonais.

2) O método das projeções em GD é baseado na projeção dos


objetos representados em três planos fundamentais. Quais
são eles, e qual plano não sofre rebatimento (giro)?

Desenho Projetivo 127


U2

3) A caligrafia técnica é importante em desenho técnico


porque
( ) a. se trata de uma antiga tradição dos projetistas.
( ) b. não pode destoar da estética geral do trabalho.
( ) c. todo trabalho desse tipo requer textos.
( ) d. é preciso assegurar a legibilidade das informações
do projeto, além da necessidade de uniformidade
da escrita, independente dos vários projetistas que
eventualmente trabalhem no projeto.
( ) e. a norma técnica NBR 8402 ABNT assim obriga.

• Nesta Unidade, você adquiriu o conhecimento básico


da Geometria Descritiva, fundamento de todos os tipos
de desenho técnico projetivo. Porém, não restrinja seu
aprendizado ao que foi exposto até agora. Há uma variedade
de bons livros desse assunto. Estude-os.

• Como dissemos, todos os aplicativos computacionais


atuais utilizam os princípios da GD. Quanto maior for o seu
conhecimento dessa disciplina, mais apto você estará a lidar
com os projetos dos objetos de formas mais complexas, e a
entender a representação deles na tela do computador.

• A representação gráfica em desenho técnico, com seus


valores diferentes de linhas, caligrafia normalizada, padrões de
hachuras e outros, visa à legibilidade dos projetos. Para tanto,
utilize os recursos mais sofisticados, como as perspectivas
paralelas, por exemplo, que são fáceis de desenhar e possuem
um poder de comunicação muito grande.

• Ao planejar sua prancha de desenho técnico, leve em


consideração a escala, o tipo de objeto que pretende
representar, e também os destinatários dos desenhos. Como

128 Desenho Projetivo


U2

dito na Unidade 1, não se limite às normas da ABNT, porque


existem várias outras que poderão ser aplicáveis ao caso
específico com que etiver trabalhando.

Esperamos que você tenha apreciado o estudo dos assuntos


abordados nesta unidade. A partir deste ponto, você terá contato
com o desenho auxiliado por computador. Certamente, quanto
mais consolidado estiver seu conhecimento de desenho técnico,
maior será a facilidade que você experimentará ao utilizar os
softwares gráficos. Visite os links sugeridos e consulte também a
bibliografia recomendada.

Desenho Projetivo 129


U2

130 Desenho Projetivo


U2

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 – Princípios gerais


de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: 1989.

______. NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras


das linhas. Rio de Janeiro: 1984.

METALÚRGICA GOLIN S/A. Apresentação Comercial 2010 – rev. 001: Slide 18 Peças
e Conjuntos Tubulares, documento eletrônico. Disponível em: <http://slideplayer.
com.br/‌slide/1238612/>. Acesso em: 1º abr. 2015.

MONTENEGRO, G. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.140 p., il.

PEREIRA, Nicole de Castro. Desenho técnico. Curitiba: Livro Técnico, 2012. 128 p., il.

VASCO, J; CARVALHO, R. Desenho Técnico I. Apontamentos de Engenharia


Mecânica – Projecções ortogonais, cortes & secções, cotagem, perspectivas e
sólidos. Leiria: ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico
de Leiria, 2. ed., março 2004. Documento eletrônico em formato PDF. Disponível
em: <http://pt.slideshare.net/mendes007/desenho-tcnico-31971098>. Acesso em:
30 mar. 2015.

Desenho Projetivo 131


Unidade 3

AUTOCAD: CRIAÇÃO E
EDIÇÃO DO DESENHO
TÉCNICO

Denise Borges Alonge

Objetivos de aprendizagem: O desenho é a ferramenta de projetação


de qualquer projetista, seja arquiteto, engenheiro ou designer. É a linguagem
não verbal e universal do projetista. Seja a ferramenta “analógica” da régua,
compasso, lapiseiras e esquadros ou a ferramenta avançada de desenho
vetorial nas plataformas CAD (Desenho auxiliado por computador) e/ou BIM
(Building Information Modeling). A ferramenta de desenho em plataforma CAD
não é a única a ser explorada e não foi a primeira, nem a última ferramenta de
desenho que existirá. Desenhar em uma plataforma CAD é necessário para
inserção no mercado e na prática profissional na atualidade.

Seção 1 | Apresentação da Interface do Autocad 2015


Nesta seção o estudante se familiarizará com o layout do software,
barras de ferramenta “padrão”, configurações iniciais e área de trabalho.

Seção 2 | Configuração da Área de Trabalho – Workspace


Ao abrir o Autocad pela primeira vez é necessário configurar algumas
opções de trabalho que facilitarão o nosso processo de criação. Algumas
das opções que mudaremos são: limites da área de trabalho, versão de
salvamento, a cor no fundo da área de trabalho e preferencias do usuário.
U3

Seção 3 | Criação de Linas e uso de Coordenadas


Esta seção apresenta recursos de visualização dos objetos na área de
trabalho. No Autocad todos os desenhos são feitos em medida real escala
(1:1), porém, algumas vezes, é necessário visualizar detalhes do desenho
ou o desenho todo ampliado. Os comandos de Zoom aumentam ou
diminuem a visualização do desenho na área de trabalho com o auxílio
do mouse. Observação: Zoom não altera o tamanho absoluto de objetos
no desenho. Muda apenas a ampliação da visão.

Alguns comandos Zoom são conhecidos como comandos transparentes,


permitindo ser executado simultaneamente com outros comandos.

Seção 4 | Criação de Objetos Geométricos

Seção 5 | Edição de Objetos Geométrico


Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos da barra
MODIFY, ou seja, com comandos de modificação de desenho.

Seção 6 | Edição de Propriedades do Objeto Geométrico


Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos mais
avançados: cálculo de área, volume, perímetro e demais propriedades
possíveis que podem ser fornecidos pelo Autocad.

Seção 7 | Configuração de Camadas/Layers


Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar layers e entenderá
pormenores de sua configuração. Os layers são extremamente necessários
para a confecção de um desenho impecável de um objeto, espaço ou
edificação.

134 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Introdução à unidade

Desde a década de 1950, o termo CAD (Desenho auxiliado por computador) é


a designação para um grupo de softwares que auxiliam na elaboração de projetos
e desenhos de precisão técnica.

O programa Autocad surgiu em 1982, lançado pela Autodesk e se tornou o


software mais eficaz na elaboração de desenhos técnicos.

Segundo a (CALASSANCIO), “uma das principais plataformas de projeto e


documentação em todo o mundo” que elabora desenhos 2D e 3D, sendo uma
das novidades o uso de ferramentas de desenhos paramétricos, que permitem ao
usuário definir relações constantes de objetos, suporte para impressões 3D (3D
Printers) e compartilhamento de trabalhos com a tecnologia TrustedDWG ou na
nuvem em dispositivos móveis.

Dentre o portfólio da “família” de produtos Autocad, destacam-se:

Autocad Architecture, com foco em projetos arquitetônicos.

Autocad Civil, com foco em projetos de topógrafos, desenhistas e técnicos de


engenharia civil.

Autocad Electrical, com foco em projetos elétricos com eficiência energética


dos circuitos.

Autocad Mechanical, com foco em projeto mecânicos.

Autocad MEP, com foco nos profissionais de engenharia de instalações


mecânicas, elétricas e hidráulicas.

As unidades 3 e 4 deste livro são dedicados ao estudo do programa Autocad,


apresentando comandos de criação, edição, visualização e impressão de desenhos
técnicos bidimensionais ou tridimensionais. Os comandos são explicados de
forma simples, servindo como treinamento para iniciantes ou como referência de
trabalho para usuários mais experientes.

O Autocad apresenta os comandos em menus, barras de ferramentas, abas


denominadas RIBBONS (como no workspace 2D Drafting & Annotation ou 3D
Modeling), além de atalhos pelo teclado. Desta forma, adotamos uma tabela

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 135


U3

para mostrar as diferentes formas de acesso do comando e a seguir a forma de


utilização descrita na barra de comandos.

Exemplo:

LINE

Cria segmentos de linhas onde cada seguimento é um objeto único e pode ser
editado individualmente.

Nome do comando: Line


Menu Menu draw / comando line
Barra de ferramentas Draw/ comando line
Ribbon Aba HOME / painel Draw / line
Teclado L +  (ENTER)

Barra de comandos:

Acessar o comando Line: L  Procedimento do comando


Clicar primeiro ponto para iniciar o desenho
LINE Specify first point:
de linha.
Clicar o próximo ponto para concluir a
Specify next point or [Undo]:
linha e iniciar outra nova linha.
Clicar o próximo ponto para concluir a
linha e iniciar outra nova linha, Ou Undo
Specify next point or [Undo]:
(desfazer) para corrigir algum erro no
processo de desenho.
Finalize o desenho apertando a tecla ESC.

136 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

UTILIZAÇÃO DO MOUSE 
Se adotarmos como padrão a configuração de mouse para uma pessoa destra,
deveremos considerar que o mouse apresenta as seguintes especificações:

Botão direito: Aciona o menus de atalho ou, dependendo da configuração,


equivale a tecla Enter  .

Botão esquerdo: Seleciona objetos, especifica pontos e aciona opções nos


menus e barras de ferramentas.

Scoll: Ativa os comandos de visualização. Utilizado para Zoom PAN (clicar e


segura), Zoom Realtime (rolar) e Zoom Extend (duplo clique).

Figura 3.1 | Botão direito e esquerdo do mouse

Botão
Botão direito esquerdo
aciona atalho seleciona
ou enter  objetos,
especifica
pontos e
opções de
menu

Scroll ativa os
camandos Zoom
realtime, Zoom
extend e PAN

Fonte: O autor (2015)

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 137


U3

138 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Seção 1

Apresentação da Interface do Autocad 2015

Introdução à seção
Nesta seção o estudante se familiarizará com o layout do software, barras de
ferramenta “padrão”, configurações iniciais e área de trabalho.

1.1 INICIANDO O PROGRAMA


Podemos iniciar o Autocad clicando no botão Iniciar, que fica na barra de tarefas
do Windows, em seguida selecionar o menu Programas/Autodesk/Autocad 2015.

Outra maneira de iniciar o Autocad é clicar duas vezes sobre o ícone


correspondente na área de trabalho.

Figura 3.2 | Ícone de iniciação ao Autocad 2015

Fonte: O autor (2015)

1.2 AMBIENTE DE TRABALHO DO AUTOCAD – INTERFACE


Ambiente de trabalho, ou Workspace, são conjuntos de menus, barras de
ferramentas, paletas e painéis de controle Ribbon, que são agrupados e organizados
para que o usuário possa trabalhar em um ambiente de desenho personalizado,
orientado para a tarefa. Podemos alternar facilmente entre ambientes de trabalho
ou Workspace. As seguintes áreas de trabalho baseado em tarefas já estão definidas

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 139


U3

no Autocad, como: Workspace para desenhos 2D, 2D Drafting & Annotation,


Workspace para modelagem 3D, 3D Basics, 3D Modeling.

Por exemplo, quando criamos modelos 3D, podemos usar o workspace 3D


Modeling, que contém barras de ferramentas 3D, menus e paletas relacionados.
Itens que não condizem com modelagem em 3D são escondidos, maximizando
a área de trabalho.

Para determinar ou alternar um workspace, ative, na barra de status, em


Workspace Switching, o ambiente de trabalho desejado.

A BARRA DE STATUS está localizada na parte inferior da tela do Autocad e o


ícone Workspace na barra de status é mostrado a seguir:

Figura 3.3 | Configurando Workspace

Fonte: O autor (2015)

Há outras formas de ativar o workspace, como na barra de ferramentas


Workspace. Por padrão, essa barra de ferramentas está localizada no canto
esquerdo superior da tela do Autocad. E por fim, também pode ser ativado no
Menu Tools/Workspace.

Figura 3.4 | Configurando Workspace

Fonte: O autor (2015)

140 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

1.3 2D DRAFTING & ANNOTATION


O ambiente de trabalho para desenhos 2D, a 2D Drafting & Annotation
apresenta ferramentas Ribbon, a Tool Palettes e Barra de Status, Quick Access, o
Menu Browser, o item InfoCenter, entre outras áreas importantes.

Figura 3.5 | Configurando a área de Trabalho

Ribbon

Quick
Views cube
Access

Área de desenho

Barra de Comandos
Model/Layout

Fonte: O autor (2015)

Ferramentas Ribbon (fita ou faixa)

É a principal barra de ferramentas do Autocad. Está localizada na parte superior


da interface e contém abas separadas por função e painéis com ferramentas
específicas para cada atividade.

Linha de comando ou barra de comandos

É a barra responsável pela comunicação entre o usuário e o Autocad.


Pressionando as teclas CTRL+9, é possível ativar ou desativar esta barra.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 141


U3

Importante: a leitura constante desta barra facilita o entendimento dos


comandos e auxilia nos desenhos.

Barra de Status

Mostra em valores de coordenadas a posição do cursor e traz ferramentas de


precisão para desenhos, ferramentas de visualização, annotation e workspace. As
ferramentas desta barra são consideradas “comandos invisíveis”, pois podem ser
ativadas ou desativadas durante o desenho sem que prejudique o processo.

Marcador Model/Layout

Permite acessar os ambientes Model ou Layout. Por padrão, o desenho


é executado no Model (ambiente em que se criam modelos) e é indicado por
coordenadas; no Layout preparamos o desenho para a impressão/plotagem
inserindo anotações, cotas e carimbos.

Quick access

A barra Quick access (Acesso Rápido) está sempre localizada na parte superior
da janela do programa, e permite acesso rápido a um conjunto definido de
comandos, como Novo arquivo, Salvar, Abrir, Imprimir e outros submenus.
Diferentes comandos podem ser exibidos sobre ele com base no WorkSpace atual.

Menu Browser

É um menu de navegação que liga automaticamente para o local ou arquivo


especificado.

Views Cube

A ferramenta ViewCube fornece orientação do modelo na viewport ou vista


atual do desenho 3D.

142 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Área de Desenho

A Área de Desenho é local onde realizamos o desenho. Esta área recebe a


identificação do sistema de coordenadas (X, Y, Z), que se chama WCS (World
Coordinate System). Por padrão usamos a área de desenho do Model para a
criação do projeto.

Lembrete: Apenas usamos o ambiente Layout para gerar a impressão ou


plotagem

“A AutodesK oferece versões de estudante com 3 anos de licença


através do link: <http://www.autodesk.com/education/free-software/
all> sob o título: Free software download for students & educators,
apenas no site em inglês. Acesso em: 20 jul. 2015.

1. Inicie seu programa CAD e reconheça os itens citados no


seu computador.

2. Transite entre os ambientes LAYOUT e MODEL para se


familiarizar.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 143


U3

144 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Seção 2
Configuração da Área de Trabalho – Workspace

Introdução à seção
Ao abrir o Autocad pela primeira vez é necessário configurar algumas opções
de trabalho que facilitarão o nosso processo de criação. Algumas das opções que
mudaremos são: limites da área de trabalho, versão de salvamento, a cor no fundo
da área de trabalho e preferencias do usuário.

2.1. LIMITES DA ÁREA DE TRABALHO


O ambiente Model possui um espaço de trabalho muito grande, permitindo
ao usuário desenhar diversos objetos em modo de medida real, porém se torna
necessário configurar um limite invisível para a área de desenho que irá facilitar no
uso de diversos comandos como os diferentes tipos de Zoom.

Ative o comando digitando Limits e enter para confirmar.

Barra de comandos Procedimento do comando


Baixa-Canto Esquerdo: Especificar os valores da base do limite retangular.
Especificar os valores da parte superior do limite
Canto superior direito:
retangular.

2.2 CONFIGURAÇÕES DA CAIXA DE DIÁLOGO OPTIONS


A caixa de diálogo Opções permite a personalização das configurações do
programa. As configurações são: Files, Display, Open and Save, Plot and Publish,
System, User Preferences, Drafting, 3D Modeling, Selection, Profiles, Online. Para
acessar a caixa de diálogos Opções, clique com botão esquerdo do mouse em
acesso rápido - quick access -, ao abrir a caixa de diálogo clique novamente no
botão opções.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 145


U3

2.3 CRIANDO ARQUIVOS DE DESENHOS


Os desenhos do Autocad são armazenados em arquivos com extensão DWG.
O formato dos arquivos DWG não sofreu alteração nas versões anteriores e por
isso podem ser aproveitados na versão 2015.

O acionamento dos comandos de criação e edição de arquivos no Autocad


segue o padrão dos aplicativos da Microsoft. Isto é: ao iniciar o Autocad, abrirá
uma nova sessão de trabalho vazia com o nome de “Drawing 1 .Dwg”. O usuário
define o novo nome do desenho no momento em que salvar o arquivo.

O comando New abre novos arquivos de desenho.

Nome do comando: New


Menu Menu File / New/Drawing
Standard/New/Standard annotation/
Barra de ferramentas
New
Quick access New
Teclado Ctrl + N

Por padrão o Autocad abre a área de trabalho acad.ctb. É possível criar arquivos
“modelo” com configuração de impressão, cotas e estrutura de Layers para servirem
de base para os novos desenhos. Esses arquivos são chamados de Drawing
Template e têm a extensão. DWT. Qualquer arquivo pode ser transformado em
Drawing Template. Basta salvá-lo em formato. DWT.

O comando Open abre arquivos de desenho que já foram salvos no computador


ou em dispositivo móvel.

Nome do comando: Open


Menu Menu File / Open
Standard/open/Standard annotation/
Barra de ferramentas
Open
Quick access Open
Teclado Ctrl + O

146 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Ative o comando Open e abrirá uma caixa de diálogo chamada Select File, na
qual o usuário poderá procurar pelo arquivo desejado e abri-lo. Localize o arquivo
na lista e em seguida clique em Open.

O comando Save salva um arquivo após alterações.

Nome do comando: Save


Menu Menu File / Save
Standard/ Save
Barra de ferramentas
Standard annotation/ Save
Quick access Save
Teclado Ctrl + S

Caso seja a primeira vez que o arquivo será salvo, ao ativar o comando Save
abrirá a caixa de diálogo Save As. Na caixa de diálogo será solicitado o nome do
novo arquivo e o local em que ele ficará salvo no computador. Finalizando as
configurações, clique em Save.

Nome do comando: Save As


Menu Menu File / Save As
Barra de ferramentas Standard/ Save
Standard annotation/ Save
Quick access Save
Teclado Ctrl + Shift + S

2.4 Recuperar arquivos perdidos


O comando Drawing Recovery Manager serve para recuperar arquivos de
desenhos que foram perdidos num momento de pane.

O Drawing Recovery Manager exibe uma lista com os arquivos de desenho


que foram abertos no momento que houve a falha de programa ou sistema. O
usuário pode visualizar e abrir cada desenho ou renomear o arquivo de backup
para escolher qual delas deve ser salvo como o arquivo DWG primário.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 147


U3

Nome do comando: Drawing Recovery Manager


Menu File / Drawing Utilities/ Drawing
Menu
Recovery Manager
Drawing Utilities/ Open the Drawing
Quick access
Recovery Manager
Teclado DRM+

O comando Help oferece ajuda em procedimentos de comandos, informações


de Menus, Ribbon etc., além de um glossário dos termos do Autocad.

Nome do comando: Help


Menu Menu Help
Standard/ Help
Barra de ferramentas
Standard annotation/ Help
Teclado F1

O comando Close fecha o arquivo sem fechar o Autocad.

Nome do comando: Close


Menu Menu File / Close
Quick access Close
Teclado Close

O comando Quit fecha o Autocad.

Nome do comando: Quit


Menu Menu File / Exit
Quick access Exit Autodesk Autocad
Teclado Crtl + Q

148 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Todos os comandos podem ser digitados pelo nome completo ou pela


respectiva sigla. Alguns projetistas preferem usar os comandos por escrito
ao acionamento pelos ícones, pois, não importa a versão ou design, os
comandos sempre funcionarão igualmente em todas as versões.

3. Transitar entre as diferentes worspaces do seu computador


para se familiarizar com as plataformas.

4. Configurar um worspace exclusivo para o usuário e salvá-lo


no item “save current as”, na barra de ferramentas worspace,
com o nome do estudante.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 149


U3

150 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Seção 3
Criação de Linas e uso de Coordenadas

Introdução à seção
Esta seção apresenta recursos de visualização dos objetos na área de trabalho. No
Autocad todos os desenhos são feitos em medida real escala (1:1), porém, algumas
vezes, é necessário visualizar detalhes do desenho ou o desenho todo ampliado.
Os comandos de Zoom aumentam ou diminuem a visualização do desenho na
área de trabalho com o auxílio do mouse. Observação: Zoom não altera o tamanho
absoluto de objetos no desenho. Muda apenas a ampliação da visão.

Alguns comandos Zoom são conhecidos como comandos transparentes,


permitindo ser executado simultaneamente com outros comandos.

3.1 COMANDOS DE ZOOM

ZOOM WINDOW

Amplia o objeto especificado em uma área aberta por dois cantos opostos
numa janela retangular.

Nome do comando: Zoom Window


Menu Menu View/ Zoom/ Window
Zoom
Barra de ferramentas
Standard/Zoom Window
Teclado Z+

Clique nos dois pontos opostos para definir uma janela no objeto que será
observado.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 151


U3

ZOOM REALTIME

Amplia ou diminui o desenho interativamente com o auxílio do mouse.

Nome do comando: Zoom Realtime


Menu Menu View/ Zoom/ Realtime
Zoom
Barra de ferramentas
Standard/Zoom Realtime
Teclado Z+ ou girar o Scroll do mouse

Depois de ativar o comando, o cursor muda para uma lupa com sinal de mais
(+) e menos (-). Mantendo pressionado o botão esquerdo do mouse, mova-o
verticalmente até o topo da janela para ampliar ou para a parte inferior da janela
para diminuir o objeto. Para sair do comando, pressione a tecla ESC ou Enter.
Também é possível utilizar o Zoom Realtime girando o Scroll do mouse. Girar para
frente aumenta o Zoom, girar o Scroll para trás diminui o Zoom.

ZOOM PREVIOUS

Com Zoom Previous podemos retornar ao Zoom anterior, ou seja, a vista


anterior à atual.

Nome do comando: Zoom Previous


Menu Menu View/ Zoom/ Previous
Zoom
Barra de ferramentas
Standard/Zoom Previous
Teclado Z+ P +

ZOOM EXTENTS

Com Zoom Extents visualizamos tudo o que está desenhado na extensão da


área de trabalho.

152 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Nome do comando: Zoom Extents


Menu Menu View/ Zoom/ Extents
Barra de ferramentas Zoom
Teclado Z+ E +

PAN REALTIME

Esse comando move o desenho na tela em tempo real sem alterar a posição
em relação às coordenadas.

Nome do comando: Pan Realtime


Menu Menu View/ Pan/ Realtime
Barra de ferramentas Standard/ Pan Realtime
Aba View/ painel navegate/ Pan
Ribbon
Realtime
Teclado P+

Ao ativar esse comando, o cursor assume a aparência de uma mão. Pressione


o botão esquerdo do mouse e deslize o cursor para uma determinada direção. O
objeto será deslocado acompanhando o movimento do cursor. Para sair, tecle ESC
ou Enter.

COMANDOS REGEN E REGEN ALL

O comando Regen All regenera todos os objetos geométricos desenhados em


todas as Viewports. O Regen regenera todos os objetos geométricos na tela atual.

Nome do comando: Regen ou Regen All


Menu View/ Regen
Menu
Menu View/ RegenAll
Teclado RE +  regen / REA+ RegenAll

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 153


U3

COMANDO UNDO

Desfaz o último comando utilizado.

Nome do comando: Undo


Menu Menu Edit/ Undo
Barra de ferramentas Standard
Teclado U+ / Ctrl +Z

Utilize o comando Undo com atenção para não perder parte do desenho e
também não confunda o comando undo com a opção Undo apresentada durante
a execução de alguns comandos.

COMANDO REDO

Desfaz o efeito do comando Undo. O comando Redo estará disponível somente


depois da execução do comando undo.

Nome do comando: Redo


Menu Menu Edit/ Redo
Barra de ferramentas Standard
Teclado Ctrl + Y

3.2 SISTEMA DE COORDENADAS CARTESIANAS


São eixos tridimensionais (X, Y e Z) e a origem desses eixos é de 0,0,0. Esse
sistema de coordenadas é conhecido como WCS (World Coordinate System), ou
Sistema de Coordenadas Global. Quando é possível inserir valores de coordenadas,
o usuário indica a distância de um ponto e sua direção ao longo dos eixos.

No 2D, utilizamos os pontos no plano XY, também chamado de plano de


trabalho. O plano de trabalho é semelhante a uma simples folha de papel. O valor
de X nas coordenadas cartesianas aponta a distância horizontal, e o valor Y aponta
a distância vertical. O ponto de origem (0,0) indica onde os dois eixos se cruzam.

154 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Importante: Usa -se vírgula (,) para separar os pontos de coordenadas enquanto
o ponto (.) separa as casas decimais.

COORDENADAS CARTESIANAS ABSOLUTAS

São representadas no modo X, Y e têm como base de origem o zero


absoluto.

COORDENADAS CARTESIANAS RELATIVAS

As coordenadas cartesianas relativas especificam uma distância em relação ao


último ponto. Para informar ao Autocad que a coordenada é relativa, utiliza-se o
símbolo @ antes das coordenadas. Ex.: @x,Y - (@ valor do eixo em X, Valor do eixo
em Y e enter para finalizar).

Outra forma de usar as coordenadas relativas é através do comando Dynamic


Input (Entrada Dinâmica) da Barra de Status. Nesse caso, os valores serão colocados
em janelas correspondentes ao eixo desejado. Use a tecla TAB do teclado para
mudar de janela de eixo e enter para confirmar as medidas.

COORDENADAS POLARES

As coordenadas polares utilizam uma distância e um ângulo em relação ao eixo


X para localizar um ponto. Ex.: DISTÂNCIA < ÂNGULO.

Importante: Por padrão do Autocad os ângulos aumentam no sentido anti-horário.

COORDENADAS POLARES RELATIVAS

Para informar ao Autocad que a coordenada é relativa, utiliza-se o símbolo @


antes das coordenadas. Ex.: @DISTÂNCIA<ÂNGULO.

COORDENADA DIRETA

O método mais rápido para desenhar utilizando as coordenadas. Apenas mova o

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 155


U3

cursor para indicar uma direção e depois especifique o valor de distância diretamente.
Este método é chamado entrada de DISTÂNCIA DIRETA. A localização atual do cursor
na área de trabalho é exibida como um valor de coordenadas na barra de status.

3.3 RECURSOS DE PRECISÃO E CAPTURA DE PONTOS DO


DESENHO
GRID: Apresenta um padrão de malha na área de trabalho semelhante a uma
folha de papel quadriculada que pode auxiliar o usuário em determinadas tarefas.
O Grid é encontrado na Barra de Status e pode ser configurado para definir o
espaçamento da malha e o seu tamanho total. Para configurá-lo, vá até o seu
ícone na barra de status e clique com o botão direito do mouse, em seguida abrirá
um menu suspenso onde terá a opção Settings.

Ao clicar em Settings, abrirá uma nova caixa de diálogo, configure a nova malha
de acordo com as medidas de pontos cartesianos necessário para o seu tipo de
trabalho. Essas medidas ficarão configuradas no seu Autocad.

Caso acione o Grid e a malha não apareça na tela, dê o comando Zoom Extend
e ela aparecerá centralizada na tela. A malha do Grid é um objeto de referência e
precisão, por isso ela não é impressa.

SNAP: Restringe o movimento do cursor para que o mesmo se movimente nas


mesmas medidas da malha do GRID. Para acionar o Snap, vá até a barra de status
e clique com o botão esquerdo do mouse sobre o comando. O mesmo vale para
o GRID. Aparecerá uma mensagem dizendo <Snap on>.

ORTHO: No modo Ortho, o movimento do cursor é restrito à direção ortogonal


(horizontal ou vertical) em relação ao WCS. Para acionar o ORTHO, vá até a barra
de status e clique com o botão esquerdo do mouse no comando. Aparecerá uma
mensagem dizendo <Ortho on>.

Ao ativar este modo, a criação e edição de objetos ficam especificados para


movimentos no sentido vertical ou horizontal.

POLAR TRACKING: o modo POLAR TRACKING, com a ajuda


de um tooltip e uma linha-guia auxiliar, cria ou edita um objeto
na direção de um ângulo diferente dos ângulos ortogonais.
Para acionar o POLAR TRACKING, vá até a barra de status e clique com o botão
esquerdo do mouse no comando. Aparecerá uma mensagem dizendo <Polar on>.

Ao clicar com o botão direito do mouse sobre esse comando, aparecerão os

156 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

novos ângulos para auxílio no trabalho.

OSNAP ou OBJECT SNAP: As ferramentas de precisão OSNAP são recursos


utilizados em conjunto com os comandos para desenhar de forma precisa. No
Autocad, cada objeto contém pelo menos um ponto que pode ser reconhecido
por OSNAP. Com ele determinamos onde está o ponto inicial de uma reta, o ponto
central de uma circunferência, tangentes, quadrantes, entre outros.

Dica: é muito importante trabalhar com o Osnap ligado para ter auxílio preciso
no desenho.

3.4 CRIANDO LINHAS


É muito importante prestar atenção na barra de comandos ou Command
Line enquanto se desenha, pois ela estabelece uma comunicação sobre o que é
necessário ser feito com o comando ativo.

Os comandos que serão apresentados são encontrados no Ribbon Aba Home/


painel Draw e Painel Modify, nas Barras de ferramentas e Menus Draw e Modify.

Caso o usuário esteja utilizando a Workspace Autocad Classic em uma versão


anterior ao Autocad 2015, e as barras de ferramentas Draw e Modify não estejam
aparecendo nas laterais da área de trabalho, é possível buscá-las no Menu Suspenso.
Para isso, clique com o botão direito do mouse sobre qualquer barra de ferramenta
abaixo da barra de menus, e o menu suspenso aparecerá. Mova o mouse sobre a
janela do menu suspenso e selecione com o botão esquerdo do mouse as barras
de ferramentas desejadas.

Também é possível ativar as barras de ferramentas através da Barra de Menu


Tools/ ToolsBar/Autocad e assim ativar a barra de ferramentas que se deseja.

Os comandos que serão apresentados a seguir são encontrados no Ribbon Aba


Home/painel Draw, Barra de Ferramenta Draw ou Menu Draw em sequência.

Line: cria segmentos de linhas retas “separadas”.

Nome do comando: Line


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Line
Barra de ferramentas Draw/ Line
Teclado L+

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 157


U3

Ative o comando Line em alguma das modalidades acima. Na barra de


comandos será exibida uma sequência:

Barra de comandos Procedimento do comando


Especifique o primeiro ponto, clicando
LINE Specify first point: com o botão esquerdo do mouse na área
de trabalho
Especifique o próximo ponto. Indicando
com o mouse a direção do próximo ponto
Specify next point or [Undo]: clique com o botão esquerdo do mouse
ou digite um valor de comprimento da
linha. Em seguida dê
Especifique o próximo ponto. Indicando
com o mouse a direção do próximo ponto
clique com o botão esquerdo do mouse
Specify next point or [Undo]:
ou digite um valor de comprimento da
linha. Em seguida dê .
Para finalizar o comando Line dê em ESC
Opções no colchete:
[Undo] Desfaz o último trecho.
Conecta o último ponto de line ao
[Close]
primeiro finalizando o comando.

Polyline: É um objeto composto por linhas e arcos conectados e de seguimento


único.

Nome do comando: Polyline / pline


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Polyline
Barra de ferramentas Draw/ Polyline
Teclado PL + 

Ative o comando Polyline em alguma das modalidades.

A sequência de informações na barra de comandos diz:

Barra de comandos Procedimento do comando


Com o botão esquerdo do mouse clique
Specify start point: o primeiro ponto da Polyline na área de
trabalho

158 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Especifique o próximo ponto. Indicando


com o mouse a direção do próximo ponto
Specify next point or [Arc/
clique com o botão esquerdo do mouse ou
Halfwidth/Length/Undo/Width]:
digite um valor de comprimento da polyline.
Em seguida dê 
Especifique o próximo ponto. Indicando
com o mouse a direção do próximo ponto
Specify next point or [Arc/Close/ clique com o botão esquerdo do mouse
Halfwidth/Length/Undo/Width]: ou digite um valor de comprimento da
Polyline. Em seguida dê .
Para finalizar o comando Polyline dê em ESC

O comando Polyline oferece algumas opções na barra de comandos, como:

• [Arc] inicia um trecho em arco e exibe ainda subopções como ângulo, espessura
de linha, raio.

• [Halfwidth] determina metade da espessura dos próximos trechos de linha.

• [Length] determina o comprimento do próximo trecho de linha.

• [Undo] desfaz o último trecho.

• [Width] define a espessura dos próximos trechos.

1.Configurar o modo ORTHO e desenhar elementos como


um quadrado 1x1 e um triângulo equilátero de lado 1. Repetir
a operação com modo ORTHO desligado para vivenciar as
diferenças.

2. Configurar modo GRID e SNAP para malha de 1x1 e desenhar


bolinhas em malha para vivenciar a ferramenta.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 159


U3

160 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Seção 4
Criação de Objetos Geométricos

Polygon: cria polylines em formato de polígono com lados pré-definidos


inscrito ou circunscrito em uma circunferência.

Nome do comando: Polygon


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Polygon
Barra de ferramentas Draw/ Polygon
Teclado POL + 

Ative o comando e siga a sequência na barra de comandos.

Barra de comandos Procedimento do comando


Digite o número de lados que o polígono
Enter number of sides:
deverá ter e 
Especificar o centro do polígono clicando
Specify center of polygon or
com o botão esquerdo do mouse na área
[Edge]:
de trabalho
Enter an option [Inscribed in Escolha entre as opções inscrito /
circle/Circumscribed about circle]: circunscrito e dê 
Specify radius of circle: Dê o valor de raio e 

Rectangle: cria retângulos de polyline determinando valores para área, direção,


altura e largura.

Nome do comando: Rectangle


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Rectangle
Barra de ferramentas Draw/ Rectangle
Teclado REC + 

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 161


U3

Ative o comando e siga a sequência na barra de comandos.

Fórmula: @x,y

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify first corner point or [Chamfer/
clique primeiro ponto
Elevation/Fillet/Thickness/Width]:
Arraste o mouse para o canto oposto
Specify other corner point or [Area/
para especificar o segundo ponto ou
Dimensions/Rotation]:
coloque a fórmula @x, y de 

Digite a fórmula colocando @ nos valores do retângulo respectivo ao eixo X


(VÍRGULA) e nos valores respectivos ao eixo Y e  .

O comando rectangle oferece algumas opções na barra de comandos como:

• [Área] cria retângulo determinando a área e a distância.

• [Dimensions] cria retângulo determinando altura e a largura.

• [Rotation] cria um retângulo determinando a direção.

• [Chamfer] especifica cantos chanfrados para o retângulo.

• [Elevation] especifica a elevação do retângulo.

• [Fillet] especifica cantos arredondado dando uma medida de raio.

• [Thickness] muda a espessura do retângulo.

• [Width] muda a largura da polyline do retângulo.

Arc: Cria arcos de circunferência com 3 pontos, onde o primeiro e o terceiro


ponto são as extremidades do arco.

Nome do comando: Arc


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Arc
Barra de ferramentas Draw/ Arc
Teclado A+

162 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Existem várias possibilidades de criação de arco, como:

• [3 points]: Cria arcos com 3 pontos, onde o primeiro e o terceiro ponto são as
extremidades do arco.

• [Start, Center, End]: ponto inicial, centro e ponto final.

• [Start, Center, Length]: ponto inicial, centro e comprimento de corda.

• [Start, End, Angle]: ponto inicial, ponto final e ângulo interno.

• [Start, End, Direction]: ponto inicial, ponto final e tangente final.

• [Start, End, Radius]: ponto inicial, ponto final e raio.

• [Center, Start, End]: centro, ponto inicial e ponto final.

• [Center, Start, Angle]: centro, ponto inicial e ângulo interno.

• [Center, start, Length]: centro, ponto inicial e comprimento de corda.

• [Continue]: concordante ao último elemento criado.

Circle: Cria circunferências.

Nome do comando: Circle


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Circle
Barra de ferramentas Draw/ Circle
Teclado C+

Siga a sequência na barra de comandos.

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify center point for circle or
Especificar o ponto central do circulo
[3P/2P/Ttr (tan tan radius)]:
Specify radius of circle or [Diameter] Especificar o valor do raio e 

Spline: produz curvas suaves entre uma série de pontos determinados.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 163


U3

Nome do comando: Spline


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Spline
Barra de ferramentas Draw/ Spline
Teclado SPL + 

Siga a sequência na barra de comandos.

Barra de comandos Procedimento do comando


Especificar o primeiro ponto para
Specify first point or [Object]:
inicia a spline
Specify next point: Especificar o próximo ponto
Specify next point or [Close/Fit Especificar o próximo ponto e para
tolerance] <start tangent>: finalizar a spline dê 

As opções da Spline são:

• [Close] para fechar a Spline.

• [Fit Tolerance] Determina a tolerância para adaptação dos pontos determinados


em relação à Spline.

• [Object] Converte polylines em splines.

Ellipse: Cria objetos elípticos (oval) determinando o eixo principal e o eixo


secundário.

Nome do comando: Ellipse


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Ellipse
Barra de ferramentas Draw/ Ellipse
Teclado EL + 

Siga a sequência na barra de comandos.

164 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify axis endpoint of ellipse or [Arc/
Especificar o eixo da elipse
Center]:
Especificar a extremidade do eixo
Specify other endpoint of axis:
principal dando valor
Specify distance to other axis or Especificar a distância do eixo
[Rotation]: secundário também dando uma medida

As opções da Ellipse são:

• [Center] Cria uma Ellipse determinando o centro e uma extremidade de cada eixo.

• [Rotation] Define a direção angular (0° a 90°) do eixo principal.

Ellipse Arc: Cria Arcos elípticos.

Nome do comando: Ellipse Arc


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Ellipse Arc
Barra de ferramentas Draw/ Ellipse Arc
Teclado EL +  ARC + 

Siga a sequência na barra de comandos.

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify axis endpoint of elliptical arc Especifique o primeiro ponto do eixo
or [Center]: principal
Especificar a extremidade do eixo principal
Specify other endpoint of axis:
dando valor
Specify distance to other axis or Especificar a distância do eixo secundário
[Rotation]: também dando uma medida
Especifique o ponto inicial do ângulo
Specify start angle or [Parameter]:
dando valor de ângulo. Repare que o
<Ortho off>
ortho se desliga nesse momento.
Specify end angle or [Parameter/ Especifique o ponto final do ângulo
Included angle]: também dando valor de ângulo e  .

Revision cloud: Cria uma polyline com arcos sequenciais formando uma

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 165


U3

nuvem fechada que auxiliará na revisão de projeto.

Importante: Este comando é utilizado para realçar as anotações de revisão no


desenho.

Nome do comando: Revision Cloud


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Revision Cloud
Barra de ferramentas Draw/ Revision Cloud
Teclado Revcloud 

Siga a sequência na barra de comandos.

Barra de comandos Procedimento do comando


Minimum arc length: 0.50000
Maximum arc length: 0.50000 Style:
Especifique o ponto inicial para o
Normal
Revcloud
Specify start point or [Arc length/
Object/Style] <Object>:
Mova o mouse para criar um caminho
Guide crosshairs along cloud path...
em torno do objeto a ser revisado
Ao passar o cursor sobre o ponto
Revision cloud finished. inicial, o objeto é fechado e o comando
finalizado

Donut: Cria Círculos preenchidos.

Nome do comando: Donut


Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Donut
Teclado DO + 

Siga a sequência na barra de comandos:

166 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify inside diameter of donut
Especifique o diâmetro interno
<162.13693>: 2.
Specify outside diameter of donut
Especifique o diâmetro externo
<1.00000>: 4.
Especifique o centro do Donut
Specify center of donut or <exit>:
Finalize o comando com um 

Multiline: Cria segmentos de linha paralelos.

Nome do comando: Multiline


Menu Menu Draw/ Multiline
Teclado ML + 

Siga a sequência na barra de comandos.

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify start point or [Justification/
Especifique o ponto para iniciar a Mline
Scale/STyle]:
Specify next point: Especifique o ponto seguinte
Especifique o ponto seguinte ou dê 
Specify next point or [Undo]:
para finalizar

As opções da Multiline são:

• [Close] fecha a mline.

• [Justification] Determina como a mline será desenhada entre os pontos


especificados:

o TOP: cria a mline em que o ponto de referência está acima do cursor.

o ZERO: cria a mline em que o ponto de referência esta centralizado com o cursor.

o BOTTOM: cria a mline em que o ponto de referência está abaixo do cursor.

• [Scale] Controla o fator de escala para a mline.

• [Style] Determina o estilo da mline.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 167


U3

O comando Revision Cloud (balões de revisão) servem para circundar


pontos de dúvida ou mesmo revisão de um projeto em andamento.
Normalmente é realizado pelo gerente de projetos para que os
respectivos projetistas revisem partes de projeto. Na metodologia de
projeto americana, o balão de revisão é muito utilizado.

5. O aluno deverá desenhar um retângulo com medidas padrões


x,y de 7.5 x 5.6 com os comandos: LINE, PLINE, RECTANGLE.

6. O aluno deverá desenhar os seguintes polígonos regulares:


pentágono (5 lados), hexágono (6 lados), dodecágono (12
lados), com o comando Polygon.

168 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Seção 5
Edição de Objetos Geométrico

Introdução à seção
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos da barra MODIFY,
ou seja, com comandos de modificação de desenho.

5.1 SELECIONANDO OBJETOS


Todas as vezes que for necessário alterar o desenho teremos que editá-lo e
para isso usamos a seleção do objeto para identificar qual parte será editada.

Além de editar os objetos selecionados, podemos automaticamente submetê-


los a outro comando por estarem selecionados.

Um modo simples de seleção é passar o mouse sobre o objeto, se ele se


destacar é porque está pronto para ser selecionado com um clique do botão
esquerdo do mouse.

MODO DE SELEÇÃO WINDOW

Seleciona todos os objetos que estiverem completamente dentro de um


retângulo definido por dois pontos. Especificando os cantos da esquerda para a
direita será criada uma janela de seleção.

Figura 3.6 | Modo de seleção

Fonte: O autor (2015)

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 169


U3

Para abrir uma janela de seleção, basta clicar bem próximo aos objetos que
serão selecionados. Em seguida, arraste o cursor do mouse e clique novamente
no canto diagonal oposto ao primeiro.

Barra de comandos Procedimento do comando


Clique o 1º ponto na área de trabalho
no (canto esquerdo)
Specify opposite corner: Clique o 2° ponto oposto (canto direito)

A janela criada pelo modo de seleção Window apresenta borda em linha


contínua e cor de fundo azulado ou roxo. Neste modo de seleção, o objeto tem
que estar totalmente dentro da janela para ser selecionado.

MODO DE SELEÇÃO CROSSING

Seleciona objetos dentro e cruzando a janela de seleção. Uma seleção de


Crossing é apresentada com linha tracejada e cor de fundo esverdeado. Ao contrário
da seleção Window, a Crossing abre a janela de seleção da direita para a esquerda.

Figura 3.7 | Modo de seleção

Fonte: O autor (2015)

Barra de comandos Procedimento do comando


Clique o 1º ponto na área de trabalho
no (canto direito)
Clique o 2° ponto oposto (canto
Specify opposite corner:
esquerdo)

170 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

DESFAZER SELEÇÃO

Use a tecla SHIFT do teclado para desativar uma seleção errada sem se desfazer
das outras seleções.

Apenas segure o Shift e clique nos objetos que foi selecionado por engano. Isso só
será possível antes de confirmar a seleção com  nos casos de comandos de edição.

Dando um ESC é possível desativar todas as seleções.

5.2 MODIFICANDO OBJETOS


Os comandos que serão apresentados nessa seção são encontrados no Ribbon-
Aba Home/Painel Modify.

APAGANDO E RESTAURANDO OBJETOS

Erase: Apaga objetos de um desenho.

Nome do comando: Erase


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Erase
Teclado E+

Ao ativar o comando, siga a sequência na barra de comandos.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione os objetos e, em seguida, o Autocad
Select objects: informará quantos objetos foram selecionados. Para
confirmar pressione 

Em vez de selecionar objetos para apagar, você pode digitar uma opção, como L
(last), para apagar o último objeto desenhado ou ALL para apagar todos os objetos.

Também é possível selecionar os objetos e pressionar a tecla DELETE para apagar.

Oops: Restaura objetos apagados.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 171


U3

Nome do comando: Oops


Teclado Oops+ 

OOPS não poderá ser usado para restaurar os objetos que foram removidos
com o comando PURGE.

COMANDOS DE MODIFICAÇÃO DE OBJETOS

Copy: Copia os objetos a uma determinada distância em uma direção especificada.

Nome do comando: Copy


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Copy
Teclado CO + 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione o objeto e confirme a seleção
Select objects:
com 
Clicar com o botão esquerdo do mouse
Specify base point or
em um ponto do objeto para especificar o
[Displacement/mOde]:
ponto base
Specify second point or [Exit/ Especificar uma direção e distância para
Undo] <Exit>: copiar e  para finalizar

Move: Move objetos a uma determinada distância e direção especificada.

Nome do comando: Move


Ribbon Aba Home/ painel Move
Menu e barra de ferramenta Modify/ Move
Teclado M+

Ative o comando e siga a sequência.

172 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione o objeto e confirme a seleção
Select objects:
com 
Clicar com o botão esquerdo do mouse
Specify base point or
em um ponto do objeto para especificar o
[Displacement]:
ponto base
Specify second point or Especificar uma direção e distância para
displacement: mover o objeto e  para finalizar

O ponto base pode ser pego em qualquer parte do objeto ou próximo dele,
porém é recomendável que se pegue o ponto base no objeto, com o auxílio da
ferramenta Osnap, para obter resultados precisos.

Mirror: Cria uma cópia espelhada dos objetos selecionados a partir de um eixo
de espelhamento que é especificado por dois pontos para qualquer direção.

Nome do comando: Mirror


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Mirror
Teclado MI + 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select objects: Selecione o objeto e confirme a seleção com 
Specify first point of Especificar o primeiro ponto para determinar o eixo
mirror line: de espelhamento
Specify second point Especificar o Segundo ponto para determinar o eixo
of mirror line: de espelhamento
O Autocad pergunta se o objeto original será
Erase source objects? apagado ou não. Para não apagar o objeto, aceite a
[Yes/No] <N>: resposta padrão NO e confirme com a tecla  . Para
apagar o objeto, digite Y

Offset: Cria círculos concêntricos, linhas paralelas e curvas paralelas a uma


determinada distância.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 173


U3

Nome do comando: Offset


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Offset
Teclado O+

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify offset distance or Primeiro especificar a distância em que os
[Through/Erase/Layer] objetos ficarão paralelos e  para confirmar
Select object to offset or [Exit/
Selecione o objeto
Undo] <Exit>:
Especifique com o mouse a direção que o
Specify point on side to offset
objeto deverá ficar e clique com o botão
or [Exit/Multiple/Undo] <Exit>:
esquerdo
Select object to offset or [Exit/ Selecionar mais uma vez o objeto para fazer
Undo] <Exit>: mais um offset ou  para finalizar

OPÇÕES DO COMANDO OFFSET:

• [Through] adota como distância um ponto determinado.

• [Erase] apaga o objeto original.

• [Layer] determina se o objeto copiado será criado no layer corrente ou no


layer do objeto de origem.

• [Undo] desfaz a última cópia sem sair do comando Offset.

• [Multiple] cria cópias múltiplas.

Rotate: gira o objeto em torno de um eixo especificado como ponto base.

Nome do comando: Rotate


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Rotate
Teclado RO + 

174 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione o objeto que irá rotacionar e
Select objects:
confirme com 
Especifique um ponto base que servirá
Specify base point:
de eixo de rotação
Specify rotation angle or [Copy/ Especifique um ângulo de rotação que
Reference] <90>: o objeto deverá girar e  para finalizar
Select object to offset or [Exit/Undo] Selecionar mais uma vez o objeto para
<Exit>: fazer mais um offset ou  para finalizar

O ângulo de rotação no Autocad é no sentido anti-horário. Com um valor


negativo de ângulo de rotação, o sentido torna-se horário.

Opções do Rotate:

• [Copy] cria uma cópia do objeto selecionado.

• [Reference] determina um ângulo de referência por meio de um valor ou


especificando dois pontos.

Scale: Amplia ou reduz os objetos selecionados, mantendo as suas proporções


mesmo depois de alterar a escala.

Nome do comando: Scale


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Scale
Teclado SC + 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select objects: Selecione o objeto e confirme com 
Especifique um ponto base que servirá de
Specify base point:
início para o escalonamento
Specify scale factor or [Copy/ Especifique um valor de escala para ampliar
Reference] : ou diminuir o objeto e confirme o valor com 

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 175


U3

Opções do Scale:

• [Copy] cria uma cópia do objeto selecionado.

• [Reference] determina um fator de escala, tendo como referência um


comprimento inicial em relação a um comprimento final.

Stretch: Alonga ou diminui parte do objeto selecionado sempre pela janela


Crossing.

Nome do comando: Stretch


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Stretch
Teclado S+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select objects to stretch by crossing- Selecione o objeto através da janela
window or crossing-polygon... de seleção crossing e confirme com 
Especifique um ponto base para
Specify base point or [Displacement]
determinar o ponto inicial do
<Displacement>:
deslocamento
Especifique o ponto final dando uma
Specify second point or <use first point
direção e colocando uma medida de
as displacement>:
deslocamento

Importante: Não é possível alongar ou diminuir círculos, textos ou blocos.

Trim: Apara/corta partes do objeto (lines, plines, splines, arcs, circles, rectangles,
ellipses) que se interseccionem com outros objetos.

Nome do comando: Trim


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Trim
Teclado TR+  +

176 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Ative o comando e siga a sequência.

Uma forma rápida de uso do comando trim é ativando o comando e, em


seguida, clicar no enter novamente. Desta forma, ele apara todos os objetos que se
cruzam diretamente, evitando o tempo de várias seleções. Ou da seguinte forma:

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione a parte ou o objeto inteiro
Select objects or <select all>:
que será aparado e confirme com 
Select object to trim or shift-select to
Retorne clicando nas linhas que deseja
extend or[Fence/Crossing/Project/
aparar. Finalize com ESC ou Enter
Edge/eRase/Undo]:

Lembre-se que, caso ative o comando pelo teclado, dê / duas vezes e siga a
sequência a cima.

Opções do Trim:

• [Fence]: Seleciona todos os objetos que cruzam a cerca de seleção.

• [Crossing]: Seleciona objetos dentro e cruzando uma janela retangular


definida por dois pontos (seleção crossing).

• [Project]: Seleciona o plano de projeção para cortar o objeto (útil para 3D).

• [Edge]: Corta parte do objeto que apresenta intersecção aparente (útil para 3D).

• [Erase]: Exclui os objetos selecionados. É conveniente para apagar objetos


desnecessários, sem deixar o comando Trim.

• [Undo]: Desfaz o último corte sem sair do comando Trim.

Extend: estende uma linha, uma polyline ou arco até outro objeto.

Nome do comando: Extend


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Extend
Teclado EX+  +

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 177


U3

Ative o comando e siga a sequência.

Como esse comando é o contrário do Trim, sua forma rápida de uso também é
parecida com a do comando anterior. O comando Extend é ativado e, em seguida,
deve-se clicar no enter novamente para habilitar a extensão. Desta forma, já pode
clicar nas linhas para que o objeto se estenda. Ou da seguinte forma:

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione a parte do objeto que será
Select objects or <select all>:
extendido e confirme com 
Select object to trim or shift-select to
Retorne clicando nas linhas que deseja
extend or[Fence/Crossing/Project/
extender. Finalize com ESC ou Enter
Edge/eRase/Undo]:

Opções do Extend:

• [Fence]: Seleciona todos os objetos que cruzam a cerca de seleção.

• [Crossing]: Seleciona objetos dentro e cruzando uma janela retangular


definida por dois pontos (seleção crossing).

• [Project]: Seleciona o plano de projeção para cortar o objeto (útil para 3D).

• [Edge]: Corta parte do objeto que apresenta intersecção aparente (útil para 3D).

• [Undo]: Desfaz a última alteração do Extend sem sair do comando.

Join: unifica objetos separados, dando-lhes a característica de polyline.

Nome do comando: Join


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Join
Teclado J+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione o primeiro objeto que
Select lines to join to source:
deverá ser unificado
Selecione o outro objeto que deverá
Select lines to join to source:
se unir

178 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Os objetos que o comando Join une são: linhas, arcos, arcos elípticos, splines
e hélix. Unindo os objetos semelhantes que estavam individuais, reduzimos o
tamanho do arquivo e aumentamos a qualidade do desenho.

Break: Quebra objetos de linhas, arcos, círculos, polylines, ellípses, splines,


donuts selecionados entre dois pontos.

Nome do comando: Break


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Break
Teclado BR+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione o objeto. O comando
Select object: assume o ponto especificado como
primeiro ponto de quebra
Specify second break point or [First
especifique o Segundo ponto
point]:

Opções do Break:

• [First Point]: redefine o primeiro ponto.

Fillet: une linhas verticais e horizontais em ângulo de 90° ou em curvatura pré-


especificada.

Nome do comando: Fillet


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Fillet
Teclado F+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 179


U3

Barra de comandos Procedimento do comando


Ao ativar o comando, pode-se
observar os parâmetros de modo
Current settings: Mode = TRIM, Radius = 0 trim e o valor de raio atual. Observe
que o raio está com o valor 0. Isso
fará cantos em ângulo de 90°
Select first object or [Undo/Polyline/ Selecione o primeiro objeto em
Radius/Trim/Multiple]: qualquer ordem
Select second object or shift-select to Finalize selecionando o segundo
apply corner: objeto

Para Fillet com curvatura

Ative o comando e observe que o raio está com o valor 0. Nas opções deste
comando observe a opção Radius ([Undo/Polyline/Radius/Trim/Multiple]) e digite
R para alterar a medida de curvatura.

Exemplo:

Specify fillet radius <0>: .50 < dê um valor de raio. ex: .50 cm>

Agora, siga a sequência do comando já descrita acima.

Opções do Fillet:

• [Undo] desfaz o último encontro de Fillet sem sair do comando.

• [Polyline] cria cantos arredondados em cada vértice de uma polyline.

• [Radius] determina o raio do arco para a curvatura.

• [Trim/No trim] determina se as arestas serão eliminadas ou não.

• [Multiple] cria cantos arredondados múltiplos, sem ser necessário reiniciar o


comando.

Importante: Não será possível fazer um canto de arco se o valor de raio for
maior que o próprio objeto. Nesse caso, o Autocad responderá com a seguinte
informação: “radius is too large”.

180 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Chanfer: cria chanfro entre dois objetos não paralelos determinando a distância
ou o ângulo.

Nome do comando: Chanfer


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Chanfer
Teclado CHA+ 

O chanfro pode ser determinado a partir de valores de distância ou ângulos.

Ative o comando e siga a sequência para chanfro com distância.

Barra de comandos Procedimento do comando


(TRIM mode) Current chamfer Dist1 = Ao ativar o comando observe que os
0.00, Dist2 = 0.00 valores de Distância estão em 0
Select first line or [Undo/Polyline/ Digite D (de distância) para colocar os
Distance/Angle/Trim mEthod/Multiple]: d valores de distância do chanfro
Dê a primeira medida que
Specify first chamfer distance <0.00>: .10 respectivamente será a primeira linha
a ser clicada
Dê a segunda medida que
Specify second chamfer distance
respectivamente será a segunda linha
<0.10>: .25
clicada
Select first line or [Undo/Polyline/
clique na primeira linha
Distance/Angle/Trim/mEthod/Multiple]:
Select second line or shift-select to
clique na segunda linha
apply corner:

Opções para o Chanfer:

• [Undo] desfaz o último chanfro sem sair do comando.

• [Polyline] cria chanfros em cada vértice de uma polyline.

• [Distance] determina o valor de distância do chanfro.

• [Trim/No trim] determina se as arestas serão eliminadas ou não.

• [Multiple] cria chanfros múltiplos, sem ser necessário reiniciar o comando.

• [Angle] cria chanfros a partir dos valores determinados da distância e de um ângulo.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 181


U3

Explode: quebra objetos de entidade única como polyline.

Nome do comando: Explode


Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Explode
Teclado X+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select objects: 1 found Selecione a polyline e confirme a quebra com 

Nas versões posteriores ao Autocad 2015, o worspace Autocad Classic


não está disponível na barra de worspace. Isto é uma tentativa da
Autodesk de popularizar as outras barras entre os usuários mais antigos.

1. Com os comandos apreendidos, o estudante deverá


reproduzir o seguinte desenho: um triângulo equilátero
inscrito em uma circunferência de raio 1 que, por sua vez, está
inscrita em um quadrado. Conforme figura:

182 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

2. Criar círculos internos e concêntricos, distantes 0.10 de


cada, a partir de uma circunferência de raio 1, conforme figura:

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 183


U3

184 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Seção 6
Edição de Propriedades do Objeto Geométrico

Introdução à seção
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos mais avançados:
cálculo de área, volume, perímetro e demais propriedades possíveis que podem
ser fornecidos pelo Autocad.

6.1 PROPRIEDADES DOS OBJETOS


Todos os objetos no Autocad possuem propriedades de configuração. Por
exemplo, as propriedades de linha são: layer, cor, tipo de linha, espessura de linha,
transparência, escala, visível ou invisível. É possível alterar cada propriedade dos
objetos na caixa de diálogo Properties e com o comando Match Properties.

OBJECT PROPERTIES

A caixa de diálogo Properties apresenta as propriedades do objeto selecionado


e permite também alterar determinadas características dele.

Nome do comando: Properties


Ribbon Aba Home/ painel Properties
Menu Modify/Properties
Barra de Ferramentas Standard
PR+  ou clique duplo no objeto ou
Teclado
CTRL + 1

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 185


U3

Figura 3.8 | Janela de propriedades

Fonte: O autor (2015)

QUICK PROPERTIES

A ferramenta Quick Properties apresenta algumas propriedades de um objeto


ou de vários objetos. A opção quick properties esta alocada na barra de status.
Com esta ferramenta ativa, pode-se desenhar observando as propriedades dos
objetos automaticamente.

MATCH PROPERTIES

O comando Match Properties aplica as propriedades de um objeto selecionado


em outros.

Nome do comando: MATCH PROPERTIES


Ribbon Aba Home/ painel Layers
Menu Modify/MATCH PROPERTIES

186 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Barra de ferramentas Standard/ Match Properties


Teclado MATCHPROP ou PAINTER +

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione o objeto que será referência
select source object:
de propriedade
Selecione os objetos para qual serão
Select destination object(s) or
transferidas as propriedades + para
[Settings]:
finalizar

A opção Settings ativa uma caixa de diálogo Properties Settings, configura as


propriedades que serão transferidas.

6.2 CÁLCULOS DE ÁREA, DISTÂNCIA, E LISTAGEM DE


INFORMAÇÕES SOBRE OBJETOS
O Autocad tem comandos específicos para pegarmos informações sobre o
objeto. Alguns deles são encontrados na Aba Home, no painel Utilies/Measure, ou
através da Barra de Ferramentas INQUIRY. Estas informações tratam de medidas
como: distância, área, volume, raio e ângulo de um objeto, além de informações
mais completas em uma lista com o comando List.

Distance: É utilizado para medir a distância entre dois pontos. O resultado da


distância é apresentado no formato de unidades atuais. Ex.: decimal.

Nome do comando: Distance


Ribbon Aba Home/ painel Utilies/Measure
Menu Tools/Inquiry/Distance
Barra de Ferramenta Inquiry
Teclado DI+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 187


U3

Barra de comandos Procedimento do comando


Especificar o primeiro ponto do
Specify first point:
objeto
Specify second point or [Multiple Especificar o Segundo ponto do
points]: objeto

A distância e ângulo serão apresentadas na barra de comandos conforme


exemplo a seguir:

Distance = 1.00, Angle in XY Plane = 0.00, Angle from XY Plane = 0.00

Delta X = 1.00, Delta Y = 0.00, Delta Z = 0.00

Opções para o Measuregeom:

• [Multiple Points] calcula a distância total entre vários pontos.

• [Radius] calcula o raio ou o diâmetro de um arco ou círculo.

• [Angle] calcula o ângulo de um arco, uma linha ou um vértice.

• [Area] calcula a área e o perímetro de um objeto.

• [Volume] calcula o volume de um objeto 2D ou 3D. No caso 2D, é necessário


determinar a altura do objeto.

Importante: É importante ligar o Osnap na barra de status, para selecionar com


precisão os pontos.

Area: É utilizado para medir a área e o perímetro de um objeto.

Nome do comando: Area


Ribbon Aba Home/ painel Utilies/Measure
Menu Tools/Inquiry/ Area
Barra de Ferramenta Inquiry
Teclado AREA+ 

188 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify first corner point or [Object/Add
Clicar no primeiro canto do objeto
area/Subtract area/eXit] <Object>:
Specify next point or [Arc/Length/Undo]: Clique no próximo ponto
Specify next point or [Arc/Length/Undo]: Clique no próximo ponto
Clicando nos cantos do objeto será
possível observar uma cobertura
Specify next point or [Arc/Length/Undo/
verde cobrindo-o. Se a cobertura
Total] <Total>:
estiver completamente sobre a parte
que deseja tirar medidas dê 

As medidas de área e perímetro apareceram na área de comando. Para sair do


comando área dê ESC. Exemplo de um quadrado 1x1 Area = 1.00, Perimeter = 4.00

List: o comando List apresenta todas as propriedades do objeto.

Nome do comando: List


Menu Tools/Inquiry/ List
Barra de Ferramenta Inquiry
Teclado LI+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select objects: Selecione o objeto e dê 

Abrirá uma janela de listagem com todas as informações de propriedades do


objeto selecionado. Exemplo:

LWPOLYLINE Layer: "0"

Space: Model space

Handle = 348

Closed

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 189


U3

Constant width 0.00

area 1.00

perimeter 4.00

at point X= 42.60 Y= 29.24 Z= 0.00

at point X= 43.60 Y= 29.24 Z= 0.00

at point X= 43.60 Y= 30.24 Z= 0.00

at point X= 42.60 Y= 30.24 Z= 0.00

Para sair da janela de listagem feche-a em close.

6.3 DIVIDINDO OBJETOS


Com comandos de divisão é possível dividir os objetos em medidas pré-
determinadas ou inserir blocos especificando o número de divisões no desenho.

Point Style: o comando Point Style formata um estilo de ponto. O padrão de


ponto do Autocad é o estilo “ponto final”, porém se torna necessário a mudança
deste estilo para que ele seja percebido sobre a linha dividida.

Nome do comando: Point Style


Menu Format/Point Style
Teclado ddptype+ 

A caixa de diálogo Point Style apresenta vários tipos de pontos. Escolha um


novo ponto clicando sobre a imagem e dê OK para sair da caixa de diálogo.

Divide: o comando Divide cria divisões no objeto sempre equidistante e com


o auxílio do Point.

Nome do comando: Divide


Menu Draw/Point/ Divide

190 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Ribbon Aba Home/ painel Draw/Divide


Teclado DIV+ 

Ative o comando e siga a sequência

Barra de comandos Procedimento do comando


Select object to divide: Selecione o objeto que será dividido
Enter the number of segments or Especifique o número de divisões do
[Block]: 5 objeto e dê 

Measure: o comando Measure divide um objeto em espaços definidos pelo


usuário com o auxílio do objeto Point ou colocando blocos diretamente.

Nome do comando: Measure


Menu Draw/Point/ Measure
Ribbon Aba Home/ painel Draw/ Measure
Teclado ME+ 

Ative o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select object to measure: Selecione o objeto que será dividido
A opção do measure na linha de
Specify length of segment or [Block]: b comandos é block. Digite B de Block
para que as divisões já insiram o bloco
Será necessário colocar o nome do
Enter name of block to insert:
bloco.
neodipsis
Ex.: neodipsis
O Autocad pergunta se você deseja
Align block with object? [Yes/No] <Y>: que o bloco seja alinhado com o
objeto. Neste caso Y de Yes
Specify length of segment: Specify Especifique o primeiro ponto e digite
second point: 2 um valor de divisões. Ex.: 2.00 e 

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 191


U3

Os comandos acionados por ícones podem ser associados por


comandos escritos na barra de comandos.

6. Calcular a área do triângulo, circunferência e do quadrado,


com o comando área e com o comando LIST do exercício da
seção 5.

7. Dividir uma reta de comprimento 1.8 em 3 partes distintas,


com o comando divide. Proceda da mesma maneira em uma
circunferência de raio 3.

192 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Seção 7
Configuração de Camadas/Layers

Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar layers e entenderá pormenores
de sua configuração. Os layers são extremamente necessários para a confecção
de um desenho impecável de um objeto, espaço ou edificação.

7.1 LAYERS: CAMADAS DE DESENHO


Podemos comparar Layers do Autocad com folhas de papel vegetal nas quais
desenhamos diferentes partes do objeto, que podem ser manipuladas uma a
uma ou sobrepostas para serem visualizadas em conjunto. É importante pensar
na organização dos elementos que compõem o projeto e como eles devem ser
dispostos em layers (camadas) diferentes para tornar o trabalho mais eficiente.

Em arquitetura, é comum a criação de layers para paredes, janelas, mobiliários,


elementos estruturais, hidráulica, elétrica, cotas, textos etc. Em mecânica, os layers
geralmente são criados para linhas de centro, hachuras, objetos e linhas internas.

As vantagens de se trabalhar com Layers em um desenho são:

- indicar cores diferentes, tipo e espessura de linha o que resulta em um desenho


mais objetivo e dentro de normas técnicas;

- controlar a visibilidade dos objetos no desenho;

- controlar quais objetos devem ser impressos;

- controlar quais objetos não devem ser editados ou apagados.

Layer Properties Manager

O painel Layer Properties Manager permite criar e controlar os layers.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 193


U3

Nome do comando: Layer Properties Manager


Ribbon Aba Home/ painel Layers
Menu Format/Layer
Barra de Ferramentas Layers
Teclado LA+ 

A apresentação do painel Layer Properties Manager contém configurações para


os ambientes model e layout.

Um Layer é definido por nome de identificação e por um conjunto de


propriedades de objeto: cor, tipo de linha e espessura de linha. Por definição os
objetos herdam as propriedades do Layer que foi utilizado ao serem desenhados,
ou seja, os objetos possuem propriedades by layer.

As seguintes opções do painel Layer Properties Manager são importantes para


o controle dos layers.

Figura 3.9 | Recursos da atividade interpretativa

Fonte: O autor (2015)

New Layer: cria um novo layer. Digite um nome para facilitar a identificação. A
nova camada é criada abaixo da última camada selecionada atualmente.

New Layer Frozen VP in All Viewports: cria um novo layer e congelado em


todas as viewports de layout existente. Este botão é acessível a partir do layout.

Delete Layer: excluir layer. Só é possível excluir as camadas que não foram
usadas no arquivo. O layer 0 e o layer Defpoints não podem ser excluídos.

Set Current: determina como atual o layer selecionado.

Figura 3.10 | Barra de Layers

Fonte: O autor (2015)

194 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Status: Indica o layer que está corrente.

Name: Nome do layer. Exemplo: Parede, hachura, texto etc.

On/Off: ligar/ desligar. Lâmpada acesa indica que os objetos que estão no layer
são visíveis na área de trabalho. Desligada, essa camada não será impressa. Para
apagar a lâmpada, clique com o botão esquerdo do mouse sobre ela.

Thaw/Freeze: descongelar/congelar. Quando o layers está congelado, os objetos


deste layer não são visíveis no desenho e estão excluídos de regeneração, renderização
e impressão. Não se pode determinar um layer congelado como corrente.

Unlocked/locked: destravado/travado. Quando o layers está travado, os objetos


deste layer são visíveis no desenho com um tom cinza claro e não é possível editá-
los como: mover, copiar ou apagar.

Color: permite escolher uma cor para os layers selecionados.


Clicando no nome da cor, exibe a caixa de diálogo Select Color.
Linetype: Altera o tipo de linha do layer selecionado. Clicando no nome do tipo
de linha, exibe a caixa de diálogo Selecionar tipo de linha. É possível carregar
diferentes tipos de linhas através do botão LOAD que aparece na caixa de diálogo.

Lineweigth: Altera a espessura de linha do layer selecionado. Clicando sobre o


nome de espessura abrirá uma caixa de diálogo para selecionar uma nova espessura.

Plot style: Permite a visualização do estilo de plotagem associado com os


layers selecionados.

Plot / No plot: Plotar/não plotar. Esse botão indica os objetos que serão
impressos desde que estejam visíveis na área de trabalho. Ao clicar sobre o ícone
da impressora em determinado layer, esse adquire uma marcação vermelha de
bloqueio “NO PLOT” onde podem ser vistos, editados no desenho, mas não podem
ser plotados.

New VP Freeze On/Off: determina que, ao ser criada uma Viewport no Layout,
o layer será criado como congelado.

VP Freeze On/Off: congela determinados layer na Viewport corrente.

VP Color: Disponível no layout. Determina uma cor para a viewport corrente.

VP Linetype: Disponível no layout. Determina um tipo de Linha para a viewport


corrente.

VP Lineweigth: Disponível no layout. Determina a espessura de Linha para a


viewport corrente.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 195


U3

VP Plot style: Disponível no layout. Determina o estilo de plotagem para a


viewport corrente.

Description: Descreve determinado layer.

Invert Selection: Seleciona todos os layers apresentados na lista, exceto os que


já estão selecionados.

Indicate Layers in use: Indica os layer que estão em uso.

Settings: Ativa a caixa de diálogo Layer Settings, que controla as notificações ao


criar um novo Layer.

Utilize o comando ISOLAYER para isolar layers específicos, desligando


os demais não selecionados.

1. No Autocad, desenhamos com Line e Pline para fazer linhas.


Qual é a diferença das duas?
(A) Não há diferenças.
(B) As Lines são mais suaves enquanto as Plines são mais duras.
(C) Plines têm propriedades de espessura enquanto as Lines
não a possuem.
(D) As Lines são segmentos de linhas em separado, enquanto
as Pline são entidades únicas.
(E) As Plines são segmentos de linhas em separado, enquanto
as Lines são entidades únicas.

2. Repita o exercício, utilizando PLINE e OFFSET:

196 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

1.8

.1

1.8
3. Feche o perímetro utilizando PLINE:

4. Repita o desenho:

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 197


U3

Até a presente seção, o estudante aprendeu os comandos


básicos de desenho no Autocad.

Com os comandos básicos, o estudante poderá desenhar no


Autocad. Entretanto, há a necessidade de aprofundar os estudos
para obter um desenho com qualidade gráfica apresentável e
exigido pelo mercado de trabalho.

198 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

1.No Autocad, pode-se esticar um objeto, ou seja, alongá-lo em


sua dimensão de largura, mediante a execução do comando
(Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário - Arquitetura)

a) Chamfer
b) Pedit
c) Offset
d) Stretch
e) Array

2. Acerca do programa Autocad, julgue o item abaixo.

O menu Snap é ativado quando o usuário tecla e mantém


pressionada a tecla e clica o botão direito do mouse. É possível
por meio desse menu habilitar ou desabilitar indicações de
determinada linha como as de ponto final, ponto médio,
bem como tornar inertes as indicações de paralelismo e
perpendicularidade em relação a outras linhas. (CESPE, 2014)

( ) Correto
( ) Incorreto

3. No programa gráfico Autocad, para a execução do layout de


um ambiente de escritório onde se pretende copiar o desenho
de uma estação de trabalho e distribuir as cópias em múltiplas
linhas e colunas por toda a área de um andar tipo, o comando
mais eficiente é ... (CESPE, 2012)

(A) MIRROR
(B) ARRAY
(C) COPY
(D) ERASE
(E) MVIEW

4. A extensão usual e padrão dos arquivos CAD é

a) bak
b) doc
c) pptx

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 199


U3

d) jpg
e) dwg

5. O comando para aparar linhas em um desenho CAD é:


TRIM
EXTEND
EXPLODE
JOIN
ARRAY

200 Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico


U3

Referências

ALASSANCIO, Cristina. Autocad 2010 leva documentação e design 3D a um nível


superior: novos recursos ajudam os projetistas a alcançar a inovação. São Paulo:
Autodesk, 2009.

BARISON, Maria Bernardete. Geométrica: Desenho Geometria e Arquitetura Online.


Disponível em : <http://www.mat.uel.br/geometrica> Acesso em: 26 mar. 2015.

KATORI, Rosa. Autocad 2011: Projetos em 2D. São Paulo: Ed SENAC, 2010.

RIBEIRO, Antonio Clelio. Desenho Técnico e Autocad. São Paulo: Ed. Person, 2013.

Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 201


Unidade 4

MODELAGEM DE
DESENHO TÉCNICO

Denise Borges Alonge

Objetivos de aprendizagem: Os exercícios propostos objetivam o


aprendizado através de exemplificações e exercícios práticos.

Seção 1 | Modelagem em Perspectiva Isométrica 2D


Nesta seção, o estudante irá aprender técnicas para um desenho em
perspectiva 2D, que podem ser utilizadas tanto no desenho técnico à
mão como no desenho auxiliado pelo computador.

Seção 2 | Configuração de Hachuras e Gradientes


Existem as hachuras (hatch) tradicionais do AUTOCAD, as hachuras tipo
gradient e o Boundary. O Boundary (LIMITE) não cria hachuras e, sim, uma
PLINE limítrofe ao redor da área selecionada e não um desenho hachurado.
Elas podem ser acionadas pela lingueta do ícone HATCH na Aba DRAW.

Seção 3 | Configuração de Blocos


Um bloco é um ou mais objetos combinados para criar um único objeto.

O bloco pode ser composto de objetos desenhados em vários layers


com propriedades diferentes e pode ser criado em vários métodos, como
BLOCK ou WBLOCK.
U4

Podemos criar blocos associando objetos, dando-lhes um nome e


também anexar informações. Quando o bloco é inserido, criamos uma
referência, onde são especificadas a sua localização, escala e rotação.

Seção 3 | Configuração de Blocos


Um bloco é um ou mais objetos combinados para criar um único objeto.

O bloco pode ser composto de objetos desenhados em vários layers


com propriedades diferentes e pode ser criado em vários métodos, como
BLOCK ou WBLOCK.

Podemos criar blocos associando objetos, dando-lhes um nome e


também anexar informações. Quando o bloco é inserido, criamos uma
referência, onde são especificadas a sua localização, escala e rotação.

Seção 4 | Dimensionamento e Configuração de Cotas


Anotativas
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar facilmente a cota
anotativa, que se configura conforme a escala de plotagem automaticamente.

Seção 5 | Configuração de Textos e Linhas de Chamada


Os textos e linhas de chamada são essenciais ao bom projeto. E o Autocad
apresenta um comando específico para isto, auxiliando sua criação.

No Autocad, o texto é um objeto independente separado por linhas


ou não, onde podemos mover, formatar e modificar. Quando criamos
um texto atribuimos a ele um estilo de fonte, cores, altura, alinhamento
e escala anotativa.

Seção 6 | Modos de Visualização para Auxílio do Desenho


O estudante aprenderá a manusear e configurar as Viewports, visualizando
melhor o objeto tridimensional a ser criado.

204 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 7 | Apresentação e Configurações do Layout de


Impressão

Seção 8 | Configuração de Impressão/Plotagem


Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar uma impressão/
plotagem.

Modelagem de Desenho Técnico 205


U4

206 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Introdução à unidade

Nesta unidade, o estudante irá aprender técnicas para um desenho em


perspectiva 2D, acabamentos de desenhos, como hachuras, e organização de
layout de impressão.

Modelagem de Desenho Técnico 207


U4

208 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 1
Modelagem em Perspectiva Isométrica 2D

Introdução à seção
Nesta seção, o estudante irá aprender técnicas para um desenho em perspectiva
2D, que podem ser utilizadas tanto no desenho técnico à mão como no desenho
auxiliado pelo computador.

1.1 A GEOMETRIA DESCRITIVA E AS PERSPECTIVAS MILITAR E


ISOMÉTRICA EM 2D
O Sistema de projeções ortogonais, descritos por Gaspar Monge, no século
17, divide o espaço tridimensionais em 4 diedros em planos verticais e horizontais,
onde a planificação do objeto tridimensional é realizada e denominada de épura.
Por convenção as normas brasileiras utilizam o 1º diedro para a representação do
desenho técnico arquitetônico e o 3º diedro para o desenho técnico de peças,
mas esta convenção pode variar conforme o país.

Figura 4.1 | Método de Monge - Gaspard Monge

Fonte: Disponível em: <http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.


php>. Acesso em: 17 abr. 2015.

Modelagem de Desenho Técnico 209


U4

As projeções feitas em qualquer ponto do 1º diedro geram as 6 vistas/elevações


do objeto tridimensional. Essas representações são planificações, ou seja, são
objetos de representação bidimensional.

Figura 4.2 | Princípios gerais de representação em desenho técnico – NBR 10067

Fonte: Disponível em: <http://www.acprojetosmecanicos.com/desenho-tecnico/principios-gerais-de-


representacao-em-desenho-tecnico-nbr-10067/>. Acesso em: 17. abr. 2015.

Já as perspectivas, segundo a geometria descritiva, são métodos de


visualização tridimensional, classificadas em dois grandes grupos: as cônicas e as
axonométricas. Enquanto as cônicas são perspectivas mais realistas (próximas ao
olho humano) e subdivididas em 1, 2 e 3 pontos de fuga, as axonométricas são
perspectivas técnicas.

A Axonometria (Axon = eixo + metreo = medida) é uma projeção cilíndrica em


que as figuras são referenciadas a um sistema ortogonal de três eixos que formam
um triedro. As axonométricas de dividem em

• Oblíquas (perspectivas: militar e cavaleira).

• Ortogonais (perspectivas: isométrica, dimétrica e anisométrica).

A perspectiva oblíqua militar, também reconhecida como perspectiva aérea ou

210 Modelagem de Desenho Técnico


U4

de voo de pássaro, deve ser construída segundo método de Monge, em ângulos


de 45º/45º ou 60º/30º, conforme exemplos:

Figura 4.3 | Perspectiva militar em raios projetantes de 45º/45º

Fonte: Barison (2015)

Figura 4.4 | Eixos cartesianos utilizados na perspectiva militar em raios


projetantes de 60º/30º

Fonte: Barison (2015)

Modelagem de Desenho Técnico 211


U4

Já a perspectiva AXONOMÉTRICA ISOMÉTRICA, vulgarmente denominada de


isométrica, os raios projetantes são de 30º/30º.

Figura 4.5 | Perspectiva militar em raios projetantes de 30º/30º

Fonte: Barison (2015)

Figura 4.6 | Eixos cartesianos trabalhados na perspectiva isométrica


em raios projetantes de 30º/30º em proporção 1:1:1

Fonte: Barison (2015)

É possível desenhar essas perspectivas com comandos simples do painel


DRAW e MODIFY, adicionando ângulos ao POLAR TRACKING ON e utilizando-
os de forma adequada. A perspectiva é criada com conhecimentos oriundos
da geometria descritiva utilizado no desenho técnico à mão. A vantagem desta

212 Modelagem de Desenho Técnico


U4

perspectiva comparado à uma modelagem tridimensional é que esta pode ser feita
rapidamente, utilizando poucos recursos e memória do computador, constituindo
um método elucidativo e eficaz de representação, tal qual a imagem abaixo:

Figura 4.7 | Perspectiva militar em 2D de dormitório residencial

Fonte: Acervo pessoal do autor

1.2 POLAR TRACKING ON

Figura 4.8 | Janela de configuração do Polar Tracking

Fonte: O autor (2015)

Modelagem de Desenho Técnico 213


U4

Ao digitarmos: “osnap  “, o menu de opções “Drafting Setting” se abrirá e a aba


a ser escolhida é a aba POLAR TRACKING. Em POLAR ANGLE SETTING podemos
criar novos ângulos que nos auxiliarão no desenho das perspectivas. Os ângulos a
ser acrescentados devem ser os utilizados nas perspectivas, como 30º, 45º e 60º.

Figura 4.9 | Exemplificação do comando ativado

Fonte: O autor (2015)

Com o Polar Tracking acionado é possível visualizar a angulação desejada para a


construção da perspectiva conforme configuração dos ângulos desejáveis, a partir
de um comando de desenho como LINE ou PLINE. A opção ligada do comando,
Object Snap Tracking on, poderá ser acionada pela tecla de atalho <F11>, ou haverá
o ícone do mesmo na barra de status (statusbar).

O estudante poderá saber mais na apostila de desenho geométrico on-


line: Geométrica - Desenho e Geometria on-line, no link: <www.mat.
uel.br/geometrica/>. Acesso em: 20 jul. 2015.

214 Modelagem de Desenho Técnico


U4

9. O estudante deverá desenhar um quadrado de 10x10 e


aplicar hachura NET no interior dele e configurar escala e
rotação diversas, pré-visualizando a aplicação, para obter
domínio da ferramenta.

10. Em um quadrado similar, o estudante aplicará a hachura


gradiente, aplicando cores diferentes aos dois tons de
cores, pré-visualizando a aplicação, para obter domínio da
ferramenta.

Modelagem de Desenho Técnico 215


U4

216 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 2
Configuração e Hachuras e Gradientes

Introdução à seção
Existem as hachuras (hatch) tradicionais do AUTOCAD, as hachuras tipo
gradient e o Boundary. O Boundary (LIMITE) não cria hachuras e, sim, uma PLINE
limítrofe ao redor da área selecionada e não um desenho hachurado. Elas podem
ser acionadas pela lingueta do ícone HATCH na Aba DRAW:

Figura 4.10 | Exemplo do painel

Fonte: O autor (2015)

2.1 HATCH
O comando Hatch preenche uma determinada área do desenho com um
padrão de hachura.

Nome do comando: HATCH


Menu Draw/Hatch
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Barra de ferramentas Draw/Hatch
Teclado H+ 

Modelagem de Desenho Técnico 217


U4

Ao ativar o comando, as Ribbons de configurarão da seguinte forma:

- BONDARIES: Determina o limite da área que será hachurada. Quando o usuário


clica no ícone ADD PICK POINTS, o Autocad retorna ao desenho, permitindo que
se clique dentro da área que será hachurada, tornando-a tracejada. Com a opção
REMOVE BOUNDARY, removemos a seleção do objeto tracejado.

- PATTERNS: seleciona o tipo de hachura.

- PROPERTIES: edita as propriedades da hachura, entre elas a escala e a rotação dela.

- ORIGINS: seleciona o ponto de origem do desenho da hachura. Muito útil para


paginações.

- OPTIONS: determina se a hachura será considerada Object Annotation ou


Associativa. As hachuras são consideradas associativas quando elas acompanham
as alterações de escala objeto.

- CLOSE: botão de sair do modo hachura.

2.2 GRADIENT
O comando Gradient cria hachuras em 2 cores em degrade.

Nome do comando: Gradient


Menu Draw/Gradient
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Barra de ferramentas Draw/Hatch
Teclado H+

Ao ativar o comando, as Ribbons se configurarão da seguinte forma:

218 Modelagem de Desenho Técnico


U4

As opções são similares ao do comando HATCH. Para editar uma hachura já


feita basta clicar duas vezes sobre ela e a caixa de diálogo de Hatch Edit será
exibida permitindo alterações.

Figura 4.11 – Configuração de ângulo

Fonte: O autor (2015)

No Programa Autocad, há o comando “superhatch”, que praticamente


configura qualquer desenho vetorizado em uma nova hachura.

11. Refaça desenho em isométrica 30º/30º a partir de algum


desenho técnico elaborado à mão, utilizando as técnicas
aprendidas.

12. Aplique hachuras no objeto para criar realismo.

Modelagem de Desenho Técnico 219


U4

220 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 3
Configuração de Blocos

Introdução à seção
Um bloco é um ou mais objetos combinados para criar um único objeto.

O bloco pode ser composto de objetos desenhados em vários Layers com


propriedades diferentes e pode ser criado em vários métodos, como BLOCK ou
WBLOCK.

Podemos criar blocos associando objetos, dando-lhes um nome e também


anexar informações. Quando o bloco é inserido, criamos uma referência, onde
são especificadas a sua localização, escala e rotação.

3.1 CRIAÇÃO DE BLOCO COM BLOCK


Cria blocos definidos pela seleção de objetos e que serão usados, a princípio,
dentro do desenho atual.

Nome do comando: Block


Menu Draw/ Block/ Make
Ribbon Aba Home/ painel Block/ Create
Barra de ferramentas Draw/Make Block
Teclado B+

Modelagem de Desenho Técnico 221


U4

Ao ativar o comando, abrirá uma caixa de diálogo com as seguintes opções:

Figura 4.12

Fonte: O autor (2015).

• [Name] Nome do novo Bloco a ser criado.

• [Base Point] Especifica um ponto base de inserção para o bloco. Escolha um


ponto de inserção na tela utilizando o botão PICK POINT.

Fecha-se temporariamente a caixa de diálogo para que você possa especificar um


ponto base de inserção no desenho atual. Se a opção SPECIFY ON-SCREEN estiver
ativada quando a caixa de diálogo for fechada, a definição do ponto é solicitada.

[Objects] permite selecionar os objetos a serem incluídos no novo bloco.

• SELECT OBJECT permite selecionar o objeto direto na tela. A caixa de diálogo


será fechada temporariamente para que se defina o objeto. Ao final pressione 
para exibir novamente a caixa de diálogo Block Definition.

• QUICK SELECT exibe uma caixa de diálogo com um filtro de seleção de objetos.

• RETAIN mantém os objetos selecionados com o formato original do desenho

222 Modelagem de Desenho Técnico


U4

depois de criar o bloco.

• CONVERT TO BLOCK converte os objetos selecionados em bloco no desenho


depois de criar o bloco.

• DELETE exclui os objetos selecionados do desenho depois de criar o bloco.

[Behavior] Define o comportamento do bloco.

• ANNOTATIVE especifica o bloco como objeto de anotação. Os blocos de


anotações são comumente usados para anotar informações no desenho. Essa
propriedade permite automatizar o processo de dimensionamento.

• MATCH BLOCK ORIENTATION TO LAYOUT especifica que a orientação


das referências de bloco em viewports de espaço de papel corresponde à
orientação do layout. Esta opção não estará disponível se a opção de anotação
é desmarcada.

• SCALE UNIFORMLY especifica se a referência de bloco é impedida ou não de


ser dimensionada de maneira uniforme no desenho.

• ALLOW EXPLODING especifica se o bloco pode ou não ser explodido depois de


ser inserido no desenho.

• [Block Unit] Especifica a unidade de inserção para qual o bloco foi designado.

• [Hyperlink] permite associar um Hiperlink ao bloco.

• [Description] Anexa uma descrição ao bloco.

• [Open in Block Editor] Abre a definição do bloco atual no editor de blocos


quando você clica em OK.

3.2 CRIAÇÃO DE BLOCO COM WBLOCK


Cria um arquivo de desenho DWG com os objetos selecionados, os quais
podem ser agrupados em uma pasta e utilizados em outros arquivos de desenho,
sendo inserido como um bloco no desenho corrente.

Nome do comando: Write Block ou WBlock


Teclado W+

Modelagem de Desenho Técnico 223


U4

Ao ativar o comando, abrirá uma caixa de diálogo com as seguintes opções.

[Source] Fonte de objetos que vai gerar o bloco externo (arquivo DWG).

• BLOCK a partir de um bloco existente para salvar como um arquivo.

• ENTIRE DRAWING a partir do desenho atual para salvar como outro arquivo.

[Objects] a partir da seleção de objetos para salvar como um arquivo. Quando esta
opção é ativada, ficam ativas as opções Base Point e Objects que são similares ao
comando BLOCK.

[Base Point] Especifica um ponto base de inserção para o bloco. Escolha um ponto
de inserção na tela utilizando o botão PICK POINT.

[Destination] Especifica o novo nome e local do arquivo e as unidades de medida


a ser usada quando o bloco for inserido.

• FILE NAME AND PATH especifica um nome de arquivo e o caminho onde o


bloco ou objetos serão salvos.

• INSERT UNITS especifica o valor da unidade a ser utilizado para o dimensionamento


automático quando o novo arquivo é inserido em um desenho que usa unidades
diferentes.

3.3 INSERÇÃO DE BLOCOS NO DESENHO - INSERT BLOCK


Com o Insert podemos inserir blocos no arquivo. Os blocos podem estar
definidos dentro do desenho atual ou em um desenho externo

Nome do comando: INSERT BLOCK


Menu Insert/ Block
Ribbon Aba Home/ painel Block/ Insert
Barra de ferramentas Draw/Make Block
Teclado I+

Ao ativar o comando, abrirá uma caixa de diálogo com as seguintes opções.

224 Modelagem de Desenho Técnico


U4

• [Name] Especifica o nome do bloco ou o nome do arquivo que será inserido.


Clicando na POPLIST ao lado do nome, temos a lista de blocos disponíveis
dentro do desenho.

• [Browse] Abre uma caixa de diálogo que nos permite buscar arquivos externos
para serem inseridos no desenho.

• [Path] Especifica o caminho para o bloco.

• [Locate Using Geographic Data] Insere desenho usando dados geográficos


como referência. Especifica se o desenho atual e o bloco a ser inserido contém
dados geográficos. A opção só estará disponível se os dois desenhos possuírem
dados geográficos.

• [Insertion Point] Especifica o ponto de inserção para o bloco.

o Specify On-screen: se ativo, solicita a definição do ponto de inserção diretamente


na tela.

o X,Y e Z: coordenadas do ponto em que será inserido o bloco.

• [Scale] Especifica a escala do bloco.

o Specify On-screen: se ativo: solicita a definição de escala diretamente na tela.

o X,Y e Z: escala do bloco em cada eixo.

• [Uniform Scale] Especifica um único valor de escala para as coordenadas X, Y e Z.

• [Rotation] rotaciona o bloco durante a inserção.

o Specify On-Screen: Especifica a rotação do bloco direto na tela.

o Angle: Define um ângulo de rotação para o bloco inserido.

• [Block Unit] exibe informações sobre a unidade de bloco.

• [Factor] Apresenta o fator de escala da unidade, que é calculado com base no


valor INSUNITS do bloco e as unidades de desenho.

• [Explode] Explode o bloco que será inserido, deixando-o de ser um único objeto.

Modelagem de Desenho Técnico 225


U4

1. Criar uma biblioteca de blocos separados por tipologia. Os


blocos podem ser “baixados” do site: <http://www.cadblocos.
arq.br>. Acesso em: 20 jul. 2015.

2. Configurar os layers dos arquivos da biblioteca para o único


layer: BLOCO ou BLOCK, facilitando a inserção e o manuseio
futuro dos mesmos.

226 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 4
Dimensionamento e Configuração
de Cotas Anotativas

Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar facilmente a cota anotativa,
que se configura conforme a escala de plotagem automaticamente.

4.1 OBJETOS ANOTATIVOS OU ANNOTATIVE


No desenho é necessário acrescentar informações para designar medidas,
textos e símbolos que irão auxiliar o profissional durante a execução do projeto.
Essas informações são: textos, cotas, Hachura, tolerância, linhas de chamada,
Blocos e Atributos.

Esses objetos possuem propriedades Anotativas que permitem imprimir e


mostrar os objetos no tamanho correto do papel.

Aplicando informações Anotativas no ambiente Layout (ambiente de impressão),


os objetos poderão ser lidos com medidas apropriadas, mesmo sendo desenhos
em escalas diferentes nas diferentes janelas de visualizações ou viewports.

Para que possamos usar estas informações no modo Anotativo é necessário


criar estilos de texto, cotas e multileaders com a propriedade Annotative habilitada.

Modelagem de Desenho Técnico 227


U4

Figura 4.13 | Janela de configuração de dimension style

Fonte: O autor (2015)

Após a sua configuração podemos controlar a sua visibilidade, escala e mudança


automática através dos seguintes comando da Barra de Status:

• Annotation scale - define a escala das informações Anotativas. Através desse


comando na opção custom pode-se criar novas escalas ou editá-las.

• Annotation Visibility – define se as escalas são visíveis nas janelas de visualizações.


É importante mantê-la acionada.

• Automatically Add Scale to Annotative – permite a mudança automática de


escalas nos diferentes objetos anotativos. Quando está desativado, permite a
mudança manual de escalas entre os objetos.

4.2 DIMENSION STYLE – CONFIGURAÇÃO DE COTAS


Dimensionamento é o processo de acrescentar medidas no desenho. Os di‑
mensionamentos, ou cotas, mostram as medidas geométricas dos objetos, as dis‑
tâncias, os ângulos entre objetos ou as coordenadas XY de um objeto. As dimen‑
sões são divididas em linear, radial e angular.

228 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Toda cota possui um estilo que é caracterizado por cor, tipo de texto, escala
anotativa, tipo de linha e setas.

Antes de dimensionar o desenho é necessário configurar as cotas para definir a


sua aparência e escala.

Nome do comando: DIMSTYLE


Aba Home/ painel Annotation/
Ribbon
Dimension Style
Menu Dimension/Style
Barra de ferramentas Dimension/Dimension Style
Teclado DDIM+

Ao acionar, o comando abrirá uma caixa de diálogo chamada Dimension Style


Manager.

• [Current Dimension Style] mostra o atual estilo em uso.

• [Style] lista os estilos disponíveis no desenho.

• [List] permite escolher o tipo de listagem.

o All Style: mostra todos os estilos configurados.

o Styles in use: mostra somente as cotas em uso no desenho.

• [Preview of] mostra uma prévia das cotas que será configurada.

• [Description] mostra informações a respeito do estilo de cota.

• [Set current] deixa corrente o estilo de cota selecionado.

• [New] cria um novo estilo de cota.

• [Modify] modifica estilos de cotas exitentes. As mudanças feitas em um estilo de


cota pelo Modify alteram automáticamente as cotas do mesmo estilo aplicadas
no desenho.

• [Override] modifica estilos de cotas exitentes, porém não alteram as cotas do


mesmo estilo que ja foram aplicadas no desenho.

• [Compare] mostra um bloco de diálogo que compara dois estilos de


dimensionamento.

Modelagem de Desenho Técnico 229


U4

Para criar um novo estilo de cota, devemos clicar no botão New e observar suas
informações.

• New Style Name: Nome do novo estilo.

• Start With: mostra os estilos disponíveis para você usar como referência para a
nova configuração de cota.

• Annotative: determina que as cotas são de anotação.

• Use for: cria um estilo de cota aplicável a um tipo de dimensionamento específico.

Após preencher as informações desta caixa de diálogo, clique no botão continue


e será aberta uma nova caixa de diálogo com as seguintes abas de preenchimento.

Figura 4.14 | Janela de configurações de cotas

Fonte: O autor (2015)

230 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Aba Line: Define o formato e as propriedades de linhas de dimensão, extensão


de linhas.

[Dimension Lines] Define as propriedades da linha de dimensão.

• Color: define a cor da Dimension Line.

• Linetype: determina o tipo de linha da linha de cota.

• Lineweight: determina a espessura da linha de cota.

• Extend Beyond Ticks: Especifica a distância para estender a Dimension Line


além da linha de Extension Line. Esta opção fica selecionada quando utilizamos
símbolos sem ponta de flecha.

• Baseline spacing: Define o espaçamento entre as linhas de cota.

• Suppress: Suprime (elimina) a exibição da primeira e/ou a segunda linha de cota.

[Extension Lines] Define as propriedades da linha de extensão.

• Color: define a cor da Extension Line.

• Linetype Ext 1: determina o primeiro tipo de linha da extension line.

• Linetype Ext 2: determina o segundo tipo de linha da extension line.

• Lineweight: Define a espessura de linha da linha de extensão.

• Suppress: Suprime (elimina) a exibição da primeira e/ou a segunda linha de extensão.

• Extend Beyond Dim Lines: Especifica a distância para ampliar as linhas de


extensão acima da Dimension line.

• Offset From Origin: Define a distância para começar as linhas de extensão a


partir dos pontos no desenho que definem a dimensão.

• Fixed Length Extension Lines: Fixa o comprimento da linha de chamada a partir


da linha de cota para a origem da linha de chamada.

• Length: Define o comprimento total das linhas de extensão a partir da linha de


cota para a origem de dimensão.

Aba Symbols and Arrows: configura o formato e a colocação de setas, marcas de

Modelagem de Desenho Técnico 231


U4

centro, comprimento de raio e arcos na cota.

[Arrowheads] Controla a aparência das pontas de seta.

• First: define a primeira seta na Dimension line.

• Second: define a segunda seta na Dimension line.

• Leader: Define a seta para a linha de chamada Leader.

• Arrow Size: tamanho da seta.

[Center Marks] Controla a aparência das marcas de centro em cotas de diâmetro


e raio.

• None: não cria marcas de centro.

• Mark: cria uma marca de centro.

• Line: cria uma linha central.

• Size: apresenta e define o tamanho da marca de centro.

[Dimension Break] Controla a medida de quebras da cota.

[Arc Length Symbol] Controla a exibição do símbolo do arco em uma cota de


comprimento de arco.

• Preceding Dimension Text: coloca o símbolo de arco antes do texto de cota.

• Above Dimension Text: coloca o símbolo de arco acima do texto de cota.

• None: não mostra símbolo de comprimento de cota.

• Radius Jog Dimension: controla a exibição do movimento ziguezague na cota


de raio. São muitas vezes criadas quando o centro de um círculo ou arco está
localizado fora da página.

[Linear Jog Dimension] Controla a exibição do desvio para cotas lineares.

• Linear Jog Size: Determina a altura do desvio, que é determinada pela distância

232 Modelagem de Desenho Técnico


U4

entre os dois vértices dos ângulos que compõem o movimento.

Aba Text: Define o formato, posicionamento e alinhamento do texto na cota.

[Text Appearance] Controla o formato e o tamanho do texto.

• Text Style: lista os estilos de texto disponíveis. Se clicar no botão (...), abrirá uma
caixa de diálogo onde você pode criar ou modificar estilos de texto.

• Text Color: define a cor do texto.

• Fill Color: define a cor para o fundo do texto da cota.

• Text Height: tamanho do texto.

• Fraction Height Scale: define a escala das frações relativas ao tamanho do texto.

• Draw Frame Around Text: desenha uma caixa ao redr do texto.

[Text Placement] Controla o posicionamento do texto de dimensão.

• Vertical: posicionamento vertical do texto ao longo da linha de cota.

Centered: centraliza o texto de cota entre as duas partes da linha de cota.

Above: coloca o texto de dimensão acima da linha de cota.

Outside: localiza o texto ao lado da linha de cota quando ele não couber na
Dimension line.

JIS: localiza o texto conforme a norma japonesa (Japanese Industrial Standard – JIS).

Below: coloca o texto de cota abaixo da dimension line.

• Horizontal: controla o posicionamento horizontal do texto ao longo da linha de


cota, em relação às linhas de extensão.

Centered: centraliza o texto ao longo da linha de cota entre as linhas de extensão.

At Ext Line 1: localiza o texto próximo à primeira extension line.

At Ext Line 2: localiza o texto próximo à segunda extension line.


Over Ext Line 1: localiza o texto sobre a primeira extension line.

Modelagem de Desenho Técnico 233


U4

Over Ext Line 2: localiza o texto sobre a segunda extension line.

• View Direction: Define a direção do texto.

Left-to-Right: permite a leitura da esquerda para a direita.

Right-to-Left: permite a leitura da direita para a esquerda.

• Offset from Dim Line: tamanho da folga entre o texto e a dimension line.

[Text Alignment] Controla a orientação (horizontal ou alinhada) do texto, se está


dentro ou fora das linhas de extensão.

• Horizontal: Ccloca o texto na posição horizontal.

• Aligned with Dimension Line: alinha o texto com a dimension line.

• ISO Standard: alinha o texto na linha de cota quando ele couber nela. Caso
contrário, posiciona-o fora da linha de cota e na horizontal.

Aba Fit: controla o posicionamento do texto, seta, leader e linha de cota.

[Fit Options] Opções de encaixe dos elementos da cota.

Se não houver espaço suficiente para o texto e/ou a seta dentro das linhas de
chamada, o que você considera que deva ser movido para fora da cota:

• Either Text or Arrows, Whichever fits Best: pode ser o texto ou seta, o que se
encaixar melhor. Esta é a opção padrão.

• Arrows: se houver espaço somente para as setas, elas ficarão dentro das linhas
de chamadas e o texto será movido para fora.

• Text: se houver espaço somente para o texto, ele ficará dentro das linhas de
chamada e as seta serão movidas para fora.

• Both Text and Arrows: quando não houver espaço, ambos serão movidos para
fora da linha de chamada.

• Always keep text between ext lines: manter sempre as setas e o texto entre as
linhas de chamada.

• Suppress Arrows If They Don't Fit Inside Extension Lines: não desenha seta se

234 Modelagem de Desenho Técnico


U4

não houver espaço para elas entre as linhas de chamada.

[Text Placement] Define o posicionamento do texto de cota depois que ele


foi movido de sua posição padrão, ou seja, movido da posição definida pela
configuração de cota.

• Beside the Dimension Line: move a linha de cota, sempre que o texto da cota
é movido.

• Over the Dimension Line, with Leader: se o texto for afastado da linha de
dimensão, uma linha de leader é criada conectando o texto para a linha de
cota. A linha de leader é omitida quando o texto está muito perto da linha de
dimensão.

• Over the Dimension Line, Without Leader: O texto que é afastado da linha de
cota não é ligado à linha de dimensão com um leader.

[Scale for Dimension Features] Define o valor de escala global de dimensão ou


escala no Paper space.

• Annotative: determina o tamanho da cota de acordo com a escala de anotação


usada no desenho.

• Scale Dimensions To Layout: determina um fator de escala válido em relação


com a escala entre o model e Paper Space.

• Use Overall Scale Of: define uma escala para todas as configurações de estilo
de cota que especificar distância ou espaçamento, incluindo os tamanhos de
texto e flecha. Essa escala não altera os valores de medição da cota.

[Fine Tuning] Fornece opções adicionais de ajustes das cotas.

• Place Text Manually: ignora as configurações de texto e coloca-o na posição


que você especificar na linha de dimensão.

• Draw Dim Line Between Ext Lines: coloca a dimension line entre os pontos da
extension line mesmo quando as setas são colocadas fora dos pontos medidos.

Aba Primary Units: Define o formato e a precisão das unidades de dimensão


primária e prefixos e sufixos de conjuntos de texto de dimensão.

Modelagem de Desenho Técnico 235


U4

[Linear Dimensions] Define o formato e precisão do texto.

• Unit Format: define o formato de unidades para todos os tipos de cota exceto
angular.

• Precision: define o número de casas decimais no texto.

• Fraction Format: define um formato de frações. É útil quando usar cotas em


polegadas ou pés.

• Decimal Separator: define o separador decimal. Ponto, vírgula ou espaço em


branco.

• Round Off: define regras de arredondamento das medidas de dimensão para


todos os tipos de dimensão exceto angular.

• Prefix: inclui um prefixo para o texto da cota. Pode ser um caractere de controle
ou um texto.

• Suffix: Inclui um sufixo no texto de cota. Exemplo: “mm”.

[Measurement Scale] define a escala das cotas nas seguintes condições:

• Scale Factor: fator de escala aplicado às medidas das cotas, que altera os valores
apresentados. Exemplo: a dimensão medida é 25 e o fator de escala é 2. Logo,
o valor apresentado na cota será 50. Essa opção é muito útil quando se fazem
desenhos em escala diferentes no Model.

• Apply to Layout Dimensions Only: aplica o fator de escala somente nas cotas
criadas no Layout.

[Zero Suppression] Controla a supressão de zeros à esquerda e à direita.

• Leading: suprime zeros à esquerda em todas as dimensões decimais.

• Trailing: suprime zeros à direita em todas as dimensões decimais.

• 0 Feet: suprime valores de pés quando forem zero.

• 0 Inches: suprime valores de polegadas quando forem zero.

[Angular Dimensions] define o formato de medidas angulares.

• Units Format: define o formato das unidades de medidas angulares.

236 Modelagem de Desenho Técnico


U4

• Precision: define o número de casas decimais para dimensões angulares.

[Zero Suppression] suprime os zeros antes e depois das casas decimais.

• Leading: suprime os zeros antes do separador decimal.

• Trailing: suprime os zeros depois do separador decimal.

Aba Alternate Units: indica que unidade pretende usar como alternativa principal.
Exemplo: podemos fazer um desenho em milímetros e parte dele ser em polegadas.
Essa opção permite que seja definida uma unidade alternativa a usar.

[Display Alternate Units] Mostra ou não mostra as unidades alternativas.

[Alternate Units] Define o formato atual das unidades alternativas para todos os
tipos de cotas exceto angular.

• Unit Format: define o formato da unidade de medida.

• Precision: define o número de casas decimais.

• Multiplier for Alternate Units: especifica o multiplicador de unidade de medida.


Exemplo: você está trabalhando em mm e quer a unidade alternativa em
polegada. Logo, esse fator será 0.039370.

• Round Distances To: arredondamento da unidade alternativa.

• Prefix: inclui um prefixo no texto de cota alternativa. Você pode digitar o texto
ou usar códigos de controle para exibir símbolos especiais.

• Suffix: Inclui um sufixo no texto de cota alternativa. Você pode digitar o texto ou
usar códigos de controle para exibir símbolos especiais.

[Zero Suppression] Controla a supressão de zeros à esquerda e à direita. Similar às


unidades primárias.

[Placement] Controla a colocação de unidades alternadas no texto de cota.

• After Primary Units: localiza a unidade alternativa após as unidades primárias.

• Below Primary Units: localiza a unidade alternativa abaixo das unidades primárias.

Modelagem de Desenho Técnico 237


U4

Aba Tolerance: controla o formato das tolerâncias. As tolerâncias são acrescentadas


após a unidade primária.

[Tolerance Format] Controla o formato de tolerância.

[Method] Define o método de cálculo da tolerância.

• None: não adiciona uma tolerância.

• Symmetrical: tolerância simétrica. Acrescenta um sinal de mais ou menos na


frente do valor da tolerância.

• Deviation: acrescenta um valor máximo e um mínimo de tolerância.

• Limits: cria uma cota aumentando e diminuindo o valor de tolerância da unidade


primária.

• Basic: desenha um retângulo em torno da unidade primária.

[Precision] Define o número de casas decimais.

• Upper Value: define o valor máximo de tolerância.

• Lower Value: define o menor valor de tolerância.

[Scaling for Height] Define a altura atual do texto de tolerância.

[Vertical Position] Posição relativa da tolerância em relação à unidade primária.

• Top: alinha o topo da tolerância com o topo da unidade primária.

• Middle: alinha o meio da tolerância com o meio da unidade primária.

• Botton: alinha o fundo da tolerância com o fundo da unidade primária.

[Zero Suppression] Controla a supressão de zeros à esquerda e à direita e dos pés


e polegadas, que têm um valor de zero.

[Alternate Unit Tolerance] Formatos alternativos unidades tolerância.

4.3 COMANDOS DE DIMENSIONAMENTO


Dimension Linear

238 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Faz medida Linear horizontal ou vertical dependendo do da localização do objeto.

Nome do comando: DIMLINEAR


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimension linear
Menu Dimension/Linear
Barra de ferramentas Dimension/linear
Teclado DLI+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify first extension line origin or especifique a primeira extension line
<select object>: que ficará presa ao objeto
especifique a segunda extension line
Specify second extension line origin:
afim de cotar toda a parte do objeto
Specify dimension line location especifique uma posição para a
or[Mtext/Text/Angle/Horizontal/ dimension line que ficará paralela ao
Vertical/Rotated]: objeto

Opções do comando:

[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT que
é a própria dimensão encontrada no desenho.

[Text] altera o valor do texto DEFAULT por um texto de linha simples.

[Angle] permite definir o ângulo de inclinação do texto.

[Horizontal] força a criação de cotas somente na horizontal.

[Vertical] força a criação de cotas somente na vertical.

[Rotated] cria a cota com ângulo determinado pelo usuário.

Dimension Aligned

Faz medida alinhada com o objeto e também horizontal ou vertical.

Modelagem de Desenho Técnico 239


U4

Nome do comando: DIMALIGNED


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimension Aligned
Menu Dimension/Aligned
Barra de ferramentas Dimension/Aligned
Teclado DAL+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Specify first extension line origin or especifique a primeira extension line
<select object>: que ficará presa ao objeto
especifique a segunda extension line
Specify second extension line origin:
afim de cotar toda a parte do objeto
especifique uma posição para a
Specify dimension line location or
dimension line que ficará paralela ao
[Mtext/Text/Angle]:
objeto

As opções de comando estão descritas no comando anterior.

Dimension Arc Length Faz medida de comprimento do arco.

Nome do comando: DIMARC


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Arc Length
Menu Dimension/Arc Length
Barra de ferramentas Dimension/ Arc Length
Teclado DAR+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Especificar o arco ou a polyline
Select arc or polyline arc segment: com segmento de arco com um
clique sobre o objeto
especifique uma posição para a
Specify arc length dimension location, or
dimension line que ficará paralela
[Mtext/Text/Angle/Partial/Leader]:
ao objeto

240 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Opções do comando:

[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT que
é a própria dimensão encontrada no desenho.

[Text] altera o valor do texto DEFAULT por um texto de linha simples.

[Angle] permite definir o ângulo de inclinação do texto.

[Partial] reduz o comprimento da cota de arco. Solicita os pontos inicial e final da cota.

[Leader] aciona uma linha de chamada a cota. Essa opção só é exibida em graus.

Dimension Ordinate Os dimensionamentos de ordenadas são compostos por


uma coordenada X ou Y e uma linha de Leader.

Eles medem a distância perpendicular entre um ponto de origem, chamado


referência, e um elemento cotado, como um furo numa peça.

Esses dimensionamentos impedem a ocorrência de erros de medidas,


especialmente durante a confecção da peça, pois os deslocamentos dos elementos
em relação à referência são precisos e evitam acúmulo de erros a cada medida.

O Autocad usa o WCS atual para determinar a coordenada X ou Y, e desenha


a linha-guia numa direção ortogonal em relação aos eixos das coordenadas do
WCS atual. Portanto, para efetuar o dimensionamento de ordenadas, você deve
primeiramente mover a origem do WCS para o ponto de referência. O valor
absoluto da coordenada é usado de acordo com os padrões predominantes para
os dimensionamentos de ordenadas.

Recomenda-se que o modo Ortho esteja ativado durante a criação de


dimensionamento de ordenadas.

Nome do comando: DIMORDINATE


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Ordinate
Menu Dimension/Ordinate
Barra de ferramentas Dimension/ Ordinate
Teclado DOR+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Modelagem de Desenho Técnico 241


U4

Barra de comandos Procedimento do comando


Especificar um ponto.
Specify feature location:
Esse primeiro ponto será a coordenada.
Especificar o último ponto.
Esse segundo ponto, é a posição em
Specify leader endpoint or [Xdatum/ que quer a coordenada. Se deslocar
Ydatum/Mtext/Text/Angle]: o mouse verticalmente, terá a
coordenada em X e horizontalmente,
a coordenada Y.

Opções do comando:

[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT, que
é a própria dimensão encontrada no desenho.

[Text] altera o valor do texto DEFAULT por um texto de linha simples.

[Angle] permite definir o ângulo de inclinação do texto.

[Xdatum] independente de como se desloca o mouse, sempre terá a coordenada X.

[Ydatum] independente de como se desloca o mouse, sempre terá a coordenada Y.

Dimension Radius

Mede o raio do arco ou da circunferência.

Nome do comando: DIMRADIUS


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Radius
Menu Dimension/Radius
Barra de ferramentas Dimension/ Radius
Teclado DRA+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select arc or circle: Selecione o arco ou a circunferência
Dimension text = 6.8517
Especifique a posição da dimension
Specify dimension line location or
line
[Mtext/Text/Angle]:

242 Modelagem de Desenho Técnico


U4

As opções de comando estão descritas no comando anterior.

Dimension Jogged

Mede grandes raios inserindo um símbolo de “raio” ou quebra na frente do texto


de cota. O ponto de origem da linha de cota pode ser especificado em qualquer
localização.

Nome do comando: DIMJOGGED


Menu Dimension/Jogged
Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Jogged
Barra de ferramentas Dimension/ Jogged
Teclado DJO+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select arc or circle: Selecione o arco ou a circunferência
Indique o novo ponto para centro da
cota de raio interrompido.
Esse novo ponto não altera a medida
Specify center location override:
real do raio, mas facilita quando não
tem espaço para pegar o ponto real
para cotar.
Specify dimension line location or
Especifique a posição da linha de cota
[Mtext/Text/Angle]:
Especifique a posição da quebra na
Specify jog location:
linha de cota

As opções de comando já foram descritas em comandos anteriores.

Dimension Diameter

Mede o diâmetro de arcos e circunferências.

Nome do comando: DIMDIAMETER


Aba Annotate/ painel
Ribbon
Dimension/ Diameter

Modelagem de Desenho Técnico 243


U4

Menu Dimension/Diameter
Barra de ferramentas Dimension/ Diameter
Teclado DDI+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select arc or circle: Selecione o arco ou a circunferência
Specify dimension line location or
Especifique a posição da linha de cota
[Mtext/Text/Angle]:

As opções de comando já foram descritas em comandos anteriores.

Dimension Angular

Mede o ângulo entre duas linhas ou três pontos. A linha de cota forma um arco.

Nome do comando: DIMANGULAR


Ribbon Aba Annotate/ painel Dimension/ Angular
Menu Dimension/Angular

Barra de ferramentas Dimension/ Angular


Teclado DAN+

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Select arc, circle, line, or <specify Selecione o arco, circunferência ou
vertex>: linha
Select second line: Selecione a segunda linha
Specify dimension arc line location or
Especifique a posição da linha de cota
[Mtext/Text/Angle]:

As opções de comando já foram descritas em comandos anteriores.

244 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Quick Dimension

Esse comando permite criar uma série de dimensões de forma otimizada e


rápida. Ele é útil para gerar cotas por linha de base ou contínuas, ou ainda para
dimensionar uma série de círculos e arcos.

Nome do comando: QDIM


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimensions/ Quick Dimension
Menu Dimension/Quick Dimension
Barra de ferramentas Dimension/ Quick Dimension
Teclado QDIM +

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione o objeto que faz parte do
Select geometry to dimension:
dimensionamento
Specify dimension line position, or
[Continuous/Staggered/Baseline/
Especifique a posição da linha de cota
Ordinate/Radius/Diameter/datumPoint/
Edit/seTtings] <Continuous>:

Dimension Baseline

São vários dimensionamentos medidos a partir de primeira extension line. Para


criá-los, é preciso que já exista uma cota linear no objeto.

Nome do comando: DIMBASELINE


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimensions/ Baseline
Menu Dimension/ Baseline
Barra de ferramentas Dimension/ Baseline
Teclado DBA +

Ao ativar o comando siga a sequência.

Modelagem de Desenho Técnico 245


U4

Barra de comandos Procedimento do comando


A cota começará a partir da primeira
Specify a second extension line origin extension line da cota linear existente
or [Undo/Select] <Select>: no objeto. Especifique o próximo
ponto para a nova cota
Specify a second extension line origin Especifique o próximo ponto para
or [Undo/Select] <Select>: fazer a nova cota

Dimension Continue

São vários dimensionamentos em série e alinhados a partir da segunda extension


line. Para cria-los é preciso que já exista uma cota linear no objeto.

Nome do comando: DIMCONTINUE


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Continue
Menu Dimension/ Continue
Barra de ferramentas Dimension/ Continue
Teclado DCO +

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


A cota começará a partir da segunda
Specify a second extension line origin extension line da cota linear existente
or [Undo/Select] <Select>: no objeto. Especifique o próximo
ponto para a nova cota
Specify a second extension line origin Especifique o próximo ponto para
or [Undo/Select] <Select>: fazer a nova cota
Especifique o próximo ponto para fazer
a nova cota. Especifique Select para
Specify a second extension line origin usar como base outra cota linear ou
or [Undo/Select] <Select>: Undo para desfazer uma cota errada.
Clique com o botão direito do mouse
para sair do comando ou dê ESC.

Dimension Space

Permite ajustar o espaçamento entre cotas paralelas lineares e angulares

246 Modelagem de Desenho Técnico


U4

automaticamente ou com base em um valor de espaçamento especificado.

Nome do comando: DIMSPACE


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimensions/ Adjust Space
Menu Dimension/ Dimension Space
Barra de ferramentas Dimension/ Space
Teclado DIMSPACE +

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione uma cota base linear, aligned
Select base dimension:
ou angular
Selecione outras cotas (linear, aligned
Select dimensions to space: ou angular) para espaçar igualmente da
cota base e pressione 
Especifique um valor de distância para o
Enter value or [Auto] <Auto>: 1.
espaçamento e 

Dimension Break

Adiciona ou remove uma quebra de cota.

Nome do comando: DIMBREAK


Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimensions/ Break
Menu Dimension/ Dimension Break
Barra de ferramentas Dimension/ Break
Teclado DIMBREAK +

Ao ativar o comando siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Selecione a cota que está sendo
Select dimension to add/remove break
interseccionada ou digite M de
or [Multiple]:
multiple para pegar várias cotas

Modelagem de Desenho Técnico 247


U4

Select object to break dimension or Selecione o objeto que efetua a


[Auto/Manual/Remove] <Auto>: intersecção com a cota e pressione 

Opções do comando:

[Break] coloca automaticamente quebras de cota em todos os pontos de intersec‑


ção dos objetos que efetuam a intersecção com a cota selecionada.

[Auto] coloca as quebras automaticas em função das intersecções.

[Restore] remove todas as quebras de cotas selecionadas.

[Manual] coloca manualmente uma quebra de cota. Você especifica dois pontos
na linha de cota para a localização da quebra.

Dimension Tolerance

Cria tolerâncias geométricas das medidas de desenho, as quais definem as


variações máximas permitidas para uma forma ou perfil, orientação, localização e
desvios a partir da geometria exata no desenho. Elas especificam a precisão necessária
para a funcionalidade e encaixe adequado das peças desenhadas no Autocad.

Nome do comando: TOLERANCE


Menu Dimension/ Tolerance
Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimensions/ Tolerance
Barra de ferramentas Dimension/ Tolerance
Teclado TOL +

Ao ativar o comando, abrirá a caixa de diálogo Geometric Tolerance.

[Sym] escolha do símbolo que representa a característica geométrica de localização,


orientação, forma, perfil e desvio. Ao clicar no quadrado correspondente, uma pequena
caixa de diálogo é aberta, permitindo a escolha do símbolo apropriado ao caso.

[Tolerance 1] cria o valor de tolerância em primeiro lugar no quadro de controle. Dois


símbolos modificadores podem ser adicionados: diâmetro e condição do material.

• Diâmetro: insere um símbolo de diâmetro na frente do valor de tolerância.

248 Modelagem de Desenho Técnico


U4

• Valor: digite o valor desejado.

• Condição do Material (MC): exibe uma caixa de diálogo que permite adicionar
um símbolo modificador.

As condições do material aplicam-se a elementos que podem variar de tamanho.


Na condição máxima do material, também conhecida como MMC (Maximum
Material Condition), um elemento contém a quantidade máxima de material
descrita no limites. Na MMC, um furo tem diâmetro mínimo, ao passo que uma
haste tem diâmetro máximo. Na condição mínima de material também conhecida
como LMC (Least Material Condition), um elemento contém a quantidade
mínima de material descrita no limites. Na LMC, um furo tem diâmetro máximo
e uma haste tem diâmetro mínimo. Na condição independente do tamanho do
elemento, também conhecido como RFS (Regardless of Feature Size), significa
que um elemento pode ter qualquer tamanho dentro dos limites descritos.

[Tolerance 2] Cria um segundo valor de tolerância tal qual criou o primeiro.

[Datum 1] Gera a referência de dados primária no quadro de controle do elemento.


Um Datum é uma referência geométrica teoricamente exata, utilizada para definir
a zona de tolerância de um elemento.

[Datum 2] Cria a referência de dados secundária no quadro de controle do


elemento, similar à criada para Datum 1.

[Datum 3] Cria a referência de dados terciárias no quadro de controle do elemento,


similar à criada para Datum 1.

[Height] Cria uma zona de tolerância projetada no quadro de controle de elemento,


a qual controla a variação na altura da porção estendida de uma parte perpendicular
fixa e ajusta a tolerância àquela especificada pelas tolerâncias de posição.

[Projected Tolerance Zone] Insere um símbolo de zona de tolerância projetada


depois do valor da zona de tolerância projetada.

[Datum Identifier] Cria um símbolo de identificação de referência que consiste em


uma letra de referência.

Dimension Inspection

Cotas de inspeção informam com eficiência que peças manufaturadas devem


ser verificadas para assegurar que o valor da cota e as tolerâncias das peças estejam
dentro de uma faixa especificada.

Modelagem de Desenho Técnico 249


U4

Nome do comando: INSPECTION


Menu Dimension/ Inspection
Aba Annotate/ painel Dimension/
Ribbon
Dimensions/ Inspection
Barra de ferramentas Dimension/ Inspection
Teclado DIMINSPECTION+

Ao ativar o comando, abrirá a caixa de diálogo Inspection Dimension.

[Select Dimensions] especifica as cotas às quais uma inspeção deve ser adicionada
ou removida.

[Remove Inspection] remove a cota de inspeção da cota selecionada.

[Shape] controla a forma do quadro que é desenhado em torno da legenda, o valor


da cota e a taxa de inspeção para a cota de inspeção.

• Round: Cria um quadro com semicírculos nas duas extremidades; os campos


dentro do quadro são separados por linhas verticais.

• Angular: Criar um quadro com linhas que formam um ângulo de 90 graus nas duas
extremidades; os campos dentro do quadro são separados por linhas verticais.

• None: Não cria quadro em torno dos valores.

[Label] ativa e desativa a exibição do campo de legenda.

[Label Value] especifica o texto da legenda.

[Inspection Rate] ativa o texto da legenda.

[Inspection Rate Value] especifica a frequência com que uma peça deve ser
inspecionada. O valor padrão é expresso como percentual e a faixa válida é de 0 a 100.

Dimension Edit

Permite que sejam alteradas as características das cotas selecionadas.

Nome do comando: DIMENSION EDIT


Menu Dimension/ Oblique

250 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Ribbon Aba Annotate/ painel Dimension/


Dimension/ Oblique
Barra de ferramentas Dimension/ Edit
Teclado DIMEDIT+

Acione o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Enter type of dimension editing
[Home/New/Rotate/Oblique] Selecione as cotas que quer alterar
<Home>:

Opções do comando:

[Home] retorna o texto de dimensionamento para sua posição padrão. Se por um


motivo qualquer você alterou o texto da cota de posição, essa opção retorna à
posição original definida no estilo.

[New] Modifica o texto de dimensionamento usando o editor do Mtext.

[Rotate] Aplica rotação ao texto de dimensionamento.

[Oblique] Ajusta o ângulo oblíquo das linhas de chamada para dimensionamentos


lineares.

Dimension Text Edit

Eventualmente, ao desenhar uma cota, o texto pode ficar numa posição


inconveniente. Portanto, alterar a posição do texto, como na figura seguinte, ajuda
a ter melhor legibilidade do desenho.

Nome do comando: DIMENSION TEXT EDIT


Menu Dimension/ Align Text/ opções
Barra de ferramentas Dimension/ Edit
Teclado DIMTEDIT+

Acione o comando e siga a sequência.

Modelagem de Desenho Técnico 251


U4

Barra de comandos Procedimento do comando


Select dimension: Selecione uma cota
Specify new location for dimension text Especifique um ponto para posicionar
or [Left/Right/Center/Home/Angle]: o texto ou escolha uma opção

Opções do comando:

[Left] alinha o texto na cota pela esquerda.

[Center] alinha o texto no centro da cota.

[Right] alinha o texto na cota pela direita.

[Home] retorna o texto de dimensionamento para a sua posição original.

[Angle] altera o ângulo de texto na cota.

Dimension UpDate

Esse comando permite que se atualizem as cotas selecionadas de acordo com


as características do estilo de cotagem vigentes no momento do uso do comando.

Nome do comando: UPDATE


Menu Dimension/ Update
Barra de ferramentas Dimension/ Update

Acione o comando e siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Current dimension style: RAFA1P50 O comando mostra qual estilo de
Annotative: No cota esta corrente
Enter a dimension style
Escolha entre as opções e selecione
option[ANnotative/Save/Restore/STatus/
as cotas que serão alteradas
Variables/Apply/?] <Restore>: _apply

252 Modelagem de Desenho Técnico


U4

As cotas anotativas configuram-se automaticamente na configuração


de escalas. Embora sejam cotas “mais inteligentes”, são tipos de cotas
menos utilizadas pelos cadistas brasileiros, pelo único e exclusivo fato
que a maioria dos cadistas não sabem configurá-la.

1. Configurar sua própria cota Anotativa, escolhendo


individualmente o estilo e tamanho de texto, assim como
configurações específicas do design da cota.

2. Cotar um desenho qualquer utilizando a cota continue.

Modelagem de Desenho Técnico 253


U4

254 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 5
Configuração de Textos e Linhas de Chamada

Os textos e linhas de chamada são essenciais ao bom projeto. E o Autocad


apresenta um comando específico para isto, auxiliando sua criação.

No Autocad, o texto é um objeto independente separado por linhas ou não,


onde podemos mover, formatar e modificar. Quando criamos um texto atribuimos
a ele um estilo de fonte, cores, altura, alinhamento e escala anotativa.

5.1 TEXT STYLE SETTINGS - ESTILO CONFIGURAÇÕES TEXTO


Com este comando podemos alterar e criar vários estilos de texto.

Nome do comando: Text style Settings


Aba Home/ painel Annotation/ Text
Ribbon
Style
Menu Format /Text Style
Barra de ferramentas Text/Text Style
Teclado ST+

Ao ativar o comando, a tabela mostrará as seguintes opções.

Set Current: determina como atual o estilo de texto selecionado.

New: permite criar um novo estilo de texto.

Delete: permite excluir um estilo de texto configurado e não utilizado na área


de trabalho, exceto o estilo Standard que é padrão do Autocad.

Apply: salva as configurações especificadas para o novo estilo de texto.

[Style] Nesta janela ficaram à amostra todos os estilos de textos já configurados no

Modelagem de Desenho Técnico 255


U4

arquivo.

O atual estilo de texto que será configurado é selecionado na cor cinza. Por padrão
do Autocad, um estilo que já se encontrará configurado é o Standard.

[Font] permite escolher ou alterar uma nova fonte de texto.

OBS.: quando alteramos uma fonte, todos os objetos de texto com a mesma
configuração que já foram aplicados no arquivo são alterados para a nova fonte.

• Font name: mostra uma lista com todos os nomes de fonte.

• Big Font: arquivo de definição de formato especial utilizado para um conjunto de


caracteres como o Kanji. Somente os arquivos SHX são tipos de arquivo válidos
para a criação destas fontes.

• Font Style: Especifica se a fonte ficará regular, negrito, itálico ou sublinhado.

[Size] permite alterar o tamanho do texto.

• Height: Especifica o tamanho do texto com medidas que o usuário inseri.

• Match Text Orientation to Layout: Especifica que a orientação do texto nas


viewports corresponde a orientação do layout. Esta opção não estará disponível
se a opção annotative é eliminada.

• Annotative: A escala de anotação determina automaticamente o tamanho de


exibição do texto no Model ou Layout.

[Effects] Modifica as características da fonte, o fator de largura, ângulo de inclinação,


se ele é exibido de cabeça para baixo, para trás, ou alinhados verticalmente.

• Width factor: define o espaçamento entre as letras.

• Oblique angle: inclina as palavras de -85˚ a 85˚, mostrando a palavra como Itálico.

• Upside down: deixa o texto de cabeça para baixo.

• Backwards: muda a orientação do texto da direita para a esquerda.

• Vertical: deixa o texto na posição vertical ou horizontal

256 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Depois de ter criado um estilo de texto, você pode modifi‑


car suas características, mudar o seu nome, ou excluí-lo quan‑
do não precisar mais, exceto para o estilo de texto padrão Standard.
Algumas configurações de estilo afetam os objetos de texto de várias linhas ou
linha única de forma diferente. Por exemplo, as opções Upside Down e Backwards
não têm efeito sobre objetos de texto de várias linhas. Alterar Width factor e Obli‑
que angle não tem efeito sobre texto de linha única.

Single-line text (Dtext) - texto dinâmico

Cria objetos de texto de linha única. Ele exibe uma versão simplificada do editor
de texto, que consiste em uma caixa delimitadora, que é a altura do texto e se
expande à medida que você digita. Use o botão direito do mouse para selecionar
as opções no menu de atalho.

Nome do comando: DTEXT


Aba Home/ painel Annotation/
Ribbon
Multiline text/ Single line
Menu Draw/Text/Single line text
Barra de ferramentas Text/Single line text
Teclado DT+

Ao ativar o comando, siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Command: _dtext
Especifique um ponto para início do
Current text style: "Notes" Text height:
texto. O texto é automaticamente
3.0000 Annotative: Yes
alinhado para a esquerda.
Specify start point of text or [Justify/Style]:
Especifique a rotação do texto e  .
O texto será rotacionado se a opção
Specify rotation angle of text <0.00>: annotative não estiver selecionada.
Em seguida, digite o texto e, para
finalizar, clique fora da caixa de texto.

OBS.: o tamanho do texto segue a configuração feita na Text style Settings.


Cada enter dado no texto cria uma nova linha única de texto.

Modelagem de Desenho Técnico 257


U4

Opções do comando:

[Style] Especifica o estilo de texto. Ao criar, usa-se o estilo de texto atual.

• Enter style name or [?] <current>: Permite acessar um estilo de texto ou manter
o texto corrente.

Para criar um novo estilo de texto vá em Text style Settings.

[Justify] Controla os ajustes do texto, bem como alinhamento.

• Align: alinha o texto por dois pontos definidos pelo usuário. A altura do texto é
ajustada automaticamente. Quanto maior o tamanho do texto, menor o tamanho
da letra usada.

• Fit: alinha o texto por dois pontos definidos pelo usuário. A altura não é alterada,
mantendo o seu valor atual.

• Center: alinha o texto pelo ponto médio da base.

• Middle: alinha o texto pelo ponto médio do texto.

• Right: alinha pela direita.

• TL (Top Left): alinha pelo topo, à esquerda.

• TC (Top Center): alinha pelo topo, ao centro.

• TR (Top Right): alinha pelo topo, à direita.

• ML(Middle Left): alinha pelo ponto médio, à esquerda.

• MC (Middle Center): alinha pelo ponto médio, ao centro.

• MR (Middle Right): alinha pelo ponto médio, à direita.

• BL (Bottom Left): alinha pela base, à esquerda.

• BC (Bottom Center): alinha pela base, ao centro.

• BR (Bottom Right): alinha pela base, à direita.

Multiline text (Mtext) – Múltiplas linhas de texto.

No objeto de texto de várias linhas podemos criar parágrafos, substituir o estilo de


texto atual aplicando uma nova formatação, como sublinhado, negrito e fontes diferentes

258 Modelagem de Desenho Técnico


U4

para caracteres individuais. Também podemos criar textos em coluna ou empilhado,


como frações ou tolerâncias geométricas, inserir caracteres especiais, cores, entre
outros. Ao acionar o comando Mtext, o usuário será solicitado a definir um retângulo
que constituirá os limites do texto. Esse retângulo pode ser alterado para aumentar os
limites de texto ou ser diminuído através de grips e também não é impresso.

Esse comando é muito semelhante ao Microsoft Office Word.

Nome do comando: MTEXT


Aba Home/ painel Annotation/
Ribbon
Multiline text/ Multiline text
Menu Draw/Text/Multiline text
Text/Multiline text ou Draw/ Multiline
Barra de ferramentas
text
Teclado MT+

Ao ativar o comando, siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


Command: mt
MTEXT Current text style: "Notes" Text Para abrir a caixa de texto
height: 0.1000 Annotative: No especifique o primeiro canto
Specify first corner:
Especifique o canto oposto abrindo
Specify opposite corner or [Height/ uma janela chamada Text Formating.
Justify/Line spacing/Rotation/Style/Width/ Para sair da janela de texto, clique
Columns] na opção OK ou clique fora da
janela na área de trabalho.

Opções do comando:

[Height] altura do texto.

[Justify] alinhamento do texto.

[Line spacing] espaço entre as linhas.

[Rotation] ângulo de moldura.

[Style] estilo de texto a ser usado.

[Width] largura do texto.

[Columns] especifica as opções de coluna para o texto.

Modelagem de Desenho Técnico 259


U4

Importante: Para editar o texto existente, basta clicar duas vezes sobre ele e
abrirá a janela de Text Formating permitindo alterações.

5.2 Multileader Style – Configuração de linha de chamada


MultiLeaders são linhas de chamadas que ficam presas a uma parte do objeto
ou desenho para informar detalhes sobre ele. Uma linha de chamada MultiLeader
consiste tipicamente de uma ponta de seta, uma linha horizontal, vertical ou curva e
um objeto de texto de várias linhas ou um bloco. A linha de chamada pode ser alterada
através dos grips e clicando duas vezes sobre o texto para editá-lo novamente.

Nome do comando: MLEADERSTYLE


Aba Home/ painel Annotation/
Ribbon
Multileader Style
Menu Format/Multileader Style
Barra de ferramentas Multileader/ Styles
Teclado MLS+

Ao ativar o comando, abrirá a caixa de diálogo MultiLeader Style Manager com


a seguintes opções:

[Current Multileader Style] exibe o nome do estilo que é aplicado às linhas de


chamadas criadas.

[Style] exibe uma lista de estilo para as linhas de chamadas.

[List] controla o conteúdo da lista Styles. Clique em ALL STYLES para mostrar todos
os estilos de linhas de chamadas disponíveis no desenho.

[Preview] pré-visualização do estilo selecionado na lista.

[Set current] define o estilo de linha de chamada selecionado na lista como corrente.

[New] exibe uma caixa de diálogo CREATE NEW MULTILEADER STYLE, na qual é
possível definir novos estilos de linhas de chamadas.

• New Style Name: nomeia o novo estilo de linha de chamada.

• Start With: especifica um estilo existente de linha de chamada cujas definições


servirão de padrão para a criação do novo estilo.

• Annotative: especifica que o objeto criado é de anotação.

260 Modelagem de Desenho Técnico


U4

[Modify] exibe uma caixa de diálogo MODIFY MULTILEADER STYLE, na qual é


possível modificar os estilos de linhas de chamada.

[Delete] exclui da lista de linhas de chamadas um estilo que ainda não foi utilizado.

Aba Leader Format: Configura o formato e a colocação das setas, marcas de cen‑
tro, símbolos de comprimento de arco e raios de grandes arcos.

[General] controla a aparência da linha de chamada.

Type: determina o tipo de linha para a linha de chamada. Você pode escolher entre
linha reta, uma Spline ou nenhuma linha. Color: determina a cor da linha de chamada.

• Linetype: determina o tipo de linha para a linha de chamada.

• Lineweight: determina a espessura da linha para a linha de chamada.

[Arrowhead] controla a aparência das pontas de setas na linha de chamada.

• Symbol: define a ponta de seta para a linha de chamada.

• Size: define o tamanho das pontas de setas.

[Leader Break] controla a configuração usada ao adicionar uma quebra de cota na


linha de chamada.

• Break size: define o tamanho da quebra da linha de chamada selecionada.

Aba Leader Struture: Aba de restrições.

[Constraints] controla a restrição da linha de chamada.

• Maximum Leader Points: especifica o número máximo de pontos para a linha de


chamada.

• First Segment Angle: especifica o ângulo do primeiro ponto para a linha de


chamada.

• Second Segment Angle: especifica o ângulo do segundo ponto para a linha de


patamar da linha de chamada.

[Landing Settings] controla as configurações de patamar da linha de chamada.

• Automatically Include Landing: Anexa uma linha horizontal de patamar para o

Modelagem de Desenho Técnico 261


U4

conteúdo de linha de chamada.

• Set Landing Distance: Determina a distância fixa para a linha de patamar.

[Scale] Controla o dimensionamento da linha de chamada.

• Annotative: Especifica que a linha de chamada é de anotação. Quando a linha


de chamada não é anotação, as seguintes opções estão disponíveis.

• Scale Multileaders to Layout: Determina um fator de escala para a linha de chamada


com base na escala, no espaço do modelo e viewports do espaço do papel.

• Specify Scale: Especifica a escala da linha de chamada.

Aba Content: controla o conteúdo e texto.

[Multileader Type] Determina se a linha de chamada contém texto ou um bloco.

[Text Options] Controla a aparência do texto.

• Default Text: Define o texto padrão para o conteúdo da linha de chamada.

• Text Style: Lista os estilos de texto disponíveis.

• Text Angle: Especifica o ângulo de rotação do texto.

• Text Color: Especifica a cor do texto.

• Text Height: Especifica a altura do texto.

• Always Left Justify: Especifica que o texto é sempre justificado à esquerda.

• Frame Text: Enquadra o conteúdo do texto com uma caixa de texto.

[Leader Connection] Controla as configurações de conexão da linha de chamada.

• Left Attachment: Controla a fixação da linha de chamada quando o texto está à


esquerda.

• Right Attachment: Controla a fixação da linha de chamada quando o texto está


à direita.

• Landing Gap: Especifica a distância entre a linha de patamar e o texto.

262 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Quando a linha de chamada contém blocos, as seguintes opções estão disponíveis.

[Block Options] Controla as propriedades do conteúdo do bloco.

• Source block: Especifica o bloco usado na linha de chamada.

• Attachment: Especifica a forma como o bloco é anexado ao objeto. Você pode


anexar o bloco, especificando o ponto de inserção do bloco ou o ponto central
do bloco.

• Color: Especifica a cor do conteúdo do bloco.

Multileader (Mleader) – linha de chamada.

Cria uma linha de chamada com detalhe a um elemento.

Nome do comando: MLEADER


Aba Home/ painel Annotation/
Ribbon
Multileader
Menu Dimension/Multileader
Barra de ferramentas Multileader/ Multileader
Teclado MLD+

Ao ativar o comando, siga a sequência.

Barra de comandos Procedimento do comando


clique para especificar o local para a
Specify leader arrowhead location
ponta da seta da linha de chamada.
or [leader Landing first/Content first/
geralmente presa a algum objeto
Options] <Options>:
que terá informações.
clique para especificar o patamar
da linha de chamada e em seguida
Specify leader landing location:
digite o texto na janela de textos.
para finalizar clique em OK.

Opções do comando:

[Leader landing first] especifica uma localização para a linha de patamar da linha
de chamada.

[Content first] especifica uma localização para o texto ou bloco na linha de chamada.

Modelagem de Desenho Técnico 263


U4

[Options] especifica as opções para colocar na linha de chamada.

1. Escolher um desenho qualquer e especificar com linhas de


chamada materiais e especificações técnicas.

2. Utilizando o mesmo desenho, gere arquivos de plotagem


em PDF em 2 escalas distintas.

264 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 6
Modos de Visualização para Auxílio do Desenho

Introdução à seção
O estudante aprenderá a manusear e configurar as Viewports, visualizando
melhor o objeto tridimensional a ser criado.

6.1 VIEWPORTS
As viewports são modos de visualização da área de trabalho do MODEL. Desta
forma, podem-se visualizar várias áreas do mesmo desenho em janelas diferentes.
Seu modo de acionamento é através do menu view, opção viewport e escolhem-
se quantas vistas são necessárias para projetista:

Figura 4.15 | Aba View – Viewports

Fonte: O autor (2015)

Modelagem de Desenho Técnico 265


U4

Para editar uma das vistas, deve-se clicar dentro do limite dela e ela funcionará
como um “mini-model”, onde qualquer modificação em uma das vistas modificará
o objeto em todas. Para voltar para apenas um modelo de vista, deve-se repetir a
operação acima e escolher a opção: “1 viewport”.

Figura 4.16 | Viweports divididas em 4 partes

Fonte: O autor (2015)

6.2 BARRA VIEW


Quando se trabalha em 3D, deveremos utilizar as 3 coordenadas cartesianas:
x, y e z, que poderão ser acessadas pelas ícones de views isométricas, no Ribbon
view – barra view –, ou pelo 3dOrbit, ou pelo WCS. Para o aluno iniciante em 3D é
aconselhável utilizar as 4 views (vistas) isométricas antes de utilizar o 3dOrbit.

Para visualizar as 3 coordenadas, deve-se sair do plano XY, através de comandos


simples como os da barra VIEW com as seguintes opções de planos: TOP,
BOTTOM, LEFT, RIGHT, FRONT e BACK; e as opções de vistas isométricas SW, SE,
NE e NW. O TOP é a vista em planta baixa e o BOTTOM é a vista em planta invertida
enquanto as demais opções de planos são vistas.

As VISTAS isométricas nos dão a impressão que a modelagem é um desenho


bidimensional em isometria em ângulos de 30º/30º:

266 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Figura 4.17 | Exemplificação de isométricas

Fonte: O autor (2015).

Figura 4.18 | Exemplos de vistas

Fonte: O autor (2015)

Modelagem de Desenho Técnico 267


U4

Nome da Barra: VIEW


Menu View 3D Views 
Barra de ferramentas Views
Ribbon Aba VIEW / painel Viewa / Views

Além dos comandos da barra VIEW podemos utilizar o ViewCube.

6.3 VIEWCUBE
É uma das novidades das últimas versões do Autocad, proveniente do programa
REVIT. As modificações entre vistas, perspectivas isométricas e planta baixa são
bem intuitivas, bastando clicar em uma das faces do cubo para o objeto rotacionar
e mostrar uma das faces desejadas, entre as opções: TOP, BOTTOM, LEFT, RIGHT,
FRONT e BACK.

Figura 4.19 | Viewcube

Fonte: O autor (2015)

6.4 3DORBIT
São rotações de vistas no espaço tridimensional. É muito útil para a modelagem
3d. Pode ser acionado das seguintes formas:

Nome do comando: 3dOrbit


Menu View Orbit Constrained Orbit
Barra de ferramentas Modeling/ comando Torus
Ribbon Não há
Teclado 3dorbit +  (ENTER)

Observação: O 3D Orbit também poderá ser acionado pelo clique do scroll

268 Modelagem de Desenho Técnico


U4

simultâneo ao shift.

As viewports, muito utilizadas no desenho 3D do Autocad, têm uso


semelhante as já configuradas viewports do 3Ds MAX. O objetivo das
Viewports é auxiliar com janelas de visualização o entendimento do
objeto 3D visto por vários ângulos.

3. Criar objetos tridimensionais da barra modeling, utilizando


separação de viewports em 4 partes, nas seguintes vistas:
1. Vista de topo. 2. Vista lateral. 3. Perspectiva isométrica. 4
Perspectivas livre.

4.Modificar os objetos tridimensionais do exercício anterior


através de comandos de subtração, adição e intersecção.
Utilizar as viewports para compreender o objeto tridimensional.

Modelagem de Desenho Técnico 269


U4

270 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 7
Apresentação e Configurações do Layout de
Impressão

7.1 MVIEW
O Autocad apresenta dois modos distintos de trabalho: MODEL e LAYOUT.
Enquanto o MODEL é dito o espaço de modelagem, onde se constrói o desenho 2D
e/ou 3D, o LAYOUT é o espaço onde se constrói o layout de impressão. O MODEL
apresenta a UCS do lado inferior esquerdo apresentando os eixos cartesianos
conforme 1º e 2º exemplos. Já o LAYOUT apresenta UCS conforme último exemplo:

Figura 4.20 | LAYOUT

Fonte: O autor (2015)

Troca-se os modos de desenho através da aba onde é listado o MODEL e todos


os LAYOUTS criados, conforme o segundo exemplo acima. Pode-se criar inúmeros
LAYOUTS de impressão conforme necessidade do projetista através do ícone “+”
ao lado da aba MODEL. Enquanto o objeto modelado encontra-se no MODEL, sua
prancha de plotagem estará feita no LAYOUT onde pode-se organizar os desenhos
e controlar a escala do objeto.

No layout os desenhos podem ser separados em viewports diferentes chamados


de Mviews, que podem ser organizados na melhor forma para a impressão, onde
neste exemplo abaixo são os retângulos cor de rosa. Estes retângulos funcionam
como “retratos” do MODEL e podemos configurar para que seu limite cor de rosa
não seja impresso:

Modelagem de Desenho Técnico 271


U4

Figura 4.21 | Exemplos de uso de Mview

Fonte: O autor (2015)

Figura 4.22 | Exemplos de uso de Mview

Fonte: O autor (2015)

Tomemos como como exemplo ao desenho da figura a seguir:

272 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Figura 4.23 | Exemplos de uso de Mview – vista de topo

Fonte: O autor (2015)

No layout o projetista deve desenhar a folha de plotagem com os comandos da


barra DRAW e MODIFY, em escala real de desenho, conforme exemplo a seguir:

Figura 4.24 | Prancha de desenho

Fonte: O autor (2015)

Deve-se configurar ao menos um layer, que poderá ser nomeado como MVIEW,
e sua qualidade de impressão bloqueada, conforme exemplo a seguir:

Figura 4.25 | Configuração de layer mview

Fonte: O autor (2015)

Modelagem de Desenho Técnico 273


U4

Ao criarmos uma MVIEW, no LAYOUT, deve-se digitar MVIEW e fazer uma


janela de visualização, conforme exemplo:

Figura 4.26 | Aplicação do mview em uma prancha layout

Fonte: O autor (2015)

É possível controlarmos a escala da MVIEW e, para melhor compreensão, sugere-


se ao aluno a criação de outra MVIEW do mesmo objeto, na mesma prancha, ao
lado do primeiro exemplo. Controlamos as edições de cada MVIEW através de um
duplo clique no interior do seu limite, neste momento o projetista ainda está no
LAYOUT, mas manipulando o objeto no MODEL. Identificamos em qual MVIEW
estamos manipulando através da presença da UCS e porque os limites da mesma
tornam-se mais espessos. Após esse duplo clique é possível controlarmos a escala
desta MVIEW. Após a operação basta efetuar duplo clique para fora dos limites da
MVIEW para sair dela e retornar ao LAYOUT. Caso não exista a escala desejada, o
projetista poderá criar uma nova em custom.

Figura 4.27 | Configuração de escala de plotagem

Fonte: O autor (2015)

274 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Dessa forma, o projetista poderá confeccionar seu LAYOUT DE IMPRESSÃO da


forma que desejar. Neste exemplo, temos a vista de topo em escala 1:30 e 1:50 do
mesmo objeto. Frisa-se que qualquer modificação do objeto no MODEL acarretará
em mudanças em todos os layouts a ela relacionada, em todas as escalas, pois as
MVIEWS são apenas modo de visualização. O LAYER MVIEW não será plotado se
ele foi criado conforme exemplo deste capítulo. Os textos e as cotas associativas
automaticamente se adequarão às escalas das mviews, conforme capítulos
anteriores sobre o tema.

Figura 4.28 | Configuração de escala de plotagem

Fonte: O autor (2015)

1. À partir de um objeto tridimensional da barra modeling (cubo,


esfera...), organizar uma prancha de impressão da mesma vista
em escalas diferentes.

2. Criar os objetos tridimensionais da barra modeling em layers


diferentes. Organizar 2 mviews diferenciadas, desligando
layers específicos da visualização de uma delas.

Modelagem de Desenho Técnico 275


U4

276 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Seção 8
Configuração de Impressão/Plotagem

Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar uma impressão/plotagem.

8.1 INTRODUÇÃO À IMPRESSÃO


A impressão no Autocad é extremamente simples se o desenho foi construído
conforme exemplos dos capítulos anteriores, sendo imprescindível a escala de
desenho adotada ser em escala métrica real, assim como o desenho em escala
métrica real do layout, textos e cotas associativas e a construção da prancha de
LAYOUT DE IMPRESSÃO conforme exemplos anteriores. Outros autores adotam
escalas de conversão justamente por não utilizarem o Autocad adequadamente.

Como exemplo, utilizaremos Projeto Legal onde a prancha de LAYOUT de


impressão é esta:

Figura 4.29 | Configuração de plotagem

Fonte: O autor (2015)

Modelagem de Desenho Técnico 277


U4

Há várias formas de acionar a plotagem/impressão, sendo a mais simples as


teclas Crtl+P do teclado alfanumérico, quando o Autocad abrirá na tela essa caixa
de diálogo:

Figura 4.30 | Configuração de plotagem

Fonte: O autor (2015)

8.2 PLOTAGEM - ESTILO BÁSICO DE IMPRESSÃO


A operação de plotagem é o método tradicional para impressão em papel e
apresentação do projeto. O comando PLOT aciona a impressora ou o Plotter
para, de fato, imprimir o desenho.

É apresentada a caixa de diálogo Plot para a configuração da folha de impres‑


são no model ou no layout.

Nome do comando: PLOT


Menu File/Plot
Ribbon Aba Output/ painel Plot/ Plot
Barra de ferramentas Standard/ Plot
Teclado CTRL+P

Você pode exibir mais opções na caixa de diálogo clicando no botão MORE
OPTIONS.

278 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Opções do comando Plot.

[Page setup] exibe uma lista com todas as configurações de página nomeadas
e salva no desenho. Você pode basear a configuração da página atual em uma
configuração existente criar uma nova configuração de página.

[Add] salva as configurações atuais da caixa de diálogo de plotagem para uma


configuração de página nomeada.

[Printer/Plotter] Especifica um modelo de impressora/plotter. O modelo DWG to


PDF converte o desenho.dwg em arquivo .pdf. Caso o plotter selecionado não
suporte o tamanho do papel selecionado, será exibido um aviso e você pode
selecionar o tamanho de papel padrão ou um tamanho de papel personalizado.

[Plot to File] a configuração de plotagem sai diretamente para um arquivo .PLT em


vez de plotar ou imprimir.

[Paper Size] Exibe os tamanhos de papel padrão que estão disponíveis para o
modelo de impressora ou plotter selecionado. Se nenhum plotter for selecionado
a lista não será exibida.

[Number of Copies] especifica o número de cópias para a impressão.

[Plot Area] Especifica a parte do desenho a ser plotada.

• Layout/Limits: imprime os limites dentro do layout.

• Extents: imprime todo o desenho. Se parece com o comando Zoom Extents.

• Display: imprime a área visível na tela.

• Window: imprime a área determinada por dois pontos numa janela retangular.

[Plot Offset] determina a origem da impressão. A opção Center the Plot centraliza
o desenho na folha.

[Plot Scale] determina a escala de plotagem. É útil para a impressão do desenho no


ambiente Model. A opção Fit to Paper ajusta o desenho na folha.

[Plot Style Table] seleciona um estilo de plotagem.

[Shaded Viewports Options] determina a qualidade dos desenhos em Shade ou


Render para o 3D.

[Plot Options] Especifica opções para espessuras de linha, estilos de plotagem,


Shade, e a ordem em que os objetos são desenhados.

Modelagem de Desenho Técnico 279


U4

[Drawing Orientation] determina a orientação do desenho em relação a folha.

[Preview] exibe uma prévia do desenho plotado no papel. Para encerrar a pré-
visualização da impressão e retornar à caixa de diálogo de plotagem, pressione
ESC, ENTER ou clique com o botão direito do mouse e selecione a opção Exit.

[Apply to Layout] salva as alterações efetuadas nessa caixa de diálogo no Layout


corrente.

8.3 PLOTAGEM PARA GERAR ARQUIVOS PARA WEB


É possível gerar arquivos de plotagem nos formatos .DWF ou .DWFx (Design
Web Format) que possuem alta performance de visualização na Internet. Neste
modelo de plotagem podemos dar zoom, pan, visualizar Layers e vistas nomeadas
do desenho. Os arquivos DWF podem ser plotados a partir da Internet.

O DWFx, o futuro do DWF, tem base no formato XML Paper Specification (XPS)
da Microsoft. Você pode visualizar e imprimir arquivos DWFx usando o Internet
Explorer7 no Windows Vista, windows XP e Windows 7.

Para gerar um DWF, basta plotar o arquivo selecionando o plotter DWF ePlot.
pc3. Um arquivo DWF é gerado no local indicado por você.

Para gerar um DWFx, usa-se o plotter DWF6 ePlot (XPS Compatible).pc3.

Utilizando os Plotters PublishToWeb JPG.pc3 e PublishToWeb PNG.pc3, é


possível gerar arquivos .JPG e .PNG para serem usados em páginas da web.

Os arquivos em formato PDF podem ser lidos pelo Adobe Acrobat Reader ou
inserido como referência em desenhos do Autocad. Para PDF, utilize o plotter
DWG TO PDF.pc3.

8.4 FINALIZAÇÃO
Para padronizarmos a escolha da impressora utilizaremos a “impressora”: DWG
to PDF, que é um conversor de arquivos Autocad para PDF. A impressão sairá na
escala correta dessa forma:

280 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Figura 4.31 | Configuração de plotagem

Fonte: O autor (2015)

O modo de plotagem apresentado nesta seção, embora recomendado


pela Autodesk, é extremamente mais fácil que outros métodos utilizados
em cursos de Autocad. Os cadistas brasileiros não sabem utilizar esta
forma por falta de informação.

Modelagem de Desenho Técnico 281


U4

1. Ao utilizarmos o Autocad, utilizamos o MODEL para


modelar o desenho, em 2D e/ou 3D. Para montarmos o
LAYOUT de IMPRESSÃO no LAYOUT, montamos VIEWPORTS
denominadas de:

(A) VIEWS
(B) MVIEWS
(C) (C) SCALE
(D) (D) VISTAS
(E) PAPER SPACE

2. Com o Comando imprimir, podemos gerar um arquivo de


impressão transformando o arquivo DWG em PDF. A escala de
desenho, para quem desenha em metros, é de:

(F) 1:1
(G) 10:1
(H) 100:1
(I) 1000:1
(J) 1:100

3. Para os limites de uma MVIEW não ser impressa, devemos


configurar a sua camada para não ser impressa. Tal recurso se
encontra na janela:

(A) LAYER PROPERTIES MANANGER


(B) LAYER CONFIG
(C) ON
(D) LAYER PLOTER
(E) N.d.a.

4. Reproduza a isométrica 30°/30° a seguir:

282 Modelagem de Desenho Técnico


U4

5. Passe à limpo, com a orientação do seu professor, os


seguintes desenhos de mecânica:

6. Passe a limpo o seguinte desenho de mecânica, assim como


a vista superior, vistas laterais, em pranchas cotadas:

Modelagem de Desenho Técnico 283


U4

Desta forma, o estudante aprendeu modos de desenhar no


Autocad que representem as planificações do objeto projetado.
Com o conhecimento aprendido, é possível configurar as
penas de plotagem, cotas, linhas de chamada e até criar
hachuras específicas de corte ou meramente ilustrativas e
volumétricas. Da mesma maneira, é possível criar plotagens
em escalas diferentes e até mesmo criar arquivos em PDF
das plotagens para ser impressos em qualquer impressora ou
visualizados por qualquer pessoa, mesmo que essa não tenha
instalado em seu computador o Autocad.

284 Modelagem de Desenho Técnico


U4

O Autocad é o melhor programa de desenho CAD do mercado.


Mesmo sendo o melhor, é considerado por muitos projetistas
um programa genérico, pois atende genericamente às várias
áreas de Engenharia, Arquitetura e Design. Entretanto, há outros
programas específicos para cada área. A família de programas
da Autodesk, por exemplo, é um ótimo exemplo a ser seguido (e
perseguido). O Autocad é apenas mais uma das ferramentas de
desenho, mas não é a única, nem a última a ser aprendida pelo
projetista. Os produtos como INVENTOR, MAYA, REVIT, ALIAS,
3DMAX, o próprio Autocad poderão ser “baixado” pelo estudante,
com licença de estudante de 3 anos no site da Autodesk.

Modelagem de Desenho Técnico 285


U4

286 Modelagem de Desenho Técnico


U4

Referências
ALASSANCIO, Cristina. Autocad 2010 leva documentação e design 3D a um nível
superior: novos recursos ajudam os projetistas a alcançar a inovação. São Paulo:
Autodesk, 2009.

BARISON, Maria Bernardete. Geométrica: Desenho Geometria e Arquitetura Online.


Disponível em : <http://www.mat.uel.br/geometrica> Acesso em: 26 mar. 2015.

KATORI, Rosa. Autocad 2011: Projetos em 2D. São Paulo: Ed SENAC, 2010.

RIBEIRO, Antonio Clelio. Desenho Técnico e Autocad. São Paulo: Ed. Person, 2013.

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