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transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e
Distribuidora Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-208-9
CDD 620.00420285
2015
Editora e Distribuidora Educacional S. A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041 ‑100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
NOÇÕES GERAIS DE
DESENHO TÉCNICO
Introdução à unidade
Você certamente já ouviu alguém dizer que um desenho fala mais que mil
palavras. Essa afirmação é especialmente verdadeira para as profissões que lidam
com os projetos dos objetos que nos cercam, seja uma geladeira ou um navio, seja
um edifício ou um chip de telefone celular. Os artefatos tecnológicos com que
lidamos em nosso cotidiano são realidades espaciais complexas. Sua descrição
apenas com palavras é impossível. Imagine quantos volumes escritos teriam de
ser produzidos para descrever em todos os detalhes um motor de automóvel,
por exemplo. Ainda assim não seria possível construí‑lo, pois há muitas coisas que
fogem ao poder explicativo das palavras.
Seção 1
Introdução ao Desenho Técnico, à sua
Simbologia e às Normas da ABNT
Introdução à seção
Esta seção pretende enriquecer seu conhecimento sobre o desenho técnico,
contando um pouco da história dessa técnica. Ela relaciona‑se à necessidade de
construção dos novos artefatos da cultura material e tecnológica do Ocidente. Esse
processo de busca pela precisão da representação gráfica se intensifica a partir do
Renascimento (séculos XIV a XVII), se aperfeiçoa no período do Iluminismo (século
XVIII) e se consolida durante a Revolução Industrial (século IXX). Você aprenderá
sobre os diferentes tipos de desenhos técnicos e os pontos comuns entre eles.
Conhecerá a terminologia utilizada e as normas da ABNT que regulamentam
e padronizam todo o trabalho com desenhos técnicos, desde os tamanhos de
papéis até as linhas que os formam.
Figura 1.4 | Moedor de café inventado por Jabez Burns e patenteado em 1881
Não pretendemos aqui fazer uma relação extensa de todos os tipos de desenhos
técnicos, mas você pode ver a diferença entre as figuras 1.6 e 1.7, que mostram,
respectivamente, um desenho de estruturas de concreto armado e outro de um
projeto de um telefone celular, ambos classificados como desenhos projetivos.
técnico. Procure memorizar os termos, porque eles serão utilizados durante todo
o seu estudo neste livro e, é claro, no exercício da profissão de engenheiro(a).
Vamos utilizar a figura 1.8 para lhe mostrar como se chamam os elementos que
compõem um desenho técnico. Cada número no desenho tem seu significado,
que explicaremos logo em seguida.
6) Nome de cada desenho – Cada peça gráfica na prancha deve ter um nome,
único e expressivo, que não se confunda com outros, facilitando assim a
referência a ela. Em geral, logo abaixo do nome do desenho, também chamado
título, vem a indicação da escala em que está desenhado.
8) Legenda explicativa dos símbolos – Quadro com uma reprodução dos símbolos
usados na prancha, nas diversas peças gráficas, seguido de sua explicação. É um
elemento de suma importância, principalmente quando houver necessidade de
criação de algum símbolo fora das normas usuais. Atenção! Pesquise e conheça
as normas técnicas e os símbolos já existentes. Eles dão conta da vasta maioria
das situações, e quase sempre haverá um que vai suprir a sua necessidade. Em
outras palavras, somente crie símbolos fora de padrão se houver realmente
10) Nomes: Cliente, projetista e revisor final – Toda prancha de desenho técnico
precisa passar por uma revisão, antes de ser considerada finalizada para
entrega aos destinatários. Como praxe, é recomendável que outro projetista
revise seu trabalho. No carimbo também consta o nome do cliente que está
encomendando o trabalho e o nome do projeto ou empreendimento. O nome
dos responsáveis é de grande importância.
• NBR10126 – Cotagem em desenho técnico – Sem dúvida, uma das normas mais
importantes e úteis para o trabalho com desenhos técnicos. Este documento é
cheio de exemplos e desenhos, e também traz explicações diversas que guardam
estreita relação com a fabricação dos artefatos que projetamos. Conheça esta
norma e estude cada mínimo detalhe dela.
• NBR 13273 – Desenho técnico – Referência a itens – Esta norma fixa as condições
exigíveis para a referência a itens em desenho técnico. É a norma que define como
fazer indicações nos desenhos, chamadas para textos auxiliares, numeração de
itens e referenciamento dos mesmos a tabelas de componentes e outras situações.
Assim, caro estudante, cabe a você estudar estas normas técnicas e definir
aquelas que mais se adequam ao trabalho que terá nas mãos quando necessitar
produzir ou interpretar desenhos técnicos projetivos. Vale lembrar que existem
duas outras normas de desenho técnico específicas para o trabalho com projetos
arquitetônicos: a NBR 13532, que fixa as condições exigíveis para a elaboração
de projetos de arquitetura para a construção de edificações e a NBR 6492, para
representação gráfica de projetos de arquitetura. No final da Unidade 2, veremos a
aplicabilidade dessas normas e comentaremos suas particularidades.
As folhas que usamos em desenho técnico são as da chamada “”série A”. Esta
série de tamanhos de papel deriva do tamanho básico de uma folha de papel
retangular, com área de 1 m² (um metro quadrado) que tem a propriedade de
um lado ser sempre e o outro . Veja a Figura 1.9 abaixo e isto ficará mais
compreensível. As medidas estão em mm.
Designação Dimensões
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
Fonte: ABNT (1987)
As folhas de desenho, como vimos na Figura 1.8, devem possuir uma margem,
que é o espaço entre o limite do papel e o quadro, desenhado com uma linha mais
larga. Veja a figura 1.12:
Repare que a tabela aqui reproduzida fielmente da NBR 10068 não menciona a
dimensão das margens superior e inferior, somente a esquerda e a direita. Diante
dessa omissão da norma, a praxe profissional consagrou o uso da mesma distância
da margem direita, ou seja, 10 ou 7 mm para as margens superior e inferior,
conforme o tamanho da prancha.
Figura 1.13 | Prancha na horizontal e carimbo Figura 1.14 | Prancha na vertical e carimbo
Vale ainda chamar a atenção para o fato de que nas dimensões das folhas
pré-impressas, enquanto não recortadas, deve haver um excesso de 10 mm de
papel sobrando nos quatro lados, além da linha que define o formato. A Figura 1.15
esclarece este quesito:
Você já viu nesta seção que os desenhos técnicos são produtos gráficos altamente
normalizados. Ao longo da próxima seção vamos mostrar a você os fundamentos da
prática com desenhos técnicos, de modo a capacitá‑lo a produzir as peças gráficas
necessárias para o seu trabalho. Para tanto, iniciamos com o conceito de escala,
fundamental para a produção das peças gráficas que comporão suas pranchas.
Seção 2
Escalas para Desenho Técnico
Introdução à seção
Esta seção vai mostrar a você o que se entende por escala e a importância
de saber trabalhar adequadamente com elas. Verá que existem normas para a
aplicação das escalas em desenho técnico e compreenderá a relação da escala
com a representação dos objetos no espaço do papel. Mostraremos a você alguns
critérios importantes para decidir o que deve ser detalhado e quando usamos o
recurso de detalhamento.
Uma boa maneira de ganhar prática com o uso das diversas escalas
é observar atentamente desenhos técnicos produzidos por boas
empresas de projetos. Você verá que existe uma relação muito clara
entre o que se pretende representar e a escala adequada. Como nem
sempre é fácil obter desenhos das empresas, pois eles fazem parte
do patrimônio intelectual dessas, procure estagiar em empresas de
renome e elevada capacidade técnica, que produzem esses desenhos,
e observe as opções de escalas que os projetistas experientes fazem no
momento em que precisam desenhar!
Dadas tais características e dimensões, seria possível desenhar esta peça com
suas reais medidas na folha de papel. A prancha de desenho teria possivelmente
este aspecto, mostrado na Figura 1.21:
Como todas as dimensões da peça são bem menores do que a folha de papel,
não haveria dificuldade em desenhá‑la com seu tamanho real. Mas, e se a peça
fosse muito maior do que esta folha de nosso exemplo? Só haveria uma maneira
de desenhar a peça: você teria de “reduzir” todas as medidas da peça, de acordo
com uma determinada proporção. Assim, talvez você tivesse que reduzir tudo até
a metade do tamanho, ou mesmo à quinta parte desse tamanho para os desenhos
caberem na folha. Mas, e se o objeto a ser descrito em desenhos fosse, ao contrário,
muito pequeno? Você teria de desenhá‑lo maior para poder mostrá‑lo com todos
os minúsculos detalhes.
• ESCALA 1:1 para a escala natural. No caso do desenho da peça fictícia que
mencionamos no início desta seção, a escala usada foi 1:1, pois caberia na
prancha A3 (Figura 1.21).
Quando a norma diz que as escalas podem ser reduzidas ou ampliadas à razão
de 10, expressa com isso a ideia de que a escala de máxima redução seria 1:100
(lê‑se: “um para cem”), e a de máxima ampliação seria de 100:1 (lê‑se: “cem para
um”). Escalas intermediárias de redução seriam, nesse caso, 1:20 (“um para vinte”)
e 1:50 (“um para cinquenta”); e as de ampliação seriam 20:1 (“vinte para um”) e
50:1 (“cinquenta para um”). Portanto, podemos resumir esse conhecimento numa
tabela, onde agrupamos as escalas, de acordo com o que acabamos de concluir.
Veja a Tabela 1.4:
Redução Ampliação
1:2 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
1:20 20:1
1:50 50:1
1:100 100:1
Fonte: O autor (2015)
O instrumento de desenho que você vai usar para marcar ou ler os tamanhos
em escala no papel é o escalímetro. Existem de vários tipos, com diferentes
conjuntos de escalas, para diferentes tipos de desenhos. O escalímetro mais usual
é uma régua de perfil triangular, com seis escalas métricas diferentes, como os
mostrados na Figura 1.22:
Para que fique mais claro, primeiro vamos mostrar a você como efetuar leituras
no escalímetro. Veja a Figura 1.23. Neste exemplo, o escalímetro está na posição de
uso da escala 1:50. Nessa escala, a distância entre o 0 (zero) e o 1 (um) representa
1,00 m (um metro).
Observe agora as subdivisões de 1,00 m (um metro) nessa escala. Note que o
espaço entre o “0” e o “1” mostra subdivisões feitas com traços verticais de quatro
comprimentos diferentes: os maiores indicam as unidades (números inteiros), e
tem abaixo deles os numerais “1”, “2”, “3” e assim por diante. O segundo mais longo,
sem numeral abaixo, está posicionado bem no centro do espaço entre o “0” e o
“1”, e indica 0,50 m (meio metro). Em seguida, temos os traços de comprimento
um pouco menor, que formam dez intervalos entre o “0” e o “1”, cada um desses
intervalos valendo do metro, ou seja, 0,10 m. Finalmente, você pode observar
traços bem curtos, no meio dos intervalos definidos pelos anteriores. Essas
subdivisões valem do metro, ou 0,05 m. Então, veja a Figura 1.24, a seguir, e
confira em seu próprio escalímetro essas medidas.
Vamos retomar, então, o que dissemos sobre as escalas 1:2, 1:5 e 1:10: Para
efetuar leituras nessas escalas, é só “andar com a vírgula” uma casa decimal para a
esquerda, e imaginar que existe um “0,” (zero vírgula) antes do numeral que indica
a leitura. Veja a Figura 1.25 e as indicações que fizemos.
Agora, veja quanto essa mesma distância significa na escala 1:5. A Figura 1.28
mostra os zeros e vírgulas imaginários, acrescentados por nossa mente, quando se
“anda com a vírgula” uma casa decimal para a esquerda:
Penso que já está ficando mais clara para você a questão das escalas de
representação. Para ampliar e reforçar seu aprendizado, vamos agora conhecer as
escalas 1:20 e 1:100, bem como suas subdivisões. Veja as Figuras 1.29 e 1.31 e tire
você mesmo suas conclusões.
Você pode aprender um pouco mais sobre a relação entre as escalas gráficas
comparando a distância equivalente a uma unidade numa dada escala e o
comprimento no papel, medido com uma régua comum graduada em centímetros
(cm). Observe as figuras 1.32, 1.33 e 1.34, nas quais comparamos o comprimento
de 1,00 m nas escalas 1:20, 1:50 e 1:100 com a régua comum.
Pelo mesmo raciocínio dos exemplos anteriores, ficamos sabendo que 1,00
m na escala 1:100 é marcado ou lido nos desenhos como um comprimento de
1 cm no papel. Então, constatamos que existe uma correspondência perfeita de
proporções entre a escala 1:100 e os tamanhos reais medidos em centímetros
ou milímetros, caso se use também as subdivisões dessa escala. Portanto, caro
estudante, quando precisar desenhar algum objeto na escala 1:1, ou seja, com
suas dimensões reais (diz‑se: desenho em “escala natural”, ou “tamanho real”, ou
“verdadeira grandeza” e outras expressões sinônimas), esta é a escala que usará.
A NBR 8196, vista na subseção anterior desta unidade, esclarece que a escolha
da escala a ser usada para um desenho depende da complexidade do objeto ou
elemento a ser representado e da finalidade da representação. A escala selecionada
deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação
representada. A escolha da escala vai influenciar diretamente o tamanho da
representação no papel, por isso a escala e o tamanho do objeto ou elemento em
questão servem de parâmetros para escolher o formato normalizado necessário.
As recomendações dadas neste quadro não são rígidas. Podem servir a você
como uma primeira referência. Elas admitem, claro, variações. Existe uma infinidade
de projetos diferentes, contextos de projeto diversos. E existe a inovação, as ideias
inéditas, que às vezes vão requerer do projetista imaginação e um forte conhecimento
das normas técnicas, para dar conta de situações especiais de representação.
Esta é uma peça que por suas pequenas dimensões e certo grau de detalhes,
poderia ser desenhada em escala 1:1, isto é, na escala natural. Veja na foto a
relação do tamanho da peça com a mão humana e terá uma noção aproximada
das proporções.
O conjunto gerador mostrado na Figura 1.37 é um artefato que gera uma grande
quantidade de desenhos, em várias escalas. Um desenho capaz de abranger o
conjunto inteiro, no entanto, poderia ser desenhado em escala 1:10, por exemplo,
ou mesmo 1:20, a depender da finalidade do desenho.
Caro estudante, esperamos que esta unidade de estudo tenha contribuído para lhe
dar uma boa noção desse campo de conhecimentos que é o desenho técnico. Procure,
em seu dia a dia, ser observador, buscando nas formas e estruturas dos artefatos que nos
rodeiam, suas geometrias ocultas, seu aspecto construtivo e de funcionamento.
5. 3 formatos A1 na vertical.
Referências
______. NBR 10068 – Folha de desenho - Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987.
______. NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro,
1988.
______. NBR 13273 – Desenho técnico – Referência a itens. Rio de Janeiro, 1999.
______. NBR 8196 – Desenho técnico – Emprego de escalas. Rio de Janeiro, 1999.
______. NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em desenho técnico. Rio
de Janeiro, 1994.
de Janeiro, 1984.
BEIGHTON, Henry. The ENGINE for Raising Water (with a power made) by
Fire. Gravura em papel, emoldurada em madeira, com vidro. Retrata a máquina
a vapor de Thomas Newcomen. Col. Science Museum, Londres, objeto nº. 1730-
785. Imagem disponível em: <http://www.sciencemuseum.org. uk/online_science/
explore_our_collections/objects/index/smxg-50905#na>. Acesso em: 13 mar. 2015.
DÜRER, Albrecht. [Sem título]. Desenho de estudo de proporções do pé. In: _____.
Hierinn sind begriffen vier Bucher… Nuremberg(?): Hieronymus Andreae, 1528,
p. 52, il. Imagem licenciada como domínio público via Wikimedia Commons.
<http://commons .wikimedia.org/wiki>. Disponível em: <http://archive.org/stream/
hierinnsindbegri00dure#page/52/mode/1up>. Acesso em: 13 mar. 2015.
DESENHO PROJETIVO
62 Desenho Projetivo
U2
Introdução à unidade
Desenho Projetivo 63
U2
64 Desenho Projetivo
U2
Seção 1
Geometria Descritíva Básica
Introdução à seção
Como mencionamos, nesta seção mostraremos a você os procedimentos gráficos
fundamentais da Geometria Descritiva, como a épura, os planos de projeções que
compõem os diedros e o sistema mongeano de projeções ortogonais. Este recurso
gráfico simples e poderoso mantém a proporção entre os elementos do desenho ao
fazer uso da escala, possibilitando a perfeita semelhança entre o objeto imaginado
e a representação dele. É essa característica de perfeita semelhança que permite
a fabricação precisa dos artefatos, exatamente como projetamos. Vamos mostrar
também como manusear os instrumentos tradicionais de desenho técnico. A prática
no desenho manual tem‑se revelado um precioso recurso de aprendizagem, que
vai lhe dar mais facilidade no desenho em CAD. Vamos abordar ainda o traçado de
retas, ângulos, círculos e tangências, bem como os diversos tipos de linhas, segundo
seus significados atribuídos pelas normas técnicas.
Que tal se você fizesse uma revisão dos conceitos da Geometria Plana
que aprendeu no Ensino Fundamental e Médio? É possível que você
tenha visto essa matéria com o nome de Desenho Geométrico ou
outro semelhante. Assim, você vai compreender melhor a Geometria
Descritiva e ter mais facilidade com o traçado de retas, círculos e
tangências, o que é essencial para o desenho técnico!
Desenho Projetivo 65
U2
66 Desenho Projetivo
U2
Desenho Projetivo 67
U2
68 Desenho Projetivo
U2
Desenho Projetivo 69
U2
70 Desenho Projetivo
U2
Então, quando você for desenhar os objetos de seu projeto, estará utilizando
os princípios decorrentes da representação em épura. Abaixo, na Figura 2.9, Veja
como ficaria no papel a épura desse exemplo que acabamos de lhe mostrar.
As coordenadas dos pontos nesse sistema são expressas segundo uma convenção
que estabelece que a altura de um ponto em relação ao plano horizontal é chamada
de cota; a distância desse ponto ao plano frontal é chamada de afastamento; e a
distância do ponto ao plano lateral auxiliar é chamada de abscissa.
Desenho Projetivo 71
U2
Figura 2.10 - Da NBR 10067: Projeções de Figura 2.11 - Da NBR 10067: Projeções de
um tronco de cone no 1º diedro um tronco de cone no 3º diedro
72 Desenho Projetivo
U2
Veja as figuras 2.12, 2.13, 2.14 e 2.15 a seguir e esses desenhos da norma ficarão
mais claros para você.
Desenho Projetivo 73
U2
Agora que você verificou como a posição dos objetos nos diedros vão modificar
as épuras que os descrevem, vamos mostrar mais uma vez as figuras da NBR 10067,
só que na posição usual de visualização, com o acréscimo da marcação da Linha
de Terra na horizontal, como normalmente se faz. Temos certeza de que você não
terá mais dúvidas sobre as representações nos diedros. Lembrando: Vamos usar
apenas o 1º diedro!
Como você pode ver, a Figura 2.14 nos parece muito mais familiar, com a
vista frontal (projeção no plano vertical) na parte de cima da LT, ou seja, no plano
vertical; e a vista superior abaixo da mesma. Já a Figura 2.15, épura do 3º diedro, é
de leitura mais difícil.
Figura 2.14 - Da NBR 10067: Épura Figura 2.15 - da NBR 10067: Épura
do tronco de cone no 1º diedro, do tronco de cone no 3º diedro,
reposicionada reposicionada
74 Desenho Projetivo
U2
4 Condições específicas
4.1 Denominação das vistas
Os nomes das vistas indicadas na Figura 3 [neste livro, Figura
54] são os seguintes:
a) vista frontal (a);
b) vista superior (b);
c) vista lateral esquerda (c);
d) vista lateral direita (d);
e) vista inferior (e);
f) vista posterior (f).
4.2 Posição relativa das vistas no 1º diedro
Fixando a vista frontal (A) conforme as Figuras 4-(a) e 4-(b)
Desenho Projetivo 75
U2
76 Desenho Projetivo
U2
• Uma lapiseira 0,5 mm, com grafite HB ou F. Observe que sua lapiseira deverá
ter a extremidade da ponta (a última seção do tubo fino, de onde sai o grafite)
cilíndrica e fixa. Existem algumas lapiseiras com ponta cônica e retrátil. Esse tipo
não é indicado.
• Uma lapiseira 0,3 mm, idem. Esta ferramenta é opcional. Veja se você se adapta
a fazer linhas muito leves e finas, mesmo com a 0,5 mm. Se sentir dificuldade,
talvez a compra de uma lapiseira dessas facilite seu trabalho.
Desenho Projetivo 77
U2
• Uma borracha macia, branca, de plástico especial para desenho técnico. Evite as
de borracha cinza e as muito abrasivas.
• Uma régua paralela de 80 cm. Pode ser substituída por uma régua “T”, com
bordas de acrílico incolor e cabeçote fixo. Ambas vão funcionar melhor em uma
mesa de bordas bem retas e verticais, com quina vivas entre tampo e borda. Essa
característica permite fixar as ferragens da régua paralela ou apoiar o cabeçote
da régua “T” com precisão.
• 1 escalímetro triangular com 6 escalas (1/125; 1/100; 1/75; 1/50; 1:25, 1/20).
• Um compasso de boa qualidade, pernas sem folgas, para grafite 2,0 mm comum,
dureza HB ou F.
78 Desenho Projetivo
U2
Para começar a desenhar, você deve prender sua folha de papel com fita crepe
na mesa. A posição dos pedaços de fita deve ser como na figura, para evitar rasgar
o papel no momento de soltar a folha, após o término do trabalho. A folha deve
ser alinhada pela régua, nunca pelas bordas da mesa. Por isso você já deverá ter
instalada a régua paralela ou posicionada a régua “T”. Então, se a régua estiver
desalinhada da mesa alguns milímetros, isso não terá influência em seu trabalho,
uma vez que a fixação da folha acompanha o alinhamento da régua.
Desenho Projetivo 79
U2
Quando é necessário traçar retas nos ângulos múltiplos de 15° que não os de
30°, 45° ou 60°, usamos os esquadros de 45°-45° e de 30°-60° em associação.
Veja a Figura 2.23.
80 Desenho Projetivo
U2
6. Pernas do compasso.
A ponta de grafite deve ser chanfrada com lixa, ficando como na Figura 2.26:
Desenho Projetivo 81
U2
Com essas instruções você já pode começar a fazer seus primeiros exercícios
de traçado. Vamos, na próxima subseção, rever alguns algoritmos gráficos que
você deve ter visto em algum momento de sua trajetória de estudos, talvez no
Ensino Fundamental, Médio ou algum curso técnico que tenha frequentado.
Vamos abordar o traçado de retas, ângulos, círculos e tangências. Papel peso na
prancheta, materiais a postos, e vamos começar.
82 Desenho Projetivo
U2
Para traçar retas horizontais, use a régua paralela ou “T”. Para traçar linhas verticais,
apoie um dos esquadros na régua e, de baixo para cima, pelo lado esquerdo do
esquadro (se você é destro(a)), trace a vertical. Lembre‑se: traça‑se assim porque
a luz de seu ambiente de desenho deve vir pelo seu lado esquerdo (se você é
destro(a)). Além disso, o grafite não deve entrar em contato com os esquadros. Por
mais antinatural que traçar assim lhe pareça, habitue‑se a traçar desse modo, pois é
como fazem os profissionais para obter um desenho preciso e limpo.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Desenho Projetivo 83
U2
3) Traçado de uma reta paralela à outra, segundo uma dada distância — Seja a
reta r e o segmento , traçar uma reta paralela a r, a uma distância = .
84 Desenho Projetivo
U2
Desenho Projetivo 85
U2
86 Desenho Projetivo
U2
• Ponto interno à circunferência: não é possível traçar uma reta tangente por esse
ponto.
• Ponto pertencente à circunferência: por esse ponto podemos ter apenas uma
reta tangente, pois ele é o próprio ponto de tangência.
• Ponto externo à circunferência: por esse ponto podemos traçar duas retas
tangentes à circunferência.
Desenho Projetivo 87
U2
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
88 Desenho Projetivo
U2
Vamos agora passar para uma aplicação prática destes conhecimentos sobre
círculo e tangências. Você vai aprender a traçar concordâncias ou arredondamentos.
Este é um procedimento muito frequente em desenho técnico, por isso dedique
Desenho Projetivo 89
U2
b) Utilizando o que você viu no exercício 3 (traçado de uma reta paralela a outra,
numa dada distância), foram traçadas as retas r' // r e s' // s. As novas retas
90 Desenho Projetivo
U2
originam o ponto O.
10) Traçado da concordância de um arco com uma reta segundo um raio dado
— Seja uma reta r e um arco A∩B. Deseja‑se traçar a concordância entre a reta
e o arco, sendo o raio = .
Desenho Projetivo 91
U2
• Agora, com a ponta seca em O, abra o compasso até a marca que fez sobre a
mediatriz mencionada. Use de novo o compasso, com o centro em O e abertura
daí até a marca. Trace então um arco de raio = + , paralelo a A∩B.
• O cruzamento dessa reta com o arco paralelo a A∩B origina o ponto P, que
é o centro da concordância.
92 Desenho Projetivo
U2
b) Trace por O uma reta que intercepte o arco C∩D e vá além dele, determinando
assim o ponto A'. Faça o mesmo com relação ao arco E∩F e determine o ponto A”.
• Abra o compasso na distância . Com centro em A', faça uma marca sobre
a reta que contém (além do ponto A'). Essa marca determina B'. Proceda
da mesma forma com relação à reta que contém e determine B".
c) Trace, a partir dos centros O e P, duas retas que passem pelo centro de
concordância Q. Os pontos K e K' originados dos cruzamentos dessas retas
com os arcos C∩D e E∩F são os pontos de tangência da concordância.
Centralize o compasso em Q, abra até K ou K' e trace o arco concordante com
os dois arcos iniciais C∩D e E∩F. Está traçada a concordância de raio = .
Desenho Projetivo 93
U2
o trabalho.
A NBR 8403 foi baseada na norma internacional ISO 128-1982 (ABNT, 1984). No
presente, a ISO 128-1982 foi substituída pela ISO 128-1:2003, com estes últimos
quatro dígitos indicando o ano (2003). A designação “ISO 128” refere‑se, na
verdade, a uma coleção de doze normas, relativas a uso de linhas em vários tipos de
desenhos técnicos, convenções para desenhos de vistas, desenhos de engenharia
mecânica, cortes e seções e representação de áreas cortadas e seccionadas. Não
vamos aqui esmiuçar os detalhes dessa coleção de normas. O que importa para
você neste momento é saber que as indicações dos tipos e finalidades das linhas
determinados pela NBR 8403 são a parte que mais interessa, continua vigente e
94 Desenho Projetivo
U2
Desenho Projetivo 95
U2
do item 3.4 Tipos de linhas (ABNT, 1984). O Quadro 2.2, mais adiante neste livro, é
uma reprodução adaptada desse quadro de tipos de linhas.
1ª) arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A);
2ª) arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F);
3ª) superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades
e na mudança de direção; tipo de linha H);
5ª) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K);
6ª) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B).
Quanto ao item 3.6 da norma, terminação das linhas de chamadas, tais linhas
devem terminar:
96 Desenho Projetivo
U2
c) com uma seta, se ela conduz e/ou contorna a aresta do objeto representado
(Figura 2.33).
Figura 2.34 - Uso da linha tipo C1 Figura 2.35 - Uso da linha tipo D1
Quadro 2.3 | Tipos de linhas e suas aplicações, segundo a NBR 8403 ABNT
Aplicação Geral
Linha Denominação
(Ver figuras 2.34 a 2.39)
A1 contornos visíveis
A Contínua larga
A2 arestas visíveis
Desenho Projetivo 97
U2
B2 linhas de cotas
B3 linhas auxiliares
B4 linhas de chamadas
B Contínua estreita
B5 hachuras
G1 linhas de centro
G3 trajetórias
(A) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
(B) “Confeccionado por máquina”, i.e., o projeto desenhado em computador (CAD), fato recente na época.
Fonte: Adaptado de ABNT (1984)
98 Desenho Projetivo
U2
Desenho Projetivo 99
U2
Figura 2.38 - Uso da linha tipo K5 Figura 2.39 - Uso da linha tipo K4
Seção 2
Representação Gráfica em Desenho Técnico
Introdução à seção
Com os conhecimentos desta seção você vai concluir o estudo das matérias
mais relevantes para o desenho técnico. Vamos falar de cortes, seções e
encurtamentos, bem como de hachuras. Você vai praticar a caligrafia técnica e
aprender a cotar seus desenhos, segundo a norma técnica. Terminará o estudo
desses tópicos tendo uma noção de desenho em perspectivas axonométricas:
isométrica, cavaleira, dimétrica e trimétrica.
Nos desenhos em corte, vemos não somente os contornos das áreas cortadas
mas também tudo o que está mais distante de nós, para além do plano de corte.
Em suma, se efetuamos um corte numa peça, e se essa peça possui um espaço
interior, como na Figura 2.40, o desenho mostrará os detalhes desse interior.
Figura 2.41 | Objeto cortado por um plano Figura 2.42 | Projeções ortogonais do
horizontal objeto e marcação do plano de corte BB
A figura 2.43 mostra o mesmo objeto da Figura 2.42, com suas projeções
ortogonais e a indicação do plano de corte vertical A-A.
Nos cortes, a parte sólida é preenchida com uma textura de linhas, a hachura.
A direção da visualização do corte é indicada com setas de pontas fechadas e
preenchidas, tocando na linha do plano de corte, como nas figuras anteriores.
A representação da área de corte por meio de hachuras em desenho técnico é
normalizada pela NBR 12298 ABNT.
Vejamos outros exemplos. A Figura 2.44 foi reproduzida da NBR 10067 e mostra
uma peça de ferro fundido em vista e corte. Note as indicações do plano que corta
o objeto e também a representação, no corte A-A, dos detalhes nas superfícies
interiores e mais atrás da peça.
A NBR 10067, em seu item 4.6.10 Vistas de peças encurtadas, nos diz que na
peça longa são representadas somente as partes da peça que contêm detalhes.
Os limites das partes retidas (i.e., excluídas) são traçados com linha estreita,
conforme a NBR 8403 (ver Figuras 2.46 e 2.47). Nas peças cônicas e inclinadas, a
representação deve ser conforme as Figuras 1.26 e 1.27.
Figura 2.46 - Peça encurtada (1) Figura 2.47 - Peça encurtada (2)
Figura 2.48 - Peça encurtada cônica (1) Figura 2.49 - Peça encurtada cônica (2)
Como você pode ver, esta caligrafia, embora agrade a alguns, não é muito
regular e alguns caracteres combinados não seriam muito legíveis, como p. ex.,
o 1 e o A, e outros. Mas, como era no tempo em que o desenho técnico feito
à mão precisava ser escrito, isto é, anotado? Bem, vamos mostrar a você um
exemplo consagrado de escrita técnica à mão, até hoje em uso pela maioria dos
profissionais. Veja a Figura 2.51:
Como esses caracteres são rápidos de fazer, basta você praticar um pouco e
logo suas anotações nos desenhos ficarão legíveis e elegantes. Chama‑se anotar um
desenho técnico a fase do trabalho em que se terminou de desenhar as peças gráficas
e passa‑se a escrever e cotar o desenho. A figura 2.52 mostra um desenho técnico
mecânico com as cotas (medidas) no desenho. Este será nosso próximo assunto.
A NBR 10126 não apenas mostra em figuras os exemplos, mas também traz 14
páginas com muitos textos explicativos que são de leitura obrigatória para você,
futuro(a) engenheiro(a). Pelo momento, dado o caráter generalista deste livro,
vamos abordar apenas o essencial desta matéria. Com base nos termos da Figura
2.53, procure compreender bem esse assunto e memorizar seus tópicos principais.
• Linha de Cota - linhas estreitas e contínuas onde são posicionadas as cotas. São
limitadas pelas linhas de chamada.
As linhas de cota, nas quais estão localizadas as cotas, serão sempre paralelas às
linhas que estão sendo medidas. Elas deverão ser representadas com uma linha
contínua estreita e posicionadas, sempre que possível, externamente ao desenho.
Caso não haja espaço suficiente para a cota entre as linhas de chamada, a linha
poderá ser removida para fora delas.
• No segundo método, as cotas serão lidas da base da folha de papel e suas linhas
devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota.
• as perspectivas axonométricas (Gr.: axon, eixo; e metron, medida), que são geradas
por projeções paralelas ortogonais, segundo alguns princípios matemáticos e
convenções. As perspectivas axonométricas podem ser de três tipos:
Ângulos
α ß
7° 10’ 41° 25’
10° 22’ 39° 49”
14° 10’ 37° 55’
18° 40’ 35° 40’
Fonte: Vasco e Carvalho (2004) Fonte: Vasco e Carvalho (2004)
Fatores de
Ângulos
redução
α ß d1 d2 d3
5° 10’ 17° 50’ 0,5
9° 50’ 24° 30’ 0,9 0,6
1
14° 30’ 26° 40’
0,7
11° 50’ 16° 0,8
dos objetos. A figura 2.60 nos mostra uma comparação do resultado gráfico de
um objeto desenhado com as três técnicas de perspectivas axonométricas. A
dimétrica e a trimétrica, a ângulos aproximados aos dos quadros 4 e 5, parecem as
mais proporcionais e realistas.
Seção 3
Planejando a Prancha de Desenho Técnico
Introdução à seção
Tomemos como exemplo a representação de interiores de um banheiro onde
se deve mostrar a planta baixa, elevações laterais e detalhamento de bancada.
Deve-se sempre situar a localização do objeto representado: o terreno em relação
à cidade, o apartamento em relação ao bloco residencial, o cômodo em relação
à planta baixa de toda a edificação. Isto poderá ser feito através de “bonecos”
que demonstrem sua localização ou o objeto detalhado é parte do caderno de
encargos ou de detalhamento de um objeto maior. As pranchas e seus respectivos
tamanhos, assim como escalas gráficas, devem respeitar o objetivo do desenho
representado, conforme Quadro 2.1. Em outras palavras, quanto mais próximo o
desenho estiver da escala 1:1, mais detalhes realistas ele representará. A escolha da
escala está relacionada com o nível de representação desejado.
Daremos aqui uma dica que dificilmente você verá na literatura: Para
planejar as suas pranchas de desenho técnico, calcule o tamanho de
cada peça gráfica na escala que vai usar e deixe um espaço de, no
mínimo, 50 mm entre os desenhos e destes para as linhas do quadro.
Assim você terá espaço suficiente para anotar cotas, textos e demais
elementos informativos, sem ter que usar uma prancha grande ou
pequena demais.
A prancha acima mostra a planta baixa em escala 1:75, onde a prancha é A2,
com as linhas de dobra e margens marcadas conforme NBR 6492. Nota-se que a
escala da planta baixa está no intervalo do convencionado em tabela e sua escolha
planejada conforme espaço da prancha A2:
a) vista superior;
d) vista inferior;
e) vista posterior;
Figura 2.63 | Vistas essenciais e opcionais, no 1º diedro, segundo a NBR 10067 ABNT
• título do desenho;
• escalas;
• data;
• planta de situação;
• planta de edificação;
• cortes;
• fachada;
• elevações;
A fixação da folha de desenho deverá ser feita sempre com fita adesiva de pouca
aderência (para não fixar adesivo da fita na prancha de desenho após sua retirada)
e deverá seguir sempre a seguinte disposição em relação à folha, na sequência
exposta para evitar que a folha fique dobrada durante a fixação:
Deverão sempre ser utilizadas lapiseiras técnicas com ponteira metálica para
proteção do grafite ao traçar conjuntamente com esquadros ou réguas técnicas,
conforme exemplo:
Jamais utilize o escalímetro como régua de traço, apenas para medição e aferição.
Desta forma, nas várias vezes em que o projetista repensa o projeto, este é várias
vezes melhorado, diminuindo gradativamente as incertezas e a possibilidade de erros.
Referências
METALÚRGICA GOLIN S/A. Apresentação Comercial 2010 – rev. 001: Slide 18 Peças
e Conjuntos Tubulares, documento eletrônico. Disponível em: <http://slideplayer.
com.br/slide/1238612/>. Acesso em: 1º abr. 2015.
MONTENEGRO, G. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.140 p., il.
PEREIRA, Nicole de Castro. Desenho técnico. Curitiba: Livro Técnico, 2012. 128 p., il.
AUTOCAD: CRIAÇÃO E
EDIÇÃO DO DESENHO
TÉCNICO
Introdução à unidade
Exemplo:
LINE
Cria segmentos de linhas onde cada seguimento é um objeto único e pode ser
editado individualmente.
Barra de comandos:
UTILIZAÇÃO DO MOUSE
Se adotarmos como padrão a configuração de mouse para uma pessoa destra,
deveremos considerar que o mouse apresenta as seguintes especificações:
Botão
Botão direito esquerdo
aciona atalho seleciona
ou enter objetos,
especifica
pontos e
opções de
menu
Scroll ativa os
camandos Zoom
realtime, Zoom
extend e PAN
Seção 1
Introdução à seção
Nesta seção o estudante se familiarizará com o layout do software, barras de
ferramenta “padrão”, configurações iniciais e área de trabalho.
Ribbon
Quick
Views cube
Access
Área de desenho
Barra de Comandos
Model/Layout
Barra de Status
Marcador Model/Layout
Quick access
A barra Quick access (Acesso Rápido) está sempre localizada na parte superior
da janela do programa, e permite acesso rápido a um conjunto definido de
comandos, como Novo arquivo, Salvar, Abrir, Imprimir e outros submenus.
Diferentes comandos podem ser exibidos sobre ele com base no WorkSpace atual.
Menu Browser
Views Cube
Área de Desenho
Seção 2
Configuração da Área de Trabalho – Workspace
Introdução à seção
Ao abrir o Autocad pela primeira vez é necessário configurar algumas opções
de trabalho que facilitarão o nosso processo de criação. Algumas das opções que
mudaremos são: limites da área de trabalho, versão de salvamento, a cor no fundo
da área de trabalho e preferencias do usuário.
Por padrão o Autocad abre a área de trabalho acad.ctb. É possível criar arquivos
“modelo” com configuração de impressão, cotas e estrutura de Layers para servirem
de base para os novos desenhos. Esses arquivos são chamados de Drawing
Template e têm a extensão. DWT. Qualquer arquivo pode ser transformado em
Drawing Template. Basta salvá-lo em formato. DWT.
Ative o comando Open e abrirá uma caixa de diálogo chamada Select File, na
qual o usuário poderá procurar pelo arquivo desejado e abri-lo. Localize o arquivo
na lista e em seguida clique em Open.
Caso seja a primeira vez que o arquivo será salvo, ao ativar o comando Save
abrirá a caixa de diálogo Save As. Na caixa de diálogo será solicitado o nome do
novo arquivo e o local em que ele ficará salvo no computador. Finalizando as
configurações, clique em Save.
Seção 3
Criação de Linas e uso de Coordenadas
Introdução à seção
Esta seção apresenta recursos de visualização dos objetos na área de trabalho. No
Autocad todos os desenhos são feitos em medida real escala (1:1), porém, algumas
vezes, é necessário visualizar detalhes do desenho ou o desenho todo ampliado.
Os comandos de Zoom aumentam ou diminuem a visualização do desenho na
área de trabalho com o auxílio do mouse. Observação: Zoom não altera o tamanho
absoluto de objetos no desenho. Muda apenas a ampliação da visão.
ZOOM WINDOW
Amplia o objeto especificado em uma área aberta por dois cantos opostos
numa janela retangular.
Clique nos dois pontos opostos para definir uma janela no objeto que será
observado.
ZOOM REALTIME
Depois de ativar o comando, o cursor muda para uma lupa com sinal de mais
(+) e menos (-). Mantendo pressionado o botão esquerdo do mouse, mova-o
verticalmente até o topo da janela para ampliar ou para a parte inferior da janela
para diminuir o objeto. Para sair do comando, pressione a tecla ESC ou Enter.
Também é possível utilizar o Zoom Realtime girando o Scroll do mouse. Girar para
frente aumenta o Zoom, girar o Scroll para trás diminui o Zoom.
ZOOM PREVIOUS
ZOOM EXTENTS
PAN REALTIME
Esse comando move o desenho na tela em tempo real sem alterar a posição
em relação às coordenadas.
COMANDO UNDO
Utilize o comando Undo com atenção para não perder parte do desenho e
também não confunda o comando undo com a opção Undo apresentada durante
a execução de alguns comandos.
COMANDO REDO
Importante: Usa -se vírgula (,) para separar os pontos de coordenadas enquanto
o ponto (.) separa as casas decimais.
COORDENADAS POLARES
COORDENADA DIRETA
cursor para indicar uma direção e depois especifique o valor de distância diretamente.
Este método é chamado entrada de DISTÂNCIA DIRETA. A localização atual do cursor
na área de trabalho é exibida como um valor de coordenadas na barra de status.
Ao clicar em Settings, abrirá uma nova caixa de diálogo, configure a nova malha
de acordo com as medidas de pontos cartesianos necessário para o seu tipo de
trabalho. Essas medidas ficarão configuradas no seu Autocad.
Caso acione o Grid e a malha não apareça na tela, dê o comando Zoom Extend
e ela aparecerá centralizada na tela. A malha do Grid é um objeto de referência e
precisão, por isso ela não é impressa.
Dica: é muito importante trabalhar com o Osnap ligado para ter auxílio preciso
no desenho.
• [Arc] inicia um trecho em arco e exibe ainda subopções como ângulo, espessura
de linha, raio.
Seção 4
Criação de Objetos Geométricos
Fórmula: @x,y
• [3 points]: Cria arcos com 3 pontos, onde o primeiro e o terceiro ponto são as
extremidades do arco.
• [Center] Cria uma Ellipse determinando o centro e uma extremidade de cada eixo.
Revision cloud: Cria uma polyline com arcos sequenciais formando uma
o ZERO: cria a mline em que o ponto de referência esta centralizado com o cursor.
Seção 5
Edição de Objetos Geométrico
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos da barra MODIFY,
ou seja, com comandos de modificação de desenho.
Para abrir uma janela de seleção, basta clicar bem próximo aos objetos que
serão selecionados. Em seguida, arraste o cursor do mouse e clique novamente
no canto diagonal oposto ao primeiro.
DESFAZER SELEÇÃO
Use a tecla SHIFT do teclado para desativar uma seleção errada sem se desfazer
das outras seleções.
Apenas segure o Shift e clique nos objetos que foi selecionado por engano. Isso só
será possível antes de confirmar a seleção com nos casos de comandos de edição.
Em vez de selecionar objetos para apagar, você pode digitar uma opção, como L
(last), para apagar o último objeto desenhado ou ALL para apagar todos os objetos.
OOPS não poderá ser usado para restaurar os objetos que foram removidos
com o comando PURGE.
O ponto base pode ser pego em qualquer parte do objeto ou próximo dele,
porém é recomendável que se pegue o ponto base no objeto, com o auxílio da
ferramenta Osnap, para obter resultados precisos.
Mirror: Cria uma cópia espelhada dos objetos selecionados a partir de um eixo
de espelhamento que é especificado por dois pontos para qualquer direção.
Opções do Rotate:
Opções do Scale:
Trim: Apara/corta partes do objeto (lines, plines, splines, arcs, circles, rectangles,
ellipses) que se interseccionem com outros objetos.
Lembre-se que, caso ative o comando pelo teclado, dê / duas vezes e siga a
sequência a cima.
Opções do Trim:
• [Project]: Seleciona o plano de projeção para cortar o objeto (útil para 3D).
• [Edge]: Corta parte do objeto que apresenta intersecção aparente (útil para 3D).
Extend: estende uma linha, uma polyline ou arco até outro objeto.
Como esse comando é o contrário do Trim, sua forma rápida de uso também é
parecida com a do comando anterior. O comando Extend é ativado e, em seguida,
deve-se clicar no enter novamente para habilitar a extensão. Desta forma, já pode
clicar nas linhas para que o objeto se estenda. Ou da seguinte forma:
Opções do Extend:
• [Project]: Seleciona o plano de projeção para cortar o objeto (útil para 3D).
• [Edge]: Corta parte do objeto que apresenta intersecção aparente (útil para 3D).
Os objetos que o comando Join une são: linhas, arcos, arcos elípticos, splines
e hélix. Unindo os objetos semelhantes que estavam individuais, reduzimos o
tamanho do arquivo e aumentamos a qualidade do desenho.
Opções do Break:
Ative o comando e observe que o raio está com o valor 0. Nas opções deste
comando observe a opção Radius ([Undo/Polyline/Radius/Trim/Multiple]) e digite
R para alterar a medida de curvatura.
Exemplo:
Specify fillet radius <0>: .50 < dê um valor de raio. ex: .50 cm>
Opções do Fillet:
Importante: Não será possível fazer um canto de arco se o valor de raio for
maior que o próprio objeto. Nesse caso, o Autocad responderá com a seguinte
informação: “radius is too large”.
Chanfer: cria chanfro entre dois objetos não paralelos determinando a distância
ou o ângulo.
Seção 6
Edição de Propriedades do Objeto Geométrico
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos mais avançados:
cálculo de área, volume, perímetro e demais propriedades possíveis que podem
ser fornecidos pelo Autocad.
OBJECT PROPERTIES
QUICK PROPERTIES
MATCH PROPERTIES
Handle = 348
Closed
area 1.00
perimeter 4.00
Seção 7
Configuração de Camadas/Layers
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar layers e entenderá pormenores
de sua configuração. Os layers são extremamente necessários para a confecção
de um desenho impecável de um objeto, espaço ou edificação.
New Layer: cria um novo layer. Digite um nome para facilitar a identificação. A
nova camada é criada abaixo da última camada selecionada atualmente.
Delete Layer: excluir layer. Só é possível excluir as camadas que não foram
usadas no arquivo. O layer 0 e o layer Defpoints não podem ser excluídos.
On/Off: ligar/ desligar. Lâmpada acesa indica que os objetos que estão no layer
são visíveis na área de trabalho. Desligada, essa camada não será impressa. Para
apagar a lâmpada, clique com o botão esquerdo do mouse sobre ela.
Plot / No plot: Plotar/não plotar. Esse botão indica os objetos que serão
impressos desde que estejam visíveis na área de trabalho. Ao clicar sobre o ícone
da impressora em determinado layer, esse adquire uma marcação vermelha de
bloqueio “NO PLOT” onde podem ser vistos, editados no desenho, mas não podem
ser plotados.
New VP Freeze On/Off: determina que, ao ser criada uma Viewport no Layout,
o layer será criado como congelado.
1.8
.1
1.8
3. Feche o perímetro utilizando PLINE:
4. Repita o desenho:
a) Chamfer
b) Pedit
c) Offset
d) Stretch
e) Array
( ) Correto
( ) Incorreto
(A) MIRROR
(B) ARRAY
(C) COPY
(D) ERASE
(E) MVIEW
a) bak
b) doc
c) pptx
d) jpg
e) dwg
Referências
KATORI, Rosa. Autocad 2011: Projetos em 2D. São Paulo: Ed SENAC, 2010.
RIBEIRO, Antonio Clelio. Desenho Técnico e Autocad. São Paulo: Ed. Person, 2013.
MODELAGEM DE
DESENHO TÉCNICO
Introdução à unidade
Seção 1
Modelagem em Perspectiva Isométrica 2D
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante irá aprender técnicas para um desenho em perspectiva
2D, que podem ser utilizadas tanto no desenho técnico à mão como no desenho
auxiliado pelo computador.
perspectiva comparado à uma modelagem tridimensional é que esta pode ser feita
rapidamente, utilizando poucos recursos e memória do computador, constituindo
um método elucidativo e eficaz de representação, tal qual a imagem abaixo:
Seção 2
Configuração e Hachuras e Gradientes
Introdução à seção
Existem as hachuras (hatch) tradicionais do AUTOCAD, as hachuras tipo
gradient e o Boundary. O Boundary (LIMITE) não cria hachuras e, sim, uma PLINE
limítrofe ao redor da área selecionada e não um desenho hachurado. Elas podem
ser acionadas pela lingueta do ícone HATCH na Aba DRAW:
2.1 HATCH
O comando Hatch preenche uma determinada área do desenho com um
padrão de hachura.
2.2 GRADIENT
O comando Gradient cria hachuras em 2 cores em degrade.
Seção 3
Configuração de Blocos
Introdução à seção
Um bloco é um ou mais objetos combinados para criar um único objeto.
Figura 4.12
• QUICK SELECT exibe uma caixa de diálogo com um filtro de seleção de objetos.
• [Block Unit] Especifica a unidade de inserção para qual o bloco foi designado.
[Source] Fonte de objetos que vai gerar o bloco externo (arquivo DWG).
• ENTIRE DRAWING a partir do desenho atual para salvar como outro arquivo.
[Objects] a partir da seleção de objetos para salvar como um arquivo. Quando esta
opção é ativada, ficam ativas as opções Base Point e Objects que são similares ao
comando BLOCK.
[Base Point] Especifica um ponto base de inserção para o bloco. Escolha um ponto
de inserção na tela utilizando o botão PICK POINT.
• [Browse] Abre uma caixa de diálogo que nos permite buscar arquivos externos
para serem inseridos no desenho.
• [Explode] Explode o bloco que será inserido, deixando-o de ser um único objeto.
Seção 4
Dimensionamento e Configuração
de Cotas Anotativas
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar facilmente a cota anotativa,
que se configura conforme a escala de plotagem automaticamente.
Toda cota possui um estilo que é caracterizado por cor, tipo de texto, escala
anotativa, tipo de linha e setas.
• [Preview of] mostra uma prévia das cotas que será configurada.
Para criar um novo estilo de cota, devemos clicar no botão New e observar suas
informações.
• Start With: mostra os estilos disponíveis para você usar como referência para a
nova configuração de cota.
• Linear Jog Size: Determina a altura do desvio, que é determinada pela distância
• Text Style: lista os estilos de texto disponíveis. Se clicar no botão (...), abrirá uma
caixa de diálogo onde você pode criar ou modificar estilos de texto.
• Fraction Height Scale: define a escala das frações relativas ao tamanho do texto.
Outside: localiza o texto ao lado da linha de cota quando ele não couber na
Dimension line.
JIS: localiza o texto conforme a norma japonesa (Japanese Industrial Standard – JIS).
• Offset from Dim Line: tamanho da folga entre o texto e a dimension line.
• ISO Standard: alinha o texto na linha de cota quando ele couber nela. Caso
contrário, posiciona-o fora da linha de cota e na horizontal.
Se não houver espaço suficiente para o texto e/ou a seta dentro das linhas de
chamada, o que você considera que deva ser movido para fora da cota:
• Either Text or Arrows, Whichever fits Best: pode ser o texto ou seta, o que se
encaixar melhor. Esta é a opção padrão.
• Arrows: se houver espaço somente para as setas, elas ficarão dentro das linhas
de chamadas e o texto será movido para fora.
• Text: se houver espaço somente para o texto, ele ficará dentro das linhas de
chamada e as seta serão movidas para fora.
• Both Text and Arrows: quando não houver espaço, ambos serão movidos para
fora da linha de chamada.
• Always keep text between ext lines: manter sempre as setas e o texto entre as
linhas de chamada.
• Suppress Arrows If They Don't Fit Inside Extension Lines: não desenha seta se
• Beside the Dimension Line: move a linha de cota, sempre que o texto da cota
é movido.
• Over the Dimension Line, with Leader: se o texto for afastado da linha de
dimensão, uma linha de leader é criada conectando o texto para a linha de
cota. A linha de leader é omitida quando o texto está muito perto da linha de
dimensão.
• Over the Dimension Line, Without Leader: O texto que é afastado da linha de
cota não é ligado à linha de dimensão com um leader.
• Use Overall Scale Of: define uma escala para todas as configurações de estilo
de cota que especificar distância ou espaçamento, incluindo os tamanhos de
texto e flecha. Essa escala não altera os valores de medição da cota.
• Draw Dim Line Between Ext Lines: coloca a dimension line entre os pontos da
extension line mesmo quando as setas são colocadas fora dos pontos medidos.
• Unit Format: define o formato de unidades para todos os tipos de cota exceto
angular.
• Prefix: inclui um prefixo para o texto da cota. Pode ser um caractere de controle
ou um texto.
• Scale Factor: fator de escala aplicado às medidas das cotas, que altera os valores
apresentados. Exemplo: a dimensão medida é 25 e o fator de escala é 2. Logo,
o valor apresentado na cota será 50. Essa opção é muito útil quando se fazem
desenhos em escala diferentes no Model.
• Apply to Layout Dimensions Only: aplica o fator de escala somente nas cotas
criadas no Layout.
Aba Alternate Units: indica que unidade pretende usar como alternativa principal.
Exemplo: podemos fazer um desenho em milímetros e parte dele ser em polegadas.
Essa opção permite que seja definida uma unidade alternativa a usar.
[Alternate Units] Define o formato atual das unidades alternativas para todos os
tipos de cotas exceto angular.
• Prefix: inclui um prefixo no texto de cota alternativa. Você pode digitar o texto
ou usar códigos de controle para exibir símbolos especiais.
• Suffix: Inclui um sufixo no texto de cota alternativa. Você pode digitar o texto ou
usar códigos de controle para exibir símbolos especiais.
• Below Primary Units: localiza a unidade alternativa abaixo das unidades primárias.
Opções do comando:
[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT que
é a própria dimensão encontrada no desenho.
Dimension Aligned
Opções do comando:
[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT que
é a própria dimensão encontrada no desenho.
[Partial] reduz o comprimento da cota de arco. Solicita os pontos inicial e final da cota.
[Leader] aciona uma linha de chamada a cota. Essa opção só é exibida em graus.
Opções do comando:
[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT, que
é a própria dimensão encontrada no desenho.
Dimension Radius
Dimension Jogged
Dimension Diameter
Menu Dimension/Diameter
Barra de ferramentas Dimension/ Diameter
Teclado DDI+
Dimension Angular
Mede o ângulo entre duas linhas ou três pontos. A linha de cota forma um arco.
Quick Dimension
Dimension Baseline
Dimension Continue
Dimension Space
Dimension Break
Opções do comando:
[Manual] coloca manualmente uma quebra de cota. Você especifica dois pontos
na linha de cota para a localização da quebra.
Dimension Tolerance
• Condição do Material (MC): exibe uma caixa de diálogo que permite adicionar
um símbolo modificador.
Dimension Inspection
[Select Dimensions] especifica as cotas às quais uma inspeção deve ser adicionada
ou removida.
• Angular: Criar um quadro com linhas que formam um ângulo de 90 graus nas duas
extremidades; os campos dentro do quadro são separados por linhas verticais.
[Inspection Rate Value] especifica a frequência com que uma peça deve ser
inspecionada. O valor padrão é expresso como percentual e a faixa válida é de 0 a 100.
Dimension Edit
Opções do comando:
Opções do comando:
Dimension UpDate
Seção 5
Configuração de Textos e Linhas de Chamada
arquivo.
O atual estilo de texto que será configurado é selecionado na cor cinza. Por padrão
do Autocad, um estilo que já se encontrará configurado é o Standard.
OBS.: quando alteramos uma fonte, todos os objetos de texto com a mesma
configuração que já foram aplicados no arquivo são alterados para a nova fonte.
• Oblique angle: inclina as palavras de -85˚ a 85˚, mostrando a palavra como Itálico.
Cria objetos de texto de linha única. Ele exibe uma versão simplificada do editor
de texto, que consiste em uma caixa delimitadora, que é a altura do texto e se
expande à medida que você digita. Use o botão direito do mouse para selecionar
as opções no menu de atalho.
Opções do comando:
• Enter style name or [?] <current>: Permite acessar um estilo de texto ou manter
o texto corrente.
• Align: alinha o texto por dois pontos definidos pelo usuário. A altura do texto é
ajustada automaticamente. Quanto maior o tamanho do texto, menor o tamanho
da letra usada.
• Fit: alinha o texto por dois pontos definidos pelo usuário. A altura não é alterada,
mantendo o seu valor atual.
Opções do comando:
Importante: Para editar o texto existente, basta clicar duas vezes sobre ele e
abrirá a janela de Text Formating permitindo alterações.
[List] controla o conteúdo da lista Styles. Clique em ALL STYLES para mostrar todos
os estilos de linhas de chamadas disponíveis no desenho.
[Set current] define o estilo de linha de chamada selecionado na lista como corrente.
[New] exibe uma caixa de diálogo CREATE NEW MULTILEADER STYLE, na qual é
possível definir novos estilos de linhas de chamadas.
[Delete] exclui da lista de linhas de chamadas um estilo que ainda não foi utilizado.
Aba Leader Format: Configura o formato e a colocação das setas, marcas de cen‑
tro, símbolos de comprimento de arco e raios de grandes arcos.
Type: determina o tipo de linha para a linha de chamada. Você pode escolher entre
linha reta, uma Spline ou nenhuma linha. Color: determina a cor da linha de chamada.
Opções do comando:
[Leader landing first] especifica uma localização para a linha de patamar da linha
de chamada.
[Content first] especifica uma localização para o texto ou bloco na linha de chamada.
Seção 6
Modos de Visualização para Auxílio do Desenho
Introdução à seção
O estudante aprenderá a manusear e configurar as Viewports, visualizando
melhor o objeto tridimensional a ser criado.
6.1 VIEWPORTS
As viewports são modos de visualização da área de trabalho do MODEL. Desta
forma, podem-se visualizar várias áreas do mesmo desenho em janelas diferentes.
Seu modo de acionamento é através do menu view, opção viewport e escolhem-
se quantas vistas são necessárias para projetista:
Para editar uma das vistas, deve-se clicar dentro do limite dela e ela funcionará
como um “mini-model”, onde qualquer modificação em uma das vistas modificará
o objeto em todas. Para voltar para apenas um modelo de vista, deve-se repetir a
operação acima e escolher a opção: “1 viewport”.
6.3 VIEWCUBE
É uma das novidades das últimas versões do Autocad, proveniente do programa
REVIT. As modificações entre vistas, perspectivas isométricas e planta baixa são
bem intuitivas, bastando clicar em uma das faces do cubo para o objeto rotacionar
e mostrar uma das faces desejadas, entre as opções: TOP, BOTTOM, LEFT, RIGHT,
FRONT e BACK.
6.4 3DORBIT
São rotações de vistas no espaço tridimensional. É muito útil para a modelagem
3d. Pode ser acionado das seguintes formas:
simultâneo ao shift.
Seção 7
Apresentação e Configurações do Layout de
Impressão
7.1 MVIEW
O Autocad apresenta dois modos distintos de trabalho: MODEL e LAYOUT.
Enquanto o MODEL é dito o espaço de modelagem, onde se constrói o desenho 2D
e/ou 3D, o LAYOUT é o espaço onde se constrói o layout de impressão. O MODEL
apresenta a UCS do lado inferior esquerdo apresentando os eixos cartesianos
conforme 1º e 2º exemplos. Já o LAYOUT apresenta UCS conforme último exemplo:
Deve-se configurar ao menos um layer, que poderá ser nomeado como MVIEW,
e sua qualidade de impressão bloqueada, conforme exemplo a seguir:
Seção 8
Configuração de Impressão/Plotagem
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar uma impressão/plotagem.
Você pode exibir mais opções na caixa de diálogo clicando no botão MORE
OPTIONS.
[Page setup] exibe uma lista com todas as configurações de página nomeadas
e salva no desenho. Você pode basear a configuração da página atual em uma
configuração existente criar uma nova configuração de página.
[Paper Size] Exibe os tamanhos de papel padrão que estão disponíveis para o
modelo de impressora ou plotter selecionado. Se nenhum plotter for selecionado
a lista não será exibida.
• Window: imprime a área determinada por dois pontos numa janela retangular.
[Plot Offset] determina a origem da impressão. A opção Center the Plot centraliza
o desenho na folha.
[Preview] exibe uma prévia do desenho plotado no papel. Para encerrar a pré-
visualização da impressão e retornar à caixa de diálogo de plotagem, pressione
ESC, ENTER ou clique com o botão direito do mouse e selecione a opção Exit.
O DWFx, o futuro do DWF, tem base no formato XML Paper Specification (XPS)
da Microsoft. Você pode visualizar e imprimir arquivos DWFx usando o Internet
Explorer7 no Windows Vista, windows XP e Windows 7.
Para gerar um DWF, basta plotar o arquivo selecionando o plotter DWF ePlot.
pc3. Um arquivo DWF é gerado no local indicado por você.
Os arquivos em formato PDF podem ser lidos pelo Adobe Acrobat Reader ou
inserido como referência em desenhos do Autocad. Para PDF, utilize o plotter
DWG TO PDF.pc3.
8.4 FINALIZAÇÃO
Para padronizarmos a escolha da impressora utilizaremos a “impressora”: DWG
to PDF, que é um conversor de arquivos Autocad para PDF. A impressão sairá na
escala correta dessa forma:
(A) VIEWS
(B) MVIEWS
(C) (C) SCALE
(D) (D) VISTAS
(E) PAPER SPACE
(F) 1:1
(G) 10:1
(H) 100:1
(I) 1000:1
(J) 1:100
Referências
ALASSANCIO, Cristina. Autocad 2010 leva documentação e design 3D a um nível
superior: novos recursos ajudam os projetistas a alcançar a inovação. São Paulo:
Autodesk, 2009.
KATORI, Rosa. Autocad 2011: Projetos em 2D. São Paulo: Ed SENAC, 2010.
RIBEIRO, Antonio Clelio. Desenho Técnico e Autocad. São Paulo: Ed. Person, 2013.