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Argamassas

PCC 3222
2019
Objetivos da aula
▪ Apresentar os diferentes tipos de argamassas e sua
importância na construção.
▪ Discutir as propriedades de um sistema de revestimento
de argamassa e os riscos associados a patologias
▪ Discutir qual a relevância do material argamassa para o
desempenho “potencial” do revestimento, métodos de
ensaio e controle, inovações em tecnologias de controle
Tipos de argamassas

http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-
incorporacao-construcao/141/imagens/i377082.jpg

https://i.ytimg.com/vi/3UunOzwJvP4/hqdefault.jpg

http://homecorp.net.br/wp-
content/uploads/2016/06/blog-reboco-
argamassa-767x575.jpg https://www.concreserv.com.br/wp-
content/uploads/2016/12/argamassa-em-tijolo.jpg

https://www.escolaengenharia.com.br/wp-
content/uploads/2015/10/aplicar-argamassa-em-pisos2.jpg
Tipos de argamassas
Argamassa de
Assentamento
Placa ceramica

Colantes

Argamassa de
revestimento Bloco
interno ou externo

Concreto

Regularização de piso com argamassa “farofa” ou


auto-nivelante
Usos na construção civil
Para assentamento de alvenarias
Argamassa de assentamento (elevação da alvenaria)
Argamassa de fixação (ou encunhamento)

Para revestimento de paredes e tetos


Argamassa de chapisco
Argamassa de emboço
Argamassa de reboco
Argamassa de camada única
Argamassa para revestimento decorativo monocamada
Usos na construção civil
Para revestimento de pisos
Argamassa de contrapiso
Argamassa de alta resistência para piso

Para revestimentos cerâmicos (paredes/pisos)


Argamassa de assentamento de peças cerâmicas – colante
Argamassa de rejuntamento

Para recuperação de estruturas


Argamassa de reparo
Tipos de argamassas

• Forma de preparo
• Industrializada
• sacos
• Preparada na obra
• Argamassa intermediária
• cal e areia
• Centrais de argamassa
móveis
Tipos de argamassas
• Tipo de aglomerante • Consistência
• cal • seca
• cimento e cal • plástica
• cimento • fluída
• gesso
• Quantidade de
• Teor de aglomerantes
aglomerantes
• rica pobre
• simples
• mista

pasta
Componentes
• Agregados miúdos • Aglomerante (s)
75m a 4.8mm • cimento
• areia natural • cal (hidratada ou virgem)
• pó calcário • gesso
• entulho reciclado • Adições
• escória, pozolanas,
entulho

incorporação de ar
impermeabilizantes
retentores de água
resinas
Argamassas de revestimento

o Empregadas no recobrimento e na regularização (às


vezes “mega regularização”) de superfícies (paredes,
tetos, coberturas, etc.)

o Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do


intemperismo (estanqueidade), no caso dos
revestimentos externos
Sistemas de revestimento

Revestimento monocamada

http://construnormas.pini.com.br/engenharia-
instalacoes/vedacoes-
revestimentos/imagens/i489916.jpg

Chapisco

Reboco

http://construnormas.pini.com.br/engenhari
a-instalacoes/vedacoes- Emboço
revestimentos/imagens/i489915.jpg
Argamassas de revestimento

http://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/pav-mix-revestimento-pav-fin-edificio$$9797.jpg
Sistemas de revestimento

Desempenho
no uso
Sistemas de revestimento em argamassa
(NBR 13749)
O controle é feito de maneira empírica em termos de
aceitação do revestimento como um todo: não há
proposta de controle direto do material (argamassa)

Não definido como:


a própria norma de
especificação não
vincula à norma de
consistência
(NBR13276)

https://construcaocivil.info/medicao-do-indice-de-
consistencia-da-argamassa-utilizando-a-mesa-de-
consistencia-abnt-nbr-132762005/
Condições de aderência (NBR 13749)
Resistência de Aderência à tração
• NBR13528/2010
• Corpo de prova cilíndrico  5 cm,
cortado até a base. F Pastilha
metalica
Revestimento colada
em argamassa

base
Problemas típicos em revestimento

Fissuras comprometem
estanqueidade à água
http://www.metalica.com.br/pg_dinamic
a/bin/ver_imagem.php?id_imagem=12863

Queda de revestimentos é
risco de segurança para pessoas!
Como garantir a aderência dos
revestimentos de argamassas?
Defeitos da interface governam aderencia

(CARASEK, 1996) (CARASEK, 1996)

Sem contato com a base não existe aderência


Aderência & Defeitos na interface

Argamassa

Defeito
Chapisco

Bloco cerâmico

Sem contato com a base não existe aderência


Aderência x defeitos na interface
1,0
0,9
R2 = 0,72
0,8
R.aderência (MPa)

0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
combinações
0,2
15-CI-CD-2
0,1 Expon. (combinações)
0,0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

Área de macrodefeitos na interface (mm2)

Antunes. Modelagem aderência de Argamassas. Tese de Doutorado, Poli USP 2005


Defeitos na Interface

Elançamento < Ecompactação


Maior probabilidade de defeitos na interface

Ecompactação - energia necessária para compactação, f(reologia da argamassa)


Elançamento – energia de lançamento (controlada pelo operário / máquina)
Energia de lançamento
No laboratório é possível padronizar a
energia de lançamento
Interfaces
Camadas delgadas de
argamassas sofrem maior
influência das interfaces
(substrato/ar)
Interface de contato: forças
coesivas/aderência
Substrato

Superfície de K.L. Scrivener, A.K. Crumbie, P. Laugesen, Interface Science 12 (2004) 411-42

contato
Interface de contato: capilaridade
Substrato poroso

Absorção da água
Interface de contato: capilaridade

Intensificação das forças contato / hidratação na interface


Aderência depende das
propriedades dos materiais e das
forças atrativas nas áreas efetivas
de contato entre as superfícies
em diferentes escalas
Problemas de aderência no substrato
• Desmoldante na superfície do concreto
• Não molhar a superfície, antes da aplicação da
argamassa
• Blocos de alvenaria, porosos
• Superfície (substrato) pouco rugoso
• Um das funções do chapisco são criar pontes de aderência
entre as camadas
• Não ter aditivos promotores de adesão
• Colas (PVA, etc), presentes nas argamassas industrializadas
Sistemas de revestimento
Desempenho depende das propriedades dos
materiais como:
o Trabalhabilidade
o Adesão Estado fresco /
o Cura primeiras idades
o Retração
o Aderência
o Estanqueidade (permeabilidade à água)
o Isolamento térmico e acústico
o Dureza superficial
o Capacidade de absorver deformações (módulo elasticidade)
o Base para as camadas de acabamento
o Resistência a ataques químicos (sulfatos, ....)
o Segurança ao fogo
Como medir
TRABALHABILIDADE?
Diversidade reológica
Diferentes
consistências Visco-plásticas
(trabalhabilidade) http://mlb-d2-
p.mlstatic.com/ferramenta-especial-

no estado fresco para-rebococomo-rebocar-


paredesrendbok-18929-
MLB20162442127_092014-
F.jpg?square=false

Secas Fluidas

http://pontualeng.com.br/files/imagem/7340159375669 http://www.proexe.com.br/wp-
baf42b42d6.67355047.jpg content/uploads/2015/04/IMG_4963-Copy.jpg
Flow table
(mesa de consistência)
http://www.testinglabequipments.com/images/product/1484380100FlowTable.jpg
Aderência x resistência x comportamento
reológico
0.8 12
(a)
R² = 0.7
10

Flexural strength (MPa)


Bond strength (MPa)

0.6 8
Bond strength
RA Flexural strength 6
PB
0.4 4
Ref
FA 2
R² = 0.8

0.2 0
30 40 50 60 70 80 90
Yield stress of the paste (Pa)
Argamassas com0.8 menor resistência mecânica podem apresentar
4
(b) aderência: melhor comportamento reológico!!
maior resistência de

(MPa)
R²a= way
❑ Moriconi, G, Corinaldesi, V. Antonucci, R. Environmentally-friendly mortars: 0.8 to improve bond between mortar
15% 702–708.
and brick. Materials and Structures 36 (10), (2003), 3
Pa)
MOMENTOS REOLÓGICOS
Estado Fresco

Mistura

Transporte
IDEAL
Aplicação

Acabamento
Reômetros (ensaios multipontos)?
Reômetros

Momentos reológicos - argamassas


Reômetros não simulam o
espalhamento
(nivelamento/regularização) e o
acabamento sobre os substratos
Squeeze flow
Squeeze flow

REOMETRIA
COMPRESSIVA

Compressão (controle de deslocamento ou carga)


Geometria moeda (D/h > 5) gera cisalhamento radial
Squeeze flow
Curva teórica típica de Squeeze-flow
1000
Modelos permitem
900

800
calcular parâmetros
700
reológicos
carga (N)

600

500

400

300
I II III
200

100

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
deslocamento (mm)

I - deformação linear elástica


II – deformação plástica ou fluxo viscoso
III – enrijecimento induzido por deformação (“strain hardening”)
Squeeze flow
1000

800
Carga (N)
600

400

X
200

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Deslocamento (mm)
Squeeze flow

1000
Arg 1 0,1mm/s
Arg 2
800 Arg 3 3
6
Arg 4
Arg 5
Carga (N)

600
Arg 6
Difícil aplicação Fácil aplicação
400
4
1
200
2
5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Deslocamento (mm)
Relação com a percepção do aplicador
Procedimento de mistura X reologia
1000 NBR 13276/2005

Água fracionada 50%50%


800
NBR 16541/2016

600
Carga (N)

400

200

0
0 1 2 3 4
Deslocamento (mm)

 Diferentes condições de mistura (em laboratório)


 Mais energia de mistura = maior deslocamento
Modelo microestrutural/reológico
agregado
VSA – área superficial volumétrica (m2/cm³) = área
superficial (m2/g) x densidade (g/cm³)
Vs – fração volumétrica dos sólidos
MPT Po – fração de poros no sistema, quando as
partículas se encontram acomodadas na condição
de máximo empacotamento

matriz
𝟐 𝟏 𝟏
𝑴𝑷𝑻 = 𝒙 −
𝑽𝑺𝑨𝒂𝒈 𝑽𝑺𝒂𝒈 𝟏 − 𝑷𝒐𝒂𝒈

IPS
𝟐 𝟏 𝟏
𝑰𝑷𝑺 = 𝒙 −
água 𝑽𝑺𝑨 𝑽𝒔 𝟏 − 𝑷𝒐𝒇
partícula
pequena
Extensão granulométrica versátil

Possível moldar (estado


fresco) desde camadas
espessas até com
espessura mínima
definida pelo tamanho
do maior grão
Squeeze flow
Argamassas de revestimento brasileiras

> 500 N
de 100 a 500 N
< 100 N

CARDOSO, F.A., 2009.

❑ De maneira geral:  MPT  deslocamento máx  fluidez


❑ MPT é um dos parâmetros que governam o comportamento reológico,
aliado à viscosidade da pasta e tendência à segregação
Distribuição de fases no estado fresco
Argamassas de revestimento brasileiras
Composição variável
• Agregados miúdos • Adições
• areia natural • Filers
• areia britada • Pozolanas
• pó calcário • Resíduos
• entulho reciclado • Saibro, ...

• Ligante(s) • Aditivos
• cimento • Incorporador de ar
• cal (hidratada) • Modificador de
• gesso viscosidade
• Polímeros em emulsão
• Dispersantes, ...
Agregados miúdos: areias

D
F

Areia natural quartzo Areia britada


R

Mista
Influência da morfologia da areia

REBMANN et al., 2012.


2000m 1000m

Influência da morfologia da areia


Areia Artificial britada não lavada Areia Artificial britada não lavada Areia Artific
com aumento de 50 vezes com aumento de 100 vezes com aum

0,8
Areia Artificial
Areia Natural
(D) 50X (E) 100X (F)

0,7
b/l

0,6

2000m 1000m

0,5 Areia Artificial britada lavada Areia Artificial britada lavada Areia Art
0,9
0,11 0,13 0,15 0,18 0,21 0,25 0,30
com0,36 0,43 0,50de
aumento 0,60
50 0,71
vezes0,85 com aumento de 100 vezes com aum
Areia Artificial
Diâmetro das partículas (mm)
Areia Natural
(G) 50X (H) 100X (I)
0,8
Esfericidade

0,7

2000m 1000m
0,6
0,11 0,13 0,15 0,18 0,21 0,25 0,30 0,36Natural
Areia 0,43 0,50lavada
0,60 0,71
com0,85 Areia Natural lavada com Areia N
aumento
Diâmetro das partículas (mm)de 50 vezes aumento de 100 vezes aumen
Influência da morfologia da areia
Argamassa colante: curvas de mistura

Areia artificial
 Torque
 Energia total de mistura

Areia natural Areia artificial

KUDO, E. K. Caracterização reológica de argamassas colantes. 2012.


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
19,4% Água 20,5% Ar
21,5% Água 15,7% Ar
2,0

Torque (N.m)
23,7% Água 8,2% Ar
1,5 y = 0,0030x + 0,6348

Influência da morfologia da areia


1,0

0,5
y = 0,0023x + 0,3724
y = 0,0018x + 0,4696

Argamassa colante: reometria rotacional


0,0
0 50 100 150 200 250 300 350
3,0
3,0
(A)
(B) Artificial
Natural comfinos
sem finos
Velocidade (rpm)
2,5
2,5
19,4% Água 19,8% Ar y = 0,0043x + 1,0853
21,5% Água 12,9% Ar
(N.m)

2,0
2,0
Torque(N.m)

23,7% Água 8,8% Ar


1,5
1,5 y = 0,0032x + 0,5824
Torque

y = 0,0026x + 0,5884
y = 0,0029x + 0,5170
1,0
1,0 y = 0,0022x + 0,2842
19,4% Água 21,6% Ar y = 0,0019x + 0,3294
0,5
0,5 21,5% àgua 22,7% Ar
23,7% Água 16,8% Ar
0,0
0,0
00 50
50 100
100 150
150 200
200 250
250 300 350
3,0
(B) Artificial
Velocidadesem finos
(rpm)
Velocidade (rpm) y = 0,0051x + 1,1125
2,5

2,0
Torque (N.m)

1,5 y = 0,0031x + 0,6155


y = 0,0031x + 0,5095
1,0
19,4% Água 22,7% Ar
0,5 21,5% Água 23,3% Ar
23,7% Água 19,4% Ar
0,0
0 50 100 150 200 250 300 350

Velocidade (rpm)

KUDO, E. K. Caracterização reológica de argamassas colantes. 2012. Areia artificial


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
 Tensão de escoamento
 Viscosidade
Ensaios reológicos sofisticados
• Aplicáveis para a dosagem/formulação de argamassas
industrializadas.
• Argamassas “dosadas” na obra: sem bases para
qualificação no controle de recepção do material na
obra. São ainda um grande volume de material aplicado
com grande impacto ambiental (elevado consumo de
aglomerantes especialmente nos casos que aditivos
incorporadores de ar não são utilizados).
Problemas na aplicação convencional
• Os ensaios reológicos são
utilizados para melhorar
formulação (dosagem) das
argamassas.
• Quantidade de água é
definida pelo pedreiro que
não possui instrumentos de
controle de trabalhabilidade
além da sensibilidade.
• Não existe controle de
material e aplicação em https://www.engenhariacivil.com/curso-argamassas-
obra. revestimento-paramentos-edificios
Traço convencional de argamassa
Volume
aparente

Massa
M V traço
3
kg dm V / V M/M Divisor:
cimento 50 40 1 1 aglomerante
principal
cal 26 40 1 0,5
areia 360 240 6 7,2
água 90 90 2 1,8
Densidade de massa
M kg
 = ( 3)
V dm Volume
• aparente (a) dos Grãos
• volume total do recipiente
• Inclui vazios entre grãos
• sensível ao adensamento
• específica (e)
• volume dos grãos
• exclui vazios entre grãos

Volume de
vazios entre grãos
Densidade de massa
(kg/dm3) Aparente Específica
Cimento 1,15 ~ 1,25 ~ 3,1
Cal hidratada 0,5 a 0,8 ~2,6
Areia 1,1 a 1,25* ~ 2,6
Gesso ~ 0,6 ~ 2,6
*
* úmida

• Valores práticos (condições de dosagem em obra)


Exercício para casa
• Estimar o consumo de cimento e cal por metro cúbico
de argamassas mistas com o traço em volume 1:1:6:2
supondo a variação do ar incorporado nas frações
volumétricas de 2%, 10% e 25%.

• Enviar via e-Disciplinas


Capacidade de deformação

Além de elevada aderência ao substrato o que se


deseja de um revestimento de argamassa é que ele seja
capaz de absorver as deformações da base onde ele
está aderido de modo a não fissurar:

✓ questões estéticas
✓ segurança (desplacamentos)
✓ estanqueidade do revestimento
Como medir Módulo?
Como controlar?
Módulo estático
Método convencional
Módulo dinâmico
Porosidade
Argamassas de revestimento brasileiras
50 F

gD N
45 X VZ
C
Porosidade Total (%)

I A M
G J
40 y = 0,925x
R² = 0,957 D
Eur1
R H
35
S
O
P
30 E T
Q
K
25
30 35 40 45 50 55
Água + Ar (%v)
❑ Porosidade total no estado endurecido é função do teor de ligante, água e ar
Módulo de elasticidade
Argamassas de revestimento brasileiras

Módulo de Elasticidade (GPa)


T
15
S
H
Q R y = -0,472x + 28,38
P
G R² = 0,860
10 Eur1 D A
J X
D V
I F
E O M
K g
5 ZN
C

0
25 30 35 40 45 50
Porosidade Total (%)
❑ Módulo depende da densidade e porosidade do material
Resistência à tração
Argamassas de revestimento brasileiras
1,6
G
Resistência à Tração (MPa) T
H
1,2 Eur1
S J
R D X
P A g
0,8 Q D F
I
M V
Z
O N
0,4 y = -0,032x + 2,246
E R² = 0,435 C
K

0,0
25 30 35 40 45 50
Porosidade Total (%)
❑ De maneira geral:  Porosidade  resistência
❑ Relação com a porosidade mais dispersa do que o módulo visto que a resistência da fase
contínua (pasta) é influenciada pela composição química da matriz e, por ser material frágil,
também pelo tamanho do defeito crítico
I C
S Eur1
E
P
Permeabilidade aoT ar
1,E-15
H
R
(a)
Argamassas de revestimento brasileiras
1,E-16
1,E-08 25 30 35 40 45 50
Porosidade Total (%) F
M
1,E-09

K V
1,E-10 I N
D
k2 (m)

A C
1,E-11
S Eur1 y = 8E-20e 0,469x
1,E-12 E R² = 0,695
P
H
1,E-13 R
T (b)
1,E-14
25 30 35 40 45 50
Porosidade Total (%)
❑  Porosidade  Permeabilidade
❑ Diferenças chegam à 4 ordens de grandeza, indicando revestimentos com
desempenho em uso totalmente distintos
Propriedades no estado endurecido

Questão:

Que outras propriedades deveriam


ser medidas no estado endurecido?

Ponto importante:

Quaisquer que sejam as propriedades


apontadas elas não são controladas nas
obras em quase sua totalidade.
Revestimentos aplicados
Revestimentos aplicados
Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

Termogramas obtidos por câmeras térmicas sob abordagens passiva e ativa para gerar
diferenças de temperatura na superfície de revestimentos
Revestimentos aplicados
Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
Revestimentos aplicados
Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
Revestimentos aplicados
Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
Revestimentos aplicados
Ensaios não destrutivos: escaneamento 3D laser

ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
Revestimentos aplicados
Escaneamento 3D laser: planicidade da fachada

ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
Revestimentos aplicados
Escaneamento 3D laser: planicidade da fachada

7ª viga

6ª viga

ESCALA DE CORES
5ª viga

4ª viga

3ª viga

2ª viga

1ª viga

ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)


Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.
Revestimentos aplicados
Exigências da norma ABNT NBR 13479

ABNT NBR 7200 – EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS DE ARGAMASSAS INORGÂNICAS –


PROCEDIMENTO (1998)
Esta norma não detalha qualquer cuidado especial para isso.
Conclusões
• Desempenho do revestimento de argamassas depende
do substrato, do operário e do material em si.
• A aderência do revestimento depende das
características reológicas do material. Há materiais de
fácil espalhamento plástico como argamassas
industrializadas, de controle mais prático em obra.
• Outras propriedades como módulo elástico,
permeabilidade são relevantes.
• Inovações em ensaios não destrutivos surgem como
ferramenta útil para verificar defeitos e patologias de
revestimentos executados
Conclusões
• Sistemas de alvenaria com revestimento de argamassas
são tecnologias antigas e anacrônicas que dificultam
evolução tecnológica na indústria da construção civil
• https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/04/11/canteiros-de-
obra-high-tech/
• Geram elevadíssimos impactos ambientais que não são
correlacionáveis com “índices de desempenho”
• Há soluções alternativas mais eficientes dos pontos de
vistas técnico, econômico e, principalmente, ambiental
• https://www.makebim.com/2017/04/20/desafios-para-o-
setor-imobiliario-para-os-proximos-anos-inovacao-
tecnologica-diz-ceotto/
Bibliografia recomendada
• CARASEK, H. Argamassas. In: Isaia, G.C. (ed.). Materiais
de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia
de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2010. págs. 892-944
• F.A. CARDOSO, R.G. PILEGGI, V.M. JOHN. Squeeze-flow
aplicado a argamassas de revestimento: Manual de
utilização – Boletim Técnico da Escola Politécnica da
USP – BT/PCC/545. Departamento de Engenharia de
Construção Civil.
• http://consitra.org.br/

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