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Considerações gerais
Por mais que seja de conhecimento geral que apenas 1% da água do planeta é de
aproveitamento para consumo humano e de que este é um recurso fundamental
para a existência e sobrevivência da raça humana, estamos longe de possuir um
manejo adequado de nossas fontes de água doce.
A água no mundo
A quantidade de água doce no mundo está estimada em 34,6 milhões de km3 (ref.
1km3 corresponde a 1 trilhão de litros), porém somente cerca de 30,2% (10,5
milhões de km3 – água doce subterrânea, rios, lagos, pântanos, umidade do solo e
vapor na atmosfera) podem ser utilizados para a vida vegetal e animal nas terras
emersas. O restante, cerca de 69,8% (24,1 milhões de km3) encontra-se nas
calotas polares, geleiras e solos gelados. Dos 10,5 milhões de km3 de água doce,
aproximadamente 98,7% (10,34 milhões de km3) correspondem à parcela de água
subterrânea, e apenas 0,9% (92,2 mil km3) corresponde ao volume de água doce
superficial (rios e lagos) diretamente disponível para o consumo humano. Esse
volume é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada
habitante do Planeta precisa, considerando a população atual de 6,4 bilhões de
habitantes.
A água no Brasil
Na zona rural nota-se com freqüência que os recursos hídricos são também
explorados de forma irregular, muitas vezes com retirada de água dos mananciais,
em excesso, aliada à falta ou escassez de mata ciliar como também de cobertura
vegetal nas nascentes, fundamental na proteção dos cursos d’água. Não
raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam
por alterar a qualidade da água. Também se observa, não raramente, processos
erosivos que contribuem para o assoreamento dos cursos d’água no ambiente
rural.
Quantidade e Alternativas de Uso
A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do país,
apesar da degradação. Seria necessária, então, mais consciência por parte da
população no uso da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a
questão do saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades
modernas poderiam ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a
pressão sobre a demanda, o custo dessa água é, pelo menos, 50% menor do que
o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, pois não precisa
passar por tratamento. Apesar desta água ser inadequada para consumo humano,
poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas
públicas e nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas
construções – casas, prédios, complexos industriais – poderiam incorporar
sistemas de aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o
consumo humano. Sabe-se que tais procedimentos já vêm sendo adotados em
diversos lugares, mas a regularização ou exigência em forma de lei ainda caminha
a passos muito lentos.
Considerações finais
A água por ser um bem precioso, essencial aos seres vivos e reconhecidamente
de valor econômico, necessita de um manejo racional a partir de um processo de
gestão sustentável, caso contrário, corre-se um sério risco de escassez, sem
precedentes, de água de qualidade.
No Brasil a cultura predominante do desperdício de água se contrapõe aos
programas e propostas de gestão sustentável dos recursos hídricos, apesar dos
inúmeros apelos direcionados para este propósito.
Fontes consultadas
BORGHETTI, N. R. B.; BORGHETTI, J. R.; ROSA FILHO, E. F da. Aquífero
Guarani: a verdadeira integração dos países do Mercosul. Curitiba, 2004.
214p.
www.geologo.com.br/aguahisteria.asp
www.socioambiental.org/esp/agua/pgn/
www.eco21.com.br