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Decreto Lei 222/2008 de 8 de agosto

Decreto Lei 180/2002 de 8 de agosto


Estabelece as regras relativas à protecção da saúde das pessoas contra os perigos resultantes de
radiações ionizantes

Licença de funcionamento
Licenciamento da instalação
O funcionamento de uma instalação radiológica depende da obtenção de uma licença, a
conceder pelo diretor-geral da Saúde, que fixa as valências que o seu titular fica autorizado a
desenvolver.

Equipamentos e instalações
Técnicas de radiodiagnóstico
- Radiografia convencional
- Tomografia computorizada
- Mamografia
- Angiografia
- Densitometria óssea
- Radiologia dentária

As técnicas referidas são desenvolvidas por médicos radiologistas inscritos na Ordem dos
Médicos e por médicos que obedeçam aos requisitos definidos por despacho do Ministro da
Saúde, ouvidas a Comissão Técnica Nacional (CTN) e a Ordem dos Médicos.
A radiologia dentária pode também ser desenvolvida por médicos dentistas inscritos na Ordem
dos Médicos Dentistas, bem como por odontologistas.

Radioterapia externa e braquiterapia


A responsabilidade clínica compete aos médicos especialistas em radioterapia inscritos na
Ordem dos Médicos.
O médico responsável mencionado deve ser assessorado por um especialista em física médica
no que respeita à aplicação ao doente da dose prescrita, à dosimetria básica, à dosimetria
clínica, ao desenvolvimento e utilização das técnicas e à otimização e garantia da qualidade.

Medicina nuclear
A valência de medicina nuclear de diagnóstico abrange:
a) Medicina nuclear convencional;
b) Densitometria óssea;
c) Tomografia por emissão de positrões (PET);
d) Outras técnicas entretanto desenvolvidas.
A valência de medicina nuclear terapêutica abrange os seguintes regimes:
a) Ambulatório;
b) Com internamento.
A responsabilidade clínica compete aos médicos especialistas em radioterapia inscritos na
Ordem dos Médicos.
O médico responsável mencionado deve ser assessorado por um especialista em física médica
no que respeita à aplicação ao doente da dose prescrita, à dosimetria básica, à dosimetria
clínica, ao desenvolvimento e utilização das técnicas e à otimização e garantia da qualidade.

Meio físico
As instalações radiológicas devem situar-se em meios físicos salubres, de fácil acessibilidade e
bem ventilados, e devem dispor de infraestruturas viárias, de abastecimento de água, de
sistemas de recolha de águas residuais e de resíduos, de energia elétrica e de
telecomunicações, de acordo com a legislação em vigor aplicável.

Instalações
As instalações radiológicas devem ser instaladas em áreas especificamente aprovadas ao
exercício das valências abrangidas pelo diploma.
Para efeitos do disposto no número anterior as salas de exame devem ter as dimensões
apropriadas nos termos estabelecidos pelo diploma.
As instalações radiológicas, independentemente das valências que prossigam, devem dispor
ainda no mínimo das seguintes áreas:
a) Salas onde se desenvolvem as técnicas radiológicas;
b) Sector de atendimento e respetivo apoio administrativo, salas de espera, instalações
sanitárias para pacientes e para o pessoal da instalação, separadas, bem como vestiários de
apoio a cada uma das salas em que seja desenvolvida a exposição do paciente, com exceção da
medicina dentária, em que não são necessários vestiários.

Normas genéricas de construção


As paredes, tetos, divisórias, portas e o revestimento das áreas destinadas a exames e
tratamentos devem garantir a necessária proteção e segurança radiológica dos trabalhadores,
do público e do paciente, bem como permitir a manutenção de um grau de assepsia
compatível com a zona a que se destinam e ainda evitar barreiras arquitetónicas por forma a
facilitar o acesso e a mobilidade dos utentes com incapacidades, de acordo com as normas em
vigor.

Condições gerais de segurança radiológica


Planeamento da instalação e das barreiras de proteção
A fim de garantir as condições de segurança radiológica, o planeamento das instalações deve
ter em conta a localização, a configuração, o número de salas e as respetivas dimensões,
mediante as seguintes condições e especificações técnicas:
a) A proteção adequada é obtida pelo controlo da distância dos trabalhadores à fonte de radia
ção, pela existência de barreiras de proteção e pela duração das exposições.
b) A fim de assegurar que a exposição dos trabalhadores e dos membros do público seja tão
baixa quanto razoavelmente possível, o planeamento das barreiras de proteção deve ter em
conta a localização adequada do equipamento e as possíveis direções do feixe primário de
radiação.
No planeamento das barreiras de proteção devem ser usados os seguintes valores de limites
derivados:
a) 0,4 mSv/semana, para áreas ocupadas por trabalhadores profissionalmente expostos;
b) 0,02 mSv/semana, para áreas ocupadas por membros do público.
O planeamento das barreiras de protecção deve ter em conta os seguintes factores:
a) Para instalações de radiodiagnóstico e de radioterapia, a carga de trabalho semanal máxima
prevista para o funcionamento da instalação;
b) Para instalações de medicina nuclear, a actividade máxima dos radionuclidos a utilizar ou a
armazenar e a carga de trabalho semanal.
Deve ainda ser considerado o tipo de ocupação das áreas adjacentes às salas com exposição a
radiações ionizantes e a sua acessibilidade pelos trabalhadores, pacientes e membros do
público.

Reavaliação das condições de segurança radiológica


Deve ser feita uma reavaliação das condições de segurança da instalação sempre que se
verifique uma das seguintes situações:
a) Alteração na ocupação das áreas adjacentes (fatores de ocupação);
b) Alteração das barreiras de proteção em que incide diretamente a radiação (fatores de uso);
c) Aumento da carga de trabalho semanal máxima ou aumento da atividade dos radionuclidos,
inicialmente declarada.

Especificações técnicas para o equipamento


Os equipamentos produtores ou utilizadores de radiações ionizantes devem obedecer aos
requisitos de homologação e verificação constantes do Decreto-Lei n.o 273/95, de 23 de
Outubro, e da Portaria n.o 136/96, de 3 de Maio.

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