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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL

Programa de Pós-graduação em Serviço Social

TÍTULO DO PROJETO

PRONAF – LIMITES E DESAFIOS IMPOSTOS AOS AGRICULTORES


FAMILIARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Área de concentração: CULTURA E SERVIÇO SOCIAL

Linha de pesquisa: ESTADO, SOCIEDADE E DIREITOS HUMANOS

Grau pretendido: Mestrado/2020

Candidato: Robson de Aguiar Oliveira


Apresentação
A agropecuária, assim como outras atividades produtivas, tem nas linhas de crédito a
condição para viabilizar os custos de todo o processo que envolve o sistema de produção
agropecuário, no entanto, o sistema de crédito rural tem características próprias que o difere
das demais linhas de financiamento produtivo. Tendo como finalidade o desenvolvimento da
produção agropecuária, o crédito rural tem uma regulamentação especial com a participação
ativa da união, agentes financeiros e cooperativas de crédito. Vale destacar, que o Sistema
Nacional de Crédito Rural – SNCR foi implementado em 1965 e segundo (LEITE, 2001)
desempenhou uma função importante na transformação da base técnica dos estabelecimentos
agrícolas, no desenvolvimento e consolidação dos complexos agroindustriais e o sistema
agroalimentar e na incorporação dos capitais agrários no âmbito de valorização do capital
financeiro. Para o autor a política de crédito rural pode ser apresentada em dois momentos.
Para os nossos propósitos, podemos dividir a política de crédito rural no
Brasil em dois grandes períodos, a partir da criação do SNCR: um primeiro
que abrange o intervalo de 1965 a 1985; e outro, de 1986 a 1996. Os 20
anos iniciais da política de crédito rural caracterizam-se pela relativa facilidade
de expansão creditícia e condições de repasse aos beneficiários. Notam-se ainda a
presença significativa do Tesouro Nacional como fonte originária dos recursos e a
atuação do BB como agente intermediário. No segundo período, em virtude da
unificação orçamentária e do encerramento da conta-movimento junto ao
BACEN, estas facilidades se reduzem, como também é reduzida a participação do
Tesouro no financiamento do programa. Verifica-se a criação de novos
instrumentos de captação de recursos, como a poupança rural e a emissão de
títulos privados. (LEITE, 2001, p.130).

Para fins deste trabalho é o segundo momento que nos interessa já que em decorrência
de uma política executada entre 1965 a 1985, que beneficiou médios e grandes produtores,
afetou negativamente os pequenos produtores rurais sobretudo no diz respeito ao crédito rural
e a assistência técnica. Esta conjuntura adversa desencadeou um conjunto de mobilizações por
parte dos agricultores familiares, iniciadas durante o fim da década 1980, que reivindicavam
melhores condições de trabalho e, principalmente, políticas públicas voltadas ao
desenvolvimento agrário.
Em Grisa e Schneider (2015), este movimento reivindicatório tem início no III
Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais (1979), com a mudança de posicionamento
político da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG, ainda
durante a ditadura militar, que passa a cobrar insistentemente a reforma agrária e uma
politica agrícola adequada as particularidades dos pequenos agricultores. Para os autores, a
presença de novos atores sociais e a restruturação do movimento sindical rural com a chegada
do “ novo sindicalismo rural” potencializaram as reivindicações e ampliaram as pautas. Outro
fator importante neste processo foi processo de redemocratização do país.
No âmbito da agricultura familiar destacaram-se as mudanças na forma de atuação
da CONTAG; a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em 1983 e,
nesta, a conformação do Departamento Nacional de Trabalhadores Rurais (DNTR)
em 1988; a constituição do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em
1984; a institucionalização do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em
1991, os quais vinham atuando desde o final da década de 1970; e a criação do
Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) em 1985. Ainda que com objetivos ou
ênfases distintas, as ações destes atores sociais tornaram visíveis as precárias
condições de reprodução social dos pequenos produtores e, cada vez mais,
reclamaram a intervenção do Estado na construção de politicas públicas adequadas
as suas particularidades, destacando-se a reforma agraria e o credito rural.(GRISA e
SCHNEIDER, 2015 p 24).

Neste ambiente de fortalecimento dos movimentos sociais e a de redemocratização do


país os representantes dos agricultores familiares alteram sua relação junto ao Estado, agora
com uma postura mais propositiva levando esses atores a ocuparem um novo lugar neste
processo de luta, o das disputas por construção de políticas públicas para o meio rural.

Tanto a Contag quanto o DNTR/CUT elaboraram textos para a discussão com suas
respectivas bases sociais sobre a reforma constituinte construíram propostas de
normatização para a Lei Agrícola (Contag, 1989; CUT, 1991) e disputaram a
institucionalização das regras com outros segmentos, nomeadamente com o setor da
agricultura patronal.

Segundo os autores, com essa postura propositiva começa a dar resultados na década
de1990, com as primeiras tentativas por parte do governo em construir uma política pública
direcionada para os “pequenos agricultores”. É nesse contexto, que surge o Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.

O lançamento do PRONAF e o retorno da reforma agrária à pauta política


e de políticas significam uma guinada de 180° na tradicional orientação da
política agrícola brasileira, uma vez que reconhece a importância econômica e
social, presente e potencial, da agricultura familiar e incorpora esta ampla
camada de agricultores e trabalhadores rurais como possíveis beneficiários de
ações da política agrícola. (BUAINAIN,1999. p. 271).

Neste sentido, podemos afirmar que o surgimento do Pronaf representa uma mudança
da leitura que o Estado brasileiro tem do meio rural. Mudança essa que se apresenta em duas
dimensões, na primeira o reconhecimento econômico, político e social da categoria
agricultura familiar, a segunda dimensão é sobre a mudança na forma como o Estado
compreende o campo brasileiro. Assim temos nos últimos 20 anos um conjunto de ações, por
parte de governos, estudiosos, atores sociais no que tange a agricultura familiar e meio rural
brasileiro. Por outro lado, após duas décadas de ações voltadas para este setor econômico, em
especial a execução da política de crédito rural é de se esperar que tenhamos uma avaliação
positiva sobre essas políticas públicas para o meio rural com destaque para o Pronaf. No
entanto, o atual quadro da agricultura familiar fluminense demonstra o contrário.
De acordo com o Censo Agropecuário de 2006 existem 44.145 estabelecimentos
agropecuários familiares no estado do Rio de Janeiro, representando 75% do total de
estabelecimentos rurais no estado. Apesar disso, o número de agricultores familiares
fluminenses que acessaram Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP, documento
necessário para acessar as principais políticas públicas desenvolvidas para a agricultura
familiar, e em especial o Programa Nacional de Apoio a Agricultura familiar - Pronaf é da
ordem de 13.016 famílias produtoras, ou seja, é menos de 30% do total de estabelecimentos
familiares existentes (EMATER-Rio, 2017).
O fato de quase 75% dos agricultores familiares fluminense não acessarem os
programas relacionados à política de crédito rural demonstra que existem entraves que podem
ser de ordem política, administrativa ou econômica e que afetam diretamente a produção da
agricultura familiar e o desenvolvimento do campo brasileiro. Neste sentido, avaliamos que a
relevância deste estudo se deve à necessidade de investigar sobre os fato da baixa
capilaridade desse programa tão caro aos agricultores primeiramente, mas também à toda
sociedade, uma vez que a agricultura familiar é responsável por boa parte da alimentação que
chega a mesa da população. Por fim, acreditamos que uma pesquisa sobre o Pronaf pode
contribuir para alterar esse quadro, onde mais de 70% dos agricultores familiares do estado
do Rio de Janeiro não tem acesso as políticas públicas desenvolvidas para os mesmos.
Por outro lado, o Pronaf surge como principal política pública do novo modelo de
desenvolvimento rural, o que demonstra por parte do Estado brasileiro o reconhecimento
social e econômico da Agricultura Familiar. Assim, fomentando o amplo acesso por parte dos
agricultores familiares do conjunto das políticas públicas desenvolvidas para o meio rural
brasileiro, em especial o acesso às linhas de crédito oferecidas pelo Pronaf.,,
O interesse pelo tema surgiu através das atividades de pesquisa e levantamento de
dados junto aos agricultores familiares do estado do Rio de Janeiro desenvolvidas em dois
períodos. O primeiro entre 2011 e 2015 com a elaboração de pesquisa junto aos agricultores
familiares dos municípios de Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim e Casimiro de Abreu
através do projeto Incid realizado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Estatíscas –
IBASE, resultando na elaboração de um conjunto de indicadores sociais referentes a
agricultura familiar denominados Indicadores de Acesso a Terra. Já a segunda experiência
profissional ocorreu no período de 2017 a 2018 através do projeto de Regularização
Ambiental na Perspectiva do desenvolvimento Territorial Agroecológico dos Assentamentos
da Reforma Agrária – RAPATRA projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro – UNIRIO através de um convênio com Instituto Nacional de Colonização e
reforma Agrária – INCRA com objetivo de levantar dados socioeconômicos de 1716 famílias
assentadas no estado do Rio de Janeiro. Essas duas experiências profissionais propiciaram
uma visão crítica sobre as condições de produção dos agricultores familiares e acesso destes
às políticas públicas específicas para o meio o rural. Neste sentido, o interesse em
desenvolver uma análise sobre a realidade rural fluminense através de uma literatura própria.

Objetivos:
Este trabalho tem como objetivo analisar as condições de acesso dos agricultores
familiares fluminenses junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
– Pronaf identificando as principais dificuldades e limites impostos pelo programa. Para isso,
pretendemos levantar o perfil dos agricultores familiares com os projetos de financiamentos
aprovados por área de produção e localização territorial; Identificar junto as entidades de
classe e representação dos agricultores familiares fluminense as principais demandas em
relação as políticas de crédito da agricultura familiar; Verificar junto as entidades
governamentais executoras das políticas públicas os critérios para construção das metas do
número de emissão de DAPs no estado do Rio de Janeiro; Relacionar os dados das campanhas
de divulgação (custos operacionais e financeiros) com as emissões de DAPs e a construção
de projetos técnicos de 2010 a 2015.
Minha hipótese que o baixo número, cerca de um terço, de agricultores familiares do
estado do Rio Janeiro inscritos no Pronaf demonstra que existe um perfil definido destes
produtores por parte das entidades envolvidas diretamente na execução do programa de
crédito para agricultura familiar, o que a nosso ver, é resultado de uma seletividade
administrativa e política contrariando o discurso governamental sobre o novo modelo de
desenvolvimento rural e a importância da agricultura familiar. Neste sentido, desenvolver um
estudo sobre as principais políticas públicas para o meio rural possibilita não apenas a
verificação se essas políticas públicas estão chegando aos agricultores familiares fluminenses,
mas de que forma estão efetivamente ocorrendo.

Problematização
No Brasil, a importância política e econômica da agricultura remonta o período
colonial, desde então é um tema permanente de debates e disputas no interior do Estado e da
sociedade brasileira. Assim, políticas voltadas para a questão agrária e agrícolas representam
muito mais que resultados econômicos, refletem uma disputa em torno de projetos distintos de
grupos e agentes da sociedade em relação ao Estado.
Para Iamamoto (2008), a burguesia brasileira tem sua base fundante no poder
oligárquico e sua renovação a partir dos interesses industriais, comerciais. Assim a velha
oligarquia agrária se reestrutura, modernizando-se economicamente. Do ponto de vista
político consolida alianças que a garante junto ao núcleo de poder, o que resulta de forma
decisiva na influência de uma base conservadora da dominação burguesa no Brasil. Para a
autora, a revolução burguesa no Brasil surge identificada com o timbre do mundo rural, o que
confere a classe dos proprietários de terra uma posição de destaque. Neste sentido, a autora
aponta o lugar histórico da agricultura, responsável pela acumulação de capital na esfera do
comércio e da indústria. Esse contexto histórico, predominância da agricultura como elemento
econômico e político, remete ao campo brasileiro um espaço disputa.
A agropecuária, assim como outras atividades produtivas, tem nas linhas de crédito a
condição para viabilizar os custos de todo o processo que envolve o sistema de produção
agropecuário. O crédito acessado pelos agricultores pode ser caracterizado como um
empréstimo, já que em sua grande parte, o agricultor familiar não possui recursos próprios
que permitam custear a produção. Neste sentido, a existência de um programa de crédito
especifico para o agricultor familiar é importante para garantir a produção, o que resulta em
uma maior diversidade de alimentos e regularidade quanto ao preço final dos produtos
agropecuários. No Brasil o Crédito Rural foi instituído pela ditadura militar através da lei
4.829 em 1965, objetivando aumentar os investimentos rurais, por parte de cooperativas e dos
produtores rurais, no armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos
agropecuários. Para Grisa e Schneider (2015), os governos militares orientados pela
modernização tecnológica da agricultura, desenvolveram um conjunto de ações e políticas
públicas, como, o crédito rural, garantia de preços mínimos, seguro agrícola, pesquisa
agropecuária, assistência técnica e extensão rural, incentivos fiscais às exportações,
minidesvalorizações cambiais, subsídios à aquisição de insumos, expansão da fronteira
agrícola, e o desenvolvimento de infraestruturas. Ainda segundo os autores, essas ações foram
desenvolvidas ao longo de 20 anos pelo Estado caracterizando um processo “triplamente
seletivo” que beneficiava na maior parte os médios e os grandes agricultores, das regiões sul
e sudeste, que produziam produtos direcionados à exportação ou de interesses de grupos
agroindustriais (café, soja, trigo, cana‐de‐açúcar, laranja, algodão).
É importante destacar que historicamente a agricultura familiar sempre ficou ausente
das principais política e programas desenvolvidos pelo Estado para o campo brasileiro. Até
metade da década de noventa os responsáveis por grande parte da produção alimentar da
população brasileira eram denominados “pequenos agricultores” e não tinham nenhuma
influência junto as políticas desenvolvidas para o meio rural brasileiro. Segundo, Picolloto
(2014). A urgência da categoria agricultura familiar e dos agricultores familiares como figuras
políticas personagens é um processo atual, que tem início nas duas últimas décadas. Neste
sentido, o processo de redemocratização da sociedade brasileira permite que demandas
históricas dos movimentos sociais do campo encontrem espaço, no sentido de buscar políticas
e ações para compensar os efeitos nocivos da política econômica levada a cabo durante o
período da ditadura militar (1964‐1985). Em contexto histórico, pós a constituição de 1988,
com grandes manifestações populares e o afastamento do mandato do presidente Collor de
Mello, o Estado brasileiro finalmente acaba por reconhecer estas demandas dos movimentos
sociais do campo, em especial o novo sindicalismo rural e cria‐se, em 1996, o Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ) Aquino e Scheneider (2015).

Na literatura especializada, são inúmeros os autores que identificam no PRONAF, a


principal política pública de um novo modelo de desenvolvimento rural. De acordo
com o discurso governamental de então, essa nova política pública seria o principal
instrumento utilizado para construir um novo modelo de desenvolvimento rural no
Brasil. Sua missão fundamental seria combater as desigualdades que marcaram
tradicionalmente as políticas estatais voltadas para estimular a mudança da base
técnica da agricultura do país. (AQUINO, SCHENEIDER 2015, p.54).

O Pronaf surgiu com o objetivo de incentivar a expansão da agricultura familiar no


país e se difundiu rapidamente por todas as grandes regiões do país e, atualmente encontra-se
presente em quase todos os municípios brasileiros. Com efeito, o acesso ao Pronaf torna-se
fundamental para a viabilização da produção do agricultor familiar assim como as demais
políticas desenvolvidas para o meio rural. Em especial, o não acesso pelo agricultor
familiar pelo Pronaf limita o sistema produtivo como também a mudança entre o sistema
convencional e o sistema agroecológico, já que a passagem do primeiro para o segundo
necessita de recursos e acompanhamento técnico. Aquino e Scheneider (2010) afirmam que o
Pronaf é a principal ferramenta da nova política do Estado em reconhecimento agricultura
familiar.
Na verdade, o PRONAF passou a ser entendido, especialmente pelos seus gestores
governamentais, como a mola-propulsora de uma estratégia nacional de valorização
da diversidade social da agricultura familiar e do meio rural. Nestes termos, sua
missão fundamental seria combater as desigualdades sociais e regionais que
marcaram as políticas estatais tradicionais voltadas para estimular a modernização
tecnológica da agricultura brasileira. (AQUINO, SCHENEIDER 2010, p.2).

Acreditamos que a agricultura familiar no estado do Rio de Janeiro tem um grande


potencial de produção assim como uma rica experiência no desenvolvimento de formas
produtivas sustentáveis e em equilíbrio com o meio ambiente. No entanto sem condições de
acessar as principais políticas públicas para o setor, o agricultor familiar fluminense vem
sofrendo com a baixa produção e os limites da comercialização.

METODOLOGIA

Como etapa inicial, iremos realizar um levantamento bibliográfico que identifiquem

literaturas que discutam sobre:

✔ Desenvolvimento rural.

✔ Agricultura familiar.

✔ Crédito rural

✔ Soberania alimentar

✔ Modo de produção camponesa.

A nosso ver, estes temas são pertinentes para uma caracterização sobre o campo
brasileiro, suas mudanças históricas e os impactos ao longo do tempo junto aos diferentes
produtores rurais, em especial suas lutas, desafios e conquistas. Assim como, identificar junto
o Estado as principais políticas desenvolvidas para o meio rural brasileiro.
Esse levantamento terá como base, as plataformas do acervo bibliográfico da plataforma
scielo.org, o acervo do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em
Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade - CPDA/UFRRJ, site do Programa de Pós-
Graduação em Desenvolvimento Rural – PGDR/UFRGS, site Diretoria de Gestão Estratégia,
Monitoramento e Avaliação – DGMA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
Em seguida, faremos um levantamento de dados da operacionalização do PRONAF
junto aos agricultores familiares do estado do Rio de Janeiro através da base de informações
da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro –
EMATER- Rio; site Diretoria de Gestão Estratégia, Monitoramento e Avaliação –
DGMA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Banco Central do
Brasil (BC).
Por fim, vamos realizar um conjunto de entrevistas com os dirigentes das Federações
dos Trabalhadores Agricultores do Estado do Rio de Janeiro – FETAG- RIO e Federação dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Agricultura Familiar do Estado do Rio de Janeiro –
FETAGRI, a fim de levantar quais são as demandas apontadas por estas entidades em relação
ao acesso dos agricultores familiares fluminenses. A fim de realizar as entrevistas iremos;
o Desenvolver um questionário enfatizando, os aspectos históricos da formação das
entidades representativas dos agricultores familiares do Rio de Janeiro, as pautas
relacionadas às políticas públicas rurais e as demandas em relação ao crédito rural.

o Realizar visitas as entidades para apresentar o projeto com o intuito de conseguir


autorização para realização das entrevistas.

o Identificar juntos as entidades os dirigentes sindicais e assessores técnicos


responsáveis pelo acompanhamento das políticas de crédito rural, em especial o
Pronaf.

o Aplicar o questionário junto ao grupo selecionado, visitando os dirigentes sindicais e


assessores técnicos.

o Tabular as respostas dos questionários observando a partir dos eixos


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