Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
231 Comunicação Empresarial Tema 1 PDF
231 Comunicação Empresarial Tema 1 PDF
Culta Escrita
O objetivo desta lição é mostrar que, ao falarmos, podemos optar por uma
linguagem informal ou formal, e essa opção dependerá sempre de um con-
texto, ou seja, para quem estamos nos reportando. Assim, embora haja dife-
renças entre os meios de se expressar, seja falando ou escrevendo, cada um
dos usuários da língua é movido por interesses e intenções.
7
O código mais importante para a transmissão de uma mensagem é a língua,
que é a parte social da linguagem pertencente a uma comunidade. Porém,
cada indivíduo faz uso da língua conforme sua habilidade e necessidade. Te-
mos, então, a língua falada.
Para que cada pessoa utilize esse código, é preciso conhecer os recursos lin-
guísticos. Se uma pessoa que não consegue se comunicar com clareza porque
tem conhecimento precário da língua portuguesa, acaba por não fazer esco-
lhas e transmite uma informação que talvez nem fosse aquela que desejava,
ou até mesmo não entende o que o outro diz, devido ao conhecimento precá-
rio de sua própria língua. Vejamos a situação a seguir:
8
No próximo exemplo, o entendimento é possível, embora precário. Isso acon-
tece porque, mesmo com dificuldade, o turista brasileiro tenta se expressar
utilizando o código do americano - no caso, a língua inglesa.
Com certeza você dirá que não, pois nem sempre somos capazes de nos fazer
entender da forma que gostaríamos. É por isso que o estudo da linguagem é
tão importante, uma vez que devemos evitar que isto aconteça.
9
importante organizar nosso pensamento com clareza; para o modo como o
fazemos, devemos nos preocupar com a forma de exposição, visto que nem
toda situação requer o mesmo grau de formalidade.
De fato, podemos ser informais, ou pouco formais, quando falamos com nos-
sos familiares ou escrevemos e-mails para amigos, o que não significa que
possa haver falta de clareza. Mas, devemos, numa entrevista ou numa carta a
uma empresa, atentar para a formalidade exigida pela situação.
Convém lembrar que a fala deve ser sempre espontânea, mesmo em situa-
ções formais. Isso significa dizer que, se soubermos adequar a língua aos dife-
rentes contextos, não precisaremos forçar uma linguagem diferente daquela
a que estamos acostumados.
Assim sendo, cabe-nos tomar cuidado com a correta escolha das palavras,
identificando, por exemplo, as situações em que a gíria não deve ser utilizada.
Falar corretamente pode se tornar um ato bastante natural e em qualquer
circunstância. Outro fator importante é que não devemos esquecer de que a
linguagem regional (sotaques e maneiras diferentes de dizer a mesma coisa
em regiões diferentes do país ou do mundo) deve ser respeitada. Ela enrique-
ce a língua como um todo, bem como a nossa cultura.
3. Tipos de Discurso
Sabemos que todo processo de comunicação tem obrigatoriamente um emis-
sor, uma mensagem e um destinatário. Ao analisar um discurso, precisamos
pensar não somente nas palavras escritas ou faladas, mas no contexto de que
elas fazem parte e a quem elas podem interessar. O contexto de que falamos é
o conjunto de circunstâncias econômicas, sociais, políticas, culturais que cer-
cam o emissor e o receptor.
10
gens são transmitidas pelas escolhas das palavras, pelos gestos, pelas expres-
sões, pelo vestuário; qual é o contexto da fala ou da escrita; e, por fim, a quem
realmente a mensagem se destina.
Figura 4
Esse foi um exemplo de discurso direto. O mesmo texto poderia ser reprodu-
zido pelo discurso indireto. Veja a seguir:
11
Mafalda, que praticamente assustou Miguelito, questiona-o sobre continuar sen-
tado ali, no meio-fio, esperando que a vida desse algo a ele sem que se esforçasse
para conquistar. Miguelito, por sua vez, não se intimidou com o questionamento da
amiga e respondeu de imediato, e de maneira até meio rude, que iria ficar ali sim,
esperando que a vida lhe desse algo. Então Mafalda saiu desolada, pensando se o
mundo não estaria tão carente de pessoas com mais iniciativa de melhorar-se e
melhorar o meio em que vive.
5. Morfologia
Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da clas-
sificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras
olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou
período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de
palavras ou classes gramaticais. São elas: substantivo, artigo, adjetivo, nume-
ral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
5.1 Substantivo
Tudo o que existe é “ser” e cada ser tem um “nome”. A palavra que indica o
nome dos seres pertence a uma classe chamada substantivo. O substantivo é
a palavra que dá nome ao ser. Além de objeto, pessoa e fenômeno, o substanti-
vo dá nome a outros seres, como: lugares, sentimentos, qualidades, ações etc.
12
5.2 Artigo
5.3 Adjetivo
Primitivo - é aquele que não deriva de outra palavra: bom, feliz, mau, triste.
13
5.4 Numeral
5.5 Pronome
14
Pronomes pessoais: Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indi-
cando as pessoas do discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento.
Tabela 1 – Pronomes Pessoais
15
Pronomes Indefinidos: Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à
Terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando quan-
tidade indeterminada: algum, alguma, nenhum, nenhuma, todos, todas, al-
guém, ninguém, muitos, poucos, qualquer, tudo, nada.
5.6 Verbo
Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando
o momento que ela ocorre, é o verbo. Uma ação ocorrida num determinado
tempo também pode constituir-se num fenômeno da natureza expresso por
um verbo. Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natu-
reza, situados no tempo.
Número e Pessoa
Logo, os verbos se flexionam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).
16
►►5.6.3 Tempo e Modo do Verbo
O fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos:
5.7 Advérbio
17
► 5.7.1 Classificação do advérbio
De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de:
• Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois)
• Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além)
• Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar)
• Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente)
• Negação (não, absolutamente, tampouco)
• Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente)
• Intensidade (muito, pouco, mais, bastante)
► 5.7.2 Locução Adverbial
É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio. A seguir, al-
guns exemplos de locuções adverbiais:
• às vezes
• às claras
• à esquerda
• à direita
• ao fundo
• à distância
• ao vivo
• a pé
• às pressas
• de repente
• de súbito
• por dentro
• por fora
• por perto
• de propósito
• com calma
• com certeza
• sem dúvida
• lado a lado
• passo a passo
• ao longo
18
►►5.7.3 Advérbios Interrogativos
São advérbios interrogativos: quando (de tempo), como (de modo), onde
(de lugar), por que (causa). Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas
quanto nas indiretas.
5.8. Preposição
Há palavras que, na frase, são usadas como elementos de ligação: uma delas
é a preposição. Preposição é a palavra invariável que liga dois termos. Nessa
ligação entre os dois termos, cria-se uma relação de subordinação em que o
segundo termo se subordina ao primeiro.
19
Exemplos de uso:
5.9 Conjunção
20
Tabela 5 - Classificação das Conjunções Subordinativas
5.10 Interjeição
Aclamação: Viva!
Advertência: Atenção!
21
Agradecimento: Grato!
Afugentamento: Arreda!
Alegria: Ah!
Animação: Coragem!
Pena: Oh!
22
Vejamos alguns exemplos:
ACENTUAÇÃO
1. Homógrafas
Palavras com a mesma grafia, mas com significados diferentes.
23
• O segundo elemento começa com h: super-homem, sub-humano;
• O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma
vogal: micro-ondas, auto-observação;
• O prefixo é pré-, pró-, pós-: pré-fabricado, pós-graduação, pró-reitor;
• O prefixo é circum- ou pan- e o segundo elemento começa com vogal, h, m
ou n: circum-mediterrâneo, pan-helenismo, pan-americano.
Saiba Mais
Para mais detalhes sobre a utilização do hífen, consulte o artigo Uso do Hífen
(Novo Acordo Ortográfico).
Saiba Mais
Para mais detalhes sobre como ficou o alfabeto brasileiro após a Reforma
Ortográfica, consulte o artigo “Alfabeto Brasileiro (Novo Acordo Ortográfico).”
Dica de Leitura
O site Ortografa também é uma ferramenta muito interessante para te
ajudar na consulta de palavras a fim de verificar se houve alteração ou não,
após o Acordo Ortográfico.
LETRAS MAIÚSCULAS
O uso obrigatório das letras maiúsculas foi simplificado. Portanto, elas se res-
tringem:
• a nomes próprios de pessoas, lugares, instituições e seres mitológicos;
• a nomes de festas;
• à designação dos pontos cardeais;
• às siglas;
• às letras iniciais de abreviaturas;
• e aos títulos de periódicos (jornais).
24
Agora é facultativo usar a inicial maiúscula em nomes que designam áreas
do saber (português, Português), nos títulos (Doutor, doutor Silva; Santo, santo
Antônio) e nas categorias de logradouros públicos (Rua, Rua do Sorriso), de
templos (Igreja, igreja do Bonfim) e edifícios (Edifício, edifício Paulista).
Exercícios Propostos
Texto I
Texto II
Texto III
Tomar Partido
25
Tomar partido é sermos como somos
é tirarmos de tudo quanto fomos
um exemplo um pássaro uma flor
No baile da Corte
Foi o Conde d “Eu quem disse Pra Dona Benvinda
Que farinha de Suruí
Pinga de Parati Fumo de Baependi
É comê bebê pitá e caí.
26
4. O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e
por um gramático nos textos a seguir, observe e responda qual é a alter-
nativa correta em relação a esse uso linguístico.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1998.
CEGALLA, D. Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.
Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, podemos afir-
mar que ambos:
( ) a) condenam essa regra gramatical
( ) b) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra
( ) c) criticam a presença de regras na gramática
( ) d) afirmam que não há regras para uso de pronomes
( ) e) relativizam essa regra gramatical
5. Tomemos como exemplo o breve diálogo entre pai e filho para analisar
este ato de fala, e completar a tabela seguinte com os seis elementos que
o compõem.
27
EMISSOR
RECEPTOR
CÓDIGO
CANAL
MENSAGEM
REFERENTE
28