O artigo discute os perigos da "miopia em marketing", quando as organizações se concentram nos produtos em vez das necessidades dos clientes. Ele usa exemplos como ferrovias e cinema para mostrar como isso levou ao declínio de indústrias. A artigo argumenta que as empresas precisam se adaptar continuamente aos clientes ou correm o risco de se tornarem obsoletas como a Kodak.
O artigo discute os perigos da "miopia em marketing", quando as organizações se concentram nos produtos em vez das necessidades dos clientes. Ele usa exemplos como ferrovias e cinema para mostrar como isso levou ao declínio de indústrias. A artigo argumenta que as empresas precisam se adaptar continuamente aos clientes ou correm o risco de se tornarem obsoletas como a Kodak.
O artigo discute os perigos da "miopia em marketing", quando as organizações se concentram nos produtos em vez das necessidades dos clientes. Ele usa exemplos como ferrovias e cinema para mostrar como isso levou ao declínio de indústrias. A artigo argumenta que as empresas precisam se adaptar continuamente aos clientes ou correm o risco de se tornarem obsoletas como a Kodak.
DISCIPLINA: PROCESSO ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SEIMOR WALCHHUTTER
BIANCA ROCHA NASCIMENTO
RESENHA CRÍTICA: MIOPIA EM MARKETING
LEVITT, T. Miopia em Marketing. Boston, v.38, n.4, p.45-56, jul./ago.1960
No artigo intitulado Miopia em Marketing, de 1960, o autor Theodore Levitt aborda os
perigos que podem ocorrer com as organizações que se preocupam com os seus produtos, procurando a sua aprimoração e venda, ao invés de se nortearem conforme as necessidades dos clientes, através da correta prática do marketing. O autor deixa claro por meio de exemplos reais, que um setor de rápida expansão também se encontra sob ameaça de decadência, não devido a saturação do mercado, mas recorrente a uma miopia na organização. Essa miopia como supracitado, se dá em consequência de as organizações não conhecerem devidamente o seu negócio, não considerando que o seu foco deve amparar-se na satisfação das necessidades do cliente. Inicialmente, o autor exemplifica a problemática por meio das ferrovias e da indústria cinematográfica, afirmando que o declínio desses segmentos se deu em razão da definição errônea de seu ramo, não priorizando o que poderia ser mais útil aos clientes, faltando engenhosidade e audácia administrativa. Essa orientação voltada ao produto, decerto é a responsável pelo declínio das organizações, e, esse padrão comportamental é definido como “ciclo auto-ilusório”. Uma das indústrias que se opõe a esse ciclo auto-ilusório é a petrolífera, que se desenvolveu de forma irregular, sempre salva por ações advindas de iniciativas de terceiros, e que permanece confiante na indispensabilidade de seu produto, procurando apenas aprimorar os combustíveis de hidrocarbonetos em vez de criar outro combustível que se adapte as necessidades do cliente, sendo produzidos de maneira distinta e com outra matéria-prima que não seja o petróleo. Isso influi um erro fatal, pois, enquanto uma organização se limita a visão de que seu produto não será substituído por um melhor, encontra-se sujeita ao declínio. Dessa forma, a empresa necessita fazer o que existe para que mantenha sua continuidade, adaptando-se às exigências do mercado o mais cedo que conseguir, considerando- se um organismo destinado a atender aos clientes, desfazendo a ideia de que sua tarefa é fabricar produtos, mas sim adquirir nova clientela por meio da satisfação. As organizações buscam se manter ativas e estabilizadas, mas o mercado é considerado altamente mutável, e a estabilidade está intrinsicamente ligada à satisfação do consumidor. Assim, cabe ao administrador propagar essa ideia, lançando o estilo da empresa, suas metas e orientações para toda a organização, entendendo a sua função, fazendo com que a organização aprenda por si mesma. Um bom exemplo de empresa com esse tipo de miopia é a Kodak, empresa que fabricava filmes para câmeras tradicionais, que não percebeu a tempo em que business estava e que mudanças estavam prestes a acontecer, com o surgimento das câmeras digitais. A empresa podia ter se desenvolvido e acompanhado o seu consumidor e a mudança de comportamento, entretanto, optou por não o fazer, o que resultou na sua falência. Em síntese, o artigo trata de situações concretas e reais, assim, pode-se concluir que as empresas atuam melhor quando percebem a situação dos clientes de uma forma mais generalizada, utilizando corretamente as ferramentas do marketing, não baseando-se somente em resultados financeiros para as suas ações, mas ampliando as ações de modo a favorecer o bem estar do cliente na situação de consumidor. Para sobreviver, a própria empresa precisa ter em mente que seu produto pode se tornar obsoleto, e a partir disso planejar ações de mudanças que a ajude a permanecer competitiva no mercado.