ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE ENSINO – ACE.

FACULDADE GUILHERME GUIMBALA – FGG.

CURSO DE DIREITO

Disciplina: Introdução ao Direito

Prof. Rangel Trindade

Nome completo do acadêmico(a): Anderson Correa

1ª série - Turma: A

TRABALHO
Palestra sobre Teoria do Direito

Joinville/SC.
Abril de 2020.
Relatório:

O professor discursou sobre a normalidade explicando que no contexto da

sociedade a normalidade pode ser diferente para determinados povos. Exemplificou
com a taxa de homicídios em são paulo pode ter um indicativo normal para a cidade de
São Paulo, mas a mesma taxa não seria considerada normal em uma cidade como
Tijuana.
Explicou que o conceito de normalidade não se define como um critério
normativo, envolve uma avaliação que leva em consideração o critério temporal e
espacial.
O professor usou como exemplo um jogo de xadrez entre dois irmãos sendo
um mais velho e outro na infância, em um primeiro momento nas regras do jogo do
xadrez poderia ser estipulado vantagens para o irmão mais novo, como a retirada de
peças do tabuleiro do irmão mais velho, visando com isso um grau de igualdade tendo
em vista a falta de habilidade do irmão mais novo no xadrez, isso poderia ser
considerado a normalidade na ocasião. Com o passar do tempo e com o aumento da
habilidade do irmão mais novo seria necessária redefinir as regras do jogo,
considerando uma nova normalidade.
Continuando a palestra comentou sobre o código de defesa do consumidor
que contém vários conceitos indeterminados em seus artigos como Vantagens
exageradas, com isso questionou o que poderia ser considerada uma vantagem
exagerada, com isso explicou que essas expressões incorporam as definições de
normalidade.
Afirmou que sempre que uma nova normalidade vai ser avaliada é
necessário refletir os princípios e fundamentos que estavam até então vigentes na
sociedade, para verificar a alteração desses princípios e assim o surgimento dessa
nova normalidade na sociedade.
Após o palestrante abriu espaço para perguntas sendo questionado sobre o
direito de exceção e o surgimento da normalidade em razão da exceção. O professor
comentou que atos como a tortura em guantanamo acontecem no meio de uma
normalidade, mas nesse exemplo não configuraria um direito de exceção e sim
configuraria atos ilegais que até são repreendidos pelo próprio governo.
Comentou que existem campos do direito no qual a influência da
normalidade tem papel de maior destaques que outros.
Outro questionamento realizado pelos ouvintes da palestra foi: qual o papel
da teoria do direito em tempos de exceção. Em resposta ao questionamento o
palestrante afirmou que o teórico do direito deve refletir, clarificar sore o papel do
direito, os conceitos e ideias que ocorre naquele momento na sociedade, e extrair
dessa compreensão os seus efeitos normativos.
Continuando a palestra comentou sobre as “Fake News”, dizendo que as
mesmas dentro do cotexto informacional trouxeram algo de novo, visto que a
possibilidade de disseminar informações fraudulentas aumentou muito, o que não era
possível tempos atrás antes do surgimento das redes sociais.
Comentou sobre o projeto de Lei que criminaliza as Fake News, prevendo a
dificuldade de criminalizar as pessoas por contarem mentiras, mas defendeu a
regulação sobre os impulsionadores que representam a disseminação em massa das
informações.
 Comentou sobre Schmitt que nos anos trinta tratava com certo desdem a
reflexão teórica jurídica tratada a partir da normalidade a partir de 33 foi modificando
seu pensamento incorporando o institucionalismo jurídico. Comentou que o direito tem
uma dimensão que é institucional tendo um papel importante na normalidade do direito.

b) escrever na mesma folha o que lhe chamou a atenção na palestra.

O que mais chamou atenção na palestra foi a diferença que a normalidade

pode ser considerada em comparação a várias regiões, sendo dinâmica no espaço e
tempo, e também como a normalidade pode influenciar na construção do direito bem
como sua modificação em razão da modificação de princípios da sociedade.