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TRANSFORMAÇÕES RECENTES DA
INDÚSTRIA NO SUDESTE: EVIDÊNCIAS
DA DINÂMICA PRODUTIVA E
TERRITORIAL ENTRE 1996 E 2015
1. Pesquisador do Programa de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD) na Diretoria de Estudos e Políticas
Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Ipea.
Governo Federal Texto para
Ministério da Economia Discussão
Ministro Paulo Guedes
Publicação seriada que divulga resultados de estudos e
pesquisas em desenvolvimento pelo Ipea com o objetivo
de fomentar o debate e oferecer subsídios à formulação e
avaliação de políticas públicas.
Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoria
URL: http://www.ipea.gov.br
SINOPSE
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
5 ASPECTOS METODOLÓGICOS.................................................................................17
6 RESULTADOS..........................................................................................................20
7 CONCLUSÃO.........................................................................................................49
REFERÊNCIAS...........................................................................................................52
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR...............................................................................54
APÊNDICE................................................................................................................55
SINOPSE
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
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Para tanto, o trabalho está estruturado em sete seções, contando com esta
introdução. Na segunda seção, uma síntese do debate econômico sobre a mudança
estrutural será apresentada; na terceira, serão expostos os aspectos gerais da indústria
brasileira; na quarta, a dimensão territorial da indústria nacional será discutida; na
quinta, será abordada a questão metodológica; na sexta seção, os resultados serão
apresentados; e na sétima, serão feitas as considerações finais.
Um relevante exemplo desses estudos foi o de Kuznets (1957), que utilizou dados
de países desenvolvidos agrupados segundo níveis de renda per capita, e demonstrou
que, entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1950, conforme a renda crescia,
houve declínio da parcela agrícola no produto nacional e aumento consistente da
parcela da indústria. Para o autor, a transformação da estrutura produtiva é um processo
inevitável, em razão da diferenciação da produção que resulta do efeito diferenciado
das inovações tecnológicas entre os setores da economia, da dessemelhança entre a
elasticidade-renda da demanda doméstica por bens e das alterações nas vantagens
comparativas no comércio internacional.
Kaldor (1966), por sua vez, em seus estudos sobre a economia britânica,
desenvolveu um conjunto de proposições teóricas para explicar as diferenças na
dinâmica de crescimento dos países, com ênfase em fatores ligados à demanda agregada.
Para o autor, o nível de demanda agregada dos países seria resultado de diferenças nas
estruturas produtivas. Dessa forma, Kaldor atribui um papel importante à indústria de
transformação no crescimento econômico. O ponto central dessa abordagem é que o
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Grosso modo, para tais precursores dos estudos sobre a mudança estrutural, os
países, ou as regiões, se desenvolvem à medida que transformam suas economias a
partir da substituição de atividades agrícolas de mais baixa produtividade por atividades
industriais cuja produtividade é mais elevada. Nesses termos, a indústria é identificada
como o “motor do crescimento”, por ser o setor mais dinâmico e difusor de inovações.
As intra e interrelações da indústria com os demais setores induzem a um aumento
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de produtividade. Por outro lado, uma interpretação diversa dessas evidências parte da
concepção “estruturalista latino-americana” de especialização regressiva (Coutinho, 1997).
Nela há certo ceticismo sobre a continuidade do crescimento da produtividade, em
razão das políticas adotadas que incentivam a importação, resultando na diminuição do
adensamento das cadeias produtivas e na ampliação do peso de atividades vinculadas
às commodities e/ou de setores menos intensivos em tecnologia na estrutura industrial.
Num primeiro momento, o aumento da produtividade se daria por um efeito
estatístico; com a concorrência externa, os setores de produtividade mais baixa seriam
eliminados, contribuindo para a elevação da produtividade agregada (Ferraz, Kupfer e
Iootty, 2004). Em seguida, a ampliação dos setores vinculados a commodities e a atividades
menos intensivas em tecnologia minguaria a capacidade de aprimorar a produtividade no
longo prazo, uma vez que os setores indutores e difusores de progresso técnico tornam-se
mais rarefeitos (Cano, 2014).
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Outra contribuição nessa perspectiva pode ser atribuída a Arend e Fonseca (2012,
p. 35), para quem “atraso tecnológico, vulnerabilidade externa, desindustrialização precoce
e reespecialização produtiva são evidências que permitem afirmar que o Brasil, desde 1980,
vem ficando para trás na trajetória de desenvolvimento capitalista”. Os autores demonstram
que, entre 1975 e 1980, o Brasil atualizou e modernizou seu parque produtivo,
promovendo políticas de catching up, aproximando-se de uma estrutura produtiva de
países desenvolvidos, sem no entanto constituir um núcleo endógeno de progresso
técnico. Contudo, a partir dos anos 1980, a economia nacional não conseguiu prolongar
a trajetória – as condições mudaram e ela passou a configurar um processo de falling
behind que resultou em sua desindustrialização.
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Em suma, como pôde ser observado, há uma variedade de estudos sobre a questão
da desindustrialização nacional dentro de diferentes enfoques. Apesar de não existir
evidências de retração do setor industrial, em termos absolutos, no período posterior às
reformas da década de 1990, a indústria brasileira evoluiu a taxas baixas (em comparação
às séries históricas), com crescimento pífio da produtividade do trabalho, redução de
sua densidade produtiva e inserção num processo de falling behind.
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Pautado também nessa discussão, Cano (2008) argumenta que, seja por reflexo
da política regional, seja por outros fatores, o fato é que a partir dos anos 1970 teve
início a reversão da polarização do Sudeste. O novo fenômeno atraiu atenção de diversos
pesquisadores, que passaram a investigar o processo de desconcentração produtiva,
cujo centro de gravidade estava localizado na Região Metropolitana de São Paulo.
Como mostra o autor, no período de 1970 a 1979 o crescimento da indústria de
transformação de São Paulo, embora elevado (120% na década), foi superado pelos
demais estados (164%), com notável aumento da diversificação da estrutura produtiva,
fortalecimento dos nexos inter-regionais e maior diminuição das desigualdades entre
as regiões, o que configurava uma desconcentração virtuosa e trazia novos horizontes,
expectativas e entendimentos acerca da “questão regional”.
No período mais recente, Saboia (2013), Góis Sobrinho e Azzoni (2015) e Abdal
(2017) retomam o debate de desconcentração industrial, analisando de diferentes formas
o mesmo processo. Saboia (2013) analisa o período de 1997-2007, utilizando índices
de concentração de Gini, índice de Herfindahl-Hirschman (IHH) e quatro razões de
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Góis Sobrinho e Azzoni (2015), por meio do valor agregado bruto (VAB),
identificam que o crescimento da produção industrial das regiões Sul e Sudeste se
revelou em torno de 25% entre 2000 e 2010, abaixo do alcançado pelas demais regiões,
uma vez que a taxa de crescimento da região Norte foi de 108%, da Centro-Oeste, de
73% e da Nordeste, de 46%. Quando analisadas as aglomerações industriais relevantes
(AIRs) no Brasil, a partir da técnica estatística multivariada de análise explanatória de
dados espaciais, os autores identificam um processo de desconcentração mais intenso no
Sul e no Sudeste, capazes de expandir a infraestrutura e as condições técnico-produtivas
para as pequenas e médias cidades.
5. Saboia (2013) calcula razões de concentração (RCs) para 1, 5, 10 e 25 principais mesorregiões pelo nível de emprego e salário.
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5 ASPECTOS METODOLÓGICOS
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das classes de acordo com a distribuição dos dados, identificando pontos de quebra
por meio de uma análise estatística que se baseia na variabilidade das informações,
o que minimiza a soma da variância dentro de cada uma das classes. Por meio desse
procedimento, foram criados quatro grupos que representam os seguintes resultados:
i) muito altos; ii) altos; iii) moderados; e iv) baixos. Foi possível, assim, avaliar quais
áreas apresentam perdas e para onde se direcionam os ganhos de empregos, sinalizando
os vetores do processo de desconcentração.
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6. Para maiores detalhes, ver Jorgenson, Ho e Stiroh (2002) e Brynjolfsson e Hitt (2003). Em seus estudos empíricos, os
autores associam às taxas mais altas de investimento nas atividades de tecnologia da informação e de comunicação a
evolução favorável da produtividade e a sustentação do crescimento econômico nos Estados Unidos na década de 1990.
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mais favorável, causando dificuldades para outra região competir na mesma produção.
Do mesmo modo, a especialização regional em bens diferenciados assim como em produtos
baseados em ciência, por conta de elevados custos fixos e riscos em P&D, com frequência
promove obstáculos intransponíveis para novas regiões entrantes. Por todas essas razões, a
tipologia permite evidenciar se, no caso brasileiro, o processo de concentração regional de
economias de aglomeração nas atividades industriais mostra sinais de reversão.
6 RESULTADOS
(2)
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TABELA 1
Taxa média de crescimento anual de VTI, produtividade e PO da região Sudeste, em
períodos selecionados
(Em %)
1996-2000 2000-2005 2005-2010 2010-2015 1996-2015
Região/fator competitivo
VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO
Sudeste 2,1 2,9 -0,8 -1,7 -4,1 2,4 5,4 0,9 4,5 -1,6 0,2 -1,8 0,9 -0,2 1,1
Baseado em recursos naturais 4,8 6,2 -1,4 -3,0 -5,8 3,0 6,1 0,6 5,4 0,2 -0,7 0,9 1,8 -0,3 2,1
Intensivo em trabalho -0,8 0,2 -1,0 -1,3 -3,3 2,0 10,4 4,0 6,2 -1,7 0,6 -2,3 1,6 0,4 1,3
Intensivo em escala 0,3 1,1 -0,8 0,2 -2,9 3,2 0,1 2,0 -1,9 -4,8 -1,7 -3,1 -1,2 -0,5 -0,7
Produtos diferenciados -1,4 -0,8 -0,5 -2,5 -3,8 1,4 15,4 2,6 12,5 -2,2 1,7 -3,8 2,3 -0,1 2,3
Baseado em ciência 1,9 -0,7 2,6 -2,6 -2,2 -0,4 2,1 1,7 0,4 -0,8 2,0 -2,8 0,0 0,2 -0,2
Fonte: IBGE.
Elaboração do autor.
Obs.: Valores monetários deflacionados pelo IPA-OG/FGV a preços de 2015. Atividades agrupadas segundo o fator competitivo predominante, conforme apêndice.
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GRÁFICO 1
Adensamento produtivo das atividades por fator competitivo da região Sudeste
(Em %)
70
63
60
54 54 54 53
50 51 50 50
50 49 48 48 48 49 48
46 45 47 47
44 44 43 43 41 41 41 41
40 39 39
35
30
20
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GRÁFICO 2
Valor de transformação industrial (R$ 1 mil) e participação (%) de cada fator competitivo
no VTI total da região Sudeste
100 30.456.491,25 29.236.404,00
29.026.475,20 31.241.648,21 27.448.725,46
90 47.498.543,74 44.975.796,16 39.679.542,79 81.301.464,25 72.633.086,00
80
60
62.543.887,00
%
50 44.454.713,46 68.186.268,15
45.872.064,56 41.553.215,20
40
30
10
Como mostra a tabela 2, entre 1996 e 2000, o VTI do estado de São Paulo esteve
parcialmente estagnado, com crescimento pífio de 0,2% a.a. No período 2005-2010,
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Texto para
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TABELA 2
Taxa média de crescimento anual de VTI, produtividade e PO do estado de São Paulo, em
períodos selecionados
(Em %)
1996-2000 2000-2005 2005-2010 2010-2015 1996-2015
Região/fator competitivo
VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO
São Paulo 0,2 1,5 -1,3 -1,4 -3,9 2,5 3,9 -0,2 4,1 -1,6 0,6 -2,1 0,3 -0,6 0,9
Baseado em recursos naturais 1,4 3,9 -2,4 -0,9 -5,1 4,3 2,4 -2,5 5,0 0,5 0,3 0,2 0,8 -1,1 2,0
Intensivo em trabalho 0,1 1,4 -1,3 -1,9 -3,3 1,4 8,4 2,6 5,7 -3,2 -0,4 -2,8 0,8 0,0 0,8
Intensivo em escala -0,8 0,2 -0,9 -1,4 -4,2 2,9 0,1 2,6 -2,5 -3,9 -1,0 -2,9 -1,6 -0,7 -0,9
Produtos diferenciados -2,7 -1,0 -1,7 -2,0 -3,8 1,9 14,9 2,3 12,4 -2,3 1,6 -3,8 2,0 -0,2 2,2
Baseado em ciência 3,5 0,2 3,3 -2,6 -2,2 -0,4 2,0 1,3 0,7 1,0 2,5 -1,4 0,8 0,4 0,4
Fonte: Dados brutos de VTI e PO da PIA-Empresa/IBGE.
Elaboração do autor.
Obs.: Valores monetários deflacionados pelo IPA-OG/FGV a preços de 2015. Atividades agrupadas segundo o fator competitivo predominante, conforme apêndice.
No prisma das categorias setoriais fica evidente a baixa evolução da produção dos
grupos entre 1996 e 2015. As atividades baseadas em recursos naturais, intensivas em
trabalho e baseadas em ciência cresceram em média 0,8% a.a., ao passo que os ramos
intensivos em escala apresentaram decréscimo de 1,6% a.a. O desempenho contrastante
foi a produção de bens diferenciados, que registrou aumento de 2,0% a.a. No entanto,
seu desempenho não foi insuficiente para reverter o quadro geral da indústria.
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GRÁFICO 3
Densidade produtiva das atividades por fator competitivo da indústria do estado de São Paulo
(Em %)
70
63
60
54
51 52
49 48 49 48 50 49
50 47 47 48 48 49 47 46
43 44 42 44 43
42 41 41 41 41
40 38 39
35
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Tal comportamento desigual dos setores influenciou a recomposição setorial, com duas
trajetórias marcantes. Como mostra o gráfico 4, no primeiro momento, entre 1996 e 2005,
houve a ampliação das atividades baseadas em recursos naturais (2,7 p.p.), com reduções
das parcelas da produção de diferenciados (-1,6 p.p.) e de intensivos em escala (-1,3 p.p.).
No segundo momento, entre 2005 e 2015, a indústria apresentou trajetória crescente na
participação de todos os ramos, principalmente na fabricação de bens diferenciados (6,2 p.p.),
em detrimento da produção de intensivos em escala, que perdeu no período 9,1 p.p.
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GRÁFICO 4
Valor de transformação industrial (R$ 1 mil) e participação (%) de cada fator competitivo
no VTI total do estado de São Paulo
100
22.612.273,21 25.988.493,02 22.805.604,70 25.181.172,27 26.477.187,00
90
42.347.880,77 38.020.127,00 34.370.061,36
68.966.495,57 61.238.499,00
80
70
123.121.367,99 119.394.582,37 111.407.908,79 111.445.244,56 91.476.185,00
60
50
%
39.728.937,00
40 34.251.870,53 34.358.324,26 31.227.720,99 46.757.773,27
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parcialmente estagnada crescendo de apenas 0,3% a.a., como na seção anterior. Entretanto,
a trajetória de crescimento da indústria mineira não foi consistente ao longo do tempo.
Entre 1996 e 2000, a produção industrial mineira cresceu em média 5,0% a.a., com
aumento da produtividade do trabalho e da população ocupada. No período 2000-2005,
o crescimento do VTI apresentou ritmo mais lento (1,8% a.a.) e sem a sustentação da
produtividade (redução de 1,9% a.a.). No período 2005-2010, a sua indústria ganhou
novo folego, cresceu em média 5,4% a.a., associada principalmente ao aumento da
população ocupada. Entretanto, essa retomada do crescimento não se prolongou no
período 2010-2015, quando houve retração média da produção de 4,4% a.a.
TABELA 3
Taxa média de crescimento anual de VTI, produtividade e PO do estado de Minas Gerais,
em períodos selecionados
(Em %)
1996-2000 2000-2005 2005-2010 2010-2015 1996-2015
Região/fator competitivo
VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO
Minas Gerais 5,1 2,7 2,3 1,8 -1,9 3,8 5,5 0,3 5,1 -4,4 -3,4 -1,1 1,7 -0,8 2,5
Baseado em recursos naturais 4,5 3,5 1,0 0,6 -2,9 3,5 5,6 0,9 4,6 -3,3 -5,6 2,5 1,7 -1,3 3,0
Intensivo em trabalho -0,2 -2,9 2,7 2,6 -1,7 4,4 12,2 5,4 6,5 -1,6 0,4 -2,0 3,3 0,4 2,8
Intensivo em escala 6,7 5,2 1,4 4,9 0,7 4,2 -0,9 0,0 -0,9 -8,4 -3,7 -4,9 0,1 0,2 -0,2
Produtos diferenciados 12,6 1,8 10,6 -3,9 -3,9 0,1 22,3 5,0 16,5 -4,0 0,2 -4,2 5,8 0,7 5,1
Baseado em ciência 13,2 12,2 0,8 6,1 -3,1 9,5 15,6 13,6 1,8 -20,5 -7,0 -14,6 2,0 3,1 -1,1
Fonte: Dados brutos de VTI e PO da PIA-Empresa/IBGE.
Elaboração do autor.
Obs.: Valores monetários deflacionados pelo IPA-OG/FGV a preços de 2015. Atividades agrupadas segundo o fator competitivo predominante, conforme apêndice.
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Por outro lado, entre 2010 e 2015, a indústria mineira mostrou desempenho
crítico: todos os tipos de indústria apresentaram intensa retração na produção.
Como mostra a tabela 3, no período, a produção de baseados em ciência, intensivos em
escala, diferenciados, baseados em recursos naturais e intensivos em trabalho apresentou
decréscimo de 21,5%, 8,6%, 4,0%, 3,2% e 1,6% a.a., respectivamente.
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GRÁFICO 5
Densidade produtiva das atividades por fator competitivo da indústria do estado
de Minas Gerais
(Em %)
70
59 59
60
51 51 52 53 51
49
50 46 45 46 46 45 47 47 46
44 45 45
43 42
38 38 38 36 39
40 36 36 37
30 28
20
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GRÁFICO 6
Valor de transformação industrial (R$ 1 mil) e participação (%) de cada fator competitivo
no VTI total do estado de Minas Gerais
100
441.734,93 724.169,88 973.140,70 2.013.218,84 638.076,00
90 2.607.287,95 4.190.818,00 3.442.645,84 9.419.753,79 7.666.310,00
80
16.645.546,80 21.538.550,66 27.354.400,53 26.141.617,16 16.844.930,00
70
40
20
10
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TABELA 4
Taxa média de crescimento anual de VTI, produtividade e PO do estado do Rio de Janeiro,
em períodos selecionados
(Em %)
1996-2000 2000-2005 2005-2010 2010-2015 1996-2015
Região/fator competitivo
VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO VTI VTI/PO PO
Rio de Janeiro 8,3 11,3 -2,7 -7,3 -6,7 -0,6 12,2 6,1 5,8 0,9 1,9 -1,0 3,0 2,5 0,5
Baseado em recursos naturais 16,3 17,7 -1,2 -13,1 -9,5 -4,0 18,9 8,6 9,5 2,6 2,1 0,4 4,8 3,6 1,2
Intensivo em trabalho -8,0 -2,9 -5,2 -3,6 -4,3 0,7 22,6 12,4 9,1 5,0 5,7 -0,7 4,0 2,8 1,2
Intensivo em escala 0,8 3,6 -2,7 3,8 -0,1 4,0 1,4 0,7 0,7 -5,5 -2,9 -2,7 0,0 0,1 -0,1
Produtos diferenciados 2,1 4,8 -2,6 -7,6 -4,7 -3,0 9,3 6,0 3,1 5,0 7,6 -2,4 2,0 3,2 -1,2
Baseado em ciência -6,7 -6,5 -0,2 -4,1 2,0 -6,0 -2,3 1,4 -3,7 -8,2 -4,4 -4,1 -5,3 -1,7 -3,7
Fonte: Dados brutos de VTI e PO da PIA-Empresa/IBGE.
Elaboração do autor.
Obs.: Valores monetários deflacionados pelo IPA-OG/FGV a preços de 2015. Atividades agrupadas segundo o fator competitivo predominante, conforme apêndice.
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Texto para
Discussão
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GRÁFICO 7
Densidade produtiva das atividades por fator competitivo da indústria do
estado do Rio de Janeiro
(Em %)
80
72
70 66 67 65
61 63
59 61 59
60 59 57
56 55 55 56 55 54
53 54
52 50 51
50 47 46 47 48 49
44
42
40 36
30
20
10
GRÁFICO 8
Valor de transformação industrial (R$ 1 mil) e participação (%) de cada fator competitivo
no VTI total do estado do Rio de Janeiro
100 4.528.985,30 3.669.980,05 3.262.100,14 2.121.141,00
5.972.467,06 2.764.851,16 2.915.214,89 3.728.277,00
1.866.835,58
90 2.543.375,02 18.430.805,00
24.450.473,63
80 18.884.317,61
18.308.701,33 22.788.586,09 10.941.467,00
70
3.718.059,40 8.562.529,51
60
5.182.533,13
%
50 3.088.321,01
40
20
10
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Rio de Janeiro, julho de 2019
TABELA 5
Índices de concentração da PO na indústria do Sudeste por fator competitivo (1996 e 2015)
IHH RC 5 RC 10 RC 25
Fator competitivo
1996 2015 1996 2015 1996 2015 1996 2015
Indústria extrativa e indústria de transformação 0,106 0,049 50,7 37,4 58,6 46,3 74,9 62,5
Baseado em recursos naturais 0,039 0,024 35,8 26,9 47,0 37,7 66,3 57,2
Intensivo em trabalho 0,103 0,055 49,0 36,2 56,7 44,6 69,8 55,9
Intensivo em escala 0,160 0,074 58,4 44,0 64,3 50,8 80,2 66,3
Produtos diferenciados 0,157 0,070 56,7 42,6 65,8 54,8 84,1 72,1
Baseados em ciência 0,198 0,090 64,4 45,8 69,1 52,6 89,1 75,0
Fonte: Dados brutos da RAIS, 1996-2015.
Elaboração do autor.
Obs.: Atividades agrupadas segundo o fator competitivo predominante, conforme apêndice. Foram calculadas razões de concentração – RC para 5, 10 e 25 principais
microrregiões pelo nível de emprego.
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Transformações Recentes da Indústria no Sudeste: evidências da dinâmica produtiva e territorial entre 1996 e 2015
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TABELA 6
Distribuição da PO por grupo de microrregiões e fator competitivo (1996 e 2015)
(Em %)
Baseado em Intensivo em Intensivo Produtos Baseado
Total
Grupo recursos naturais trabalho em escala diferenciados em ciência
1996 2015 1996 2015 1996 2015 1996 2015 1996 2015 1996 2015
10 maiores 47,0 37,7 62,5 51,3 75,8 63,1 75,1 60,1 89,6 78,8 64,1 50,9
30 seguintes 30,2 32,1 26,3 32,1 18,1 25,2 21,7 31,8 9,8 19,6 22,5 28,7
30 seguintes 13,5 17,2 7,4 10,3 4,2 7,3 2,8 6,1 0,6 1,6 8,4 11,6
30 seguintes 6,0 8,3 3,0 4,5 1,5 3,4 0,4 1,5 0,0 0,1 3,3 5,8
30 seguintes 2,9 4,1 0,8 1,7 0,4 1,0 0,0 0,4 0,0 0,0 1,5 2,5
17 seguintes 0,4 0,7 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,4
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Dados brutos da RAIS, 1996-2015.
Elaboração do autor.
Obs.: Atividades agrupadas segundo o fator competitivo predominante, conforme apêndice.
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MAPA 1
Perda de PO em atividades baseadas em recursos naturais nas microrregiões do Sudeste
(exceto Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de perda de população ocupada [10] Participação da atividade no total de perdas dentro da microrregião
57 – 166 [Perda baixa] [3] Indústria extrativa
166 – 569 [Perda moderada] [4] Fabricação de alimentos e bebidas
569 – 1961 [Perda alta] [2] Fabricação de produtos de fumo
1961 – 14538 [Perda muito alta] [1] Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem
Desdobramento de madeira
Fabricação de produtos de madeira, cortiça e material trançado, exceto móveis
Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel
Coqueiras
Refino de petróleo, elaboração de biocombustíveis e produção de álcool
Fabricação de produtos de minerais não metálicos
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MAPA 2
Ganho de PO em atividades baseadas em recursos naturais nas microrregiões do Sudeste
(exceto Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de ganho de população ocupada [135] Participação da atividade no total dos ganhos dentro da microrregião
20 – 1951 [Ganho baixo] [81] Indústria extrativa
1951 – 4530 [Ganho moderado] [33] Fabricação de alimentos e bebidas
4530 – 9781 [Ganho alto] [17] Fabricação de produtos de fumo
9781 – 17315 [Ganho muito alto] [4] Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem
Desdobramento de madeira
Fabricação de produtos de madeira, cortiça e material trançado, exceto móveis
Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel
Coqueiras
Refino de petróleo, elaboração de biocombustíveis e produção de álcool
Fabricação de produtos de minerais não metálicos
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MAPA 3
Perda de PO em atividades intensivas em trabalho nas microrregiões do Sudeste (exceto
Espírito Santo) (1996-2015)
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MAPA 4
Ganho de PO em atividades intensivas em trabalho nas microrregiões do Sudeste (exceto
Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de ganho de população ocupada [119] Participação da atividade no total dos ganhos dentro da microrregião
6 – 1532 [Ganho baixo] [88] Fabricação de produtos têxteis
1532 – 4280 [Ganhos moderados] [21] Confecção de artigos de vestuários e acessórios
4280 – 11272 [Ganhos altos] [9] Fabricação de calçados
11272 – 17423 [Ganhos muito altos] [1] Fabricação de produtos de metal – exceto máquinas e equipamentos
Fabricação de móveis
Indústrias diversas
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MAPA 5
Perda de PO em atividades intensivas em escala nas microrregiões do Sudeste (exceto
Espírito Santo) (1996-2015)
[27]
Faixa de perda de população ocupada [23] Participação da
da atividade
atividade no
no total
total dos
de perdas
Participação ganhosdentro
dentroda
damicrorregião
microrregião
5 – 504 [perda baixa] [13]
186 [Perda [15] de papel e produtos de papel
Fabricação de produtos têxteis
504
186 – 1504 [perdamoderada]
938 [Perda moderada][6] [7] Edição, impressão
Confecção e reprodução
de artigos deegravações
de vestiários acessórios
938 – –8388
1504 [Perda
15715 alta]
[perda [3][4]
alta] produtos químicos orgânicos
Fabricação de calçados
defensivosdeagrícolas
Fabricação de produtos metal – exceto máquinas e equipamentos
15715 – 52957 [perda muito alta][1]
8388 – 99838 [Perda muito alta] [1]
produtos químicos diversos
Fabricação de mveis
Fabricaçãodiversas
Indústrias de produtos de plásticos e borracha
Fabricação de vidro e produtos de vidro
Metalurgia básica
Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias
Fabricação de outros equipamentos de transporte
Seguido de São Paulo (SP) está o grupo com perdas altas, composto por Rio de
Janeiro (RJ), Santos (SP) e Ipatinga (MG). No caso do Rio de Janeiro, as perdas se
deram principalmente na produção de edição, impressão e reprodução de gravações.
Em Santos, a queda do emprego esteve associada, sobretudo, à metalurgia básica, tal
como em Ipatinga.
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MAPA 6
Ganho de PO em atividades intensivas em escala nas microrregiões do Sudeste (exceto
Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de ganho de população ocupada [120] Participação da atividade no total de ganhos dentro da microrregião
5 – 1968 [Ganho baixo] [79] Fabricação de produtos de papel e produtos de papel
1968 – 6828 [Ganho moderado] [32] Edição, impressão e reprodução de gravações
6828 – 19618 [Ganho alto] [8] Fabricação de produtos químicos orgânicos
19618 – 33336 [Ganho muito alto] [1] Fabricação de defensivos agrícolas
Fabricação de produtos químicos diversos
Fabricação de produtos de plásticos e borracha
Fabricação de vidro e produtos de vidro
Metalurgia básica
Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias
Fabricação de outros equipamentos de transporte
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MAPA 7
Perda de PO em atividades baseadas em produtos diferenciados nas microrregiões do
Sudeste (exceto Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de perda de população ocupada [16] Participação da atividade no total de perdas dentro da microrregião
3 – 36 [Perda baixa] [6] Máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária
36 – 239 [Perda moderada] [7] Máquinas e equipamentos
239 – 1042 [Perda alta] [2] Fabricação de equipamentos militares
1042 – 15450 [Perda muito alta] [1] Fabricação de eletrodomésticos
Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos
Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de
precisão e óticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios
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Quanto aos ganhos na produção de produtos diferenciados, o mapa 8 mostra que, das
147 microrregiões, 122 apresentaram ganhos, ficando atrás apenas do contingente indicado
nas atividades baseadas em recursos naturais. Entretanto, noventa das microrregiões que
obtiveram aumento no emprego estiveram concentradas no grupo de ganhos baixos.
MAPA 8
Ganho de PO em atividades baseadas em produtos diferenciados nas microrregiões do
Sudeste (exceto Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de ganho de população ocupada [122] Participação da atividade no total de ganhos da microrregião
2 – 1274 [Ganho baixo] [90] Máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária
1274 – 3396 [Ganho moderado] [22] Máquinas e equipamentos
3396 – 8795 [Ganho alto] [8] Fabricação de equipamentos militares
8795 – 16685 [Ganho muito alto [2] Fabricação de eletrodomésticos
Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos
Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de
precisão e óticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios
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atividades em que São Paulo apresentou perda; e ii) o segundo se refere às microrregiões
mais ao noroeste no estado de São Paulo, que apresentaram crescimento guiado não
apenas por essas atividades, mas também, e principalmente, pela fabricação de máquinas
e equipamentos para a agricultura e a pecuária. A exceção a esse vetor é a microrregião
de Macaé (RJ), cujo alargamento esteve associado à ampliação do setor de máquinas e
equipamentos, ligado, todavia, a sua indústria extrativa de petróleo e gás.
Por fim, sobre a dinâmica das atividades baseadas em ciência, no mapa 9 é possível
observar que a microrregião de São Paulo (SP) teve o desempenho mais crítico, com queda
de 15.210 empregos, ocupando o grupo de perdas mais elevadas. A redução de sua PO esteve
centrada na fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações.
MAPA 9
Perda de PO em atividades baseadas em ciência nas microrregiões do Sudeste (exceto
Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de perda de população ocupada [24] Participação da atividade no total de perdas dentro da microrregião
1 – 77 [Perda baixa] [16] Fabricação de produtos farmacêuticos
77 – 418 [Perda moderada] [5] Fabricação de máquinas para escritórios e equipamentos de informática
418 – 3969 [Perda alta] [2] Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações
3969 – 15210 [Perda muito alta] [1] Construção, montagem e reparação de aeronaves
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Seguidas de São Paulo (SP) estão as microrregiões de Mogi das Cruzes (SP) e
Rio de Janeiro (RJ), ocupando o grupo de perda alta. Em ambos os casos, as reduções das
ocupações foram guiadas, principalmente, pela fabricação de produtos farmacêuticos
e a fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação.
MAPA 10
Ganho de PO em atividades baseadas em ciência nas microrregiões do Sudeste (exceto
Espírito Santo) (1996-2015)
Faixa de ganho de população ocupada [71] Participação da atividade no total de ganhos dentro da microrregião
1 – 626 [Ganho baixo] [54] Fabricação de produtos farmacêuticos
626 – 2307 [Ganho moderado] [8] Fabricação de máquinas para escritórios e equipamentos de informática
2307 – 5546 [Ganho alto] [7] Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações
5546 – 14718 [Ganho muito alto] [2] Construção, montagem e reparação de aeronaves
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7 CONCLUSÃO
Este trabalho avaliou as transformações recentes da indústria de São Paulo, Minas Gerais
e Rio de Janeiro, em termos de sua dinâmica produtiva e territorial. Os resultados aqui
coligidos apontam que os três estados apresentaram comportamentos diferenciados
ao longo do período analisado, e mesmo num processo de semiestagnação do grande
centro da indústria brasileira, o estado de São Paulo, o processo de desconcentração no
interior da região persiste.
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que a atividade industrial passa por um processo de falling behind, uma vez que amplia
a parcela da indústria tradicional em detrimento, principalmente, da indústria intensiva
em escala. Além disso, a queda no adensamento produtivo aqui apresentado converge
para a constatação de Sarti e Hiratuka (2017) de redução das cadeias produtivas na
indústria. No entanto, entre os estados da região, o processo evolui em intensidades
diferentes, visto que as mudanças na composição setorial ocorrem de maneira mais
exacerbada no Rio de Janeiro do que nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
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REFERÊNCIAS
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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