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Desenvolvendo a Inteligência e Tornando-se Criativo

ATIVANDO E DESENVOLVENDO A INTELIGÊNCIA: ALCANCE OBJETIVOS ATRAVÉS DA


EMOTIZAÇÃO PARA A MOBILIZAÇÃO DE POTENCIALIDADES NÃO UTILIZADAS

Adaptado e revisado por Laercio Monteiro.


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Material de apoio e conteúdo adaptado de:
Artigos do Prof. Dr. Luiz Machado, Ph.D.
T.N.T – Nossa Força Interior (Claude M. Bristol e Harold Sherman).

Dizemos “ativar” porque as pessoas, dentro da extensa faixa da normalidade,


têm inteligência em potencialidade, dependendo dos estímulos adequados para
que ela se manifeste. Ninguém nasce inteligente. A inteligência não é inata. A
pessoa nasce com o potencial de ser inteligente, mas não nasce inteligente.
Nasce com instintos, que são comportamentos não aprendidos, mas não nasce
inteligente. A estimulação dos sentidos e instintos gera inteligência. Assim como
o organismo constrói a si mesmo, a inteligência também pode ser usada para
desenvolver a inteligência. Ser inteligente é uma postura mental e física, pois
assim como a mente influencia o corpo, este também influencia a mente. Decida
agora que vai ser inteligente. Ativar e desenvolver a inteligência constitui um
dos melhores exercícios para o cérebro. A função faz o órgão e esses
exercícios contribuem para prevenir doenças do cérebro.

A Natureza dotou-nos a todos com potencial de sermos inteligentes para atingir


seu principal objetivo, que é a preservação da espécie, e nós podemos usar o
sistema d’Ela para atingir nossos próprios objetivos de ser ou de ter. A
Emotologia ensina como fazer isso. A vida amaldiçoa quem perde as
oportunidades que ela dá.

Quando nascemos, o cérebro não é totalmente tábula rasa; ele traz os


conhecimentos mínimos necessários à sobrevivência, tais como respirar sugar,
enfim, conhecimentos instintivos, isto é, não aprendidos. Provavelmente, também
traz alguns conhecimentos que foram adquiridos ou aprendidos dos ascendentes
em vários graus, dos ancestrais. Ele vem com imenso potencial de aprender, o
que faz com avidez. Um dos primeiros conhecimentos que ele precisa é da
matriz, do programa, do aplicativo da inteligência e da criatividade, pois vai
precisar muito deles para sobreviver ao longo da existência. Não nos
esqueçamos de que a inteligência é uma função do cérebro para que possamos
sobreviver e nos adaptarmos. Cada dificuldade que o cérebro encontra, cada
necessidade com que ele se depara é uma oportunidade a mais de ele aprender
o processo da inteligência e da criatividade. Muita gente atulha o cérebro com
muitas informações sem lhe ter dado chance de aprender o processo de resolvê-
las.

O cérebro existe para funcionar. Quanto mais funciona, mais apto está para
funcionar melhor; por isso, precisamos dar-lhe chance de cumprir sua destinação.
Neste caso, a rotina é inimiga do desenvolvimento do cérebro, que é o único
órgão cujo desenvolvimento podemos provocar. É muito importante que seu

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cérebro tenha um programa, um aplicativo sempre pronto a entrar em ação logo


que alguma situação que se apresente exija o uso da cabeça. É o que iremos
conferir nas páginas a seguir.

1ª DICA
Em primeiro lugar, é preciso aceitar e estar convicto de que a inteligência se
aprende, desenvolve-se e não é um dom especial concedido a uns poucos.
Pensar e acreditar que a inteligência é só para alguns constitui um bloqueio
desastroso. A inteligência é uma função do organismo, com destaque para o
cérebro, para a preservação da espécie, por isso mesmo precisamos aprender
a mobilizar o Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE),
emotizando (revestindo de emoções) aquilo que se deseja conseguir. Essa é a
inteligência natural existente em todos os seres. A inteligência racional já é uma
condição que tem origem remota no SAPE e é uma etapa na evolução de
nossa espécie o Homo Sapiens. A inteligência racional é a que, supostamente,
é medida por testes de Q.I. (quociente de inteligência), sigla que, de maneira
errônea, é frequentemente usada como sinônimo de inteligência.

O maior objetivo da Natureza é a preservação das espécies e para isso Ela


dotou os seres de um mecanismo formado pelos sistemas das emoções
(tomada esta palavra no sentido de resposta que envolve mudanças
psicológicas de adaptação como preparação para ação) em interação com o
sistema glandular endócrino (glândulas que lançam seus hormônios
diretamente na corrente sanguínea). ACEITAR QUE A INTELIGÊNCIA PODE
SER ATIVADA E DESENVOLVIDA POR MEIO DE ESTÍMULOS QUE A
PRÓPRIA PESSOA PODE PRODUZIR É O PRIMEIRO PASSO PARA USAR
A INTELIGÊNCIA QUE CADA UM POSSUI.

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2ª DICA
Os dados e informações são enviados ao cérebro, mais precisamente ao
SAPE, por meio dos sentidos, quer sejam os cinco mais comuns quer sejam os
sentidos que nós chamamos de especiais (a percepção além dos limites da
consciência). Todos os nossos sentidos podem ser desenvolvidos e para isso
treinamos a cognição, que é a operação do intelecto pela qual entramos em
contato com o meio ambiente e estruturamos as informações. A atenção
concentrada é a melhor maneira de treinar a cognição. A pessoa deve focar no
que estiver fazendo. Se achar isso difícil, repita mentalmente o que estiver
fazendo no momento, por exemplo, "estou abrindo a porta", "estou desligando o
gás". Outra técnica criada por Laercio Monteiro constitui-se em usar algum
ponto em específico no objeto em questão que sirva como âncora para chamar
a sua atenção e depois conseguir concentrá-la, desprezando quaisquer fatores
externos ou internos (pensamentos) que, porventura, venham a provocar a
perda dessa concentração. Exemplo: caso você esteja lendo algum livro e
deseja manter-se concentrado na leitura sem perder o foco, uma palavra
qualquer do texto (ou qualquer outra coisa, seja uma imagem, um símbolo, etc.)
pode servir como um gancho para, inicialmente, conseguir voltar a atenção do
seu consciente para a tarefa e assim iniciar o processo de concentração, que
consiste em desprezar ou tornar irrelevante qualquer coisa externa ou interna,
tornando o objeto de concentração somente aquilo cuja atenção está
direcionada, o que favorece a cognição. Caso perca esse controle, basta utilizar
novamente qualquer outra coisa que se torne a âncora (desde o último ponto
onde parou e compreendeu) para que repita o processo e restabeleça a
concentração, realizando os mesmos procedimentos sempre que perder esse
controle. Essa técnica anteriormente aplicada no exemplo anterior é válida para
toda e qualquer coisa que você deseje fazer na vida onde precise, além de
atenção, concentração, compondo a atenção concentrada. Na medida em que
treinamos a cognição estaremos treinando a memória (que é um componente
da inteligência, mas não é sinônimo de inteligência) e, por tabela, a inteligência.

Muita gente confunde memória com inteligência. Quando veem alguém com
"boa" memória, logo dizem que ela é inteligente. Na verdade, o que chamamos
de "boa" memória é tão somente memória "bem treinada". Como se observa,
para se ter uma boa memória é preciso treinar a atenção e concentração. (Veja
as dicas para uma "boa" memória já fornecidas anteriormente).

3ª DICA

A inteligência nutre-se de relações, isto é, pontos comuns que unem duas ou


mais coisas, quer seja no mundo concreto ou no mundo abstrato. Para ativar a
inteligência habitue-se a relacionar coisas, quer sejam relações aparentes, de
semelhança, quer sejam relações ocultas ou analógicas. Por exemplo, a mão
humana não é semelhante à tromba do elefante, mas há relação entre elas pois
servem para pegar coisas. A relação oculta chama-se tecnicamente de
analógica, pois analogia é a semelhança nas relações ocultas. Relações
existentes no espaço: encontrar este tipo de relação é um dos melhores
exercícios para o cérebro e, mais especificamente, para desenvolver a

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criatividade. Se observarmos bem, em cada solução tecnológica há uma


analogia. São extensões das funções humanas.

4ª DICA

Quando treinamos os sentidos comuns como a visão, a audição, o olfato, o tato


e o paladar, estamos treinando a percepção. Chamamos de "sentidos comuns"
porque consideramos a existência de atividades mentais além do limite da
consciência. A palavra "percepção" é formada pelo prefixo latino "per" (que
indica "através de", "por intermédio de") e "cepção" (derivado do verbo latino
"capere" - pronuncia-se /cápere/ - "tomar", "agarrar", "pegar", "apreender").
Assim, "percepção" indica "a ação de adquirir conhecimento de algo por meio
dos sentidos comuns". No caso das atividades mentais além da consciência,
formamos a palavra "subcepção", do verbo "subceber", para indicar a ação de
perceber abaixo do limite do consciente, com o elemento "cepção" e o prefixo

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"sub", que indica "abaixo de". "Percepção", no campo de aquisição de


conhecimentos, liga-se à cognição.

Quando treinamos nossos sentidos estamos treinando a percepção. Também


podemos desenvolver a subcepção quando procuramos afastar a razão e
deixamos "falar o coração", como se diz comumente. A palavra "coração" é
também usada para indicar a parte mais íntima do ser, o berço de sentimentos,
do afeto, do ânimo, da intuição, etc. Para que a inteligência alcance maior
amplitude, devemos treinar a percepção e a subcepção. EMBORA A
INTELIGÊNCIA SEJA UNA, PARA EFEITOS DIDÁTICOS PODEMOS
CONSIDERAR A INTELIGÊNCIA RACIONAL E A INTELIGÊNCIA DO SAPE
(Veja "dica nº 1").

5ª DICA

A cognição

A cognição é comumente considerada a mais importante das funções ligadas à


inteligência, usando-se o adjetivo "cognitivo", derivado de cognição, como
sinônimo de "intelectual, ligado ao intelecto".

O cérebro tem funções cognitivas ou intelectuais e funções que vão além do


limite da consciência, que nós chamamos de especiais, como pressentimentos,
premonições, intuição, todas estas de acordo com necessidades de
preservação da espécie nos domínios do SAPE (Sistema de Autopreservação e
Preservação da Espécie), dentro do campo estritamente científico.
Especialmente por suas funções especiais é que podemos dizer que o SAPE é
a sede da alma.

A inteligência do SAPE, “a grande inteligência” como nós a chamamos, pode ser


mobilizada para desenvolver a pequena inteligência (a do intelecto, a das
funções cognitivas). Se fizermos a pergunta “Inteligência para quê?”, a resposta
será "Para a preservação das espécies", pois assim a entenderemos com mais
facilidade o motivo de chamarmos de "grande inteligência". Então, precisamos
considerar o SAPE uma entidade que pode ajudar-nos em qualquer momento.
Podemos aceitar o SAPE como Deus em cada pessoa. Os indianos
cumprimentam com uma palavra, "namastê", que significa "o deus que há em
mim saúda o deus que há em você".

Para que haja boa cognição é preciso enviar ao cérebro, por meio dos sentidos
comuns, dados e informações claras, precisas e bem significativas. Não é preciso
dizer que a atenção é essencial para a cognição. Quanto mais canais de
percepção (visual, auditivo e cinestésico) você mobilizar, maior a chance de uma
boa cognição. Quando se quer arquivar alguma coisa, organiza-se em pastas
que, na verdade, correspondem a classes. Então se queremos uma boa cognição
também podemos organizar os dados e informações à disposição em classes
guardadas em pastas (classificadores), o que também favorece a memorização e
o ato de lembrar. Na verdade, melhor seria se disséssemos "lembração" em vez

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de memorização, pois no final das contas queremos mesmo é lembrar. Inclusive,


para reforçar, faça associações. Isso se dá através de 03 fatores: a coisa em
questão, outra coisa similar e a relação entre elas. Esse é um truque interessante
para "puxar" informações dos confins da memória.

Por exemplo: para lembrar que alguém mora no número 2251 de alguma rua,
lembre-se dos "patinhos na lagoa" dos dois primeiros números e de como os dois
últimos podem ser "uma boa ideia". Dê asas à imaginação.

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6ª DICA

Nós consideramos a inteligência do SAPE como a grande inteligência, pois a


inteligência racional (do intelecto) já surgiu para preencher necessidades do
SAPE. Quando nós traçamos objetivos claros e bem definidos e analisamos os
meios dos quais dispomos para atingi-los, saturamo-nos com dados e
informações ligadas ao problema e, em seguida, não pensamos mais no
assunto sem desviarmos nossa atenção interna, deixando os problemas no
SAPE. Dessa forma, estamos mobilizando o SAPE para ajudar- nos na solução.
Essa inteligência do SAPE nós a chamamos de natural, embora a inteligência
racional, da lógica aristotélica, também seja natural, mas apenas treinada e
desenvolvida por nós. Como a inteligência do SAPE envolve os sistemas das
emoções, tomada esta palavra no sentido de mudanças mentais para a ação,
ela também é chamada por alguns de inteligência emocional.

7ª DICA

Tornando significativa a aquisição de conhecimento

Uma excelente maneira de treinar-se a inteligência é tornar significativo tudo


aquilo que se aprende, tudo aquilo que se lê, indo às origens do que se
aprende, de que maneira o que se aprende relaciona-se com o que já sabemos,
procurando saber o “por quê?” e o “para quê?” do que se estuda. No processo
de tornar significativos os conhecimentos, a etimologia (de onde vem, como são
formadas as palavras) desempenha importante papel. É preciso ler não só com
os olhos físicos, mas também com os olhos da mente. Para conseguir isso é
preciso entregar-se inteiro no que estiver fazendo. O cérebro atua em vários
níveis: os superficiais e os profundos. Se a pessoa realmente quiser ativar e
desenvolver sua inteligência, é preciso atuar em níveis profundos, pelo menos
nos trabalhos que envolvem a mente.

8ª DICA

Interesses múltiplos e variados

Uma pessoa que queira desenvolver sua inteligência precisa ter interesses
múltiplos e variados; deve interessar-se por tudo, por qualquer assunto, desde os
mais corriqueiros e simples aos mais complicados. Tudo deve falar à pessoa que
deseja ativar e desenvolver sua inteligência. Cada vez que a pessoa demonstrar
interesse por alguma coisa, qualquer coisa, o cérebro recebe estímulos e a
inteligência é resposta a estímulos. Muita gente só tem interesse por assuntos
ligados à sua profissão ou objeto de estudos. Isso é muito ruim para a ativação e
desenvolvimento da inteligência. Interessar-se por tudo é uma forma de evitar
preconceitos.

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9ª DICA

Ninguém é inteligente 24 horas por dia

A pessoa tem atos de inteligência, mas ser inteligente não é uma condição, e
sim um momento. Ninguém nasce inteligente. Repita-se! A inteligência não é
hereditária. Inteligência aprende-se. Observe nos outros o que você percebe
como atos inteligentes e imite. Se você não se julga inteligente ou considera-se
como tendo uma inteligência mediana ou medíocre, é porque você tem uma
imagem do que é uma pessoa inteligente. E se você tem essa imagem,
transporte-a para dentro de você e emotize, isto é, envolva de emoções essa
imagem. Esse procedimento ajuda a combater os bloqueios, quer sejam
sensoriais, culturais ou emocionais.

10ª DICA

Vencendo bloqueios

Quando se fala em desenvolver a inteligência, não se trata de criar alguma


coisa, pois ela já existe em potencial em todas as pessoas, bastando que
usemos os estímulos adequados para que ela se manifeste. O melhor
professor de inteligência é a própria pessoa que deve partir do princípio que
pode ativar suas reservas mentais no sentido de conseguir os resultados que
saiba querer.

Muitas vezes a pessoa menospreza-se diante de alguém que ela julga


inteligente e pensa que ela nunca será como a que ela está admirando.
Ninguém deve comparar-se ao outro; deve sim ser o melhor em tudo que fizer,
buscando a excelência. A palavra “excelência” vem do verbo “exceler” ou
“excelir”, que significa “destacar-se entre os melhores”.

Muita gente mata sua inteligência ao imaginar que os outros são melhores que
ela, que são mais inteligentes; enfim, depreciam-se. Então, concluímos que
para ativar e desenvolver a inteligência é preciso vencer todo e qualquer
sentimento de inferioridade. Comece pela postura do corpo: levante os ombros,
erga a cabeça, fique ereto e olhe o horizonte sem temores. Isto se chama
somatopsiquismo, influência do corpo sobre a mente, assim como o
psicossomatismo é a influência da mente sobre o corpo.

11ª DICA

Convença-se de que inteligência aprende-se, destruindo o mito de que ou a


pessoa nasce inteligente ou não tem o que fazer a respeito. Esse é um mito
deletério. Ninguém nasce inteligente. Nascemos sim com o potencial de sermos
inteligentes, mas precisamos desenvolver a inteligência. Na verdade, só
podemos desenvolver a inteligência se dominarmos o processo que a produz.
Não é a inteligência que se desenvolve; é o cérebro que aprende a ser

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inteligente. A inteligência não existe pronta e a melhor maneira de uma pessoa


ser inteligente é treinar o cérebro dela para ser inteligente.

12ª DICA

O cérebro age por finalidade, como a Natureza inteira. Assim, diga ao cérebro
por quê e para quê você quer fazer algo, o resultado que você quer conseguir.
Se ele souber de antemão as razões pelas quais agir e que resultado espera-se,
ele certamente vai ajudá-lo.

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13ª DICA

Evite a rotina, mesmo que você faça isso apenas mentalmente. O processo que
gera a inteligência e a criatividade pode fazer qualquer coisa por você. Use a
fórmula “E se fosse ao contrário. E se tivessem surgido tais e quais dificuldades,
como você as teria vencido”. Crie mentalmente as situações mais esquisitas,
mais complicadas e diga como sair delas. Em qualquer lugar, em qualquer
momento você pode estar ensinando seu cérebro a ser inteligente. Não se
preocupe, não vai gastar o cérebro, pois saber não ocupa lugar, nem você vai
ficar maluco.

14ª DICA

Nós ensinamos o cérebro a ser inteligente criando dificuldades e problemas para


ele resolver e necessidades para ele satisfazer. Mesmo quando você conseguir
alguma coisa com facilidade imagine que não a conseguiu e crie várias
dificuldades que você teria que vencer. Nunca durma sobre os louros
conquistados, a próxima conquista sempre é a melhor.
É muito importante que seu cérebro tenha um programa, um aplicativo sempre
pronto a entrar em ação logo que alguma situação que se apresente exija o uso
da cabeça.

15ª DICA

Aceite de bom grado as dificuldades e os problemas que a vida oferece.


Agradeça a oportunidade que essas situações oferecem. Agradeça e bendiga os
problemas, pois são eles que tornam você mais forte e mais inteligente.
Considere importante não pensar na complexidade dos seus problemas, pois
quando você faz isso, os limites deixam de existir. Abrace as dificuldades e elas
se tornam mais fáceis de serem superadas. A propósito, o que é um problema?
É uma questão ou situação que apresenta dúvida, perplexidade ou dificuldade.
Ou ainda uma questão oferecida para consideração, discussão ou solução.

16ª DICA

Depois que o cérebro aprender como ser inteligente, ele fará isso
automaticamente, pois o processo estará dominado. Toda vez que uma situação
exigir uma solução inteligente, ele vai entrar em ação imediatamente e indicar
como encontrar a solução, mesmo que você tenha que lhe dar um tempo para
isso. Muitas soluções chegam ao cérebro ao despertar de manhã. É que o
cérebro teve chance de trabalhar livre de sua ansiedade durante a noite.

17ª DICA

Aprenda a confiar em seu cérebro. Quando você pedir a ele a solução de um


problema, como agir em determinado caso, lhe entregue confiadamente o que
precisa resolver e não duvide que ele vai dar-lhe a solução. Quando você
entregar um problema ao cérebro, não fique interferindo, fingindo que passou o

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problema para ele e não fique dando palpite. Confie totalmente ou não estará
confiando no processo.

USE A EMOTIZAÇÃO PARA CRIAR OS QUADROS MENTAIS CERTOS!

Olhe para o seu interior. Nele está


a fonte do bem que sempre
borbulhará se você a escavar.
Antigo Adágio

Antes que realmente possa alcançar, controlar e dirigir o seu poder criador
(“aquela coisa”), você necessita saber exatamente como a sua mente funciona.
Este poder criador é a parte mais importante da mente, porém é fugidio
intangível e difícil de entrar em um contato, conscientemente, até que você
adquira compreensão interior da sua consciência. Você sabia, por exemplo, que
na realidade o seu pensamento não é em palavras, mas em imagens mentais? E
por isso que, se você pensa em quadros mentais e não em palavras, sua mente
(no seu funcionamento “mecânico”) não opera de maneira diferente da do
Homem Primitivo de milhares de anos atrás. Ele também pensava por quadros
mentais, antes do aparecimento da linguagem. Quando saía do seu lar-caverna
para a caça e retornava à tribo, a única maneira pela qual podia transmitir aos
seus companheiros o que acontecera era por meio de rudes desenhos a giz ou a
buril nas paredes de sua caverna.

Gradualmente, como o homem primitivo fizesse repetidos desenhos de


experiências similares e associasse sons a certos objetos e acontecimentos,
bastava-lhe principiar um quadro familiar e já os espectadores sabiam
instantaneamente o que ele queria dizer. Como consequência, esses antigos
quadros foram reduzidos a símbolos, os símbolos agrupados tomaram-se letras
e finalmente sentenças, e a primeira linguagem nasceu. Porém mesmo com a
nossa tão gabada civilização de hoje, com todas as línguas que dela evoluíram,
com o enorme vocabulário que o homem moderno possui para descrever os
seus sentimentos, as suas ideias e o mundo ao seu redor, ele basicamente
ainda pensa por quadros mentais. Posso, com facilidade, provar isso.

Com calma, pense em alguma experiência fora do normal pela qual você haja
passado hoje. À medida que a recorda, veja com os olhos da mente os quadros
nos quais você aparece fazendo alguma coisa, estando em algum lugar,
encontrando alguém, seja qual for o incidente que tenha havido. Porém, você se
encontra impossibilitado de me transmitir o que aconteceu até que procure as
palavras e símbolos destes acontecimentos, quando então poderá relatá-lo. Eu,
por minha vez, à medida que escuto as suas palavras, preciso traduzi-las em
quadros diante dos próprios olhos da minha mente para que possa ver e
compreender o que você experimentou. Portanto, está claramente evidenciado
que você basicamente pensa, como já disse, através de quadros. Este é um dos
mais importantes fatos a respeito da mente que você jamais poderia aprender. O
próximo fator importante é este: o quadro mental formado, uma vez unido à força
criadora interior, pode atrair a você aquilo que temer ou desejar.

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O poder criador é como um imã

Isto é verdade porque o poder criador opera como um imã. Transmita a ele um
forte e claro quadro mental do que você quer e este poder criador principia a
trabalhar magnetizando condições ao seu redor — atraindo a você as coisas, os
recursos, as oportunidades, as circunstâncias e até as pessoas de que necessita
para ajudá-lo a realizar na sua vida exterior o que imaginou.
Não acredita nisso? Pense na sua vida passada! Recorde-se das vezes que
você viveu com medo de que acontecesse alguma coisa que,
consequentemente, aconteceu. Você talvez não tenha compreendido isto, mas
aqueles quadros medrosos impressionaram tanto “aquela coisa” interior que fez
que ela causasse a atração de condições errôneas, tornando-o suscetível
exatamente à coisa que você temia.
Como pode ver, essa força criadora interior não raciocina. Somente produz o
que você ordenou na forma de quadro mental seguida de fortes sentimentos de
medo ou desejo. Por isso essa força interior pode ser contra ou a seu favor,
dependendo do seu pensamento ser construtivo ou destrutivo. Agora você pode
entender o acontecimento de certas coisas boas ou más, através da sua vida.
“Aquela coisa” lhe tem servido e a espécie de resultados que você obteve
dependeu da espécie de quadros mentais que você lhe apresentou. Nestas
condições, a quanto monta a sua vida? Tem ela até agora sido cheia de tantas
experiências felizes quantas infelizes? Se assim for, você quererá modificá-la o
mais depressa possível!

E poderá alterá-la de repente por uma modificação fundamental da sua atitude


mental, vencendo os medos e as preocupações, substituindo-os por
pensamentos positivos, confiantes e corajosos. Não existe nenhuma dúvida (e
nunca houve para aqueles que compreenderam a operação da consciência) de
que conforme o quadro que você forma na mente e no coração, assim é você!
Tenha sempre em mente este grande fato. Deixe que ele domine o seu
pensamento de todos os dias.

Examine-se todas as vezes que tender a sentir-se perturbado mental e


emocionalmente ou a estocar em sua consciência quadros mentais infelizes e
destrutivos. Deseja você transferir tais quadros ao seu poder criador para que
sejam trabalhados por ele? Quer que estes medos ou desejos sejam
magnetizados para que possam atrair experiências similares a você? Se não
deseja, faça com que esta espécie de quadros desapareça de uma vez. Mude-
os para melhor. Abandone todos os sentimentos de medo, de ressentimento, de
ódio, de ciúmes — sejam eles quais forem — e os substitua por atitudes e
sentimentos mentais certos. No momento em que você assim agir, destruirá o
poder que estes quadros errôneos teriam, em consequência, sobre você.

Tome cuidado com o uso errôneo do poder criador

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O poder criador é maravilhoso dentro de um uso acertado, porém poderá “ceifá-


lo” se for colocada uma carga errada dentro de você. Uma vez que limpou a sua
mente dos quadros mentais e das reações emocionais errôneas, você estará
pronto para planejar com fé e confiança o alvo das boas coisas. A fé é que dá
vigor ao poder criador, “aquela coisa” interior. Adiante, terei mais o que dizer
sobre isso, porém acredite que o quadro mental que você forma pode ser
realizado. A dúvida pode destrui-lo e desmagnetizar o poder criador, fazendo
que você alcance metade, ou um resultado nulo ou então um resultado
desastroso.

Imagine aquilo que você desejar como se já tivesse sido alcançado pela mente.
Veja-se possuindo alguma coisa, sendo alguma coisa ou fazendo alguma coisa
como um fato consumado. Não tente imaginar passos individuais que você
pensa que deverá dar para chegar aonde deseja. O seu consciente e tão
limitado em sua função — limitado pelas suas cinco sensações físicas — que
não pode saber qual é a melhor jogada a fazer ou a melhor direção a tomar.
Porém o seu subconsciente, “aquela coisa” interior, não é limitado nem pelo
tempo nem pelo espaço. Pode funcionar de uma só vez em todos os níveis e em
todas as direções, colocando-o em contato com todas as espécies de
oportunidades e de pessoas que você, conscientemente, nem conhece ainda.

Seja o que for de que você necessite para adaptar-se ao padrão de realização
do que você tem em mente, será atraído pelo seu poder interior se você persistir
em visualizar, dia após dia, empenhando seu maior esforço em prol de seu
desejo sincero. Esta é a simples técnica a seguir. Produzirá resultados infalíveis
e em tempo oportuno se você se tornar senhor da arte de ilustrar mentalmente
os seus desejos. E preciso esclarecer que existem dois tipos de mentes: a que
visualiza e a que sente. Se você acha difícil criar diante dos olhos da mente um
quadro do que você deseja na vida, não se esforce tentando fazê-lo. Você
provavelmente é do tipo que sente. Então, tudo o que tem a fazer é concentrar-
se em um ponto focal imaginário do quarto escuro da sua mente e deixar-se
sentir, conscientemente, que o que você deseja se realizou na consciência e que
tudo que resta é materializá-lo, pela força criadora magnética, no mundo
exterior. Você obterá resultados iguais aos daqueles que acham fácil visualizar.

É preciso saber relaxar!

Naturalmente, não é necessário dizer que, antes de você se concentrar naquilo


que deseja, é preciso saber relaxar o corpo e tornar a mente passiva. Você pode
relaxar-se? Poderá você, com a sua mente, fazer que o corpo chegue ao ponto
de perder toda a tensão, perdendo a noção de si próprio, enquanto você medita
e visualiza?

Muitos homens e mulheres contam que encontram grande dificuldade em


tornarem-se “relaxados” de corpo e mente. Sentem um enrijecimento na parte
posterior do pescoço, entre os olhos ou no plexo solar — em um ou em todos
estes lugares. Dizem que não fizeram ideia de quão tensos eram até o momento
em que tentaram ficar quietos física e mentalmente. Alguns dizem que a sua
mente consciente estava repleta de fragmentos de todas as espécies de medo e

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preocupações, bem como de pensamentos confusos, e que se encontravam


incapacitados para apagá-los e ficarem aptos para representar o que realmente
desejavam.

Bem, não é de admirar. Muitos de nós vivemos cotidianamente uma vida febril.
Formamos o nosso modo de pensar com maus hábitos e poucos de nós
alcançam um controle emocional dependente. Todas as pequeninas coisas
aborrecem-nos e carregamos durante todo o dia esses aborrecimentos. E
quando à noite (para uma modificação) queremos relaxar ou fazer algum
pensamento construtivo, eles ainda estão conosco. O resultado é que, quanto
mais nos aquietamos, mais conscientes tornamo-nos dos distúrbios que se
dramatizam na parte frontal de nossa mente. Como podemos livrar-nos deles? É
preciso que você obtenha uma resposta se quiser visualizar clara e
confiantemente seus objetivos.

Você já ouviu dizer que é impossível possuir mais de um pensamento por vez no
seu consciente? É verdade! A qualquer momento você pode estar consciente
apenas de um único pensamento. O segredo da concentração para evitar que
medos, preocupações e outros pensamentos extraviados persigam-no é fixar a
atenção do consciente em um ponto focal imaginário do consciente, tal como se
fosse uma tela mental. Visualize esta tela como se estivesse estendida dentro da
sala escura da sua mente interior e enquanto nela mantiver a sua atenção, eles
não poderão persegui-lo através dela.

Projete o seu próprio quadro mental!

Sem pressa, com calma e despreocupadamente, lance o seu quadro mental


nessa tela. Não tente mantê-lo por muito tempo. No momento em que você
sentir que a força criadora interior recebeu a imagem, diga para consigo mesmo:
Terminei... Foi criado — ou qualquer outra coisa que você sinta vontade de
dizer, para acrescentar convicções à sua visualização ou aos seus sentimentos,
e deixe assim.

Se você tirasse uma fotografia, não ficaria abrindo a máquina e olhando o


negativo para ver se a fotografia estava revelada, não é? Tenha fé na força
criadora — “aquela coisa” interior — e a revelação será feita por ela. Viva as
suas atividades diárias dentro de uma feliz expectativa de que o que você
imaginou está em processo de materialização, porém repita a ilustração mental
todos os dias, diversas vezes ao dia e à noite, antes de deitar-se, até que o que
você imaginou e sentiu ter alcançado na mente torne-se um fato na vida real.

Agora a questão é: o que é necessário fazer para tornar realidade o que você
imaginou? Você não pode ficar sentado, esperando que este poder criador faça
todo o trabalho por você. A melhor maneira de provar a este poder criador que
você está levando isso a sério é trabalhar sob a sua própria orientação, fazendo
o que for possível para alcançar o objetivo. Às vezes você não alcançará o
objetivo que tem em mira, porém realizará alguma coisa até melhor.

Adaptado e revisado por Laercio Monteiro.


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Desenvolvendo a Inteligência e Tornando-se Criativo

Bill MacDaniel era um dos melhores vendedores de apólices de seguro da


cidade de Nova Iorque. Acreditava nos grandes poderes da sua mente e atribuía
o seu sucesso ao desenvolvimento desses poderes. Operava dentro de uma fé
absoluta de que, quando imaginava como realizada a venda de uma apólice ou
de uma anuidade, só faltava pô-la no envelope; contudo, não se entregava a
nenhum pensamento no qual contava como certa a realização do que pretendia
ou afirmações “polianísticas”. Andava muito, fazia os contatos pessoais e
preparava o ambiente para a consumação de cada transação. Havia ocasiões
em que a sua intuição dizia para não exercer pressão: que deveria sentar-se e
esperar até que sentisse um empurrão para dar o xeque-mate.

Em uma dessas ocasiões tentou vender a um corretor da Wall Street uma


unidade de cinquenta mil dólares. Este senhor era difícil de ser convencido e a
sua idiossincrasia pelos agentes comerciais era bem conhecida. Em matéria de
pontualidade era exigentíssimo. Quando marcava um encontro, se a pessoa
chegasse cinco minutos atrasada, já não o via. Possuía grande senso da sua
própria importância e do valor do tempo. Como também passava a maior parte
do tempo fora da cidade, era até mesmo difícil marcar uma entrevista com ele.
Naquela manha especial, Bill MacDaniel estava com sorte. Telefonou ao referido
senhor e tudo profetizava que o encontraria às 11 horas em ponto. Bill tomou o
subterrâneo, dando grande folga para compensar qualquer tempo perdido, a fim
de chegar ao encontro a tempo. Quando atingiu o Times Square, teve que fazer
baldeação para Wall Street; quando andava apressado por entre a multidão,
passou por uma senhora idosa, de origem estrangeira, que desorientada
soluçava de medo, segurando uma surrada bolsa. Ninguém lhe prestava
atenção. Era apenas uma das muitas desconhecidas em uma enorme cidade
como Nova Iorque, porém a imagem mental daquela patética anciã agarrou-se à
mente de Bill à medida que ele corria para o subterrâneo em direção ao trem,
que já estava entrando na estação. Deu uma olhada rápida no relógio. Faltavam
vinte minutos para as onze horas. Mais alguns minutos e haveria outro trem.
Ainda poderia chegar na hora aprazada. Bill voltou, subiu os degraus
apressadamente e aproximou-se da velhinha.

— Olá, Vovó — disse-lhe cumprimentando-a — O que aconteceu?


Perdeu-se?
— Sim... — disse ela, olhando-o cheia de esperança.
— Como se chama, Vovó, e onde mora? — perguntou Bill.
— Não sei... — respondeu, abanando a cabeça.
— Não possui nenhum parente — um filho ou uma filha?
— Eu não sei... — disse lastimando-se.

A pobre mulher estava tão aborrecida e confusa que não conseguia pensar.

— Vovó, — disse Bill, — eu poderia olhar na sua bolsa?

Ela lhe entregou. Bill abriu a bolsa e, remexendo por entre os seus objetos,
encontrou um pedaço de papel onde estava rabiscado um endereço. Estavam
anotados um nome de mulher e um número em certa rua de Brooklyn. Bill leu
para a velhinha e perguntou:

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— É o nome de sua filha?


— Sim, sim! — disse a mulher, cujo rosto se iluminou — É minha filha.
— É para lá que a senhora vai? — perguntou Bill.
— Sim, Sim!

Bill tomou-lhe o braço, dizendo:

— Venha, Vovó, não se preocupe. Tudo dará certo. Vou colocá-la no trem certo.

Conduziu-a pelos degraus. Um trem para Brooklyn estava para sair. Bill fez um
sinal para o guarda do carro mais próximo.

— Espere! — gritou ele — Esta senhora está perdida. Eu tenho o seu endereço
aqui. Ela está tentando chegar à casa de sua filha em Brooklyn. Poderia
providenciar para que ela desça na parada certa e pedir ao chefe do trem que
passe um telegrama ou telefone à filha para que vá encontrá-la?
— Naturalmente que providenciarei, senhor, — disse o guarda, pegando o papel
com o endereço.
— Entre, Vovó. Nós tomaremos conta da senhora. Bill viu a velhinha a salvo no
trem. Enquanto a porta se fechava, ela se virou e disse com voz alquebrada e
cheia de gratidão:
— Deus o abençoe!

Como a oportunidade às vezes bate a porta!

Bill olhou o relógio novamente. Sete minutos para as onze. Havia perdido o seu
encontro. Não adiantava ir ate a Wall Street. Seu cliente não o receberia.
Qualquer outra pessoa, menos Bill, diria:

— Isso é o que ganhei por haver bancado o bom samaritano... Perdi a


oportunidade de vender uma apólice de cinquenta mil dólares.

Admitiu ter sentido um golpe de amargo desapontamento. Havia planejado,


durante semanas promover este contato e era difícil compreender porque havia
armado a sua própria cilada. Não havia dúvida de que alguém viria em socorro
da velha senhora, alguém que não estivesse tão premido pela hora. Mas por
alguma razão que não podia entender, ele não pode continuar o seu caminho
sem fazer alguma coisa por aquela criatura. Talvez porque lhe houvesse
ocorrido o seguinte pensamento: Esta é a mãe de alguém. E se fosse minha
mãe, eu não gostaria que alguém a auxiliasse?

Ora, bem, agora estava tudo terminado e sentia-se contente por ter feito o que
fez. Se assim não tivesse agido, iria sentir-se sempre perseguido por aquele
olhar apelador da velhinha quando por ela passou e por aquele esforço
desesperado e pungente para conseguir um auxílio humano. Mesmo assim, não
é todos os dias que aparecem boas perspectivas como esta. Quando estava
para apanhar o subterrâneo em direção ao seu escritório, repentinamente
ocorreu a Bill que ele se encontrava nas vizinhanças da Quinta Avenida com a

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Rua Quarenta e Dois, endereço de outro freguês em perspectiva com quem ele
seis semanas atrás havia deixado a proposta de cem mil dólares referente a
uma anuidade. Este senhor havia estado na Europa e Bill lera nos jornais a
notícia sobre a sua volta recente. Não haveria mal algum, uma vez que estava
tão próximo, em dar uma chegada até lá a pretexto de dar-lhe as boas-vindas.

A sala de recepções estava apinhada de pessoas que esperavam para vê-lo e


Bill voltou para ir embora. Não havia marcado hora para encontrá-lo e não
adiantaria nada ficar esperando com uma fila enorme na sua frente. No
momento em que caminhava em direção do elevador, a porta do escritório
particular do homem estava aberta para o corredor. Era um dia quente de agosto
e parecia que ele tinha necessidade de uma ventilação corrente. Agindo sob um
impulso, Bill caminhou pelo vestíbulo e olhou para dentro. Para sua surpresa, o
homem estava lá, só e sentado à sua escrivaninha, estudando uns papeis. Ele
levantou os olhos e ambos se olharam ao mesmo tempo.

— Bill MacDaniel! — exclamou ele — Entre! Isto é que se chama coincidência!


Estava para telefonar-lhe! Estava estudando a sua proposta sobre anuidade.
Estive num acidente de automóvel na noite passada e decidi que deveria ter
mais alguma cobertura.
— Mas o senhor está com o escritório cheio de gente! — disse-lhe Bill.
— Deixe que esperem, — respondeu-lhe ele, — isto é mais importante.

Quarenta minutos depois, Bill saiu com uma anuidade de cem mil dólares
vendida. Se não fosse pela velhinha... Sim, você compreende onde eu quero
chegar. Esta passagem ensina uma das maiores lições de vida. Bill disse
quando contou a sua experiência:

— “Lance o seu pão sobre as águas que elas o trarão de volta transformado em
bolo!”

Nisto existe uma lição para você. Visualize aquilo que você deseja o melhor que
puder e faça o impossível para ajudar-se a realizar o que você tem em mente
através dos seus próprios esforços; quando as coisas, aparentemente, andarem
ruins, tenha fé que elas o conduzirão a alguma coisa tão boa ou melhor e na
maioria das vezes assim acontece! O pensamento em contato com “aquela
coisa” faz que tudo, com exceção da natureza, se manifeste. Um simples
pensamento não continuado — um clarão desfeito ou perdido — pode ser
comparado a uma oscilante rolha de cortiça sem destino e sem propósito.
Contudo, o mesmo pensamento (o quadro mental do que você deseja guardado
com constância) atrairá exatamente como o imã o seu objeto.
Quanto maior e mais poderoso o imã, maior será a sua força de atração. O
mesmo acontece com o pensamento firme. Quanto mais poderoso ele se tornar,
mais ele atrairá.
.
Assim como uma lente enorme colhendo os raios solares e focalizando-os sobre
um determinado lugar, queimá-lo-á formando um buraco, assim fará o
pensamento persistente e vigoroso (o quadro mental vivo) dirigido sobre o objeto
correlato. Contudo é preciso que você veja mentalmente o quadro do seu objeto

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ou ideal como uma realidade. Veja os detalhes como se existisse exatamente


como você quer que o objeto ou o ideal realmente sejam. Então, como que por
mágica, a cadeia juntará por si os seus elos. Agora volte e leia isto outra vez até
que fique impresso permanentemente na sua mente.

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