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RESUMO

Análise de Sinais 02/09/20

Professor: Thiago Carvalho

Aluno: Edicarlos Silva Fernandes

Matrícula: 1322081056

- Na aula passada falamos sobre sinais aleatórios e determinísticos (o que iremos só


tratar deste);

- Paridade dos sinais, ou seja, podendo ser par, ímpar ou nem um dos dois;

- Todo sinal de tempo contínuo é definido como:

x ( t ) + x (−t )
x p= (1)
2

E de tempo discreto é definido como,

x ( t )−x (−t )
x i= ( 2)
2

E se somarmos xp com xi teremos o sinal original,

x p + x i=x ( t ) (3)

Obs 1: Se x(t) for par,

xp(t) = x(t)

xi(t) = 0

1
Para o sinal par xp(t) = x(t) se o próprio sinal foi feita a comprovação por meio da
substituição de x(t) = -x(t) na equação (1) onde de fato deu o próprio sinal x(t), e, ao
passo de que o sinal ímpar xi(t) = 0 foi feita também a substituição x(t) = -x(t) só que
na equação (2) onde por fim deu o resultado zero.

Obs 2: Para o caso de ser ímpar é de modo semelhante ao raciocínio anterior,

xp(t) = 0

xi(t) = x(t)

Para o sinal ímpar xp(t) = 0 foi feita a comprovação por meio da substituição de x(-t)
= -x(t) na equação (1) onde de fato deu zero, e, ao passo de que xi(t) = x(t) foi feita
também a substituição x(-t)= -x(t) só que na equação (2) onde por fim deu o próprio
sinal x(t).

Obs 3: Valem todas essas observações para sequência (tempo discreto).

- Definimos Também o sinal degrau unitário (tempo contínuo) como:

u ( t )= 1 t ≥ 0 (4)
{ 0 t< 0

Que graficamente é,

Fig.1 – Gráfico de um degrau unitário em tempo contínuo.

2
- E definimos Também o sinal degrau unitário (tempo discreto) como:

u [ n ] = 1 n≥ 0 (5)
{ 0 n< 0

Fig.2 – Gráfico de um degrau unitário em tempo discreto.

- Sinal “rampa” : Temos para dois casos, um para o tempo contínuo e outro para
tempo discreto.

Tempo Contínuo:

r ( t )= t t ≥ 0 (6)
{
0t <0

Que graficamente pode ser representado,

3
Fig.3 – Gráfico de uma rampa em tempo contínuo.

Que podemos escrever a rampa em termos do degrau como sendo:

r ( t )=t . u ( t ) (7)

Onde a rampa é a reta “t” multiplicado pelo degrau “u(t)”, mas como podemos concluir
que isso é verdade?

- Podemos ver isso graficamente montando um gráfico para cada variável da equação
(7), primeiro vamos montar o gráfico para “t” e depois um gráfico para u(t) e
efetuamos a operação de multiplicação de ambos os gráficos (representados pelas
letras (a), (b) e (c)) e em seguida apresentado o resultado final dessa operação.

4
5
Tempo Discreto:

- Temos duas definições comuns,

1°) Definição:

r [ n ] = n+1 n ≥ 0 (8)
{0 n<0

Fig.4 – Gráfico de uma rampa em tempo discreto.

“Vantagem”: Podemos escrever como,

n
r [ n]= ∑ u [ k ] (9)
k=−∞

De fato, podemos verificar que:

Se n¿0:
n
r [ n]= ∑ u [ k ] =…+ 0+0+0+ 0=0(10)
k=−∞

6
Fig.5 – Gráfico degrau u[k] em tempo discreto.

Se n≥0:

n
r [ n]= ∑ u [ k ] =…+ 0+0+1+1=n+1(11)
k=−∞

Ou seja, se temos que n=0 teremos que essa soma será 1 pois no gráfico está apontando
o nosso primeiro índice que é o próprio 1, se fosse n=1 teremos mais um índice 1 e
tendo um total de 2 “uns” e assim sucessivamente (ou seja sempre vai ser n+1).

2°) Definição:

r [ n ] = n n ≥ 0 (12)
{ 0 n<0

Fig.4 – Gráfico de uma rampa em tempo discreto.

7
“Vantagem”: Podemos escrever como,

r [ n ] =n . u [ n ] (13)

Obs 4: A rampa “r[n]” igual a reta “n” multiplicado pelo degrau unitário “u[n]”e
agora temos uma expressão ao tempo discreto.

Obs 5: No caso da primeira definição (eq.8) podemos também escrever um produto


pelo degrau que ficaria assim,

r [ n ] =n+1. u [n](14)

Obs 6: Assim também como em tempo contínuo podemos fazer essa análise do
mesmo jeito.

Exemplo

x ( t )=[ u ( t )−u ( t −1 ) ] .r ( t ) (15)

- Gráfico para x(t):

1° Passo: vamos separa em partes menores, ou seja, podemos montar o gráfico para
de cada função dentro e fora dos colchetes, e em seguida faremos a subtração deles e
multiplicares pela rampa “r(t)” então,

8
Fig.5 – Operação de subtração entre os degrau unitário u(t) com ele deslocado u(t-1) e em seguida a
sua subtração.

9
E por fim multiplicaremos por r(t),

Fig.6 – Multiplicação do resultado da subtração do degrau.

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Podemos escrever o nosso x(t) como :

x ( t )= t 0 ≤ t<1
{ 0C.C

Fechamos a classificação dos sinais com os restantes dos casos abaixo:

- Periodicidade/Potência

a) Periodicidade: A função periódica f(x) por exemplo é quando existe um valor


“T” maior do que zero tal que esse f(x) será igual f(x+T) para todo x pertencente
aos reais. O menor valor para “T” então satisfaz essa relação vai ser o período do
sinal x(t).

Exemplo 1 de sinal periódico: Onda quadrada, onda triangular, dente de serra etc..

Exemplo 2:

Fig.7 – Gráfico de uma função periódica para o período será de “T” e enquanto que frequência é
1
f= e lembrado que a “ f ” é em hertz e “T” é em segundos, e, essa frequência ao qual chamamos de
T
frequência fundamental e mais adiante no curso, vamos descobrir que não existe apenas uma
frequência quando falaremos de domínio da frequência, teremos que diferenciar essa frequência de

outras frequências. Temos também a frequência ômega dado como ω=2 πf = que se estiver em
T
segundos será radianos por segundos.

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Obs 7: Portanto toda essa definição dessa letra “a” é para tempo contínuo.

Faremos a definição em tempo discreto fazendo algumas adaptações, ou seja, falar de


fenômenos em tempo discreto que se repetem:

- Dizemos que uma sequência x[n] é periódica quando existe N>1, Nϵ Z tal que:

x [ n ] =x [ n+ N ] ∀ n ϵ Z (16)

Da mesma maneira para tempo continuo temos que o menor “n” satisfazendo o que
está na (eq.16) acima, ou seja, o menor “n” satisfazendo essas condições é o que vai
ser o período x[n] a gente mede em amostras.

Exemplo 1:

x [ n ] =(−1 )n (17)

Na eq.17 temos uma periodicidade onde ela repete de duas em duas amostras, pra
entender melhor abaixo está representado em forma de gráfico abaixo,

Fig.8 – Gráfico para n = 0 com amplitude 1, n = 1 com amplitude -1, n = 2 com amplitude 1, para n =
3 também com amplitude -1 e assim alternando as amplitudes em -1 e 1(uma sequência periódica)
variando de duas em duas amostras. O período é a quantidade de amostras para cada ciclo, então N
= 2, pois, é maior do que 1, então satisfaz.

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Obs 8: A reta “x[n]” não precisa ser um número inteiro enquanto que a reta “n” precisa
se um número inteiro, e também bastando que seja periódico e que tenha pelo menos
duas amostras.

Exemplo 2:

x [ n ] =1 ∀ n ∈ Z

Fig.8 – Gráfico em tempo discreto.

O motivo de considerarmos que N >1 pra assumir como sendo o período é por que se
nós admitimos que, N=1, na definição de período iria acontecer que x [n]=x [n+1] onde
o “+1” é o nosso “N” da nossa definição anterior (eq.16) e vale para o sinal anterior
(gráfico da fig.8) que vale sempre 1 porque o sinal é sempre constante. Então se
considerarmos que o período vale 1 no caso discreto, colocaríamos os sinais constantes
no mesmo lugar dos periódicos e NÃO queremos considerar esse tipo de coisa como
sendo periódico, é por isso que tomamos como N>1.

Obs 9: Por convenção decidimos não incluir o caso do exemplo 2 em que x[n] =1
(gráfico representado como um sinal constante de amplitude igual a 1) dentro dos
periódicos.

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Exemplo 3: Em tempo discreto dependerá se é ou não periódico, por exemplo,

x [ n ] =cos ( 2 πn )(18)

Para n = 0

x [ n ] =cos ( 2 π 0 )

x [ n ] =cos ( 0 )

x [ n ] =1

(a) Para cos (0) = 1.

14
Para n = 1

x [ n ] =cos ( 2 π 1 )

x [ n ] =cos ( 2 π )

x [ n ] =1

(b) Para cos (2π) = 1.

15
Para n = 2

(c) Para cos (4π) ≅ 1.

Temos que essas representações são dadas abaixo em um gráfico em tempo discreto, e
isso sempre vai dar o valor 1 o que podemos chegar a conclusão de que é constante,

16
Fig.9 – Gráfico para tempo discreto e mostrando que é constante em 1.

Obs 10: Em tempo discreto pode ser constante uma senoide e não precisa ser
periódica e neste caso da Fig.9, esse sinal é constante.

Obs 11: Não é qualquer senoide que é periódico em tempo discreto, mas em tempo
contínuo sim.

Obs 12: Todo sinal que é constante não é periódico por que se fossemos dá um
período para um sinal que é constante, o constante se repete de uma em uma
amostra (N = 1) e nós excluímos esse por que a gente exige que N > 1 e o ciclo tem
que ter pelo menos duas amostras pela nossa definição de periodicidade.

Exemplo:

x [ n ] =cos ( nπ2 )(19)

Para x[0] = 1:

x [ n ] =cos ( nπ2 )
x [ n ] =cos ( 02π )
x [ n ] =cos ( 0 )

x [ n ] =1

17
Para x[1] = 1:

x [ n ] =cos ( 12π )
π
x [ n ] =cos ()
2

x [ n ] =0

Para x[2]:

x [ n ] =cos ( 22π )
x [ n ] =cos ( π )

x [ n ] =−1

Para x[3]:

x [ n ] =cos ( 32π )
x [ n ] =0

Se continuarmos em x[4] = 1 , x[5] = 0, x[6] = -1, x[7] = 0 etc.. e o que podemos notar
que há uma alternância nos valores em “1,0,-1 e 0” e seu período é composto
exatamente por 4 amostras (N = 4),

18
Fig.10 – Gráfico de um sinal que é periódico em N = 4 por cada ciclo.

De modo geral uma senoide ou cossenoide a conclusão é a mesma e é periódico


quando:

1°) Tempo contínuo:

x ( t )=cos ( ωt ) (20)

Obs 13: A eq.20 é periódica quando os valores de “ω” não seja zero e caso seja
periódico em que por exemplo x (t)=cos(2 t)→2 π /2=π seja periódico bastando que
apenas o períodoT =2 π /ω.

2°) Tempo discreto:

- Em geral representamos com um “ômega” maiúsculo a frequência e isso vale tanto


pra seno bem como para cosseno,

x [n]=cos(Ωn)(21)

O Ωn tem de ser um múltiplo de 2 π , ou seja, tem de ser Ωn = 2 π.k onde k é um


número inteiro, então o Ω tem que ser igual a 2 π vezes k divido por n onde k e n são
números inteiros e só vai ser periódico quando Ω for um número racional (uma
fração) vezes 2 π ou vezes π por que 2 é um número inteiro.

Resumindo para melhor entendimento desse critério:

M1
i) Ω= . π tal que M 1 e M 2 ϵ Z
M2
ii) N >1

19
A variável ômega (maiúscula) tem de ser uma fração de inteiros multiplicada por π
e o número de amostras tem de ser inteiro.

Exemplo 1:

x [n]=cos(5 n)

- Não é periódico por que Ω(ômega) não é uma fração de inteiros multiplicada por
π.

Exemplo 2:

x [n]=cos( √ 2 n)

- Não é periódico por que Ω(ômega) não é uma fração de inteiros multiplicada por
π.

- Soma de sinais periódicos

1°) Tempo continuo

Exemplo 1:

x (t)=cos(2 t)+cos (3 t)

Sabemos que ambos os termos da expressão acima são certamente periódicos e a


soma deles mostra que x(t) é de fato periódico.

Exemplo 2:

20
x (t)=cos(2 t)+cos (πt )

A expressão acima mostra cos (2t) é periódico e cos (πt) também é periódico mas a
soma desses dois termos não dá x(t) periódico por que se pegaremos o a equação do
2
exemplo 1 vemos que temos e isso é um número racional, mas, agora se pegamos
3
2
desse exemplo 2 vemos que e isso não é um número racional porque não inteiro.
π

Mas por que isso tem que acontecer?

- Porque a soma de sinais periódicos vai ser periódica quando um número inteiro de
ciclos de um sinal de uma das parcelas bater exatamente com a outra parcela do
outro sinal resultando no período do sinal completo, ou seja, quando os dois se
repetem ao mesmo tempo.

Para uma melhor compreensão deixamos um critério abaixo em destaque e reforçando


que onde o número de inteiros de cos(2t) tem que bater com algum número inteiro de
cos (πt ) do exemplo 2 e isso não está sendo válido, pois, se acontecesse, estaríamos
afirmando que 2 vezes um número inteiro é igual a π vezes um número inteiro e π é um
número racional vezes 2 e isso não pode.

ω1
Critério: deve ser racional!!
ω2

Obs 14: Não precisa ser seno e cosseno e pegamos o período desses dois e isso vale
tanto para frequência quanto para período onde pode ser n 1 e n2 também, pode
fazer a razão entre os dois períodos.

2°) Tempo discreto: Vamos que são uma soma de duas sequências periódicas,

x [n]=x 1[n]+ x 2[ n]

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Onde sabemos que x1[n] e x2[n] são periódicos mas a soma deles também é periódico
pois temos a razão deles (n1/n2) resulta sempre em um número inteiro isso sempre
vai acontecer.

Obs 15: Em tempo discreto, basta que ambos sejam periódicos pra essa condição
anterior ser atendida.

Exercício em grupo

Sinal em tempo contínuo:

Grupo sorteado com pessoas aleatórias para resolver o problema proposto :

Douglas Silva, Edicarlos Fernandes, Eduardo Silva e Rafael Henrard.

x (t)=[u(t) – u( t−2)]. t

-Achar o gráfico de x(t), a parte par do sinal xp(t) e a parte ímpar xi(t).

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Fig.11 – Operação de subtração entre os degraus entre colchetes.

23
Fig.11 – Resultado do gráfico por uma operação de multiplicação pela variável “t” e degraus.

24
Para parte par xp(t) do resultado x(t):

Fig.12 – Parte par do sinal x(t).

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Para parte ímpar xi(t) do resultado x(t):

Fig.12 – Parte ímpar do sinal x(t).

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