Você está na página 1de 31

Origem e Tradições dos

Ciganos

Os ciganos nos legaram bens preciosos como: o amor a liberdade e a


natureza, a sabedoria de viver e

os conhecimentos esotéricos pelos quais é possível desvendar muitos de


nossos segredos existênciais,

portanto, é hora dessa cultura fascinante e polêmica ser reconhecida e


respeitada. Um grande rio corta

a região noroeste da Índia, onde fica hoje o Paquistão. Seu nome é Indu e
das suas margens partiu, ex

pulsos por invasores árabes há quase 3 mil anos, um povo amante da


música, das cores alegres e da ma

gia. Este pelo menos, é a explicação dos estudiosos para a origem dos
ciganos. E o que a fundamental é

a semelhança do romanê idioma falado pelos ciganos com o sânscrito, a


língua falada clássica indiana.

O que não se sabe ainda é se esses eternos viajantes pertenciam a uma casta
inferior dentro da hierar

quia indiana ou uma casta aristrocrática e militar. Idependente de qual fosse


seu status, a partir do êxo

do pelo Oriente,os ciganos se dedicaram com exclusividade a atividades


intinenrantes como: ferreiros,

domadores, criadores e vendedores de cavalos, saltibancos, comerciantes de


miudezas, e praticantes das
artes divinatórias. Viajavam sempre em grandes carroções coloridos e
criaram nomes poéticos para si pró

prios: filhos das estrêlas, irmãos das águas, viajantes do vento e povo das
estradas. Das estrelas,com cer

teza. Pois os ciganos simplesmente têm pavor do mar e só põe os pés num
barco se forem obrigados, tan

to que não há registro de marinheiros ou pescadores entre eles. É falso,


porém, achar que o gosto pelas

viagens seja o único fator responsável pelo nomandismo desse povo. Por trás
de todas essas mudanças,

há também uma história de perseguições e fugas. Na Moldávia e na


Valáquia, atual Romênia, os ciga-

nos foram escravizados durante 300 anos; na Albânia e na Grécia pagavam


impostos mais altos. Tam-

bém na Hungria conheceram a escravatura. E os ingleses expulsavam, sob


pena de morte, aqueles que se

recusavam a fixar residência. Na Alemanha, crianças ciganas eram tiradas


dos pais com a desculpa de

que "iriam estudar", enquanto a Polônia , a Dinamarca e a Áustria puniam


com severidade quem os aco

lhesse.Pior ainda nos Países Baixos, onde inúmeros ciganos foram


condenados à forca e seus filhos obri-

gados a assistir à execução para aprender a "lição de moral". Apenas no


País de Gales eles tiveram espa-

ço para manter parte das suas tradições e a língua. Uma tolerância que os
levou a se sedentarizar e a se

misturar com a população local, dando origem aos ciganos mistos. Da


mesma forma, na região da Anda-
luzia (Espanha), encontraram facilidades e se estabeleceram. Mesmo assim,
durante a inquisição católi-

ca, vários deles foram expulsos pelos tribunais do Santo Ofício. E, dessa vez,
não tiveram escolha: envi

ados para as gáles em Portugal e na Espanha, cruzaram o mar rumo ao


degredo nas colônias africanas,a

siáticas e americanas. Como pode-se vê a história dos ciganos não é só de


alegria, música e dança, mas

também de perseguições e preconceitos. O povo cigano experiência o mais


amplo sentido de liberdade.

Não tem apego a nenhum lugar em especial, não deixa raízes que não
possam ser arrancadas quando o

desejo de ganhar estrada acontecer. O verdadeiro nômade é livre como o


vento e pode estar em um lu

gar quando o sol nasce e em outro quando chega o poente. Para ele é
importante o momento presente.

O passado é experiência e vivência já conquistada e o futuro uma


expectativa aventureira, que ele en-

trega ao Poder Maior. As populações ciganas são nômades por excelência,


não têm pátria, são universais

e não possuem títulos monárquicos como reis, rainhas, ou outros que


signifiquem máximo poder de go

verno. Viajam em grupos de famílias, que possuem um profundo sentido de


união, solidariedade e com

panheirismo. Formam núcleo comunitários compactos com normas e regras


de convivência harmoniosa.

Os ciganos acreditam que somente podem ser felizes entre os ciganos, por
isso as crianças frequentam a
escola por um curto tempo, o suficiente para aprender ler e escrever o
indioma do país local e fazer as

operações matemáticas mais simples. Pois quando maiores precisarão destes


conhecimentos para desempe

nharem as tarefas do mundo moderno e com isto ganhar a vida


honestamente. Na sociedade cigana , o

homem representa o esteio e o braço forte da família, a mulher significa o


lado terno e de proteção es

piritual dos lares ciganos. As ciganas não trabalham fora do lar e quando
vão as ruas para ler a sorte é

como um cumprimento de tradição e não como parte do sustento da família.


Tantos as ciganas solteiras

como as casadas são muito faceiras, insinuantes e provocantes, em particular


quando dança. Os bebês ci

ganos atualmente também são registrados em cartótios e levados a pia


bastimal . Contudo , os ciganos

possuem além do nome oficial, um nome secreto, escolhido pela mãe , e


soprado em seus ouvidos nos

primeiros instantes após o nascimento. Possuem, um terceiro nome o qual é


conhecido na população lo

cal. A festa de casamento, é uma das mais bonitas, quando realizadas dentro
das tradições.Enfim, exis

te toda uma tradição entre esse povo e ficaria dificil enumera-las


aqui.Entretanto, podemos observar

que as leis e costumes ciganos são severos e rígidos em vários aspectos,


porém , são estas atitudes mui

tas vezes rigorosas que mantém vivo o povo cigano, ainda possuidor de
inúmeras de suas tradições, ape

sar do convívio direto ou indireto com os gajos.


Os Mestres e os Sete Raios

Primeiro Raio - Azul


O primeiro raio é o do poder, vontade, fé, proteção, força e união e é dirigido pelo Mestre
El Morya

Khan. Seu templo etérico se encontra em Darjeeling, canal de entrada da Chama Azul, na
Índia, pró

ximo ao Himalaia. Entre as encarnações do Mestre El Morya Khan, podemos citar:


Melchior, um dos

reis magos ; Rei Artur , fez a unificação da Inglaterra que estava dividida , combatendo o
ataque dos

Saxões, espiritualmente lutou contra os magos negros, junto com Merlin combateu a magia
negra.
 

Segundo Raio - Amarelo


O segundo raio traz a sabedoria, intuição, amor,sabedoria, o ouro (riqueza material),
iluminação. Mestre Kut

Humi choham desse raio é atualmente o Grande Instru tor do Mundo, ao lado do Mestre
Jesus. Seu Templo

etérico encontra-se em Caxemira e mantêm um foco em Shigastse, Tibete, onde atrai a


harmonia do cosmo

pelo Fogo Sagrado de seu coração. Em suas encarnações passadas Kut Humi foi Tutmósis
III, faraó egípcio

em 4.160 a.C, quando os faraós eram considerados deuses. Promoveu a sabedoria e a


literatura; Baltzar rei

mago que levou a Jesus o ouro símbolo do raio amarelo; Francisco de Assis, trouxe os
animais para mais pró

ximo do homem e pregou o amor ao próximo.


Terceiro Raio - Rosa
O terceiro raio traz o amor, adaptabilidade, inteligência ativa, reverência, adoração, beleza,
tolerância.

Dirigido por Mestra Rowena, seu Templo etérico encontra-se no Sul da França, em Chateau
Liberté,

canal de entrada da Chama Rosa. De Mestra Rowena só se sabe que viveu na corte, no séc.
XII. O

anterior choham deste raio, que já transmutou, foi Paulo Veroneze, o grande pintor do séc.
XVI.

Quarto Raio - Branco


O raio branco é o raio da harmonia, pureza, artes, ascensão, ressu- reição. É dirigido pelo
Mestre Serapis
Bey e seu Templo etérico encontra-se em Luxor no alto Egito, canal de entrada da Chama
Bran ca. Em

suas encarnações passadas Serapis Bey foi Amenhotep III, 1500 aC. Um dos mais
importantes faraós do

Egito, construindo o Templo de Luxor. Na sua época não houve guerras; Serapis Bey,
divindade greco-

egípcia, cultuada na disnastia Ptolomaica. Em sua honra construiu-se 40 templos.

Quinto Raio - Verde


Raio da justiça, da verdade, cura, conhecimento, ciência. Seu cho- han é o Mestre Hilarion
e seu Templo

etérico situa-se sobre a Ilha de Creta, canal de entrada da Chama Verde. O que se sabe
sobre Hilarion é

que foi São Paulo o apóstolo ( livro Paulo de Tarço ) ; Iambicus mestre sírio da filosofia
pitagórica, no séc.

II e Hilarion, fundador do monaticismo na Palestina e conhecido por suas curas.


Sexto Raio - Rubi
Raio Rubi da amorável Mestra Nada é o raio da devoção, idealismo e vigor físico. Mestra
Nada, atua

também no raio Rosa, que junto ao raio Rubi contribui para mitigar a tensão mundial e o
peso astral da

consciência coletiva. Em suas encarnações passadas foi sacerdotisa no Templo do Amor na


Atlântida e

advogada em várias vidas terrenas. Sua última encarnação ocorreu há 2700 anos, quando
foi a caçula

de uma família de crianças expecionalmente dotadas.

Sétimo Raio - Violeta


O raio violeta é o raio da transmutação, da purificação, organização, cerimonial mágico,
liberdade, magia, kar
ma. Esse é o raio da Era de Áquario, e com ela recebemos a Chama Violeta transmutadora
dirigi pelo nosso

amado Mestre Saint Germain. Seu Templo etérico fica no Monte Carpos, canal de entrada
da Chama Viole

ta. Quando o Saara era mar, Saint Germain foi um sacerdote no templo da chama violeta na
Atlânta. Uma de

era puxar a chama violeta para o planeta. Foi São José, descendente de Davi suas funções e
esposo de Ma

ria; Como Merlin, reunia seus séquios e invocava o raio violeta; combateu a magia negra;
Kraus Rozenkraus

reformulou a Ordem Rosa Cruz. Trouxe sabedoria, mostrando que o mal não existe e sim o
desconhecido,

a ignorância.

  Anjos
 

Históricamente, os anjos são conhecidos como


mensageiros entre

Deus e a humanidade. Em algumas religiões como o


judaísmo e

o islamismo, eles se tornaram figuras importantes ,


verdadeiros

dogmas de fé, sendo incluídos nos livros sagrados e


adorados du

rante os cultos. Nos primórdios da criação da


humanidade algu

mas forças criadoras, denominadas de " Grandes


Hierarquias
Criadoras ", trabalharam incansavelmente para a concepção

de um espírito de grupo , onde estava concentrada, em forma

de energia, o que viria a ser, mais tarde, a raça humana. Com

o passar do tempo, este espírito de grupo foi se desenvolvendo

até que se convertesse em matéria e pudesse então receber uma

alma e se transformar em moradias de espíritos internos.

Inicialmente, o espírito individual era pouco evoluído e por tanto

foi necessário que alguém com um conhecimento muito elevado

viesse em seu auxílio. Foi assim então que surgiram os anjos. É claro que existe outras
teorias para

o ressurgimento dos Anjos, mais uma coisa é certa: um Anjo é uma forma pela qual uma
essência ou

força de energia específica pode ser transmitida para um propósito específico.

A Hierarquia Angelical A tradição Católica dividiu os anjos em três grandes hierarquias,


subdivididas

cada uma em três ordens por novequalidades, cada uma liderada por um Príncipe que
governa oito

anjos à saber:

A Hierarquia Angelical
A tradição Católica dividiu os anjos em três grandes hierarquias,

subdivididas cada uma em três ordens por novequalidades, cada

uma liderada por um Príncipe que governa oito anjos à saber:

1a. Ordem a do Ministério Celeste - funciona como uma espécie

de ministério divino. Pertencem a essa ordem:

* Serafins => tem a missão de purificar e iluminar. São coman-


dados pelo príncipe METRATRON.

* Querubins => guardam todo o conhecimento, a sabedoria e a

verdade do planeta. São comandados pelo Príncipe HAZIEL.

* Tronos => responsáveis pela guarda do trono celestial. Sua

missão é espalhar as bênçãos e administraros julgamentos divi-

nos por todo o universo. Têm como líder máximo o príncipe TSA

PHKIEL (Auriel).

2a.Ordem a dos governadores do Universos - foi criado para ser

a corte celestial.

* Dominações => mantêm o controle de todo o universo nas mãos.

Fazem também a ligação entre o universo espiritual e o mundo

material. São liderados pelo Príncipe TZADIKIEL (Uriel).

* Potências => guardam a humanidade e sua história através dos

séculos. Seu Príncipe é o anjo CAMAEL.

* Virtudes => controlam as forças da natureza e traduzem a von-

tade divina, orientando os homens a respeito da sua missão na

Terra. Seu Príncipe é o anjo RAFAEL.

3a . Ordem a dos Vizinhos da Humanidade - se responsabilizam

por cuidar dos países e pessoas.

* Principados => tomam conta das sociedades organizadas em na-

ções ou reinos. Também protegem os minerais, a flora e a fauna.

Seu príncipe é o Anjo HANIEL.

* Arcanjos => trazem as mensagens divinas aos homens, uma es-


pécie de conselho "soprado" em nossos ouvidos. Surgem nas ho-

ras difícies para nos mostrar qual o melhor caminho a seguir.

Seu Príncipe é o Arcanjo MIKAEL (Miguel).

* Anjos - responsáveis diretos pela segurança e orientação de ca-

da um dos habitantes do planeta. Cuidam também da evolução

espiritual dos homens...São liderados pelo Príncipe GABRIEL.

Os 72 Anjos da Cabala
Na raiz dos conhecimentos sagrados do Ocidente está a Cabala,

um tratado místico e filosófico cujasorigens se perdem no tempo.

Os cabalistas hebreus, apartir de uma palavra sagrada e dos sal

mos de Davi revelaram o nome e o poder divino dos 72 gênios que

regem o Universo e inspiram as ações criadoras de cada homem .

Com base nos ensinamentos de magos egípcios, árabes e caldeus,

o ocultista francês Lenaim, afirma que são três os gênios que in -

fluênciam o destino de uma pessoa.

1o.) Gênio da Espiritualidade - determina a espiritualidade ema-

nada diretamente de Deus;

2o.) Gênio das Virtudes - domina as virtudes, a moral e a capaci-

dade de expressão.

3o.) Gênio da Saúde - influência a saúde, o movimento e as ações

de cada ser. Está associado ao reino elementar (água, terra, fogo,

ar e éter).
A comunicação com cada um desses gênios, cuja energia se dese-

ja atrair, pode ser feita por meio dos salmos, que aparecem no An-

tigo Testamento bíblico e foram associados, pelos cabalístas a es-

ses mensageriros.

A seguir veja pela data de seu nascimento qual o seu Anjo:

VEHUIAH 01 anjo 20 março 01 junho 13 agosto 25 outubro O6 janeiro

JELIEL 02 anjo 21 março 02 junho 14 agosto 26 outubro 07 janeiro

SITAEL 03 anjo 22 março 03 junho 15 agosto 27 outubro 08 janeiro

ELEMIAH 04 anjo 23 março 04 junho 16 agosto 28 outubro 09 janeiro

MAHASIAH 05 anjo 24 março 05 junho 17 agosto 29 outubro 10 janeiro

LELAHEL 06 anjo 25 março 06 junho 18 agosto 30 outubro 11 janeiro

ACHAIH 07 anjo 26 março 07 junho 19 agosto 31 outubro 12 janeiro

CAHETHEL 08 anjo 27 março 08 junho 20 agosto 01 novembro 13 janeiro

HAZIEL 09 anjo 28 março 09 junho 21 agosto 02 novembro 14 janeiro

ALADIAH 10 anjo 29 março 10 junho 22 agosto 03 novembro 15 janeiro

LAOVIAH 11 anjo 30 março 11 junho 23 agosto 04 novembro 16 janeiro

HAHAIAH 12 anjo 31 março 12 junho 24 agosto 05 novembro 17 janeiro

IEZALEL 13 anjo 01 abril 13 junho 25 agosto 06 novembro 18 janeiro

MEBAHEL 14 anjo 02 abril 14 junho 26 agosto 07 novembro 19 janeiro

HARIEL 15 anjo 03 abril 15 junho 27 agosto 08 novembro 20 janeiro

HAKAMIAH 16 anjo 04 abril 16 junho 28 agosto 09 novembro 21 janeiro

LAUVIAH 17 anjo 05 abril 17 junho 29 agosto 10 novembro 22 janeiro


CALIEL 18 anjo 06 abril 18 junho 30 agosto 11 novembro 23 janeiro

LEUVIAH 19 anjo 07 abril 19 junho 31 agosto 12 novembro 24 janeiro

PAHALIAH 20 anjo 08 abril 20 junho 01 setembro 13 novembro 25 janeiro

NELCHAEL 21 anjo 09 abril 21 junho 02 setembro 14 novembro 26 janeiro

IEIAIEL 22 anjo 10 abril 22 junho 03 setembro 15 novembro 27 janeiro

MELAHEL 23 anjo 11 abril 23 junho 04 setembro 16 novembro 28 janeiro

HAHIUIAH 24 anjo 12 abril 24 junho 05 setembro 17 novembro 29 janeiro

NITH-HAIAH 25 anjo 13 abril 25 junho 06 setembro 18 novembro 30 janeiro

HAAIAH 26 anjo 14 abril 26 junho 07 setembro 19 novembro 31 janeiro

IERATHEL 27 anjo 15 abril 27 junho 08 setembro 20 novembro 01 fevereiro

SEHEIAH 28 anjo 16 abril 28 junho 09 setembro 21 novembro 02 fevereiro

REIIEL 29 anjo 17 abril 29 junho 10 setembro 22 novembro 03 fevereiro

OMAEL 30 anjo 18 abril 30 junho 11 setembro 23 novembro 04 fevereiro

LECABEL 31 anjo 19 abril 01 julho 12 setembro 24 novembro 05 fevereiro

VASARIAH 32 anjo 20 abril 02 julho 13 setembro 25 novembro 06 fevereiro

IEHUIAH 33 anjo 21 abril 03 julho 14 setembro 26 novembro 07 fevereiro

LEHAHIAH 34 anjo 22 abril 04 julho 15 setembro 27 novembro 08 fevereiro

CHAVAKIAH 35 anjo 23 abril 05 julho 16 setembro 28 novembro 09 fevereiro

MENADEL 36 anjo 24 abril 06 julho 17 setembro 29 novembro 10 fevereiro

ANIEL 37 anjo 25 abril 07 julho 18 setembro 30 novembro 11 fevereiro

HAAMIAH 38 anjo 26 abril 08 julho 19 setembro 01 dezembro 12 fevereiro

REHAEL 39 anjo 27 abril 09 julho 20 setembro 02 dezembro 13 fevereiro

IEIAZEL 40 anjo 28 abril 10 julho 21 setembro 03 dezembro 14 fevereiro

HAHAHEL 41 anjo 29 abril 11 julho 22 setembro 04 dezembro 15 fevereiro


MIKAEL 42 anjo 30 abril 12 julho 23 setembro 05 dezembro 16 fevereiro

VEUALIAH 43 anjo 01 maio 13 julho 24 setembro 06 dezembro 17 fevereiro

IELEHIAH 44 anjo 02 maio 14 julho 25 setembro 07 dezembro 18 fevereiro

SEALIAH 45 anjo 03 maio 15 julho 26 setembro 08 dezembro 19 fevereiro

ARIEL 46 anjo 04 maio 16 julho 27 setembro 09 dezembro 20 fevereiro

ASALIAH 47 anjo 05 maio 17 julho 28 setembro 10 dezembro 21 fevereiro

MIHAEL 48 anjo 06 maio 18 julho 29 setembro 11 dezembro 22 fevereiro

NEMAIAH 57 anjo 15 maio 27 julho 08 outubro 20 dezembro 03 março

IEIALEL 58 anjo 16 maio 28 julho 09 outubro 21 dezembro 04 março

HARAHEL 59 anjo 17 maio 29 julho 10 outubro 22 dezembro 05 março

MITZARAEL 60 anjo 18 maio 30 julho 11 outubro 23 dezembro 06 março

UMABEL 61 anjo 19 maio 31 julho 12 outubro 24 dezembro 07 março

IAH-HEL 62 anjo 20 maio 01 agosto 13 outubro 25 dezembro 08 março

ANUEL 63 anjo 21 maio 02 agosto 14 outubro 26 dezembro 09 março

MEHIEL 64 anjo 22 maio 03 agosto 15 outubro 27 dezembro 10 março

DAMABIAH 65 anjo 23 maio 04 agosto 16 outubro 28 dezembro 11 março

MANAKEL 66 anjo 24 maio 05 agosto 17 outubro 29 dezembro 12 março

EIAEL 67 anjo 25 maio 06 agosto 18 outubro 30 dezembro 13 março

HABUHIAH 68 anjo 26 maio 07 agosto 19 outubro 31 dezembro 14 março

ROCHEL 69 anjo 27 maio 08 agosto 20 outubro 01 janeiro 15 março

JABAMIAH 70 anjo 28 maio 09 agosto 21 outubro 02 janeiro 16 março

HAIAIEL 71 anjo 29 maio 10 agosto 22 outubro 03 janeiro 17 março

MUMIAH 72 anjo 30 maio 11 agosto 23 outubro 04 janeiro 18 março


Obs.: Se você nasceu nos dias 31 de maio, 12 de agosto, 24 de outubro, 5 de
janeiro ou 19

de março, pertence ao domínio dos gênios da humanidade e não tem


nenhum anjo em par -

ticular. Em compensação, pode escolher qualquer um (ou todos) para ser o


seu.

Dicas de Magia

A magia é e será sempre a capacidade que o homem tem de transformar


realidades. E

para isso , lança mão de tudo o que tem ao seu redor, e que ele mesmo criou
ou descobriu,

num arrojo de praticar Magia, melhorando sua qualidade de vida. Então,


podemos dizer

que todos os dias de nossas vidas praticamos magia . Desde o momento em


que respiramos

e nos sentimos bem, até aquele em que transformamos em realidade projetos


simples, como

fabricar uma cadeira, transformando madeira em móvel, ou ainda


elaborando um banho

de ervas capaz de livrar a aura de energias desagradáveis estamos


praticando magia.

Abaixo segue algumas sugestões de magia usadas pelos ciganos que poderão
auxiliar-lhes

no dia-a-dia.
 

Para Prosperidade
Arroz cru, 6 moedas antigas, 1 maçã, 1 tijela branca pequena e 6 folhas d
louro.

Modo de preparar: Ponha na tijela o arroz cru, por cima as 6 moedas


antigas. Coloque a maçã por cima de tudo, quando arrumar, e as folhas de
louros em volta.

Manteha dentro de sua casa em local apropriado. Troque a maçã quando


for necessário.

Para o Amor
1 maçã, 3 fitas de coloridas (vermelha, rosa e branca), 1 tijelinha branca de
louça, mel, nomes dos amantes.

Modo de preparar: Abra a maçã no meio, tire o miolo, coloque o seu nome e
o da pessoa amada, ponha um pouco de mel e a seguir una as maçãs,
amarrando-a com fitas coloridas. Ponha na tijela e cubra com mel. Leve a
uma campina e entregue as ciganas encantadas fazendo seus pedido.

Para não faltar dinheiro


Trigo de quibe, 1 estrêla de seis pontas feita em cartolina laminada dourada,
6 moedas corrente, 6 imãs, 1 flor de girassol, 1 pirita, essência de heliotrópio
e 1 prato fundo branco.

Modo de preparar: Coloque no prato uma porção de trigo, a estrêla de seis


pontas, com uma moeda corrente e um imã em cada ponta. No centro da
estrêla, coloque a flor de girassol e a pirita no centro da flor e borrife com a
essência de heliotrópio. Faça essa simpatia numa noite de lua cheia,
expondo-a a lua sobre um lenço estampado, fazendo seus pedidos aos
ciganos. Pela manhã recolha e guarde em lugar alto na sua casa.

Para quem sofre de bronquite


3 cavalos marinhos torrados, sumo de folhas de saião, açucar mascavo.
Modo de fazer: Misture todos os ingredientes e sirva ao doente. Repita essa
simpatia por nove luas. Faça essa simpatia numa lua minguante.

Banho atrativo
1 rosa branca, 1 punhado de erva-doce, 1 punhado de cravo da índia, 1
punhado de canela em pau, 1 punhado de manjericão fresco, 7 colheres de
café de açúcar, 7 gotas de baunilha, 7 gotas de essência de rosas.

Modo de preparar: Ponha pra ferve mais ou menos 1 ½ de água. Quando


ferver apague, coloque todos os ingreientes, a rosa despetalada e abafe.
Tome seu banho normal e depois ponha esse banho do pescoço para baixo,
deixando secar sem auxílio da toalha.

Breve da Sorte
1 ferradura pequenina, 1 espadinha de metal, 1 folha de louro, 2 cm de cetim
azul rei, 1 oração de Sto. Onofre.

Modo de fazer: Faça um saquinho com o cetim, coloque tudo dentro e não se
separe deste breve.

http://www.fortunecity.com/roswell/blavatsky/257/eliane.htm

ETNIA CIGANA: Costumes


Os ciganos não representam um povo compacto e homogéneo, mesmo
pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração
desde a Índia tenha sido fracionada no tempo, e que desde a origem
fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialetos diferentes.

As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns,


contra a tendência à sedentarização de outros gera uma série de
contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver
pacificamente.

Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a


esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este fato não seja
recente, mas de qualquer modo é atribuído às condições socioculturais
nas quais por longo tempo viveram.

Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior
tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes
próprios dos diversos subgrupos. Sua origem desde países
essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste
europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais
consoantes à sua origem.

Não é possível, também em razão da variedade constituída pela


presença conjunta de vários grupos, fornecer uma explicação detalhada
das diversas tradições. Alguns aspectos principais, ligados aos
momentos mais importantes da existência, merecem ser descritos, ao
menos em linhas gerais.

Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo


sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza
coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje
a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às
vezes se prolongando por alguns anos.

No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou


subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-
se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém
submeter-se às regras e às tradições ciganas.

A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no


grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e
conseqüente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade,
mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com
o cuidado dos menores.

No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um


companheiro dura em geral muito tempo. Junto aos Sintos parece
prevalecer o costume de queimar-se a kampína (o trailer) e os objetos
pertencentes ao defunto.

Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete


fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A
abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e
felicidade para o defunto.

NASCIMENTO
Uma criança sempre é bem vinda entre os ciganos. É claro que sua
preferência é para os filhos homens, para dar continuidade ao nome da
família. A mulher cigana é considerada impura durante os quarenta dias
de resguardo após o parto.

Logo que uma criança nasce, uma pessoa mais velha, ou da família,
prepara um pão feito em casa, semelhante a uma hóstia e um vinho
para oferecer ás três fadas do destino, que visitarão a criança no
terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho será repartido no
dia seguinte com todos as pessoas presentes, principalmente com as
crianças.

Da mesma forma e com a finalidade de espantar os maus espíritos, a


criança recebe um patuá assinalado com uma cruz bordada ou
desenhada contendo incenso. O batismo pode ser feito por qualquer
pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança com
água, sal e um galho verde. O batismo na igreja não é obrigatório,
embora a maioria opte pelo batismo católico.

CASAMENTO

Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em


casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos,
que decidem unir suas famílias.

O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos,


representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não
ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a
pessoa é excluída do grupo.

É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os


noivos não podem Ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento.
Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos
ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira
noite é que podem ficar pela primeira vez a sós.

Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos no Brasil, ainda exigem a


virgindade da noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da
mancha de sangue do lençol que é mostrada a todos no dia seguinte.
Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e
esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo.

No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se


veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça,
simbolizando que é uma mulher casada. Durante a festa de casamento,
os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com
um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em
dinheiro ou em ouro.

Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos


são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para a
mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em moedas de ouro, a
quantidade é definida pelo pai da noiva.

MÚSICA E DANÇAS

Quando os ciganos deixaram o Egito e a Índia, eles passaram pela


Pérsia, Turquia, Armênia, chegando até a Grécia, onde permaneceram
por vários séculos antes de se espalharem pelo resto da Europa.

A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança


cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro,
russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na música e na dança
cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo
dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.

Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e


dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda
influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana.
Liszt e Beethoven buscaram na música cigana inspiração para muitas de
suas obras.

Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre


grandes compositores, pintores e cineastas. Há exemplos na literatura,
na poesia e na música de Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que
mostram nas suas obras muito do mistério que envolve a arte, a cultura
e a trajetória desse povo.

No Brasil, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música


Kaldarash, própria para dançar com acompanhamento de ritmo das
mãos e dos pés e sons emitidos sem significação para efeito de
acompanhamento. Essa música é repetida várias vezes enquanto as
moças ciganas dançam.

MORTE

Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais


para aliviar a dor de seus antepassados que partiram. Costumam
colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que ela possa
pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte.

Antigamente costumava-se enterrar as pessoas com bens de maior


valor, mas devido ao grande número de violação de túmulos este
costume teve que ser mudado. Os ciganos não encomendam missa para
seus entes queridos, mas oferecem uma cerimônia com água, flores,
frutas e suas comidas prediletas, onde esperam que a alma da pessoa
falecida compartilhe a cerimônia e se liberte gradativamente das coisas
da Terra.

As cerimônias fúnebres são chamadas "Pomana" e são feitas


periodicamente até completar um ano de morte. Os ciganos costumam
fazer oferendas aos seus antepassados também nos túmulos.
Respeite os direitos autorais.
posted by Magda @ 2:56 PM  

2 Comments:
 At 6:43 PM,  fritz said…

bom post bom pedaço de historia! Parabens. autentico a verecidade de toda a


informação. tenho um primo cigano... ta mt bem explicado tudo..contudo so uma
coisa..no princio do texto está escrito que o povo cigano n é compacto e
homogeneo? Apesar de estarem espalhados por todo o mundo, em cada sitio onde
estão eles são exemplo de seres compactos e homogeneos...mais a nivel familiar do
que de povo...mas..brutal..
RV

 At 7:25 PM,  Pedro Landeiro said…

Peço desculpa por me intrometer mas penso que é bastante mal o que fazes! Sempre
a fazer propaganda ao teu blog em todo o lado! É apenas uma opinião!

A Cultura Cigana
Gypsies, gitanos, zíngaros, ciganas pessoas Rom, juntamente com os Sintos e os Calon ou
Calé são designados vulgarmente por "Ciganos". São pessoas tradicionalmente nómadas,
originárias do norte da Índia e que hoje vivem espalhadas pelo mundo, especialmente na
Europa, sendo sempre uma minoria étnica nos países onde vivem.

A maioria dos Roms fala alguma forma do idioma romanês, língua muito próxima das
modernas línguas indo-europeias do norte da Índia e do Paquistão. A moderna antropologia
relacionou a língua romani com as línguas punjabi e potohari, faladas no norte do
Paquistão.

Os Rom são muitas vezes tidos como possuidores de poderes psíquicos (há mesmo o
estereótipo do "cigano que prevê o futuro"), e a invenção do tarô é-lhes por vezes creditada.

As Caravanas - Acampamento em Arles, França, pelo pintor Vincent van Gogh.

Maiores concentrações de ciganos no Mundo:

Alemanha : 100.000
Albânia: 70.000
Argentina: 317.000
Bósnia 17.000
Brasil: 678.000
Bulgária: 700.000 - 800.000
Croácia: 9.463
Espanha : 600.000–800.000
Finlândia: 10.000
Grécia: 300.000-350.000
Hungria: 190.046 (2001 censos)
Irão: 110.000
Macedônia: 53.879
Montenegro: 2.601
Polónia: 15.000–50.000
Portugal: 40.000
Reino Unido: 40.000
República Checa: 120,000 - 220,000
Roménia: 535.140 (2002 censos), outros censos calculam entre 1.500.000 - 2.000.000
Rússia: 183.000
Sérvia: 108.193
Eslováquia: 92.500
Turquia : não oficial 500.000 - 2 milhões de pessoas.
Ucrânia: 48.000

Segundo Carlos Fontes, são originários da Intuía, os primeiros ciganos terão começado a
entrar na Europa por volta do século XII. As primeiras notícias da sua presença em Portugal
datam da segunda metade do século XV.  

Algumas dezenas de anos depois de se instalarem em Portugal, já os ciganos estavam


identificados com a imagem negativa que irá perdurar até aos nossos dias e que
continuamente será evocada para os reprimir ou expulsar. A comunidade cigana resistiu a
tudo e aqui permaneceu.

Hoje enfrenta um novo e decisivo desafio: a integração imposta em nome do progresso e


dos direitos humanos.
Gil Vicente, dedicou-lhes uma peça de teatro - Farsa de Ciganos - representada em Évora,
em 1521 ou 1525. Nesta altura, os ciganos são já identificados como comunidade de gente
nómada que se dedica a roubar num sítio aquilo que vão vender no outro. Dominam o
comércio das cavalgaduras, em especial aquelas que se encontram doentes fazendo-as
passar por animais de boa saúde. Celebrizaram-se também por se dedicaram às práticas de
feitiçaria, quiromancia e cartomancia.

Percorrem o país em bandos (quadrilhas) a que se juntam não raro, outros foragidos às
malhas da Lei.

Evocando tudo isto, D. João III, pelo Alvará de 13 de Março de 1526, proibiu-os de
entraram em Portugal, ordenando a expulsão de todos os que aqui viviam. Ao longo dos
séculos são inúmeras as leis promulgadas com idêntica finalidade. Sempre mais severas,
mas sempre inúteis. Uma das últimas, foi a de D. João V, em 10 de Dezembro de 1718.

A partir do século XIX, o Estado deixou de colocar a questão da expulsão dos ciganos,
passando a considerá-los cidadãos portugueses, embora soubesse que estes se auto-excluem
de prestar qualquer serviço à comunidade, nem se manifestam dispostos a aceitarem as suas
leis.

Nas últimas décadas, o modo de vida dos ciganos pouco se alterou, enquanto Portugal
permaneceu um país essencialmente rural. Os ciganos continuaram a ser nómadas,
dedicando-se ao comércio ambulante.

O abandono dos campos e a concentração da população portuguesa nas cidades, acabou por
forçar os ciganos a sedentarizarem-se, tendo a maioria deles fixando-se nas períferias das
cidades, onde continuaram a dedicaram-se à venda ambulante, nomeadamente de produtos
contrafeitos.

As tradicionais tendas foram substituídas por bairros de barracas. As carroças puxadas


mulas foram substituídas por carrinhas.

Apesar de tudo, os ciganos continuaram a resistir a todo e qualquer processo de integração.


As crianças, sobretudo as raparigas, continuaram a não frequentar as escolas. A escola
continua a ser vista como uma ameaça à própria sobrevivência das tradições e unidade da
comunidade cigana.

Nos anos oitenta do século XX, um crescente número  de ciganos envolvem-se no comércio
de droga. Famílias e famílias de ciganos e não ciganos são destruídas por este negócio que
marcará esta comunidade. Este comércio acaba por reacender por todo o país as
manifestações racistas tendo como alvo os ciganos.

Face ao eclodir de "milícias populares" para lincharem estas comunidades ciganas, em


1991, o governo português lança finalmente um vasto programa de apoio à sua integração
social.
O realojamento destas comunidades em bairros construídos para o efeito, está  longe de ter
contribuído para a sua efectiva integração. Frequentemente, como acorre em Lisboa, os
bairros habitados por ciganos estão transformados em locais de grande violência,
assistindo-se à sua rápida degradação. Muitos destes bairros tornaram-se em verdadeiras
bases de apoio para a actuação de bandos de criminosos. Facto que contribui para afastar os
restantes moradores não-ciganos, ou para a não instalação das mais diversas actividades
económicas nestes bairros,  potenciando desta forma a emergência  de verdadeiros guetos
urbanos.

A instituição, em 1996, do "rendimento mínimo garantido", foi uma das medidas


governamentais de maior alcance, pois permitiu que muitas crianças ciganas passassem a
frequentar as escolas, uma exigência  para a atribuição do subsídio às famílias. A verdade, é
que pouco depois também se constatou que os resultados da sua escolarização continuavam
a ser muito modestos, dado a elevada taxa de abandono escolar logo após a atribuição do
subsídio.

Existem em Portugal cerca de 30 a 50 mil ciganos. O seu número varia bastante conforme


as fontes. Num Inquérito feito em 2001, junto das Câmaras Municipais e de outras
entidades pela SOSRacismo foi apenas apurado um total 21 831 indivíduos de etnia cigana.
Segundo este estudo as comunidades ciganas estão sobretudo concentradas no litoral e nas
zonas fronteiriças (Lisboa, distritos de Viana do Castelo, Castelo Branco, Coimbra e
Évora).

Em Mirandela, há vários modos de vida para os ciganos. Alguns vivem em acampamentos,


sobretudo em Estanca-Rios, enquanto outros residem em bairros sociais, em apartamentos e
até em vivendas com boas condições de habitabilidade. O seu modo de vida está sobretudo
direccionado para a venda ambulante nas várias feiras do distrito de Bragança. Contudo,
outros dedicam-se à mendicidade ou estão dependentes de prestações sociais como o
Rendimento Social de Inserção. A Câmara Municipal de Mirandela tem recebido inúmeros
ciganos em Programas Ocupacionais do IEFP, sobretudo na área da jardinagem.

O Abade de Baçal nas suas «Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança»


dedica um texto aos ciganos no distrito de Bragança no tomo V. Segundo ele, aparecem
pela primeira vez na Alemanha em 1417 donde se espalharam pelo resto da Europa. E
quanto aos costumes, segundo os descrevem os escritores do tempo, eram os mesmos de
hoje, isto é, vaguear de terra em terra, roubar quanto podiam, ler a buena dicha, pouca
religião, vestidos imundos, rosto trigueiro amarelado, cabelos pretos. A buena dicha
juntaram práticas supersticiosas de feitiçaria para melhor armar os efeitos rapinantes.

Mais acrescenta que na legislação portuguesa se encontram diversos artigos referentes aos
ciganos que mostram a importância numérica deste grupo étnico. O mais antigo que se
conhece é o alvará de 13 de Março de 1526 que manda que não sejam admitidos no reino e
que sejam expulsos os existentes.

O Abade de Baçal apresenta no tomo V, nas páginas 201 a 204, o calão dos ciganos no
distrito de Bragança e a sua significação.
Hélder Rodrigues, professor em Carrazeda de Ansiães, concluiu, num estudo por si
realizado e publicado em livro com o título “Ciganos – Percursos de integração e de
reivindicação da identidade”, que o actual modelo de ensino não é eficaz para as crianças
da comunidade cigana local. A prová-lo está a taxa de sucesso escolar no final do primeiro
ciclo, ao longo dos últimos cinco anos, que é de 1,46%. Só com uma escola aberta e voltada
para o ensino profissional os ciganos terão “condições para integrar o mercado de
trabalho”.

Hélder Rodrigues conclui que a comunidade cigana é “gente pacata que vive na miséria”.

USOS, COSTUMES, CRENÇAS E RITUAIS

A família é sagrada para os ciganos. Os filhos normalmente representam uma forte fonte de
subsistência. As mulheres através da prática de esmolar e da leitura de mãos. Os homens,
atingida uma certa idade, são frequentemente iniciados em outras actividades como
acompanhar o pai às feiras para ajudá-lo na venda de produtos artesanais.

Além do núcleo familiar, a família extensa, que compreende os parentes com os quais
sempre são mantidas relações de convivência no mesmo grupo, comunhão de interesses e
de negócios, possuem frequentes contratos, mesmo se as famílias vivem em lugares
diferentes.

Os ciganos não representam um povo compacto e homogéneo. Mesmo  pertencendo a uma


única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fraccionada no
tempo, e que desde a origem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialectos
diferentes.

As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência


à sedentarização de outros gera uma série de contrastes que não se limitam a uma simples
incapacidade de conviver pacificamente.

Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior
rapidez a cultura dos pais. Talvez este facto não seja recente, mas de qualquer modo é
atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram.

Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à
conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. A
sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste
europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua
origem.

Não é possível, também em razão da variedade constituída pela presença conjunta de vários
grupos, fornecer uma explicação detalhada das diversas tradições. Alguns aspectos
principais, ligados aos momentos mais importantes da existência, merecem ser descritos, ao
menos em linhas gerais.

Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento


do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições
para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo,
às vezes se prolongando por alguns anos.

No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com


notáveis vantagens económicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma
mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas.

A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se


tende a realizar o casamento através da fuga e consequente regularização. Aos filhos é dada
uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e
com o cuidado dos menores.

No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral


muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume de queimar-se a kampína (o
trailer) e os objectos pertencentes ao defunto.

Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual se
celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas
exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto.

Uma criança sempre é bem vinda entre os ciganos. É claro que sua preferência é para os
filhos homens, para dar continuidade ao nome da família. A mulher cigana é considerada
impura durante os quarenta dias de resguardo após o parto.

Logo que uma criança nasce, uma pessoa mais velha, ou da família, prepara um pão feito
em casa, semelhante a uma hóstia e um vinho para oferecer ás três fadas do destino, que
visitarão a criança no terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho serão repartidos
no dia seguinte com todas as pessoas presentes, principalmente com as crianças.

Da mesma forma e com a finalidade de espantar os maus espíritos, a criança recebe um


patuá assinalado com uma cruz bordada ou desenhada contendo incenso. O baptismo pode
ser feito por qualquer pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança com
água, sal e um galho verde. O baptismo na igreja não é obrigatório, embora a maioria opte
pelo baptismo católico.

Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em casamento. Os acertos


normalmente são feitos pelos pais dos noivos, que decidem unir suas famílias.

O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos, representa a


continuidade da raça, por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese
alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo.

É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos não podem ter
nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Quando o casamento acontece, durante três
dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na
terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós.

Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos, ainda exige a virgindade da noiva. A noiva
deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que é mostrada a
todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e
esses terão que pagar uma indemnização para os pais do noivo.

No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma roupa
tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. Durante
a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com
um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em dinheiro ou em ouro.

Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em
troca recebem lenços e flores artificiais para as mulheres. Geralmente a noiva é paga aos
pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva.

Quando os ciganos deixaram o Egipto e a Índia, eles passaram pela Pérsia, Turquia,
Arménia, chegando até a Grécia, onde permaneceram por vários séculos antes de se
espalharem pelo resto da Europa.

A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a


dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior
influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola,
reflectida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.
Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana
húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o
mais tradicional símbolo da música cigana. Liszt e Beethoven buscaram na música cigana
inspiração para muitas de suas obras.

Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes
compositores, pintores e cineastas. Há exemplos na literatura, na poesia e na música de
Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério que
envolve a arte, a cultura e a trajectória desse povo.

Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor de
seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda
para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte.

Antigamente costumava-se enterrar as pessoas com bens de maior valor, mas devido ao
grande número de violação de túmulos este costume teve que ser mudado. Os ciganos não
encomendam missa para seus entes queridos, mas oferecem uma cerimónia com água,
flores, frutas e suas comidas predilectas, onde esperam que a alma da pessoa falecida
compartilhe a cerimónia e se liberte gradativamente das coisas da Terra.

As cerimónias fúnebres são chamadas "Pomana" e são feitas periodicamente até completar
um ano de morte. Os ciganos costumam fazer oferendas aos seus antepassados também nos
túmulos.

LITERATURA

Existem alguns livros sobre o povo cigano, sendo o mais completo e interessante o livro «O
Povo Cigano», de Olímpio Nunes, que aborda a história do povo cigano, a cultura cigana e
o povo cigano no século XX.

A obra «Etnografia Portuguesa», de António Augusto da Rocha Peixoto (1866-1909)


contém um artigo sobre os ciganos em Portugal (págs. 44 a 50), assim como o volume IV
da «Etnografia Portuguesa», de Dr. José Leite de Vasconcelos, editada pela Imprensa
Nacional- Casa da Moeda, em 1980. Os artigos são a origem e presença em Portugal, a vida
material e as práticas, a organização política e social e a vida psíquica.

Você também pode gostar