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O baralho cigano é essa fonte inesgotável de amor, esse amigo fiel que nos
consola e compreende. É este ouvinte que nos acolhe sem julgamentos e nos
mantém confiantes e esperançosos.
Que assim como dezenas de Gitano(as) você encontre sua ancestralidade cigana
nas deitadas das cartas e no levantar de cada consulta. Chegando a conclusão
que através do oráculo, vivenciamos experiências muito mais conflitantes que
as nossas e enxergarmos a magnitude divina em cada uma delas. Optchá!
Pluralidade e diversidade. Os ciganos são povos nômades que ao longo dos anos
foram adquirindo cultura e aprendizado por onde passaram e com sua
sabedoria ancestral e milenar, souberam aplicar no cotidiano dos seus
acampamentos todo o conhecimento adquirido para a manutenção da própria
sobrevivência e sua descendência.
Os ciganos sabem se relacionar muito bem, fazem sua “buena dicha” (boa
sorte), com oráculos (baralho cigano, cartomancia, quiromancia, leitura da água
de chuva, pedra da cabeça da corvina, etc) e produtos, além de serem flexíveis,
alegres e destemidos. Não por acaso, assim como as águas dos rios, aprenderam
a contornar as dificuldades que foram muitas e todas as perseguições que
sofreram ao longo dos séculos.
Por essa razão, houve o êxodo dos ciganos da Índia, para o Egito, Oriente
Médio, Ásia e futuramente a Europa, pois não aceitavam esta discriminação por
castas.
Os ROM, ou Roma, que falam a língua romani (uma soma de diversos dialetos),
são divididos em vários subgrupos, com denominações próprias, como os
Kalderash, Matchuaia, Lovara, Curara entre outros; são predominantes nos
países balcânicos, mas a partir do Século XIX migraram também para outros
países europeus e para as Américas;
Os ROM-LOVARA são tratadores de cavalos, comerciantes de tapetes, sedas e
veículos motorizados. A Cigana Samara faz parte desse clã.
Os CALON ou KALÉ, que falam a língua caló, são os ciganos conhecidos como
“ibéricos”, que vivem principalmente em Portugal e na Espanha, onde são mais
conhecidos como gitanos, mas que com o passar dos tempos se espalharam
também por outros países da Europa e foram deportados ou mesmo migraram
para países Sul-africanos, inclusive para o Brasil.
Um grupo bem menor mais não menos importante: Os Sinti os Sintós, são os
grupos de ciganos oriundos do leste europeu e do norte da Alemanha, falam a
língua Sintó, são facilmente encontrados na França, na Alemanha, Itália e são
denominados como ciganos Manouchs. (Os ciganos inti-franceses, Sinti-alemães
Sinti-italianos, Sinti prussianos da Prússia) falam o dialeto Sintó.
GITANOS na Espanha;
GITANES na França;
GYPSIES na Inglaterra;
BOÊMIOS na Alemanha;
ZÍNGAROS na Itália;
ROM na Europa Oriental
KALDERASH;
MOLDOWAIA (Talvez de origem na Moldávia, fronteira Romênia-
Rússia);
SIBIAIA;
RORARANÊ;
HITALIHIÁ (provável migração para a Itália;)
MATHIWIA;
KALÊ;
HÁBITOS E COSTUMES:
A cultura cigana nos oferece bons exemplos, que infelizmente, nossa cultura
não cigana (Gadjó) parece não levar em consideração devido à vida moderna.
Dentre os mais importantes estão o respeito e amor aos idosos, o amor e
cuidado com as crianças e os fortes laços familiares que se perduram ao longo
dos anos.
Para eles os velhos são a fonte viva de sabedoria e experiência, que sempre é
consultada e acatada nas decisões do grupo. A criança representa a
possibilidade da continuidade, a certeza da preservação de sua cultura e
história, seu futuro e a permanência da ancestralidade cigana. Pode-se dizer
que nunca encontraremos um velho cigano abandonado em asilo, ou uma
criança cigana deixada num orfanato ou jogada nas ruas. Se por ventura
encontrar uma criança cigana sozinha, busque com os olhos em volta e
encontrará sem dúvidas sua mãe por perto. Para os ciganos a vida tem um valor
inestimável e por isso, uma cigana jamais fará voluntariamente um aborto, até
porque não gerar filhos é como uma maldição.
Toda a preparação da festa fica a cargo dos mais “velhos” do Clã, que recebem
os convidados e determinam como devem ser os festejos – músicas, comidas, a
recepção, cerimônias, trajes - e até quando e onde será a noite de núpcias dos
noivos.
Essas festas são muito importantes para o povo cigano, uma oportunidade de
rever velhos amigos e parentes distantes, estreitar laços familiares, conhecer as
novas crianças das famílias e claro, negociar entre si. É importante lembrar que
enquanto as ciganas são conhecidas pelas suas artes divinatórias e suas magias,
os ciganos são comerciantes tradicionais, sempre dispostos a uma boa
negociação, principalmente entre seus pares.
VERDADE CIGANA
Para não correrem riscos nas longas viagens e guardarem seus bens com
segurança, costumavam enterrá-los em lugares secretos para que no momento
do retorno, servissem de cofre para negociarem ou entregá-lo ao destinatário
que confiou essa quantia.
Aproveito para salientar a existência de outros clãs ciganos, ainda não citados:
Estes são os verdadeiros nomes dos clãs que deram origem às pessoas que no
futuro seriam chamados de ciganos.
Conforme vimos acima, “cigano” é um termo genérico surgido na Europa do
Século XV, no entanto, os ciganos tinham classificações completamente
diferentes.
Os ciganos elegeram Santa Sara como sua protetora e, além disso, sua origem
está vinculada a diversas lendas e mistérios. Considerada Santa antes dos
métodos de canonização da Igreja Católica, que exigiram provas de milagres
incontestáveis, comprovados por doutores nas Leis Divinas e testes médicos,
uma de suas lendas dizem respeito a sua convivência com o mestre Jesus Cristo.
A lenda mais antiga que se tem conhecimento, é que Sarah (que é um nome de
origem Judaica), era escrava de uma das Três Marias, as descobridoras do
túmulo vazio de Jesus Cristo, onde Ele foi “enterrado” e ressuscitou
posteriormente.
Outra versão conta que Sarah era uma rainha de tempos perdidos nas terras de
Camargue; uma sacerdotisa do antigo culto celta ao Deus Mitra; ou ainda que
fosse uma “Virgem Negra”, cultuada também durante a Idade Média pelos
primeiros cristãos.
A lenda que mais ganhou força é que Santa Sarah foi colocada pelos hebreus em
uma barca sem água ou alimentos, junto com José de Arimatéia, Trófimo, São
Lázaro e as três Marias e que todos foram jogados no Mar Mediterrâneo, à
deriva. Após Santa Sarah ter feito uma promessa que jamais deixaria de usar um
lenço cobrindo os seus cabelos, caso chegassem a salvo em terra firme, todos
foram salvos. Graças a essa promessa, todos conseguiram aportar numa praia
da cidade de Saintes Maries de la Mer, na região de Camargue, no sul da França.
Encontrada pelo povo cigano que ali estava, compartilhou com eles os seus
dons mediúnicos e sua fé inabalável para auxiliá-los nas adversidades
cotidianas.
É com base nesta última lenda, que até hoje milhares de ciganos de todo mundo
presenteiam Santa Sarah com belíssimos lenços, em devoção e gratidão dos
seus pedidos alcançados, sendo muitas delas em resposta a pedidos de gravidez
que foram atendidos.
O que sabemos com certeza é que o povo cigano do mundo inteiro devotam sua
fé inabalável em Santa Sarah, elegendo-a como sua protetora, dirigindo a ela
seus pedidos nos momentos de angústias e sendo gratos nos momentos de paz
e felicidade.
"Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial. Afaste as
negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Santa Sara,
protetora dos ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo, proteja-
nos e ilumine nossas caminhadas. Santa Sara, pela força das águas, pela força da
Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos
ventos, das estrelas, da Lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os
inimigos. Santa Sara, ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que
tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos
cristais. Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz para os que vivem na
escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados
e paz para os intranquilos.
Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar,
neste momento. Santa Sara, dê esperança de dias melhores para essa
humanidade tão sofrida. Santa Sara milagrosa, protetora do povo cigano,
abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus. Santa Sara, rogai por
nós. Amém."
A cigana Samara foi uma cigana que viveu na Itália e na Europa por boa parte da
sua vida humana, em um acampamento Louvara. Era uma menina curiosa, uma
boa ouvinte e era muito procurada para o oráculo, pois além de jogar as cartas
muito bem, sabia enxergar nos olhos das pessoas suas angústias medos e
apreensões. Enxergar a alma das pessoas ainda é algo escasso, e ela sempre
carregou esse dom.
Outro aliado do seu trabalho são os leques, que carregam pelo vento as dores e
sobrecargas que não são do merecimento de seus protegidos.
Sempre teve gatos na sua companhia. Via neles os aliados que transmutavam
energia e de alguma forma protegia a ela e seu clã daquilo que não lhe era
permitido enxergar.
A mais marcante gata e companheira que possuiu (gatos sempre pretos) foi a
gata Zaffira.
O Clã dos ciganos louvara são muito tradicionais. Preservam sua ancestralidade
e levam suas crenças de forma muito rígida.
A Cigana Samara como a maioria das ciganas, já era prometida a um jovem que
os seus pais escolheram, porém o seu coração amava outro cigano.
Viveu infeliz por muitos anos, tendo renunciado o amor verdadeiro do cigano
escolhido por seus pais.
O clã dos ciganos louvara também trouxe para a trajetória da cigana Samara, o
fundamentalismo e a rigidez de seus cultos e tradições, o que trouxe muita
opressão para sua trajetória de alma libertária, outro conflito vivido por ela no
tempo em que era encarnada.
Eu evoco a grande mãe Santa Sarah, a mestra cigana Natasha, o povo do oriente
e as forças das Salamandras, que irradiem a sua luz, guie os meus caminhos,
tornem em cinzas as minhas dores, sofrimentos, angustias e decepções. Que o
poder do fogo sagrado transmute e transforme dor em disposição, sofrimento
em entusiasmo, angústia em alegria de viver e decepções em forças para
superar os desafios.
Que o clã dos ciganos do amor me faça plena em amar e ser amada e que o clã
dos ciganos dourados, multiplique toda a prosperidade merecida na minha vida.
Aminturah!
AGENDA CIGANA:
Natal: 25 de dezembro;
Páscoa
Dia de Santa Sara: 24 de maio;
Semana Santa
Dia do Cigano: 12 de outubro, coincidentemente dia de Nossa Senhora
Aparecida, também negra e de vestes semelhantes às de Santa Sarah, aqui no
Brasil.
Escolha um local de sua própria casa para colocar a cesta com a oferenda. Ao
lado coloque a taça com o vinho e a vela acesa.
Após o termino da vela, você poderá consumir as frutas com os seus familiares
ou então leva-la para uma praça ou jardim.
Os outros acessórios, você poderá guardar para uma próxima oferenda.
Amém.
MONTAR O ALTAR:
Não há mistério em montar seu altar, siga a sua intuição. Esse é um altar
simples, com poucos elementos e que não ocupa muito espaço. Conforme sua
relação de afinidade com o (a) cigano/cigana espiritual for crescendo, novos
itens poderão ser acrescentados conforme o gosto dele (a).
Forre a mesa que será utilizada com uma toalha, coloque Santa Sara no centro e
os junto ao lado de Mãe Sara. Abra o baralho à frente de Santa Sara, a fim de
energizá-lo para futuro trabalho (se for trabalhar com cartas) ou apenas para
homenagear a Santa com elementos da tradição cigana.
As pedras devem ser lavadas em água corrente e se possível deixadas de um dia
para outro em água com sal grosso. Para energizá-las deixe um dia no sol da
manhã e à noite na luz da lua. Se não puder fazer a limpeza com sal, lave-as com
água e imagine com fé o pedido de limpeza das pedras e que a energia delas
seja utilizada para o "bem".
Mantenha as taças sempre cheias, ou com água (que deve ser trocada de 3 em e
3 dias ou quando estiverem turvas ou com bolinhas), vinho branco ou tinto ou
sangria (com vinho tinto). Para a cigana, se for da preferência dela, ofereça
Champanhe. Quando for trocar a bebida, despeje a antiga em água corrente,
pode ser na pia com a torneira aberta, deixando que se vá junto com a água.
Você pode oferecer frutas e pães para Santa Sara e para o povo cigano, como
forma de agradá-los e agradecer a proteção desse povo no seu lar. Pode fazê-lo
uma vez por mês, não sendo necessário mais que isso.
Não permita que pessoas cuja energia você não conhece, toque no seu altar.
Principalmente nas pedras e no baralho (esse só deve ser manipulado pela (o)
dona (o)).
Devemos sim, permitir e num ato de caridade, que a pessoa aflita ajoelhe-se em
frente à Santa Sara e faça seus pedidos e orações, pois é a Santa mãe de todos
ciganos e não ciganos.
Lachi a Bar (boa sorte) na preparação do seu altar e não se esqueça, use a sua
intuição, ela sempre será o seu norte. Otpchá!
Em resumo: cigano é uma coisa, exu cigano é outra. Eles têm funções
diferentes, embora a mesma origem cigana. Os Ciganos se manifestam nos
terreiros de Umbanda, justamente por Ela ser uma religião aberta e acolhedora
para qualquer linha de trabalho que venha fazer Caridade, mas eles podem
trabalhar nas Casas Kardecistas, Casas Esotéricas, enfim, aonde se exerça e
tenham com objetivo, o bem e a caridade.
Pensem: a árvore para dar frutos e sombra precisa da água para germinar a
terra, da terra para poder se fixar, ter um porto seguro e poder ter vida, do
vento para espalhar suas sementes e assim formar uma mata, do calor do sol
para o crescimento das sementes. As sementes são esses Seres Divinos que nos
ensinam a alegria, a flexibilidade e a resiliência. Que sejamos uma terra fértil e
que possamos ser o fruto de compaixão e amparo ao nosso irmão necessitado
de tamanha fome de conhecimento. Optchá!
Este artigo faz parte da iniciativa “16 dias de ativismo” do Comitê Latino
Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos das Mulheres (CLADEM
Brasil).
Não à toa, o documento da relatora especial das Nações Unidas indica em suas
recomendações que se reconheçam os ciganos como uma minoria distinta, para
que possam assim exercer plenamente seus direitos humanos, e que os Estados
investiguem de forma apropriada quaisquer crimes contra os ciganos e suas
comunidades, inclusive iniciativas de discriminação. Não há, no entanto,
nenhuma recomendação que vise, especificamente, a promoção e a defesa dos
direitos humanos no que toca à violência contra as mulheres ciganas. É preciso
falar sobre a violência contra as mulheres ciganas; é preciso falar sobre esse
racismo esquecido! Na gestão dos estereótipos a mulher cigana representa os
ciganos na integralidade.
[1] Faço uso da expressão “os assim chamados ‘ciganos’” para designar o rótulo
da palavra “cigano” atribuído pelo outro, “não cigano”.
[3] O termo “cigano” aqui é usado para se referir a grupos heterogêneos, que
vivem em diferentes países e sob diversas condições sociais, econômicas e
culturais, mas unidos por raízes históricas e linguísticas comuns, conforme
relatório da ONU, disponível em: https://nacoesunidas.org/comunidade-cigana-
brasileira-sofre-com-preconceitos-e-restricao-de-direitos-diz-relatora-da-onu/.
Acesso em: 06 dez. 2016.
[4] No Brasil, o Senado Federal tem em seu arquivo histórico o Decreto nº.
3.010, assinado pelo então Presidente Getúlio Vargas em 1.938, um ano após a
instalação do Estado Novo. A norma restringia a entrada de estrangeiros no país
e impedia que “indigentes, vagabundos, ciganos e congêneres” ingressassem
em território brasileiro.
[6] No Brasil, desde o século XV, a palavra “cigano” é utilizada como um insulto
(FRASER, 1992, p. 48). O termo aparece registrado, pela primeira vez, em
português, provavelmente em 1521, em A farsa das ciganas, de Gil Vicente
(TEIXEIRA, 2008, p. 09).
O termo "cigano" é uma expressão criada na Europa do Século XV, para designar
povos nômades (ou cujo nomadismo constituía característica de seu modo de
viver), e que a si próprios chamam de ROM, SINTI ou CALON.
Como toda minoria étnica (ou religiosa, ou lingüística), os ciganos têm direitos
fundamentais. O primeiro deles é o direito de não ser objeto de discriminação. E
a discriminação ocorre quando os ciganos recebem tratamento distinto do
concedido aos não ciganos, unicamente em razão de sua pertinência a seu
grupo étnico.
Quais são os problemas que mais os afetam?
Não têm acesso ao registro civil de nascimento, nem de óbito. Seu nomadismo
serve de pretexto aos titulares dos cartórios para dificultar e mesmo impedir
sejam lançados os nascimentos dos filhos e filhas de ciganos. Não têm direito de
estacionar suas caravanas, e estabelecer acampamentos provisórios, sem serem
molestados pelas polícias, e autoridades locais. Suas crianças não têm direito de
frequentar escolas, por conta da sua maneira de viver. E quando se
sedentarizam, vêem seus filhos serem tratados como cidadãos de segunda
classe, porque seus valores culturais não são conhecidos nem são respeitados.
E nesse sentido, o que diz a lei, sem que ninguém a faça cumprir? A Lei Nº
9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, manda,
em seu art. 26, que " Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter
uma base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
clientela", havendo ainda determinação, no § 4ºdesse dispositivo legal, de que
"O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das
matrizes indígena, africana e européia".