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ESTUDO DA ARQUITETURA DO SISTEMA RADICULAR, UMIDADE NO SOLO E

SOBREVIVÊNCIA DE MUDAS DE JACARANDÁ-DA-BAHIA NO APERFEIÇOAMENTO


DE APLICAÇÃO DE POLÍMERO HIDRORETENTOR (GEL) NO PLANTIO EM CAMPO
Plano de Trabalho nº: 00006486

CAMPOS, P.A.C. (Estudante de IT); OLIVEIRA, C. H. R. (Orientador) GODINHO, T.O.; GOMES,


R.; FONSECA, R.A.; ANDREOLLA, V.R.M.. Instituto Federal de Educação do Espírito Santo, Campus
Ibatiba, phelipe.acc@gmail.com.

Na atualidade, segundo informações divulgadas pela Embrapa, 50% das pastagens do Brasil encontram-se em
algum estágio de degradação, sendo que em muitas delas, os solos estão expostos ao efeito de inúmeras
variáveis, considerando os fatores naturais e a própria interferência causada pelo homem. As pastagens da
região sul do Espirito Santo encontram-se em alto nível de degradação e uma forma de minimizar esses
impactos ambientais seria por meio da arborização de pastagens, formando os chamados sistemas silvipastoris.
A Dalbergia nigra (Vellozo) conhecida também por jacarandá-da-Bahia, por ser uma espécie leguminosa,
mostra-se promissora nestes sistemas, pois além de melhorar a fertilidade do solo, aumenta a disponibilidade
de nitrogênio para as forrageiras herbáceas. O plantio das espécies florestais na maioria das vezes ocorre
somente na estação chuvosa, pois a irrigação onera os custos da implantação das florestas no período de
estiagem. O gel na silvicultura tem apresentado resultados positivos como aumento da sobrevivência das
mudas no plantio, redução da lixiviação dos nutrientes do solo e redução do consumo de água na irrigação.
Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a arquitetura do sistema radicular, umidade no solo e sobrevivência
de mudas de jacarandá-da-Bahia no aperfeiçoamento de aplicação de polímero hidroretentor (gel) no plantio
em campo, submetidas a diferentes métodos de aplicação do polímero hidroretentor. O estudo foi desenvolvido
na região sul do estado do Espírito Santo, no município de Cachoeiro de Itapemirim, distrito de Pacotuba, na
fazenda do Incaper, em uma área de pastagem degradada. O experimento foi instalado em delineamento em
blocos casualizados com três repetições, sendo a parcela útil de duas linhas com 8 árvores cada, totalizando 16
árvores por parcela, no espaçamento de 6x2 m. Na adubação de plantio foram aplicados 50 g de ureia, 40 g de
P2O5, 50 g de KCl, e 1 g de B, 1g de Zn, 0,5g de Cu e 0,1g de Mo por planta. O fósforo e os micronutrientes
foram aplicados nas covas e o cloreto de potássio em cobertura. Os tratamentos com o polímero hidroretentor
(gel) foram: irrigação com 4 l de água sob a superfície; 1,5 litros de hidrogel hidratado na cova; covas
preparadas com 1,5 litros de hidrogel hidratado misturado na terra; e 5 gramas de gel sem hidratação na cova.
Aos 180 dias foram amostradas uma planta de cada repetição, por tratamento, ambos com tamanho próximo
da média quanto a altura e diâmetro do coleto, para avaliação do sistema radicular. Foram realizadas coletas
das amostras de solo em toda a área experimental, seguindo os procedimentos básicos desta etapa. Os dados
de sobrevivência aos 60 dias e umidade do solo foram submetidos a análise de variância a 5% de significância
e quando significativo foi aplicado o teste de Tukey a 95% de probabilidade. O uso do hidroretentor (gel)
aumentou o estabelecimento inicial das mudas evitando a secagem das folhas em relação ao tratamento com
apenas a irrigação. Entre as demais aplicações do gel não foram observadas diferenças significativas. A
umidade do solo não apresentou diferença significativa entre os tratamentos. Quanto a arquitetura do sistema
radicular podemos observar um maior número das raízes grossas no tratamento somente com irrigação.

Palavras-chave: disponibilidade hídrica, hidrogel, espécie nativa, reflorestamento.

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