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Editora Saber Itda.

EDITORIAl
Diretores
Hélio Fittipaldi
Thereza M. Ciampi Fittipaldi o uso de DSPs, nos mais diversos aparelhos eletrônicos
fabricados em todo o mundo é cada vez mais significativo.
Revista Saber Eletrônica
Editor e Diretor Responsável Convivemos com diversos deles no nosso dia-a-dia, e nem sabemos
Hélio Fittipaldi
na maior parte das vezes que ele está no nosso celular, no
Diretor Técnico automóvel, equipamentos médico/hospitalares, áudio e vídeo,
Newton C. Braga
etc. ..
Redação
Sérgio Vieira
Na área de musica eletrônica, temos um grande avanço, mas
Automação Industrial só, nos equipamentos produzidos no exterior.
Alexandre Capelli

Publicidade A indústria nacional ainda tem muitos projetos obsoletos.


Eduardo Anion - Gerente
Ricardo Nunes Souza Não se deu conta que a reação pode vir tarde e só na hora que
Carla de Castro Assis o mercado nacional estiver já domina~o pelo importado. Há um
Melissa Rigo Peixoto
número reduzido de profissionais que projetam circuitos para
Conselho Editorial
Alexandre Capelli esta área, pois, nos últimos anos por falta de trabalho eles vem
João Antonio Zuffo mudando de ramo.
Newton C. Braga

Impressão Se tivéssemos uma indústria pujante e inovadora, poderíamos


Globo Cochrane
estar hoje exportando e angariando mais recursos para a balança
Distribuição
de comércio do nosso país. Oportunamente voltaremos ao assunto
Brasil: DINAP
Portugal: MIDESA com um retrato mais detalhado deste segmento no Brasil.
SABER ELETRÔNICA
(ISSN- 0101 - 6717), publicação Todo mês de abril de cada ano, a Intel promove o "Editor's Day",
mensal da Editora Saber Ltda.
Redação, administração, assinatura,
evento que mostra para os jornalistas um retrato da tecnologia
números atrasados, publicidade e no mundo e no Brasil. Neste ano a ênfase foi para a tecnologia
correspondência:
R. Jacinto José de Araújo, 315 Wi-Fi 802.11 b. Cada participante, recebeu um notebook para
03087-020 - São Paulo - SP - Brasil
uso durante o evento, que aconteceu em Florianópolis no Resort
Tel. (11) 6195-5333
Costão do Santinho. Testamos o acesso à Internet móvel de
alta velocidade, onde, "hotspots" instalados e operados pela
www.sabereletronica.com.br Gradiente, mostraram sua eficiência nos diversos ambientes do
fonejfax: (11) 6195-5335
atendimento das 8:30 às 17:30h
resort como: nos apartamentos, nas salas de reuniões e até na
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REPORTAGEM ,dAUTOMAÇÃOINDUSTRIAy

Desafio das Placas de Circuito Utilizando o DSP como Sistema


Impresso Brasileiras de Controle Digital

Área de Componentes Deve


Crescer 5% em 2003
SafetyBUS p
Uma rede voltada
à segurança.
INSTRUMENTAÇÃO

COMPONENTES

Nova Tecnologia de Controle


Interferência Eletromagnética SMARTMOS
Compatibilidade; problemas e Soluções práticas para controle
soluções; projeto prático de um simultâneo de motores de passo, ••
detecto r de EMI. detectores de objetos, ponte H.

TELECOMUNICAÇAO

Sistemas Embedded e
Processador OMAP Configuração de Roteador
Otimize sua rede e aprenda mais sobre ~
"I/Os" . ~

\ . --r-:~' Técnica de Modulação


Células a Combustível \~~~
N?va alter_nativa para
alimentação de
l...:: .~.;~.'~ TI
.~
Multiportadora - OFDM

equipamentos. - • - Principais Tecnologias em Banda


Larga
Eletrônica Embarcada em
Automóveis - parte 2
Rede CAN BUS
) Microcontroladores

ENERGIA ...
••
• ~'\I \ Gravador Universal de

Relés Programáveis I~:tí Microcontroladores PIC

Você precisa de uma pequena '!bj


automação? Então conheça
estes componentes antes de NOTicIAS
optar por outra solução.

Proteção Contra Surtos Eletrônica 60


Transitórios Elétricos Telecomunicações 62
USA em notícias 64

2 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


REPORTAGEM

DESAFIOS DAS PLACAS DE placas de circuito impresso tem plena milhares de metros quadrados por
CIRCUITO IMPRESSO capacidade produtiva e tecnológica mês. Isso quer dizer que vingou mas
BRASILEIRAS de atender de forma competitiva foi desmontada por que a demanda
a demanda nacional. O país seria parou. Hoje são muito vistas nos
Sérgio Vieira beneficiado em dois aspectos funda- cartuchos de impressão, mas sua
mentais: redução do déficit da balança aplicação é muito ampla.
comercial do setor eletroeletrônico e
Um pouco esquecidas pelas geração de aproximadamente 2.500 Qual é a última novidade tecno-
indústrias brasileiras, as placas de novos empregos diretos", acredita lógica na área de Circuito impresso
circuito impresso brasileiras vivem o Toshihiko Komatsu, diretor presidente (Brasil ou pelo mundo)?
drama de serem pouco conhecidas da Abraci. A incorporação de componentes
no mercado nacional e almejam, um Conseguir mais mercado para embutidos na própria placa como
dia, roubar o mercado que é ocupado as placas nacionais é um desafio resistores e capacitores. A furação a
hoje pelas placas importadas. que passa também por questões laser, antes utilizada em aplicações
Produzindo uma média de 950 tecnológicas. Conheça um pouco restritas, foi catapultada pela sua
mil metros quadrados de placas mais desse lado da tecnologia na aplicação nas placas de telefones
por ano, as indústrias brasileiras entrevista realizada com o diretor celulares. Já é utilizada no Brasil.
esperam superar a meta de 1 milhão de tecnologia da Abraci, Fernando
de metros quadrados em 2003. A Sanchez. Existem contribuições tecnoló-
Abraci - Associação Brasileira de gicas nascidas no Brasil nesse
Circuitos Impressos, que reúne 55 Saber Eletrônica: Existe a campo?
empresas entre fabricantes de cir- fabricação de placas virgens no 'Creio que no mundo" inteiro cada
cuitos impressos, montadores de Brasil? 'país fez algum tipo de contribuição,
placa, cartão indutivo (telefônico) Fernando: Existe e tem capaci- é muito difícil dizer quem é o pai da
e fornecedores (máquinas, filmes, dade ociosa. criança. Na década de 70 e início de
produtos químicos), calcula em US$ 80 na IEC foram aceitas sugestões de
100 milhões o mercado movimentado Quais são os aspectos (tecno- modificação de alguma norma; depois
pelas placas nuas (entenda-se: placas lógicos ou custo) que fazem com paramos. Também houve desenvolvi-
com trilhas sem componentes eletrô- que empresas importem placas mento de produtos químicos para
nicos montados). Cerca de 90% das deCI? processamento de placas na sua
empresas são de capital nacional Não conheço os motivos que manufatura.
e 89% delas estão localizadas no levam às empresas a importar placas
Estado de São Paulo. nuas. Só posso dizer que existem Qual é a sua sugestão para que
O que mais chama a atenção fabricantes nacionais que exportam o Brasil ganhe mais know how
nessa área da eletrônica é que, placas e não são poucas. Hoje somos nessa área?
segundo a Abraci, o Brasil tem plenas competitivos em custos e qualidade Não devo dizer que não necessi-
condições de atender a demanda pelo menos com respeito à EUA e tamos know how pois a evolução é
nacional não necessitando de gerar Europa. constante, porém para a demanda
déficits na balança comercial com a atual não necessitamos de know
importação de placas. O país impor- Caso sejam tecnológicos, qual how adicional. O mercado é muito
tou US$ 960 milhões em placas de é o principal entrave no Brasil? diverso e impossível generalizar,
circuito impresso em 2001, sendo, Não há empecilhos tecnológicos. mas eu me atrevo a dizer que hoje
US$ 193 milhões em placas nuas e falta conhecimento para desenvolver
US$ 767 milhões em placas monta- Existe a fabricação no Brasil de projetos de placas, onde comprar o
das. Em 2002 foram US$ 145 milhões placas destinadas à tecnologia de serviço e quais são as tecnologia
de placas nuas importadas e US$ montagem de superfície? disponíveis. •
303 milhões em placas montadas, Sim, existem e desde há muito Evidentemente existem firmas
totalizando US$ 448 milhões. tempo .. boas e más, como em qualquer lugar
Em setembro do ano passado, a do planeta, o comprador tem de
Abraci apresentou ao Ministério do Há algum tempo foi apresentado conhecer as capacidades de seu
Desenvolvimento Indústria e Comér- ao mercado uma placa de CI flexível fornecedor. Ajudar neste aspecto é
cio uma proposta para estimular o con- e transparente. Essa tecnologia uma das tarefas que ABRACI está
sumo de placas de circuito impresso vingou? Possui aplicação especí- desenvolvendo entre outras formas
fabricadas no país. Enquanto espera a fica? Quem fabrica? através da normalização.
decisão do governo, a Abraci trabalha Essa tecnologia era muito comum Necessitamos é maior divulgação
para reverter os 65% do mercado no país na década de 70 por causa da oferta de placas e maior interação
que é atendido hoje pelas placas da indústria automotiva que as utili- do usuário com os fabricantes a nível
importadas. "As indústrias locais de zava no painel e instrumentos. Eram institucional.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 3

-I
REPORTAGEM

EVENTOS
MOTOROLA PROMOVE TREINAMENTO
EM MICROCONTROLADORES DE 8 BITS Cintenet
Realizada no planalto central, a
A Motorola está iniciando o programa de treinamento em microcontro- Expo Cintenet - Congresso e Expo-
ladores de 8 bits. A intenção é facilitar e acelerar a criação de cursos e sição de Infra-estrutura para Teleco-
projetos de "Embedded SOFTWare" por todo o país e preparar o pessoal municações, Networking, Automação
técnico na área de eletrônica embarcada (embedded systems) que é a Residencial e Predial - trará uma
de maior crescimento mundial. grande novidade na edição deste
O treinamento é sobre a arquitetura e programação de microcontrola- ano. Uma estrutura de 900m2 vai
dores de 8 bits (família HC08) e tem como objetivo capacitar professores apresentar o que existe de mais
e projetistas. O local deste treinamento será em Campinas - São Paulo moderno em casa inteligente. Para
no Anfiteatro Do Ginásio da UNICAMP nos dias 27 e 28 de maio de que o projeto fosse viabilizado várias
2003 das 8:00 às 18:00 hs. As vagas são limitadas e a inscrição deve empresas participaram do projeto
que foi batizado de Intelligent House
ser feita com nome, instituição, telefone e e-mail através do endereço:
Space. O Expo Cintenet acontece
sheila.shirazawa@motorola.com .
de 9 a 13 de setembro no Centro
de Exposições de Brasília. Outras
informações podem ser obtidas
através dos telefones (61) 322.4275
ÁREA DE COMPONENTES DEVE CRESCER 5% EM 2003 ou e-mail: gregorioassociad@
uol.com.br
Sérgio Vieira

Com a estagnação do mercado, tanta Industrial faturou perto de Predial 2003


perceptível nesse primeiro trimestre US$ 7 milhões em 2002 atuando na De 29 a 31 de maio, o Grupo
de 2003, fornecedores da indústria área de componentes eletrônicos, Cipa realiza o evento PREDIAL 2003-
de componentes eletrônicos prevêem montagem de placas, sistemas de Feira da segurança, "da Automação
segurança e módulos de som para e da Manutenção Predial no Frei
crescer em torno de 5% em 2003. O
Caneca Shopping & Convention
número é baseado numa pesquisa o setor de brinquedos.
Center, em São Paulo (SP). O evento,
elaborada pela revista Saber Eletrô- Como era de se esperar, a área
que vai das 14h às 21 h, é dirigido
nica junto a 15 empresas ligadas de telecomunicações é onde a
a engenheiros, arquitetos, técnicos,
diretamente à essa área. indústria de componentes possui
instaladores, síndicos, compradores
A "indecisão do governo" em menos perspectivas de cres-
e vendedores. Informações adicio-
relação a produtos importados apa- cimento. Com queda de 35%, nais podem ser obtidas pelo telefone
rece como o principal empecilho segundo a Associação Brasileira da (11) 577-4355, ou também pelo
para o desenvolvimento dessa área Indústria Eletroeletrôniéa (Abinee), e-mail cipa@cipanet.com.br
eletroeletrônica. Basicamente, é uma a área de telecomunicações está
história velha e muito conhecida. fora do foco dos fornecedores ElectronicAméricas
Para quem produz no país, acha de componentes. Dentro desse De 6 a 10 de outubro acontece a
que o governo deveria taxar mais o segmento, o único ânimo para segunda edição da ElectronicAméri-
material importado para privilegiar negócios que ainda sobrevive com cas e a terceira edição da FIEE -
a indústria nacional. Já para quem boas perspectivas está no for- Feira da Indústria Eletroeletrônica.
importa, a maior reclamação é jus- necimento para a fabricação de Os dois eventos voltam a acontecer
tamente as altas taxas de impostos celulares e estações rádiobase. no mesmo local e período após
cobrados sobre produtos importa- Na área de componentes, for- uma separação de quatro anos. A
dos. Na área de componentes, que necedores de fontes é outro "sub- ElectronicAméricas possui foco na
quase não produz em território grupo" que prevê crescimento de área de componentes, subsistemas
nacional, o número de reclamações 5% em 2003. Para André Janousek, eletrônicos e auto mação, enquanto
é muito maior para essa segunda gerente de vendas da Phihong- que a FIEE atrai o ramo da área
situação. PWM do Brasil, a indefinição quanto elétrica. Os dois eventos acontecem
no Centro de Exposições do Anhembi
A queda no poder aquisitivo da à lei de informática também é um
em São Paulo. A cerimônia de aber-
população também é citada como freio de mão no desenvolvimento do
tura das duas feiras é antecedida
obstáculo para o desenvolvimento setor de componentes. A Phihong-
pelo Fórum AbineeTec, que discute
da área de componentes. Yoshimi PWM do Brasil comercializa por
temas atuais referentes ao mercado.
Shimamoto, gerente industrial da· volta de 8 mil unidades/ano entre
Mais informações: (11) 3829-9111
Constanta Industrial, estima essa fontes de alimentação e carrega- ou pelo e-rnail: info@electronic-
queda em 20% só em 2002. A Cons- dores de celular. americas.com.br.

4 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAI0/2003


~ INSTRUMENTAÇÃO

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detector de EM•. :
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(Hn':OO~~'fOOm""--"(Hl~i~

Com o aum nto da escala de de emissão, como de imunidade a é muito baixa, então, o exemplo
integração e velocidade de preces- recepção. refere-se a uma interferência de
samento, a preocupação com a inter- A grosso modo, podemos dizer freqüência muito alta.
ferência eletromagnética vem se que a EMI é a "doença", e a EMC o ~ Embora os fios da alimentação AC
tornando cada vez maior. Neste artigo, "atestado de saúde". . sejam ótimos "condutores" de EMI,
procuramos abordar o tema sob eles não são os únicos. Os cabos
três pontos de vista: o estudo do de comunicação e qualquer outro
fenômeno (EM I e EMC), casos reais 2 - FONTES, PROBLEMAS E componente. são meios de condução
de problemas e soluções, e o projeto SOLUÇÕES COM A EMI em potencial.
prático de um detector industrial de - A EMI induzida, também conhe-
EMI construído com apenas quatro A) FONTES DE EMI cida como irradiada, usa o próprio
transistores. Podemos ter inúmeras fontes ambiente como caminho. Como ela
de interferência eletromagnética, é uma onda eletromagnética, sua
porém, quando nos referimos aos propagação pode se dar pelo ar.
1 - EMf / EMC ambientes industriais, a mais comum Conforme veremos mais adiante,
é o chaveamento de cargas indutivas. blindagens, e diminuição de "antenas
Não podemos confundir EMI (sigla A propósito, todo "chaveamento", parasitas" são as melhores técnicas
inglesa para interferência eletro- seja ele de circuitos indutivos ou não, de proteção contra esse tipo de
magnética) com EMC (sigla para gera EMI. Os próprios sinais de interferência.
compatibilidade eletromagnética). clock dos sistemas de processa-
Embora ambos os conceitos estejam mento de dados (que hoje facilmente
estreitamente relacionados, não são ultrapassam os GHz) são fontes de B) PROBLEMAS COM EMI
sinônimos. interferência. Na indústria, inversores, A interferência eletromagnética,
A EMI é o fenômeno da interfe- motores, fontes chaveadas e reatores dificilmente, causa danos diretos
rência eletromagnética. Fisicamente, das lâmpadas no chão-de-fábrica são aos equipamentos, mas dificulta
ela é uma onda eletromagnética, da os principais vilões. (ou até mesmo impede) seu bom
mesma natureza das ondas de rádio. Há duas formas da EMI penetrar funcionamento.
Seu espectro de freqüência é muito .em um circuito: conduzida ou indu- Embora possam parecer concei-
grande, cuja faixa cobre desde alguns zida. tos óbvios, não é raro, técnicos e
kHz até GHz. Essa freqüência, aliás, - A EMI conduzida, como o próprio engenheiros confundirem "falha" com
pode ser fixa ou não, e de amplitude nome sugere, utiliza um condutor "defeito".
também sem um padrão definido, ou como caminho. Uma das "estradas" Defeito significa que determinado
seja, fixa ou variável. mais "largas" para esse trajeto é a dispositivo (uma vez já concebido e
A EMC é o modo ("atestado") de própria linha de alimentação AC. cujo funcionamento segue as especi-
comprovar que determinado disposi- Apesar de algumas fontes possuírem ficações do projeto) passa a operar
tivo encontra-se dentro das normas isolação galvânica, a interferência de maneira deficiente, ou até mesmo
internacionais de compatibilidade pode aproveitar-se da capacitância parando totalmente suas funções.
eletromagnética. Isso quer dizer que parasita entre o enrolamento primário O defeito pode ocorrer repentina
ele está compatível com os níveis de e secundário do transformador como ou esporadicamente (defeito intermi-
interferência da sua categoria, tanto caminho. Como essa capacitância tente), e ainda de modo abrupto

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 5


INSTRUMENTAÇÃO

ou progressivo (vai piorando até a ligada à concepção da máquina. impotente no próximo.


completa quebra). De qualquer forma, felizmente, IV - Por quê isso ocorre?
O defeito, portanto, é algo que os problemas com EMI não exigem Geralmente por razões ligadas
exige uma ação direta. grandes mudanças, mas sim peque- ao ambiente externo à máquina ou
A falha, apesar de não ser tão nas adequações. sistema. Uma vez que, se o problema
"radical", assemelha-se ao defeito Vamos a uma breve lista com fosse interno, logicamente, a solução
no sentido de prejudicar o bom fun- alguns defeitos provocados pela EMI seria sempre a mesma.
cionamento. A diferença é que a falha no ambiente industrial: V - Existem empresas e profis-
pode acontecer sem que o dispositivo - Interferências na imagem de sionais que prestam consultoria
esteja com defeito, isto é, ela pode monitores de vídeo e/ ou IHMs. para problemas relacionados com
ocorrer com o dispositivo em "perfeita - Perda de comunicação on-line interferência eletromagnética?
condição de saúde". máquina / PC. Sim.
"Mas como um equipamento, - Mensagens sem sentido (carac- VI- Eles são fáceis de se encon-
máquina, dispositivo, ou compo- teres estranhos) na IHM. trar no mercado?
nente pode falhar estando ele em - CPU STOP de modo intermi- Não muito.
perfeito estado?" tente. VII - Há produtos no mercado
Ora, basta alterarmos as condi- - Processamento digital sem cor- que não observam os aspectos
ções operacionais de modo a fugir respondência com o software (não construtivos que geram a EMI?
aos parâmetros contemplados no obedece o software, ignorando Sim, e muitos.
projeto. comandos, ou os executando sem VIII - Como posso ter certeza de
A EMI é uma das causas gerado- ordem). um produto (dispositivo) como, por
ras de falhas mais comuns. Uma - Colisões das partes mecânicas exemplo, uma fonte-de-alimentação
máquina pode trabalhar muito bem em robôs e máquinas com CNC, onde chaveada ou inversor de freqüência
em um ambiente, mas não em outro, não houve falha de operação. está dentro dos padrões de quali-
poluído com interferências eletromag- - Redução da velocidade de pro- dade no quesito EMI para equipar
néticas, por exemplo. dução. minha máquina ou sistema?
Isso não significa, entretanto, que - Aumento de refugo ("mata" pe Exija o certificado de compatibili-
essa máquina esteja com defeito, ças). dade eletromagnética (EMC).
mas sim que seu projeto não estimou - Opera normalmente, porém pro- IX - Quais são as normas inter-
tal local de trabalho. voca mau funcionamento nos equi- nacionais quanto a compatibilidade
Somente poderíamos considerar pamentos vizinhos. eletromagnética?
essa situação como defeito, caso - Perde precisão e repetitibili- São várias, depende da categoria
a máquina já viesse equipada com dade. do equipamento (hospitalar, aviação,
um filtro de EMI, e este funcionasse indústria, eletrodomésticos, etc.).
comprovadamente bem no ambiente No final da matéria mostraremos as
referido (protegendo a máquina e C) SOLUÇÕES principais.
garantindo sua operação normal) e, Antes de discorrermos sobre "solu- X - Onde posso encontrar ór
devido a sua quebra ("queima"), ela ções", vamos a um breve FAQ (sigla gãos certifica dores para o meu
passasse a apresentar um mau fun- inglesa para questões mais freqüen- produto?
cionamento. A troca do componente, tes) a respeito da EMI. A "web" oferece boas opções
portanto, deveria sanar o defeito. I - As falhas acima relacionadas quando digitamos "EMC" nos princi-
"Qual a razão da aula de semân- são as únicas que a EMI pode pais sites de busca. Geralmente,
tica nesta altura do artigo?" causar? estas empresas são confiáveis, visto
O técnico ou engenheiro de Não. que o mercado é um tanto quanto
campo, quando se deparar com pro- 11 - Quais são as outras? especializado.
blemas de EMI, na grande maioria Existem outras, porém, para defini- Agora sim, vamos as soluções.
dos casos, estará lidando com falhas. Ias devemos avaliar a situação do
Isso quer dizer que a solução do caso específico. Não é raro encon-
problema, muitas vezes, poderá estar trarmos falhas geradas indiretamente - BLINDAGEM
diretamente relacionada com o pro- pela EMI, ou até situações onde ela é A blindagem é uma boa solução
jeto da máquina ou sistema. Talvez, agravante, e não o agente causador para a redução da EMI irradiada. Ela
mudanças de parâmetros já determi- principal da falha. protege tanto o ambiente (impede
nados no projeto, bem como acrés- 111 - Uma mesma solução, que a EMI saia de um equipamento,
cimo de circuitos ou componentes quando encontrada, serve para por exemplo: fonte chaveada) quanto
e modificações construtivas, sejam todos os casos? o dispositivo sensível a ela.
necessários. Sem dúvida, não é Não, aliás todo cuidado é pouco. Se a blindagem estiver bem ater-
uma situação das mais confortáveis Uma solução pode funcionar em mil rada, ela será ainda mais eficiente.
descobrir em campo que a falha está casos, e, repentinamente, mostrar-se Na verdade, quando nos referimos a

6 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


~ INSTRUMENTAÇÃO

"blindagem", esta é nada mais que Metaltex cuja caixa é metálica. Notem neutro e são equipotenciais .(figura 2)
uma forma elegante de dizer gaiola que ela é perfurada. Esta técnica não têm a vantagem de não produzir ten-
de Faraday. compromete significativamente a efi- sões residuais entre terras (fenômeno
"Mas porquê a gaiola de Fara- cácia da proteção, além de aumentar conhecido como "Ioop de terra"),
day é uma boa proteção contra a a ventilação e diminuir o peso. visto que todos estão conectados no
EMI?" mesmo ponto.
A interferência eletromagnética - ATERRAMENTO ELÉTRICO A principal desvantagem desses
é uma onda de rádio, ou seja, uma O bom aterramento elétrico reduz sistemas é que, caso um cabo de
forma de energia eletromagnética. a EMI conduzida pela rede e irradiada terra seja muito longo, mesmo o valor
Como tal, sua impedância é alta. no espaço. do aterramento estando dentro das
Ora, para que haja a máxima "O que pode ser considerado normas, o ruído de uma máquina
transferência de energia entre a fonte um bom aterramento?" poderá interferir em outra, visto que
e a carga, é necessário que ambos Todo aquele que estiver dentro temos uma "antena" formada pela
os dispositivos tenham a mesma da norma NBR5410. Porém, mesmo resistividade do fio terra, até seu
impedância. dentro da norma há cinco tipos bási- ponto de conexão (figura 3).
Esta é a razão, por exemplo, de cos de aterramento. Não vamos tratá- O terra isolado (figura 4) não
termos que ligar um alto-falante de los neste artigo, apenas dividiremos sofre tais efeitos (se o cabo for curto
8 n, ou de 4 n se a saída for de estes tipos em duas classes: os é claro), entretanto, favorece a ddp
8 n ou 4 n respectivamente. Caso que compartilham o fio neutro e são em terras ("Ioop").
contrário, poderíamos ter perda de equipotenciais, e os terras isolados. Há casos extremos onde o terra
energia através da reflexão ou dissi- Os sistemas que compartilham o fio do pára-raios, após uma descarga
~ .
pação.
Esta regra serve para a EMI.
Quando revestimos um cabo,
componente, equipamento, circuito,
ou máquina com uma "casca" metá-
lica, seu exterior torna-se um curto-
circuito (baixíssima impedância).
Como a interferência eletromagnética
é de alta impedância, ela é refletida III D..L
e não absorvida.
A figura 1 mostra um exemplo R
claro de uma fonte de alimentação S
T
Caixa metálica N
(Gaiola de Faraday)
Çj 0..';j 0-'0

c,
(/o°.c.
-: 0<:). ,

Fig. 2 - Terra com outro equipamento.

C, R, L = componentes capacitivos, resistivos,


indutivos de um cabo longo (distante de terra)

Fig. 1 - Fonte. Fig. 3 - Fio terra com antena.

SABER ELETRÔNICA NQ364/MAIO/2003 7


INSTRUMENTAÇÃO

- NÚCLEOS DE FERRlTE
Núcleos toroidais de ferrite
E3
também pode ser uma boa solução

D para EMI.
Eles protegem o equipamento
quanto a interferência conduzida, e,
R---- por essa razão, todo condutor que liga
S----- um ponto ao outro de uma máquina
T----- ou sistema (CNC nos inversores, por
N---.....,
exemplo) pode utilizar este compo-
Terras nente como filtro. No caso da figura
oo~
",o isolados 6 vemos o emprego de um toróide
o~ o
na linha DC de alimentação de um
notebook, já na figura 7 outro exem-
Figura 4 - Terras isolados. plo, desta vez alocado na linha tele-
fônica.
atmosférica, queima a máquina pela ção e, principalmente das condições Na indústria, é muito comum estes
ddp entre terras (figura 5). O melhor do ambiente, solo, e atmosféricas toróides serem instalados na linha
aterramento depende de cada situa- onde o equipamento está instalado. AC entre a rede de alimentação e
circuitos chaveadores (inversores de
freqüência, fontes chaveadas, soft-
starters, entre outros).
Queima "Mas, por quê um núcleo de
"raio"
Pára-raio E3 / ferrite toroidal reduz a EMI condu-
zida?"
Notem que, geralmente, insta-
lamos o ferrite no fio suspeito de
ser o caminho para a condução de
interferência eletromagnética, através
de apenas uma espira.
Ora, a reatância indutiva é
expressa por: XL= 2 nfL.

____ --s;;; d_d_P!.~1_~I Onde:


f = freqüência do sinal (Hz)
L = indutância em henrys.

Figura 5 - Queima de máquina pela ddp de terra. Como L é função do número de


espiras (quanto maior o número de
espiras, maior a indutância) e do tipo
do material do núcleo (responsável
pela concentração das linhas de
campo magnético), a fim de evitar-se
muitas espiras (o que encurtaria o
condutor e prejudicaria a montagem),
atribuímos um núcleo de ferrite de
alta relutância. Dessa forma, temos

Figura 6 - Toróide na linha DC. Figura 7 - Toróide na linha telefônica.

8 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


~ INSTRUMENTAÇÃO

uma boa reatância indutiva com


apenas uma espira, e, quanto maior a PCI PCI
freqüência, maior será a "resistência"
aos sinais interferentes.

- NA PLACA DE CIRCUITO
IMPRESSO Pior
Regular Ideal
Dentro do circuito, o lay-out da caso
PCI pode gerar EMI.
Como regra básica, devemos Figura 8 - PCI.

evitamos ao máximo "pontas", isto


é, ângulos retos (900) no trajeto das ou caminhar paralelamente dentro da variar de 2 kHz a aproximadamente
trilhas. mesma eletrocalha ou eletroduto. 16 kHz.
Uma trilha pode até caminhar Quanto mais baixa ela for, menor
perpendicularmente sobre si mesma - NA COMUNICAÇÃO ON-LINE será a geração de EMI, não obstante,
ou outra, desde que a mudança de A comunicação é um ponto que o motor ficará mais "barulhento", pois
direção seja feita de forma arredon- sofre muito com a EMI, principalmente a freqüência de chaveamento, agora,
dada. A figura 8 ilustra três exemplos se ela for do tipo RS-232. entrará no espectro audível. Isto não
de traçagem. Além de antigo, esse meio de deixa de ser uma desvantagem.
transmissão de dados depende de Quanto mais alta ela for, mais
- NO PAINEL (GABINETE) DA uma referência (zero volt), e de valo- silencioso será o motor, porém maior
MÁQUINA res de tensão com certo grau de aEMI.
Como regra básica, dentro do precisão para definir nível "1" e "O". Particularmente, costumo para-
gabinete ou painel elétrico da Qualquer ruído pode se sobrepor metrizar os inversores próximos a 7
máquina, o cuidado principal é evitar a estes sinais e quebrar a comunica- kHz, o que os torna relativamente
a instalação de cabos de comando ção. silenciosos e moderados na EMI.
junto com cabos de potência (princi- Uma das melhores opções para Essa, contudo, não é uma regra apli-
palmente AC). comunicação no chão-de-fábrica é cável para todos os casos. A relação
Um cabo de comando nunca deve a RS485 que, por ser diferencial e ruído sonoro e ruído eletromagnético
ser preso a um de sinal (figura 9), não depender de uma referência, é deve ser avaliada segundo cada
altamente imune a interferências. ambiente.
Caso seu equipamento só tenha
saída (ou entrada) RS-232, valerá a
pena pensar em fazer a conversão 3 - PROJETO PRÁTICO
através de "adaptadores". Alguns
modelos, além da conversão, ainda "Como medir a EMI?"
oferecem o benefício da proteção Para medir exatamente o nível
contra surtos, além deisolação de EMI, principalmente, naquela
óptica. freqüência que ela apresentar maior
Uma vez que a comunicação intensidade, será necessária a utili-
esteja em RS 485, o meio físico deve zação de um analisado r de espectro.
ser de fio trançado, ou em fibra óptica
CERTO (que é ainda mais imune a EMI). "Posso medir a EMI com um
osciloscópio?"
- NOS CIRCUITOS INVERSORES Dependendo do caso você poderá
Como já foi dito, núcleos toroidais medir apenas a amplitude do fenô-
na entrada dos circuitos inversores meno, e somente em sua freqüência
ajuda muito a redução da EMI condu- fundamental (sem considerar as har-
zida. Há casos tão graves, entretanto, mônicas). Talvez estas informações
que somente essa ação não elimina já sejam suficientes para definir uma
por completo o problema. solução, e talvez não.
Uma ação conjunta está na redu- "Qual a diferença entre o osci-
ção da freqüência de PWM. loscópio e o analisador de espec-
A maioria dos inversores de fre- tro?"
qüência, por exemplo, pode ter sua A figura 10 mostra um exemplo
ERRADO freqüência de chaveamento PWM de cada instrumento. À esquerda, um
Figura 9 - Cabo de comando preso modificada segundo um parâmetro. osciloscópio e sua respectiva tela,
junto com AC. Geralmente, esta freqüência pode à direita, o analisador de espectro.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 9


INSTRUMENTAÇÃO

Todavia, nem sempre é necessário


medi-Ia ou analisá-Ia, e sim apenas
Analisador detectar sua presença.
Osciloscópio
de espectro Uma vez detectada, as soluções
anteriores podem ser aplicadas
levando em conta as condições locais,
e, por que não, empiricamente.
Isto pode poupar muito tempo e
dinheiro.
A proposta do projeto a seguir é
exatamente esta, um simples detector
EveotNunber31 Channelo sm 1 14:18:29.32
de EM!. Ele não é capaz de realizar
medições, mas pode ao menos dizer
se o ambiente está ou não poluído
com interferência eletromagnética.
A figura 11 apresenta o circuito
básico, e quem o identificou, como
um pequeno rádio AM regenerativo
de quatro transistores, acertou. A
única diferença é que, ao invés do
Horizontal 2500 micro6econdJ(iv1sion Vertical 200 Amp(dMsion alto-falante, temos um "VU meter".
Arms: Prev: A2.10, mio-1B3.1, max262.9 worst Imp: DApK Odeg
O potenciômetro limita o fundo de
escala para não danificar o galvanô-
metro, e o capacito r variável ajustado
Figura 10 - Osciloscópio x Analisador de espectro. aproximadamente na metade do
seu curso, torna o circuito capaz
Notem que o osciloscópio opera no "Existe alguma forma de medir de detectar a EMI em toda a faixa
domínio do tempo, e o analisado r a EMI de forma econômica?" de AM (mais comum no ambiente
espectro no da freqüência, locali- Não. Para analisar a interferência industrial) .
zando e quantificando a amplitude em todos os seus aspectos sig- A figura 12 exibe uma foto do
tanto na freqüência fundamental, nificativos é necessário um bom protótipo montado pelo nosso depar-
quanto nas suas principais harmôni- instrumento, no caso o analisador tamento técnico, e a figura 13 a tela
cas. de espectro. . de um osciloscópio com a forma-de-
onda da interferência, ensaiada para

r- -
rI11~S'l'1\J)OI~
- - testar o projeto.
O circuito pode ser alimentado
lUJIlO\Tl\))O I com uma simples bateria de 9V, o
que facilita seu manuseio.
Um dado importante que este
c~
-J:
-
pequeno dispositivo pode mostrar é
a natureza da EM!.
Na hipótese do ponteiro perma-
necer fixo numa posição, então, a EMI
terá amplitude e freqüência mais ou
menos constantes. Por outro lado, se
o ponteiro ficar oscilando rapidamente
entre os valores mínimos e máximos
("tremendo"), significará que a EMI
é um ruído branco, ou seja, sem
amplitude e/ou freqüência definida.
Esta informação é muito impor-
tante, visto que se o ruído tem valor
fixo, sua fonte deve ser única (uma
.L máquina, inversor, CPU, ou outro
sistema qualquer). Estamos, então,
perseguindo um único "bandido".
Caso contrário, podemos ter várias
Figura 11 - Conceito. fontes de EMI envolvidas.

10 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


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INSTRUMENTAÇÃO

CONCLUSÃO
- - -
(-'l'I~S'I'ilJ)OI~ Finalmente, vamos às principais
iU)1l0,TilJ)O I "dicas" sobre regulamentação da
EMC. Na verdade, as normas e pro-
cedimentos sobre regulamentações
da EMC tiveram origem na Europa
em 1996. O objetivo das normas é
estabelecer limites para a emissão de
EMI, e susceptibilidade a ela.
A regulamentação internacional
divide-se em duas classes:

"A" = equipamentos industriais


e/ou comerciais.
"B" = equipamentos residenciais.
Independentemente da classe, as
normas têm três principais origens:
Figura 12 - Protótipo. Normas Européias, Inglesas, ou
Comissão Internacional.

As normas européias iniciam 'seu


código por EM ("European Norm"),
por exemplo: EM61 000-4. As ingle-
sas por BSI, porém, embora de códi-
gos distintos no prefixo, são equi-
valentes na função (por exemplo:
BSI 61000-4-2). Já as normas da
Comissão Internacional iniciam seus
códigos por IEC (Internatíona/ E/ec-
trotechnica/ Commission).
As exceções às regras acima são
as normas específicas p<jtraEletro-
medicina e Sistemas de Informação,
que iniciam por CISPR.
A seguir, apresentamos as sete
principais normas sobre compatibili-
dade eletromagnética.
CISPR11 = emissão para equipa-
mentos médicos
CISPR22 = emissão para equipa-
Figura 13 - Tela do osclloscéplo. mentos de informação
IEC61000-4-2 = imunidade a
ESD
IEC610100-4-3 = imunidade a RFI
- T1 = T2 = T4 = Transistor BC 548. - R8 = Resistor 33KQ (interferência por radiofreqüência)
- T3 = Transistor BC 558; -L 1 = Bobina (100 voltas fio de cobre
IEC61 000-4-4 = imunidade a EFT
- 01 = 02 = Oiodo 1N4148 0,5 mm2 em cano plástico 20 mm).
- 03 = Oiodo de germânio 1N34 ou - CV = Capacito r ou trimmer de O a (transiente extremamente rápido)
1N60. 30 pF (AM) IEC61 000-4-5 = imunidade a tran-
- C1 = Capacitor 220 nF - Bateria de 9 V sientes (picos)
- C2 = Capacitar eletrolítico 220 IlF/ - Soquete para bateria de 9 V IEC61000-4-6 = imunidade a RFI
16V - Galvanômetro com fundo de escala conduzida.
- C3 = C4 = C5 = C6 = Capacito r 50 mA.
eletrolítico 4,7 IlF/ 16V - Chave liga/desliga tipo mini.
Mais uma vez, solicito aos leito-
- R1 = R4 = R7 = Resistor 4,7 kQ - Placa de circuito impresso.
- R2 = Resistor 10 Q res que nos enviem suas críticas
- R3 = Resistor 2,2 MQ Tempo de montagem = 2 horas. e sugestões sobre este e demais
- R5 = Resistor 1kQ Custo dos componentes = R$ 30,00. artigos desta revista. Nãoesqueçam
- R6 = 3,3 KQ que sua contribuição é valiosa!

12 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


SISTEMAS EMBEDDED
E PROCESSADOR OMAP
Núncio Perrella

Muitas vezes nos perguntamos: ded é um dos componentes de um inteligente, sistema de navegação,
o que é um Sistema "Embedded?" sistema maior, como exemplo os etc. Em alguns casos estes sistemas
E onde se aplicam esses sistemas? carros modernos possuem inúmeros estão interligados em rede ou tra-
Este artigo tem por objetivo dar sistemas embedded: sistema de freios balham de forma isolada desempe-
ao leitor noções sobre sistemas ABS, sistema de injeção eletrônica, nhando a função para a qual foram
"embedded" e as tecnologias mais sistema de controle da suspensão projetados.
avançadas de processadores para
essa função. Um sistema embedded
é a combinação do HW (processador)
e SW (programa) podendo ter partes
eletromecânicas adicionadas, esse
sistema é projetado para realizar uma
IUI m pouco de história nos ajuda a entender bem o
exemplo deste artigo. A Texas Instruments, em 1967,
inventou o primeiro protótipo de calculadora usando
função específica. uma solução hard coded (pesava aproximadamente
Um bom exemplo é um forno de 2 kg e custava por volta de US$ 2.500,00), e em 1971 a Intel
microondas, milhares de pessoas foi contratada pela Busicom (empresa japonesa que produzia
possuem e fazem uso diário dele,
calculadoras para negócios) para desenvolver uma linha de
porém poucas têm conhecimento
componentes para os seus diferentes modelos
de que existe um processador e um
de calculadoras. A Intel apresentou como solução
programa envolvidos na preparação
o chi 4004 ue era um rocessador no ual
de seu almoço ou jantar.
cada modelo distinto de calculadora poderia ser
Ele é um contraste direto com o
computador pessoal (PC) que temos montado utilizando o processador 4004. Seu
em nossas casas, que nada mais é grande diferencial estava em mudar o seu SW,
do que uma combinação entre HW, esta era uma solução muito mais interessante do
SW e partes eletromecânicas (disk que ter um circuito dedicado para cada modelo
drives, Winchester, CD, etc.), porém de calculadora, assim nascia aí o primeiro
o nosso computador (PC) não foi microprocessador e o conceito de sistemas
desenhado para cumprir uma única embedded tomava forma.
função específica, o usamos para Avanços significativos dos sitemas embedded foram feitos na
trabalhar, estudar, comunicar-nos e década de 80: a popularização dos computadores pessoais, a
nos divertirmos, sendo que de forma introdução de novas características em inúmeros produtos e mesmo
geral temos um mesmo HW com o surgimento de novos produtos que antes não eram possíveis
inúmeras possibilidade de Sw. Os de serem implementados. Podemos citar alguns exemplos como:
fabricantes de PCs nunca sabem fornos de microondas, máquinas de lavar, vídeo cassetes, filmadoras
a qual aplicação se destinará o equi- portáteis, telefones, sistema de ar condicionado inteligente
pamento produzido por eles, alguns wireless, entre muitos, que foram possíveis de ser melhorados ou
o irão usar para trabalhar, outros implementados graças aos sistemas embedded, que possibilitaram a
exclusivamente para diversão, alguns redução de custo desses produtos fazendo com que ficassem cada
outros para comunicação, enfim as vez mais acessíveis tornando nossa vida mais fácil e confortável.
possibilidade são inúmeras. Fre-
qüentemente, um sistema embed-

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 13


Para não gerar confusão é impor- maiores também. O número de solu- C55XX) para o processamento de
tante ressaltar que os PCs são feitos ções embedded cresce rapidamente sinais em tempo real e um proces-
de inúmeros sistemas embedded. à medida que novas tecnologias para sador RISC ARM9TDMI com uma
O meu computador, por exemplo, é fabricação de circuitos integrados quantidade de periféricos que reduz a
composto de teclado, mouse, placa são disponibilizadas e novos proces- arquitetura dos sistemas praticamente
de vídeo, modem, hard drive, disk sadores são produzidos, permitindo a a um único chip. A combinação dos
drivers, placa de som, etc., sendo implementação de programas (algo- processadores ARM + DSP mais
cada módulo um sistema embedded. ritmos) cada vez mais complexos. É as ferramentas de desenvolvimento
Cada um destes módulos possui um claro que para este tipo de solução de SW (Code Composer Studio),
processado r (HW) e um programa existe um mercado potencial extre- da Texas Intruments, possibilitam
(SW) e foi desenhado para desem- mamente grande, como exemplo: a implementação da mais variadas
penhar uma tarefa específica. Como o mercado de telefones celulares, aplicações, ou seja, a essência dos
exemplo, o modem foi projetado câmeras digitais, computadores de sistemas embedded (HW + SW).
para enviar e receber dados digitais mão (PALM), sistemas de navegação Abaixo, vamos citar algumas das
através da linha telefônica, seu (HW) (GPS), jogos, entre outros. possíveis aplicações:
processador é um DSP (Processado r
• Comunicação wirelles (802.11,
Digital de Sinais -TMS32C54V90) e
Blue Tooth, etc.)
seu SW é o algoritmo de um modem PROCESSADOR OMAp,
V90 (56 Kbps) implementado no
• Processamento de Vídeo e
DSP. Um "sistema em tempo real" é Imagem (MPEG4, JPEG, Windows
Quando um sistema embedded aquele que possui limitações de media Video, etc.).
é bem projetado, o usuário nem tempo para executar cálculos ou
imagina a existência do processador tarefas, ou seja, cada função a ser • Processamento de Áudio (MPEG-1
e seu programa, é o caso do forno de executada possui um tempo definido, Audio Layer 3 [MP3], AMR, WMA,
microondas, das máquinas de lavar o qual não pode ser utrapassado. AAC e outros)
eletrônicas, DVDs, vidocassetes, Transpor o tempo de execução pré-
telefones inteligentes, etc. O leitor estabelecido equivale ao mesmo que • Aplicações Gráficas
pode se perguntar se não seria mais oferecer o resultado incorreto da
fácil fazer um módulo dedicado que operação. • Aceleração de Vídeo
não contenha processado r e pro- Um exemplo típico de "sistema
grama? A resposta é muito simples: em tempo real" são os telefones • Dispositivos de acesso à Internet,
Sim, é possível fazer utilizando-se um celulares, que codificam, decodificam entre outras
circuito customizado para substituir o e modulam o sinal de voz para realizar
HW / SW e realizar a mesma função. uma comunicação. • Processamento (fax, encriptação /
Porém, temos que avaliar que haverá Criado a partir de uma das mais deencriptação, autenticação, etc.).
perda da flexibilidade de alteração do sofisticadas tecnologias, este proces-
produto, quando usamos um cicuito sador foi desenhado para os sistemas Como podemos notar, na arqui-
dedicado (hard coded), é muito mais que precisam de alta performance, ou tetura do OMAP 1510 temos basica-
simples mudar algumas linhas de seja, que precisam ser extremamente mente um sistema em um único cbip,
programa do que alterar um circuito rápidos para obedecerem aos requi- que é extremamente veloz permitindo
feito exclusiva- sitos de processamento em tempo o projeto das novas gerações das
mente para real de programas extremamente futuras aplicações embeddeds.
desempenhar complexos, necessitando gastar
uma certa pouca energia (equipamen-
função, sem tos portáteis alimentados
contar que por baterias) e com custo
os custos muito competitivo para as
envolvidos soluções embedded.
são muito Um dos objetivos dos seus
Processado r
projetistas foi viabilizar as OMAP
aplicações embedded mais
Conector
sofisticadas como, por exem- Universal
plo: telefones celulares 2,5G e daPalm

3G, hand heldde última geração


como é o caso do Tungsten da
Palm, entre outras aplicações.
Sua arquitetura utiliza um DSP Vista traseira de uma Palm indicando o
(Processador Digital de Sinais - uso de um processador OMAP.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


32MHz
;
...
" ;
~

12 MHz

~D~ rol 5

,8
McBSP UART
O < JTAC
2
TMS320C55x""
TI-Enhanced O > , 12C
ARM""925 32
Data McBSP DSPCore
Core OMAP1510 O " GPIO

, .
6-:~ UART
Chf-\DLED
I
I
I
...
0--+-0 USB Host USB
5 Hub I Client
·~D-a-t-a~5~D I I
;PJ.:J,;i.:jII---,--~:--tU McBSP USB Mux McBSP
16 ..•••••• .1
6 13
External usa
HostlClient
Connector

Diagrama de blocos do OMAP1510.

MCE Úln".,n,,1 ICE


INVERSORES DC-AC chaveados
• automação industrial
* hobby e lazer
* ideal para autos
* entrada: 12,24,48 e 125Vcc
• potência: 100, 300 e 500W
• venda em O&M

• entrada: 85 ... 264Vcc


• várias tensões de saída
• potência: 30, 45, 65 e 100W
* uso industrial
• super compacta
CÉLULAS A COMBUSTíVE-l
'---l'V~'VM. ALTERNATIVA PARA ALIMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS.

A complexidade cada vez maior dos microprocessadores e


circuitos encontrados em computadores e periféricos de todos
os tipos, leva a uma preocupação crescente com o consumo
de energia. As baterias já não atendem mais às necessidades
dos dispositivos mais complexos, oferecendo uma operação com
pequena autonomia, enquanto que fontes alternativas, na maioria
dos casos, apresentam sérias limitações. Uma nova fonte de energia,
entretanto, vem despontando de forma muito promissora: a "célula a
combustível", e é sobre ela que trataremos neste artigo com enfoque
para seu uso nos equipamentos de informática
Newton C. Braga

Quanto mais complexo for o equi- DENSIDADE DE ENERGIA por mais tempo, ainda assim elas não
pamento, maior será o seu consumo 'são satisfatórias quando devem ali-
de energia. Esse problema, que Uma das principais características mentar um equipamento de consumo
já é bem conhecido por todos que de uma bateria é sua densidade muito alto como, por exemplo, um lap-
fazem uso de telefones celulares, de energia ou densidade de arma- top ou mesmo um telefone celular.
laptops, PGAs, palmtops e outros zenamento. Essa característica diz
equipamentos alimentados por bate- quanto de energia uma bateria
ria, é uma fonte constante de dores pode armazenar por cada centímetro FONTES ALTERNATIVAS
de cabeça para os projetistas. cúbico ou ainda por cada grama de
Por um lado, os desenvolvedores peso que ela apresenta. Além da energia que chega até
dos circuitos eletrônicos se preocu- Quanto maior for a densidade de nossas casas pelas linhas de distri-
pam cada vez mais em utilizar chíps e energia de uma bateria, 'por mais buição e obtida de baterias, existem
configurações com baixos consumos tempo ela poderá fornecer energia muitas outras fontes de energia,
de energia, além de recursos de a um equipamento que tenha um várias das quais oferecendo uma
gerenciamento dessa energia como dado consumo, conforme mostra a alternativa limpa e segura que deve
circuitos inteligentes que vão ao figura 1. ser observada com mais cuidado
estado de shut-down ou power-down Entre duas baterias semelhantes para o futuro. O problema maior de
quando fora de uso (mesmo que por que apresentam a mesma tensão, a muitas dessas fontes é que elas são
alguns minutos), e por outro lado que tem maior densidade de energia limitadas em diversos aspectos, o
estão os desenvolvedores das fontes pode ser a menor e, mesmo assim, que impede seu uso de forma mais
de energia. fornecer energia pelo mesmo tempo ampla.
Até agora a forma mais comum que a equivalente maior. Uma das formas de energia alter-
de obter energia para equipamentos Embora as tecnologias modernas nativa mais citadas é a solar.
portáteis é a partir de baterias. permitam obter baterias com elevadas A energia enviada pelo Sol é
A tecnologia das baterias evoluiu densidades de energia, o que significa gratuita e além disso totalmente
muito, passando das antigas baterias baterias cada vez menores operando limpa. Infelizmente, os meios que
de Nicad que ainda apresentavam o temos de converter energia solar
indesejável efeito memória até chegar diretamente em energia elétrica são
às modernas baterias de Lítio-íon ou
Lítio-Polímero com uma densidade
muito maior de energia e sem a maio-
ria dos inconvenientes das baterias
antigas.
Todavia, elas ainda representam
v-n
Tensão
.•.

---1
1 Ah/cm3

2AhlC

2
rn'

Te~po
caros e ineficientes.
As chamadas "células solares"
têm um rendimento baixo e seu custo
só permite o uso em ocasiões muito
especiais. As baterias solares ou
células solares apenas são interes-
uma série limitação para a alimenta- santes na alimentação de aparelhos
ção de muitos equipamentos portá- Baterias de mesmo tamanho (h) de baixo consumo como relógios,
teis. Figura 1 calculadoras, etc. Para o caso de

16 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


computadores, onde o consumo é cendo sua elaboração e tornando seu Se bem que o conhecimento do
elevado, sua implantação direta como tamanho proibitivo para a maioria das princípio de funcionamento da célula
fonte de energia é inviável. Podemos aplicações, principalmente as que a combustível seja bastante antigo,
ter uma forma alternativa onde as envolvem a produção de pequenas o entendimento de como ela real-
células solares são usadas para quantidades de energia. mente funciona é algo relativamente
carregar uma bateria de grande porte Assim, conforme ilustra a figura 3, recente.
como no sistema mostrado na figura o que se faz tradicionalmente é quei- Enquanto uma bateria comum
2. mar um combustível para movimentar leva seu combustível e o comburente
um motor e esse motor acionar um em seu interior de uma maneira que
dínamo ou alternador. não podem ser substituídos, mas
A cada transformação de energia apenas recompostos pelos processos
ocorre uma perda e, além disso, os de recarga, uma célula a cornbustfvel
combustíveis aplicados atualmente é diferente, veja a figura 4.
para se movimentar os motores são Na célula a combustível, o com-
altamente poluentes tais como o óleo bustível (que pode ser um gás, como
diesel, gasolina, ou mesmo a queima o hidrogênio) e o comburente (o
de carvão e lenha. oxigênio) são "bombeados" para o
Será que não existe algum meio seu interior, e na combinação de
Figura 2 -Sistema da Heliodinâmica
(www.heliodinamica.com.br) para uso de obter eletricidade a partir da ambos em eletrodos especiais, temos
de energia solar com suas placas queima de um combustível num pro- a produção de eletricidade que pode
I . cesso direto sem dispositivos inter- ser usada para alimentar um circuito
mediários e que use combustíveis externo.
Nessa figura mostramos um sis- menos poluentes? As vantagens desse sistema são
tema típico em que um painel solar A descoberta da célula a combus- inúmeras, mas a principal está na
é empregado para carregar uma tível não é recente. Em 1839, Sir possibilidade do fornecimento de
bateria, a qual pode alimentar por William Robert Grove descobriu que energia de forma constante e ilimi-
algum tempo o sistema elétrico de a dissociação de vapor de água em tada.
uma casa e um computador. hidrogênio e oxigênio podia ser obtida O que acontece é que a capaci-
Para computadores de pequeno num eletrodo de platina aquecido com dade de armazenamento de energia
porte, um pequeno painel poderia ser a liberação de energia elétrica. das baterias comuns é pequena,
usado para carregar sua bateria, mas Novos materiais e novas técnicas, exigindo-se para os casos comuns
devemos observar a dependência desenvolvidas principalmente a partir onde tenhamos alto consumo, o
de se obter boa insolação quando a da subida da espaçonave Gemini IV emprego de baterias muito grandes,
recarga for necessária. (que tinha um sistema de células a pesadas e caras para se alcançar
Outras formas incluiriam a ener- combustível capaz de gerar 12 kW uma autonomia apenas razoável.
gia eólica (dos ventos), atômica e de energia elétrica), estão levando Na célula a combustível, o elemento
até mesmo humana. Uma empresa à possibilidade de obter eletricidade que converte energia é pequeno,
lançou recentemente um carregador diretamente a partir de um processo e a energia está armazenada exter-
de baterias para celulares (que pode- químico onde entrem gases ou com- namente na forma do combustível
ria ser utilizado para laptops) acionado bustíveis comuns. usado, podendo ser fornecida conti-
por uma manivela. Com maniveladas
por alguns minutos é possível conse- Eletricidade
guir energia para a operação do equi-
pamento por um ou dois minutos ...
Entretanto, uma outra forma de
energia alternativa que a cada dia
está sendo mais considerada em
aplicações comuns é a obtida das Gerador
"células a combustível".

CÉLULAS A COMBUSTíVEL Oisel


gasolina ••
ete.
Para gerar eletricidade a partir
da queima de um combustível, o Ornamo ou
processo tradicional utiliza uma série Alternador
de dispositivos intermediários que Figura 3 - Como obter energia elétrica a partir
reduzem o seu rendimento, encare- da ueima de combustíveis da forma tradicional. .

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 17


funcionamento da célula.
+ a) bateria comum
+
b) célula a combustível
- Diversas são as empresas que
trabalham hoje no desenvolvimento
de células do tipo PEM. Dentre
elas, podemos destacar a ECN na
Holanda, a Sere De Nora na Itália, e
Resíduos Combustível e a Siemens e a Dornier na Alemanha,
comburentes além da Rolls Royce e VESL. No
injetados
Combustível e comburentes Combustível e comburentes Canadá lembramos da Ballard Power
selados selados System e nos Estados Unidos a
Figura 4 - Na célula a combustível é possível obter energia Energy Partners.
permanente injetando-se combustível.

nuamente. As células a combustível Nesse processo, a presença de OUTROS TIPOS DE CÉLULAS


são classificadas por muitos como cargas de polaridades diferentes no
"dispositivos de estado sólido" que anodo e no catodo torna disponível a) MCFC (Molten Carbonate Fuel
convertem energia química em ener- energia elétrica para um circuito CeU)
gia elétrica sem a necessidade de externo. A diferença de potencial Um outro tipo de célula a combus-
dispositivos mecânicos intermediá- obtida por uma célula desse tipo é da tível é a que usa carbonato fundido
rios. ordem de 1,23 volt sem carga, caindo como combustível, sendo denomi-
No tipo básico existem eletrodos para 0,6 V com carga. nada MCFC (Molten Carbonate Fue/
porosos a base de platina (que fun- Esse tipo de célula é denominado Ce/0 e quê tem a estrutura básica
ciona como catalisador da reação) SPFC ou PEM (Proton Exchange mostrada na figura 6.
para onde é bombeado o hidrogênio, Membrane ou Membrana de Troca Nessa célula temos um eletrodo
observe a estrutura da figura 5. de Prótons). que é aquecido a uma temperatura de
Ocorre, entretanto, que os poros Porém, a principal vantagem aproximadamente 650 graus Celsius.
do eletrodo poroso (normalmente desse tipo de célula está no seu Nessa temperatura, o sal usado como
uma membrana de um polímero) são elevado rendimento, que pode chegar eletrólito funde-se e se torna con-
menores que os átomos de hidrogê- aos 60%, o que é muito mais do que dutor de corrente elétrica, permi-
nio que não conseguem passar na o rendimento obtido por um motor tindo que íons de carbonato migrem
forma normal. Forçados a perder um a combustão típico que não passa para o anodo. Nesse trajeto os íons
elétron, os átomos se convertem em de 25% e, além disso, temos o fato encontram-se com o hidrogênio,
íons carregados positivamente que, de que o produto da combustão' é ocorrendo então uma reação química.
pela ação do catalisador, passam vapor d'água! Nessa reação forma-se água e dió-
e se combinam com o oxigênio, libe- Alguns cuidados devem ser toma- xido de carbono (C02).
rando energia e formando água e, dos com o hidrogênio útilizado como Ao mesmo tempo, os íons de
ao mesmo tempo, dotando o catodo combustível, entre os quais a remoção carbonato e o oxigênio reagem para
de uma carga positiva. Do outro lado do enxofre e do monóxido de carbono, recolocar em circulação os íons
permanece o elétron que, assim que são capazes de "envenenar" o de carbonato que migraram para o
"carrega" o anodo negativamente. catalisador de platina afetando o anodo.
Veja que, nessa reação, o dióxido
de carbono funciona apenas como
Carga
Reações: Anodo H2 ---.
+
H elétrons
um suporte na cadeia de interações
iônicas. Uma das dificuldades 'que os
Corrente Catodo: 02 + H2 + elétrons ~ H20
projetistas dessas células encontram
está na degeneração do eletrodo de
~-i----Catodo óxido de níquel (catodo) que, em
contato com o eletrólito alcalino, logo
se estraga.
Calor Esse tipo de célula tem uma efi-
ciência na faixa dos 50 aos 60%,
gera mais calor que o tipo PEM, e
está sendo estudada com especial
atenção por algumas empresas japo-
nesas como a Hitachi, Toshiba e
LCatalisador (platina) Mitsubishi.
Nos Estados Unidos, um consórcio
Figura 5 -Operação da célula PEM. de empresas liderada pela M-C Power

18 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


mais do que as 5 horas disponíveis
quando se utiliza uma bateria recar-
regável comum.
Reação de Recomposição Basta encaixar o pequeno reser-
CH4 + H20 ~ CO + 3H2 vatório de metanol na célula, e ela fun-
Combustfvel .......................................................................
carbonácio Reação de Anodo cionará "queimando" o metanol lenta-
H2 + C03 ~H20 + C02 + 29 mente com a produção de gás carbô-
nico e água, e gerando a energia que
o equipamento precisa para funcionar.
C0 3 No sistema da Casio, o hidrogênio
é extraído do metanol num sistema
Reação de Catodo compacto. O hidrogênio passa então
29+ CO2+ Y202~C03 através de eletrodos porosos espe-
ciais produzindo energia elétrica.
O kit da Casio, que deverá estar
+ à venda já no próximo ano, tem
Figura 6 - Estrutura da célula MCFC. o mesmo formato de uma bateria
comum, sendo encaixado em seu
realiza estudos com esse tipo de de 0,66 volts, com um rendimento na lugar, conforme mostra a foto.
célula com finalidades comerciais. faixa de 40 a 45 %. Muitas células O princípio de funcionamento
A vantagem desse tipo de célula são "empilhadas" de modo a se obter dessa nova célula é o seguinte:
está na possibilidade de funcionar maior tensão e assim poder alimentar O hidrogênio é produzido num
com gás natural, metanol, propano, um circuito externo. dispositivo denominado reformador,
etanol em mistura com o hidrogênio, A desvantagem está na necessi- formado por um wafer de silício que
o que amplia sua gama de aplicações dade de hidrogênio como combustí- produz uma reação química na qual o
práticas. vel, num grau de pureza elevado, metanollibera hidrogênio na presença
pois não pode conter substâncias de um catalisador. A eficiência do
estranhas, como o monóxido de processo é de mais de 98%.
b) SOFC (Solid Oxide Fuel [eU) carbono ou enxofre que podem afetar O hidrogênio se combina com o
Este tipo de célula tem uma efici- o catalisador de platina. oxigênio (da atmosfera) num elemento
ência na faixa de 50 a 60%. que gera a energia elétrica, conforme
Nesta célula, o combustível, que processos que já vimos nas células
pode ser gás natural ou outro tipo de CÉLULA A COMBUSTíVEL, convencionais. O dispositivo tem
gás combustível, é bombeado para DACASIO uma eficiência muito grande, o que
um anodo juntamente com vapor , possibilita sua miniaturização num
de água. Sucede então uma reação A Casio desenvolveu um novo tipo grau bastante alto.
química em que monóxido de carbono de célula a combustível de alto ren- A Casio começou as pesquisas
e hidrogênio são produzidos. dimento, capaz de fornecer energia para o desenvolvimento de células a
Na temperatura elevada em que o nas quantidades exigidas por aplica- combustível em 1998, mas o avanço
processo ocorre, íons de oxigênio são ções de médio porte como telefones maior se deveu justamente à criação
liberados e levados pelo eletrólito, celulares e laptops. do wafer de silício com a função
formando assim uma corrente elétrica Com uma unidade de célula a de micro-reator capaz de liberar o
que se dirige ao anodo. Os íons que combustível, é possível manter um hidrogênio de combustíveis comuns.
chegam ao anodo podem, então, computador laptop funcionando por As células a combustível para
entregar seus elétrons formando água aproximadamente 20 horas, muito alimentar eletro-eletrônicos com-
e devolvendo ao anodo os elétrons, pactos como laptops, receptores
para fechar o percurso da corrente. de TV de bolso, câmeras digitais e
A Whestinghouse, nos Estados outros equipamentos deverão ser
Unidos, é a principal empresa que comercializadas a partir de 2004.
trabalha no desenvolvimento deste
tipo de célula.

c) PAFC (Phosphoric Acid Fuel [eU)


Tal tipo de célula se caracteriza
pela altíssima densidade de energia
que pode fornecer, de mais de 200 mA Figura 7- Um laptop usando a nova Figura 8 - Conjunto com os elementos
por centímetro quadrado, sob tensão célula da Casio que formam a célula a combustível.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 19


Eletrãaléa Embalicada em

Alexandre
de A. Guimarães

INTRODUÇÃO CONCEITUAÇÃO BÁSICA por um valor de tensão específico e


constante.
A primeira parte desta matéria o CAN é um protocolo de comu- A velocidade de transmissão
procurou explicar os dois principais nicação serial síncrono. O sincro- dos dados é inversamente proporcio-
conceitos de Arquitetura Eletro- nismo entre os módulos conectados nal ao comprimento do.barramento. A
Eletrônica existentes - o Centra- a rede é feito em relação ao início maior taxa de transmissão especifi-
lizado e o Distribuído. Além de de cada mensagem lançada ao bar- cada é de 1Mbps considerando-se um
destacadas as vantagens e des- ramento (evento que ocorre em inter- barramento de 40 metros. A Figura 1
vantagens de ambos os conceitos, valos de tempo conhecidos e regula- representa a relação entre o compri-
foram mencionados dois exemplos res). mento da rede (barramento) e a taxa
de aplicação, um fundamentado no Trabalha baseado no conceito de transmissão dos dados.
sistema Centralizado e outro no multi-mestre, onde todos os rnódulos Considerando-se fios elétricos
Distribuído. podem se tornar mestre em determi- como o meio de transmissão dos
Percebemos que, para a viabili- nado momento e escravo em outro, dados, há três formas de se constituir
zação do sistema, especialmente além de suas mensagens serem um barramento CAN, dependentes
no conceito Distribuído, é extrema- enviadas em regime multicast, carac- diretamente da quantidade de fios
mente necessária a utilização de um terizado pelo envio de toda e qualquer utilizada. Existem redes baseadas em
Protocolo de Comunicação. Nesse mensagem para todos os módulos 1, 2 e 4 fios. As redes com 2 e 4 fios
sentido, o CAN Bus mostra-se o existentes na rede. trabalham corri os sinais de dados
mais adequado se considerada a Outro ponto forte deste protocolo CAN_H (CAN High) e CAN_L (CAN
aplicação em questão: Eletrônica é o fato de ser fundamentado no Low). No caso dos barramentos com
Embarcada em veículos automoti- conceito CSMA/CD with NDA (Carrier 4 fios, além dos sinais de dados, um
vos. Sense Multiple Access / Collision fio com o VCC (alimentação) e outro
Vamos então ao Protocolo! Detection with Non-Destructive Arbi- com o GND (referência) fazem parte
tration). Isso significa que todos os
módulos verificam o estado do barra-
Taxa de
HISTÓRICO mento, analisando se outro módulo
transmissão [kbps]
está ou não enviando mensagens
o CAN Bus (ou Barramento Con- com maior prioridade. Caso isso seja 1000
I
I
troller Area Network) foi desenvolvido percebido, o módulo cuja mensagem I
I

pela empresa alemã Robert BOSCH tiver menor prioridade cessará sua 50
I
----i-------
e disponibilizado em meados dos transmissão e o de maior prioridade I
I
anos 80. Sua aplicação inicial foi continuará enviando sua mensagem I
I
I
realizada em ônibus e caminhões. desse ponto, sem ter que reiniciá-Ia.
40 1000 Comprimento
Atualmente, é utilizado na indústria, Outro conceito bastante interes-
do chicote [m]
em veículos automotivos, navios e sante é o NRZ (Non Return to Zero),
tratores, entre outros. onde cada bit (O ou 1) é transmitido Figura 1

20 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


do barramento, levando a alimenta- de dados (de 125 Kbps a 1Mbps).
ção às duas terminações ativas da A segunda, 18011519-2, determina
rede. As redes com apenas 1 fio Tensão as características de uma rede traba-

>--
têm esse, o fio de dados, chamado VCAN_H 3,5 V
lhando com baixa velocidade (de 10
exclusivamente de linha CAN. Kbps a 125 Kbps).
Considerando o CAN fundamen- --<lVdiff=2.0 Ambos os padrões especificam
tado em 2 e 4 fios, seus condutores as camadas Física e de Dados, res-
VCAN_L 1,5 V
elétricos devem ser trançados e não pectivamente 1 e 2, se considerado
blindados. Os dados enviados através Recessivo Dominante Recessivo o padrão de comunicação 081 de
da rede devem ser interpretados pela L.....------.Tempo 7 camadas (1807498). As demais
análise da diferença de potencial camadas, da 3 à 7, são especificadas
entre os fios CAN_H e CAN_L. Por por outros padrões, cada qual rela-
isso, o barramento CAN é classificado Figura 2 cionado a uma aplicação específica.
como ParTrançado Diferencial. Este Há diversos padrões fundamen-
conceito atenua fortemente os efeitos nante). Esse módulo, com maior tados no CAN, dentre os quais pode-
causados por interferências eletro- prioridade, continuará normalmente mos destacar:
magnéticas, uma vez que qualquer sua transmissão. • NMEA 2000: Baseado no CAN
ação sobre um dos fios será sentida 2.0B e utilizado em aplicações navais
também pelo outro, causando flu- e aéreas.
tuação em ambos os sinais para FORMATOS DAS MENSAGENS • SAE J1939: Baseado no CAN
o mesmo sentido e com a mesma 2.0B e usado em aplicações auto-
intensidade. Como o que vale para os Existem dois formatos de mensa- motivas, especialmente ônibus e
módulos que recebem as mensagens gens no protocolo CAN: caminhões.
é a diferença de potencial entre CAN 2.0A - Mensagens com iden- • DIN 9684 - LBS: Baseado no
os condutores CAN_H e CAN_L (e tificador de 11 bits. É possível ter CAN 2.0A e empregado em aplica-
esta permanecerá inalterada), a até 2048 mensagens em uma rede ções agrícolas.
comunicação não é prejudicada. constituída sob este formato, o que • ISO 11783: Baseado no CAN
No CAN, os dados não são repre- pode caracterizar uma limitação em 2.0B e também utilizado em aplica-
sentados por bits em nível "O" ou determinadas aplicações. A Figura ções agrícolas.
nível "1". São representados por bits 3 apresenta o quadro de mensagem
Dominantes e bits Recessivos, do CAN 2.0A. Esses padrões especificam o
criados em função da condição pre- CAN 2.0B - Mensagens com iden- equivalente às camadas de Rede (3),
sente nos fios CAN_H e CAN_L. A tificador de 29 bits. É possfvel ter, Transporte (4), Sessão (5), Apresen-
Figura 2 ilustra os níveis de tensão aproximadamente, 537 milhões de tação (6) e Aplicação (7), do padrão
em uma rede CAN, assim como os mensagens em uma rede constituída 081, incluindo-se as mensagens
bits Dominantes e Recessivos. sob este formato. Percebe-se que a pertinentes ao dicionário de dados de
Como mencionado no início, todos limitação em virtude da quantidade cada aplicação em especial.
os módulos podem ser mestre e de mensagens não mais existe. Por
enviar suas mensagens. Para tanto, o outro lado, o que pode ser observado
protocolo é suficientemente robusto em alguns casos é que, os 18 bits DETECÇÃO DE FALHAS
para evitar a colisão entre mensa- adicionais no identificador aumentam
gens, utilizando-se de uma arbi- o tempo de transmissão de cada Algumas das maiores vantagens
tragem bit a bit não destrutiva. mensagem, o que pode caracterizar do CAN é a sua robustez e a capaci-
Podemos exemplificar essa situação, um problema em determinadas apli- dade de se adaptar às condições de
analisando o comportamento de cações que trabalhem em tempo- falha, temporárias e/ou permanentes.
dois módulos enviando, ao mesmo real (problema conhecido como Podemos classificar as falhas de
tempo, mensagens diferentes. Após overhead). A Figura 4 exibe o quadro uma rede CAN em três categorias
enviar um bit, cada módulo analisa de mensagem do formato CAN 2.0B. ou níveis: Nível de Bit, Nível de
o barramento e verifica se outro Mensagem e Nível Físico.
módulo na rede o sobrescreveu (vale Nível de Bit - Possui dois tipos
acrescentar que um bit Dominante PADRÕES EXISTENTES de erro possíveis:
sobrescreve eletricamente um Reces- Bit Monitoring: Após a escrita de
sivo). Um módulo interromperá ime- Os fundamentos do CAN são um bit dominante, o módulo transmis-
diatamente sua transmissão, caso especificados por duas normas: a sor verifica o estado do barramento.
perceba que existe outro módulo 15011898 e a 15011519-2. A pri- 8e o bit lido for recessivo, significará
transmitindo uma mensagem com meira, 18011898, determina as carac- que existe um erro no barramento.
prioridade maior (quando seu bit terísticas de uma rede trabalhando Bit Stuffing: Apenas cinco bits
recessivo é sobrescrito por um domi- com alta velocidade de transmissão consecutivos podem ter o mesmo

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 21


de dados CAN_H e CAN_L, a rede
RTR
- Identificador
ACK
EOF
continuará operando sob uma espé-
cie de modo de segurança. Seguem
DLC Dados CRC
+IFS abaixo algumas das condições de
11 bits 4 bits O a 64 bits 15 bits
10 bits
Start IDE
'-- falha nas linhas de comunicação
que permitem a continuidade das
bit
atividades da rede:
Figura 3
• Curto do CAN_H (ou CAN_L)
para GND (ou VCC);
• Curto entre os fios de dados
SSR RTR
- Identificador Identificador DLC CRC
ACK
EOF
CAN_H e CAN_L;
• Ruptura do CAN_H (ou
Dados
+IFS CAN_L);
11 bits 18 bits 4 bits O a 64 bits 15 bits
L- 10 bits
Start
bit
IDE
t
ASPECTOS DE
Figura 4
IMPlEMENTAÇÃO:
DICIONÁRIO DE DADOS
valor (dominante ou recessivo). Caso transmitida estava corrompida, ou
seja necessário transmitir seqüen- nenhum módulo a recebeu. É a parte mais dedicada à aplicação
cialmente seis ou mais bits de mesmo Toda e qualquer falha acima quando se trabalha com um protocolo
valor, o módulo transmissor inserirá, mencionada, quando detectada por como o CAN. O Dicionário de Dados
imediatamente após cada grupo de um ou mais módulos receptores, (ou Data Dietionary) é o conjunto de
cinco bits consecutivos iguais, um bit fará com que estes coloquem uma mensagens que podem ser transmitidas
de valor contrário. O módulo receptor mensagem de erro no barramento, naquela determinada rede.
ficará encarregado de, durante a avisando toda a rede de que aquela A forma mais interessante de se
leitura, retirar esse bit, chamado de mensagem continha um erro e que o organizar um dicionário de dados
Stuff Bit. Caso uma mensagem seja transmissor deverá reenviá-Ia. é criando uma matriz com todos os
recebida com pelo menos seis bits Além disso, a cada mensagem módulos da rede. Essa matriz mostrará
consecutivos iguais, algo de errado erroneamente transmitida ou rece- cada mensagem sob a responsabili-
terá ocorrido no barramento. bida, um contador de erros é incre- dade de cada módulo, relacionando
mentado em uma unidade nos módu- quem a transmite e quem a recebe.
Nível de Mensagem - São três los receptores, e em oito unidades Outros dados importantes nessa
os tipos de erro possíveis: no transmissor. Módulos com esses matriz são: o tempo de atualização
CRC ou CyelieRedundaney Cheek: contadores iguais a zero são conside- dos valores da mensagem, o intervalo
Funciona como um eheeksum. O rados Normais. Para os casos em que de transmissão da mesma e o valor
módulo transmissor calcula um valor os contadores contêm valores entre 1 relativo ao seu identificador. Além
em função dos bits da mensagem e e 127, os módulos são considerados dessa matriz, a documentação refe-
o transmite juntamente com ela. Os Errar Aetive. Contadores contendo rente ao Dicionário de Dados deverá
módulos receptores recalculam este valores entre 128 e 255 colocam conter uma descrição detalhada de
CRC e verificam se ele é igual ao os módulos em condição de Errar cada mensagem, bit a bit.
transmitido com a mensagem. Passive. Finalmente, para contadores O Dicionário de Dados é imple-
Frame Cheek: Os módulos recep- contendo valores superiores a 255, mentado numa rede CAN via software
tores analisam o conteúdo de alguns os módulos serão considerados e deverá ser o mesmo (ter a mesma
bits da mensagem recebida. Esses em Bus Off e passarão a não mais versão de atualização, inclusive) em
bits (seus valores) não mudam de atuar no barramento. Esses conta- todos os módulos conectados à rede.
mensagem para mensagem e são dores também são decrementados Isso garantirá total compatibilidade
determinados pelo padrão CAN. à medida que mensagens corretas entre os participantes do barramento.
Aeknowledgment Errar Cheek: Os são recebidas, o que reduz o grau
módulos receptores respondem a de incerteza em relação à atividade
cada mensagem íntegra recebida, dos módulos ora com contadores ASPECTOS DE
escrevendo um bit dominante no contendo valores diferentes de zero IMPlEMENTAÇÃO:
campo ACK de uma mensagem res- e possibilita novamente a plena EXEMPLO DE REDE
posta que é enviada ao módulo trans- participação deles no barramento.
missor. Caso essa mensagem res- Uma rede CAN, dependendo da
posta não seja recebida (pelo trans- Nível Físico - Para os barramen- sua aplicação, poderá ter até cente-
missor original da mensagem), signi- tos com 2 e 4 fios, caso algo de nas de módulos conectados. O valor
ficará que, ou a mensagem de dados errado venha a ocorrer com os fios máximo para a conexão de módulos

22 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


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em um barramento depende da norma ECUs que sempre estarão presentes danificado. Emendas poderão alterar
que se utiliza na dada aplicação. nele (veículo). As terminações são a impedância característica da rede e
Toda rede CAN possui 2 Termina- mandatórias numa rede CAN. com isso afetar o seu funcionamento.
dores. Esses terminadores nada mais No momento de se projetar o Estas foram algumas informações
são que resistores com valores entre roteamento do barramento, algumas. técnicas de um dos protocolos de
120 e 124 ohms, conectados à rede regras em relação ao comprimento comunicação mais utilizados atual-
para garantir a perfeita propagação dos chicotes devem ser observadas. mente em aplicações embarcadas.
dos sinais elétricos pelos fios da O sincronismo das operações das Na próxima (e última) parte desta
mesma. Esses resistores, um em cada ECUs no CAN é fundamentado no matéria, detalharemos o projeto do
ponta da rede, garantem a reflexão tempo de propagação física das hardware e do software de uma
dos sinais no barramento e o correto mensagens no barramento. Assim, ECU CAN. Além disso, montaremos
funcionamento da rede CAN. a relação do comprimento de deter- juntos uma rede de comunicação de
Outra característica de determina- minados intervalos do chicote no dados fundamentada neste fantástico
das aplicações fundamentadas no CAN barramento são fundamentais ao bom protocolo.
é que estas poderão ter duas ou mais funcionamento da rede.
sub-redes trabalhando, cada qual, em A Figura 6 mostra um diagrama Erramos: em um dos últimos pará-
uma velocidade diferente. Os dados que ilustra as medidas que devem grafos na página 43 da edição nº363,
são transferidos de uma sub-rede para ser observadas no desenvolvimento onde se lê: "Perceba que, com apenas
a outra através de módulos que atuam do chicote. uma medição, um determinado sinal pôde
ser utilizado por duas ECU's distintas.
nas duas sub-redes. Esses módulos Destacamos que, após o barra-
Esta é uma das grandes vantagens de
são chamados de Gateways. mento ser montado, caso seja neces- uma Arquitetura Centralizada ...", deve-se
A Figura 5 ilustra a rede CAN de sário qualquer retrabalho no mesmo, é ler: "...esta é uma das grandes vantagens
um sistema automotivo, com duas aconselhável a troca do chicote elétrico de uma Arquitetura Distribuída ..."
sub-redes e dois terminadores. O
Gateway desta aplicação é o Painel

-- --
de Instrumentos.
~ ~

ASPECTOS DE
IMPLEMENTAÇÃO:

-
MONTAGEM DA REDE

Barramento é o termo técnico que Baixa


representa os condutores elétricos Velocidade
das linhas de comunicação e a forma
como eles são montados. Apesar de
parecer simples, o ato de interligar os
módulos requer bastante atenção.
Sobre o cabeamento necessário,
considerando-se uma aplicação CAN Figura 5
de dois fios, deve-se utilizar par
trançado onde a secção transversal
de cada um dos fios deve ser de no
mínimo 0,35 mm2.
As duas terminações (resistores
de aproximadamente 120 ohms),
do ponto de vista teórico, podem
ser instaladas nas extremidades do
chicote, diretamente nos fios de dados
CAN_H e CAN_L. Do ponto de vista
prático, isso é extremamente com-
plexo. O que deve ser feito é adicio- L
nar as terminações nas duas ECUs Onde: S (máximo comprimento da ramificação) = 0,3 m Obs.: O valor da
(Unidades Eletrônicas de Controle) d (mínima distância entre ramificações) = 0,1m distância "d"
conectadas aos extremos da rede. Se L (máximo comprimento da rede a 1 Mbps) = 40m deve ser aleatório.
as ECUs forem montadas dependendo
dos opcionais do veículo, deve-se
procurar instalar as terminações nas Figura 6

24 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


ENERGIA

Você precisa de uma pequena automação? Então conheça estes


componentes antes de optar por outra solução. Alexandre Capelli

A tarefa de realizar pequenas >- Presença de pelo menos uma >- Possibilidade de comunicação:
auto mações (tanto prediais como entrada analógica: O a 10 Vcc. RS232 ou 485.
industriais), atualmente, está bem >- Programação feita através de A figura 1 mostra um exemplo
mais simples do que há poucos anos. blocos de funções. típico de aplicação proposto pela
Tal facilidade deve-se ao desenvolvi-
mento dos relés programáveis. Neste
artigo, vamos mostrar ao leitor uma
breve visão de tecnologias diferen-
tes.
Os relés programáveis, na essên-
~~~~--------~
Relé programável

cia, são pequenos controladores


lógicos, cuja função é substituir um
circuito elétrico composto de vários
componentes (relés convencionais,
contatores, etc.). Desta forma, o
painel fica mais "enxuto", barato, e,
principalmente, mais confiável.
A principal diferença entre os relés
programáveis e os pequenos CLPs Circuito eletromecânico convencional
é seu modo "amigável" de programa-
ção. Através de softwares voltados
ao objeto, podemos implementar
várias funções (temporização, conta-
dor, ANO, aR, comparação, entre
outros).
É fato que alguns CLPs também
apresentam estes recursos, porém,
sua construção otimizada, e um
número de entradas e saídas menor
tornam o custo deste dispositivo mais
atraente.
Podemos encontrar vários fabri-
cantes no mercado, bem como vários
Entradas: Sardas:
modelos, entretanto, a grande maioria S3 - Controlado r de nível CCNL - Melallex Y1 - Válvula de dosagem
apresenta as seguintes característi- S 1 - Si-manual Y3 - Colocação da tampa
cas. 82 - Bi-manual Y2 - Empurrar o frasco para
84 - Sensor de presença de frasco
>- Número de entradas: de 10 a 85 - 8ensor de presença da tampa
o próximo estágio
Y4 - Produto acabado
20 pontos. 86 - Sensor que indica se a porta da
>- Número de saídas: de 10 a 20 máquina está fechada
pontos. Figura 1

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 25


ENERGIA

Metaltex. Trata-se da automação de intervenções na instalação. São 30


um processo de engarrafamento, possibilidades de programações
onde a idéia é garantir o volume semanais, com mudança automática
constante, e contemplar alguns recur- para horário de verão e também
sos de segurança ao operador. impulso fixo (1... 59 s), tendo aplica-
Notem que um grande número de ção comercial e residencial.
componentes foi substituído por um Possui 1 contato reversível com
único relé programável. 16 A 250 V AC, e para garantir que as
Já, quando falamos em pequenas programações não sejam perdidas
auto mações residenciais ou prediais, em caso de queda de energia, possui
soluções ainda mais econômicas bateria interna, cuja duração pode
surgem. Caso a necessidade da chegar até 6 anos.
planta seja mais simples (simular pre- A figura 3 mostra um exemplo
sença, ligar e desligar cargas segundo da sua instalação, e a figura 4 suas
horário e dia pré-programado, etc.), dimensões.
temos outros tipos de relés como o Abaixo segue um pequeno resumo
programador horário digital semanal das principais normas técnicas que
da Finder. "regem" estas tecnologias.
Neste caso temos três diferenças A maioria delas são européias.
básicas em relação aos relés pro- ~ EN 61810-1, EN 61810-5, IEC
gramáveis por software: número de 61810-7 e EN 60255-23 para relés Figura 2
saídas é menor (às vezes apenas tudo ou nada (elementares)
uma), a "programação" é feita no ~ EN 60669-1 e EN 60669-2-2 folga e ascensão capilar de 8 mm
próprio relé sem a participação de para relés de escalonamento eletro- entre a bobina e os contatos
um software específico, menor capa- mecânicos ~ EN 50178 (VOE 0160) para
cidade de funções (porém, com preço ~ EN 60669-1, EN 60669-2-1 e aparelhos industriais, prescrevendo
inferior). EN 60669-2-3 para relés de escalo- folga de 5,5 mm e ascensão capilar
Não podemos levantar uma tabela namento eletrônicos e chaves tipo de 6,4 ...8 mm entre a bobina e os
mostrando vantagens e desvantagens staircase contatos.
em relação a estes componentes, ~ EN 60065 para relés sensíveis Segundo a EN 61810-1, todos os
tendo em vista que a escolha por um à luz. dados técnicos são especificados
ou outro dependerá exclusivamente Outras normas utilizadas corno de acordo com as condições padrão
da relação custo/benefício que se referência para isolamento duplo são de temperatura ambiente de 23QC,
pretende no projeto. as seguintes: pressão de 96 kPa, umidade de 50%,
Por outro lado, listar algumas ~ VEO 0106 como norma básica ar puro e freqüência de 50Hz. A
vantagens destes componentes em ~ EN 60335 (VOE 0700) para tolerância para a resistência da bobina
relação aos dispositivos "puramente" aparelhos domésticos, prescrevendo com absorção nominal e valores de
eletromecânicos não é difícil: potência nominal é de ± 10%.
~ Menor custo final do painel.
~ Maior MTBF (tempo médio entre
L
falhas).

rnA
N

-
~ Menor MTTR (tempo de reparo
1 2
no caso de falha). ,...-- 00
~ Painel "enxuto". 1 2 3 L N
~ Facilidade de manutenção. 00
~ Estética. 3 35,8
NC
~ No caso de residências, menor
número de cabos e fios no eletro-
duto.
A figura 2 mostra um relé progra-
mador horário digital semanal 16A
modelo 12.71 da Finder. O~
Este componente pode ser pro- OLCl'
gramado facilmente através da sua
.&\.
frente programável que é removível. "<..J

A programação pode ser feita na


bancada, e, depois, inserida nova-
mente na base. Esta técnica evita Figura 3 Figura 4

26 SABER ELETRÔNICA NQ364/MAIO/2003


/ -
AUTOMAÇAO INDUSTRIAL

UTILIZANDO
DSP COM SISTEMA
DE CONTROLE DIGITAL
SAIBA COMO CONTROLAR MOTORES ATRAVÉS DESTA FERRAMENTA,
TANTO NO MÉTODO VjF COMO NO ORIENTADO A CAMPO.

Hamilton Kosaka Ignácio


, .

Neste artigo, descreveremos como ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO A grande preocupação ao desen-


fazer a análise e desenvolvimento DE UM SISTEMA DE CONTROLE volver um sistema de controle é a
de um projeto de controle digital de saída se "comportar" .de acordo com
sistemas desde a modelagem até a A idéia o desejado e esperado, ou seja,
concepção de técnicas avançadas de Vamos partir de um conceito bem
controle usando um DSP (processa- simples de entender. Queremos - Manter a saída ou saídas constan-
dor digital de sinais), comparando as medir a altura do nível de água de tes
soluções V/Hz (tensão/freqüência) um tanque (vide figura 1). Assim - Mudar a saída ou saídas do modo
versus FOC (controle orientado a sendo, em nosso sistema temos a desejado.
campo), que podem ser implementa- saída (altura do nível de água "h"),
das para controlar um motor elétrico. o sensor (flutuado r), . um atuador
O potencial de mercado para (válvula ajustável que relaciona com
desenvolver um sistema de controle a velocidade do fluxo de água "v") e,
digital de motores é imenso. Segundo finalmente, o controlador (mecanismo
a "Motion Tech Trends", empresa ame- que converte a posição medida do
ricana de pesquisas e estatísticas, flutuador; o chamado feedback em
existe uma previsão de fabricação abertura de válvula; o controle). O
de 9,5 bilhões de motores elétricos entendimento dessa situação nos
em 2005, sendo 13% deles poten- ajuda a modelar a solução.
cialmente controlados digitalmente,
seja por um DSP ou mesmo um
microcontrolador. Note que esse
mercado de 1,2 bilhão de motores
elétricos controlados digitalmente, Figura 2
corresponde a aproximadamente 2
vezes o mercado total de aparelhos Desenvolvendo um
celulares do ano passado, ou seja, Controle Digital de Motor
um grande segmento de mercado a Figura 1 De posse do conceito acima,
ser explorado por várias empresas, podemos definir o sistema de controle
seja de semicondutores, seja de O que é um sistema de controle? digital de motor, conforme mostrado
desenvolvedores de controladores Um sistema de controle é com- na figura 3. Note os principais ele-
de motor. posto de um processo ou planta e mentos necessários para implementar
Pois bem, vamos começar, divi- um controlador ou controladores, a solução proposta, incluindo as
dindo a definição da solução em juntamente com sensores e atuadores formas de onda em cada etapa do
etapas. (veja a figura 2). modelo para melhor visualizar o

28 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


- --..t
AUTOMAÇAO INDUSTRIAL

- Alta integração de periféricos para


1 01 000 Formas-de-onda PWM
reduzir o "overhead" da CPU, tais
01 1 01 1 como timers, conversores A/D,
11O 1 1O gerador de saídas PWM, etc.
~ ~
- Interfaces de comunicação.

--i-- Note que o componente DSP é


uma boa escolha para desempenhar
a função de controlador em um sis-
Pode não , ~~"2~~~d.?~
~i~i!a~__ • tema de controle digital de motor.
ser necessário O1 O Vários deles possuem arquitetura
01 1 Harvard modificada (parte de memó-
11O ria de dados pode ser alocada para
~ operar como memória de programa),
multiplicador por hardware, pipeline
Figura 3 de vários níveis, vários periféricos
integrados ao silício, facilitando a
processamento em sua plenitude. Ou - Alta taxa de amostragem para implementação desses algoritmos
seja, para falarmos com o mundo real minimizar o fenômeno do "aüasinq', complexos de controle.
que é analógico através do mundo ou seja, evitar a introdução dos
digital (por exemplo, um controlador efeitos de amostragem (ruído) no
digital DSP), colocaremos compo- sistema PROJETANDO UM SISTEMA
nentes que façam essa interface DE CONTROLE
(conversores AlD e D/A, amplificado-
res operacionais) e a atuação sobre Quais são os requerimentos Abaixo, apresentamos as etapas
o motor será realizada através da de um processador digital? de desenvolvimento de um sistema
parte de potência (por exemplo, IGBT Em linhas gerais, necessitamos de controle (observe a figura 4 para
ou MOSFET). Pronto, já temos um das seguintes especificações. detalhes de interdependência).
modelo para controlar um motor
elétrico, bem simples. - Grande poder de processamento Modelagem: descrever o compor-
para desenvolver algori.tmos com- tamento de um sistema ou processo
Quais são os requerimentos de plexos de controle e respostas através de expressões matemáticas
um controlador digital? rápidas (instruções MAC/MACD
Passada a etapa do modelo de executadas em um único ciclo de Análise e projeto: analisar o
controle, precisamos agora definir instrução) sistema e projetar o controlado r
quais são as especificações neces- baseado em certos critérios
sárias de um controlador digital. - Tamanho de palavra longa para faixa
Abaixo, seguem alguns requerimen- dinâmica e resolução necessária Simulação e teste: simular o
tos necessários. sistema proposto e testar segundo as
- Baixa latência de interrupção, lógica condições de contorno
- Alto poder de processamento para rápida e operações de salto para
implementar algo ritmos avançados respostas rápidas a eventos e Implementação: implementar o
de controle exceções projeto.
M N
y(t) = La(m)y(t-m)+ Lb(n)u(t-n)
m=O n=O

- Tempo rápido de resposta para


eventos e exceções para garantir
segurança e adaptação ao processo
e mudanças no ambiente de con-
torno

- Alta precisão para minimizar erros


de quantização e evitar introdução
de ruído no sistema
Figura 4

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 29


~
..-' -
11 AUTOMAÇAO INDUSTRIAL

Alguns exemplos
Conversão de energia
de modelos de controle
••
v Vfl Te
Equações diferenciais Domfnio do torque
Vnom
Leis básicas da física •.•.•;;---- Tmax
Freqüentemente simplificado <,
T= Kia Rs Braking
negligenciado torque
el)=KI)~
dt V mim I.:.
.: ~ W L---'--'---'--_--'-----'_+ Rotor
O w1 Wnom Wnom
ea = Raia + el) frequency

2 Figura 6
J d S +D~=T
dt2 dt
indução (ACIM), aonde discutimos
Equações de transferência - Sensibilidade a variação de parâ- duas possíveis soluções: Tensão/
Transformada de Laplace
metros, robustez. Freqüência (V/Hz) versus Controle
Pólos e zeros
Orientado a Campo (FOC). Quais são
S(t) ~ 0(s), ea(t) ~ Ea(s) - Atenuação a ruído e distúrbios. os prós e contras de cada uma das
soluções. Algumas vezes, esse é um
G(s) = 0(s) _ Km Em termos de soluções de con- dilema que vários projetistas tem que
Ea(s) - s(T mS+1) trole para um determinado motor, resolver para satisfazer o binômio
temos alguns possíveis "approaches", custo/benefício.
Equações de estado indo da clássica idéia onde o foco é Em termos gerais, segundo o
Transformada de Laplace posição dos pólos e zeros, resposta princípio de controle de velocidade,
Pólos e zeros em freqüência (diagrama de Bode) controlando o torque, nós consegui-
x 'Sx'~ e margem de estabilidade (critério de mos controlar a aceleração.
t- 2' dt
Nyquist) cujo controlador PID é um Para compreender melhor o prin-
bom exemplo até idéias mais moder- cípio de controle Tensão/Freqüência
~~ = ~D-KK:/Ra)/J ~~~+[~RaJea nas e avançadas como realimentação (V/Hz), vide figura 6 com dois gráfi-
e observador de estado, controles cos. O primeiro é o perfil da técnica
estocástico e adaptativo, lógica fuzzy V/Hz e o segundo é no domínio do
e redes neurais. torque.
Note que a implementação de Na região de baixa velocidade, Vmin
algumas técnicas de controle ainda é aplicada para compensar a redução
está muito limitada ao poder de de fluxo. Na região de debilitação do
Critérios para projeto processamento do componente esco- campo, fluxo e torque são reduzidos,
Abaixo, citamos os principais lhido, porém o uso de DSP facilita a V=V nom ' Entre ambas as regiões,
critérios para projetar o sistema de implementação de algo ritmos avan- um fluxo constante é aplicado (fluxo
controle digital de motor: çados de controle, dando asas ao nominal).
projetista para voar e desenvolver
- Estabilidade novos produtos com grande valor Quais são as limitações
O sistema deve ser estável. agregado, diferenciando-os no mer- dessa técnica?
cado. O valor "Rs" não pode ser "esque-
- Resposta de transiente Para ilustrar toda essa narrativa, cido" em baixas velocidades, o
Rápido, overshoot limitado, escolhemos um exemplo de controle modelo de fluxo constante é apenas
pequeno erro de estado "steady" de velocidade de um motor AC de uma aproximação, overshoots de
(figura 5). corrente descontrolados devido a
oscilação do torque, entre outras.
Vamos agora analisar o princípio
de controle orientado a campo
(FOC).
Essa técnica baseia-se no uso de
i modelo dinâmico de motor AC de
indução juntamente com a transfor-
mação de coordenada, migrando das
coordenadas do estator a-b-c para o
sistema de referência do fluxo do rotor
Figura 5 chamado referência s-q (atente para

30 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


t
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL "'

, ~ vDC

3-phase
d inverter
~
'mR
]---+-L.L..+.t-.a

c
Figura 7
Clarke t.

figura 7). Nesse sistema, o controle do ACIN


motor AC de indução torna-se muito
similar a uma simples máquina DC
(separate/y-excited De machine), Figura 8
visto que imR é mantida constante.
Temos que iSq controla o torque da Constant Constant Constant Power *Speed
mesma maneira que a corrente de Torque Power Region
armadura faz em motor DC. Region I
A título de ilustração, na figura 8, Maximum I-",?,"R•••
eg:-:io,..n~---; 1 I
Torque (12:
encontra-se um diagrama de blocos w I

do controle orientado a campo para ,,


I
Te = K'I'rd*isq
I
um inversor trifásico, controlando um Nominal
1
motor AC de indução.
Torque 1---1-+";' I
(1-
w
Em termos de torque versus velo-
1
cidade para a técnica FOC, veja _ __ _ (1-
w2
figura 9 com detalhes da expressão -----
~
torque-controle instantâneo.

Normal Nominal Extended Speed


Quais são as vantagens Speed Range Speed Speed Range
dessa técnica?
Torque máximo em toda faixa de Figura 9
rotação até a velocidade nominal, é
baseada em um modelo dinâmico de

s~!!:r~res~e~n!~
motor, controle de torque contínuo, as
correntes do estator são controladas
em amplitude máxima, entre outras.
A conclusão a que chegamos é I
c::maisdemlhesasolução
V/Hz para motores AC de indução, visite o línk abaixo para baixar o
que o controle FOC apresenta a applícatíon note:
melhor solução técnica, pois tem http://focus.ti.com/docs/apps/catalog/resources/
controle de fluxo e torque contínuo ao appnoteabstract.jhtml?appld=120&abstractName=spra284a
passo que o controle V1Hz não possui
controle de torque contínuo, além de Agora, para aqueles leitores interessados em conhecer a solução
apresentar potenciais problemas com FOC para motores AC de indução, visitem o línk, a seguir, abaixo para
o motor (perdas traduzidas em calor, baixar o applícatíon report
saturação do material magnético, rip- http://focus.ti.com/docs/apps/catalog/resources/
pies de torque, desbalanceamento). appnoteabstract.jhtml?appld=120&abstractName=bpra073
Esperamos que este artigo atinja o
objetivo de discutir algumas técnicas Em termos de software, muitas linhas de código e biblioteca de controle
de controle e como implementá-Ias. digital de motor (DMC) podem ser baixadas no línk descrito abaixo:
A nossa idéia é abrir a discussão do http://focus.ti.com/docs/prod/folders/printltms320If2407 a.htmI#SOFTWAR E
uso de DSP para controle digital de

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 31


. I ~
~ AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

--- SafetyBUS p
---
~

~
...-0
:::
ti..,,,,,,,

iI$f:;r'"

::';.j"~,....;~"~
---. -~,

Reginaldo L Otsu

CONCEITO de segurança PSS através de módu- e com elevados requisitos em relação


los I/O descentralizados; aos tempos de resposta.
o SafetyBUS p é um sistema • Ligação direta de sensores de Devido à alta taxa de transferência
de bus seguro e aberto destinado à segurança e atuadores ao; de dados (até 500 kbit/s) ele também
transmissão serial de dados relacio- • Acoplamentos relacionados com pode gerenciar funções relativamente
nados com a segurança, resultado da a segurança nos diversos comandos a aplicações com tempo crítico como,
cooperação entre várias empresas de segurança. por exemplo, a realização de funções
fornecedoras de equipamentos contra associadas a sistemas foto-elétricos
acidentes na indústria, que já está Todos estes três objetivos podem (cortina de luz). O ramo principal pode
há três anos no mercado. A principal ser realizados em uma única rede. ter um comprimento máximo de cabo
característica é a segurança, sendo Por exemplo, os botões de PARADA de 3500 m. Por outro lado, graças à
este o ponto que marca a diferença DE EMERGÊNCIA ou os contatos aplicação de componenetes de rede
entre o SafetyBUS p e os outros siste- das portas de segurança são normal- da família SafetyBUS p é possível
mas de bus utilizados em automação. mente ligados através de módulos i/o fazer a segmentação das redes indivi-
Ao mesmo tempo, a integração das descentralizados, enquanto que os duais, bem como realizar um acopla-
funções de segurança proporciona mais complexos módulos de campos, mento relacionado com a segurança
ao usuário as mesmas vantagens tais como proteções foto-elétricas, entre as mesmas.
oferecidas por parte dos conhecidos scanners ou robôs, podem ser ligados Para isso podem ser usadas cabla-
sistemas de field bus para a produção, diretamente ao SafetyBUS p . Um gens de cobre convencionais ou
por exemplo: maior flexibilidade, ou mais comandos de segurança então fibra óptica (LWL). Através
menor investimento em instalação acoplados ao SafetyBUS p assume dos módulos 1/0 descentralizados
elétrica, e diagnósticos integrados. o processamento dos dados. O seu podem ser monitorados dispositivos
O seu objetivo é atuar como uma protocolo aberto do é a garantia de entrada (por exemplo, PARADAS
rede de comunicação segura para a de compatibilidade com uma ampla DE EMERGÊNCIA, portas de segu-
transmissão de dados na união de gama de módulos de campo de dife- rança ou comandos bimanuais), bem
vários CLPs de segurança, ou com rentes fabricantes. como atuadores externos (por exem-
outros componentes de segurança plo, contatores). (Figura 1)
(emergência, portas, cortinas de luz,
etc.) com aprovação na categoria CARACTERíSTICAS
de risco 4 (EM 954-1) e classe 6 na CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA
norma DIN V 1920. O SafetyBUS p trabalha em PILZ SAFETYBUS P:
No caso do SafetyBUS p, trata-se função das ocorrências, ou seja,
de um sistema multi-master com as mensagens só são enviadas Topologia Multi-master (CLPs de
topologia de bus linear com base no se o estado do I/O centralizado/ segurança), rede linear para até 64
conhecido e comprovado sistema descentralizado, ou dos participantes participantes com até 1.008 Entradas
de bus CA. Relativamente ao Safety- do bus, tiver sido alterado. Devido a / Saídas de segurança, distâncias de
BUS p foram focados três objetivos isto, ele é especialmente adequado até 500 metros, taxa de transmissão
elementares: para a integração de instalações com de até 500 kbits/s e configuração tipo
• Descentralização dos comandos diferentes freqüências de mensagens "plug & play".

32 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

VANTAGENS criação de grupos I/O; • Tempos de resposta curtos


• Ampla gama de aplicações no devido à transmissão em função da
• Menor investimento em cabla- caso de componentes de segurança ocorrência;
gem devido à descentralização; até a Categoria 4 (inclusive), segundo • Redução dos tempos de parada
• Maior disponibilidade graças à a norma EM 954-1 ; graças ao sistema de diagnóstico de
fácil compreensão;
• Compatibilidade com todos os
outros sistemas standard de field
bus.

SEGURANÇA

Um sistema de bus seguro


também deve poder garantir a segu-
rança. Por isso, na qualidade de
sistema de bus seguro e aberto, o
SafetyBUS p dispõe das seguintes
homologações:
• Homologação através de órgãos
certificadores até a Categoria 4 (inclu-
Emergência sive) segundo a norma EN954-1;
• Homologação através do TÜV
(entidade alemã de supervisão tec-
nológica) para AK 6, segundo a norma
DIN V 19250;
• Robustas propriedades físicas
de transmissão, assegurando uma
ausência de interferências devidas a
efeitos eletromagnéticos.

PLC
DISPONIBILIDADE
Cortina Infravermelha
(presença humana) Por meio do SafetyBUS p podem
ser comandados - através de um só
bus de segurança - todos os dados
relacionados com a segurança de
uma completa instalação.

• Setores individuais funcional-


mente interdependentes podem ser
atribuídos a diversos grupos I/O . No
total, podem ser constituídos até 32
grupos I/O;
• Em caso de uma falha, apenas o
respectivo grupo entra em estado de
interrupção, enquanto que os demais
setores da instalação continuam
operando.
Como resultado final, a disponibi-
lidade da instalação fica aumentada.

Pressão RENTABILIDADE

O SafetyBus p torna rentáveis as


Figura 1 aplicações de segurança técnica.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 33


\.-AUTOMAÇÃOINDUSTRIAy

Através do sistema bus todos os • Clara separando entre o sistema durante muitos anos pela Pilz com o
dados de diagnóstico existentes no bus seguro e ajustado à aplicação, e a SafetyBUS p no domínio da automa-
campo podem ser transmitidos para o possibilidade de isolar determinadas ção segura e soluções rentáveis.
comando de segurança, sendo aí pro- prensas da rede.
cessados. Desta forma, consegue-se
obter numa estação de comando uma Produção automobilistica:
visualização completa do estado da Fábricas de blocos de concreto: Comanda processos de produção
rede. Controla equipamentos modernís- preliminares.
simos empregados na fabricação de As suas vantagens:
blocos de concreto. A sua vantagem: • Ganho de produtividade através
COMPATIBILIDADE possibilidade de realizar trabalhos de uma detecção e solução de falhas
de manutenção, mesmo durante o mais rápida;
Pode realizar troca de dados com funcionamento, devido a uma parada • A forte eliminação de instalação
todos os outros sistemas field bus do equipamento limitada ao nível elétrica convencional permite realizar
standard. local. significativas economias na expansão
e utilização das instalações.

O SAFETYBUS P NA PRÁTICA Indústria siderúrgica:


Em instalações siderúrgicas de DADOS TÉCNICOS
Processamento de madeira: ferro e aço, ele controla os circuitos
Controla centros de processa- de parada de emergência e as portas O Safetybus p é um sistema de
mento de madeira com uma extensão de segurança de máquinas de corte. field bus seguro para redes de aplica-
de até 250 m. A sua vantagem: grande As suas vantagens: montagem fácil ções descentralizadas relacionadas
economia na instalação elétrica. e detecção de falhas e avaliação com a segurança:
confiáveis.
• Concebido para EM 954-1, 11/94
Aeroportos: até Cat. 4 e DIN V 19250, 01/89 até
Controla esteiras de transporte Teleféricos e transportes coletivos AK6;
de bagagem e aeroportos. A sua em regiões de neve: • Bus multi-master, com base em
vantagem: as possibilidades de diag- O SafetyBUS p atende as normas CAN;
nóstico conduzem a uma taxa de mais exigentes dos teleféricos e • Máx. 64 participantes;
disponibilidade do equipamento da transportes coletivos em regiões ~e • Máx. 1008 entradas/saídas;
ordem de 99,9%. neve. • Topologia de bus linear;
Suas vantagens: • Composição flexível de grupos,
• Atende todas as necessidades com até 32 grupos;
Institutos de pesquisa: da aplicação, tais como distensão • Transferência de dados coman-
Garante um desligamento seguro espacial, número de passageiros e dada pelas ocorrências;
do anel de armazenamento. A sua integração no sistema de automação • Controle permanente da ligação,
vantagem devido à menor instalação local. comandada temporalmente;
elétrica: é possível controlar mais • Consegue fazer face a requisitos • A taxa de transferência (depen-
dispositivos de segurança. especiais como, por exemplo, percor- dendo do comprimento da instalação
rer as grandes distâncias entre a elétrica) é da ordem de:
estação superior e a estação inferior. - 20 kbits/s com 3500 m de com-
Prensas: primento da instalação elétrica
É utilizado na produção em larga - 50 kbits/s com 1400 m de com-
escala de peças para a indústria Máquinas de empacotamento: primento da instalação elétrica
automobilística. A sua vantagem: É usado em processos de enchi- - 125 kbits/s com 500 m de com-
mais segurança e mais flexibilidade. mento e empacotamento. primento da instalação elétrica
Torna-se fácil implementar ampliações A sua vantagem: as máquinas e - 250 kbits/s com 250 m de com-
e alterações específicas segundo as acessórios provenientes de diferentes primento da instalação elétrica
exigências do cliente. fabricantes podem ser colocados sob - 500 kbits/s com 100 m de com-
Comanda linhas de prensagem um conceito de segurança comum. primento da instalação elétrica.
hidráulicas. • Para ligações ponto-a-ponto
As suas vantagens: podem ser usados também foto-
• Os blocos de software (certifi- Produção de materiais fibrosos: condutores (LWL) como meio de
cados) para aplicações de prensas Comanda máquinas para a pro- transporte bus;
asseguram uma entrada em operação dução de produtos higiênicos. A sua • Utilização de elementos de
rápida e segura. vantagem: a experiência acumulada software já existentes.

34 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


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o Setor de Produtos Semiconduto- microcontroladores, microprocessa- até ele (condicionamento de sinais),


res da Motorola, através de sua divisão dores e OSPs da Motorola. ou para comandar cargas externas
de Produtos Analógicos (APO - Analog de corrente elevada (Power Orivers).
Products Oivision) tem projetado e Aliados a estes circuitos, podemos
desenvolvido circuitos integrados CIRCUITOS DIGITAIS E O também citar circuitos dedicados para
analógicos por mais de 20 anos, sendo AMBIENTE EXTERNO comunicação de rede (interfacesfísicas)
um dos líderes do mercado, tendo e fontes de alimentação.
vendido mais de US$ 1 bilhão em todo É realmente muito difícil imaginar A capacidade de comunicação
o mundo. Mais do que simples amplifi- algum produto eletrônico que utilize um destes circuitos integrados foi também
cadores operacionais e reguladores processado r lógico como um micro- extensamente desenvolvida nos
de tensão, estes produtos transformam processado r, microcontrolador ou SMARTMOSTM Motorola. Esta capa-
funções críticas de sistemas em exce- OSP (MeUs), sem pensarmos na cidade de comunicação permite que a
lentes soluções analógicas digital- sua interação física com o ambiente maioria dos processadores existentes
mente controladas, atendendo às mais externo, e que é, na maioria das vezes, no mercado possam comandar e
diversas necessidades de engenheiros incompatível com o mundo digital (v~ja receber informações dos circuitos
e projetistas. Figura 1). Portanto, são necessários analógicos através de um Bus serial
Estes produtos podem ser encon- circuitos associados ao processador do tipo SPI (Synchronous Peripheral
trados nas mais diversas aplicações, para que ele possa interagir adequa- Interface, ou Interface de Periférico
incluindo equipamentos de comunica- damente com o ambiente externo, seja Serial, do tipo bidirecional síncrona),
ções sem fio (wireless), equipamentos para interpretar sinais que chegam Observe a Figura 2.
para imagem digital (impressoras,
máquinas fotográficas digitais, scan-
ners, etc.), aplicações automotivas
e industriais. São muito robustos e
provêem uma série de recursos para
controle, potência e comunicação.
A tecnologia utilizada no processo
de confecção destes produtos, conhe- Sinais Analógicos
cida como SMARTMOSTM, de pro-
priedade da Motorola, permite que
circuitos lógicos de alta densidade coe-
xistam com ambas funções analógicas
e de potência, provendo significativos
benefícos para o projetista. Estes
benefícios incluem facilidade de uso,
proteções da carga e do próprio cir-
cuito lógico de controle, redução do
..
número de componentes do projeto,
Mãe Natureza
confiabilidade e robustez. Muitos
destes circuitos já foram desenhados
para trabalharem em conjunto com Fi ura 1 - Intera ão de circuitos lá icos com o ambiente externo.

36 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


• Oetecção de curto-circuito para
terra ou fonte de alimentação, com
religamento automático;
• Oetecção de sobretemperatura,
com religamento automático;
• Controle das formas de onda
de .corrente e tensão (waveshaping)
para redução dos níveis de radiação
eletromagnética; .
• Proteção contra descargas ele-
tro-estáticas (ESO) em todos os
pinos;
• Informação de diagnóstico e
status.

Fi ura 2 - Comunica ão de SMARTMOSTM com a MCU. TECNOLOGIA SMAR™OSTM


MOTOROLA
Com este recurso, o sistema for- No controle de cargas externas,
mado pela MCU e os circuitos inte- especialmente aquelas que deman- A tecnologia SMARTMOSTM per-
grados analógicos periféricos torna-se dam correntes elevadas, torna-se mite a integração de um grande
bastante robusto e flexível. A robustez necessário que o circuito dedicado qúantidade de circuitos dedicados
é garantida pela capacidade que para o controle destas cargas seja diferentes (mixed-signa~ como con-
os circuitos analógicos possuem de capaz de resistir às mais diversas versores AIO e D/A, amplificadores
comunicar seu status para a MCU, condições extremas de uso, como operacionais, comparadores, charge
permitindo a implementação de fun- sobre corrente, curto-circuito, eleva- pumps e gate drivers para MOS-
ções de diagnóstico. A flexibilidade, ção de temperatura, etc. FETs, reguladores de tensão, refe-
por sua vez, é garantida pela capaci- Estão presentes nos SMART- rências de tensão e corrente pre-
dade do sistema de comunicar-se MOSTM os seguintes recursos de cisas, lógica digital e memórias
externamente, recebendo comandos proteção (atente para a Figura 3): não-voláteis. Para acionamento de
de controle ou dados de calibração • Oetecção de sobrecorrente ou cargas utilizam-se transistores Power
enviados por outros componentes desligamento da carga, com religa- MOSFET com proteção para chavea-
da rede, dados estes que podem ser mento automático; . mento de cargas indutivas (Inductive
armazenados na memória não volátil • Oetecção de carga aberta (des- Energy Clamp), gerenciamento de
da MCU, e alterar parâmetros de conectada); temperatura independente, proteção
funcionamento do sistema. • Limitação' da corrente de saída; contra curto-circuito, e diagnóstico
da carga (Figura 4).
r--·-----------·.·---·-·---------·-------------------------------.----------.---.---------.---------]

1,: !Vbat FAMíLIA DE PRODUTOS


Desligamento e Detecção de carga aberta SMARTMOSTM MOTOROLA
i detecção de sobre
'

e curto-circuito a Vbat
I ou subtensão Para conhecermos melhor os pro-
dutos SMARTMOSTM oferecidos
Pino de saída!
FalhalStatusD---f pela Motorola, vamos agrupá-Ios nos
seguites grupos: Drivers de Potência,
Gerenciamento de Fonte de Alimen-
tação, Interfaces Físicas de Comu-
Barramento
nicação, Função de Segurança e
serial (SPI)
Sensores, e Funções Especiais (veja
Status/contr·1
Figura 5).

DRIVERS DE POTÊNCIA

Neste grupo de SMARTMOSTM


estão os produtos destinados a comu-
tação de cargas, podendo ser do
Figura 3 - Prote ões internas dos SMARTMOSTM. tipo High-Side Switches, Low-Side

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 37


COMPONENTES

exemplo o MC33886, com capacidade


PowerMOSFETs para controle de cargas de até 5,2A,
Analog MOSto > 100V

--
to> 100V tipicamente motores DC. A carga
Inductive Energy pode ser ainda modulada através de

-
Clamps PWM (Pulse Width Modulation) de até
10kHz. Veja um diagrama típico de
Independent
aplicação deste driver na Figura 8.
ThermalManagement
É possível também controlar dire-
tamente transistores Power MOSFET
externos, utilizando-se para isto um
Pre-Oriver, mas sem com isso deixar
de garantir a carga total controle e
proteções adequadas. Isto torna-se
Nonvolatile necessário quando se deseja con-
Memory trolar transistores Power MOSFET de
Canal-N, na configuração High-Side.
Figura 4 - Inte ra ão de circuitos na tecnologia SMARTMOSTM Como exemplo de Pre-Oriver temos
o MC33285, capaz de controlar
simultaneamente dois transistores,
Low-Side/Higth-Side Switches num encapsulamento SOICN de
Orivers de potência H-Bridges/Pre-Drivers 8 pinos. Observe um diagrama de
aplicação na Figura 9.
Gerenciamento Reguladores de tensão Existem ainda os drivers que com-
fonte de alimentação chaveados/lineares
binam saídas High-Side com saídas
Low-Side. Como exemplo deste tipo de
CAN, UN, IS09141, J1850 driver temos o MC33888, que possui
2 saídas High-Side, RDS(ON) = 10 mQ,
Sistemas convencionais/distribuídos
outras 2 saídas High-Side, RDS(ON) =
Funções de segurança
esensores Sensores de presença de ocupante 40 mQ, e 8 saídas Low-Side, RDS(ON)
= 500 mQ, tudo integrado num encap-
Instrumentação/monitores de contatos sulamento M0188. Veja na Figura 10
Funções especiais
Regulador de voltagem de alternador um exemplo de aplicação típica.

Figura 5 - Famílias de rodutos SMARTMOSTM


GERENCIAMENTO DE FONTE DE
Switches, H-Bridges e Orivers confi- 4 canais low-side, RDS(ON) = 250 mQ, ALIMENTAÇÃO
guráveis, e Pre-Orivers. Eles são que pode comutar até 3,OA em cada
encontrados nas mais diversas con- canal, num encapsulamento tipo Os gerenciadores de fonte de
figurações de número de canais de HSOP de 20 pinos. Na Figura 7, um alimentação ou SBCs (System Basis
saída, máxima corrente de saída, e exemplo de aplicação deste driver. Chip) , são dispositivos que combi-
encapsulamento. Consulte o Analog As "pontes H", ou H-Bridges, nam num único circuito integrado
Selector Guide - SG 1002/0, no site também fazem parte desta família as funções básicas encontradas
da Divisão de Produtos Analógicos de drivers de potência, composto em dispositivos microprocessados:
da Motorola, para conhecer todas as pelo conjunto de high-side drivers ~ fonte de alimentação, watchdog e
versões disponíveis (veja as referên- low-side drivers. Podemos citar como reset, gerenciamento de energia,
cias no final do artigo).
Como exemplo de um High-Side 5,OV
Switch, temos o MC33289, um driver
para cargas indutivas de 2 canais 33289
high-side, RDS(ON) = 30 mQ, corrente VSAT
máxima de saída de 5,OA por canal, OUT1~---------.
1+--t--~--lST1
num encapsulamento tipo SOICW de 1+----<
•........
----lST2
OUT2~-------..
20 pinos (veja exemplos de packages J--------+lIN1
MCU
de SMARTMOSTM no final do artigo). 1------+lIN2 GND
Na Figura 6, um exemplo típico de J--------+lOLDE
aplicação deste driver.
Como exemplo de Low-Side
Switch, o MC33385 é um driver de Figura 6 - MC33289

38 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


COMPONENTES

recurso de proteção o SBC faz o


monitoramento e detecção de falha
de VBAT (sub-tensão e sobre-tensão),
watchdog de janela programável por
software, geração de interrupção e
33385 reset em caso de falhas. Toda esta
Vcc funcionalidade num encapsulamento
OUT1
OUT2 SOICW de 20 pinos. Mostramos na
OUT3 Figura 11 o diaqrama simplificado de
NCS OUT4
CLK uma aplicação típica.
SOl GN01-4
SOO
MCU NRE
NON1 INTERFACES FíSICAS DE
NON2 COMUNICAÇÃO
NON3
NON4
As interfaces físicas de comu-
Figura 7 - MC33385 nicação permitem que o sistema

VpWR Vcc 33285


5,OV
33886 vcc ORN

..c-I :t: Cp OUT2

OUT1 Input Control .IN


FS OUT1
MCU IN1 GNO
SRC
or IN2
01

I
DSP OUT2
02
GNO

Fi ura 8 - MC33886 Fi ura 9 - MC33285

diagnóstico e interface de comuni-


cação multiplexada (CAN ou LlN).
São controlados pela MCU através
de linha serial tipo SPI, sendo uma
solução econômica para o gerencia- 33888
,--1-----.-----1 Vdd VPWRI--..__---.---,

I
mento da alimentação do circuito,
LS4
comunicação multiplexada e controle MCU
de um circuito microprocessado. 1+--...•...
------iFLT8
LS5
LS6
Como exemplo temos o MC33989, ~-----~~ LS7
um SBC que possui um regulador ~-----___.IRST8 LS8
de tensão fixo de 5V/200mA, uma CS LS9
saída ajustável para regulação série CSB
SCK ~ SCLK LS10

}~1I
SI LS11
de transistor externo, e interface CAN :~~ SPI
High-speed (1,0 MBit/s) compatível
com o protocolo CAN 2.0 A/B. Além
uo{ } .... ~ IHS1
~O
IHS2
Z~~
HS2
HS3
destes recursos básicos, ele possui
diversos modos de operação (normal, IHS3
Wdin
standby, stop, e sleep), múltiplos
WAKE
modos de wake-up (CAN, 4 entradas A/D I+----.------i CSNS2-3
de wake-up externas, timer interno, e 1.--...--+---1 CSNSO-1
através do microcontrolador), e baixo 1.-----' FSI
GNO
consumo de corrente em modo stop
(60 IJA). Possui também uma saída
de 150 mA chaveada para VBAT para
controle de circuitos externos, e como Fi ura 10 - MC33888

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 39


COMPONENTES

VpWR

33989
5,OV Vdd1 VS v2

MCU GND
V2CTRL 33399
RESET
/NT
V2
HS 1
LO
Local Module Supply
Wake
J.:.
CS CS L1
} Wak,.Up lnputs
SCLK SCLK L2
MOS/ MOS/ L3 MCU
M/SO ~ M/SO WD Safe Circuits

CANH
Fi ura 12 - MC33399
CAN Bus
Tx
Rx CANL
MC33790: interface física de dois
canais, responsável por conectar o
Fi ura 11 - MC33989 módulo Master ao módulos remotos
do barramento (S/aves). Provê ali-
microprocessado possa, de maneira FUNÇÕES DE SEGURANÇA E mentação aos sensores e atuadores
segura e confiável, se comunicar SENSORES DE PRESENÇA remotos e suporta comunicação bi-
com outros componentes de uma direcional entre Master e S/aves
rede, através de suas linhas seriais. OSI - Oistributed Systems Interface através de uma única linha serial.
As interface físicas SMARTMOSTM Destinado originalmente aos sis- MC33793: interface e controlador
atendem aos requisitos dos seguintes temas de segurança veiculares (air- remoto, responsável pela aciona-
tipos de redes: CAN, J1850, LlN e bags, acelerômetros, pré-tensiona- mento de atuadores e leitura de sen-
IS09141. Estas interfaces podem dores, etc.), o barramento DS/ - sores remotos, como acelerômetros.
ser encontradas associadas a outros Distributed Systems /nterface interliga São alimentados pelo barramento,
circuitos como no caso dos SBCs sensores e atuadores através de e possuem regulador interno que
(veja descrição do MC33989 nos linhas seriais bidirecionais, permi- permite alimentar o senso r a ele
parágrafos anteriores) ou isoladas tindo alimentar, monitorare controlar associado. Provê também comuni-
(stand-a/ones), como no caso do módulos remotos, utilizando para isto caçào bidirecional entre o módulo
MC33399 (Stand A/one LlN Physica/ apenas um único chip que substitui a Master e o sensor remoto através do
Layer /nterface). MCU, a fonte de alimentação, o sot- barramento DSI.
Como exemplo de interface de tware da MCU, e outros componentes Na Figura 13 ilustramos diagrama
comunicação, temos o MC33399, do módulo remoto. simplificado de um sistema utilizando
uma interface física para sub-redes Para o barramento DSI a Motorola o MC33790 e MC33793 num barra-
LlN (Loca/ /nterconnect Network). disponibiliza dois circuitos integrados: mento DSI.
Apesar de não possuir toda a fuciona-
lidade de um SBC, como por exemplo
o MC33689 (SBC LlN), este disposi- 5,OV 25V
33790
tivo apresenta recursos adicionais
que complementam a sua função Vdd VSUP
de interfaceamento, como modos
de redução de consumo, entrada de
wake-up, e possibilidade de controle .....---"'""'I---JDSIOF 33793
da fonte reguladora externa (pode-se DSIOS OSIOO BuslN BusOUT
MC68HC55 DSIOR GNO
desligar o microcontrolador associado Meu Protocol
OSI1F
a esta interface, para redução do Converter
DSI1S
consumo de corrente do sistema). DSI1R 33793 Others
Velocidade máxima de comunicação DSI10'--' BuslN BusOUT OS/s
Bus/N
de 20kbits/s, e alta imunidade a CP_Cap GND
interferência eletromagnética (EMC). GNO GND
O encapsulamento é do tipo SOICN
de 20 pinos. Veja na Figura 12 um
diagrama simplificado de aplicação. Fi ura 13 - MC33790 e MC33793.

40 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


COMPONENTES

E-Field Sensor para gerenciar o movimento dos Reguladores de tensão para


Em aplicações onde se torna motores de passo, sem sobrecarregar alternadores
necessário determinar a presença de o microcontrólador a ele associado. O MC33099 foi especificamente
objetos, sem que para isto se faça A comunicação 8PI é utilizada para projetado para regulação dos siste-
o contato direto com os mesmos, comandar os motores para determi- mas geradores que utilizam alterna-
a Motorola desenvolveu o E-Fíeld nada posição e o GOIC gerencia dores e diodos retificadores, comu-
Sensor, MC33794. Este SMART- totalmente a aceleração, movimento, mente encontrados em automóveis.
MOSTM contém todos os circuitos e a desacelereção para que este O MC33099 provê controle digital ou
necessários para gerar um campo chegue a posição requerida. Uma analógico do duty-cycle da corrente
elétrico de baixo nível e medir a atualização da posição pode ser feita de campo do alternador, em uma
flutuação deste nível causada pela a qualquer momento, pois a lógica determinada freqüência fixa. Isto provê
movimentação de objetos dentro deste interna se encarrega de comandar o ao sistema elétrico uma resposta
campo. Como exemplo de aplicação, motor para a nova posição solicitada. a variação de carga (LRC - Load Res-
este circuito integrado pode ser utili- Ambos motores podem ser coman- ponse Controh para eliminar ''trancos''
zado para complementar as funções dados independentemente. O GOIC e vibrações quando ocore um aciona-
de segurança de um veículo, podendo é encapsulado num package de 24 mento abrupto de cargas elétricas
caracterizar a presença de um ocu- pinos do tipo 801CW. Na Figura 15 aplicadas ao sistema bateria/alternador.
pante no assento de passageiro, e temos um diagrama simplificado de Observe na Figura 16 um diagrama
determinar (ou não) o disparo da bolsa seu uso. simplificado de uma aplicação típica.
de air-bag e pré-tensionadores numa
eventual colisão.
O MC33794 é dedicado para
detecção de objetos presentes num
campo elétrico associado com eletro-
dos. Uma onda senoidal de baixa
freqüência (125 kHz), gerada por 33794
este circuito integrado, é usada para VPWR /SO-9141 ISO-9141 Bus
S/GNAL Monitor (Opt)
energizar 9 eletrodos. Esta onda
MCU Vdd
senoidal, de amplitude 5,0 V pico-a- LAMP_OUT
pico, tem conteúdo harmônico muito
baixo, minimizando a geração de
interferências externas. O MC33794
Ana/o{L/N
Ana/OfLIN
LAMP_SENSE
Vdd
LP_CAP
LEVEL
REF_A
REF_B
=
é encapsulado num package H80P
de 44 pinos. Possui interface de diag-
nóstico 1809141 integrada, watchdog
Ana/OfL/N
Analo{LIN
Ans/OfLIN
/SO_Tx
Vdd_MON
PWR_MO
LAMP_MON
ISO_/N
E,1 = } Field Eletrodes
(E1 through E9)
e Power-On Reset. Veja na Figura 14 ISO_Rx /SO_OUT
E9
um diagrama simpificado de aplicação Wstchdog SHIELO
WO_/N
R_OSC
do MC33794. Reset Reset
4 LAMP_GNO
E/etrode Se/ect A,B,C,O
Shle/d Oissble TEST
O/S_ SHIELO
GPx AGNO
LAMP_CTRL
FUNÇÕES ESPECIAIS GNO

Além dos produtos analógicos Figura 14 - MC33794.


apresentados anteriormente, existem
outros que possuem aplicações bem VpWR 33991
específicas. Este produtos são des- VpWR SIN1 +
critos brevemente a seguir: S/N1-
Vdd Motor 1
GOIC- Gauge Oriver for Instrument COS1+
COS1-
Clusters
O GOIC é dedicado para a função RT SIN2+
de controle de motores de passo RS S/N2-
de um painel de intrumentos de um ~ Motor 2
MCU
veículo. Controla simultaneamente SCLS COS2+
SI COS2-
dois motores de passo através de
SO GNO
mícro-steps. Este dispositivo simplifica
o controle de motores de passo pois
incorpora toda a lógica necessária Fi ura 15 - MC33991.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAI0/2003 41


COMPONENTES

s/eep, que reduz o consumo quies-


cente do circuito. No modo normal
de operaçào, o MC33993 permite a
33099 programação do modo de operação das
PHASE~----+---------~ entradas, da corrente para "limpeza" de
FIELD
terminais (wetting current), do tempo
GATE "'-_--,WINDING
SOURCE~----------~~ de interrupção (debounce) e aciona-
PHASE FILTER mento do multiplexador analógico
(AMUX).Atente para a Figura 17.

LAMPDRAIN PACKAGES
BAT~-----------+------------------------~
REMOTEr-------------------------------------. Um package robusto é um compo-

-
LRC1 nente chave da linha de Produtos Ana-
LRC21--rlO'()"-6--
AGND CHASSIS
GNDr-*-----------------------------------.
- lógicos da Motorola. A alta integração
de funções analógicas e digitais vari-
das que a tecnologia SMARTMOSTM
propicia ao circuitos integrados, não
Fi ura 16 - MC33099. atingiria seus propósitos com robustez
e confiabilidade sem que estes estives-
Monitores de Contato do sinal. Um multiplexador analógico sem encapsulados adequadamente,
O MC33993 monitora indepen- de 22 entradas para 1 saída também em packages de última geração.
dentemente o status de 22 interrup- está disponível, permitindo ler as Muitos dos circuitos integrados podem
tores, sem intervenção da MCU. São entradas com entradas analógicas. ser acomodados em encapsulamentos
8 entradas com sensibilidade progra- O circuito faz interface com a MCU pequenos, como SOICN de 8 pinos
mável para verificar o chaveamento através de interface serial do tipo (MC33399D), mas certos dispositivos,
para terra ou VBAT, e 14 entradas SPI. Ocorrendo alguma mudança no que demandam uma dissipação de
sensíveis apenas a chaveamento para estados dos interruptores, a MCU é potência elevada, requerem encapsu-
terra. Os interruptores são conectados imediatamente alertada através de lamentos específicos, que permitam
diretamente ao circuito integrado, sem usa saída de interrupção. transferir a energia térmica para o
a necessidade de condicionamento Possui também modo de operação ambiente sem acarretar prejuízo ao
funcionamento do mesmo. Como
exemplo deste caso, o MC33392, que
deve ser capaz de drenar um carga
superiores a 50 A.
33993 A seguir, exemplificaremos alguns

-
Power tipos de packages disponíveis. Maio-
VpWR Supp/y
SPO res informações sobre os packages
SP1
:c podem ser encontrados nos data

}i
SP2 WAKE EN
SP3 MCU sheets dos diversos SMARTMOSTM,
WDOG
SP4
SP5
SP6
Vdd
:t: RESET
Vdd
ou então no documento BR1568/D
(veja referência no final do artigo).

8 VpWR orGND
SP7
SGO CS
:c CS
sOle - Small Outline Surface
Mount Packages: há disponível
Sensing Inputs SG1 SCLK CLK
SG2 SI MOSI uma grande variedade de packages
SG3 50 MISO do tipo SOIC, nas versões Narrow
SG4 (largura de 3,90mm) e Wide (largura
SG5 INT /NT de 7,50mm).
SG6 AMUX AND
SG7 GND Dissipação de potência: até 1.5 W
GND
SGB
SG9 8 SOICN 16 SOICW 32 SOICW 54 SOICW
SG10 Fme Pllch Fine Pltch

14GND SG11
SG12
Sensing Inputs
SG13
Figura 17 - MC33993.

42 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


Standard Products ,Automotive w ,

,
ANALOGICOS DA MOTOROLA.
, ,
FACEIS DE INTEGRAR. FACEIS DE INOVAR.
Há uma solução melhor em analógicos: uma
OESIGNEO FOR MOTOROLA PROCESSORS
opção que permite integração e inovação ao
seu design de maneira muito mais fácil.
Os produtos analógicos da Motorola são
circuitos integrados de potência e disposi-
tivos de fontes de alimentação projetados
para trabalharem em conjunto com os
microprocessadores, microcontroladores e
OSPs da Motorola. Qualquer que seja sua
aplicação - impressoras, sistemas automo-
tivos ou soluções sem fio - os produtos
analógicos da Motorola permitem que você
diminua o ciclo de desenvolvimento e reduza
custos através da criação de sistemas alta-
mente integrados e muito eficientes. Estes
produtos combinam potência e inteligência em um único encapsulamento, ao utilizar tecnologia avançada
de multi-chip e integração on-chip. E agora, eles estão disponíveis no mercado através dos nossos
distribuidores autorizados. Para mais informações, visite nosso site: www.motorola.com/analog

Distribuidores Autorizados: www.mot-sps.com/support/sales


Design Houses no Brasil: www.mot-sps.com/support/design

"AI
'.'
MOTOROLA
intelligence everywhere"
digital dne
HSOP - Heatsink Small Outline 32 QFN 44 QFN MOSTM, propiciam aos sistemas basea-
Surface Maunt Packages: este 7mm x 7mm 9mm x 9mm dos em MCUs todo este suporte adi-
package apresenta características cional, permitindo uma grande integra-
de dissipação térmica melhoradas,
quando comparada aos tradicionais
packages do tipo SOIC. Possui super-
00
bottom vlew botlom view
ção de funções lógicas e analógicas,
reduzindo o número de componentes
necessários no circuito. Além disto,
fície inferior metalizada para melhorar os ganhos em termos de robustez e
a dissipação de calor confiabilidades são enormes.
_. •. para a placa de circuito Esta linha de produtos da Motorola
impressa em que está KITS DE AVALIAÇÃO já possui uma grande variedade
soldado. Disponível nas de itens, mas continuamente são
versões de 20, 30 e A Motorola recentemente passou acrescentados novos produtos, aten-
44 pinos (15,90mm x a desenvolver alguns kitsde avaliação dendo às mais novas necessiades
11,00mm). para que o projetista possa conhecer do mercado. Consulte o site de Pro-
Dissipação de na prática os recursos e robustez dos dutos Analógicos da Motorola para
potência: 2,OW a 4,OW SMARTMOSTM. Ainda numa fase ini- informações mais atualizadas e novos
cial, os kits disponíveis atualmente são lançamentos. Veja também as refe-
QFP - Quad Flat Surface Maunt limitados em quantidade, e disponíveis rências listadas a seguir.
Packages: em várias versões e dife- apenas para a avaliação de alguns
rentes quantidades de pinos. SMARTMOSTM. A tabela, a seguir, REFERÊNCIAS
TQFP - Thin Quad Flat Package lista os kits disponíveis atualmente. Motorola Semiconductor Products
LQFP - Low-profile Quad Flat Na figura de abertura uma foto Sector. www.mototorola.com/sps
Package do KIT33794DHEVM, que permite Motorola Analog Products Divi-
TQFP-EP - Thin Quad Flat avaliar o desempenho do E-Field sion: www.motorola.com/analog
Package with Exposed Pad* Sensor, MC33794. Motorola Microcontrollers: www.
LQFP-EP - Low-profile Quad Flat motorola.com/mcu
Package with Exposed Pad* CONCLUSÃO Analog Selector Guide: http://
* Exposed Pad - face inferior do e-www.motorola.com/brdata/ PDFDB/
chip metalizada, expondo um dos ter- Toda MCU requer suporte de cir- docs/SG1002.pdf
minais, para aumento da performance cuitos analógicos para desempenhar Analog IG's Product Portfolio:
de dissipação térmica. suas funções num módulo ou sistema http://e-www.motorola.com/brdata/
Dissipação de potência: 2,OW a eletrônico. Este suporte inclui tente PDFDB/docs/APDPAK.html
5,OW de alimentação, supervisão de ener- Analog IGs Integrated Solutions
gia, condicionamento de sinais de Technology:http://e-www.motorola.
128 TQFP·EP com/brdata/PDFDB/docsBR 1567.pdf
entrada, comunicação" saídas de
44 LQFP 80 TQFP 14mm 1. 14mOl
10mmx 10mm 12mmx 12mm Exposed Pad
potência, proteções, etc. Analog IGs Integrated Solutions
Os produtos analógicosda Motorola, Packaging: http://e-www.motorola.


com a exclusiva tecnologia SMART- com/brdata/PDFDB/docs/BR1568.pdf

PARTNUMBER
DESCRiÇÃO SMARTMOSTAf

8
MOTOROLA DO KJT
Smart Eight Output SWitCli
KIT33291 DWEVB with SPllnterfaee MC33291DW

KIT33298DWEVB
QFN - Quad Flat Na-Lead Sur-
33
face Maunt Packages: este package
KIT33794DHEVM
é único, desenvolvido pela Motorola,
caracterizado pela ausência de termi-
KIT33880DWBEVEI MC33880DWB
nais, pois os contatos estão "embuti-
dos" no corpo do circuito integrado. KIT33883DWEVB H-Bridge Pre-Driver MC33883DW
Apresentam também Exposed Pad, KIT 6 H-BriQge Integrated Circuit MC33886DH
garantindo eficiência na dissipação H-Bridge 225mOhm 150C &
térmica. Disponível nas versões de KIT33887FCEVB Current Sanse MC33887DH

32 QFN (7mm x 7mm) e 44 pinos Dual Gauge Driver IC MC33991DW


KIT33991 DWEVM
(9mm x 9mm). Multiple Switeh Deteetion lnterface
KIT33993DWBEVB MC33993DWB
Dissipação de potência: 2,OW a
5,OW Tabela 1

44 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


OTIMIZE SUA REDE
APRENDENDO MAIS SOBRE "I/Os".
Naur Arjonas

Como configurar um roteador? de dados deve seguir, isto é, a função são e recepção, o que pode causar
Esta é uma das preocupações mais do Roteador é de fazer o encaminha- embaraço na rede (fig. 02).
freqüentes entre os técnicos de tele- mento de pacotes entre duas redes
comunicações, que ainda não pos- através de uma série de Regras, tais
suem experiência com este tipo de como: lias
equipamento? Neste artigo pretendo • Rotas Estáticas, inseridas pelo l/Os ou Internetwork Operating
apresentá-I os a um dos fabricantes de operador no roteador; System é o que podemos chamar de
roteadores mais difundido, a Cisco® • Rotas Dinâmicas, aprendidas "sistema operacional" que vem insta-
cujo conhecimento sobre seus produ- através de protocolos do roteamento lado nos equipamentos da empresa
tos é essencial a todos que pretendem usado entre roteadores, o roteador Cisco® (aqui estudaremos exclusi-
trabalhar neste ramo. Os Roteadores consegue ratear pacotes de dados vamente os comandos de trabalho
da Cisco®, com seus vários modelos, recebidos por um determinado cami- básico nos roteadores).
desde as séries 800 a 7000, têm uma nho. Uma particularidade é que o Ias
particularidade em comum que facilita Os Roteadores oferecem proteção é de propriedade da Cisco®, ou seja,
em muito o aprendizado, que é o relativa a erros associados aos níveis nenhum outro fabricante utiliza este
Ias - um sistema operacional único, superiores do protocolo, corno àque- sistema.
ou seja, o comando que você irá les relacionados a falhas elétricas e
utilizar para configurar o modelo mais relativas aos dados. Os Roteadores CONFIGURAÇÕES FíSICAS
simples é o mesmo para o modelo também são úteis para controlar
superior. a velocidade de transmissão dos Os roteadores, tanto da Cisco®
E é justamente sobre o Sistema pacotes, porque as redes possuem como de outras marcas, são divididos
Operacional que atua nestes equipa- diferentes capacidades de transmis- por suas capacidades de preces-
mentos que iremos estudar neste
artigo, e para facilitar a compreen-
são iremos configurar um roteador
passo-a-passo enquanto explico suas
funcionalidades.

ROTEADOR

Roteador ou Router (Fig. 01) é


o equipamento responsável pela
interligação entre Redes LANs, direta-
mente ou através de algum outro meio
(normalmente serviços fornecidos
pelas operadoras de telecomunica-
ções, como os serviços Frame Relay
ou mesmo a Internet). Os Roteadores
possuem como principal função a
decisão sobre qual caminho o tráfego Figura 1 • Roteadores.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 45


product/access/acs_mod/cis2600/
MATRIZ FILIAL hw_inst/cabling/2600bkl.htm
Rede Rede
local local
mIII RJ45
Pino 2 a Posição 3
Pino 3 a Posição 6
Pino 4 a Posição 7
Pino 5 a Posição 5
15 Tabela 1

1
o:: O HYPER TERMINAL

o software que utilizaremos para


acessar o roteador através do micro
é o Hyper Terminal, sendo que por
Figura 2 padrão ele já vem instalado no Win-
dows®. Podemos acessá-Io através
samento, memória e quantidade • Interface de serviço ou console do menu "iniciar" do Windows®, sendo
de interfaces. Sendo que, neste - Porta padrão RJ-45 utilizada junto o seu caminho -+ Programas -+As-
momento, para nós o importante são com um cabo para PC (DB9), para sessórios -+ comunicações -+ Hyper-
as suas configurações e tipos de uma configuração e gerenciamento terminal. Caso ocorra de não estar
interface (veja a figura 3): de conexões de consoles direta. instalado, basta ir ao painel de confi-
• Interface Serial - Esta interface gurações e instalá-Io através do item
é de alta velocidade, pode ser confi- • Interface Auxiliar - Interface "Adicionar ou remover componentes
gurada como síncrona, utilizando serial para conexão a um modem do Windows", sendo que ele é um
um cabo V.35 desta forma podendo externo utilizado para configuração sub-item da tela Comunicações.
ser configurada até em velocidades remota (conexão PPP) ou para adi- Depois de ativado, a primeira tela
superiores a um E1 (dependendo do cionar recursos opcionais como o que aparece solicita que você dê um
modelo do roteador); ou assíncrona roteamento LocalTalk. nome a sua conexão, no exemplo
com cabo DB25 para modem ana- digitamos o nome "cisco", este nome
lógico ou conexões ISDN TA até será utilizado para salvar as configu-
230 Kbps (dependendo também do CONECTANOO O ROTEAOOR AO rações de sua conexão para que não
modelo de roteador). Uma curiosidade SEU MICROCOMPUTAOOR necessite configurar o HyperTerminal
quanto aos roteadores Cisco é que toda vez que for usá-Io (figura 05).
ao invés de usar o conector RS232 É necessário conectarmos a porta Após clicar em OK aparecerá
normalmente utilizado nas conexões de serviço do roteador à porta serial a tela responsável pela conexão,
seriais, ela utiliza um conector pro- do microcomputador em que esti- e como o Hyper Terminal é um sof-
prietário. vermos trabalhando (Figura 04), tware de acesso remoto há diversas,
• Interface Ethernet - Conector para isso utilizamos um cabo RJ- opções, como País, código de área,
padrão 1OBaseT de 4 pares padrão 45/089 que já vem de fábrica com telefone e interfaces, sendo que
RJ45, utilizado para conectar-se a o equipamento, e caso você não o podemos usar até um modem para
um HUB ou switch, interligando todos tenha, na tabela 01 encontra-se a conexão, mas no nosso caso como
os computadores na sua rede local pinagem do cabo. é um acesso local iremos somente
(LAN) com o roteador. www.cisco.com/univercd/cc/td/doc/ alterar a opção "Conectar-se usando:"
para COM1 ou outra COM que vo-
cê estiver utilizando para se conec-
tar ao router. E "OK" novamente
(Figura 06).
Agora devemos definir as proprie-
dades da porta, sendo que o padrão
de comunicação dos Roteadores
da Cisco e também da maioria dos
fabricantes de equipamentos para
Telecomunicações é chamado 9600
8N1, ou seja, 9600 bits por segundo,
dividido por 8 bits de dados,
Fig. 3 - Intefaces sem pararidade e com 1 bit de

46 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


ria principal e seus comandos são
executados, desta forma entrando em
operação as atividades de roteamento
e endereçamento entre outros, e se
ocorrer algo de errado nesta etapa,
@ como uma configuração inválida ou
nenhuma configuração, será ativado
l o modo de inicialização denominado
Q Q Q • RJ-45-to-DB-9 or r setup dialog;
\ RJ-45-to-DB-25 adap~ ~ 6. Se já houver configurações, irá
diretamente para o modo usuário.
Console port ~
(RJ-45) .e. Terminado este processo, caso
o router verifique que não havia
nenhuma configuração inicial, será
Figura 4 apresentada a mensagem abaixo
(setup díalog):
LIGANDO O ROTEADOR
--- System Configuration Dialog ---
Ao ligar o roteador ocorrerá uma
verificação completa de seus sis- Would Vou like to enter the initial
temas, um check-in, seguida da configuration dialog? [yes/no]:
inicialização conforme explicada na
seqüência abaixo: Se, no entanto, já houver algo
configurado, ficará apresentando o
1. Através dos programas residen- seguinte prompt (modo usuário):
tes na memória ROM são executados
autotestes de diagnose na CPU, Router>
memória e circuitos de interface;
Figura 5
2. O bootstrap carrega o sistema
operacional da ROM para a memória
principal;
3. Através de um campo no regis-
tro de configuração é especificado o
D~ os det ••••• do teIoIone que doseio disco<: sistema operacional e a sua localiza- a•• de_la !8
faf"'egiIo:
ção para ser cárregado, normalmente p_INenhum EI
ela se encontra na memória Flash;
Códigolfe AreI< 1011
4. O Sistema operacional é carre-
IeIefone: gado na chamada memória baixa, Corbole de Ib<o:
uma vez carregado e operacional, ele
determina e informa os componentes
de hardware e softwares utilizados;
Figura 6
5. O arquivo de configuração salva
na NVRAM é carregado para a memó- Figura 7
parada, conforme mostrado abaixo
(Figura 07).
Após dar OK deverá aparecer a - 10 ;.8]
tela da figura 08, se aparecer uma arquivo .Ed~ar E.!!ibir .chamar Iramferir Ai!Jda
mensagem informando "porta COM
~~~~~-=======~----~=I
1 inacessível", você deverá verificar
se não tem instalado algum outro
software que esteja utilizando a
porta serial, por exemplo: um antigo
mouse serial, o Palm Desktop ou
outro software de comunicação. Assim
é necessário desabilitar este software
100:00:14 conectado !Detectar auto..
para que o Hyper Terminal funcione
normalmente. Figura 8

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 47


Analisando a seqüência de iniciali- que ao iniciarmos a digitação de dialer Dialer parameters
zação, aprendemos que as memórias um comando, necessitamos apenas and statistics
utilizadas são: teciar TAB para preenche-Ia comple-
• NVRAM - memória onde é arma- tamente. Assim, serão apresentados todos
zenada toda a configuração do rotea- os complementos que você pode
dor, sendo que é uma memória não Router> sh ( tecle TAB) utilizar junto com o comando digitado
volátil, pois quando desligamos o Houtec- show (como no exemplo).
router seu conteúdo é mantido.
• ORAM ou memória principal - Repare que o cursor permanece
que pode ser de 4, 8, 16 ou 32 MB esperando o complemento do CTRL P
dependendo do router e do l/Os, comando logo após a palavra com- Se for necessário utilizar nova-
sendo este último que define a neces- pletada, é possível utilizar este mente os comandos digitados ante-
sidade de mais ou menos memória; recurso várias vezes em uma mesma riormente, é só utilizar Ctrl + a letra
• FLASH - memória EPROM, que linha de comando. P para retornar, um a um, os últimos
pode ser apagada eletronicamente comandos digitados.
de 4, 8 ou 16 MB. Nela é que normal-
mente fica armazenado o l/Os; Ajuda (?)
• ROM - contém os diagnósticos A opção ajuda nos routers Cisco é CRTL ALT 6 +X
de power-on, programa de bootstrap o símbolo "?", e toda vez que ocorrer Este é o comando que cancela a
e subconjunto do I/Os. uma dúvida sobre um comando ou última ordem enviada ao roteador.
o seu complemento é só digitar ? Às vezes ocorrem comandos mal
Também vimos pela primeira vez Existem 3 possibilidades de se utilizar formulados que travam o prõmpt
dois diferentes tipos de prompt ou este comando de ajuda: ou mesmo o router, nestes casos
como é chamado pela Cisco® de utilizasse o comando acima para
modos de operação, que são o modo • Para utilizá-Io com comandos destravá-Io.
setup dialog, que é o diálogo estabe- é só digitar ao lado da palavra, sem
lecido na configuração inicial quando espaço. Se digitarmos a letra "s"
ligamos um router pela primeira vez seguida do "?", o prompt nos mostrará CONFIGURAÇÕES BÁSICAS
e o modo usuário, que é possível todas as opções de comando inicia-
ter acesso remoto e efetuar alguns das com s: set, show, slip, systat Agora, finalmente, chegamos às
checkins (Router». configurações básicas do router, se
Além destes, temos outros modos Router> s? você Ó ligou pela primeira vez com
de operação: *s=show set show slip systat "no" (não em inglês) para a pergunta
apresentada.
Router# - modo privilegiado, é Se, por acaso, tivéssemos digitado
possível efetuar checkins detalhados, "sh?" o resultado seria apenas a --- System Configuration Dialog ---
testes e manipulação de arquivos. opção show.
Router (config)# - modo de confi- Would Vou like to enter the initial
guração, é neste módulo que nós • A segunda forma de utilizar o configuration dialog? [yes/no]: no
efetuamos todas as configurações comando ajuda, é sozinho:
do router. Desta forma, você cancelará o
Repare que o símbolo de modo Router> ? modo setup dialog e o router em
é formado pelo nome do Roteador seqüência terminará a inicialização.
(Router) mais os sinais que indicam Desta forma, serão visualizados
o modo (#, >, config). todos os comandos disponíveis
naquele momento ou modo. Configurando o nome do Router
Depois de terminada a iniciali-
PRIMEIROS PASSOS • A última forma é o de comple- zação tecle ENTER, sendo que o
Ao utilizar o 10S dispomos de mento, sendo necessário apenas roteador ficará mostrando mais ou
uma variedade de teclas e atalhos incluir um espaço entre o comando e menos a seguinte tela (figura 9).
que facilitam em muito o trabalho o símbolo de ajuda. Como podemos visualizar, o modo
de configuração e manutenção do usuário (Router » ficará disponível
equipamento, entre elas podemos Router>show ?
destacar: backup Backup status
Nota do Autor - Não se
clock Display the system
esqueça: letras maiúsculas e
TAB clock
minúsculas fazem grande dife-
A tecla TAB nos auxilia no pre- compress Show compression
rença nos comandos utilizados.
enchimento dos comandos, sendo statistics

48 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


Nota do Autor - O 10S como a
maioria dos softwares foi desen- érqUvo ~ditar Ej!ÍbÔI.(;hamar lransferir ~
volvida em Inglês e não existe
uma versão em português ou te to wn
qualquer outro idioma, evitando
incompatibilidades entre equipa-
mentos. Desta forma, saliento que tver- or-cb LeM?
'rr-enece
o conhecimento do idioma Inglês Transceiver or-ob len?
Transceiver prob LeM?
Tr-.an~ceiver pr-oblen?
passou a ser uma necessidade Tr.ansce iver prob Lel'l'l?
Transceiver probleM?
no mercado de hoje em dia. Tr-ansce iver
Transce iver
prob ler''!?
prob teM?
Transee tver- pr-cb Ien?

a espera do seu primeiro comando.


Como iremos efetuar diversas confi-
gurações devemos alterar o modo de
usuário para privilegiado.
00:20:58 conectado Detectar auto. fC6.PS INUM
Para isto utilizamos o comando
enable. Figura 9

Router>enable utilizar acentos, nem espaços. que poderá ser utilizada qualquer
Router# outra no lugar. Dê preferência para
Router> enable senhas que mesclam letras com
Como podemos perceber ele Router# configure terminal, números.
alterou o prompt de Houter» para Enter configuration commands,
Router#, indicando que acessamos o one per line. End with CNTUZ. SaoPaulo(config)# line console O
modo privilegiado. Router( config)#
Para facilitar, o l/Os também aceita Entramos na configuração de
abreviações de comandos, desde que Como pode observar, ao efetuar login.
a abreviação não entre em conflito o comando configure terminal o l/Os SaoPaulo( config-line)# login
com outro comando, desta forma o avisa: Enter configuration commands,
comando acima ficaria da seguinte one per line. End with CNTUZ, ou Alteramos a senha de acesso
forma: seja: Entre com os comandos de através do comando password em
configuração, um por linhá. Para sair seguida à senha.
Router>en tec/e Ctrl+Z.
Router# Ficando da forma apresentada SaoPaulo(config-line)# password
(Router (confi9)#), agora iremos alte- saber
Verifique que só digitei "en" no rar o nome do router para SaoPaulo
lugar de enable, e foi aceito da mesma com o comando hostname. Agora toda vez que acessarmos
forma, se fosse uma abreviação o router, necessitaremos digitar esta
que entrasse em conflito com outro Router(config)# hostname senha para podermos ter controle do
comando apareceria a seguinte men- SaoPaulo modo usuário. Em seguida iremos
sagem: SaoPaulo( config)# configurar a senha de Terminal Virtual,
também conhecida como senha de
Router>e Verifique que ele substitui o nome Telnet. Para isto é necessário utilizar o
% Ambiguous command: "e" de Router para SaoPaulo (Figura comando line vty O 4, que indica o tipo
Houter» 10). de acesso que estamos pretendendo
configurar.
A primeira configuração que
iremos efetuar será a substituição do Protegendo com senhas SaoPaulo(config)# line vty O 4
nome padrão do roteador de Router Agora iremos efetuar a parte mais
para, no nosso exemplo, SaoPaulo. importante da configuração, pois é Novamente informamos qual con-
Para isso devemos alterar novamente ela que protege o seu roteador de figuração queremos alterar (Iogin).
o modo, desta vez para o modo de invasões e configurações efetuadas
configuração, através do comando por pessoas não autorizadas. SaoPaulo(config-line)# login
configure terminal (conf term se A primeira proteção será para o
preferirem abreviado). modo usuário, a qual acessamos E alteramos a senha de acesso
Obs.: Para o nome ser aceito através do comando "Iine console a', também através do comando pas-
devemos tomar o cuidado de não a senha aqui utilizada é "saber" sendo sword seguido da senha

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 49


submáscara, para configurar esta
interface.

SaoPaulo( config-if)#ip address


10.0.0.1 255.255.255.0
gout er- cone l s now ava i lab le

Pr-ess RETURNto see st:arted.


Para ativar esta interface com
todas as suas configurações, basta
utilizar o comando no shutdown.
End with CNTL/Z.
SaoPaulo( config-if)#no shutdown
SaoPaulo( config-if)#
00:58:34 conectado
Se o cabo que interliga a sua rede
Figura 10 LAN já estiver conectado ao roteador
aparecerá a mensagem:
SaoPaulo(config-line)# password SaoPaulo# configure terminal
saber Enter configuration commands, 00:23:45: %LlNEPROTO-5-
one per line. End with CNTLlZ. UPDOWN: Une protocol on Interface
Agora, toda vez que for efetuada SaoPaulo( config)#_ EthernetO, changed sta
uma solicitação de Telnet para o seu te to up
router, este solicitará uma senha para Indique a interface que deseja
liberar o acesso. configurar, através do comando inter- Caso ocorrer algum problema,
A ultima senha é a de enable, que face ethernet O,sendo que o número como cabo desconectado, aparecerá
irá proteger o modo privilegiado e O indica qual interface estamos utili- uma mensagem informando que a
todos os modos de configuração - zando. Uma observação é que a partir porta está down:
guarde-a bem, esta é a senha que dos modelos da série 3000, devemos
deve ter limitado ao máximo o número indicar o número do slot seguido da 00:22:13: %QUICC ETHER-1-
de pessoas que a conheçam. interface: interface ethernet 110 (slot LOSTCARR: Unit O, lost carrier.
Como esta é a senha principal da 1 interface O). Transceiver problem?
configuração, é bem mais simples Para os que preferem abreviações, 00:22:15: %LlNK-3-UPDOWN:
do que as outras para configurá-Ia, podem utilizar o comando int ethO, Interface EthernetO, changed state
sendo necessário apenas utilizar o sendo que neste caso o número da to down
comando enable password seguido interface tem que estar obrigatoria-
da senha escolhida, no exemplo mente junto ao comando eth (sem Um comando importante é o shut-
"eletrônica" . espaço). down, toda vez que for alterar as
Obs.:Como no caso do nome do configurações de uma interface, logo
roteador, para as senhas também SaoPa u lo( config )#i nterface após de utilizar o comando interface
serem aceitas devemos tomar o ethernet O ethernet Oou qualquer outra interface
cuidado de não utilizar acentos, nem SaoPaulo(config-if)# _ que for trabalhar, dê o comando
espaços. shutdown para desabilitar a porta,
Utilize agora o comando ip desta forma você evita várias incon-
SaoPaulo(config)# enable address seguido do número IP e sistências de configuração inclusive
password eletronica
- - - --
,"e c - H.I'perTerminal
Todas estas configurações de
senhas podem ser observadas na
figura 11.

Pr-e-se RETURN to get -st.arted.


Configurando as interfaces
Ethernet Router>enable
Router#configure t er-n íne t
Ent er- conf i~l,a"ation cOMMands, cne per 1ine, End w i til CNTL/Z.
Nesta etapa iremos configurar a ~~~~~~\gf~~~l~~~1I~~Me
Sao)~uéo
interface Ethernet, que será a porta de SaoPau tct oonf i9-1 ine) #
SaoPau lo(conf ig-l ine) :I r-d saber
SaoPaulo(coofig-line)# t!lle 4
entrada e saída da rede local (LAN). SaoPau lo(conf i9-1 ine) #
SaoPaylo( conf i9-l ine) # rd saber
Para isso necessitamos acessar o SaoPaulo(config-line)#ena
SaoPau tct ccn+ (9)#..
e password eletronica

modo de configuração (caso não


01:20:07 conecladJ
esteja nela) com o comando configure
terminal. Figura 11

50 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


possíveis travamentos da interface.
Não se esquecendo que ao usar
este comando a interface automatica-
mente pára de funcionar, retornando
somente após você usar o comando
no shutdown. User Acoess lJerif loat ion

SaoPaulo(config-if)# shutdown (
para desabilitar)
SaoPaulo(config-if)# no shutdown
( para habilitar)

Na figura 12 se encontra toda a


configuração acima, na forma como
ela ficará representada no Hyper
Terminal. Figura 12

SaoPaulo# configure terminal zando. Temos a mesma observação


Configurando as Interfaces Seriais Enter configuration commands, referente aos modelos da série 3000,
Neste exemplo iremos configurar a one per line. End with CNTL/Z. em que devemos indicar o número
interface serial Ocom o protocolo PPP SaoPaulo( config)#_ dç s/ot seguido da interface: interface
(Ponto a Ponto), tendo como base seria/ 1/0 (slot 1 interface O). E para
que ele estará conectado diretamente Indique a interface que deseja os que preferem abreviações podem
a um modem ou uma linha privativa. configurar, através do comando inter- utilizar o comando int sO .
Acessamos novamente o modo de face seria/ O, sendo que, como no
configuração (caso não esteja nela) caso da interface ethernet, o número SaoPaulo(config)#interface serial O
com o comando configure terminal. O indica qual interface estamos utili- SaoPaulo( config-if)#_

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No modo privilegiado, além das
opções acima, ainda podemos utilizar
para visualizar toda a configuração do
roteador o comando show running-
contigo
ueer- Acce<30s Ver i. f Ieee ion
.-
Password:
S.oPau lo>enab te
Passl,oIOrd:
TESTE
~oPau lo~onf tgure
s~~t~c~~l~f!~t~~d~ér<ral
terMinal

oPau loCconf ig-iflaencapsulat ion ppp


ser Une. End with CNTl/Z.

oPau Iot conf ig-ifl Ippp authent tcee


autO(ConfL9-if)IPPP authentioation pap Uma importante forma de testar-
~
~rLi~(coa~!fi~:l~~ ~~~\~;al~~~~6aL~ onl~
~~h.1D ~~~;~~ ~~~t~~~~~~:~!~;a~~en~y~~~àn
(~~l (f1S-CHAP)
mos o funcionamento adequado de
<01'> um circuito é através do echo request,

§:~::!
t~f~~~
t~::t~ ~~~
§:$: t~~~ggft~:tH== :~~~:~i
t~):if)au<ãerna",e naMe password seor~t-pwd
acionado através do comando pingo
Com ele podemos verificar se um
'I01:40:13~adÕ -- -rOetectaraulo. ,9600a.N·l outro ponto da rede está respondendo
ou não.
Figura 13 Este comando é formado pelo
ping mais o numero IP da interface/
Com os comandos encapsulation desligarmos o roteador, ele perderá equipamento que queremos testar.
ppp, ppp authentication pap e ppp toda a configuração.
authentication chap estaremos habili- SaoPaulo> ping 10.0.0.2
tando o protocolo ppp e solicitando au- SaoPaulo# copy running-config
tenticação para as suas conexões. startup-config Type escape sequence to abort.
Sending 5, 100-byte ICMP Echos
SaoPaulo( config-if)#encapsulation Em seguida será perguntado qual to 10.0.0.2, timeout is 2 seconds:
ppp o nome do arquivo que deve ser salvo, !!!!!
SaoPaulo( config-if)#ppp authenti- o nome padrão é startup-config, se já Success rate is 100 percent (5/5),
cation pap aparecer entre colchetes, basta teclar round-trip min/avg/max = 1/2/4 ms
SaoPaulo(config-if)#ppp authenti- ENTER sem digitar nada.
cation chap Sendo que na resposta temos o
Destination filename [startup- número de repetições (sending), o
Por último, estaremos informando config]? ENTER ip testado (echos to) e o tempo de
ao roteador os usuár l/Os e senhas Building configuration ... intervalo entre os "pings" (timeout).
para acesso através do comando [OK] Quando obtivermos resposta ele
username name password secret- SaoPaulo#_ sãorepresentado pelo símbolo "!", se
pwd, sendo que o name devemos acontecer de não haver resposta ele
substituir pelo nome do usuário e o Se for necessário apagar toda a sera representado pelo símbolo "".
secret-pwd pela senha do usuário. configuração do router para recome-
çar do inicio, basta usar o comando
SaoPaulo( config)#username naur erase startup-contig e reinicialize o
password editora roteador. CONCLUSÃO

Não se esquecendo que esta con- Atualmente, o mercado


figuração deve ser efetuada no modo VERIFICANDO STATUS de teleinformática necessita
de configuração normal (configure de especialistas com conhe-
termtnet; Através do modo usuário podemos cimentos nas áreas de
Na figura 13 encontra-se toda a verificar alguns status do roteador, Networking.
configuração acima, na forma como sendo que os dois mais utilizados Desta forma, espero que
ela ficará representada no Hyper são os comandos: este artigo tenha ajudado a
Terminal. conhecer um pouco sobre
• Show version - que visualiza roteadores e principalmente
toda a configuração de hardware e a sobre o l/Os, pois o que aqui
SALVANDO versão de software (I/Os)
foi apresentado é apenas a
• Show interface - que apresenta
ponta de um imenso iceberg
Depois de terminada toda a con- várl/Os status das interfaces, entre
de facilidades que ele facil-
figuração, deve salvá-Ia através do eles: se estão ativas (up) ou interrom-
mente pode suportar.
comando copy running-contig startup- pidas (down), os protocolos utilizados,
contigo Se isto não for efetuado, ao as taxas de transmissão e recepção.

52 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


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~~m~ffi~~m @mrn~~ffi@m~~m@
ta[rffirn ~~UJ[r~m@ffiU~n[r~@m~
Vocês, com certeza, já observaram equipamentos sem o pino de aterramento em seus cabos de energia,
ou até mesmo já instalaram o terra da tomada interligado com o neutro sem pensar a forma correta para esta
prática segundo as normas. Estas são negligências que ocorrem muito hoje em dia, ou seja, a instalação
errada ou até a completa falta de proteção contra os surtos elétricos. Lembramos o grau de prejuízo que
pode causar, por exemplo, durante uma descarga atmosférica, que pode provocar danos indiretos até a 15
km do ponto de queda e um choque elétrico de aproximadamente 4000 V através de um aparelho telefônico
situado a 10 km deste mesmo ponto. Desta forma, acredito que esse deveria ser um item melhor analisado
por todos nós. Neste artigo, os leitores conhecerão as origens e os elementos de uma proteção contra surtos
elétricos para que possam identificar os principais fatores que auxiliam na proteção, os quais vão desde as
condições da infra-estrutura até o tipo/modelo do protetor que iremos utilizar.
Naur Arjonas

o QUE É UM SURTO detectarmos um transitório randô- Descargas Atmosféricas


TRANSITÓRIO ELÉTRICO? mico, necessitamos de instrumentos
de monitoração com rápida resposta As descargas atmosféricas são
a frentes de ondas e com caracterís- um fenômeno natural que acompanha
"Distúrbio resultante de súbitas ticas que os habilitem a trabalhar o homem em toda a sua história e,
descargas de energia elétrica armaze- com níveis de tensão e corrente devido à destruição causada pelas
nada, que provoca efeitos de indução elevadas. Um outro exemplo de tran- descargas de energia que acontecem,
elétrica e magnética em face aos altos sitório randômico são as descargas até hoje impõem respeito e temor. E
valores de corrente no circuito de eletrostáticas. deve ser uma das preocupações para
descarga ocorridos em um pequeno O segundo tipo é o transitório quem vai instalar ou já instalou um
intervalo de tempo". Esta é a definição repetitivo, sendo que podemos iden- sistema elétrico/eletrônico (além
completa de um STE (surto transitório tificá-Io por ser: . da própria proteção patrimonial).
elétrico), sendo que o primeiro exem- • Freqüentemente observado Para podermos nos proteger, primei-
plo e um dos mais preocupantes é o • Provocado por fenômenos ramente temos que entendê-Ias.
famoso relâmpago, constituído pelas conhecidos.
descargas elétricas. Como ocorrem?
Um exemplo desse tipo é o
Tipos de STE "Spike" composto pelos picos de As grandes responsáveis pelas
energia elétrica resultantes dos cha- descargas elétricas são as nuvens do
Os STEs são divididos em dois veamentos elétricos, por exemplo: tipo cumu/us nimbus, também deno-
tipos, o randômico do qual eu já o chaveamento de cargas indutivas, minada "CB" (fig.01). Usualmente
citei o seu maior exemplo, descar- excitação de motores, entre outros. as descargas atmosféricas se ini-
gas atmosféricas, sendo que pode- Os transitórios repetitivos são mais ciam dentro
mos identificar este tipo da seguinte simples de suprimir por terem suas destas
forma: causas facilmente definidas, sendo nuvens, nas
que para este caso podemos utilizar quais os va-
• Ocorrem em pontos inesperados; estabilizadores e nobreaks para a lores elétri-
• Não tem uma periodicidade proteção dos equipamentos eletroe- cos são bem
definida; letrônicos. Lembramos que além Figura 1
maiores que
• São de uma natureza complexa. do problema de queima de equipa- no solo.
mentos, os transitórios repetitivos
Compare estas características tendem a diminuir o tempo de "vida" Um problema que temos é que
com o nosso exemplo: Aonde vai ocor- dos equipamentos. até hoje há varias controvérsias entre
rer? De quanto em quanto tempo? Para podermos proteger os cir- as teorias de como ocorre a forma-
Como é produzida uma descarga? cuitos devemos analisar causa por ção das cargas elétricas positivas e
Um outro parâmetro que podería- causa, então vamos começar pelo negativas dentro da nuvem. A mais
mos lembrar também é que para maior problema. usual é que inicialmente a nuvem

54 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


ENERGIA

possue cargas positivas e negativas, sendo então chamado de dart leader. PROTEÇÃO
e quando se inicia a tempestade Quando sucedem vários dart lea-
ocorrem fortes correntes ascendentes ders seguidas de suas descargas Um sistema completo de proteção
de ar úmido dentro das CBs. Em de retorno, nós contra descargas atmosféricas (SPDA)
resultado da condensação do vapor temos as cha- pode ser dividido em duas partes:
de água formam-se gotas de água madas descargas • Earthing - responsável pela
que, atingidas certas dimensões, atmosféricas múl- absorção e transferência da energia
começam a cair carregadas de eletri- tiplas (fig. 02). Figura 2 proveniente das descargas atmosfé-
cidade, negativamente em sua parte ricas, compreendido portanto pelo
inferior e positivamente na sua parte sistema de hastes verticais e eletro-
superior. Em sua queda encontram o Poder das Pontas dos horizontais.
gotículas em ascensão, cedendo a • Grounding - referente aos meios
elas sua carga positiva, nas quais Em 1749, Benjamin Franklin escre- e princípios de vinculações elétricas
são violentamente arrastadas para as veu uma série de cartas para a Royal que devem preservar a segurança,
bordas superiores das nuvens. Society (uma sociedade científica, dissipação para os sistemas de pro-
Como conseqüência final, apre- em Londres) descrevendo as suas teção contra surtos e criação de
sentam-se as nuvens com cargas experiências elétricas e as suas potenciais referentes.
elétricas positivas em sua parte interpretações. Numa delas referiu-se
superior, ficando a parte de baixo ao extraordinário "poder das pontas" Earthing
carregada negativamente. Desta observado nos objetos pontiagudos
forma se inicia o processo de des- eletrizados, poder esse que permitia Foi em 1752 que Benjamim
carga elétrica, aumentando o campo extrair ou projetar o "fogo elétrico" Franklin verificou que entre um corpo
elétrico na nuvem. que se manifestava nos fenômenos eletrizado e outro pontiagudo apenas
chamados elétricos, (de atração e de saltava faísca quando este último
N.A. - Medições efetua das nas repulsão) e que provocavam faíscas estava ligado à terra e, na seqüên-
nuvens através de balões atmosféri- de uns corpos para outros. cia, ele realizou uma das suas mais
cos, identificaram que as densidades Este poder funciona da seguinte famosas experiências, quando utili-
de cargas variam bastante sendo forma, imagine um condutor vertical zando um dispositivo baseado nos
que o valor máximo medido foi de (uma haste de pára-raios por exem- "papagaios" de papel e com uma
100 Voltspor centímetro. Mesmo com plo): durante as tempestades os chave presa na outra extremidade
tempo bom, foi possível encontrar campos elétricos aumentam os seus da linha (e conectada à terra), pode
valores onde se fizeram presentes valores, e desta forma ocorre uma comprovar a descarga recebida pelo
tensões da ordem de 20 a 30 V/cm. concentração de campo na ponta da "papagaio". Ao carregar uma garrafa
haste; se a intensidade de campo na de Leyden permitiu-lhe verificar que
A descida ponta da haste ultrapassar certo as nuvens estavam carregadas de
valor crítico haverá um curto-circuito eletricidade.
o primeiro componente visível da com parte do campo elétrico da
descarga é o denominado stepped nuvem, pois irá ocorrer a ionização N.A. - A "garrafa de Leyden" é
leader, que se movimenta em direção por colisão, em conseqüência ocor- um tipo de capacitar de alta tensão
da terra em saltos variando de 10 a rendo o transporte de íons positivos de uso comum em eletrostática. Na
200 metros. Quando este alcança a da terra (através da haste para a forma usual atualmente (últimos 200
terra, intensa luminosidade é então atmosfera), (fig.03). anos ...), consiste de um pote cilíndrico
vista, como se estivesse deslo- de material altamente isolante, com
cando-se do solo para a nuvem: esta uma folha metálica fixada por fora e
é a chamada " descarga de retorno" outra fixada por dentro. Um terminal
com alta corrente circulando, fazendo atravessando a tampa do pote faz
inclusive que a temperatura do ar contato com a folha interior, e um
chegue a 3000° Celsius, provocando anel metálico faz contato com a folha
a expansão rápida do mesmo ao exterior, constituindo assim os dois
redor do canal e, conseqüentemente, terminais do capacitar.
criando uma onda de choque sonora
( o trovão). Essa primeira experiência deu
No entanto, depois de um certo base a uma segunda, que foi realizada
intervalo de tempo, uma segunda na França. Sendo montado um mastro
descarga líder descendente pode metálico isolado da terra, um fio de
ocorrer seguida também por uma de cobre foi ligado à terra e um dos
retorno: este então não é mais o líder experimentadores presentes (isolado
Figura 3 do cobre com vidro) aproximou o
e é muito mais rápido que o primeiro,

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 55


ENERGIA

cobre do mastro durante uma trováda, • Condutores em Malhas ou mantendo baixa a queda de tensão,
observando faíscas a saltar entre o Gaiolas - o contorno de todo o e dessa forma diminuindo ao máximo
mastro e o cobre, o que comprovou a telhado é feito por uma malha de fios a probabilidade de riscos a área/
teoria de Franklin (fig 04). metálicos intercalados por pequenos pessoas.
hastes responsáveis pelo recebi- Na figo 07 podemos observar as
mento de descargas elétricas, que diferentes configurações de uma
descem através dos cabos ligados à malha de aterramento.
malha ( Fig. 06).

Mastro
Fio de
EFEITOS INDIRETOS
,metálico
• ;aísca,
cobre
aterrado Como já estudamos, uma des-
carga elétrica com a tremenda potên-

"' cia gerada pode causar enormes


danos aonde atinge, por isso é neces-
Plataforma sário o uso de captores, descidas e
Isolante aterramento, evitando que as estru-
turas e edifícios sejam total ou par-
//// TERRA /////
cialmente destruídas pelos raios. No
Figura 4 entanto, os danos causados indireta-
mente pelos raios são tão importantes
Esta experiência serviu também Figura 6 quanto os diretos, pois quando ocorre
para mostrar a capacidade de prote- a queda de um raio em um prédio
ção que este pára-raios proporciona, Descidas adequadamente protegido contra
desde que o mastro seja ligado a descargas.diretas, são geradas sobre-
terra. O que, hoje, constitui a base São os cabos, ou outros meios, tensões nas redes da empresa con-
do sistema de proteção pelo método responsáveis por conduzir a descarga cessionária (tanto nas linhas de
de ângulo de proteção, também cha- elétrica desde o captor até o sistema média quanto nas linhas de baixa
mado método Franklin. de aterramento. tensão), nas instalações elétricas do
próprio edifício e naquelas dos edifí-
Captores Aterramento cios vizinhos. Um prédio a centenas
de metros de um outro que recebeu a
O captor tem a função de inter- É formado pelo conjunto de eletro- descarga pode ter seus equipamentos
ceptar a descarga atmosférica, sendo dos, cabos e conexões fabricados em danificados, ou nos casos mais graves
que os métodos mais utilizados nos cobre, que constituem o caminho de até serem totalmente destruídos.
captores são: escoamento e dispersão da corrente E, na maioria dos casos, é mais
• Método Franklin ou de ângulo recebida pelos captores e conduzida critica e importante a interrupção das
de proteção -que consiste na ins- até o sistema para a terra, sem pro- comunicações ou ainda a perda de
talação de um captor sobre um vocar tensões de passos perigosas e programas em processamento do
mastro colocado na parte mais alta
do telhado. Este mastro possui ligação
com cabos de descida colocados
nos cantos externos da casa, que
têm como função levar a descarga
elétrica até o solo ( figo05).

Ângulo
I de proteção
:.

Figura 5 Figura 7

56 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


ENERGIA

que os próprios equipamentos em si Manufacturers Association) estabe- • Tempo de resposta - é o


que precisam ser substituídos devido lece uma orientação segura para tempo decorrido entre a aplicação
ao raio. operação de equipamentos de infor- do impulso e a atuação da proteção.
É importante lembrar que não são mática, baseada nas características O ponto de atuação da proteção
apenas as tensões, mas também os técnicas das suas fontes de alimen- caracteriza-se pela passagem do
níveis de energia que determinam a tação, sendo uma forma eficiente impulso pelo valor de Clamping,
avaria de um equipamento. de preparar uma operação ótima sendo que após este instante a tensão
de equipamentos no que tange a nos terminais do protetor é mantida
alimentação elétrica ( Fig 08). nos limites específicos da atuação
NíVEIS DE EXPOSiÇÃO E Equipamentos que operam nas do mesmo.
SUPORTABllIDADE regiões A e B podem ter seu funcio- • Fator de Clamping - é a razão
namento comprometido. entre a sobretensão residual e a
A aplicação de um determinado tensão de clamping: Fc=Vrd I Vc
tipo de circuito de proteção contra CARACTERíSTICAS DESEJÁVEIS
surtos depende, principalmente, do DOS MÓDULOS PROTETORES Baseados nestes parâmetros,
grau de exposição à descarga atmos- agora podemos definir as caracterís-
férica da instalação ou qualquer outro Para podermos especificar qual ticas desejáveis dos protetores contra
STE, ou seja, o quanto o equipamento é a melhor proteção para cada tipo STE:
a ser protegido está exposto a um de STE, foram definidos alguns pará-
surto (STE). metros e características elétricas • Grande capacidade energé-
desejáveis destes equipamentos: tica - para que possa suportar
Caracteristicas dos níveis de grandes descargas de corrente e
exposição • Tensão de Clamping - é o valor tensão;
de tensão medido pico a pico, após • Velocidade rápida de atuação
Níveis de exposição: . o tempo de atuação da proteção, ou com baixa sobretensão residual -
seja, é a tensão garantida após a quanto mais. rápido ele atuar, menor
• Exposição elevada - situações proteção ter sido acionada; será a sobretensão que o equipa-
com alta probabilidade de impacto • Sobretensão residual - é o mento protegido irá receber;
direto ou ocorrências muito próximas maximo valor medido pico a pico • Tensão de Clamping condi-
de descargas atmosféricas. Ex.i Topo no instante anterior a atuação da zente com a classe de suportabilidade
de montanhas, altas estruturas, linhas proteção - é a tensão máxima em que do equipamento protegido;
aéreas, etc. o equipamento fica exposto antes da • Baixa atenuação - para que
• Exposição moderada - instala- atuação do protetor; . os equipamentos (principalmente na
ções eletrônicas em prédios pouco
sujeitos a ação direta, mas ainda
sujeitos a interferência de descargas Tensão nominal
(115/220 V)
atmosféricas próximas.
• Exposição baixa - equipamen-
300%
tos em uma única sala ou abrigo,
alimentados através de um mesmo
quadro de distribuição, com cabos de
250%
comunicação também confinados na
mesma sala.

Suportabilidade 200%
Região
A
Suportabilidade é a tolerância
máxima a níveis de tensão e corrente, 150%
aplicadas sem a degradação das carac-
106%
terísticas originais de um equipamento,
100%
seja em aplicação repetitiva ou não. 87%
Os equipamentos eletrônicos pos-
suem uma curva de suportabilidade 50%
de tensão dependente do tempo de
duração do impulso ou sobretensão
0% Ciclos
do surto.
0,001 0,01 0,1 1,0 10 100 1000
O estudo publicado pela CBEMA
(Computer Business Equipment Figura 8

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 57


ENERGIA

área de telefonia) não tenham suas (os chamados bloco para uso nos ção superiores àqueles suportados
capacidades alteradas; pára-raios). pelos equipamentos protegidos e
• Baixa distorção - evitando sua velocidade de atuação sempre é
assim problemas como ruídos na Diodos Supressores menor que a requerida.
linha telefônica; Os próximos estágios já apresen-
Os diodos supressores são basea- tam (sempre) velocidades de atuação
dos nos diodos Zener que são usados superiores e níveis de atuação (tensão
ELEMENTOS DE PROTEÇÃO normalmente como diodos estabili- de disparo) precisos e compatíveis
zadores de tensão, mas para serem com os níveis de suportabilidade de
Centelhador a Gás empregados como proteção sua tensão dos componentes a serem
construção deve ser especial para protegidos, porém possuem baixa
Os centelhadores são constituídos obterem maiores junções entre grãos capacidade de condução de energia.
por dois ou três eletrodos dentro de silício e maior massa nos termi- Para atuar como elemento de
de um tubo de vidro ou cerâmica, nais e, desta forma, aumentando a retardo de corrente e divisor de potên-
separados por uma distância bem dissipação de calor. Comercialmente, cia são utilizados filtros, normalmente
determinada, na ordem de 1 mm, recebem diversos nomes, sendo os indutivos, que defasam e dividem
sendo o volume preenchido por um fabricados respectivamente pela a corrente e a tensão em tempo
gás raro. Siemens (TAZ) e pela General Semi- suficiente para permitir que o estágio
Ele atua quando os limites de conductors (TRANSZORB) os mais subseqüente opere com baixos níveis
corrente forem excedidos (seja em facilmente encontrados no comércio. de energia até que ocorra a atuação
corrente, duração ou número de O tempo de resposta é teoricamente da proteção primária.
aplicações) podendo ter seus eletro- de 1 a 5 ns, mas esse tempo rara-
dos fundidos. Para entender melhor, mente é conseguido devido a indu- Equalização de potencial
quando ocorre um aumento brusco tância dos terminais.
da tensão (por um surto que atinge Em relação aos varistores, os Para nos assegurarmos quanto
o centelhador) inicia-se um processo diodos são mais rápidos, de menor à proteção contra STE, um sistema
denominado avalanche, e que conduz tamanho e dão melhor proteção, de aterramento equalizado, ou seja,
à disrupção do gás. Uma vez estabe- mas em contrapartida tem menor único, se constitui como a proteção
lecido o arco entre os eletrodos, a capacidade de dissipar potência e mais completa, isto é, ele garante uma
tensão de alimentação pode cair que são mais caros. Desta forma eles proteção contra descargas atmosfé-
o arco se mantém (é uma descarga são usados como proteção fina (após ricas, proteção das instalações de
auto-sustentada). O arco só será os varistores) ou em locais onde as baixa tensão, dos sistemas eletrôni-
extinto se a fonte não conseguir energias são baixas e precisamos de cos e de telecomunicações.
fornecer correntes da ordem de 1 um elevado nível de proteção. A equalização de potencial é
mA ou se a tensão da fonte ficar necessária principalmente onde exis-
abaixo da tensão do arco (entre 10 Proteção híbrida tam muitos equipamentos eletrônicos
V e 20 V. sensíveis, e em alguns casos é a
Devido a essas características, única proteção de equipamentos e
os centelhadores devem ser usados Como podemos observar, um operadores.
em circuitos protegidos por fusíveis único dispositivo de proteção não A equalização de potencial é
ou disjuntores junto a eles e do lado atende simultaneamente aos requi- obtida mediante a interligação equi-
da fonte). sitos de tempo de atuação, capaci- potencial, interligando:
dade de condução de corrente e às
Varistores características de suportabilidade • Sistema de proteção contra
de tensão dos equipamentos que descargas atmosféricas;
Os varistores são resistores cuja normalmente precisamos proteger. • Armação metálica da estrutura
resistência varia com a tensão apli- Surge então a opção de usarmos ou edifício;
cada, por isso, também denominados uma proteção híbrida, onde usamos • Instalações metálicas;
VDR (Voltage Oependent Resistors) as qualidades de cada elemento de • Massas e blindagens de condu-
Os varistores têm uma aplicação proteção para atenuar as desvanta- tores;
bastante ampla devido a larga faixa gens do outro, sendo normalmente • Sistemas elétricos;
de tensões (desde 4 V até 4 kV) e dividida em proteção primária, prote- • Sistemas eletrônicos;
de correntes de impulso (100 A até ção secundária e filtros. • Sistemas de telecomunicações;
120 kA), podendo ser fornecidos para Sendo que a proteção primária
soldagem direta SMD, nas placas deve atender as características do Lembrando que os condutores
de circuito impressa (PCB - Power surto, principalmente quanto à capa- vivos devem, obrigatoriamente, ser
Circuit Board) , com terminais (para cidade de condução de corrente. E conectados através de protetores
uso geral), ou ainda sem terminais apresenta níveis de tensão de opera- contra surtos.

58 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


A equalização deve ser efetuada
tanto em um único ponto, quando as CONCLUSÃO
distâncias forem pequenas, como em
vários pontos, quando houver grandes Os sistemas de proteção
distâncias ou vários equipamentos contra surtos são visivelmente
em um mesmo ambiente ( Fig 09). negligenciados durante uma
manutenção ou até mesmo
durante a instalação de siste-
mas eletroeletrônicos. Desta
forma, espero ter demonstrado
genericamente que a instala-
ção de uma proteção não é
simplesmente uma norma legal,
e sim uma segurança para os
equipamentos eletroeletrônicos
e, principalmente, para nós
mesmos que trabalhamos uma
boa parte do dia perto de
um micro ou de uma máquina
conectada a sistemas elétricos.
Para quem tiver uma maior
curiosidade, basta uma olhada Pedidos:
na norma NBR 5419/93 e na (11)6195-5 33
Curva de CBEMA, que são facil-
mente encontradas na Internet. . ditorasab r.co • r
Figura 9

ComrJ

Produtos para a indústria eletrônica


v' Solda em vergas (63/37)
Solda isenta de chumbo "Iead free"
v'
v' Solda em fio com fluxo no clean Enviamos para
v' Solda em fio com fluxo resinoso
v'
v'
Solda em tubetes para pequenos reparos
Salva chips
todo o Brasil
v'
v'
Fluxo para máquina de solda
Solda em pasta para SMD
via Sedex

Soft Metais Ltda.


consultor
DDG: 08001000.52- Bebedouro - SP
Home-page: www.softmetais.com.br
~-=Mosaico Oficial
Certificada /S09002 E-mail: vendas@softmetais.com.br
www.mosaico-eng.com.br ~ Microchip
• Válido até 31/05/03 ou fim do estoque. Não incluso Sedex.
NOTÍCIAS

• Nova famiLia de circuitos para aplicações móveis, da National

Os novos Cls da National Semiconductor são os primeiros a integrarem


funções CDMA PLL e VCO num único chip.
A National Semiconductor Corporation apresentou recentemente
•Texas Instruments simplifica
o projeto com módulos de
potência plug-in de 18 A

Apresentados em invólucros
uma nova linha de produtos que integram as funções PLL e VCO 30% menores, a série 18A de
em um único chip possibilitando uma economia de 67% no espaço módulos com tensão de entrada
ocupado pelos projetos, em relação àqueles que exigem essas funções de 5 V tem como representante
separadamente. o Excalibur ™ PT58000 encap-
Os novos componentes da família Pt.Latinum" Integrated PLL + sulado com 18 pinos, que é 1/3
VCO são: menor do que os produtos das
1.LMX2502 para PCS-band COMA handsets e data systems, gerações precedentes. Os módu-
2.LMX2512 para banda celular COMA handsets e data systems, los são ideais para serem
3.LMX2522 para PCS-band COMA handsets contendo possibilidade usados em aplicações conjuntas
de global positioning system. com DSPs, microprocessadores,
4.LMX2532 para banda celular COMA handsets contendo possibilidade ASICs e FPGAs como os empre-
de global positioning system. gados em comunicações, redes e
Todos os quatro componentes já estão disponíveis. computação. Mais informações em
Mais informações em: www.national.com www.power.ti.com/sc03070.
Os módulos operam com
entrada de 5 V de barramento e
incluem saídas de várias tensões,
com mínimo de 1,0 V. Outras
características são as seguintes:
- % de eficiência
- Capacidade de Pre-bias
startup
- +/- 5% de margem de con-
trole
- Sensoriamento de tensão
diferencial
- Ajuste da tensão de saída
- Inibição on/ff
- Proteção contra curto-cir-
cuito e sobrecorrente.

60 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


NOTÍCIAS

• lED SMTbate recorde de potência

o novo dispositivo mede apenas 6 mm x 7 mm x 1,8 mm e tem uma


potência de até 1 W. Apresentado como o componente desse tipo com
a maior potência de saída, o LED SMT "Golden Dragon" é destinado
• Novos Power MOSFETscom
baixa RDS (on)
para aplicações portáteis

A Fairchild Semiconductor
a aplicações que exigem elevada luminosidade mas onde o espaço International apresentou os novos
disponível é reduzido. A eficiência luminosa do dispositivo é de 20 Im/W o Power MOSFETs FDS4770,
que equivale a 6 LEDs comuns. FDS4470, FDS4780, FDS4480 e
Com uma corrente de 400 mA, o dispositivo tem uma intensidade o FDS4672A, cinco novos MOS-
luminosa de 6000 mcd e um ângulo de visão de 120 graus. Atualmente, ele FETs de potência para 40 V desti-
está disponível nas cores vermelha, âmbar e amarela, mas até o final do ano nados a aplicações DC/DC que
teremos também o tipo branco. Mais informações podem ser obtidas com a tenham como exigência a eficiên-
Osram Opto Semiconductors em http://www.osram-os.com. cia. Dentre as aplicações indicadas
estão as fontes de alimentação


em equipamentos portáteis, tais
como computadores, instrumentos,
CI Transmissor/Receptor para o novo padrão de telecomunicações, etc.
som e video digitais O FDS4770 tem uma resis-
tência de 4,7 mohms (máx) em
Dispositivos compatíveis com HDMI podem trabalhar com todos os 40 V, e sua temperatura máxima
tipos de sinais digitais. O PanelLink Cinema Si! 9190 (transmissor) e o de junção é de 175 ºC.
Si! 9993 (receptor) são os primeiros Cls da indústria que podem operar Todos os cinco dispositivos
com sinais da especificação High Oefinition Multimedia Interface (HOMI) apresentam características que
1.0, assim como incorporar proteção digital de banda larga (HOCP). Estes os tornam ideais para aplica-
dispositivos possibilitam a interconexão de sistemas de áudio e vídeo onde ções de baixa tensão e alta efi-
previamente só era possível usar interfaces analógicas, resultando assim ciência. Mais informações em
numa qualidade maior de áudio/vídeo, simplificando o cabeamento e, além http://www.fairchildsemi.com.
disso, proporcionando uma comunicação inteligente entre os dispositivos


fonte e receptor de sinais.
Os Cls possibilitam a transmissão direta de todos os tipos de sinais
digitais sem compressão, entre eles OVO players, gravadores DVD, set-top Carregadores inteligentes
boxes digitais, players O-VHS,receptores A.IV e dispositivos digitais para bateria
de plasma como CTVs, displays de plasma, TV LCDs e projetores. O
Sil 9190 é fornecido em invólucro TQFP de 64 pinos e o Sil 9993 em Os carregadores inteligentes
invólucro de 100 pinos. chaveados da linha CHFB fabri-
cados pela MCE, são ideais para


aplicações industriais onde se
requer alta confiabilidade e exce-
A Analog Devices lança conversor A/D Sigma-Delta lente performance. Com entrada
com menor consumo em 110 ou 220 Vca e saídas de
12, 24, 48 e 125 Vcc para corren-
O novo dispositivo de 24 bits da Analog Devices consome apenas 65 tes de até 20 A. São controlados
~A e ao mesmo tempo tem uma resolução seis vezes melhor do que a a microprocessador e possuem
do concorrente mais próximo. curva de carga com corrente cons-
O novo componente, denominado AD7791 , é um conversor AlD Sigma- tante e tensões de equalizações
Delta com um consumo 25% menor do que o de seus equivalentes mais e flutuação programadas para
diretos e pode operar com tensões de 3 a 5 V. Dentre as aplicações possíveis atingir 100% da capacidade da
destacam-se os instrumentos portáteis, os sensores de temperatura e bateria. Tem proteção total
as medidas de pressão. O dispositivo inclui on-chip tanto o buffer quanto de entrada e saída, con-
o gerador de clock. tato de alarme para sina-
Como destaques adicionais temos o ruído de 1,5 ~V, entradas lização de defeito do sis-
diferenciais que podem ter ou não ter buffers, taxas de saídas de dados tema e elemento de fixa-
programáveis até 120 Hz. O dispositivo possui ainda rejeição de 50 e 60 Hz ção em trilho DIN. Seu o
simultâneas, e uma taxa de amostragem default de 16,6 Hz. custo é bem abaixo dos
Uma versão de 16 bits (AD7790) encontra-se disponível, assim como similares importados.
versões de 16 e 24 bits (AD7788 e AD7789) sem buffer. Mais informações É extremamente leve e
no site da Analog Devices em: http://www.analog.com. compacto.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 61


NOTÍCIAS

• NETplaneja lançamento de serviço VoIP

A NET Serviços de Comunicação - operadora de TV


paga - tem pronta e funcionando uma solução de Voz sobre
IP (Internet Protocoti desenvolvida em parceria com a Cisco,
Microsoft prepara software para telefones IP

Ao anunciar uma nova versão do sistema


operacional WindowsCE.net, a Microsoft declara
sua entrada em um novo mercado: de telefones
a Motorola e a Trópico. O sistema é visto pela empresa como IP. Isso porque o software, que deverá chegar
uma alternativa competitiva para a transmissão de voz com ao mercado em junho, tem como principal carac-
qualidade e preço de banda larga. terística a utilização do protocolo de internet para
Os testes garantiram a compatibilização da rede pública telefonia.
de telefonia à rede de fibras ópticas e cabos coaxiais da A novidade, voltada ao mercado corporativo,
NET. O sistema funciona em rede bidirecional e, inicialmente, é a primeira iniciativa da companhia para levar
abrange um mercado de 2 milhões de assinantes em 10 voz sobre IP para telefones. Até então, as versões
cidades brasileiras, número de endereços conectados pela do WindowsCE.net permitiam o tráfego de VolP
NET com bidirecionalidade. A capilaridade total da rede da exclusivamente pelo computador.
NET é de 35 mil quilômetros. De acordo com a Microsoft, as fabricantes
Além da capacidade de transmissão, os telefones Hitachi, NEC, Casio e Samsung já anunciaram
conectados pelo sistema vão formar uma comunidade na intenção de desenvolver telefones IP baseados
qual a tarifação segue a mesma dinâmica do acesso à na nova versão do WindowsCE.Net. Da mesma
Internet, ou seja, por uma tarifa fixa mensal pode-se realizar forma, as fornecedoras de processadores Texas
um número indefinido de ligações, independente de serem Instruments e ARM afirmaram que estão adap-
locais ou interurbanas. tando seus produtos para suportar as novas


funcionalidades .
Telefônica lança orelhões com acesso à
Internet em SP Samsung lança "celular de pulso"
Estabelecimentos de grande circulação como Os dispositivos de pulso foram uma das grandes atrações
shoppings, aeroportos e supermercados da da CeBIT, feira de tecnologia que acontece em março em
cidade de São Paulo terão telefones públicos com Hannover, na Alemanha. Os destaques ficaram por conta do
acesso à Internet fornecidos pela Telefônica. protótipo de um "celular de pulso", lançado pela Samsung,
Os terminais, expostos pela operadora e de outros dispositivos computacionais mostrados pela
durante a Telexpo 2003, que aconteceu de 25 Motorola, que podem ser "vestidos" pelo usuário.
a 28 de março, em São Paulo, funcionam com O telefone da Samsung, programado para chegar ao
o cartão telefônico comum e podem permitir mercado até o fim deste ano, é baseado na tecnologia Global
acesso rápido à Internet, informando o tempo de System for Mobile Communications (GSM) para redes de 900
conexão ao usuário. Futuramente, os terminais MHz ou 1,8 MHz, mas também funciona com as redes de
deverãó permitir consultas bancárias. dados por pacotes - General Packet Radio Service (GPRS) - e
A Telemar também oferece o acesso público com a tecnologia de acesso sem fio Bluetooth.
à Internet em 156 "orelhões on-line", espalhados Segundo a empresa, o "celular de pulso" também inclui
pelas cidades de Recife, Vitória, Salvador e browser Wireless Application Protocol (WAP) apesar da
Belo Horizonte. No primeiro ano de operação, pequena tela de 96 x 64 pixels, com largura diagonal de 3
a operadora pretende instalar cerca de 1.700 centímetros. O aparelho, que pesa 80 gramas, pode exibir
terminais em sua área de atuação - do Rio de imagens com até 256 cores e ainda vem com 40 sons
Janeiro ao Amazonas. polifônicos que podem ser usados como campainha.

62 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


NOTÍCIAS

Nokia apresenta mais


três celulares GSM

Enquanto alguns institutos


de pesquisa prevêem que 2003
será um ano de crescimento
• Ericsson demonstra nova tecnologia celular

Durante sua participação na CTIA, evento que acontece em New


Orleans, a Ericsson apresentou sua nova tecnologia de comunicação
móvel para redes GSM/GPRS e CDMA2000: a Instant Talk. Baseada
no sistema IMS (lP Multimedia System ou sistema multimídia baseado
mais lento para o mercado celu- em IP), a solução tem como grande diferencial a funcionalidade de
lar, as fornecedoras de apare- 'push-to-talk', ou seja, permitir ao usuário utilizar o telefone celular como
lhos não se cansam de anunciar um wa/kie ta/kie, trocando mensagens de voz em tempo real.
novos modelos de equipamen- De acordo com a Ericsson, a solução é compatível com redes
tos. Desta vez, a Nokia coloca no GSM/GPRS, EDGE, CDMA2000 e WCDMA e tem como público-alvo
mercado três dispositivos GSM, operadoras que desejam apostar nos serviços 'push-to-talk' como uma
os quais trazem funcionalidades nova fonte de receitas. "Com um investimento mínimo, o Ericsson Instant
extras tanto no que se refere a Talk provê atrativas aplicações de voz sobre IP que complementam o
entretenimento quanto a aplica- portfólio tradicional de serviços das telcos móveis", afirma Per-Arne
ções corporativas. Sandstrom, COO da Ericsson.
Um dos lançamentos é o Adicionalmente, a empresa ressalta a oferta do subsistema IPMM
Nokia 6220, aparelho com (lP mu/timedia). Este último, permite que as telcos mantenham seus
câmera integrada destinado investimentos iniciais nos serviços 'push-to-talk' e gradualmente façam
especialmente a projetos de a expansão da rede e dos serviços IP.
comunicação corporativa móvel. A Ericsson afirma que o Instant Talk, primeiro serviço integrado ao
O equipamento conta com capa- subsistema IPMM, deverá estar comercialmente no mercado na segunda
cidades de mensagens multimí- metade de 2003. Além dele, outras aplicações devem ser lançadas pela
dia e software de e-mail do tipo companhia como mensagens instantâneas, audioconferência, sessões
cliente/servidor, além de ter interativas e videotelefonia.
suporte ao EDGE. A previsão
é que o novo aparelho chegue
inicialmente à Europa, Ásia e
África no terceiro trimestre. Transmissão via satélite ganha destaque na guerra
Em busca do consumidor
final, a aposta da empresa é
o Nokia 3300, telefone móvel Os equipamentos baseados na transmissão de conteúdo via satélite
com MP3 P/ayer, FM e gravador têm tido especial participação na cobertura da Guerra do Iraque. Para
digital. Com ele, os usuários atender exatamente à necessidade de envio de imagens e sons, em
podem fazer down/oad de arqui- tempo real, a partir de locais sem infra-estrutura física de telecom, as
vos diretamente do computador empresas Swe-Dish Satellite Systems e TVz anunciaram lançamentos e
- por meio de conexão USB -, que já estão sendo utilizados pela imprensa internacional.
rodar jogos e conectar-se por De acordo com Hampus Delin, diretor de marketing da fabricante
meio de uma conexão Bluetooth suecaSwe-Dish, muitas redes de televisão de todo o mundo adquiriram
a outros equipamentos. O Nokia o sistema de transmissão /PT Suitcase para fazerem a cobertura do
3300 deverá chegar aos merca- conflito no Iraque. Ele destaca que a solução é perfeita para a situação,
dos europeu, africano e asiático uma vez que tem dimensões reduzidas e permite a transmissão de
no segundo trimestre do ano. conteúdo multimídia via satélite, utilizando protocolo IP,em velocidades
Além desses, a líder do mer- de até 2 Mbps.
cado de telefonia móvel anuncia "O produto oferece qualidade de trasmissão de broadcast em um
ainda um equipamento para equipamento facilmente manuseado por equipes reduzidas, formadas
comunicação em veículos. O por um repórter e um câmera", explica o executivo.
Nokia 810 é um celular GSM A britânica TVZ também aposta em uma solução que deve facilitar
desenhado especialmente para a cobertura da guerra. Trata-se do software Laptop News Gathering
ser utilizado em carros, vans (LNG), o qual permite alta compressão de vídeo para possibilitar sua
e caminhões. O dispositivo, transmissão por meio de telefonia via satélite. Na prática, o jornalista
que permite a duas pessoas pode realizar o down/oad de vídeos no /aptop, fazer a compressão
utilizarem o celular ao mesmo no LNG e enviar o conteúdo por meio de uma conexão telefônica via
tempo, deverá chegar ao mer- satélite. Ken Herron, diretor da empresa, afirma que as redes de TV
cado também no terceiro trimes- BBC e ABC News foram as primeiras clientes do produto.
tre.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 63


NOTÍCIAS

Jeff Eckert

CIRCUITOS E COMPONENTES7
- -,--~--- usadas em varredura PET para localizar of Musical Instrument Digital Interface
tumores, mamografia, biopsias, jogos (MIOI) Oara em LANs: Distrlbuted midi
Display Espacial Produz e muitas outras. As possibilidade são ou O Mlol deverá estar pronto no final
Imagens 3-D ilimitadas, principalmente levando-se de 2003. Ele manterá compatibilidade
em consideração que ele pode ser com os hardwares e softwares existen-
Apresentado este mês como acoplado a um VeR. É claro que os tes da especificação MIOI original, que
"produto que você vai adorar custos ainda não são acessíveis, pois já tem 20 anos de idade.
ter na sua mesa", o sistema Pers- de acordo com as notícias, eles são O padrão MIOI original permite a
pecta 3D da Actually System, Inc maiores que $ 50 000 dólares. transmissão numa velocidade de 31,25
(www.actuallysystems.com) consiste kbaud, o que é apropriado para con-
em um displayesférico de 10 polega- trolar apenas uns poucos dispositivos
das e um software Perspecta asso- MIOI. OMIOI usará a estrutura de
ciado que, em conjunto, habilitam os transmissão de dados baseada em
usuários a ter imagens espaciais de Ethernet, podendo transportar dados
alta resolução, as quais podem ser numa velocidade de até 10 Gbit/s.
observadas de qualquer posição em O novo padrão irá aumentar o
relação ao display. número de dispositivos endereçáveis
O sistema é baseado em diversas I passando de 16 para perto de 16
tecnologias patenteadas, incluindo a ~ milhões, cada qual mantendo a estru-
"rasterização de linhas numa grade .'l~ tura MIOI de 16 canais. OMIOI acres-
cilíndrica", que essencialmente cobre -1l centa adicionalmente a capacidade
um algo ritmo gráfico que descreve j de enviar meta-mensagens para o
como desenhar linhas retas em um 8 controle melhorado de dispositivos.
espaço multidimensional além de uma O padrão irá otimizar OMIOI para
"arquitetura volumétrica 3-D" que se o Perspecta 3D System, uma combina- dispositivos de baixa potência, especi-
encaixa na tela 3-D da empresa e uma ção de hardware e software, permite ficamente protocolos de comunicação
tela de projeção eu espalha luz em uma visualização de 360 graus. para transmissão de dados em LANs,
direções diferentes para criar imagens além de conter protocolos de baixo
foto-realísticas com aparência sólida. nível e um esquema de alto nível de
Ainda segundo informações, ele endereçamento para interconectar
opera projetando milhares de imagens Novo Padrão Deverá Definir dispositivos MIOI através de LANs.
bidimensionais na tela que roda a uma Técnicas de Rede MIOI Ele também possui estratégias de
velocidade de 730 rpm. Pode-se obter envio de tal forma que hardware de
uma resolução de 768 x 768 pixels com O Institute ot Electrical and Electro- MIOI tradicional possam funcionar
um "refresh" de 24 Hz. As cores são de nics Engineers Standards Assaciatian em velocidades maiores, e com isso
apenas 3 bits mas, afinal de contas, (IEEE-SA) começou a trabalhar em os softwares já existentes poderão
trata-se de uma nova invenção. um padrão para aumentar o alcance operar normalmente no mesmo har-
A unidade elimina 100 milhões das interfaces digitais para instrumen- dware desenvolvendo velocidades
de pixels de volume ou "voxels" dentro tos musicais MIOI) proporcionando máximas das LANs.
de uma domo transparente de Lexan, a transmissão via redes Ethernet e Quem tiver interesse técnico ou de
e as imagens podem ser vistas sem IEE 802.11, tema que deve interessar fabricação em MIOI está convidado a
a necessidade de recursos especiais. bastante pessoas que trabalham com visitar o IEEE P1639 Working Group.
Aplicações possíveis incluem a imagem música. O novo padrão, IEEE P1639, Para mais informações visite o site:
de órgãos em Medicina tais como as denominado "Standard forTransmission hUp://www.dmidi.org/.

64 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


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E PROBLEMA DE MULTIPERCURSO NA TRAN~I MISSÃO TERRESTRE
Leonardo Gomes Baltar
Marcello Artimos Neves

Diferentemente da transmissão recebido no receptor - sredt) - será TG em comparação a T, maior será a


por satélite e por cabo, a transmissão da forma: interferência intersimbólica.
terrestre é afetada pelo problema do srec(t} = Ao s(t) + A1 s(t-t1) + A2
multipercurso. O receptor de uma s(t-t2Y + ... + An s(t-tn)
transmissão terrestre recebe o sinal onde Ao é a atenuação sofrida pelo MULTIPORTADORAS
principal transmitido por uma antena sinal principal e A1' A2' ... , An são as
somado com alguns ecos (atrasados atenuações sofridas pelas versões Para reduzir os efeitos do multi-
e atenuados) provenientes de refle- refletidas ou ecos, e os tempos t1, t2, percurso, podemos fazer com que a
xões que ele sofre em obstáculos ... , tn são os atrasos sofridos por cada duração de cada símbolo a ser trans-
como montanhas, edifícios, árvores, eco. A figura 1 ilustra o problema do mitido seja grande em comparação
etc. Além disso, o receptor pode multipercurso. ao acréscimo TG inserido pelo canal.
estar recebendo também um sinal Visto isso, o sinal que representa tal Para que a duração T seja grande,
de outra antena transmissora situada símbolo durará, no receptor, mais que devemos utilizar, para cada símbolo,
em lugar mais distante (do receptor) o intervalo de tempo T. Na verdade, ele portadoras diferentes e com largura de
do que a antena principal. Esse durará Tmais o atraso sofrido pelo eco banda razoavelmente estreita; quanto
sinal recebido da antena secundária que percorrer a maior distância para maior o valor desejado para T, menor
também é uma versão atrasada e chegar ao receptor. Assim, podemos deverá ser a banda de cada portadora
atenuada do sinal principal e, por modelar o canal por uma função de que carregará os símbolos.
isso, seu efeito no receptor é idêntico transferência g(t) de duração T G. Então, para reduzir os efeitos do
ao dos ecos ou reflexões. O resultado da ação da função de canal com problema do multipercurso,
Visando resolver o problema do transferência g(t) sobre o sinal s(t) será devemos usar um sistema onde cada
multipercurso, foi criada uma téc- um outro sinal com duração T + T G. símbolo é carregado por uma porta-
nica de modulação chamada OFDM Quando transmitirmo? uma seqü- dora de banda bem estreita. Quanto
(Orthogonal Frequency Division ência de símbolos de duração T por mais estreita for esta banda, maior
Multiplex). Esta técnica é usada, um canal modelado conforme foi será a duração dos símbolos e menor
entre outros casos, na transmissão exposto, os símbolos posteriores serão será a interferência intersimbólica;
terrestre dos sistemas de televisão influenciados pelos anteriores, visto além disso, mais portadoras "caberão"
digital europeu e japonês, denomina- que tal canal "alonga" a duração de dentro da banda disponível a ser
dos respectivamente DVB-T (Digital cada um deles em TG. Isso caracteriza utilizada. Porém, não podemos reduzir
Video Broadcasting - Terrestrial) e o que chamamos de interferência infinitamente a largura de banda de
ISDB-T (Integrated Services Digital intersimbólica. Quanto maior o valor de cada portadora, pois nesse caso a
Broadcasting - Terrestria/), assim
como nos sistemas de rádio digital
europeu e americano, denominados
respectivamente Eureka-147 e IBOC
(in-band on-channel).

Co-canal
MODELAGEM DO
MULTIPERCURSO

Considere um determinado sinal


s(t) representando um símbolo a
ser transmitido durante um intervalo
de tempo T. Em um ambiente com
problema de multipercurso, o sinal Figura 1

66 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


TELECOMUNICAÇÃO

duração dos símbolos se tornaria do sistema OFDM.lsso porque quando esse sistema também terá taxa de
infinitamente grande. aumentamos a banda de uma porta- transmissão N/T, como no OFDM.
Para que vários símbolos de dura- dora, a duração do símbolo que ela Neste ponto, devemos mencionar
ção T possam ser transmitidos ao carrega diminui na mesma proporção, que a atenuação sofrida por cada
mesmo tempo - cada qual carregado e vice-versa. Suponha, por exemplo, portadora de um sistema OFDM é
por sua portadora - e possam ser que tenhamos uma banda Wa ser praticamente plana, visto que cada
devidamente recuperados, essas utilizada para transmissão de símbolos. uma delas têm largura de banda
portadoras devem ser ortogonais entre Podemos dividir essa banda entre estreita. Isso torna a equalização um
si. Duas funções são ditas "ortogonais" N portadoras, resultando em uma processo bastante fácil: se conhece-
quando a área abaixo do gráfico banda de W/N para cada, cada qual mos ou temos como estimar o canal,
resultante do produto dessas duas carregando um símbolo de duração a equalização será feita somente
funções for nula. Para exemplificar, T. Como no sistema OFDM podemos ajustando-se a amplitude e fase de
considere as funções Ct(t) e c2(t) e a transmitir todos esses N símbolos cada portadora recebida. Para fazer
função p(t) = ctrt) x c2(t) representadas simultaneamente, a taxa de transmis- uma estimativa do canal, usa-se
nos gráficos da figura 2. são será N/T. Se utilizarmos essa enviar, em instantes de tempo conhe-
No gráfico de p(t), a área acima do mesma banda W num sistema com cidos tanto pelo receptor quanto pelo
eixo t e a área abaixo são iguais em uma única portadora, o único símbolo transmissor, algumas portadoras
módulo. Como uma delas é positiva e que poderá ser transmitido de cada piloto, isto é, portadoras que possuem
a outra é negativa, sua soma é nula. vez terá duração T/N. Assim sendo, freqüência, amplitud e e fase conhe-
Logo, as funções c .tt) e C2(t) são cidas. Dessa forma, o receptor com-
ortogonais. para amplitude e fase da portadora
Para que as portadoras que car- recebida com os parâmetros que ela
regam os símbolos sejam ortogonais realmente deveria ter. E, portanto, ele
entre si, elas devem estar situadas consegue estimar qual a distorção
em freqüências múltiplas de uma apresentada pelo canal para aquela
~ t
freqüência fundamental fo, ou seja, T freqüência determinada.
as freqüências das portadoras devem
se situar em f = kfo, com k = 0,
1, 2, ... , n-1, onde n é o número PREFIXO cíCLICO
de portadoras. A figura 3 mostra
o diagrama de blocos do sistemas T Vimos anteriormente que não
OFDM analógico. podemos reduzir infinitamente a banda
Na figura 3, hs(t)eiwt , onde w = -1 de cada portadora para que se reduza
2pfok com k = 0, 1, ....n-t , são as a nulo o efeito da interferência intersim-
funções que representam as porta- p(t) = C1 (t) . C2(t) bólica, pois o período dos símbolos se
doras. tornaria extremamente longo. Assim,
21----:
A figura 4 exibe como podemos na prática, por mais que a banda de
mapear uma seqüência binária, repre- cada portadora OFDM não seja tão
sentada pelo sinal sNRz{t) em porta- grande como num sistema de única
doras OFDM. Neste caso, existem dois portadora, o efeito da interferência
símbolos possíveis: zero e um. A figura intersimbólica causada pelo canal
mostra também um símbolo OFDM -2 devido ao aumento da duração do sím-
no domínio do tempo - SOFDM(t) - bolo em TG ainda existirá. Para resolver
formado com a seqüência de bits a Figura 2 esse problema definitivamente, o
ser enviada, e a representação desse
símbolo no domínio da freqüência -
sOFDM(f). Note que a portadora que
carrega o terceiro bit do sinal SNRz{t)
não aparece nessa figura, pois o bit
que a modula tem valor zero.
O fato de transmitirmos vários
símbolos de duração T ao mesmo
tempo, cada qual em sua portadora,
não faz com que a taxa de transmis-
são do sistema OFDM seja maior que
a de um sistema que utiliza uma única
portadora com banda igual à soma
das bandas das múltiplas portadoras Figura 3

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 67


gica é usada apenas para facilitar o
entendimento dos conceitos. Sendo
assim, nesta seção daremos uma
Tu=TB·5 descrição um pouco mais formal do
~--~~~~~L-~~~--+t sistema OFDM digital. Para que o
leitor a compreenda integralmente,
ele deve estar acostumado com a
teoria das transformadas discretas,
como a DFT/IDFT (Oiscrete Fourier
Transform e Inverse Oiscrete Fourier
Transform) lineares e circulares, e
com os conceitos de convolução linear
e convolução circular. Para os leitores
que não dominam ou não conhecem
tal campo do processamento digital
de sinais, não há motivo para preo-
cupação, pois as seções anteriores
descreveram os princípios básicos
do sistema OFDM, tão empregado
nos padrões de transmissão terrestre
atuais.
Figura 4 Como dito anteriormente, para que
as portadoras sejam ortogonais elas
símbolo enviado será modificado devem estar situadas em freqüências
pela inclusão de um prefixo cíclico. múltiplas de uma fundamental. Isso
Começaremos definindo o que é um é equivalente a, num sistema OFDM
prefixo cíclico (CP - Cyclic Prefix) ~ digital, calcular uma 10FT com os
para depois entendermos como ele é
usado para eliminar de uma vez por
• D ~
valores dos símbolos a serem trans-
mitidos. A figura 7 ilustra o diagrama
todas o problema de multipercurso Tempo de blocos de um sistema OFDM
apresentado nas transmissões terres- digital.
tres. Figura 5 Assumindo que o sistema OFDM
Um "prefixo cíclico" é uma cópia possui N portadoras, com uma banda
da parte final de um símbolo OFDM e o símbolo seguinte não sofrerá total de 2n: rad/s (que corresponde
que é concatenada com ele, antes influência alguma. A interferência à banda analógica W), o sistema
do símbolo ser transmitido. O prefixo acontecerá no intervalo de tempo em transmissor interpreta os símbolos
cíclico também é chamado de inter- que se localiza o prefixo cíclico. A (números) xk,l como se cada um fosse
valo de guarda. A figura 5 ajuda a figura 6 mostra como isso acontece carregado por uma portadora centrada
entender o que é um prefixo cíclico. no domínio do tempo. O receptor numa freqüência múltipla de 2n:/N.
Assumiremos que a duração deste recebe um sinal principal acrescido de Dessa forma o I-ésimo símbolo OFDM
prefixo é igualou maior que o acrés- três ecos com atrasos e atenuações (antes da inclusão do prefixo cíclico) é
cimo que o canal causa no período do diferentes. Repare que os tran- definido como a 10FT abaixo:
símbolo recebido, ou seja, o prefixo sientes (interferências) realmente N - 1
-j2rrkn
cíclico dura, no mínimo, TG.
Para entender como o CP pode
acontecem no intervalo de tempo
T G. Descartando-se, no receptor,
X 1 (k) =L
N L
n=O
X
n,1
e N

ser utilizado para solucionar o pro- esse intervalo de tempo, podemos para O :::;k s N - 1
blema do multipercurso, lembremos recuperar perfeitamente o símbolo Deve ser notado que Xlk) está
que quando o símbolo enviado sofre enviado apenas ajustando sua ampli- espaçado no tempo de T segundos
a ação do canal, o resultado tem tude e fase de acordo com a estima- em relação a X'+1(k) (levando-se em
duração maior que o símbolo original. tiva do canal feita com o envio das conta o prefixo cíclico).
Esse aumento de duração provocaria portadoras piloto, como explicado O multiplexador da figura conca-
interferência num símbolo seguinte anteriormente. tena os símbolos X,(k) , 1= 1,2, ... ,
se este fosse enviado imediatamente inserindo entre eles o prefixo cíclico
após o anterior. Com a inclusão de cada um. Então, o sinal s[k] (na
do prefixo cíclico, esse acréscimo OFDM DIGITAL figura) terá a forma abaixo:
que o canal causa nos símbolos s[k}=[CP1 XdO) Xd1) ... XdN-1)
transmitidos influenciará apenas a OFDM é uma técnica de modula- CP2 X2(O) X2(1) ... X2(N-1)
posição ocupada por esse prefixo ção digital. Sua interpretação analó- ... }

68 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


TELECOMUNICAÇÃO

Do ponto de vista do receptor, o


uso do prefixo cíclico mais longo que
a resposta ao impulso g[m;k] do canal
fará com que a convolução linear seja
Sinal principal
idêntica a uma convolução circular (o
parâmetro m em g[m;k] representa
uma possível variação da resposta
eco 1
do canal com o tempo). Denotando a
convolução circular por '@', o sistema
OFDM completo pode ser descrito eco 2
pela seguinte equação:
y, = DFT(IDFT(xtJ @g,)
eco 3
onde y, contém os N símbolos
recebidos, x, contém os N símbolos
enviados e g, é a resposta ao impulso Sinal resultante --~---1=----\-----jt--+---\:--+--~..-----/--t--.
do canal. no receptor
Agora, usaremos o fato de que
a DFT de dois sinais ciclicamente
convoluídos é o produto das DFTs
dos dois sinais. Denotando o produto
elemento a elemento por ", a expres- Figura 6
são acima pode ser escrita como:
Yt = x, . DFT(g,) = x, . h,
onde h, = DFT(g,) é a resposta em Transmissor Canal Receptor
freqüência do canal.
Desde que haja uma razoável esti- XO,1 YO,1
mativa do canal, o receptor pode encon- X1,1 Y1,1
trar o símbolo emitido bastando dividir o ~
~
símbolo recebido y, pela resposta h, do ~ ~
t:l
canal na freqüência em que tal símbolo
está sendo carregado. Esta estimativa é
feita por meio da técnica de equalização Figura 7
citada anteriormente
diminui a taxa real de transmissão de mento digital de sinais. A forma digital é
informação útil, mas esse é um preço a utilizadanas implementações práticas,
CONCLUSÃO razoavelmentebaixo a ser pago para quase sempre com um chip DSP Neste
que o problema de multipercurso e, caso a DFT é calculada utilizando-se
Vimos, neste artigo, as caracterís- conseqüentemente, da interferência um algoritmo rápido, a chamada FFT
ticas do sistema OFDM e as técnicas intersimbólica, sejam evitados. (Fast Fourier Transform).
usadas para solução do problema Evidenciamos que ao usar porta-
de multipercurso apresentado em doras de banda estreita, a atenuação
BIBLIOGRAFIA
transmissões terrestres. Vimos sofrida por cada uma delas é prati-
ainda que sistemas importantes, camente plana, fazendo com que - Diniz, Paulo S. R. & Silva, Eduardo
como os de TV e rádio digital, a equalização seja muito simples. A. B. da & Netto, Sergio L. (2002). Digi-
empregam tal técnica de modulação/ Para a equalização é necessário tal Signal Processing: System Analy-
multiplexação. ter uma estimativa da resposta em sis and Design. Cambridge University
Press.
O sistema OFDM foi tratado nos freqüência do canal. Isso pode ser
domínios do tempo e freqüência para feito com o envio de portadoras- - Haykin, Simon. (2001). Communi-
que o entendimento pudesse ser o piloto, que têm parâmetros conheci- cation Systems. John Wiley & Sons.
mais completo possível. dos tanto pelo transmissor quanto
Devemos novamente chamar a pelo receptor. - An Introduction to Orthogonal
Frequency-Division Multiplexing: Part
atenção para o fato de que o uso de As características básicas de um
1. Division of Signal Processing, Lulea
múltiplas portadoras não aumenta a sistema OFDM foram dadas, sempre University.
taxa de transmissão, uma vez que a acompanhadas de sua interpretação
diminuição da banda da portadora analógica. Terminamos o artigo com - Reimers, Ulrich. (2001). Digital
causa um aumento na mesma propor- a descrição mais formal do sistema Vídeo Broadcasting: The International
Standard for Digital Television. Sprin-
ção na duração do símbolo carregado OFDM digital para os leitores mais
gero
por ela. A inclusão do prefixo cíclico experientes nas técnicas de processa-

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 69


TíTULOS DE FilMES DA ELITE MUlTIMíDIA
M01 - CHIPS E MICROPROCESSADORES
Filmes de Treinamento em fitas de vídeo M02 - ELETROMAGNETISMO
M03 - OSCILOSCÓPIOS E OSCILOGRAMAS
Uma coleção do Prof. Sergio R. Antunes M04 - HOME THEATER
M05 - LUZ,COR E CROMINÃNCIA
Fitas de curta duração com imagens M06 - LASER E DISCO ÓPTICO
M07 - TECNOLOGIA DOLBY
Didáticas e Objetivas M08 - INFORMÁTICA BÁSICA
M09 - FREQUÊNCIA, FASE E PERíODO
M10 - PLL, PSC E PWM
M11 - POR QUE O MICRO DÁ PAU
M13 - COMO FUNCIONA A TV
M14 - COMO FUNCIONA O VIDEOCASSETE
*05 - SECRETÁRIA EL. TEL. SEM FIO 26,00 M15 - COMO FUNCIONA O FAX
*06 - 99 DEFEITOS DE SECR.fTEL S/FIO 31 ,00 M16 - COMO FUNCIONA O CELULAR
M17 - COMO FUNCIONA O VIDEOGAME
*08 - TV PB/CORES: curso básico 31,00 M18 - COMO FUNCIONA A MULTIMíDIA (CD-ROM/DVD)
*09 - APERFEiÇOAMENTO EM TV EM CORES 31,00 M 19 - COMO FUNCIONA O COMPACT D/SC PLAYER
*10 - 99 DEFEITOS DE TVPB/CORES 26,00 M20 - COMO FUNCIONA A INJEÇÃO ELETRÔNICA
11 - COMO LER ESQUEMAS DE TV 31 ,00 M21 - COMO FUNCIONA A FONTE CHAVEADA
M22 - COMO FUNCIONAM OS PERIFÉRICOS DE MICRO
*12 - VIDEOCASSETE - curso básico 38,00
M23 - COMO FUNCIONA O TEL. SEM FIO (900MHZ)
16 - 99 DEFEITOS DE VíDEOCASSETE 26,00 M24 - SISTEMAS DE COR NTSC E PAL-M
*20 - REPARAÇÃO TVNCR C/OSCILOSCÓPIO 31,00 M25 - EQUIPAMENTOS MÉDICO HOSPITALARES
*21 - REPARAÇÃO DE VIDEOGAMES 31,00 M26 - SERVO E SYSCON DE VIDEOCASSETE
M28 - CONSERTOS E UPGRADE DE MICROS
*23 - COMPONENTES: resistor/capacitor 26,00
M29 - CONSERTOS DE PERIFÉRICOS DE MICROS
*24 - COMPONENTES: indutor, trafo cristais 26,00 M30 - COMO FUNCIONA O DVD
*25 - COMPONENTES: diodos, tiristores 26,00 M36 - MECATRÔNICA E ROBÓTICA
*26 - COMPONENTES: transistores, Cls 31 ,00 M37 - ATUALIZE-SE COM A TECNOLOGIA MODERNA
M51 - COMO FUNCIONA A COMPUTAÇÃO GRÁFICA
*27 - ANÁLISE DE CIRCUITOS (básico) 26,00
M52 - COMO FUNCIONA A REALIDADE VIRTUAL
*28 - TRABALHOS PRÁTICOS DE SMD 26,00 M53 - COMO FUNCIONA A INSTRUMENTAÇÃO BIOMÉDICA
*30 - FONTE DE ALIMENTAÇÃO CHAVEADA. 26,00 M54 - COMO FUNCIONA A ENERGIA SOLAR
*31 - MANUSEIO DO OSCILOSCÓPIO 26,00 M55 - COMO FUNCIONA O CELULAR DIGITAL (BANDA B)
M56 - COMO FUNCIONAM OS TRANSISTORES/SEMICONDUTORES
*33 - REPARAÇÃO RÁDIO/ÁUDIO (EI.Básica) 31 ,00
M57 - COMO FUNCIONAM OS MOTORES E TRANSFORMADORES
34 - PROJETOS AMPLIFICADORES ÁUDIO 31,00 M58 - COMO FUNCIONA A LÓGICA DIGITAL (TTUCMOS)
*38 - REPARAÇÃO APARELHOS SOM 3 EM 1 26,00 M59 - ELETRÔNICÀ EMBARCADA
*39 - ELETRÔNICA DIGITAL - curso básico 31 ,00 M60 - COMO FUNCIONA O MAGNETRON
M61 - TECNOLOGIAS DE TV
40 - MICROPROCESSADORES - curso básico 31 ,00
M62 - TECNOLOGIAS DE ÓPTICA
46 - COMPACT DISC PLAYER - curos básico 31,00 M63 - ULA - UNIDADE LÓGICA DIGITAL
*48 - 99 DEFEITOS DE COMPACT DISC PLAYER 26,00 M64 - ELETRÔNICA ANALÓGICA
*50 - TÉC. LEITURA VELOZlMEMORIZAÇÃO 31,00 M65 - AS GRANDES INVENÇÕES TECNOLÓGICAS
M66 - TECNOLOGIAS DE TELEFONIA
69 - 99 DEFEITOS RADIOTRANSCEPTORES 31 ,00
M67 - TECNOLOGIAS DE VIDEO
*72 - REPARAÇÃO MONITORES DE VíDEO 31,00 M74 - COMO FUNCIONA O DVD-ROM
*73 - REPARAÇÃO IMPRESSORAS 31 ,00 M75 - TECNOLOGIA DE CABEÇOTE DE VIDEO
*75 - DIAGNÓSTICOS DE DEFEITOS DE TELEViSÃO 31 ,00 M76 - COMO FUNCIONA O CCD
M77 - COMO FUNCIONA A ULTRASONOGRAFIA
*81 - DIAGNÓSTICOS DE DEF. EM FONTES CHAVEADAS. 31,00
M78 - COMO FUNCIONA A MACRO ELETRÔNICA
*85 - REP. DE COMPUTADORES IBM 486/PENTIUM 31,00 M81 - AUDIO, ACÚSTICA E RF
*86 - CURSO DE MANUTENÇÃO EM FLlPERAMA 38,00 M85 - BRINCANDO COM A ELETRICIDADE E FíSICA
87 - DIAGNÓSTICOS EM EQUIPAMENTOS MULTIMíDIA. 31 ,00 M86 - BRINCANDO COM A ELETRÔNICA ANALÓGICA
M87 - BRINCANDO COM A ELETRÔNICA DIGITAL
*88 - ÓRGÃOS ELETRÔNICOS - TEORIA E REPARAÇÃO 31 ,00
M89 - COMO FUNCIONA A OPTOELETRÔNICA
*94 - ELETRÔNICA IND. SEMICOND. DE POTÊNCiA 31,00 M90 - ENTENDA A INTERNET
M91 - UNIDADES DE MEDIDAS ELÉTRICAS

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acompanham as fitas de vídeo

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de informações para o técnico reparador e estudante.
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prof. Sergio R. Antunes.

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Neste artigo descreveremos o sistema DSL e suas variações.
Newton C. Braga

A tecnologia comum empregada informações transmitindo-as com 4,5 milhões de pessoas na Inglaterra
para as comunicações telefônicas muito maior velocidade foi criada a (que estariam plugadas na Internet)
que faz uso de sinais analógicos não tecnologia DSL (Digital Subscriber eram mulheres e estariam fazendo
é a mais apropriada para as necessi- Une) ou Linha de Assinante Assimé- compras por esse sistema.
dades crescentes de transportar um trica Digital e suas variações ADSL, Tudo isso exigia a criação de um
volume enorme de informações. HDSL e RADSL. sistema mais rápido de transferir
Cada vez mais pessoas estão Analisemos como funciona. dados pelas linhas telefônicas.
ligadas à Internet e, conseqüente- Assim, a Compaq, Intel e Microsoft
mente, cada vez maior velocidade na trabalhando com empresas telefôni-
transmissão dos dados é exigida. o QUE É A TECNOLOGIA DSl cas, desenvolveram uma variação da
Para que o leitor tenha uma idéia tecnologia DSL mais fácil de instalar,
da lentidão das linhas telefônicas DSL é uma tecnologia de pro- do tipo ADSL.
comuns, basta dizer que usando um cessamento de sinais digitais para Na versão ADSL ou Asymmetric
modem de 56 kbps precisamos de 25 comutação e roteamento através de Digital Subscriber Une, a velocidade
minutos para transmitir um arquivo linhas telefônicas com alta velocidade. de transmissão de dados baixados
de 20 megabytes. O ponto principal dessa tecnologia (downstream) é maior do que a
As linhas telefônicas tradicionais é proporcionar uma faixa passante velocidade dos dados enviados
foram feitas para transmitir apenas mais larga para os sinais que possa (upstream).
voz numa banda muito estreita de atender as exigências de demanda da A tecnologia ADSL pode transfe-
freqüências que vai, tipicamente, Internet. Em outras palavras, trata-se rir dados pela linha telefônica em
entre 300 Hz e 3 000 Hz. de uma tecnologia de banda larga ou uma velocidade (aproximadamente),
Para transmitir dados por estas "broad band". 200 vezes maior do que as linhas
linhas usando um modem comum Com ela é possível transmitir comuns, e acima de 90 vezes mais
diversos artifícios conseguem uma dados em uma velocidade de até rapidamente que as linhas ISDN.
velocidade máxima de 56 kbps, mas 6,1 Mbits por segundo, com um Isso corresponde ao recebimento
isso não é suficiente, conforme vimos valor teórico máximo de 8,448 Mbits de dados numa velocidade de até
antes. por segundo numa linha telefônica 6,1 Mbps e envio em velocidades
Além disso, existe o problema comum. de 640 kbps.
para a ocupação das linhas telefô- Tipicamente, os valores alcança- Basicamente, a tecnologia ADSL
nicas por longos intervalos, que não dos na prática estão entre 512 kbps e oferece as seguintes vantagens:
está apenas na conta que precisa- 1,544 Mbps para downstream e 128 • É mais rápida. Um arquivo de
mos pagar. As linhas telefônicas kbps para upstream. 10 Mbps pode ser transferido em
foram projetadas para manusear Originalmente, a tecnologia DSL apenas 10 segundos com um modem
"pacotes" de chamadas de 3 minu- foi criada em 1994 para proporcionar ADSL.
tos, e nos horários de pico os paco- a possibilidade de utilizar as linhas • É fácil de instalar. As linhas de
tes máximos são de 9 minutos. telefônicas para jogos interativos, pares trançados podem ser usadas
A ocupação da linha por mais de multimídia e teleconferência. para transmissão dos dados ADSL,
10 minutos seguidos é algo que Em 1997, um estudo feito pelo não havendo necessidade de novas
traz problemas, inclusive para as "NOP Research Group" mostrou instalações.
empresas de telefonia. que mais de 250 000 ingleses com- • É econômica.
Com a finalidade de adequar as pravam alguma coisa pelo sistema No Brasil, o exemplo dessa tec-
linhas telefônicas tradicionais de on-tine, mensalmente. Esse mesmo nologia é o sistema Speed, da Tele-
modo que elas possam manusear estudo mostrou que 10% das mais de fônica.

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 71


TELECOMUNICAÇÕES'

COMO FUNCIONA A Com a tecnologia ADSL é possível ASSIMETRIA - OTIMIZANDO


TECNOLOGIA DA BANDA LARGA estender a faixa passante para 1 MHz O SISTEMA
em linhas comuns. Nesta faixa, a
o ponto crítico das instalações informação é dividida em três canais, A assimetria vem do fato de que
telefônicas é a chamada "Iast mile" veja na figura 2. Com essa faixa ao utilizar a Internet, as pessoas
ou última milha, que corresponde passante, dados numa velocidade de tendem a movimentar dados em
ao pedaço de fio que vai da casa do até 8 Mbps podem ser transmitidos. maior quantidade numa direção do
assinante até o cabo mais próximo Um canal para baixar informações que em outra. De fato, temos muito
de sinais. Esta "última milha", na (downstream) de alta velocidade, um mais dados movimentando-se de
verdade, pode chegar até a 5,5 km canal de alta velocidade bidirecional algum lugar para a casa do assinante
ou 18 000 pés. (downstream/upstream) e um canal do que ao contrário.
O par trançado que é empregado convencional de voz. Levando em conta isso, a tec-
neste caso (ou fios comuns) apre- Disponibilizando-se os três canais nologia ADSL disponibiliza uma
senta indutâncias e capacitâncias que pode-se ao mesmo tempo, por exem- velocidade maior para o downstream
reduzem a banda passante oferecem plo, utilizar o canal de alta veloci- do que para o upstream. Desse
uma séria dificuldade para a trans- dade para se fazer o download de modo, para movimentar dados para
missão de dados de alta velocidade, um filme, um arquivo muito grande; a casa do assinante temos uma
conforme sugere a figura 1. o canal de velocidade média para velocidade máxima é de 8 Mbps,
Assim, à medida que nos aproxi- ler ou enviar um e-mail e o canal de enquanto que da casa do assinante
mamos desse limite, a velocidade voz para manter uma conversação para a rede a velocidade é de apenas
máxima de envio de dados diminui, comum. 640 kbps.
em valores múltiplos de 9600 estabe- Veja que a grande vantagem deste
lecidos por padrões Americanos e sistema é preservar o sistema con-
Europeus, como no caso dos modems vencional das comunicações de voz, O SISTEMA, NA PRÁTICA
comuns. Quanto mais perto da esta- simplesmente acrescentando novas
ção telefônica estiver o assinante, possibilidades à mesma linha. Na figura 3 ilustramos o modo
maior será a velocidade que seu Com a utilização da capacidade como funciona um sistema usando
sistema pode alcançar. completa do canal pode-se ir além, modemsADSL
O próprio fio usado é importante. trabalhando-se com quatro canais Os modems ADSL são ligados
Fios 24 podem transmitir os mesmos MPEG de vídeo comprimido sem ao computador, vídeo e também ao
dados a uma velocidade muito maior interrupção nos serviços normais de telefone comum conectando-se com
do que fios 26. telefonia. roteadores para Internet e também
De acordo com a figura 2, a faixa
passante da maioria das linhas tele-
fônicas não vai além de 4 kHz, o que
permite o uso (e sofrível) apenas da
voz para as comunicações.
Na verdade, quando o telefone Equivalente
foi inventado ninguém poderia imagi-
nar que ele poderia ser usado para
transmitir algo mais que não fosse
a voz!
Os modems modernos fazem
milagres conseguindo transmitir
dados em velocidades de até Figura 1
56 kbps em linhas comuns manuse-
ando a fase, amplitude e outras
características do sinal, mas essa
velocidade é limite teórico e, na
prática, somente em poucas linhas
é alcançada.
A idéia básica do ADSL é utilizar
uma técnica sofisticada de processa-
mento de sinais através de modems
li~:sli _e~M"'~To"eJ
Cl "O
DMT subcanal

~ f (Hz)
especiais que possibilitem o emprego 4,5 kHz 30 kHz 135 kHz 160 kHz 1,1 Mhz
dos fios comuns telefônicos sem Figura 2 - Modo como as informações são distribuídas no sinal ADSL:
precisar de uma faixa passante mais as freqüências mais altas são usadas para um canal de alta velocidade (8 Mbps)
larga que a existente. e as mais baixas para a voz.

72 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


Eletrônica
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WWW -Eletrônica Básica
-Eletrônica Digital
Figura 3 - Os elementos do sistema ADSL.
-Rádio -Áudio »Televisêo
«Compect Disc
para sistemas que transferem a voz OUTRAS VARIAÇÕES - Vídeocassete
para os telefones chamados. -Forno de Microondas
Na casa do assinante fica um dos a) IDSL -Eletrônica, Rádio e Televisão
modems enquanto que na empresa IDSL (ISDN DSL) é um sistema - Eletrotécnica
telefônica ficam os conjuntos de que está mais próximo do ISDN com «tnsteteções Elétricas
modems em racks. velocidades de dados de 128 kbps. -Enro/amento de Motores
Os modems da empresa telefô- b) SDSL -Retriqereçêo e Ar Condicionado
nica separam o que é voz do que SDSL ou Symmetric DSL usa - Microprocessadores
é dado, enviando-os aos circuitos um par simples trançado com uma -Software de Base
apropriados. As chamadas de voz velocidade de transmissão de dados -tntormétice Básica - DOS/W/NDOWS
são levadas à rede telefônica comum, de 1,544 Mbps (Estados Unidos e - Montagem e Manutenção de Micro
enquanto que os dados são enviados Canadá) e 2,048 Mbps (Europa) em
via uma Ethernet e roteador (eventu- ambas direções numa linha duplex. É Em todos os cursos você tem uma
almente uma linha de alta velocidade chamada "simétrica" porque a veloci- CONSULTORIA PERMANENTE!
OC-3 de 155 Mbps) ao provedor local dade dos dados é a mesma nos dois
de acesso à Internet. sentidos (upstream e downstream).
Occidenfa/ Schoo/$9
z-t t z , ,
Av. Ipiranga, 795 - 4° andar
Significado DlstAncls Fone: (11) 222-0061
Velocidade
dsSlgls Limite Fax: (11) 222-9493
Semelhante ao 01039-000 - São PaulO - SP
ISDN ISDN DSL, mas
5500 metros para dados
IDSL Digital 128 kbps
com fio 24 apenas -sem
Subscríber Une
voz na mesma I À
linha
1,544 Mbps duplex
I Occidental Schools®
Caixa Postal 1663
(USA e Canadá); O mesmo que I 01059-970 - São Paulo - SP
HDSL, mas
SDSL Symmetric DSL
2048 Mbps (Europa)
em linha simples 3,8 km com fio 24 exigindo apenas I
Solicito, GRÁ TIS
duplex - downstream
e upstream
um par trançado I O Catálogo Geral de cursos
1,544 Mbps até
II Nome: _
5500 metros;
1,544 s 6,1 Mbps 2048 Mbps até
4200 metros; Usado para
I End: -----------------
Asymmetríc Digital downstream e
ADSL
Subscriber Une 16 a 640 kbps
6312 Mbps
até 3800 metros;
Internet I
upstream 8448 Mbps I Bairro:
até 2800 metros. I CEPo __ -_ --_- _-_- _

Tabela 1 I Cidade Est.: _

I
SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003
,----------------------------- OOIJEOCASSE:r:e
001-Teoria de Videocassete
~I~~ 002-Análise de Circuitos de Videocassete
003-Reparação de Videocassete
004-Transcodificação de Videocassete
005-Mecanismo VCRjVídeo HI-FI
Método econômico e prático de treina-
mento, trazendo os tôpicos mais impor- ~I - .~
015-CãmerajConcordes-Curso Básico
VmEO-OIGITA 036-Diagnóstico de defeitos-
tantes sobre cada assunto. Com a Vídeo Parte Elétrica do VCR
15B - Princípios essenciais do Vídeo Digital
Aula você não leva só um professor para 037-Diagnóstico de Defeitos-Parte
159 - Codificação de sinais de Vídeo
Mecânica do VCR
casa, você leva também uma escola 160 - Conversão de sinais de Vídeo
054-VH&C e B mm
e um laboratório. Cada Vídeo Aula é 161- Televisão digital- DTV
057-Uso do Osciloscópio em Rep. de TV
composta de uma fita de videocassete e 162 - Videocassete Digital
e VCR
165 - Service Conversores de Satélite
uma apostila para acompanhamento. 075-Diagnósticos de Def. em Camcorders
175 - DAT - Digital Áudio Tape
077-Ajustes Mecânicos de Videocassete
07B-Novas Téc. de Transcodificação em
CI<ELEF:ONIN TV e VCR
006-Teoria de Televisão 017-Secretária Eletrónica 096-Tecnologia de Cls usados em Video-
007-Análise de Circuito de TV 01B-Entenda o Tel. sem fio cassete
OOB-Reparação de Televisão 071-Telefonia Básica 106-Dicas de Reparaçâo de
009-Entenda o TV EstéreojOn Screen OB7-Repar de Tel sj Fio de 900MHz Videocassete
035-Diagnóstico de Defeitos de Televisão 104-Teoria e Reparação de KS (Key Phone
045-Televisão por Satélite System)
051-Diagnóstico em Televisão Digital 10B-Dicas de Reparação de Telefonia ~CSíMILE..lEAX))
070-Teoria e Reparação TV Tela Grande
010-Teoria de FAX
OB4-Teoria e Reparação TV por Projeçãoj
011-Análise de Circuitos de FAX
Telão (MICRO-E-INF:ORMMlCN 012-Reparação de FAX
OB6-Teoria e Reparação TV Conjugado com
022-Reparação de Microcomputadores 013-Mecanismo e Instalação de FAX
VCR
024-Reparação de Videogame 03B-Diagnóstico de Defeitos de FAX
095-Tecnologia em Cls usados em TV
039-Diagn. de Def. Monitor de Vídeo 046-Como dar manutenção FAX Toshiba
107-Dicas de Reparação de TV
040-0iagn. de Def. de Microcomp. 090-Comá Reparar FAX Panasonic
041-Diagnóstico de Def. de Drives 099-Tecnologia de Cls usados em FAX
043-Memórias e Microprocessadores 11O-Dicas de Reparação de FAX
014-Compact Disc Player-Curso Básico 044-CPU 4B6 e Pentium 115-Como reparar FAX SHARP
034-Diagnóstico de Defeitos de CPD 050-Diagnóstico em Multimídia
042-Diag. de Def. de Vídeo LASER 055-Diagnóstico em Impressora
04B-lnstalação e Repar de CPD auto 06B-Diagnóstico de Def. em Modem IJIQ-E-víc&O
OBB-Reparação de Sega-CD e CD-ROM 069-Diagn. de Def. em Micro Aplle
091-Ajustes de Compact Disc e Vídeo 076-lnformática pj Iniciantes: Hardj 019-Rádio Eletrônica Básica
LASER Software 020-Radiotransceptores
097-Tec. de Cls usados em CD Player OBO-Reparação de Fliperama 033-Áudio e Aná!. de Circo de 3 em 1
114-Dicas de Reparação em CDPjVídeo OB2-lniciação ao Software 047-Home Theater
LASER OB9-Teoria de Monitor de Vídeo 053Drgão Eletrônico (TeoriajRep.)
092-Tec. de Cls. Família Lógica TIL 05B-Diagnóstico de Def. de Tape Deck
059-Diagn. de Def. em Rádio AMjFM
ÁREA5-BIVERSA 093-Tecnologia de Cls Família Lógica
11 ~ C-CMOS 067-Reparação de Toca Discos
E-EtETRONIC OB1-Transceptores Sintetizados VHF
100-Tecno!. de Cls-Microproc_essadores
016-Manuseio de Osciloscópio 101-Tec. de Cls-Memória RAM e ROM 094-Tecnologia de Cls de Áudio
021-Eletrônica Digital 113-0icas de Repar de Microcomput. 105-Dicas de Defeitos de Rádio
023-Entenda a Fonte Chaveada 116-Dicas de Repar de Videogame 112-Dicas de Reparação de Áudio
029-Administração de Oficinas 133-Reparação de Notebooks e Laptops 119-Aná!. de Circo Amplif. de Potência
052-Recepçãoj AtendimentojVendasj 13B-Reparação de No-Breaks 120-Análise de Circuito Tape Deck
Orçamento 141-Rep. Impressora Jato de Tinta 121-Análise de Circo Equalizadores
063-Diag. de Def. em Fonte Chaveada 142-Reparação Impressora LASER 122-Análise de Circuitos Receiver
065-Entenda Amplificadores Operacionais 143-lmpressora LASER Colorida 123-Análise de Circo SintoAMjFM
OB5-Como usar o Multímetro 136-Conserto Amplificadores de Potência
111-Dicas de Rep. de Fonte Chaveada
11B-Reengenharia da Reparação ..E~'FRQ-T-ÉGNIGIl-6.
12B-Automação Industrial ~MPONENTEs-eL-eTRÔNICOSl lR'EFRlGêR-'{Ca-o.:....:J
135-Válvulas Eletrónicas E-~LcTR:-lNOUSTRlA'-L---'
030-Rep. de Forno de Microondas
025-Entenda os Resistores e Capacitores
072-Eletr de Auto - Igniçâo Eletrônica
026-Ent. Indutores e Transformadores
(llLEEONE-CELULAR 027-Entenda Diodos e Tiristores
073-Eletr de Auto - Injeção Eletrônica
049-Teoria de Telefone Celular 109-Dicas de Rep. de Forno
02B-Entenda Transistores
064-Diagnóstico de Defeitos de Microondas
056-Mediçôes de Componentes
de Tal, Celular 124-Eletricidade Bás. pj Eletrotécnicos
Eletrônicos
OB3-Como usar e Configurar o Telefone 125-Reparação de Eletrodomésticos
060-Uso Correto de Instrumentação
126-lnst. Elétricas Residenciais
Celular 061-Retrabalho em Dispositivo SMD
127-lnstalaçôes Elétricas Industriais
09B-Tecnologia de Cls usados em Celular 062-Eletrônica Industrial (Potência)
103-Teoria e Reparação de Pager 129-Reparação de Refrigeradores
066-Simbologia Eletrônica
117-Téc. Laboratorista de Te!.Celular 130-Reparação de Ar Condicionado
079-Curso de Circuitos Integrados
131-Rep. de Lavadora de Roupa
132-Transformadores .
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Placa DC Módulo de Controle - SECL3
(Artigo publicado na Revista Saber Eletrônica nO186) ....R$ 10,00

MANUTENÇÃO EM EQUIPAMENTOS HOSPITALARES


O OBJETIVO deste curso é preparar técnicos para reparar equipamentos da área hospitalar, que utilizem princípios da Eletrônica e
Informática, como ELETROCARDIÓGRAFO, ELETROENCEFALÓGRAFO, ULTRA-SOM, MARCA-PASSO etc.
Programa: Aplicações da eletr.analógica/digital nos equipamentos médicos/hospitalares /
Instrumentação baseados na Bioeletricidade (EEG,ECG,ETc.) / Instrumentação para estudo
do comportamento humano / Dispositivos de segurança médicos/hospitalares / Aparelhagem CURSO COMPOSTO POR 5 FITAS DE
Eletrônica para hemodiálise / Instrumentação de laboratório de análises / Amplificadores VíDEO (DURAÇÃO DE 90 MINUTOS
e processadores de sinais / Instrumentação eletrônica cirúrgica / Instalações elétricas CADA) E 5 APOSTILAS, DE AUTORIA
hospitalares / Radiotelemetria e biotelemetria / Monitores e câmeras especiais / Sensores e E RESPONSABILIDADE DO PROF.
transdutores / Medicina nuclear / Ultra-sonografia / Eletrodos / Raio-X

PREÇO: R$ 297,00 (com 5% de desc. à vista + R$ 7,50despesas de envio) ou 3 parcelas, 1 + 2 de R$ 99,00


(neste caso o curso também será enviado em 3 etapas + R$ 22,50 de desp. de envio, por encomenda normal ECT.)

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ou verifique as instruções na solicitação de compra na página 79 até 10/06/2003
MICROCONTROLADORES

IvrRSJ\L y
- --~
ROLADORES Pie
Construa um versátil gravador de PIC utilizando a porta paralela do PC.

Elmo Dutra da Silveira Filho

A Microchip é uma empresa que podem ser baixados no site do fabri- identificar ante o programador qual
apostou em uma linha diversificada cante: www.microchip.com . o modelo de PIC. Para cada PIC
de chips microcontroladores, de 8 a é um valor único. A memória de
40 pinos, de 6 a 33 entradas e saídas Protocolo ICSP (In Circuit Serial configuração é um byte no endereço
digitais e analógicas. As capacidades Programming) OX2007. Támbém é conhecida como
de memória de programa ROM vão A programação dos PICs de 8 a fusível do PIC, contém as configura-
de 512 a 8 kbytes, e RAM de 56 a 40 pinos é relativamente sensível. ções de set-up, como habilitar ou não
376 bytes, além de memória Flash, Utiliza-se uma comunicação série o watchdog timer, tipo de oscilador
que mantém o dado armazenado síncrona com dois sinais: dado e de Clock, protetor de gravação de
com a falta de energia. Os periféricos relógio (clock) - RB6 e RB7 - desta memória, etc. Por último, a memória
disponíveis são: contadores / tempo- maneira enviam-se comandos para de dados estende-se desde o ende-
rizadores (T/Cs), circuito verificador que o PIC o execute e dados para reço OX2100, e é uma memória que
de integridade "cão de guarda - armazenamento. pode ser lida ou escrita pelo mesmo
watchdog time!", conversores A/O PIC durante o funcionamento normal
de 8 a 12 bits de resolução, comuni- através de programa armazenado
cação serial padrão 12C,SPI e agora MAPA DE MEMÓRIA ou escrito pelo programador. As
USB, modulação por largura de pulso memórias do tipo flash (EEPROM)
(PWM), além de outros. Arquitetura A memória ROM dos PICs está não perdem a informação ao desligar
RISC, ou código reduzido de instru- dividida em cinco partés: programa, a alimentação (retentividade).
ções, permite barramento interno 10 Locks, identidade do dispositivo,
otimizado (rapidez de processamento) configuração e dados. A memória de
e software com poucas instruções programa contém todo o código exe- MODO PROGRAMAÇÃO
(cerca de apenas 35, contra 111 do cutável do programa, estendendo-se
8051 e mais de mil do Z-80). desde o endereço O até 1FFF (8 Para colocar o PIC em modo pro-
No Brasil, os PICs da Microchip kbytes), mesmo que não esteja irnple- gramação, é necessário manter em
são largamente utilizados por pro- mentada em sua totalidade em todos nível baixo os pinos RB6 e RB7 (clock
jetistas de sistemas de controle. os modelos de PICs. O PIC 16F84, e dados) enquanto se produz o flanco
Este artigo pretende abordar um por exemplo, 'é flash de 13 l/Os e 1 ascendente de baixo (OV)a Vpp (13,4 V
programador universal de PICs de K de memória de programa, vai do mínimo) do pino MCLR (masterclear-
8, 18, 28 e 40 pinos, de baixo custo, endereço O até 03FFh. O 16F877 de reseQ.Uma vez neste estado, pode-se
ligado ao PC pela porta paralela. 8k vai de O a 1FFFh. acessar a memória de programa. RB6 é
O software de controle é padrão A memória 10 Locks estende-se utilizado como entrada de clock (relógio
Windows. O protocolo de gravação desde OX2000 até OX2003. São - sincronismo), e RB7 é utilizado para
é o da Microchip - ICSP - aberto, e quatro bytes de quatro bits cada entrada de bits de comando e para
foi extraído das notas de aplicação um, que servem para armazenar um entrada e saída de bits de dados
OS39025, OS30189 e AN589. Na número para implementar alguma durante a operação série. Para ingres-
Internet existem dezenas de circuitos característica como, por exemplo, sar um comando são necessários 6
compatíveis com este, além de sol- comunicação serial. A memória de ciclos de clock. Cada bit de comando é
twares de programação. Não grava os identidade do dispositivo é um só armazenado no flanco baixo do
chips 16C5X e 17C4X, de protocolo byte no endereço OX2006, e é só clock, com o bit menos significativo
diferente. Estes artigos técnicos de leitura. Contém um valor para (LSB) ingressando primeiro. No caso

76 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


MICROCONTROLADORES

do comando levar dado associado


ingressa-se o dito dado em 16 ciclo~ Load Data for Data Memory: Bulk Erase Data Memory:
de clock, também com o bit menos depois de receber este comando depois de receber este comando,
significativo primeiro. Inicia-se com o o PIC armazena o dado que segu~ com o próximo comando "Begin
bit de start, os dados são de 14 bits e com os próximos 16 ciclos de clock Programming", apaga-se toda
o último é de parada. Se o comando para ser gravado na memória de a memória de dados EEPROM.
é para ler um dado, o pino RB7 atua dados. Note-se que a memória de Para realizar-se o completo apa-
como saída e envia cada bit de dado dados é de 8 bits por byte, por isso gamento, deve-se cumprir os
no flanco de subida do clock, também deve-se levar em conta os 8 bits seguintes passos:
com 16 bits: bit de start, 14 bits de menos significativos dos 14 que 1- Comando Load Data for
dados e um bit de parada. O dado sai compõem o dado recebido. Data Memory com OXFFFF como
valor.
com o bit menos significativo primeiro.
2- Comando Bulk Erase Pro-
Load Configuration: depois gram Memory
COMANDOS de receber este comando e 16 3- Comando Begin Program.
ciclos de clock, o contador de pro- 4- Esperar 10 ms.
grama (PC) situa-se no endereço
Read Data from Data Memory:
OX2000. Desta maneira pode-se
depois de receber este comando
programar a memória 10 Loc a Read Data from Program
o PIC transmitirá os bits de dado~
de configuração e a de dados. Memory: depois de receber este
da memória de dados EEPROM
O único modo de voltar a poder· comando, o PIC transmite os bits de
em que está apontado o contador
programar ou ler a memória do dados da memória de programa, 10
de programa (PC). O bit RB7 troca
programa (OXOOOOa OX1FFF) é Locks, identidade ou configuração,
o modo saída no segundo flanco
resetar o PIC com o pino MCLR segundo onde está apontando o
ascendente do ciodc e volta ao modo
em nível baixo, saindo do modo contador de programa (PC). O pino
entrada (alta impedância), após o
programação e voltando a ele. RB7 (dado) troca o modo saída
décimo sexto flanco ascendente
do clock. Note-se que a memória no segundo flanco ascendente do
EEPROM de dados tem só 8 bits clocke volta ao modo entrada (alta
por byte, e deve-se ter em conta os Begin Program: programa a impedância) depois do décimo
8 bits menos significativos. memória do PIC segundo o último sexto flanco ascendente do clock.
comando "Load Data for Program
Memory" ou "Load Data for Data PROTEÇÃO DE CÓDIGO
Load Data for Proqrarn Memory" ingressado. É necessário
Memory: .depois de receber este executar um dos comandos ante- Se o PIC tiver a proteção de código
comando, o PIC armazena o dado riores para prqgramar a posição de ativada, ao ler serão obtidas todas as
que segue com os próximos 16 memória. Não se requer nenhum posições de memória em zero, e a
ciclos de clock para ser gravado comando final de programação. programação desta parte de memória
na memória do programa, 10 Lock será desabilitada. Para poder reutilizar
ou configuração. o PIC, é necessário desabilitar esta
Bulk Erase Program Memory: proteção antes de pretender gravar
depois de receber este comando, nele. Os passos para desabilitá-Ia são:
Increment Adress: depois de - enviar o comando Load Configu-
com o próximo comando "Begin
receber este comando, o contador ration com OXFFFF como dado.
Programming", apaga-se toda
de programa (PC) se incrementa - Incrementar o endereço (PC)
a memória de programa. Para
em um. Se estiver apontando a com o comando "increment adress"
realizar-se o completo apaga-
memória de programa (OXOOOO ao endereço OX2007 (configuração).
mento, deve-se cumprir os seguin-
a OX1FFF), quando seu valor for - Enviar o comando OX01.
tes passos:
de OX1FFFF, passará a apontar o - Enviar o comando OX07.
1- Comando Load Data for
endereço OXOOOO (não a OX2000). - Enviar o comando "Begin Pro-
Program Memory com OXFFFF
Se está apontando a memória gramming".
como valor.
de dados (OX2000 e OX3FFF), - Esperar 1O ms.
2- Comando Bulk Erase Pro-
quando o valor é de 03XFFF, passa j
- Enviar o comando OX01.
gram Memory
a apontar o endereço OX2000 - Enviar o comando OX07.
3- Comando Begin Program
(não o OXOOOO). O único modo de
4- Esperar 10 ms.
passar da memória de dados á
Se o PIC tiver ativada a pro-
memória de programa é resetar o ARQUIVO HEXADECIMAL
teção de código, a memória de
PIC saindo do modo de programa-
programa não se apagará.
ção e voltando a entrar nele. O arquivo hexadecimal (.hex)

SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003 77


~ _~I(RO(ONTROLAD~
Mlí:
contém o programa compilado pelo sof-
tware MPASM do fabricante Microchip Vcc
(ou qualquer outro software compilador). J2:1 1 INP U3 VO 5V
O arquivo é lido pelo programador e LM7805
Jl:2 2 C1
transferido ao PIC.O formato do arquivo 10 ~F
é InteIINHX8M, padrão mais utilizado. C2
~ND GND
Uma outra alternativa interessante é ~,oonF
empregar compiladores na linguagem
C, gerando com o compilador C um GNO
arquivo .hex a ser gravado no PIC. No Vdd
último artigo da série será abordada INP U4 VO 13,5V
a programação em linguagem C para LM7812
C4
microcontroladores PIC.: 10 ~F
D4 C3
1N4148
~'OO~
HARDWARE DO CRAVADOR
UNIVERSAL DE Pies PELA GND
PORTA PARALELA iJ

O hardware é composto por três Figura 1


módulos: fonte, lógica e soquetes.
Fonte: A alimentação dos PICs é
padrão de 5 volts. Para a gravação
J1:18 18
dos chips o fabricante define a tensão J3:1
LPTGND Vdd
superior a 13,2 volts para vpp. A J1:19 19 Q1
(18025) BC557
tensão de entrada não regulada é Vpp
J1 :20 20 C Vdd
de no mínimo 15 volts. Os diodos ONJOFF
E MCLR
em série aumentam a tensão de J1 :21
D1
saída.A figura 1 mostra a fonte para B vermelho D2
o gravador universal de PICs. verde
Lógica e sinalização: através de
Gates inversores TIL, os sinais que
saem da porta paralela do PC são
isolados e adequados para controle
dos pinos Data, Clock e Vpp. A figura
2 ilustra a lógica do circuito gravador
Vcc
universal de PICs. Vpp J1:5
No caso do bit Data, há um gafe ON/OFF r->=+-.:..j
que o inverte e envia ao PC. Este bit é lPT D3 (5)
utilizado pelo programador para fazer
a leitura dos PICs. A sinalização é feita Vcc
com LEDs que indicam os estados 6
dos sinais Data, clock e Vpp.
Soquetes: Como o gravador é
universal (padrão ICSP) e permite
leitura e gravação de dezenas de PICs
Jl:10 10 11
de 8, 18, 28 e 40 pinos, o circuito DatolN ~
possui quatro soquetes na placa, LPT ACK (10) U1:E L.._f-:2"R"J3~: 2::] RB7
conforme a figura 3 74LS07
No próximo artigo serão aborda-
dos circuitos aplicativos para PICs
~():!4'---_--+,3!.R:J3_:3--,
de 18 e 28 pinos, com LEDs, ligação Vdd CLOCK ~ RB6
L--,....._..::i4-R"J1_:4--, ON/OFF
para teclado, display LCD, driverpara
motor de passo e entrada para canal CONN25F
AlD. Na última parte do artigo será LPTD2 (4) 4 J3:4 Vdd
L----------------=!f=<:--lON/
abordada a programação em C com OFF
compiladores e as vantagens de
linguagens de alto nível. Figura 2

78 SABER ELETRÔNICA Nº 364/MAIO/2003


J4:1
Vpp/
ON/OF
MCLR

Vdd
Vss
OSC,/CLKlN
OSC /CLKOUT
l\CofT , OSO/T, CKI
PIC12C508
PIC12C509
I\C, /T, OSVCCP2
1\C2/CCP,
RD~P
RD,/PSP
Vdd/ON/OFF
Figura 3

!1l~
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