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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


CAMPUS BAGÉ
CURSO DE MÚSICA – LICENCIATURA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Orientador: André M. Reck

Estagiário: Antoniel Martins Lopes

2018

Bagé
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INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
E.M.E.I NOSSA SENHORA DO CARMO ............................................................................ 4
TERMO DE COMPROMISSO .............................................................................................. 5
FICHA DE FREQUÊNCIA ................................................................................................... 11
RELATÓRIO INSTITUCIONAL ........................................................................................... 13
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO - EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................... 15
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 24
RELATÓRIO DE REGÊNCIA - EDUCAÇÃO INFANTIL................................................... 26
E.E.E.M JOSÉ GOMES FILHO .......................................................................................... 29
TERMO DE COMPROMISSO ............................................................................................ 30
FICHA DE FREQUÊNCIA ................................................................................................... 36
RELATÓRIO INSTITUCIONAL ........................................................................................... 38
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS .......... 40
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 47
RELATÓRIO DE REGÊNCIA ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS .................... 49
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS ............. 52
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 60
RELATÓRIO DE REGÊNCIA ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS ...................... 62
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO - ENSINO MÉDIO REGULAR ................................. 65
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 71
RELATÓRIO DE REGÊNCIA - ENSINO MÉDIO .............................................................. 73
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 76
ANEXOS ............................................................................................................................... 77
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INTRODUÇÃO

Este relatório reúne todas as informações e relatos de experiências


vivenciadas nas escolas em que as atividades dos estágios foram
desenvolvidas no período do primeiro semestre de 2018. Assim foi possível ter
contato nesta etapa do Estágio Supervisionado I as diferentes dimensões que
tornam os níveis de educação infantil, séries iniciais e finais do ensino
fundamental, e também ensino médio constructos e espaços com diferentes
características de atuação. A Escola Municipal de Educação de Educação
Infantil Nossa Senhora do Carmo e a Escola Estadual de Ensino Médio José
Gomes Filho foram as instituição de ensino de educação básica que abriram
suas portas para que minhas atividades fossem efetivamente trabalhadas,
desde as observações em sala até chegar às intervenções didáticas. Nessa
trajetória do relatório encontram-se também, além das descrições, algumas
reflexões que surgem no decorrer das atividades em “campo”, ações que
possibilitam aprimorar as futuras práticas e estratégias do trabalho de docência
em música nos diversos contextos de atuação.
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E.M.E.I NOSSA SENHORA DO CARMO


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TERMO DE COMPROMISSO
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FICHA DE FREQUÊNCIA
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RELATÓRIO INSTITUCIONAL
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Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado 1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório: Institucional 1

((Instituição ou Professor/a) observado/a: E.M.E.I Nossa Senhora do Carmo

Nível de ensino: Educação Infantil

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Há poucas informações anteriores a 1999 sobre a instituição, contudo se


sabe que em 21 de dezembro de 1999 a instituição Cuidar e Educar Creche
teve início na Capela Nossa Senhora do Carmo, através do Decreto nº 204/99
e assim, denominou-se Centro de Educação Infantil Nossa Senhora do Carmo.
A passagem de Centro para a Escola foi decorrente das políticas
públicas com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a Legislação
Estadual vigente definida pela Resolução 253 do Conselho Estadual de
Educação e denominada pelo decreto municipal nº 087 de 2007 (20/06/2001)
de: Escola Municipal de Educação Infantil Nossa Senhora do Carmo
(E.M.E.E.I). Nesta ocasião a diretora da instituição era a Professora Clara Mara
Rocha Portela e escola estava localizada na Rua 18 de Maio nº 98, enquanto o
prédio atual era construído.
Já no dia 29/12/ de 2003 foi inaugurado, o novo prédio que hoje é atual
espaço da escola está na Rua Líbio Vinhas nº 194, tendo como direção a
Professora Nara Maria Melina. Atualmente a escola atende em média de 130
crianças, de 0 a 6 anos em horário integral (manhã e tarde). Conta com
serviços de diretoria, supervisão, professores (10), atendentes de berçário (2) e
serventes merendeiras. Salas de aula, berçário, refeitório, pátio e, pracinha
interna.
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RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO - EDUCAÇÃO INFANTIL


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Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: 1

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.M.E.I Nossa Senhora do Carmo

Nível de ensino: Educação Infantil Profa: Maria Isabel Gomes Goularte

Turma: A1 – 3-4 anos

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 26/03/2018 Horário de observação. início: 09h término:10h

Número de alunos:

Meu encontro com a turma foi auxiliado pela Profa Renata, diretora da
escola, levando até a sala das crianças da turma da Profa Isabel. A turma
estava se preparando para as atividades da aula sentando-se no piso e em
círculo. Profa Renata conversou com a turma informando sobre minha visita no
decorrer de alguns dias na escola. Após a apresentação começaram as
ativiades propostas pela Profa Isabel, regente da turma. Inicialmente a turma
cantou uma canção de boas vindas, tendo em uma das frases da música a
palavra oração (não designou uma crença específica, mas como a escola tem
nome da santa Nossa Senhora do Carmo possivelmente estivesse evocando
ao cotolicismo) a maioria das crianças acompanharam a atividade. Dentre mais
algumas canções, tiveram também a música do jacaré, elefante e borboletinha.
Fiquei observando sentado em circulo, junto com as crianças quando
repentinamente no meio das cantorias uma delas perguntou o motivo de eu
não estar cantando em voz alta junto com eles. Para ess situação a Profa
Isabel comentou que eu ainda não sabia todas músicas cantadas por eles...
Esta mesma criança, chamada Ariel, viria a demonstrar mais algumas
perticipações diferentes no decorrer das atividades...
Outra atividade foi diecionada à apresentação de cada uma das crianças
através de cartões que indicavam os seus respectivos nomes, buscando
identificar-se também pelas iniciais e, posteriormente, fixar os seus cartões em
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alguns prendedores fixados na parede. Talvez tenha sido em torno de 15


minutos entre todas estas atividades, tempo que algumas disperções na turma
se tornaram mais nítidas. Nesta aula foram 10 crianças num total de uma turma
de 15. Profa Isabel presupôs que as ausências decorreram-se por ter sido um
começo de manhã fria naquele dia. As atividades com as crianças foram
interrompidas para que elas fossem até o refeitório fazer o lanche da manhã.
Nesse percursso de saída da sala até o refeitório todas as crianças foram
conduzidas em fila cantando a canção meu lanchinho. Se ouvia muito mais a
Profa cantando a canção do que elas.
Minha presença não estava sendo ignorada, sempre ocorria alguma
pergunta das crianças para mim como exemplo se eu queria lanchar com eles,
pedir para amarrar tênis após o lanche ou ocorrendo também, ao retorno a
sala, de algumas das crianças me levarem de mãos dadas. Neste movimento
de ida e retorno para sala notei que há alguns ritmos de execução das tarefas
entre os alunos. Uma menina demorava mais tempo para terminar o lanche e
voltar a integrar-se ao grupo, porém fazia as atividades que eram propostas
pela professora.
De volta à sala de aula, a atividade seguinte foi um trabalho com pintura
em pequenos cestos de papel, para espera da páscoa. Dois grupos se
dividiram em uma pequena mesa para fazer as pinturas individuais nos cestos.
Sempre me perguntarvam se eu ia participar de alguma coisa. Tentei não
interferir nas tarefas deles/as, apenas quando via que algum objeto sairia da
mesa, como os copos com tinta e as folhas de jornais utilizadas para facilitar na
limpeza da mesa. Algumas dispersões ocorriam com o mesmo menino que me
fez as primeiras perguntas sobre cantar com o grupo ou lanchar com eles. Esta
criança demonstrava muita energia para as atividades, contudo seu foco
demonstrava ser muito breve. Isto levava a profesora a chamar bastante
atenção dele, muito mais que a maioria das outras crianças. Eu ira saber
posteriormente que esta criança também era atendida pela Casa do Guri, e
mostrava-se assim que essa agitação poderia ser pelo contato com as crianças
desta intituição (fiz alguns trabalhos na Casa do Guri e é possível fazer
reflexões plausíveis como prováveis, porém não como dado fixo ou
determinante).
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Ainda na atividade das pintuas, a professora buscou da sala da direção


um pequeno rádio para tocar algumas músicas enquanto as crianças seguiam
pintando. Duas músicas em português foram tocadas na sequência, nas quais
eu não conhecia. Uma delas tinha uma levada pop rock, enquanto outra
lembrava algo como música com elementos baianos, talvez o axé. Nesse
processo sempre alguém ficava dispersso, mas a atividades eram concluidas
gradativamente. A sequência do trabalho foi rasgar tiras de papel manualmente
para os enfeites dos cestos de páscoa. Dentro do que se conseguiram focar, as
crianças fizeram os recortes manuais direcionados para atividade pedida pela
Profa Isabel, exceto quando várias delas começaram a rasgar pedaços de
imagens de casas e carros que estavam nos jornais e, posterioremente
entregarem para mim. Foram muitas gravuras cortadas, algo que me deixou
tão surpreso quanto a manifestação de várias crianças virem me abraçar em
equipe... notei que a solicitação para amarrar os tênis se tornou frenquente
também. Por estas atitudes percebi que as crianças não me interpretaram
como algum estranho a ponto de não interagir comigo.
A atividade prevista a seguir foi a ida à praçinha interna da escola. Como
as crianças estavam bem despertas e fazendo diversas atividades, elas
começaram a reunir os papéis que foram cortados e guardar em uma sacola
destinada para isso. Depois das combinações feitas com a professora (se eles
não se acalmassem possivelmente não iriam brincar no espaço da praça e
ficariam apenas com os brinquedos da sala), foram então para a praça em fila.
Até certo ponto eu fui com eles porque uma das crianças insistia que eu fosse
junto com a turma pela fila.
Ao chegar na praça, observei que tinham vários brinquedos jogados no
chão, dentre eles uma boneca negra. Duas crianças pegaram o brinquedo,
olharam por algum momento e repentinamente a jogaram longe. Isso foi um
choque para mim, não dava para chamar atenção das crianças ou professores
sem enetender o motivo ou o contexto. Era uma área repleta de turmas
interagindo simultaneamente e havia outros brinquedos pequenos jogados no
chão também. Contudo, a cena me fez questionar por qual via eu deveria
trabalhar música nesta escola, percepção das diferenças? cuidado com os
brinquedos? Atenção?
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Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: 2

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.M.E.I Nossa Senhora do Carmo

Nível de ensino: Educação Infantil Profa: Maria Isabel Gomes Goularte

Turma: A1 – 3-4 anos

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 02/04/2018 Horário de observação. início: 09h término:10h

Número de alunos:

Nesse dia as crianças se organizaram rapidamente na sala e logo


depois foram para o refeitório seguindo a mesma maneira de ida, em fila.
Estava programado para que após o lanche as crianças fossem comemorar
atividades da páscoa. Então ocorreu o deslocamento da turma até um salão
próximo da escola, passando o estádio do clube esportivo Bagé, cerca de uma
quadra e meia de distância da escola. Nesse processo todo acompanhei as
professoras que me perguntaram se eu poderia ajudá-los no percurso de levar
as crianças. Assim surgiu um dos processos relativamente complexos que é o
de atravessar a rua com as crianças, uma responsabilidade em conduzir várias
crianças pequenas que podem reagir ao movimento da rua de várias formas,
contudo foi tudo tranquilo. Após cerca de 10 minutos de chegada ao local as
crianças já podiam ter acesso aos brinquedos como piscina com bolinhas e
balões que estavam. Foram integradas várias turmas da escola. O movimento
entre as crianças de diferentes faixas etárias não me pareceu algo conflituoso,
muitas ficavam brincando nos seus grupos de conhecidos.
Professora Renata solicitou que ajudasse na organização de alguns
balões para serem cheios e depois pendurados na parede. Ocasionalmente
ocorria a situação entre as crianças que queriam pegar os balões que estavam
ao alcance e eram vários.... Junto a esta tarefa e encher os balões estava mais
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uma professora e observar se as tudo estava ok com as crianças. Até então a


minha observação estava restrita aos balões e aguardar as comemorações em
que as crianças iram lanchar mais uma vez. No que se refere à música para o
contexto festivo, notei que foi escolhida um repertório de reggae/soul cantado
em português, possivelmente a banda Cidade Negra, som que permaneceu até
o final da atividade. Várias crianças que tiraram os sapatos no salão pediam
para que ajudasse a amarrar e preparar-se para o retorno à escola, tendo todo
o cuidado para atravessar a rua. Como foram divididos em grupos foi difícil
acompanhar o ritmo de condução que as professoras já estão acostumadas a
fazer esses trajetos. Ao levar alguns dos pequenos alunos, muitos não se
mantiveram em fila, contudo permaneceram sempre por perto de mim para
tentar atravessar a rua. Um dos casacos das crianças caiu nesse percurso que
posteriormente foi recolhido após termos certeza que todos estavam seguros
na calçada. Nesse sentido a organização em fila é a alternativa mais prática
para levar as crianças a atravessar a rua que é razoavelmente movimentada,
inclusive um dos ônibus da Unipampa estava nessa travessia. Demorei um
pouco mais do que as professoras para conseguir atravessar a rua com parte
da turma, mas foi tudo tranquilo. Ao retornamos para aula as crianças
continuaram outras atividades no qual ganharam alguns doces em
comemoração à Páscoa.
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Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: 3

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.M.E.I Nossa Senhora do Carmo

Nível de ensino: Educação Infantil Profa: Maria Isabel Gomes Goularte

Turma: A1 – 3-4 anos

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 11/04/2018 Horário de observação. início: 09h término:10h

Número de alunos:

Tendo em vista que estava muito gripado, minha observação ocorreu


numa quarta-feira, (a combinação eram as idas pelas segundas-feiras). Fiquei
preocupado com a possibilidade de passar algum tipo de gripe para as
crianças. Já recuperado, a observação do dia teve algumas atividades como
cantigas de roda onde cada um representava o seu nome aos seus colegas.
Um ponto que pude observar nessa atividade é que, cada vez que se
perguntava o nome que estava em cartões era perguntado também se era
menino ou menina. Depois de identificado o referido cartão que a criança tinha
em posse era fixado no painel em prendedores que ficam na parede. As
crianças demonstram alguma dispersão depois de certo tempo de atividade,
inclusive, com a minha presença elas disputavam espaço para quem ficaria
perto de mim, sendo que isso aconteceu no decorrer de todo o tempo do
encontro com estas crianças que são bem ativas, fazem as atividades com um
pouco mais de demora como ocorria com o pequeno Ariel. No entanto outras
crianças também chamavam a atenção no decorrer das atividades, como foi o
caso de Henrique, que em algum momento comentou que estava machucado e
simultaneamente queria conversar em simultâneo com a atividade principal da
aula. Nessas situações tentei de várias formas falar em voz baixa às crianças
para que ouvissem as solicitações da Profa Isabel.
Então as crianças se prepararam para fazer o lanche no refeitório.
Nesse dia não chegaram a cantar nada. Algo interessante na hora do lanche
que as crianças ficaram na mesma mesa que costumam ficar diferente do que
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teve da outra vez do lanche, tinha mais bolachas disponíveis. Não sei se isso
depende do dia porque as observações anteriores eram na segunda-feira.
Fiquei observando em outra mesa. Uma das merendeiras perguntou se eu
queria tomar um lanche, no qual aceitei o convite. Essa foi uma das primeiras
interações com outros profissionais da escola.
Com o retorno para a sala de aula sempre uma das crianças esperava
para que eu fosse junto com elas. Já na sala a atividade prevista foi voltada
para identificação da outra parte do rosto das fotos delas mesmas. A
professora fez um recorte de fotos das crianças e cada um faria o contorno
para criar outra parte do seu rosto em forma de desenho. Nessa prática Ariel
sempre tentava chamar atenção, pediu para sentar perto de mim chegando a
pedir colo também. Tive que conversar com cuidado com ele sobre evitar fazer
muitas vezes isso porque ocorreu também certa a disputa entre as outras
crianças para ficar perto de mim em uma das cadeiras. Sugeri que
trabalhassem em conjunto com a turma. As crianças trabalharam também com
massinhas de modelar. Nessa etapa a Profa. Isabel procurava o próximo
material a ser trabalhado, mas antes ela propôs ao grupo trabalhar ao som de
músicas gravadas em CD. Fiquei acompanhando essa atividade até o
momento em que as crianças pediram para que eu acompanhasse também
exercício com as massinhas. Comentava às crianças que tentassem se
esforçar para criar seus próprios trabalhos artísticos, mas havia muita
insistência por parte delas que ajudasse a criar formas semelhantes a animais,
carrinhos. Enquanto isso tocava o som do cd, e as melodias instrumentais me
pareciam um tanto que conhecidas. Perguntei à professora se o que estava
sendo tocado era uma versão de uma música da Rihanna. Para responder isso
a professora alcançou a capa com o encarte do CD, para conferir de quem era
tais músicas. Realmente se tratavam de arranjos instrumentais das músicas da
cantora barbadiana, voltados para uma possível audição para crianças.
Cantarolei rapidamente um trecho da música que estava tocando, foi quando vi
o pequeno Ariel me observando cantar. Comecei a fazer associações a partir
dessa experiência para pensar o que fazer de práticas, utilizaria instrumentos
musicais com práticas vocais ou com percussão corporal? ou utilização de
material reciclado com outras referências?
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Depois dessas práticas eles também brincaram com blocos de montar e


desmontar. Semelhante a na atividade anterior participei da prática com as
crianças.
Costuma ter alguma agitação entre eles, mas ocorreu que alguns
demonstravam estar mais energéticos que outros, e esse é o caso do Ariel, que
às vezes tentava demonstrar algum tipo de afeto entre os colegas e talvez suas
demonstrações se manifestavam de maneira tão energética que muitas
ocasiões se entendia um pouco agressiva. A professora chamava muita
atenção dele, chegando a pedir que se desculpasse com o colega e talvez
fosse levado para Direção, situação que não chegou ocorrer.
Posteriormente as crianças foram em fila para a pracinha interna da
escola. Já no local a professora me perguntou sobre o que eu estava pensando
em fazer de atividade na próxima semana. Comentou também sobre os
diversos contextos familiares das crianças que são externos ao ambiente
escolar de alguns dos pequenos que moram ou com avós ou seus pais são
separados. No caso de Ariel, recebe assistência pela Casa do Guri porque
seus pais têm várias dificuldades para manter a guarda dele. Assim talvez
fosse necessário um acompanhamento psicológico ao menino. Sabendo destas
questões conflituosas vividas para crianças tão pequenas pensei muito em qual
estratégia de trabalho para a semana seguinte. Difícil não conseguir se
sensibilizar com situações como estas...
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PLANEJAMENTO DE AULA
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PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes

NÍVEL DE ENSINO: Ed. Infantil

DISCIPLINA:

SÉRIE/ANO: Pré 3-4 anos TURMA: Profa Maria Isabel Gomes Goularte

DATA: 18 de Abril DURAÇÃO: 30 minutos

CONTEÚDO(S): Ritmo, percussão corporal, prática vocal


da cultura da comunidade
indígenas/aborígene Maori da Nova
Zelândia, através da música Epo.
OBJETIVO(S): Exercitar fundamentos iniciais de rítmica
pela percussão corporal e prática vocal
coletiva
Aproximar de uma abordagem diferente
sobre música indígena/aborígene
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS: Aula expositiva; atividade prática;
percussão corporal; prática vocal.
ROTEIRO DE ATIVIDADES: Será apresentada a música inteira para a
turma, se necessário será repetida a
música inteira em velocidades menores.
Posteriormente a música será dividida em
três partes, assim será possível entender
cada uma das passagens do canto e
percussão corporal (toque nas pernas,
palmas, estalos de dedos e toque na
cabeça).
Uma breve explicação sobre a comunidade
indígena/aborígene Maori poderá ser
apresentada no início ou no final da
prática para contextualização e ampliar o
conceito sobre a população indígena no
mundo e seus diferentes lugares de
vivência e protagonismo.
RECURSOS: N/A
REPERTÓRIO: EPO - Comunidade indígenas/aborígene
Maori da Nova Zelândia
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RELATÓRIO DE REGÊNCIA - EDUCAÇÃO INFANTIL


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Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: Regência 1

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.M.E.I Nossa Senhora do Carmo

Nível de ensino: Educação Infantil Profa: Maria Isabel Gomes Goularte

Turma: A1 – 3-4 anos

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 26/03/2018 Horário de observação. início: 09h término:10h

Número de alunos:
Neste dia aguardei a professora fazer todas as proposições atividades
dela Combinei com ela que a prática seria após o lanche deles porque
geralmente essa atividade está prevista volta das 9h15 e tem duração de 10 -
15 minutos.
Ao retornarem do lanche nos organizamos para a prática. Sugeri às
crianças que respirassem fundo para relaxarem um pouco antes de fazer a
atividade (notei que essa estratégia foi utilizada pela Profa. Isabel durante o
retorno à sala de aula). Imaginei que isso poderia ajudar na conexão com do
trabalho.
A disposição da prática foi com todos sentados ao chão e em circulo. A
partir daí comecei a explicar como era música da intervenção didática, o EPO.
Uma das crianças que estavam perto de mim comentou que um dos colegas
começou a rir quando eu comecei a cantar a música, comentei que isso era
tranquilo porque não era para eles ficarem tristes ou preocupados com isso. De
alguma maneira quis me referir sem precisar mencionar conceitos que a
mensagem da música convida os participantes a estarem conectados em
grupo. Apresentei a música por inteiro duas vezes numa velocidade devagar e
só depois disso fiz a explicação em três etapas repetindo de 3 a 4 vezes. Notei
que alguns dos pequenos não quiseram fazer algumas combinações gestuais
que a música pede. Acho que um pouco disso foi o estranhamento que
algumas s crianças sentiram ao fazer a prática, mas percebi também que os
alunos que demonstraram mais intensos nas aulas anteriores formam os que
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tentaram se engajar mais em realizar os movimentos corporais e cantar


também. Outro detalhe que tentei fazer para pratica foi o de não ficar
chamando atenção como os professores regentes costumam fazer. Para cada
interrupção ocorrida eu apenas perguntava às crianças “Vocês estão comigo?”
e assim muitas das crianças respondiam de alguma forma afirmativamente.
Retornando à prática dentro das etapas que estavam dividas, tentamos
combinar os gestos como uma proposta de percussão corporal e cantando
também. Perguntei se eles haviam gostado da atividade, tendo um comentário
não satisfatório. Comentei que “tá tudo certo!”.
Posteriormente pedi a professora mais um tempinho para explicar que a
música tinha uma relação com outras sociedades indígenas e por isso era
importante também entender as diferentes maneiras de interação dos
indígenas pelo mundo, que não necessariamente usam penas ou vivem em
florestas, Muitos deles vivem nas cidades e possivelmente podem estar muito
perto de nós, exercendo o trabalho de professores, artistas. Encerrei assim
minha atividade, mas pensando como poderia pensar sobre as questões das
datas comemorativas, sabendo que nesse dia da minha prática era
comemorado o dia do livro e que, após a minha prática outra professora se
propôs a apresentar um momento para contar histórias Às crianças a partir da
literatura de Monteiro Lobato, autor que há tantas polêmicas no que se refere
às questões étnico-raciais e atravessamentos do que se entende como “folclore
brasileiro”...
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E.E.E.M JOSÉ GOMES FILHO


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TERMO DE COMPROMISSO
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FICHA DE FREQUÊNCIA
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RELATÓRIO INSTITUCIONAL
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: Institucional 2

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Teve como fundador o Reverendo Antônio Joaquim Teixeira Guedes em 1956.


A trajetória de implementação é descrita pela pesquisadora Berenice Guedes
(2010)1 da seguinte maneira:
“A partir do Grupo Escolar que funcionava na Cidade dos Meninos de Bagé, em
1967, foi inaugurado um novo prédio e, em convênio com o Governo do
Estado, começou a funcionar também o Ginásio. Para tanto, a Cidade dos
Meninos recebeu do maçom José Gomes Filho e de seus familiares os valores
necessários para a construção de um novo prédio para funcionar a Escola.
Assim, tendo falecido José Gomes Filho, o Rev. Guedes resolveu homenagear
o grande benfeitor, dando seu nome ao Grupo Escolar e Ginásio. Com a
Reforma do Ensino (Lei 5.692/1971), a escola passou a denominar-se Escola
de 1º Grau José Gomes Filho. A Escola, como desde o início, mista, atendia
aos internos da Cidade dos Meninos e à comunidade dos arredores”.
(P.182,183)

Através da gestão atual da escola sabe-se que a instituição atende


também o Ensino Médio (Regular e EJA), conta com 46 professores,
totalizando em todos os turnos (manhã tarde e noite) 458 alunos matriculados
nos turnos da manhã, tarde e noite. A escola possui laboratório de informática,
secretaria, laboratório de ciências, quadra esportiva descoberta, refeitório, sala
de educação física ( é nesta sala que ficam também os instrumentos musicais).
Os alunos que frequentam a escola são da região da Vila Bruno e também
estudantes de outros bairros da cidade.

1
GUEDES, Berenice Lagos. História da educação no Rio Grande do Sul, maçonaria e
igreja anglicana: algumas imbricações, contradições e paradoxos (1901/1970). Tese de
Doutorado, UFPel, Pelotas, 2010.
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RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS


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Curso de Licenciatura em Música


Estágio Supervisionado1

Prof. Orientador:André Reck

Identificação Relatório Nº: 1

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa: Anelise Alt Silva da Silva

Séries Iniciais do Ensino Fundamental Turma: 1º, 2º, 3º anos (multisseriada)

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 27/04/2018 Horário de observação. início: 16h término:17h

Número de alunos:
A turma é multisseriada, tendo a 1ª, 2ª e 3ª série na mesma sala,
completando um total de 15 alunos. Nesse dia estavam presentes 12 crianças.
Dos alunos que eu pude conversar comentaram serem residentes
próximos da escola, na Vila Bruno. Estas crianças demonstravam muita
tranquilidade para conversar no decorrer da aula onde a professora regente
trabalha as atividades educação artística. A combinação da aula consistia em
completar as atividades de letramento e matemática e, posteriormente, nos
últimos períodos, focar o conteúdo de artes. Neste dia, a professora trabalhou
matemática com o 3º ano e língua portuguesa com o 1º e 2º ano. Retornando
sobre a minha interação com as crianças, ocorreram várias oportunidades de
conversa com as crianças enquanto a professora auxiliava parte da turma.
Algumas vezes as atividades das crianças poderiam ser entendidas como
dispersas, mas para mim poderia interpretar como uma maneira expressar
ideias, perguntas a respeito do que eu estava fazendo lá. Ao que parecia minha
presença na aula não parecia ser incômoda, inclusive a interação era muito
parecida com as práticas em educação infantil, do ciclo anterior na outra
escola. Algumas perguntas vieram como: se eu tocava outros instrumentos, se
eu era “famoso” e quais os tipos de música eu gostava. Interessante que uma
das crianças que perguntava intermitentemente várias coisas para mim como
por exemplo porque eu estava sentado em classes, e não na frente deles ou ao
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lada da mesa da Profa. regente (a organização em fileiras é pouco diferente do


que eu vi na educação infantil, onde as atividades eram desenvolvidas). Alguns
dos alunos comentavam sobre suas preferências musicais como o pagode,
funk, sertanejo e hip hop e também perguntaram se eu gostava, se eu tocava
violão. Desta questão fiquei sabendo que uma das crianças tinha algum
contato com este instrumento através do círculo familiar. Comecei a pensar se
o violão poderia vir a ser utilizado em algum momento do estágio, visto que eu
tinha uma noção básica e certamente poderia fazer algum trabalho em grupo
por este instrumento musical. No decorrer das práticas vou pensando se é
possível experimentar algo neste sentido....
A atividade para o dia foi pintura a partir de desenho, assim como na
educação há também algumas crianças que demonstram muita disposição
para fazer as tarefas e outras nem tanto, contudo aqui haviam crianças de
diferentes sérias no mesmo contexto, o que me pareceu um desafio dentro do
trabalho docente, Vamos ver o que ocorrerá no próximo encontro de
observação.
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Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado1

Prof. Orientador:André Reck

Identificação Relatório Nº: 2

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa: Anelise Alt Silva da Silva

Séries Iniciais do Ensino Fundamental Turma: 1º, 2º, 3º anos (multisseriada)

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 04/05/2018 Horário de observação. início:16h término:17h

Número de alunos:
Era um dia chuvoso, contudo parte da turma estava presente, dos
quinze alunos estavam 10. Foi trabalhado praticamente os conteúdos de
matemática com o 1º e ano 2º. Enquanto isso um dos meninos da terceira série
conversou comigo sobre ter conseguido um violão e que estava tentando
aprender a tocar algumas coisas em casa, tendo como uma referência para
ajudar o seu primo. Esta foi talvez uma das primeiras falas relacionadas a
pensar a música enquanto prática. Este também foi o dia que as crianças
fizeram vários cartões para mim, ocorrendo inclusive a situação de uma das
crianças querer imitar no papel o jeito da minha escrita cursiva. Dentre as
situação de dificuldades de alguns estudantes que notei na observação anterior
ocorreu também a situação em que uma das crianças jogou uma borracha em
outro colega, e disto veio o revide com um lápis que, ao rebater no mobiliário
da sala quase acertou a professora. Essa situação do certa tensão dentro da
sala porque algumas das crianças que não tinham nada a ver com a situação
tiveram que ouvir uma advertência vinda da professora, que comentou para
mim que é necessário trabalhar a disciplina desde cedo.
Desta experiência me pareceu importante entender o quanto é complicado
trabalhar com três turmas conteúdos que aparentemente não estão
conectados, mas principalmente o trabalho que é preparar semanalmente três
ações para turmas diferentes já é um desafio.
44

Para a próxima observação já se tinha uma previsão que haveria a


comemoração do dia das Mães. Assim já estava atento para acompanhar
essas atividades e tentar captar o que pode ser trabalhado para a minha
intervenção pedagógica.
45

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado1

Prof. Orientador:André Reck

Identificação Relatório Nº: 3

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa: Anelise Alt Silva da Silva

Séries Iniciais do Ensino Fundamental Turma: 1º, 2º, 3º anos (multisseriada)

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 11/05/2018 Horário de observação. início:16h término:17h

Número de alunos:
Já sabendo previamente das atividades para comemoração o dia das
mães notei que a equipe de professores dedicava foco na organização para
recepção dos(as) responsáveis que estariam logo mais na escola para ver seus
filhos apresentarem a série de homenagens programada naquela tarde. Na
turma multisseriada estava sendo ensaiada a música “Fico assim sem você” da
cantora Adriana Calcanhoto. Todos os alunos presentes estavam muito
animados com as atividades que seriam apresentadas logo mais. Algumas das
crianças tentaram conversar comigo rapidamente para mostrar os seus cartões
que seriam entregues à suas mães, contudo o foco estava muito na finalização
do material e se preparar para apresentação em outra sala da escola. Profa
Anelise pediu que eu ajudasse na conclusão dos detalhes da apresentação
conferindo como estava o ensaio das crianças junto com a música que El tinha
no celular. Depois de terem feito um ensaio na sala de aula as crianças
direcionaram-se em fila para o local da apresentação. Na apresentação foi
cantada a música, tendo a letra projetada na tela. Outras turmas fizeram
apresentações também, notei que algumas professoras faziam algumas
combinações gestuais com os alunos, algo que poderia ser pensado como uma
alternativa a regência musical ou coreográfica. Chegou então o momento de
entrega dos cartões para as mães ou para as pessoas responsáveis. Ocorreu
que uma das crianças da turma que eu estava fazendo observando ficou um
pouco desapontada por que não conseguir fazer a entrega do cartão para sua
46

mãe naquele momento, tendo em vista que estava em horário de serviço. Após
a atividade foram servidos chá, doces e salgados. Já no encerramento da
atividade ajudei na desinstalação dos equipamentos de projeção e som. O
período para a prática estava próximo, e a expectativa em qual abordagem eu
ira desenvolver aumentava mais...
47

PLANEJAMENTO DE AULA
48

PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes

NÍVEL DE ENSINO: Ensino Fundamental

DISCIPLINA:

SÉRIE/ANO: 1ª 2ª e 3ª série (classe multisseriada) TURMA: Profa Anelise Alt Silva da Silva

DATA: 18 de maio DURAÇÃO: 15 minutos

CONTEÚDO(S): Efeito sonoro da chuva através da


percussão corporal, com variações de
dinâmica.

OBJETIVO(S): Desenvolver uma construção de


paisagem sonora através da
percussão corporal.

Distinguir as dinâmicas existentes na


prática percussiva.

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS: Atividade prática; percussão corporal;

ROTEIRO DE ATIVIDADES: Será apresentada a estrutura de


criação do efeito de chuva através da
percussão em três etapas. 1 - batidas
com a ponta dos dedos das mãos 2 –
palmas 3 – pernas;
Cada turma ficará com uma dessas
estruturas para prática. Após o
ensaio com cada uma das turmas
faremos a estruturação em grupo,
fazendo as entradas de cada uma das
turmas. Junto a isso, incluiremos a
variação das dinâmicas até
chegarmos ao efeito mais próximo do
som da chuva.

RECURSOS: N/A

REPERTÓRIO Chuva percussiva


49

RELATÓRIO DE REGÊNCIA ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS


50

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: Regência 2

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa: Anelise Alt Silva da Silva

Séries Iniciais do Ensino Fundamental Turma: 1º, 2º, 3º anos (multisseriada)

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 18/05/2018 Horário de observação. início: 16h término:17h

Número de alunos: 9
Inicialmente toquei a “Vamos Sorrir e Cantar’ no violão para a turma
como uma introdução para a prática propriamente dita, que estava prevista no
plano de atividade da intervenção didática. Eu estava muito nervoso, achei que
não a prática não iria dar certo naquele dia, visto também que era um dia
chuvoso e tínhamos uma quantidade razoável de alunos na aula.
Posteriormente, com a preparação da prática “chuva percussiva” (disposição
da turma em semicírculo) minha preocupação estava muito em como
coordenar os pequenos grupos responsáveis por executar as diferentes
variações percussivas para provocar o efeito proposto. A professora participou
também da prática e certamente isso também porque sustenta a ideia que há
algum sentido para os aluno, e ter a referência da professora regente me
pareceu facilitar nas combinações, que foi definir grupos que fariam algum dos
ritmos sugeridos na prática e assim poder criar a ideia do som da chuva.
De certa forma essa prática foi um pouco difícil de conseguir a proporção
sonora porque de alguma maneira as crianças se dispersam bastante, algumas
comentam que a repetição cansa. Não ficou os “100%” como se imagina. Outra
proposição que tentei fazer foi o controle de dinâmica, um elemento que
destaquei algumas vezes para cada um dos grupos. Mesmo fazendo um
código gestual mais simplificado combinado com o verbal a turma conseguiu
entender em parte essa dimensão da prática. Se ao menos eu tivesse
apresentado algumas destas ideias no encontro anterior talvez eu estaria
51

menos preocupado, porque uma das coisas que essa turma me tocou muito foi
o fato de que o decorrer das observações anteriores a maioria das crianças
fizeram pequenos cartões com desenhos e me recebi delas como presente. Eu
me senti muito na responsabilidade de fazer uma prática, mas também deixar
algum tipo de presente a elas. Então penso que ter tocado o violão antes pode
ter reduzido o tempo que poderia ter ficado mais distribuído para a prática
proposta no plano.
Foi difícil organizar na configuração em semicírculo porque é algo que
leva algum tempo (são muitas mesas em fileiras)e é necessário ser rápido e
simultaneamente ter a preocupação para não fazer algo impositivo. A prática
utilizou toda aula, quase que não tive tempo para encerra, mas por sorte foi
possível completar a atividade com todos os presentes. A ideia da prática
transcorreu bem dentro uma sala multisseriada, pensando nas variações das
faixas etárias.
52

RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado 1

Prof. Orientador:André Reck

Identificação Relatório Nº: 1

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa. Cleidi Mary Silva Paz

Nível de ensino: Ens Fundamental (Séries Finais) Turma: 91, 9º ano

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 18 /05/18 Horário de observação. início: 16h término: 17h

Número de alunos:
O encontro com a turma foi na tarde de sexta-feira do dia 18 de maio e
foi uma das observações mais diferentes que tive porque ao conversar com a
Profa. Cleidi, regente da aula de Ed. Artística (artes visuais), comentei que
poderia ir conversando com os alunos ao invés de apenas observar a aula da
turma. Isso abriu muitas possibilidades de interação com o grupo, contudo não
sabia que algumas falas vindas da Profa. Cleidi apareceriam no decorrer do
encontro de cerca de 40 minutos. Minha apresentação tentou destacar minha
trajetória musical voltada à música popular e práticas com alguns instrumentos
musicais, como o contrabaixo elétrico e percussão. Nesse tempo conseguimos
saber algumas preferências musicais dos alunos presentes que também
comentaram gostar de ouvir ou conhecer o funk, pagode, sertanejo, rap e
também música no contexto religioso, especificamente das casas de religião
afro-brasileira, que trazem a percussão juntamente com as práticas religiosas.
Sobre esta manifestação musical conectada com as religiosidades, um dos
alunos comentou que existia a música “normal” e as músicas tocadas no
contexto religioso. Tentei comentar sobre as diversidades de músicas incluindo
também a música afro-riograndense e afro-urugauia. Por algum motivo, acho
que ter falado nesses termos não ajudou muito na explicação da diversidade
musical que ainda é pouco difundida no âmbito escolar. Se fosse possível seria
necessário ter preparado antecipadamente exemplos audiovisuais ou até
mesmo estar com alguma referência mais concreta para apresentar, contudo
54

não imaginei isso para a observação. Fiquei preocupado com a situação


porque era difícil saber se a minha fala e a da Profa estava sendo entendia ou
chegando a alguma captura de sentido quando se tem numa sala de aula
jovens na faixa etária entre 12 -13 anos que fazem comentários entre eles e
alguns risos quando é trazido um tema que a princípio é novo ou tem uma
terminologia diferente das falas já conhecidas por eles. Mas ainda havia mais
um ponto preocupante que chegou nesse encontro que foi em especial às
expectativas da professora em relação ao que podem ser as minhas próximas
idas nas aulas de artes, sendo que a trajetória de trabalho dela sempre foi em
artes visuais e também porque ao conversando comigo, a Profa disse ter muita
dificuldade para se aprofundar suas potencialidades musicais por imaginar algo
mais direcionado ao contexto de música europeia, como a músicas de
concertos e orquestras. E aos alunos, ela comentou sobre os projetos sociais
que deixam uma impressão da música como uma ação salvacionista. Nessa
conversa, a Profa chegou a sugerir que pudessem ter audições de músicas
desse contexto, citando Bolero de Ravel como uma proposta de conhecimento
de outras musicas, e por ter na sua perspectiva a partir de algumas pesquisas
que essas músicas teriam a função de “acalmar” as pessoas. Eu não consegui
elaborar respostas rápidas porque achei que poderia me perder no caminho
como foi num momento que alguns alunos ao rirem de alguns dos comentários
que fizemos sobre as músicas eu comentei que “às vezes rimos de coisas que
não sabemos, mas tudo bem”. Ainda acho que não elaborei muito bem essa
fala, então tentei ouvir mais a situação toda, mas muito apreensivo, porque
além da situação de entender como não atacar nem a Profa, nem os alunos
ainda teria que descobrir uma maneira de recuperar as próximas vindas à
escola, visto a previsão de feriados nas sextas-feiras conseguintes. Há uma
ideia da Profa. de ser desenvolvido o ritmo entre em conjunto com as artes
visuais com a música. Ainda não sei bem como chegar num consenso sobre
isso. Venho refletindo como traduzir as reflexões na universidade e levar para a
escola sem ter um recurso desenvolvi até então. Ainda há mais observações,
mas estou preocupado. A pré-adolescência em diante é bastante diferente das
crianças com 3 até oito anos, mas é hora de se reinventar numa velocidade
mais rápida, ainda que sem saber como fazer isso.
55

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado 1

Prof. Orientador André Reck

Identificação Relatório Nº: 2

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa. Cleidi Mary Silva Paz

Nível de ensino: Ens Fundamental (Séries Finais) Turma: 91, 9º ano

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 15/06/18 Horário de observação. início: 16h término: 17h

Número de alunos:

Muita coisa mudou desde a minha última ida à escola, no dia 18 de


maio, quando fiz minha primeira observação. E ao chegar lá para conversar
com a orientadora educacional, Profa Simone e de Ed. Artística. Profa Cleidi,
sobre a reorganização do cronograma de atividades notei que minha ansiedade
estava alta e muito mais no que pensar na prática futura, ao invés de focar no
hiato de quase um mês. Ocorreu também que na sexta-feira anterior (08/06) na
qual eu iria fazer observação ainda estava me reorganizando as atividades da
universidade após ter sido assaltado. Essas flutuações e imprevistos não
fogem da nossa cabeça tão rápido, mas ajudam a buscar algum tipo de
balanceamento emocional. Não é muito fácil, e o stress causado, que não é
muito interessante.
No entanto comecei a sentir outras reverberações nesta ida a escola já
pouco antes do intervalo, (mais o ou menos por volta das 15h 30) quando
conversava com a Profa Cleidi, ela comentou que já não se recordava muito
sobre como seriam as atividades com música, visto a mudança de temáticas
que vieram com as atividades da copa do mundo. Então pude relembra-la,
enfocado a perspectiva de um trabalho através da música popular e
conectando ideia de trabalho com ritmos que de alguma maneira poderiam
convergir com o trabalho de artes visuais. Feitas as combinações fiquei em um
dos corredores da escola na hora do intervalo, ao invés de ir para a sala dos
professores, como haviam comentado para eu ir. Foi uma escolha um pouco
56

em dúvida, mas acho que valeu a pena. Desta escolha consegui me comunicar
com alguns dos alunos da turma do ensino fundamental, séries iniciais que
estavam nas minhas primeiras práticas e também notar o movimento das
outras turmas das outras séries, inclusive, nono ano, onde agora eu estava
fazendo a observação. Minha presença não foi ignorada, inclusive, alguns dos
alunos me cumprimentaram. Sendo que até um aluno de outra turma que só
conheço de passagem (acho que ele estuda no sétimo ano) sempre pede para
que eu faça “um som” (e isso ele fala desde as minhas primeiras idas à escola,
lá do início do mês de maio). Encerrado o intervalo vou para a turma do nono
ano. A turma estava reduzida a seis alunos, três meninos e três meninas.
A Profa. Cleidi pediu então que eu sentasse em alguma das cadeiras das
classes. Fiz isso o mais rápido possível, porque queria interagir com eles de
uma forma mais horizontalizada, ficar na frente nessa etapa me parecia pouco
produtivo.
Começou então aula da Profa. Cleidi, relembrando a minha vinda à aula de
artes para trabalhar a música em algum momento das próximas idas à aula, e
também comunicando a turma sobre a proposta de conteúdos que ela pretende
abordar no decorrer das próximas semanas.
A ideia básica era confeccionar faixas decorativas, algo como
ornamentos similares aos que são estampados em azulejos, pisos etc.
Conforme a Profa. Cleidi exemplificava as diversas maneiras de construção
dos desenhos, que costumas ser geométricos, também contextualizou os
diversos lugares que se pode encontrar essa forma de desenho e de efeito
visual, comentou dentro da arte portuguesa nos azulejos e egípcia nos
interiores das câmaras mortuárias dos antigos faraós. Os desenhos que seriam
feitos por eles precisavam ter uma repetição e poderiam ser escolhidos por
eles, mas o critério base era o da criação de cópias do mesmo desenho numa
folha A4.
Fiquei prestando atenção nestes comentários e comecei a formular
ideias de como fazer algum trabalho com eles. Mesmo sendo um grupo
pequeno, algumas dispersões ocorriam com um ou dois alunos. Uma aluna se
queixou das dificuldades em não conseguir entender a proposta da atividade
da professora outro aluno fez até certo ponto as medidas e desenhos, mas
jogou fora todo refazendo outra vez numa nova folha. Esse mesmo menino
57

manifestava algumas brincadeiras e piadas não muito leves sobre situações


complicadas do cotidiano. Profa. Cleidi pediu a esse aluno que não fizesse
brincadeiras desse tipo. Ele comentou em algum momento. “essa é a realidade,
nua e crua”. Ele cantarolou algo que ele comentou ser um meme “eu não
mereço isso”2. Embora tivesse esses desvios de atenção e concentração,
retornava a fazer as atividades das aulas. Notei que sempre quando havia
esses comentários mais abruptos entre eles, um dos estudantes me observava
para saber quais eram as minhas reações como as de surpresa que não deixei
de expressar em algumas das falas deles, mas que não fiz interrupções, só
continuei com a observação.
Ocorreu então que a menina com mais dúvidas no primeiro momento foi
a que pareceu ter entendido mais rápido a proposta. Havia mais etapas de
trabalho nesse desenho, como a pintura de acabamento, mas que por
questões do tempo reduzido, não foram feitas no dia. Quando encerrou a aula
pedi a cada um deles que escrevessem numa folha as preferências musicais
deles, para que relembrassem o que tinham falado no encontro anterior e
propor alguma ligação com o que eles estavam fazendo na ala de artes visais.
Não indicaram artistas, apenas os “gêneros”. Funk, trap, rap, sertanejo
universitário, foram as anotações que vieram de alguns deles. Essa
observação possibilitou algumas ideias principalmente com a mudança de foco
que a Profa. Cleidi decidiu da parte de artes visuais das aulas. Resta saber se
no próximo encontro já será possível apresentar algumas sugestões musicais
aos alunos para que talvez a intervenção didática tenha um retorno
contextualizado e positivo à turma, que é o mínimo que eu posso desejar a
todos/as eles/elas.

2
Descobri depois, quando estava em casa que se tratava de um clipe de uma música
com uma sonoridade que pode entendida como sertaneja, onde há um menino
cantando num aterro de lixo. A letra descreve sua vida difícil, não tendo o que comer e
estar na pobreza. Há também um cantor adulto fazendo as críticas sobre esse
contexto.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado 1

Prof. Orientador André Reck

Identificação Relatório Nº: 3

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa. Cleidi Mary Silva Paz

Nível de ensino: Ens Fundamental (Séries Finais) Turma: 91, 9º ano

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 21/06/18 Horário de observação. início: 16h término: 17h

Número de alunos:
Ocorreu que a observação prevista para o dia 22/06 passou para um dia
antes, porque a Profa Cleidi já estava na escola recuperando aulas de artes em
todas as turmas e possivelmente se ausentaria no dia combinado. Neste
mesmo dia a minha observação para o ensino médio foi adiada para a próxima
semana. Assim sendo, pude adiantar a última observação e ir pensando no que
poderia fazer como prática, além de conhecer todas as turmas da escola que
tinham aulas de artes nesse dia. Tive que assistir todas as aulas, pois a minha
observação com o nono ano era no último período da tarde. Não estava
previsto isso, mas foi interessante fazer o panorama, porque me mostrou o
quanto cada turma é um “mundo” diferente em relação às demais, há
oscilações, as questões da música e religiosidade se manifestam e se
atravessam o tempo todo, assim como há alguns problemas de sumiço de
materiais escolares que ocorrem entre eles e que param um tanto o ritmo das
aulas.
Muito próximo do horário da minha observação a Profa Cleidi pensou na
possibilidade de contextualizar a história dos azulejos, trabalho que vinha
sendo feito na aula anterior. Então me pediu que fosse ao laboratório de
informática um período antes de começar a observação para buscar
informações sobre esse tema para que pudéssemos conversar em sala de
aula, fazendo o uso dos celulares dos alunos (o laboratório da escola tem
muitos computadores, porém neste dia a conexão da internet estava péssima.
59

Foram necessárias algumas tentativas até conseguir o site que foi apresentado
na sala de aula). Com a do 9º ano, foram apenas três alunos nesse dia (isso
pode ter acontecido porque era um dia chuvoso quando as aulas da tarde
iniciaram, a estabilidade do clima só veio depois das 14h30 (as aulas de toda a
escola começam às 13h30), as atividades de criação de faixas decorativas
semelhantes às ornamentações dos azulejos seguiram nesta aula. Fizemos
uma breve contextualização histórica do tema vindo logo depois os ajustes ou
mesmo terminando o que já estava desenhado no papel. Um dos alunos
presentes nesta aula estava no processo inicial da ideia porque já fazia algum
tempo que não ia às aulas. Queixava-se por não ter paciência em fazer as
tarefas, isso me pareceu uma resistência que possivelmente viria na aula de
prática didática. Essas preconizações nunca me escapam, inclusive a
possibilidade de não ter alunos para fazer a prática, enfim...
Enquanto faziam as atividades comentei sobre o que eles tinham
sugerido de músicas na aula anterior. Já pensando no tempo curto e que passa
rápido no momento das intervenções didáticas, perguntei se poderíamos
escolher um “gênero musical” que pudessem ser consensual à turma,
comentaram que o funk poderia ser possível. Eu poderia levar outras ideias
sem uma conexão específica, mas ainda me parece mais concreto ter alguma
aproximação ao contexto deles, pois é muito pouco tempo de vínculo para
lançar algo solto e que talvez não corresponderia bem ao que se observou
anteriormente. Acho que se pode conseguir um “pequeno caldo” nesta etapa...
A outra surpresa agora é saber como será a interação com a próxima
professora que ministra aulas na turma do ensino médio...
60

PLANEJAMENTO DE AULA
61

PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes

NÍVEL DE ENSINO: Ensino Fundamental: Anos finais

DISCIPLINA: Ed. Artística

SÉRIE/ANO: 9º ano (turma 91) TURMA: Profa Cleidi Mary Silva Paz

DATA: 06 de julho DURAÇÃO: 35 minutos

CONTEÚDO(S): Ritmo
OBJETIVO(S): Executar o ritmo de funk proposto através da
percussão corporal
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS: Percussão corporal
ROTEIRO DE ATIVIDADES: Será escrito no quadro um exemplo da
sequência rítmica do funk (TU-TA-TA-TU-TU-
TA-TU) tocada com voz na música “Funk
Melódico”. Essa sequência vocal será
exemplificada em aula também. Logo após
será feito o entendimento dos códigos
descritos nas folhas de instruções da prática,
onde estão os sinais: (* para fazer estalo com
as mãos, / para palma, # bater na perna e -----
bater no peito). A partir destas
representações será possível executar a
sequência percussiva que estará sendo
solicitadas nas folhas com as variações dos
sinais também já mencionados. Essas
variações rítmicas serão divididas em no
máximo 4 grupos, nos quais cada grupo terá
no máximo de 10 minutos para ensaio.
Posteriormente cada grupo fará apresentação
das variações, finalizando a execução de
todos os grupos simultaneamente dentro de
uma sequência regular, com algumas
repetições. Assim será possível perceber se a
regularidade rítmica se mantém por pequeno
período de tempo, mas o suficiente para se
entender a regularidade rítmica em grupo.
RECURSOS: - Caixa de som e áudio em mp3
- Material impresso com as instruções da
prática
- Quadro e caneta
REPERTÓRIO Caetano Veloso – Funk melódico
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RELATÓRIO DE REGÊNCIA ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: Regência 3

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Séries Finais do Ensino Fundamental Profa: Maristela Moreira Moraes

(troca de Professor por motivo do afastamento da Profa. Cleidi Mary Silva Paz)
Turma: 91 - 9 ano

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 12/07/18 Horário de observação. início: 16h término: 17h

Número de alunos:

Com 8 alunos em sala de aula expliquei a turma primeiro o motivo de eu


estar fazendo a minha prática na aula de Ensino Religioso da Prof. Maristela,
tendo em vista o afastamento da Profa. Cleidi por questões relacionadas a
força maior. Então pedi o período de aula da prof. Maristela para apresentar a
prática fazendo também uma retrospectiva junto aos alunos sobre as possíveis
conexões que eles estavam desenvolvendo nas aulas de artes os desenhos
geométricos a partir da ideia dos azulejos. Como essa ideia tinha a ver com a
criação de uma sequência e repetição, então tentaríamos transportar esses
conceitos para música. Lembrei a eles também que alguns colegas que
estavam no último encontro tinham sugerido trabalhar com funk. Para
exemplificar em áudio o início do trabalho levei um aparelho de som com ritmo
de música de funk. O problema é que o aparelho não funcionou na hora da
prática. Sendo assim tive que reconfigurar a atividade de uma maneira que
pudesse mostrar a ideia sonora sem ter o recurso eletrônico à disposição.
Então decidi que escrevendo a sequência rítmica no quadro e explicando como
ela se desenvolve seria o ponto de partida da prática. Posteriormente passei
para eles a ideia escrita nas folhas onde estavam as codificações do que seria
tocado com ritmo de estalo, palma, batida nas pernas e peito e que essa ideia
teria que ser traduzida para a ideia do ritmo do funk. Logo depois distribui as
folhas com os códigos em três grupos e juntamente com eles comecei a
64

explicar aos poucos como a ideia iria se desenrolando. No primeiro momento


salientei que não havia necessidade em preocupar-se em fazer rapidamente,
mas essa orientação é bem difícil de ser seguida, até porque para eles já se
tem uma memória auditiva em que a batida da música se encontra bem rápida
e há também a possível ansiedade em fazer a prática numa velocidade
elevada. Outro ponto difícil de combinar com a turma nessa etapa foi entender
a ideia de se trabalhar em grupo e não cada um fazendo as batidas
individualmente. Na medida em que eles começaram a estruturar a ideia alguns
começaram a fazer as variações de forma mais sincronizada. Nesse momento
ocorreu que um aluno não se sentiu mais à vontade em seguir com o trabalho,
permanecendo parte de a aula em sua mesa.
Já com os demais alunos a ideia seguia e formando alguma sintonia,
contudo a parte final da sequência rítmica sugerida estava dificultando a
execução da percussão corporal. Foi então que, e prevendo isso nas aulas de
estágio, sugeri a eles que omitissem a última parte da sequência, obtendo
assim a estrutura rítmica do funk que era mais conhecida por eles. A próxima
sugestão consistiu em desafiar a todos os grupos apresentar suas variações
em sincronia. Assim foi possível ter certa regularidade que até a professora
Maristela comentou estar ocorrendo as combinações, ainda que isso tenha sido
por cerca de 10 segundos. Outro detalhe que dificultou bastante em executar
com fluidez a prática foi a disposição que cada grupo fez os ensaios, porque
optaram por fazer a prática sentados. A questão da orientação da velocidade é
algo muito complicado de regular também, principalmente quando a referência
musical que estava pronta não pode ser apresentada por motivos de problemas
técnicos, contudo foi possível conseguir ter pequena experiência de como
trabalhar a percussão rítmica através das músicas que são mais conhecidas
por eles, além de também situa-los com a ideia da regularidade e repetição
rítmica que está presente em grande parte das músicas.
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RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO - ENSINO MÉDIO REGULAR


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado 1

Prof. Orientador:André Reck

Identificação Relatório Nº: 1

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa. Iara Denise Budó Tunholi

Nível de ensino: Ensino Médio Regular Turma: 201 - 2º ano

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 21/06/2018 Horário de observação. início: ---- término:----

Número de alunos:
Neste dia fiquei sabendo ao chegar na escola que não teria aula porque
a professora regente e também a turma não estavam presentes na escola.
Tendo garantido minha presença no, segui a organização do estágio com a
recuperação da observação que estava em falta com a turma das Séries Finais
do Ensino Fundamental, no qual as informações estão descritas no relatório do
referido ciclo.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado 1

Prof. Orientador:André Reck

Identificação Relatório Nº:2

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa. Iara Denise Budó Tunholi

Nível de ensino: Ensino Médio Regular Turma: 201 - 2º ano

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 28/07/2018 Horário de observação. início: 15h término:16h

Número de alunos:
Era um dia chuvoso com uma quantidade reduzida de alunos na turma.
Após minha apresentação comentei algumas coisas relacionados sobre as
minhas atividades de música na escola que e já estava fazendo há algum
tempo. Posteriormente perguntei sobre as preferências musicais deles sendo
que alguns comentaram que tinha uma vivência tocando com parentes, tios,
primos e a presença da percussão é muito forte nesta turma alguns já
participavam de prática da banda da escola utilizando os instrumentos que
estavam guardados numa sala que até então eu ainda não tinha conseguido
acesso. Nesse ponto fico grato aos alunos por ter consegui acessar algo
partindo do interesse deles. Entendido o ritmo da turma e as possibilidades de
inserção me preparei para continuar o processo de observação da aula da
Profa Iara, que era e regente da aula de artes. O trabalho da aula nesse dia era
desenhar uma mascote ou personagem característico que fizesse alusão às
comemorações da Copa do Mundo. Algumas dos alunos pesquisavam
referencias de desenhos pelos seus celulares (Profa Iara comentou que esta
era uma possibilidade a favor do uso da internet na sala de aula, pois se
direcionava o exercício de busca de imagens para desenvolver ideias nas
aulas). Entre as conversas dos alunos alguns deles que estavam próximos de
onde eu estava aproveitavam para desenhar e conversar também. Um destes
alunos comentou que tinha algum contato com guitarra, comentou que gostava
de Led Zeppelin. Assim também começou a vir a fala das preferências musicais
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dos demais com mais tranquilidade,onde se comentava os jovens que também


ouvem funk, sertanejo, pagode e os que tocam em bandas, nas percussões
como pandeiro. Posteriormente fui ver a sala onde ficavam guardados os
instrumentos, na sala conhecida como “Sala de Educação Física”. Lá, pude
conferir a quantidade de instrumentos tendo várias percussões de Banda
Marcial, um teclado de 5 oitavas algumas escaletas e alguns instrumentos de
sopro com algumas peças que estavam à minha vista naquele momento. Com
esse conhecimento sobre os instrumentos comecei a pensar numa
possibilidade remota de trabalho com alguma coisa que estava nesta sala. Era
importante ter consciência que esta tarefas poderia sair do controle, visto que
muitos demonstraram muito anseio em tocar o material musical guardado na
escola. Sendo assim tentei explicar aos alunos que numa possibilidade de
utilização dos instrumentos, faríamos algo numa proporção mais reduzida
porque havia pouco tempo para atividades e também porque eu ainda não
tinha muita ideia do que preparar para eles.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado 1

Prof. Orientador:André Reck

Identificação Relatório Nº: 3

(Instituição ou Professor/a) observado/a: E.E.E.M José Gomes Filho

Profa. Iara Denise Budó Tunholi

Nível de ensino: Ensino Médio Regular Turma: 201 - 2º ano

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 05/07/2018 Horário de observação. início: 15h término:16h

Número de alunos:

Nesse dia levei para aula a ideia de prática do método O Passo para
fazer uma experiência com a turma (as explicações detalhadas da prática e
método serão apresentadas nos próximos relatórios). Assim, assinalei no
quadro as informações sobre os códigos numéricos e a associações com o as
palmas e passos. Muitos acharam um tanto estranho fazer a combinação das
atividades, alguns erravam a associação das palmas ou até mesmo levaram
um tempo para elaborar as idas e vindas do passo juntamente com as palmas,
contudo comentava que isso era normal para um primeiro contato com a
prática. Eu perguntava a eles se estavam tranquilos com a prática e, de alguma
forma era retornada uma resposta deles. Isso ajuda também a perceber se eles
estão respondendo bem porque é uma preocupação muito também de falar e
não ter retorno contextualizado das ações feitas por eles deles. Com a boa
resposta começou a se cogitar a ideia de combinar a prática com os
instrumentos musicais. Disso os alunos trouxeram da sala as percussões e a
escaleta para fazer uma “mixagem” com a prática d’O Passo. Foi possível pela
experiência captar uma sintonia com as dimensões de pulso, “transporte” do
conceito para o instrumento e interação da turma com o que se manteve
fazendo o exercício do Passo com as palmas. Isso me deixou muito mais
tranquilo, pois eu pude ter uma noção geral de pontos que podem ser
aprimorados para atividade final, principalmente no que se refere a orientar os
alunos a não tocar o tempo todos os instrumentos enquanto não esta sendo
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desenvolvida a intervenção didática. Ao ver todo esse movimento entre mim e


a turma a professora Iara comentou que tinha gostado muito da proposta do,
pois ela conseguiu ter uma prévia da tarefa. O desafio para o próximo encontro
era saber se eu teria quórum para poder fazer a prática e o que isso traria
também de algum retorno dentro das atividades
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PLANEJAMENTO DE AULA
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PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes

NÍVEL DE ENSINO: Ensino Médio

DISCIPLINA: Ed. Artística

SÉRIE/ANO: 2 ano (ensino médio) TURMA: Turma 201 Profa Iara Denise Budó Tunholi

DATA: 13 de julho DURAÇÃO: 35 minutos

CONTEÚDO(S): Pulso de pulso rítmico


OBJETIVO(S): Executar as proposições iniciais das atividades do passo para
exercitar as noções de pulso na prática
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS: Folha do método O Passo – Lucas Ciavatta
ROTEIRO DE ATIVIDADES: Será escrito no quadro a sequência de números de 1 a 4 com
as variações A, B, C e D da primeira folha de exercícios do
método O Passo que trabalha o pulso com palmas e silêncios.
Conforme as orientações do diagrama exposto no quadro
(números dentro do parêntese correspondem as palmas e os
números sem o parêntese, os silêncios) será tratado primeira
a relação das palmas sem as variações. Posteriormente,
solicita-se aos alunos que fiquem em pé e um pouco longe um
dos outros para conectar simultaneamente a ideia das palmas
com o passo, sendo esta conexão executada com dois passos
para frente e retornando dois passos para trás. Compreendida
a ideia, passamos para etapa onde se trabalha vagarosamente
o passo com as palmas e silêncios. Após o ensaio de no
mínimo quatro tentativas em cada uma das sequências do
quadro passamos para execução por todas as sequências
apresentadas, inclusive fazendo repetição sem interrupção da
sequência. Logo após os alunos trabalharão as sequências do
quadro tocando juntamente com os instrumentos de
percussão, os demais alunos que estão sem instrumentos
musicais fazem a sequência com o passo e as almas enquanto
a melodia principal da música superfantástico do balão
mágico é tocada na escaleta.
RECURSOS: Quadro, caneta
Instrumentos musicais de percussão e melódico para
acompanhamento (escaleta)
REPERTÓRIO Superfantástico - Balão Mágico
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RELATÓRIO DE REGÊNCIA - ENSINO MÉDIO


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


Curso de Licenciatura em Música
Estágio Supervisionado ..1

Prof. Orientador: André Reck

Identificação Relatório Nº: Regência 4

(Instituição ou Professor/a) observado/a: EEEM José Gomes Filho

Nível de ensino: Médio Turma: 202

Aluno estagiário: Antoniel Martins Lopes

Data: 12/07/2018 Horário de observação. início: 15h término:16h

Número de alunos:

Agilizei com alguns alunos o acesso dos instrumentos para que fossem
levado para a sala de aula, e assim combinar com as atividades que já haviam
sido trabalhadas com alguma aproximação na aula anterior. Sempre ocorre
entre eles alguns toques não combinado na atividade, demonstrando a vontade
dos alunos em fazer música através da percussão.
Nesse dia tinha mais alunos na turma sendo que alguns eu ainda não
conheci das outras idas à escola, então ocorre o desafio de explicar o motivo
de eu estar fazendo o trabalho da escola e também contextualizar que o
trabalho já teria ocorrido um encontro anterior para ajudar no entendimento do
exercício musical. Repassando as instruções do método O Passo no quadro e
elaborando as etapas que fazem a prática ter sentido combinamos a atividade
em conjunto com os instrumentos musicais. Repetimos algumas vezes e
conseguimos algum efeito bem interessante. Disto, alguns alunos queriam
inserir outros elementos instrumentais. Então fomos buscar mais instrumentos
de percussão, acrescentando nesta configuração os pratos, que foi tocado por
uma menina (a predominância de meninos na percussão é algo a se pensar
sobre a autonomia das meninas em procurar tocar outros instrumentos
musicais nas bandas). O trânsito de ir buscar instrumentos na sala onde eles
estão guardados foi um ponto que num primeiro momento achei que poderia ter
evitado, pois poderia ter afetado no processo da aula, contudo com os ensaios
e as tentativas prévias pude ter um feedback positivo sobre o interesse em
trabalhar a estrutura base do método O Passo com o grupo. A experiência com
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mais instrumentos me pareceu ter sido satisfatória visto que também


distribuímos na sequencia descrita no quadro a nova configuração percussiva
feita pelos pratos. Assim, conseguimos variações sonoras em alguns
momentos da prática, abrindo espaço para se ouvir cada uma dos sons que
instrumentos de percussão em conjunto com a escaleta e a turma marcando
com passos e palmas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O percurso dentro das escolas possibilitou saber melhor como lidar com
diversas “mundos” existentes em cada turma observada. É difícil dizer quais
são os níveis mais difíceis de trabalhar porque cada um deles tem
características muito próprias. Contudo se nota que nas Séries Finais do Ens.
Fundamental e o Ensino Médio a maioria dos alunos não dedicados, ainda
assim me deixaram com muitas dúvidas sobre se realmente estava achando
interessante as atividades ou a minha abordagem enquanto professor, contudo
o engajamento das turma te ajuda a perceber o processo com mais
tranquilidade e como menos auto crítica. O que dificultou nesse trabalho
semestral foi a manter certa continuidade das atividades por conta das
inúmeras interrupções de feriado, dificuldades internas da escola e o meu
equilíbrio emocional que se desestruturou muito cedo no decorrer do semestre
a ponto de demorar na entrega dos relatórios pois achava sempre que a
reflexão não tinha sido boa o suficiente para ser mostrada no contexto de
orientação. Essa experiência de organizar o referido material ajudou bastante a
reconhecer outras maneiras de entender gestão de tempo para as
documentações para melhorar o acesso e circulação de novas informações.
Como sugestão, penso que pode ser interessante na terceira observação
preparar com prática os passos da intervenção didática, pois assim é possível
ter a segunda oportunidade com ajustes dos detalhes e mais preparação na
última etapa do ciclo. Há riscos de não se ter a mesma quantidade de alunos
no dia principal da prática, mas para um primeiro sobrevoo como estagiário
talvez tiver uma pequena segurança pode ser interessante nesse sentido.
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ANEXOS
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LETRA UTILIZADA NA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

EPO (Comunidade indígenas/aborígene Maori - Nova Zelândia)

Epo i tai tai e

Epo i tai tai e

Epo i tai tai e

Epo

E tukki tukki epo

E tukki tukki e
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RECURSO UTILIZADO PARA TRABALHAR PERCUSSÃO CORPORAL ATRAVÉS DO RITMO DO


FUNK
80

RECURSO UTILIZADO PARA TRABALHAR O PULSO

MATERIAL DE REFERÊNCIA - O PASSO: AUTOR: LUCAS CIAVATTA

LETRAS A ATÉ D

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