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2018
Bagé
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INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
E.M.E.I NOSSA SENHORA DO CARMO ............................................................................ 4
TERMO DE COMPROMISSO .............................................................................................. 5
FICHA DE FREQUÊNCIA ................................................................................................... 11
RELATÓRIO INSTITUCIONAL ........................................................................................... 13
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO - EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................... 15
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 24
RELATÓRIO DE REGÊNCIA - EDUCAÇÃO INFANTIL................................................... 26
E.E.E.M JOSÉ GOMES FILHO .......................................................................................... 29
TERMO DE COMPROMISSO ............................................................................................ 30
FICHA DE FREQUÊNCIA ................................................................................................... 36
RELATÓRIO INSTITUCIONAL ........................................................................................... 38
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS .......... 40
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 47
RELATÓRIO DE REGÊNCIA ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS .................... 49
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS ............. 52
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 60
RELATÓRIO DE REGÊNCIA ENS. FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS ...................... 62
RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO - ENSINO MÉDIO REGULAR ................................. 65
PLANEJAMENTO DE AULA ............................................................................................... 71
RELATÓRIO DE REGÊNCIA - ENSINO MÉDIO .............................................................. 73
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 76
ANEXOS ............................................................................................................................... 77
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INTRODUÇÃO
TERMO DE COMPROMISSO
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FICHA DE FREQUÊNCIA
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RELATÓRIO INSTITUCIONAL
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Número de alunos:
Meu encontro com a turma foi auxiliado pela Profa Renata, diretora da
escola, levando até a sala das crianças da turma da Profa Isabel. A turma
estava se preparando para as atividades da aula sentando-se no piso e em
círculo. Profa Renata conversou com a turma informando sobre minha visita no
decorrer de alguns dias na escola. Após a apresentação começaram as
ativiades propostas pela Profa Isabel, regente da turma. Inicialmente a turma
cantou uma canção de boas vindas, tendo em uma das frases da música a
palavra oração (não designou uma crença específica, mas como a escola tem
nome da santa Nossa Senhora do Carmo possivelmente estivesse evocando
ao cotolicismo) a maioria das crianças acompanharam a atividade. Dentre mais
algumas canções, tiveram também a música do jacaré, elefante e borboletinha.
Fiquei observando sentado em circulo, junto com as crianças quando
repentinamente no meio das cantorias uma delas perguntou o motivo de eu
não estar cantando em voz alta junto com eles. Para ess situação a Profa
Isabel comentou que eu ainda não sabia todas músicas cantadas por eles...
Esta mesma criança, chamada Ariel, viria a demonstrar mais algumas
perticipações diferentes no decorrer das atividades...
Outra atividade foi diecionada à apresentação de cada uma das crianças
através de cartões que indicavam os seus respectivos nomes, buscando
identificar-se também pelas iniciais e, posteriormente, fixar os seus cartões em
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Número de alunos:
Número de alunos:
teve da outra vez do lanche, tinha mais bolachas disponíveis. Não sei se isso
depende do dia porque as observações anteriores eram na segunda-feira.
Fiquei observando em outra mesa. Uma das merendeiras perguntou se eu
queria tomar um lanche, no qual aceitei o convite. Essa foi uma das primeiras
interações com outros profissionais da escola.
Com o retorno para a sala de aula sempre uma das crianças esperava
para que eu fosse junto com elas. Já na sala a atividade prevista foi voltada
para identificação da outra parte do rosto das fotos delas mesmas. A
professora fez um recorte de fotos das crianças e cada um faria o contorno
para criar outra parte do seu rosto em forma de desenho. Nessa prática Ariel
sempre tentava chamar atenção, pediu para sentar perto de mim chegando a
pedir colo também. Tive que conversar com cuidado com ele sobre evitar fazer
muitas vezes isso porque ocorreu também certa a disputa entre as outras
crianças para ficar perto de mim em uma das cadeiras. Sugeri que
trabalhassem em conjunto com a turma. As crianças trabalharam também com
massinhas de modelar. Nessa etapa a Profa. Isabel procurava o próximo
material a ser trabalhado, mas antes ela propôs ao grupo trabalhar ao som de
músicas gravadas em CD. Fiquei acompanhando essa atividade até o
momento em que as crianças pediram para que eu acompanhasse também
exercício com as massinhas. Comentava às crianças que tentassem se
esforçar para criar seus próprios trabalhos artísticos, mas havia muita
insistência por parte delas que ajudasse a criar formas semelhantes a animais,
carrinhos. Enquanto isso tocava o som do cd, e as melodias instrumentais me
pareciam um tanto que conhecidas. Perguntei à professora se o que estava
sendo tocado era uma versão de uma música da Rihanna. Para responder isso
a professora alcançou a capa com o encarte do CD, para conferir de quem era
tais músicas. Realmente se tratavam de arranjos instrumentais das músicas da
cantora barbadiana, voltados para uma possível audição para crianças.
Cantarolei rapidamente um trecho da música que estava tocando, foi quando vi
o pequeno Ariel me observando cantar. Comecei a fazer associações a partir
dessa experiência para pensar o que fazer de práticas, utilizaria instrumentos
musicais com práticas vocais ou com percussão corporal? ou utilização de
material reciclado com outras referências?
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PLANEJAMENTO DE AULA
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PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes
DISCIPLINA:
SÉRIE/ANO: Pré 3-4 anos TURMA: Profa Maria Isabel Gomes Goularte
Número de alunos:
Neste dia aguardei a professora fazer todas as proposições atividades
dela Combinei com ela que a prática seria após o lanche deles porque
geralmente essa atividade está prevista volta das 9h15 e tem duração de 10 -
15 minutos.
Ao retornarem do lanche nos organizamos para a prática. Sugeri às
crianças que respirassem fundo para relaxarem um pouco antes de fazer a
atividade (notei que essa estratégia foi utilizada pela Profa. Isabel durante o
retorno à sala de aula). Imaginei que isso poderia ajudar na conexão com do
trabalho.
A disposição da prática foi com todos sentados ao chão e em circulo. A
partir daí comecei a explicar como era música da intervenção didática, o EPO.
Uma das crianças que estavam perto de mim comentou que um dos colegas
começou a rir quando eu comecei a cantar a música, comentei que isso era
tranquilo porque não era para eles ficarem tristes ou preocupados com isso. De
alguma maneira quis me referir sem precisar mencionar conceitos que a
mensagem da música convida os participantes a estarem conectados em
grupo. Apresentei a música por inteiro duas vezes numa velocidade devagar e
só depois disso fiz a explicação em três etapas repetindo de 3 a 4 vezes. Notei
que alguns dos pequenos não quiseram fazer algumas combinações gestuais
que a música pede. Acho que um pouco disso foi o estranhamento que
algumas s crianças sentiram ao fazer a prática, mas percebi também que os
alunos que demonstraram mais intensos nas aulas anteriores formam os que
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TERMO DE COMPROMISSO
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FICHA DE FREQUÊNCIA
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RELATÓRIO INSTITUCIONAL
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GUEDES, Berenice Lagos. História da educação no Rio Grande do Sul, maçonaria e
igreja anglicana: algumas imbricações, contradições e paradoxos (1901/1970). Tese de
Doutorado, UFPel, Pelotas, 2010.
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Número de alunos:
A turma é multisseriada, tendo a 1ª, 2ª e 3ª série na mesma sala,
completando um total de 15 alunos. Nesse dia estavam presentes 12 crianças.
Dos alunos que eu pude conversar comentaram serem residentes
próximos da escola, na Vila Bruno. Estas crianças demonstravam muita
tranquilidade para conversar no decorrer da aula onde a professora regente
trabalha as atividades educação artística. A combinação da aula consistia em
completar as atividades de letramento e matemática e, posteriormente, nos
últimos períodos, focar o conteúdo de artes. Neste dia, a professora trabalhou
matemática com o 3º ano e língua portuguesa com o 1º e 2º ano. Retornando
sobre a minha interação com as crianças, ocorreram várias oportunidades de
conversa com as crianças enquanto a professora auxiliava parte da turma.
Algumas vezes as atividades das crianças poderiam ser entendidas como
dispersas, mas para mim poderia interpretar como uma maneira expressar
ideias, perguntas a respeito do que eu estava fazendo lá. Ao que parecia minha
presença na aula não parecia ser incômoda, inclusive a interação era muito
parecida com as práticas em educação infantil, do ciclo anterior na outra
escola. Algumas perguntas vieram como: se eu tocava outros instrumentos, se
eu era “famoso” e quais os tipos de música eu gostava. Interessante que uma
das crianças que perguntava intermitentemente várias coisas para mim como
por exemplo porque eu estava sentado em classes, e não na frente deles ou ao
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Número de alunos:
Era um dia chuvoso, contudo parte da turma estava presente, dos
quinze alunos estavam 10. Foi trabalhado praticamente os conteúdos de
matemática com o 1º e ano 2º. Enquanto isso um dos meninos da terceira série
conversou comigo sobre ter conseguido um violão e que estava tentando
aprender a tocar algumas coisas em casa, tendo como uma referência para
ajudar o seu primo. Esta foi talvez uma das primeiras falas relacionadas a
pensar a música enquanto prática. Este também foi o dia que as crianças
fizeram vários cartões para mim, ocorrendo inclusive a situação de uma das
crianças querer imitar no papel o jeito da minha escrita cursiva. Dentre as
situação de dificuldades de alguns estudantes que notei na observação anterior
ocorreu também a situação em que uma das crianças jogou uma borracha em
outro colega, e disto veio o revide com um lápis que, ao rebater no mobiliário
da sala quase acertou a professora. Essa situação do certa tensão dentro da
sala porque algumas das crianças que não tinham nada a ver com a situação
tiveram que ouvir uma advertência vinda da professora, que comentou para
mim que é necessário trabalhar a disciplina desde cedo.
Desta experiência me pareceu importante entender o quanto é complicado
trabalhar com três turmas conteúdos que aparentemente não estão
conectados, mas principalmente o trabalho que é preparar semanalmente três
ações para turmas diferentes já é um desafio.
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Número de alunos:
Já sabendo previamente das atividades para comemoração o dia das
mães notei que a equipe de professores dedicava foco na organização para
recepção dos(as) responsáveis que estariam logo mais na escola para ver seus
filhos apresentarem a série de homenagens programada naquela tarde. Na
turma multisseriada estava sendo ensaiada a música “Fico assim sem você” da
cantora Adriana Calcanhoto. Todos os alunos presentes estavam muito
animados com as atividades que seriam apresentadas logo mais. Algumas das
crianças tentaram conversar comigo rapidamente para mostrar os seus cartões
que seriam entregues à suas mães, contudo o foco estava muito na finalização
do material e se preparar para apresentação em outra sala da escola. Profa
Anelise pediu que eu ajudasse na conclusão dos detalhes da apresentação
conferindo como estava o ensaio das crianças junto com a música que El tinha
no celular. Depois de terem feito um ensaio na sala de aula as crianças
direcionaram-se em fila para o local da apresentação. Na apresentação foi
cantada a música, tendo a letra projetada na tela. Outras turmas fizeram
apresentações também, notei que algumas professoras faziam algumas
combinações gestuais com os alunos, algo que poderia ser pensado como uma
alternativa a regência musical ou coreográfica. Chegou então o momento de
entrega dos cartões para as mães ou para as pessoas responsáveis. Ocorreu
que uma das crianças da turma que eu estava fazendo observando ficou um
pouco desapontada por que não conseguir fazer a entrega do cartão para sua
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mãe naquele momento, tendo em vista que estava em horário de serviço. Após
a atividade foram servidos chá, doces e salgados. Já no encerramento da
atividade ajudei na desinstalação dos equipamentos de projeção e som. O
período para a prática estava próximo, e a expectativa em qual abordagem eu
ira desenvolver aumentava mais...
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PLANEJAMENTO DE AULA
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PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes
DISCIPLINA:
SÉRIE/ANO: 1ª 2ª e 3ª série (classe multisseriada) TURMA: Profa Anelise Alt Silva da Silva
RECURSOS: N/A
Número de alunos: 9
Inicialmente toquei a “Vamos Sorrir e Cantar’ no violão para a turma
como uma introdução para a prática propriamente dita, que estava prevista no
plano de atividade da intervenção didática. Eu estava muito nervoso, achei que
não a prática não iria dar certo naquele dia, visto também que era um dia
chuvoso e tínhamos uma quantidade razoável de alunos na aula.
Posteriormente, com a preparação da prática “chuva percussiva” (disposição
da turma em semicírculo) minha preocupação estava muito em como
coordenar os pequenos grupos responsáveis por executar as diferentes
variações percussivas para provocar o efeito proposto. A professora participou
também da prática e certamente isso também porque sustenta a ideia que há
algum sentido para os aluno, e ter a referência da professora regente me
pareceu facilitar nas combinações, que foi definir grupos que fariam algum dos
ritmos sugeridos na prática e assim poder criar a ideia do som da chuva.
De certa forma essa prática foi um pouco difícil de conseguir a proporção
sonora porque de alguma maneira as crianças se dispersam bastante, algumas
comentam que a repetição cansa. Não ficou os “100%” como se imagina. Outra
proposição que tentei fazer foi o controle de dinâmica, um elemento que
destaquei algumas vezes para cada um dos grupos. Mesmo fazendo um
código gestual mais simplificado combinado com o verbal a turma conseguiu
entender em parte essa dimensão da prática. Se ao menos eu tivesse
apresentado algumas destas ideias no encontro anterior talvez eu estaria
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menos preocupado, porque uma das coisas que essa turma me tocou muito foi
o fato de que o decorrer das observações anteriores a maioria das crianças
fizeram pequenos cartões com desenhos e me recebi delas como presente. Eu
me senti muito na responsabilidade de fazer uma prática, mas também deixar
algum tipo de presente a elas. Então penso que ter tocado o violão antes pode
ter reduzido o tempo que poderia ter ficado mais distribuído para a prática
proposta no plano.
Foi difícil organizar na configuração em semicírculo porque é algo que
leva algum tempo (são muitas mesas em fileiras)e é necessário ser rápido e
simultaneamente ter a preocupação para não fazer algo impositivo. A prática
utilizou toda aula, quase que não tive tempo para encerra, mas por sorte foi
possível completar a atividade com todos os presentes. A ideia da prática
transcorreu bem dentro uma sala multisseriada, pensando nas variações das
faixas etárias.
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Número de alunos:
O encontro com a turma foi na tarde de sexta-feira do dia 18 de maio e
foi uma das observações mais diferentes que tive porque ao conversar com a
Profa. Cleidi, regente da aula de Ed. Artística (artes visuais), comentei que
poderia ir conversando com os alunos ao invés de apenas observar a aula da
turma. Isso abriu muitas possibilidades de interação com o grupo, contudo não
sabia que algumas falas vindas da Profa. Cleidi apareceriam no decorrer do
encontro de cerca de 40 minutos. Minha apresentação tentou destacar minha
trajetória musical voltada à música popular e práticas com alguns instrumentos
musicais, como o contrabaixo elétrico e percussão. Nesse tempo conseguimos
saber algumas preferências musicais dos alunos presentes que também
comentaram gostar de ouvir ou conhecer o funk, pagode, sertanejo, rap e
também música no contexto religioso, especificamente das casas de religião
afro-brasileira, que trazem a percussão juntamente com as práticas religiosas.
Sobre esta manifestação musical conectada com as religiosidades, um dos
alunos comentou que existia a música “normal” e as músicas tocadas no
contexto religioso. Tentei comentar sobre as diversidades de músicas incluindo
também a música afro-riograndense e afro-urugauia. Por algum motivo, acho
que ter falado nesses termos não ajudou muito na explicação da diversidade
musical que ainda é pouco difundida no âmbito escolar. Se fosse possível seria
necessário ter preparado antecipadamente exemplos audiovisuais ou até
mesmo estar com alguma referência mais concreta para apresentar, contudo
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Número de alunos:
em dúvida, mas acho que valeu a pena. Desta escolha consegui me comunicar
com alguns dos alunos da turma do ensino fundamental, séries iniciais que
estavam nas minhas primeiras práticas e também notar o movimento das
outras turmas das outras séries, inclusive, nono ano, onde agora eu estava
fazendo a observação. Minha presença não foi ignorada, inclusive, alguns dos
alunos me cumprimentaram. Sendo que até um aluno de outra turma que só
conheço de passagem (acho que ele estuda no sétimo ano) sempre pede para
que eu faça “um som” (e isso ele fala desde as minhas primeiras idas à escola,
lá do início do mês de maio). Encerrado o intervalo vou para a turma do nono
ano. A turma estava reduzida a seis alunos, três meninos e três meninas.
A Profa. Cleidi pediu então que eu sentasse em alguma das cadeiras das
classes. Fiz isso o mais rápido possível, porque queria interagir com eles de
uma forma mais horizontalizada, ficar na frente nessa etapa me parecia pouco
produtivo.
Começou então aula da Profa. Cleidi, relembrando a minha vinda à aula de
artes para trabalhar a música em algum momento das próximas idas à aula, e
também comunicando a turma sobre a proposta de conteúdos que ela pretende
abordar no decorrer das próximas semanas.
A ideia básica era confeccionar faixas decorativas, algo como
ornamentos similares aos que são estampados em azulejos, pisos etc.
Conforme a Profa. Cleidi exemplificava as diversas maneiras de construção
dos desenhos, que costumas ser geométricos, também contextualizou os
diversos lugares que se pode encontrar essa forma de desenho e de efeito
visual, comentou dentro da arte portuguesa nos azulejos e egípcia nos
interiores das câmaras mortuárias dos antigos faraós. Os desenhos que seriam
feitos por eles precisavam ter uma repetição e poderiam ser escolhidos por
eles, mas o critério base era o da criação de cópias do mesmo desenho numa
folha A4.
Fiquei prestando atenção nestes comentários e comecei a formular
ideias de como fazer algum trabalho com eles. Mesmo sendo um grupo
pequeno, algumas dispersões ocorriam com um ou dois alunos. Uma aluna se
queixou das dificuldades em não conseguir entender a proposta da atividade
da professora outro aluno fez até certo ponto as medidas e desenhos, mas
jogou fora todo refazendo outra vez numa nova folha. Esse mesmo menino
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2
Descobri depois, quando estava em casa que se tratava de um clipe de uma música
com uma sonoridade que pode entendida como sertaneja, onde há um menino
cantando num aterro de lixo. A letra descreve sua vida difícil, não tendo o que comer e
estar na pobreza. Há também um cantor adulto fazendo as críticas sobre esse
contexto.
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Número de alunos:
Ocorreu que a observação prevista para o dia 22/06 passou para um dia
antes, porque a Profa Cleidi já estava na escola recuperando aulas de artes em
todas as turmas e possivelmente se ausentaria no dia combinado. Neste
mesmo dia a minha observação para o ensino médio foi adiada para a próxima
semana. Assim sendo, pude adiantar a última observação e ir pensando no que
poderia fazer como prática, além de conhecer todas as turmas da escola que
tinham aulas de artes nesse dia. Tive que assistir todas as aulas, pois a minha
observação com o nono ano era no último período da tarde. Não estava
previsto isso, mas foi interessante fazer o panorama, porque me mostrou o
quanto cada turma é um “mundo” diferente em relação às demais, há
oscilações, as questões da música e religiosidade se manifestam e se
atravessam o tempo todo, assim como há alguns problemas de sumiço de
materiais escolares que ocorrem entre eles e que param um tanto o ritmo das
aulas.
Muito próximo do horário da minha observação a Profa Cleidi pensou na
possibilidade de contextualizar a história dos azulejos, trabalho que vinha
sendo feito na aula anterior. Então me pediu que fosse ao laboratório de
informática um período antes de começar a observação para buscar
informações sobre esse tema para que pudéssemos conversar em sala de
aula, fazendo o uso dos celulares dos alunos (o laboratório da escola tem
muitos computadores, porém neste dia a conexão da internet estava péssima.
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Foram necessárias algumas tentativas até conseguir o site que foi apresentado
na sala de aula). Com a do 9º ano, foram apenas três alunos nesse dia (isso
pode ter acontecido porque era um dia chuvoso quando as aulas da tarde
iniciaram, a estabilidade do clima só veio depois das 14h30 (as aulas de toda a
escola começam às 13h30), as atividades de criação de faixas decorativas
semelhantes às ornamentações dos azulejos seguiram nesta aula. Fizemos
uma breve contextualização histórica do tema vindo logo depois os ajustes ou
mesmo terminando o que já estava desenhado no papel. Um dos alunos
presentes nesta aula estava no processo inicial da ideia porque já fazia algum
tempo que não ia às aulas. Queixava-se por não ter paciência em fazer as
tarefas, isso me pareceu uma resistência que possivelmente viria na aula de
prática didática. Essas preconizações nunca me escapam, inclusive a
possibilidade de não ter alunos para fazer a prática, enfim...
Enquanto faziam as atividades comentei sobre o que eles tinham
sugerido de músicas na aula anterior. Já pensando no tempo curto e que passa
rápido no momento das intervenções didáticas, perguntei se poderíamos
escolher um “gênero musical” que pudessem ser consensual à turma,
comentaram que o funk poderia ser possível. Eu poderia levar outras ideias
sem uma conexão específica, mas ainda me parece mais concreto ter alguma
aproximação ao contexto deles, pois é muito pouco tempo de vínculo para
lançar algo solto e que talvez não corresponderia bem ao que se observou
anteriormente. Acho que se pode conseguir um “pequeno caldo” nesta etapa...
A outra surpresa agora é saber como será a interação com a próxima
professora que ministra aulas na turma do ensino médio...
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PLANEJAMENTO DE AULA
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PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes
SÉRIE/ANO: 9º ano (turma 91) TURMA: Profa Cleidi Mary Silva Paz
CONTEÚDO(S): Ritmo
OBJETIVO(S): Executar o ritmo de funk proposto através da
percussão corporal
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS: Percussão corporal
ROTEIRO DE ATIVIDADES: Será escrito no quadro um exemplo da
sequência rítmica do funk (TU-TA-TA-TU-TU-
TA-TU) tocada com voz na música “Funk
Melódico”. Essa sequência vocal será
exemplificada em aula também. Logo após
será feito o entendimento dos códigos
descritos nas folhas de instruções da prática,
onde estão os sinais: (* para fazer estalo com
as mãos, / para palma, # bater na perna e -----
bater no peito). A partir destas
representações será possível executar a
sequência percussiva que estará sendo
solicitadas nas folhas com as variações dos
sinais também já mencionados. Essas
variações rítmicas serão divididas em no
máximo 4 grupos, nos quais cada grupo terá
no máximo de 10 minutos para ensaio.
Posteriormente cada grupo fará apresentação
das variações, finalizando a execução de
todos os grupos simultaneamente dentro de
uma sequência regular, com algumas
repetições. Assim será possível perceber se a
regularidade rítmica se mantém por pequeno
período de tempo, mas o suficiente para se
entender a regularidade rítmica em grupo.
RECURSOS: - Caixa de som e áudio em mp3
- Material impresso com as instruções da
prática
- Quadro e caneta
REPERTÓRIO Caetano Veloso – Funk melódico
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(troca de Professor por motivo do afastamento da Profa. Cleidi Mary Silva Paz)
Turma: 91 - 9 ano
Número de alunos:
Número de alunos:
Neste dia fiquei sabendo ao chegar na escola que não teria aula porque
a professora regente e também a turma não estavam presentes na escola.
Tendo garantido minha presença no, segui a organização do estágio com a
recuperação da observação que estava em falta com a turma das Séries Finais
do Ensino Fundamental, no qual as informações estão descritas no relatório do
referido ciclo.
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Número de alunos:
Era um dia chuvoso com uma quantidade reduzida de alunos na turma.
Após minha apresentação comentei algumas coisas relacionados sobre as
minhas atividades de música na escola que e já estava fazendo há algum
tempo. Posteriormente perguntei sobre as preferências musicais deles sendo
que alguns comentaram que tinha uma vivência tocando com parentes, tios,
primos e a presença da percussão é muito forte nesta turma alguns já
participavam de prática da banda da escola utilizando os instrumentos que
estavam guardados numa sala que até então eu ainda não tinha conseguido
acesso. Nesse ponto fico grato aos alunos por ter consegui acessar algo
partindo do interesse deles. Entendido o ritmo da turma e as possibilidades de
inserção me preparei para continuar o processo de observação da aula da
Profa Iara, que era e regente da aula de artes. O trabalho da aula nesse dia era
desenhar uma mascote ou personagem característico que fizesse alusão às
comemorações da Copa do Mundo. Algumas dos alunos pesquisavam
referencias de desenhos pelos seus celulares (Profa Iara comentou que esta
era uma possibilidade a favor do uso da internet na sala de aula, pois se
direcionava o exercício de busca de imagens para desenvolver ideias nas
aulas). Entre as conversas dos alunos alguns deles que estavam próximos de
onde eu estava aproveitavam para desenhar e conversar também. Um destes
alunos comentou que tinha algum contato com guitarra, comentou que gostava
de Led Zeppelin. Assim também começou a vir a fala das preferências musicais
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Número de alunos:
Nesse dia levei para aula a ideia de prática do método O Passo para
fazer uma experiência com a turma (as explicações detalhadas da prática e
método serão apresentadas nos próximos relatórios). Assim, assinalei no
quadro as informações sobre os códigos numéricos e a associações com o as
palmas e passos. Muitos acharam um tanto estranho fazer a combinação das
atividades, alguns erravam a associação das palmas ou até mesmo levaram
um tempo para elaborar as idas e vindas do passo juntamente com as palmas,
contudo comentava que isso era normal para um primeiro contato com a
prática. Eu perguntava a eles se estavam tranquilos com a prática e, de alguma
forma era retornada uma resposta deles. Isso ajuda também a perceber se eles
estão respondendo bem porque é uma preocupação muito também de falar e
não ter retorno contextualizado das ações feitas por eles deles. Com a boa
resposta começou a se cogitar a ideia de combinar a prática com os
instrumentos musicais. Disso os alunos trouxeram da sala as percussões e a
escaleta para fazer uma “mixagem” com a prática d’O Passo. Foi possível pela
experiência captar uma sintonia com as dimensões de pulso, “transporte” do
conceito para o instrumento e interação da turma com o que se manteve
fazendo o exercício do Passo com as palmas. Isso me deixou muito mais
tranquilo, pois eu pude ter uma noção geral de pontos que podem ser
aprimorados para atividade final, principalmente no que se refere a orientar os
alunos a não tocar o tempo todos os instrumentos enquanto não esta sendo
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PLANEJAMENTO DE AULA
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PLANEJAMENTO DE AULA
ESTAGIÁRIO: Antoniel Martins Lopes
SÉRIE/ANO: 2 ano (ensino médio) TURMA: Turma 201 Profa Iara Denise Budó Tunholi
Número de alunos:
Agilizei com alguns alunos o acesso dos instrumentos para que fossem
levado para a sala de aula, e assim combinar com as atividades que já haviam
sido trabalhadas com alguma aproximação na aula anterior. Sempre ocorre
entre eles alguns toques não combinado na atividade, demonstrando a vontade
dos alunos em fazer música através da percussão.
Nesse dia tinha mais alunos na turma sendo que alguns eu ainda não
conheci das outras idas à escola, então ocorre o desafio de explicar o motivo
de eu estar fazendo o trabalho da escola e também contextualizar que o
trabalho já teria ocorrido um encontro anterior para ajudar no entendimento do
exercício musical. Repassando as instruções do método O Passo no quadro e
elaborando as etapas que fazem a prática ter sentido combinamos a atividade
em conjunto com os instrumentos musicais. Repetimos algumas vezes e
conseguimos algum efeito bem interessante. Disto, alguns alunos queriam
inserir outros elementos instrumentais. Então fomos buscar mais instrumentos
de percussão, acrescentando nesta configuração os pratos, que foi tocado por
uma menina (a predominância de meninos na percussão é algo a se pensar
sobre a autonomia das meninas em procurar tocar outros instrumentos
musicais nas bandas). O trânsito de ir buscar instrumentos na sala onde eles
estão guardados foi um ponto que num primeiro momento achei que poderia ter
evitado, pois poderia ter afetado no processo da aula, contudo com os ensaios
e as tentativas prévias pude ter um feedback positivo sobre o interesse em
trabalhar a estrutura base do método O Passo com o grupo. A experiência com
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O percurso dentro das escolas possibilitou saber melhor como lidar com
diversas “mundos” existentes em cada turma observada. É difícil dizer quais
são os níveis mais difíceis de trabalhar porque cada um deles tem
características muito próprias. Contudo se nota que nas Séries Finais do Ens.
Fundamental e o Ensino Médio a maioria dos alunos não dedicados, ainda
assim me deixaram com muitas dúvidas sobre se realmente estava achando
interessante as atividades ou a minha abordagem enquanto professor, contudo
o engajamento das turma te ajuda a perceber o processo com mais
tranquilidade e como menos auto crítica. O que dificultou nesse trabalho
semestral foi a manter certa continuidade das atividades por conta das
inúmeras interrupções de feriado, dificuldades internas da escola e o meu
equilíbrio emocional que se desestruturou muito cedo no decorrer do semestre
a ponto de demorar na entrega dos relatórios pois achava sempre que a
reflexão não tinha sido boa o suficiente para ser mostrada no contexto de
orientação. Essa experiência de organizar o referido material ajudou bastante a
reconhecer outras maneiras de entender gestão de tempo para as
documentações para melhorar o acesso e circulação de novas informações.
Como sugestão, penso que pode ser interessante na terceira observação
preparar com prática os passos da intervenção didática, pois assim é possível
ter a segunda oportunidade com ajustes dos detalhes e mais preparação na
última etapa do ciclo. Há riscos de não se ter a mesma quantidade de alunos
no dia principal da prática, mas para um primeiro sobrevoo como estagiário
talvez tiver uma pequena segurança pode ser interessante nesse sentido.
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ANEXOS
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Epo
E tukki tukki e
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LETRAS A ATÉ D