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Ano 81 – no 117 – janeiro/abril 2018

Santidade
Paulina
RETORNA À CASA DO PAI
NOSSO IRMÃO E SACERDOTE,
PE. JOSÉ DIAS GOULART, SSP

NATIVIDADE FAMÍLIA PAULINA FORMAÇÃO


renascer a cada dia, Despertai o mundo com Para uma espiritualidade
ensina a irmã natividade a luz do Evangelho de não violência
Oração Autora: Ir. Lucivânia Conceição Oliveira, ap
Fonte: Livro de Orações da Família Paulina, 2017, p. 146.

Coroazinha
a São José
“A qui na terra, São José representa a paternidade de
Deus, em relação a Jesus Cristo, o Verbo Encarnado.
Ele viveu sempre num profundo respeito e amor
para com seu filho adotivo, e conhecia bem sua missão para
com ele. Jesus por sua vez tinha por São José uma profunda
reverência, um amor terno e efetivo, uma confiança serena,
uma docilidade constante.
A São José peçamos que nos alcance a vida interior, nossa
santificação no silêncio, na intimidade com Jesus e Maria,
nos deveres do dia a dia e na vivência das virtudes indivi-
duais e domésticas. Peçamos-lhe também o espírito do apos-
tolado, a cooperação com a obra de Jesus Cristo e da Igreja,
para a salvação do mundo” (CISP, 649).

Oração
Ó São José, nós vos veneramos como modelo dos
trabalhadores, amigo dos pobres, consolador dos so-
fredores e emigrantes, o santo da Providência. Re-
presentastes na terra a bondade e o cuidado universal
do Pai celeste. Fostes carpinteiro em Nazaré e mestre
de trabalho do Filho de Deus, que se fez por nós hu-
milde operário. Socorrei, com vossas orações, todos
os que se esforçam no trabalho intelectual, moral e
material. Obtende para as nações uma legislação con-
forme ao Evangelho, e ao espírito da caridade cristã,
uma ordem em conformidade com a justiça e a paz.
São José, rogai por nós.
Amém. balhador. Um trabalhador não só em sentido material,
mas também intelectual e moral.
Reflexão Por esses motivos suplicamos o socorro de São José
Esta oração a São José é o terceiro ponto da coro- para que neste novo ano nos auxilie no trabalho in-
azinha, que me pareceu conveniente para iniciarmos telectual, moral e material. Que o trabalho intelectual
um novo ano. É-nos providencial dirigir-nos e con- nos torne seres humanos mais humildes; o trabalho
fiar-nos a São José por dois motivos principais. Pri- moral, cristãos mais alegres e comprometidos com a
meiro pelo seu exemplo de Pai, atento à vontade do causa do Evangelho; e o trabalho material propor-
Criador. Segundo pelo seu exemplo e modelo de tra- cione a todos uma vida digna.

3 cooperador paulino
O Cooperador Paulino
Publicação quadrimestral da Família
Paulina

Ano 81 – Nº 117
Janeiro-Abril de 2018
ISSN 1413-1595

O Cooperador Paulino é uma revista


fundada pelo bem-aventurado Tiago
Alberione em 1918. Sua missão é servir
o Evangelho, a cultura humana e a cate-
quese do povo de Deus na cultura da
comunicação, bem como informar sobre
a vida, espiritualidade e atividade mis-

6
sionária da Família Paulina, que procura
manter viva, no mundo moderno, a obra
evangelizadora do apóstolo Paulo.

Editora: Pia Sociedade de São Paulo


(Paulus)
Presidente: Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp
Perfil Jornalista responsável: Pe. Valdir José
de Castro, ssp
Editor: Pe. José Carlos de Freitas
Júnior, ssp
Revisão: Pe. Zolferino Tonon, ssp
Projeto gráfico: Pia Sociedade Filhas
de São Paulo/Paulinas
Diagramação: Família Cristã/Paulinas
Capa: freepik.com

Equipe de redação:
Ir. Elisabéte Martins, sjbp
Ir. Lucivânia Conceição Oliveira, ap
Ir. Luzia Sena, fsp
Ir. Suzimara Barbosa de Almeida, sjbp
Ir. Terezinha Lubiana, pddm

Colaboraram:
Pe. Antônio Lúcio da Silva Lima, ssp
Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp

12
Ir. Carmen Maria Pulga, fsp
Santidade Ir. Bertila Picelli, sjbp

28
Ir. Gabriela Sperandio, pddm
Paulina Ir. Susana Santa Catarina, ap
Silvia Mônaco

Impressão: Paulus Gráfica Via Raposo


10 Fundador Testemunho Tavares, Km 18,5 São Paulo – SP

Tiragem: 8.000 exemplares


14 Espiritualidade Paulina
Redação: O Cooperador Paulino
17 Caminhar com a Igreja Caixa Postal 700
01031-970 São Paulo – SP
19 Família Paulina
Página na internet: www.paulinos.org.br
22 Institutos
Endereço eletrônico: cooperadorpau-
26 Formação lino@paulus.com.br

31 Destaques ocooperador

4 O cooperador paulino
Caro(a) Cooperador(a),
Graça e Paz!

E stamos no início de mais um ano da graça do Senhor! Oferecemos, para sua formação,
o testemunho profético e emocionante da Ir. Natividade Pereira, fsp (Religiosa da Con-
gregação das Filhas de São Paulo – membro da Família Paulina), que assessora o grupo
Revistas das Paulinas Editora no Brasil.
Entre os diversos temas referentes à Família Paulina temos o artigo sobre os leigos no pen-
samento de nosso fundador pe. Tiago Alberione, a missão hoje do Instituto Santa Família na
Igreja e na sociedade, e a espiritualidade da Irmã Apostolina hoje, a partir do testemunho da
Ir. Susana, ap.
Sempre atentos a nossa realidade eclesial, apresentamos uma reflexão a respeito da Campanha
da Fraternidade de 2018, tendo como tema: “Fraternidade e superação da violência, e como
lema: “Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)”. Assinalamos o início do ano do laicato, com
o tema escolhido para animar a mística: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a
serviço do Reino”, e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14.
Temos a alegria de, como Família Paulina, vivermos o ano centenário dos Cooperadores
Paulinos, com um artigo histórico-convite e o testemunho da colaboradora Silvia Mônaco, da
Paulus, que há 26 anos desempenha seu serviço com alegria e entusiasmo.
Com saudades expressamos nossa homenagem de gratidão à vida e a missão do religioso-
-sacerdote paulino pe. José Dias Goulart, ssp.
Que o Mestre e Pastor nos conduza neste ano de 2018 com bênçãos, sendo sinais do Reino
de Deus em todos os momentos de nossa vida.
Boa leitura.
Pe. José Carlos de Freitas Júnior, ssp
Editor

PIXABAY.COM
Perfil

NATIVIDADE
é meu nome
Renascer cada dia
Jovem, venha seguir Jesus de Nazaré e evangelizar o
mundo com os Meios de Comunicação Social!”.

Natividade Pereira

6 O cooperador paulino
“Aprendi com São Paulo a deixar tudo encaminhada para as Irmãs Paulinas. No decorrer
para trás, todos os dias, e recomeçar de um ano me correspondi com as Irmãs e, en-
fim, ingressei na Congregação das Irmãs Paulinas,
uma vida nova.” na comunidade de Salvador.

E u nasci em Brejões, na Bahia. Somos sete


irmãos e meus pais sempre participaram
da vida da Igreja. Cresci nesse ambiente
cristão. Um dia, participando da missa dominical,
percebi que o folheto litúrgico O Domingo trazia
Imprevistos da caminhada e superações
Após a Primeira Profissão fui morar em Re-
cife (PE), depois em São Paulo (SP), onde fiz o
curso de Filosofia. Após a Profissão Perpétua, re-
tornei a Recife. Voltando de uma missão no in-
um apelo vocacional bem interessante: “Jovem, terior de Pernambuco, por razões desconhecidas,
venha seguir Jesus de Nazaré e evangelizar o aconteceu um acidente automobilístico e fiquei
mundo com os meios de comunicação social!”. paraplégica. O meu mundo se abalou, porém
Este apelo me tocou. Naquela época eu me cor- não caiu. Tive que buscar no meu interior a for-
respondia com adolescentes de várias partes do ça que desconhecia. Eu tinha uma agenda cheia,
País. Então resolvi escrever para O Domingo fa- com trabalhos dois anos à frente, inclusive com
lando um pouco de mim, do trabalho no grupo a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de
de jovens e que gostaria de conhecer essa missão. Recife. De repente nada disso interessava mais.
Escrever para O Domingo era como escrever para Eu tinha o passado, o presente sofrido e não tinha
um amigo, porque eu era acostumada a fazer isso. nas mãos o futuro, não sabia como seria minha
A carta chegou ao seminário Paulino, e de lá foi vida a partir de então.

janeiro/abril 2018 7
Perfil

Fiquei diante de dois caminhos: viver recla- Novas oportunidades


mando – e eu tinha motivos para isso – ou relati- Após o acidente, vim para São Paulo. Nessa
vizar, erguer a cabeça e continuar “caminhando” ocasião, a Rede Vida de Televisão estava come-
sem precisar mais das minhas pernas. çando na cidade. A Irmã Aparecida Matilde Al-
Briguei com Deus, achei que Ele poderia ter ves da Costa, paulina, que coordenava a progra-
evitado aquela tragédia. Mas depois de um tem- mação, me convidou para fazer um trabalho de
po, Deus me fez entender que Ele também ficou Artes na TV com as crianças da catequese. Foi
sem andar naquele dia. Depois dessa conversa um sucesso, me tornei conhecida e comecei a
nunca mais reclamei. Deus venceu! Precisei de ministrar Oficinas na TV, depois nas Paulinas
muita fé para me reerguer. Fui fazer terapia, para Livrarias e Faculdades de Pedagogia, em vários
enfrentar os meus medos e preconceitos hipó- estados do Brasil. Assim nasceram cinco livros e
critas. Acredito na ressurreição e pedi que Deus cinco DVDs, os quais publiquei com o objeti-
a antecipasse para mim. vo de chegarem onde eu não tinha condições
Tive que aprender a cuidar de mim, ser fran- de ir. Em tudo isso me ajudou o Mestrado em
ca e honesta comigo mesma. Conhecer os meus Ciências da Religião, na PUC/SP, que me deu
limites e tentar vencê-los. Foi uma “guerra”, eu a segurança na pesquisa para produzir esses sub-
me sentia um fracasso, foi uma experiência dra- sídios, além do meu gosto por arte e pintura.
mática e comovente. Tudo mudou, meu corpo Comecei a pintar aos 12 anos, quando chegou a
estava atrofiado, meu cérebro confuso e a espiri- TV na minha casa. Pintei a capa da TV e depois
tualidade balançada. Eu dependia de muitas pes- comecei a pintar enxoval para crianças, camise-
soas para querer viver novamente. Minha família tas, almofadas etc. No Noviciado, pintei algumas
me aconselhou a voltar para casa e eu lhe disse telas e muitos cartazes. Após o acidente, fiz parte
que a missão precisa continuar. Aprendi com São dos artistas plásticos da AACD (Associação de
Paulo a deixar tudo para trás, todos os dias, e Assistência à Criança Deficiente), participei de
recomeçar uma vida nova. várias galerias e ganhei um concurso interna-

8 O cooperador paulino
Tive que aprender a cuidar de mim, ser franca
e honesta comigo mesma. Conhecer os meus
limites e tentar vencê-los

cional. Depois disso, passei um mês na Europa,


conhecendo os grandes mestres da pintura. Foi
um presente por ocasião do centenário de nas-
cimento da Irmã Tecla Merlo. Pintei também
Alberione, na Máquina de cinema, São Paulo,
Anjos e muitas paisagens.
Atualmente trabalho nas Paulinas Revistas: Fa-
mília Cristã e Super+, na catequese da Paróquia
São Francisco, na Vila Clementino, ministro pa-
lestras e oficinas para professores nas escolas esta-
duais de São Paulo, quando sou convidada, viajo
pelos vários estados do Brasil.

Missionária nos Estados Unidos FOTO NATIVIDADE


Em 2011, participei de um Projeto Missio-
nário das Filhas de São Paulo nos Estados Uni-
dos, onde morei por dois anos. Esse foi o meu
“doutorado”, conhecer uma outra cultura, língua
e costumes tão diferentes. Isso foi para testar a
minha independência. Fez-me lembrar de que
deixei tudo quando entrei na Congregação, dei-
xei tudo quando sofri o acidente e deixei tudo
quando fui ser missionária num outro país. Penso
que faz parte da pedagogia de Deus nos conduzir
a deixar tudo. Pois todo dia precisamos renunciar
a alguma coisa, ir se desprendendo até ficar com
o essencial. Penso que estou nesse caminho.
O acidente automobilístico renovou a minha
fé, me transformou num ser humano melhor,
aprendi a ver o mundo sob um novo foco. Muita
coisa deixou de ser importante e se tornou re-
lativa. Sinto que não “preciso” mais das minhas
pernas para caminhar! Vivo um tempo de busca
da essência de se viver bem. E renovo esta con-
vicção a cada amanhecer.

janeiro/abril 2018 9
Fundador
Ir. Suzimara Barbosa de Almeida, sjbp

ALBERIONE E OS
Pe. Alberione “acredita que os leigos,
embebidos do espírito paulino podem ajudar
Leigos
a construir novas relações e ser hábeis
comunicadores da boa-nova de Cristo”.
O termo leigo tem diversas conotações
no seio da Igreja e da sociedade. Na
Igreja primitiva, mais do que esse ter-
mo, usam-se outras palavras e conceitos como
“irmãos”, “santos”, “discípulos”, “crentes”. O
Apóstolo Pedro diz aos cristãos: “Vocês são a raça
eleita, o sacerdote real, a nação santa, o povo que
Deus adquiriu …” (1Pd 2,9). O apóstolo torna
vivos e práticos esses termos e refere-se aos dis-
cípulos todos como irmãos e membros do corpo
vivo de Cristo. Ou seja, na visão que emerge dos
escritos paulinos são importantíssimos o concei-
to de “corpo” e de “comunhão” onde cada um
é elemento vital para o todo. Paulo testemunha
a estreita importância da participação de todos
os fiéis no apostolado, na evangelização, na obra
de animação dentro das comunidades locais.
Suas cartas revelam a participação de uma inten-
sa rede de colaboradores na obra evangelizadora:
homens e mulheres, casados e solteiros, gente de
todas as idades. É essa realidade elemento central
da relação entre Alberione e os leigos.
Apaixonado por Cristo e ciente de que a co-
municação é uma dimensão essencial para a vida
da sociedade e da Igreja, Alberione com-
preende que sem a participação real e
eficaz dos leigos na obra evangelizadora
torna-se muito difícil a penetração do
Evangelho em todas as camadas da
sociedade, dentro e fora da Igreja,
em todos os lugares onde estes vi-
vem, trabalham, se encontram.

10 O cooperador paulino
De fato, inspirado em Paulo Apóstolo, ao for- convite: ‘Anunciai o evangelho a toda a criatura’.
mar a Família Paulina para viver e anunciar Jesus Se houver apóstolos que têm o coração aceso de
Cristo, na relação direta e com os meios mais rá- amor a Deus, a alma plena de Jesus Cristo, uma
pidos e eficazes, Alberione coloca os leigos como instrução de fé mais viva, então se renovará a face
elemento essencial deste processo. Como pano da terra’” (Rsp, p. 479).
de fundo de seu pensamento está, como em Pau- Atento à necessidade de que na Igreja todos
lo, a Paixão por Cristo e pelo Evangelho que o anunciem o Evangelho, Alberione percebe o
leva a acreditar, assumir, concretizar:Todos para o despertar, a hora dos leigos e pede que a Família
Evangelho! Todos apóstolos de Cristo! Todos vi- Paulina os insira dentro do seu caminho evan-
vendo sua função de órgão vivo na Igreja, corpo gelizador. Disso se iniciam no final dos anos 50,
de Cristo! também dentro da Família Paulina, os Institutos
O Bem-aventurado Alberione acredita que os de Vida Secular Paulina para ampliar o apostola-
leigos, embebidos do espírito paulino, podem do que esta exerce na Igreja e no mundo: “Hoje,
ajudar a construir novas relações e ser hábeis co- em todas as nações, o laicato de inspiração católi-
municadores da boa-nova de Cristo em todos os ca está em grande movimento: congressos nacio-
contextos aonde estão inseridos. É essa convic- nais, internacionais, semanas de estudos, tomadas
ção que o leva a pensar na fundação da Associa- de posição, contato direto ou indireto com a
ção dos Cooperadores Paulinos, como uma das hierarquia católica, estão a indicar a necessidade
primeiras de suas fundações. de novas vias para salvar a humanidade (...) O
Ele dizia: “‘É todo um mundo que precisa ser sacerdote não pode penetrar em todos os am-
reconstruído desde os alicerces’. Eu estou persu- bientes sociais... os Institutos seculares respon-
adido que nem todos compreendem a gravidade dem a esta necessidade do tempo presente” (SP,
desta frase, mas muitos a compreendem. Sessenta Abr. 1958 4c1).
milhões de organizados foram representados este Durante o Concílio Vaticano II, que retoma a
outono no Congresso do Apostolado dos leigos: imagem de Igreja como povo de Deus, Alberio-
estes compreendem a urgência e a gravidade da ne fomenta ainda mais a participação dos leigos
obra a realizar... Se vocês amam a este Jesus que na obra evangelizadora. Falando às Irmãs Pasto-
receberam agora no seu coração, escutem este seu rinhas ele insiste para que suscitem o apostolado
dos leigos: “E depois, devemos suscitar sempre
mais o apostolado dos leigos. Que a juventude
se forme forte, e onde estamos, nas paróquias, nas
dioceses, na Igreja haja um apostolado forte dos
leigos, sempre mais amplo. E sobre este apostola-
do a Igreja conta muito. (AAP 1963,403)
Na relação Alberione – Leigos, podemos dizer,
então, que foi justamente o seu “coração pau-
lino” apaixonado por Cristo e pelo Evangelho
que o levou a inserir ativamente os leigos na sua
obra evangelizadora, bem antes que toda a Igreja
crescesse nesta convicção, assumida no Concílio.
Ele acredita que todos na Igreja podem ser após-
tolos, e a todos, também aos leigos, pede uma
FOTOS: ARQUIVO PAULINOS

vida unida à vida de Jesus Cristo, sendo assim, nos


ambientes em que se encontram, sobretudo na
família e na sociedade, apóstolos que “transpiram
Deus por todos os poros”.

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Santidade Paulina Pe. Luiz Miguel Duarte, sp

ARQUIVO PAULINOS

Vá com Deus,
caro irmão!
“No céu impera a alegria; então você se sentirá em casa, já que o bom
humor e a descontração foram seus constantes predicativos.”

À s 21h do dia 31 de agosto de 2017, na


comunidade dos Paulinos na Vila Mariana
– SP, retorna à casa do Pai nosso irmão e
sacerdote, Pe. José Dias Goulart, ssp, com 89 anos de
idade, 77 anos de vida paulina, 70 anos de profissão
“Não vá agora. Fique conosco ainda mais um
tempo, para podermos rir juntos, falando dos
mais variados assuntos. Para você me contar da
origem de sua cidade natal, Presidente Prudente,
que foi fundada pelo seu pai, coronel Goulart, e
religiosa e 62 anos de sacerdócio. que no início era conhecida como Vila Goulart.
Não parta agora, pois tanto precisamos de pes-
Seguem as palavras de Padre Luiz Miguel Du- soas capazes de conversar conosco sem nos jul-
arte, ssp, superior provincial dos paulinos, na gar, sem nos condenar. O mundo anda carente,
Missa de corpo presente, dia 1º de setembro de e nossas comunidades também, de pessoas como
2017, na Paróquia Santo Inácio de Loiola, Vila você, que tragam leveza e alegria. Pessoas de sua
Mariana - SP: envergadura, que fogem da crítica infundada, da

12 O cooperador paulino
maledicência venenosa. Gente que, em vez de mensão espiritual e gloriosa que o Pai lhe pre-
morder a isca da polêmica e da discussão, prefere parou.Vá viver face a face com o Mestre Divino
nos brindar com uma piada conhecida, e dezenas a quem você amou e serviu por toda a vida. Vá
de vezes replicada. usufruir da companhia de Maria, a mãe de Jesus
Fique ainda para rezar conosco e por nós na- e nossa. Esta Maria que o socorreu nas horas de
quele seu breviário gasto pelo uso. Fique conos- dificuldades ou nos instantes de tristeza. No céu
co para celebrar mais vezes a Eucaristia com as impera a alegria; então você se sentirá em casa, já
crianças, fazendo-se criança no meio delas. Per- que o bom humor e a descontração foram seus
maneça para colocar no computador e no papel constantes predicativos.
as profundas reflexões sobre filosofia, ou sobre a Aproveite sua inclinação a ser solidário, a so-
Santíssima Trindade, bem como para dar vazão correr os necessitados; sim, aproveite essa nobre
à sua veia poética quando escreve a respeito de virtude e diga à Trindade Santa que nós, Pau-
Maria de Jesus. linos e toda a Família Paulina, necessitamos e
Se não pode mesmo permanecer ainda, des- pedimos auxílio, assistência, orientação para se-
prenda-se com a mesma simplicidade com que guirmos sendo fiéis aos nossos carismas. Prosse-
viveu. Desprenda-se e entre no céu, esvoaçante guimos nosso caminho sob a assistência divina e
como pássaro livre e leve, sem o peso da idade estimulados pelos dons e valores que você viveu
nem as dúvidas quanto ao futuro. Vá para a di- e difundiu entre nós.Vá com Deus, caro irmão.”

O mundo anda carente, e


nossas comunidades também,
de pessoas como você, que
tragam leveza e alegria. Pes-
soas de sua envergadura, que
fogem da crítica infundada, da
maledicência venenosa. Gente
que, em vez de morder a isca
da polêmica e da discussão,
prefere nos brindar com uma
piada conhecida, e dezenas de
vezes replicada.
janeiro/abril 2018 13
Ir. Susana Santa Catarina, ap

Ser Apostolina
“É uma bela caridade ajudar aos jovens a se indagarem: E tu, o que farás?
... e é muito mais importante a escolha da própria vocação.”

ARQUIVO PESSOAL

R econhecer a grandeza do chamado de


Deus em nossas vidas e o modo como
Ele nos conduz é sem dúvida reconhe-
cer a bondade de Deus e seu amor por nós. Ao
reler minha história como irmã apostolina, me
lor de pertencer a uma comunidade. Desde cedo,
na oração do terço em família aprendi a rezar pe-
las necessidades da Igreja, a pedir a Deus o dom
das vocações e, à medida que crescia, sentia des-
pertar em mim o desejo de colaborar nos servi-
encanta perceber como o Senhor incansavel- ços e atividades pastorais da minha comunidade.
mente acompanha quem ele chama. Assim sendo, comecei a frequentar e fazer parte
do grupo de jovens e a colaborar na pequena
Memória agradecida equipe vocacional. Mais tarde, fui escolhida para
Minha família sempre foi muito religiosa e ser “ministra da Palavra e da Eucaristia”.
participava assiduamente da vida da comunidade O tempo ia passando. Como muitos jovens, so-
local. Com eles, aprendi a rezar e perceber o va- nhava em ter uma família. Mas ao mesmo tempo

14 O cooperador paulino
outra realidade inquietava-me e interpelava-me. aos sinais dos tempos. Ao fundar as irmãs Apos-
Sentia que Deus me pedia algo mais. Não sabia tolinas, assim, dizia: “É uma bela caridade ajudar
ao certo o que era.Vivia um momento de incer- aos jovens a se indagarem: E tu, o que farás? É pre-
tezas, dúvidas, interrogações e procurava respos- ciso fazer compreender aos jovens que, se é importante
tas sobre o que fazer da minha vida. saber escolher e adivinhar bem a própria carreira, a
Em 1991, na paróquia de origem, aconteceu própria tarefa, é muito mais importante a escolha da
uma semana vocacional organizada pelas irmãs própria vocação.”
Apostolinas. Lembro ainda hoje a emoção que Nestes anos de consagração tive a oportuni-
senti ao ouvir falar da missão: “Ajudar os jovens dade, entre muitas outras, de desenvolver nossa
na própria escolha vocacional”. Era algo de novo! missão por meio de uma Exposição Vocacional,
Talvez porque me encontrava num momento de intitulada: “Sim, mas para onde?”.
dúvidas, escolha, e havia encontrado pessoas que Uma experiência que possibilita uma refle-
poderiam ajudar-me. xão a cerca de realidades que fazem parte do
viver de cada pessoa, do amor e do sonho que
Sei que Ele me conduziu Deus tem para cada um de nós. Oportunidade
A partir daquela experiência, comecei a fazer para olhar a própria vida e descobrir-se um pro-
um curso vocacional por correspondência, que jeto de Deus amado e pensado desde sempre.
pouco a pouco foi me ajudando a descobrir e a E como a vida é um Dom de Deus, perceber
amadurecer o projeto de Deus sobre mim. que a existência de cada um tem um sentido e
Depois de um tempo de acompanhamento fui tem valor. Esta certeza parece ser experimenta-
convidada a fazer uma experiência e conhecer da por todos, mas compreendo cada vez mais,
mais de perto a realidade destas irmãs. Na épo- como esta descoberta necessita ser anunciada e
ca, tinha 19 anos e acabava de começar a cursar reconhecida. E o Senhor nos concede na nos-
o magistério. Naquele momento da minha vida sa pequenez e simplicidade ser um instrumento
pareceu-me oportuno parar os estudos e expe- que ajuda, incentiva e orienta assim como nas
rimentar esta forma de viver. E assim foi. Minha demais iniciativas apostólicas. Como dizia pe.
história começava a tomar outra direção. Alberione: “Vós sois como canais. O canal leva a
No caminho tive dúvidas. Não sabia ao certo água. A vocação parte de Deus, passa por vós, que sois
se a vida religiosa era o que de fato queria pra os canais, e chega às pessoas”.
minha vida. Quanto mais conhecia a pessoa de Na livraria e Centro Vocacional, onde servi
Jesus e a missão apostolina, sentia aumentar em boa parte destes anos, entendi que todo ambien-
mim o fascínio, mas, por outro lado, o medo em te se torna ocasião de anúncio, seja através dos
abraçar esta escolha de vida também era grande. meios tradicionais, no encontro com as pessoas,
Havia uma mistura de sentimentos e motiva- seja por intermédio dos meios modernos, que
ções que se tornaram mais claros durante a ca- tornam-se instrumentos de evangelização.
minhada vocacional, e mais tarde a resposta se Atualmente, integro a comunidade de Car-
traduziu no meu “Sim” a Deus e aos irmãos, a mópolis de Minas – MG, na qual procuramos
serviço das vocações. empenhar nossas forças para viver, a serviço de
Deus e da Igreja, o apostolado vocacional. Te-
Considerai a bela vocação que nho observado na minha pequena experiência
Deus vos deu que não se trata de querer fazer coisas grandio-
sas, mas ser presença na vida das pessoas, de for-
Sempre admirei em pe. Alberione a sua con- ma particular na vida dos jovens e testemunha
fiança em Deus, coragem, sensibilidade e atenção alegre Daquele que um dia nos chamou.

janeiro/abril 2018 15
Caminhar com a Igreja

CRISTÃO LEIGO,
SUJEITO ECLESIAL E PROTAGONISTA
DA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
“Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”...
e sejam “Sal da Terra e Luz do Mundo”

janeiro/abril 2018 17
Caminhar com a Igreja

Ir. Bertila Picelli, sjbp

A Igreja conduzida pelo Espírito Santo é


constituída em sua grande maioria por
cristãos leigos. Esta tomada de consciên-
cia foi a partir do Concílio Vaticano II, quando
se ressaltou a importância da vocação laical, pro-
fundar a sua identidade, vocação, espiritualidade
e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino
na sociedade”.
O tema escolhido para animar a mística do Ano
do Laicato foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na
movendo uma grande mudança ao redefinir a ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”, e o lema:
Igreja como “povo de Deus, participante do mú- “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). A
nus profético de Cristo” (LG 32). Portanto, clero abertura será na festa de Cristo Rei, dia 26 de no-
e leigos, todos têm a mesma dignidade pelo ba- vembro, e segue até a mesma festividade em 2018.
tismo, a mesma missão de evangelizar, a mesma Dom Severino Clasen, presidente da Comissão
vocação à santidade. Episcopal Especial para o Ano do Laicato, de-
Após o Vaticano II, inúmeros documentos falam clarou que neste ano pretende-se trabalhar a
sobre a missão insubstituível do leigo na Igreja mística do apaixonamento e seguimento a Jesus
e no mundo. Entre todos destacamos a Exorta- Cristo. “Isto leva o cristão leigo a tornar-se, de
ção Apostólica pós-sinodal que trata com clareza fato, um missionário na família e no trabalho,
deste tema, e não designa somente leigos, mas onde estiver vivendo. O que queremos atingir é a
cristãos ou fiéis leigos. transformação da sociedade”.
A Evangelii Gaudium,do Papa Francisco,reconhe- “Pela força do Espírito, a ação da Igreja é dire-
ce que cresceu a consciência da identidade e da cionada para fora de si mesma como servidora do
missão dos leigos na Igreja: “Hoje podemos con- ser humano, testemunha do amor de Deus reve-
tar com um numeroso laicato, dotado de um ar- lado em Jesus Cristo e sinal do Reino de Deus”.
raigado sentido de comunidade, e uma grande fi- (Doc. 105, n. 243). Na realidade, sem a atuação do
delidade ao compromisso da caridade” (EG 102). leigo cristão, isto seria impossível.
O mais recente documento, de número 105,
foi o que resultou da 54ª Assembleia da CNBB Modos de Ação Transformadora
de 2016, que deu origem ao estudo intitulado Conforme o documento 105 a ação transfor-
“Cristãos leigos e leigas na Igreja e na socie- madora do cristão leigo, como sujeito eclesial no
dade”. Pensando no grande número de leigos, mundo, pode ter diferentes modos de realização:
e na urgência do trabalho missionário, a CNBB O Testemunho; A ética; O anúncio do querígma;
abraçou este tema. Trata-se da vocação dos leigos Os serviços pastorais e ministérios; A inserção na
e leigas, verdadeiros sujeitos eclesiais e correspon- vida social; A organização e atuação na transfor-
sáveis pela nova evangelização, tanto na Igreja mação da sociedade e na construção do mundo
como no mundo. justo, sustentável e fraterno (n.244).
Antecipando o protagonismo do leigo, o Bem-
Ano do Laicato aventurado Pe. Tiago Alberione fundou uma
Devido à grande importância da atuação do lei- Associação de Leigos intitulada “Cooperadores
go na Igreja e no mundo, a CNBB decidiu dedi- Paulinos”, cujo centenário estamos celebrando,
car um ano ao Laicato para estimular o protago- os quais participam da missão específica das várias
nismo do leigo cristão, cujo objetivo é: “Como Congregações da Família Paulina.
Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a orga- A todos os leigos e leigas, nosso respeito e gra-
nização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; apro- tidão pela atuação na Igreja e na Sociedade.

18 O cooperador paulino
Família Paulina

Na fonte da Palavra
e da Eucaristia...
“Cooperadores partilham a responsabilidade e o compromisso de comunicar o Evangelho”.

Ir. Gabriela Sperandio, pddm

janeiro/abril 2018 19
Família Paulina

P or seu testemunho, o próprio Alberione narra a experiência eucarística


que viveu na noite de passagem entre os dois séculos (1900-1901). Expe-
riência que foi decisiva para a específica missão e o espírito particular no
qual teria nascido e vivido a Família Paulina.
A Associação dos Cooperadores, a partir de 1924, teve progressivo desenvolvi-
mento sob a orientação do Fundador, o qual ampliou o raio de ação dos Coopera-
dores, de acordo com as finalidades específicas das congregações paulinas surgidas
sucessivamente, estendendo-se ao campo eucarístico-litúrgico (Pias Discípulas do
Divino Mestre); pastoral paroquial e diocesana (Irmãs de Jesus Bom Pastor); pro-
moção e cuidado das vocações (Instituto Rainha dos Apóstolos para as vocações),
e ainda abriu a outros âmbitos que caracterizam a vida secular consagrada dos
Institutos Paulinos Agregados.
Nessa direção, os Cooperadores partilham a responsabilidade e o compromisso
de comunicar o Evangelho com os meios que correspondem à finalidade especí-
fica de cada Congregação da Família Paulina. Assumem a mesma espiritualidade e
missão desta Família, chamada a viver integralmente o Evangelho e anunciar Jesus
Cristo Mestre Pastor, Caminho,Verdade e Vida a toda a humanidade, no espírito
de São Paulo e com Maria Rainha dos Apóstolos.
Todas as Congregações e Institutos juntos formam a Família Paulina, todos têm

20 O cooperador paulino
a mesma origem, o mesmo espírito e possuem fins convergentes para a única
missão: Comunicar Cristo ao mundo. Todos se alimentam nas fontes de uma es-
piritualidade enraizada na escuta da Palavra de Deus, no Mistério Eucarístico e na
vida litúrgica. Palavra de Deus e Eucaristia constituem a luz principal no carisma
do Pe. Alberione.
Como Família Paulina, hoje rendemos graças a Deus pela experiência euca-
rística de Tiago Alberione, que ainda muito jovem ouviu o chamado de Deus
para fazer algo para o Senhor e a humanidade do seu tempo, unificando tudo em
Cristo Mestre, Pastor, Caminho,Verdade e Vida.
No seu itinerário vocacional, Pe. Alberione, atento e fiel ao chamado de Deus, co-
labora com o projeto divino e nasce na Igreja e no mundo a Família Paulina. Como
Família Paulina, temos como projeto de vida viver e anunciar Jesus Cristo, Caminho,
Verdade e Vida, à humanidade de hoje com os meios mais rápidos e eficazes que o
progresso humano oferece. Deixemo-nos a cada dia ser conquistadas/os por Ele e
O sigamos no seu Mistério Pascal, e assim pouco a pouco, no dinamismo do ano
litúrgico, com a força do Espírito Santo, Ele vai transformando a nossa vida em cul-
to agradável a Deus. Somos todos cooperadores do Evangelho! Colocamos a nossa
confiança na promessa que Jesus fez ao nosso Fundador e à Família Paulina: “Não
tenham medo. Eu estou com vocês. Daqui quero iluminar.Tenham dor dos pecados”.

janeiro/abril 2018 21
Institutos

Santa Família entre


os anjos (Mario
Barberis) – Capela
São José no Templo
de São Paulo em
Alba
22 – Itália.paulino
cooperador
Instituto Santa Família
Os membros farão apostolado “no interior da sua própria família”.
Pe. Antônio Lúcio da Silva Lima, ssp
Delegado Provincial dos Institutos Paulinos de Vida Secular Consagrada Jesus Sacerdote e Santa Família

O Instituto Santa Família é constituído por


cônjuges cristãos, sendo uma obra da Pia
Sociedade de São Paulo (Padres e Irmãos
Paulinos) e a ela agregado. A condição dos membros
é a “secularidade” e comprometem-se a alcançar, no
Matrimônio, a perfeição evangélica mediante os votos
de castidade, pobreza e obediência conjugais, orde-
nando a sua vida segundo os princípios do Estatuto e
Diretório do Instituto Santa Família.
Na sua condição secular e no âmbito dos seus com-
promissos sociais, os membros do Instituto dedicam-
-se à difusão da mensagem de salvação, principalmen-
te segundo o apostolado e o espírito da Pia Sociedade
de São Paulo e das outras Congregações da Família
Paulina (Paulinas, Discípulas do Divino Mestre, Pasto-
rinhas e Apostolinas), alargando, assim, aos mais diver-
sos setores, a ação e o influxo da sua missão específica.
Eles têm como seu primeiro e principal dever apos-
tólico fazer com que a mensagem divina da salvação Santa Família (Giuseppe Fratalocchi) – Quadro da capela
seja conhecida e aceita por todas as pessoas, especial- do noviciado dos paulinos em Albano Laziale – Itália
mente no âmbito da família, primeiro núcleo educati-
vo da sociedade. O Bem-aventurado Tiago Alberione bros da família, para o crescimento humano e cristão
era consciente de que a família, unida pelo Sacramen- de todos; e) com o auxílio prestado a outras famí-
to do Matrimônio, constitui a “primeira e vital célula lias, oferecendo-lhes um testemunho cristão alegre e
da sociedade” e da Igreja. Também estava convencido solidário – sobretudo em suas necessidades morais e
de que é no âmbito familiar que se formam as novas materiais; f) com a orientação serena dos noivos que
gerações, não só de cidadãos e de cristãos, mas tam- se preparam para o casamento.
bém de apóstolos e de santos. Também, em suas Paróquias, tanto quanto lhes for
Como já é de se esperar pelo nome do Instituto, possível: a) Constituam centros de difusão da Palavra
os membros consideram a Santa Família de Nazaré de Deus nos seus mais diversos e atuais formatos; b)
– Jesus, Maria e José – como o modelo e o exemplo fundem estações de rádio e televisão com conteúdos
a imitar. Além disso, têm uma particular devoção para cristãos; c) organizem e celebrem solenemente o Dia
com Jesus Mestre Divino, Maria Rainha dos Apósto- Mundial das Comunicações Sociais (no domingo da
los e São Paulo Apóstolo. Solenidade da Ascensão do Senhor).
Os membros farão apostolado “no interior da sua Devem promover, com todos os meios disponíveis:
própria família”, especialmente: a) Com o testemu- a) A difusão e estudo da Sagrada Escritura; b) a leitura
nho de vida; b) com a formação cristã dos filhos; c) assídua do Santo Evangelho nas famílias; c) a partici-
com a vigilância, para preservar seus filhos dos perigos pação ativa das pessoas na liturgia; d) o estudo sistemá-
ideológicos e morais com os quais são muitas vezes tico do Catecismo da Igreja Católica; e) a recitação do
ameaçados; d) com o auxílio mútuo entre os mem- rosário ou terço nas famílias.
setembro/dezembro 2016 23
Institutos Paulinos
de vida secular consagrada
fundados pelo Bem-aventurado Tiago Alberione

NOSSA
A SENHORA
A DA
A ANUNCIAÇÂO
ANUNCIA
AÇÂO - para moças
an
nunciatinas@paulinos.org.br
anunciatinas@paulinos.org.br

SÃO
ÃO GABRIEL
SÃ L ARCANJO
GABRIEL ARCANJO
O-p
para
ara
a rrapazes
apazzes
gabrielinos@paulinos.org.b
br
gabrielinos@paulinos.org.br

JESUS
JESUS SACERDOTE
SA
ACERDOTE - p
para
arra ssacerdotes
acerdotes e b
bispos
i diocesanos
jesussacerdote@paulin
nos.org.b
br
jesussacerdote@paulinos.org.br

SANTA
SA A FAMÍLIA
ANTA FA
AMÍLIA
A–p
para
ara ccasais
asais
santafamilia@paulinos.org.br

INFORMAÇÕES:
institutospaulinos@paulinos.org.br
ou pelo endereço: Institutos Paulinos - Via Raposo Tavares, km 18,5
Jardim Arpoador 05576-200 - São Paulo/SP.
24 O cooperador paulino
Formação

Para uma espiritualidade


de não violência
“A espiritualidade da paz é meta... de todo o batizado.”
CNBB

janeiro/abril 2018 25
Formação

Ir. Carmen Maria Pulga, fsp

A CNBB acertou em cheio ao bater o mar-


telo em relação à superação da violência,
propondo a Campanha da Fraternidade
(CF) de 2018. Nada mais urgente em nosso país,
e no mundo, do que a necessidade de nos tornar-
nosso coração brotem os frutos do Espírito Santo,
é necessário a contínua conversão, como nos reco-
menda o nosso Fundador Tiago Alberione.
O Papa Francisco nos exorta: “O mundo preci-
sa dos frutos do Espírito Santo: ‘amor, alegria, paz,
mos promotores da paz. Se gentileza gera gentile- paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansi-
za, também violência gera violência. Com o tema dão, autodomínio’” (Gl 5,22). Se é o Espírito San-
“Fraternidade e superação da violência” e o lema to quem nos concede a paz, ela é, antes de tudo,
“Vós sois todos Irmãos” (Mt 23,8), a Igreja no Brasil um dom; um dom a ser acolhido e cultivado com
abre diálogo com a sociedade na esperança de tra- a oração e o compromisso de sermos promotores
çar caminhos de participação e transformação sobre da paz na sociedade humana. Responsáveis e com-
essa chaga que de tantas formas (guerra, fome, de- prometidos na criação de novos vínculos de paz e
semprego, crime, droga, assédio etc.) dizima a vida e na contínua conversão de nossas relações egoístas
dá espaço à morte. em favor de soluções para os conflitos. Para os se-
Para que tal motivação, proposta pela Igreja Cató- guidores de Jesus de Nazaré, que entram na intimi-
lica, seja eficaz, é imprescindível que brote das raízes dade com Cristo, há um só caminho: o caminho
de uma autêntica espiritualidade cristã, fruto da vi- das bem-aventuranças. Caminho seguro, concreto e
vência profética e mística. Uma campanha contra a empenhativo, em sintonia com o primeiro e úni-
violência nasce justamente desta ferida exposta na co mandamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de
sociedade brasileira. De acordo com dados oficiais, todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as
o Brasil, sem estar em conflito armado com outros tuas forças e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lc
países nem se encontrando em situação de guerra 10, 27).Trata-se de uma disposição ativa e não ape-
civil – apresenta os índices mundiais de violência nas uma inclinação à paz. Isto nos pede a CF-2018,
mais altos do que outros países em guerra. mas, antes de tudo é uma exigência do Evangelho.
A espiritualidade e o empenho em favor da paz A espiritualidade da paz é meta da comunidade
estão em íntima relação. Na morada da paz, não há cristã e compromisso de todo o batizado.
lugar para a violência, e onde habita o amor não Portanto, o engajamento nessa Cam-
pode haver o ódio. A vida nos mostra que a hu- panha da Fraternidade não é um sim-
manidade vive em contínua tensão entre esses bi- ples conselho ou tarefa para o perío-
nômios: paz versus violência, amor versus ódio – e do quaresmal, mas um imperativo de
registra sua história com tintas mais fortes sobre a uma autêntica espiritualidade cristã
violência do que sobre o marco da paz. da paz. Muitos homens e mulheres
O Novo Testamento é tecido por uma espiritu- doaram a vida por essa experiên-
alidade de paz. “E a paz de Deus, que excede todo cia mística, profética e martirial.
o entendimento, guardará os vossos corações e os Ao mesmo tempo em que a
vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Fl 4,7). Je- espiritualidade fomenta a paz
sus de Nazaré nos colocou em íntima relação com o engajamento em favor
o transcendente e inaugurou um reinado de paz da paz nutre a fé e a
construído sobre relações de justiça, afeto, perdão, espiritualidade.
solidariedade, compaixão e ternura. Colocou seu
Espírito em nosso ser e o nutre com seu amor para
que nossos horizontes tenham utopia, sim a
VISUALHUNT.COM

utopia da paz, ainda que seja “paz


inquieta”. Mas, para que de

26 O cooperador paulino
26
“Vós sois todos irmãos”
(Mt 23,8)

janeiro/abril 2018 27
Testemunho

“Fazer parte da PAULUS é um privilégio para mim.”

Meu testemu
Silvia Mônaco
vontade. O tempo passou e faço parte do quadro
de colaboradores da PAULUS há quase 26 anos.

Olá!
Fazer parte da PAULUS é um privilégio para
mim. Como empresa, a PAULUS é composta
por um grupo de pessoas que prima pela inova-
ção, criatividade e dedicação. Embora trabalhe no
Começarei esse texto – que é um testemunho mais administrativo e mais burocrático, a PAU-
– me apresentando: Sou Silvia Helena Andrade LUS se espalha em muitas direções, pois é formada,
Monaco, mas podem me chamar apenas de Sil- aqui no Brasil, por uma editora, uma gráfica, uma
via. Sou de família católica e, desde pequena, fui rede de livrarias, uma faculdade de comunicação,
educada na fé cristã. Quando jovem, e acredi- assistência social etc., ou seja, uma variedade de
to que não por acaso, fui conduzida à PAULUS iniciativas que têm como fim primeiro e último
onde comecei a trabalhar como secretária. Como a promoção do ser humano. Tenho muito orgu-
todo começo, me senti um pouco intimidada e lho de saber que os produtos produzidos aqui aju-
fora de lugar, mas, aos poucos, fui conhecendo dam muitas pessoas não somente na dimensão da
o chão que estava pisando e me sentindo mais à espiritualidade, mas também noutras áreas da vida.
28 cooperador paulino
ARQUIVO PESSOAL

unho
“Quanto mais lermos e aprofundarmo-nos nas
Cartas de são Paulo e em sua vida, tanto mais amare-
mos e nos adentraremos no verdadeiro caminho da
santidade e no verdadeiro espírito do apostolado”.
Por ser uma instituição católica, a caridade é o
diferencial que norteia as relações das pessoas que
aqui trabalham. Não uma caridade pautada pela
dimensão piegas do termo, mas uma caridade que
Posso dizer que somos uma grande família e tem no respeito ao próximo seu ponto alto. Nesse
fazer parte da PAULUS é gratificante, tanto pes- sentido, a PAULUS, como empresa, se diferencia
soal quanto profissionalmente. Sou testemunha bastante de outras empresas que cultivam e difun-
de que os colaboradores são a maior riqueza da dem outros valores. Aqui, na PAULUS, o ambien-
empresa. Trabalhar na PAULUS significa fazer a te é extremamente agradável; o diálogo tem lugar
diferença. E, por isso, me sinto honrada em con- garantido, a produtividade de cada colaborador se
tribuir com a missão dos PAULINOS. Eis o que dá pela identificação com a missão da própria em-
podemos apreender da missão dos Paulinos: presa; em última análise, estamos todos aqui para
O objetivo da missão dos Padres e Irmãos Pau- que, através dos Meios de Comunicação, o Evan-
linos é Jesus Cristo, o estilo é o de são Paulo que gelho seja anunciado a todas as pessoas de hoje.
não poupou energias no anúncio e testemunho da Num mundo onde os valores estão se inverten-
Palavra de Deus. do a cada dia, fazer parte da equipe dos colabora-
Dirigindo-se a todos os que se deixam impreg- dores da PAULUS é ter a oportunidade concreta
nar pelo espírito paulino, o bem-aventurado Tiago de apresentar valores que colaborem com a vida e
Alberione, fundador dos Paulinos e da Família Pau- dignidade do ser humano e sonhar com um futuro
lina, afirmou: melhor para todos.
janeiro/abril 2018 29
30 O cooperador paulino
30 O cooperador paulino
Destaques

Padres e Irmãos Paulinos

PAULUS inaugura livraria com espaço


mais amplo e moderno em João Pessoa
PAULINOS

C om ambiente totalmente acessível e moderno, a PAU-


LUS Livraria de João Pessoa (PB) inaugurou, no dia
16 de novembro, seu novo espaço. O evento recebeu di-
Localizada na Rua Peregrino de Carvalho, na re-
gião central da capital paraibana, a livraria oferece a
toda a população um centro de evangelização e cul-
versos convidados e contou com a presença de padres, tura. “Já estávamos havia 15 anos em João Pessoa,
leigos, religiosos, clientes, parceiros e colaboradores. mas agora estamos com um ambiente maior, mais
A inauguração teve início às 15 horas, com a bên- apresentável, com espaço para palestras e eventos,
ção do Arcebispo da Paraíba, Dom Frei Manoel Delson expondo da melhor forma o catálogo da PAULUS e
Pedreira da Cruz, O.F.M.Cap. Em seguida os convidados prestando um grande serviço para a evangelização”,
participaram de um coquetel, acompanhado da apresen- afirma Pe. Valdecir Conte.
tação musical do Pe. Irapuan Ramos da Silva. Segundo o diretor geral de Apostolado, Pe. Paulo
Também marcaram presença no evento diversos Bazaglia, houve um longo planejamento, com dura-
paulinos, como Pe. Luiz Miguel Duarte, superior provin- ção de dois anos, para erguer a nova estrutura. “Esse
cial dos paulinos no Brasil; Pe. Paulo Bazaglia, diretor ge- grande trabalho contou com diversos colaboradores,
ral de Apostolado; Pe. Valdecir Conte, gerente geral das tanto da PAULUS como externos, que nos permitiram
livrarias no Brasil; Pe. Mário Nahuelpan, diretor de Difu- concretizar o desejo de oferecer um espaço adequado
são; e Pe. José Carlos Fructuoso, gerente de patrimônio. para atender a população”, salientou.
setembro/dezembro 2017 31
Destaques

Governo Geral das Paulinas em visita ao Brasil


De 10 de setembro a 17 de outubro de 2017, a superiora geral das Irmãs Paulinas, Irmã Anna Maria Parezan, as conse-
lheiras gerais Irmãs Anna Caiazza, Lucia Kim, Karen M. Anderson e a ecônoma geral Ir. Gabriella Santon, realizaram a visita
fraterna às Irmãs e Comunidades das Filhas de São Paulo do Brasil. No espírito sugerido pelo Fundador, a visita transcorreu
em clima de alegria, fraternidade e reflexão sobre várias dimensões da vida paulina, considerando o caminho e a realidade
da província, em seus diversos aspectos.
FOTOS: PAULINAS

Nova casa para a livraria de Teresina


Na manhã de 28 de outubro de 2017, foi inaugurada em novo endereço (Rua Paissandu, 1.033) e em prédio
próprio, a nova livraria Paulinas, em Teresina (PI). O evento contou com a presença de Dom Jacinto Furtado de Brito
Sobrinho, arcebispo de Teresina, sacerdotes, religiosas e leigos que vieram prestigiar e se alegrar conosco por esse
espaço de evangelização e cultura.
Irmã Maria Antonieta Bruscato, superiora provincial, frisou que para as Paulinas e seus colaboradores, seguindo os ensi-
namentos do bem-aventurado Padre Alberione, fundador da Família Paulina, a livraria é um templo, um espaço de encontro,
de diálogo, de promoção da fé e da cultura; o balcão é o púlpito de onde se anuncia a Palavra de Deus; quem trabalha na
livraria é um apóstolo; quem se dedica ao mesmo ramo é um parceiro; quem entra nesse espaço sagrado não é um cliente,
mas um fiel que busca alimentar sua fé, formar sua consciência e dar mais vida à sua vida.

32 O cooperador paulino
Pastorinhas

Inauguração da Casa
Jesus Bom Pastor
No dia 08 de outubro de 2017, as Irmãs Pastori-
nhas inauguraram a Casa Jesus Bom Pastor, na Ter-
ceira Légua, Caxias do Sul-RS. Com a presença de
muitas pessoas amigas, construtora, operários, Coope-
radores elas viveram, com alegria e gratidão a Deus, a
concretização de longos anos de um sonho, tecido de
muitas economias, trabalhos, reflexão, partilha entre as
Irmãs. Profundamente motivadas pelas palavras do Pe.
Alberione: “A mais bela vocação é aquela de formar as
pessoas. É o trabalho de Jesus Bom Pastor que veio à
terra [...]. Ele trabalha nas vossas almas e vos dá a graça
de também trabalhar nas outras almas”, elas se pro-
põem a realizar o objetivo da Casa: acolher as pessoas
leigas oferecendo-lhes uma formação cristã, humana,
PASTORINHAS

pastoral, espiritual e intelectual, enviando-as de volta


para a missão em suas famílias, comunidades e como
cristãos e bons cidadãos no mundo de hoje.

Uma iniciativa das Irmãs Apos-


Projeto “Sim, mas para onde?” tolinas presentes na Diocese de
Oliveira, em colaboração com a
Pastoral da Educação e com a
Igreja Batista da cidade de Car-
mópolis de Minas-MG. O Projeto
visa ajudar os jovens a colocar-se
frente à própria vida com uma ati-
tude positiva, olhando com auten-
APOSTOLINAS

ticidade a si mesmos e a realidade


do mundo que os cerca, na qual
cada um é chamado a expressar o
dom vocacional que traz consigo.
O Projeto é um itinerário existen-
cial e de orientação, voltado es-
pecificamente para estudantes do
Ensino Médio. Rezemos para que
seja uma iniciativa fecunda.

setembro/dezembro 2017 33
Destaques

Institutos
Ingresso no Postulado
A vida é, de fato, misteriosa. E Deus tem os seus
próprios caminhos para chamar ao seu seguimento
quem ele deseja. Um ex-colaborador da PAULUS Livra-
ria de Vitória (ES), atualmente Pe. João Custódio Cosmi
Cunha, da Diocese de São Mateus (ES), ingressou no
Instituto Jesus Sacerdote no dia 1º de abril deste ano.
Depois de vivenciar a etapa do Aspirantado, solicitou
sua admissão ao Postulado, o que aconteceu no dia
19 de outubro, memória do Bem-aventurado Timóteo
Giaccardo – primeiro sacerdote paulino.
Pe. João Custódio foi ordenado presbítero no dia
10 de dezembro de 2016. Exerce o seu ministério pas-
toral como Vigário Paroquial na Paróquia Catedral em
São Mateus e Coordenador Diocesano de Evangeliza-
ção e Catequese.
No dia em que, nos cinco continentes, os membros
da Família Paulina recordam um dos mais prediletos
filhos do Pe. Tiago Alberione, que mereceu dele este
elogio – “Na Família Paulina ele era como o coração
FOTOS: PAULINOS

e a alma, e certamente eu confiava mais nele do que


em mim próprio” –, peçamos a sua intercessão junto de
Deus para que nós, Membros da Família Paulina, pos-
samos amá-la como ele a amou e sermos fiéis, como
ele, na concretização do “sonho do Bem-aventurado
Tiago Alberione: Viver Jesus Cristo e comunicá-lo –
como Caminho, Verdade e Vida – aos homens e às
mulheres do nosso tempo, para sermos ‘São Paulo vivo
hoje’, na Igreja de Deus”.

Ingresso no Postulado
Comunico a todos, com alegria, que o casal Lu-
ciano Alves da Silva e Erika Camila Vila Nova de
Gois, depois de uma caminhada de seis meses no
Instituto Santa Família, ingressaram na etapa for-
mativa do Postulado no dia 8 de setembro, Festa
da Natividade de Nossa Senhora. Eles receberam o
Sacramento do Matrimônio no dia 21 de janeiro de
2011. Residem atualmente na cidade de Garanhuns,
PE. O casal tem um filho: Levi Victor Vila Nova Alves,
nascido em 2014. Luciano foi religioso paulino de
votos temporâneos e ex-formando do Pe. Lúcio em
Campinas, SP. Parabéns, Luciano e Camila, e que a
Família de Nazaré continue sendo modelo a ser se-
guido por vocês na vida matrimonial e familiar.
Pe. Antônio Lúcio da Silva Lima, ssp

34 O cooperador paulino
Jovem! Você também é chamada:

A pensar
sobre sua vida

A escutar
o que Deus lhe diz

A seguir
sua escolha vocacional

O anúncio do Evangelho
não pode parar.
Irmãs Paulinas, uma congregação
a serviço do Evangelho com a
comunicação.

Entre em contato conosco!

www.irmaspaulinas.org.br
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8 cooperador paulino Tel: (11) 3043-8100 / 99998-0323

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