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Índice

1. Introdução...........................................................................................................................2
1.1. Objectivos....................................................................................................................2
1.1.1. Geral.....................................................................................................................2
1.1.2. Específicos...........................................................................................................2
1.2. Problematização..........................................................................................................3
1.3. Hipóteses.....................................................................................................................3
1.4. Justificativa..................................................................................................................3
1.5. Estrutura do trabalho...................................................................................................4
2. Metodologia........................................................................................................................5
3. Revisão Literária.................................................................................................................6
3.1. Contextualização.........................................................................................................6
3.2. Resumos......................................................................................................................6
3.3. Discussão crítica..........................................................................................................7
3.4. Caracterização.............................................................................................................9
3.5. Condições de validade...............................................................................................10
3.6. Estagflação................................................................................................................10
3.7. Curva de Phillips de curto prazo...............................................................................10
3.8. A curva de Phillips de longo prazo............................................................................11
3.9. A curva de Phillips do curto para o longo prazo......................................................12
3.10. Curva de Philips Modificada.................................................................................12
3.11. Expectativas...........................................................................................................13
3.11.1. Expectativas Adaptativas...................................................................................13
3.11.2. Expectativas racionais........................................................................................13
3.12. Hipóteses das expectativas.....................................................................................14
3.13. A curva de Phillips aumentada das expectativas...................................................14
3.14. Causas do aumento e queda de inflação................................................................14
3.15. Deslocações da curva de Phillips...........................................................................15
4. Conclusão..........................................................................................................................16
5. Referências Bibliográficas................................................................................................17

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1. Introdução

O presente trabalho, realizado no âmbito da cadeira Economia II, aborda um dos conceitos
mais importantes na macroeconomia, visto que analisa uma variável que influencia no
crescimento económico, a inflação. Conceitos que mantêm entre si uma relação negativa.
Uma inflação baixa pode estimular a economia, na medida em que uma demanda maior que a
oferta pode incentivar a produção, gerando assim um crescimento. E uma inflação baixa
produz um efeito contrário, reduz a demanda e portanto o crescimento também reduz.

A curva de Phillips rege uma interacção entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego,
variáveis essas que estabelecem uma relação inversa entre si.

A análise exaustiva desse tema, tem em vista, não só a apreciação dessa interacção entre
essas variáveis, mas também debruçar-se acerca da forma como é percebida no seio das
pessoas, por meio da análise das expectativas no tema em questão.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar a Curva de Phillips.

1.1.2. Específicos

 Caracterizar a curva;
 Descrever as expectativas;
 Ilustrar a curva de Phillips a longo prazo.

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1.2. Problematização

Segundo Gil (2006, p.49), na acepção científica, problema é qualquer questão não solvida e
que é objecto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento.

Falar de Curva de Phillips é falar da relação existente entre taxa de inflação e taxa de
desemprego, relação que afirmou-se ser inversa anteriormente, isto significa que se a taxa de
desemprego for menor, então a taxa de inflação será maior e se a taxa de desemprego for
maior, então a taxa de inflação será menor, podendo ser verificadas assim oscilações. Facto
que ocasiona o surgimento da seguinte questão:

“De que forma essa oscilação influencia no crescimento económico”

1.3. Hipóteses

Segundo Lakatos e Marconi (2003:126). Hipótese é uma suposta, provável e provisória


resposta a um problema, cuja adequação será verificada através da pesquisa). Para este
trabalho teremos duas hipóteses, sendo uma direccional (H1) e outra nula (H0).

Identificada a inquietação no problema de pesquisa, o trabalho será desenvolvido com intuito


de respondê-lo testando as seguintes hipóteses:

H0: O trade-off influencia positivamente no crescimento económico, a medida em que


impulsiona a produção em caso de baixa inflação e consequente aumento da demanda.

H1: O trade-off influencia negativamente no crescimento económico, em situações de alta


inflação, que ocasionam a redução do poder aquisitivo.

1.4. Justificativa

Segundo Gil (2008, p. 161-165), justificativa trata-se de uma apresentação inicial de projecto,
que pode incluir factores que determinam a escolha do tema, argumentos relativos à
importância da pesquisa e a referência a sua possível contribuição para o conhecimento de
uma questão teórica ou prática.

Com a elaboração desse trabalho, o grupo pretende compreender a influência que o trade-off
possui na vida das pessoas, como é percebida e de que forma essas pessoas lidam com as
oscilações entre as variáveis em análise, bem como seu impacto no crescimento económico.

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Um dos propósitos do tema é esclarecer a preocupação da sociedade em geral, no que
concerne a situações de alta taxa de desemprego,” como sobreviver a inflação se não existe
nenhuma fonte de renda por parte de varias famílias?”. E ainda nas mesmas circunstâncias,
alta taxa de desemprego, “como a economia pode crescer se igualmente o poder de compra
for baixo, consequência dessa alta taxa de desemprego?”

O trabalho incumbido ao grupo é de extrema importância, quer socioecónomica quer


académica, por um lado, os estudantes passam a saber em que conjuntura o trade-off
contribui para o crescimento económico e por outro, a sociedade passa a ter uma ampla
percepção das medidas aplicadas com vista a equilibrar essa relação negativa entre essas
variáveis em questão.

1.5. Estrutura do trabalho

O trabalho será sequenciado da seguinte forma:

 Introdução;
 Objectivos;
 Problematização;
 Hipóteses;
 Justificativa;
 Metodologia;
 Resumos
 Discussão de teorias;
 Conclusão;
 Referências Bibliográficas.

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2. Metodologia

Metodologia é o caminho para se chegar a um determinado fim. É um método científico


como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicas adoptadas para se atingir o
conhecimento (Gil, 2006, P.26).

Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a


bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita.
A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contacto directo com todo o material
escrito sobre um determinado assunto auxiliando na análise de suas pesquisas ou na
manipulação das suas informações.

O estudo exibido consiste na orientação de pesquisa qualitativa classificada de forma


descritiva baseada no tema sobre Cuva de Pillips e Expectativas.

Quanto as técnicas ou procedimentos usados para a elaboração do trabalho, usou-se a


pesquisa bibliográfica, que consistiu na colecta de informação a partir de textos, livros,
artigos e demais materiais de carácter científico e a sua posterior análise.

A actual situação pela qual o mundo enfrenta, luta contra o corona vírus, limitou a realização
do trabalho, em termos de encontro e coordenação do grupo, que foi bastante deficitária.

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3. Revisão Literária

3.1. Contextualização

“A curva de Phillips representa uma relação inversa entre a taxa de desemprego e a taxa de
crescimento dos salários nominais. Quanto maior for a taxa de desemprego, menor será a taxa
de inflação dos salários. Por outras palavras: há conflituosidade entre a inflação salarial e a
taxa de desemprego” (Dornbush, Fischer e Startz, 1998).

Expectativa

É o estado ou qualidade de esperar algo ou alguma coisa que seja viável ou provável que
aconteça.

3.2. Resumos

i. Resumo

O principal instrumento macroeconómico usado para compreender a inflação é a curva de


Phillps, esta curva mostra relação inversa entre o desemprego e inflação. A ideia básica é a de
que quando o produto é elevado e o desemprego reduzido, os salários e preços tendem a
aumentar mais rapidamente. Isto ocorre porque os trabalhadores e os sindicatos podem
pressionar mais fortemente por aumentos salarias quando há muitos empregos, e as empresas
podem mais facilmente aumentar os preços quando as vendas estão a crescer. O inverso se
verifica- um desemprego elevado tende a reduzir a inflação. (Samuelson e Nordhaus, 2010
p.620).

Uma mudança significativa foi obtida pelos novos clássicos através da introdução das
expectativas racionais, como um novo argumento que poderia invalidar a curva de Phillips
expandida. Caso isso seja cabalmente demonstrado, diziam os novos clássicos. Então não
haveria mais sentido em usar a política monetária e fiscal, mesmo em curto prazo, para
justificar intervenções do tipo keynesianas como meio de obter o pleno emprego.

ii. Resumo

Uma pesquisa feita por Rodrigo Cardoso de Lima, Luiz Ribeiro Neduziak e Marcelo Luiz
Curado conduziu a seguinte análise:

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Existiria uma relação entre crescimento económico e variação do nível de preços? A chamada
Curva de Phillips, que mostra a relação inversa entre a variação da inflação e o nível de
desemprego, apresenta-se como uma proxi. No entanto, essa relação apresentou algumas
contrariedades ao longo de sua história. Nesse sentido o artigo tem por objectivo mostrar
como surgiu o conceito da Curva de Phillips e como é aplicado na economia actual. E a
conclusão a que se chegou é que quanto mais elevado o índice de desemprego, maior sera o
crescimento económico e vice-versa.

iii. Resumo

Este trabalho, feito por Gilberto Veloso, Paulo Hoeckel, Paulo Feistel, Dieison Casagrande e
Cezar dos Santos tem o objectivo de realizar uma sucinta revisão da história da curva de
Phillips e, a partir desta, avaliar se existe na economia uma relação funcional inversa entre
inflação e desemprego, levando em consideração o período após a concretização do Plano
Real e a implementação da política de metas inflacionárias até o início do ano de 2012. Para
isto, o modelo proposto para a análise da curva de Phillips levou em consideração as
expectativas adaptativas, utilizando a metodologia de Johansen para estimar a curva de
Phillips e avaliar se esta se verifica na economia no período analisado. Os resultados mostram
que a relação entre inflação e inflação esperada é significativa, e indicam haver uma relação
positiva entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego no modelo de longo prazo e uma
relação negativa no modelo de curto prazo.

3.3. Discussão crítica

Segundo Phillips (1958), a curva Philips é uma relação negativa entre a inflação de preços e
desemprego.
Caso a taxa de desemprego fosse elevada, isso apontaria para um excesso de oferta e,
consequentemente, haveria pressão para que a taxa de crescimento da inflação de salários fosse mais
baixa. Essa taxa menor corresponderia a uma inflação menor. À medida que as taxas de inflação
fossem maiores, os salários reais seriam menores e, consequentemente, as firmas seriam motivadas a
contratar mais mão-de-obra. Dessa interacção se tem o trade-off entre inflação e desemprego, uma
vez que, quanto maior o desemprego, menor a inflação e quanto menor o desemprego maior a
inflação.

Na perspectiva de A curva de Dornbush, Fischer e Startz (1998), Curva de Phillips representa uma
relação inversa entre a taxa de desemprego e a taxa de crescimento dos salários nominais. Quanto

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maior for a taxa de desemprego, menor será a taxa de inflação dos salários. Por outras palavras, há
conflituosidade entre a inflação salarial e a taxa de desemprego.
Samuelson e Solow estavam interessados na Curva de Phillips em função desta possuir
importantes lições e uma gama de possíveis resultados econômicos. Através da alteração das
políticas monetárias e fiscal, os formuladores de políticas econômicas poderiam escolher
entre uma inflação baixa e desemprego alto, ou o contrário, mas que possuir uma baixa
inflação e um baixo desemprego não seria possível (Mankiw, 2009).

Para Luque e Vasconcellos (1996) o processo inflacionário pode ocasionar efeitos sobre a
distribuição de renda, gerando uma redução relativa no poder de compra da população, pode
inferir sobre o mercado de capitais, deteriorando o valor da moeda e diminuindo as
aplicações de recursos no mercado financeiro, gerando estímulos para aplicações em recursos
como terras e imóveis, os quais valorizam-se.

Por volta de 1970, a relação presente entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego foi
extinta devido a dois motivos principais: o primeiro em função dos Estados Unidos sofrer por
duas vezes um forte aumento no preço do petróleo, levando as empresas a elevar os preços
em relação aos salários pagos, gerando inflação; e o segundo motivo foi devido ao facto dos
fixadores de salários, em função do comportamento da inflação, alterarem a forma de
desenvolver suas expectativas (Blanchard, 2011).

A Critica de Lucas

Aplica-se na formulação da política macroeconómica, e estabelece que é uma ingenuidade


tentar prever os efeitos de uma mudança na política económica inteiramente com base nas
relações observadas nos dados históricos, muito especialmente dos dados agregados
históricos.

A crítica de Friedman (1968) e Phelps (1968)

Friedman parte do princípio de que a relação empírica da curva de Phillips não se sustenta no
longo prazo em função da atuação dos policy makers no mercado, apresentando assim uma
versão modificada da curva com a introdução das expectativas da população sobre o
comportamento da inflação. O modelo de Friedman parte da ideia de que os agentes
econômicos optimizam suas funções de preferência , com base na expectativa da dinâmica do
nível de preços da economia num futuro próximo ( Filho, 2004).

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A nova curva passou a ser denominada como curva de Phillips modificada, curva de Phillips
aumentada pelas expectativas ou curva de Phillips aceleracionista, indicando que a taxa de
desemprego baixa gera um aumento na taxa de inflação, produzindo uma aceleração no nível
de preços (Blanchard, 2011).

Acompanhando com atenção as diferentes concepções em volta da teoria de Phillips, o grupo


percebeu uma certa linearidade no que concerne ao trade-off entre as duas variáveis que a
curva de Phillips abarca, nota-se nela um aspecto controverso que se sustenta na realidade de
que nem sempre o que a curva prevê, torna-se realmente observável. Isto é, apesar da curva
de Phillips apresentar uma relação inversa entre desemprego e inflação, podemos observar
que tal teoria não pode ser aplicada a todos os momentos da economia. Em várias economias
e em diversas ocasiões, já se testou realidades de variação directa entre Taxas de Inflação e
Desemprego (ambas crescendo ou decrescendo) originando situação em que mesmo com
baixa taxa de desemprego, prevalecerem preços cada vez mais altos em vários sectores
económicos e consequente redução do salário real da população. Entretanto, não se pode
fechar os olhos ao facto de que alguns governos recorrem à magia desta curva para dar rumo
aos anseios governamentais, procurando muitas vezes formas de minimizar a taxa de inflação
em detrimento da maximização da taxa de desemprego para alavancar suas economias e
promover seus governos aos olhos da esfera global.

3.4. Caracterização

A curva de Phillips tem inclinação negativa:

 Quando se pretende diminuir a taxa de inflação gera-se um agravamento da taxa de


desemprego;
 Quando se pretende diminuir a taxa de desemprego gera-se um agravamento da taxa
de inflação.

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Gráfico 1: Curva de Phillips original.

3.5. Condições de validade

A teoria da curva de Phillips è considerada valida para o curto prazo, onde a economia
passa por periodos de expansão ou de recessão, enquanto há um trade-off entre a inflação
e o desemprego. A curva de Phillips é válida no curto prazo quando se verificam as
seguintes condições:

 Inflação com valores baixos e relativamente estável ;

 Expectativas dos agentes económicos, relativamente à taxa de inflação estáveis;

 A curva de Phillips original tinha como pressuposto que os trabalhadores sofriam de


ilusão monetária e, como tal, negociavam os salários nominais independentemente
do poder de compra esperado;
 O fenómeno de estagflação levou à consideração das expectativas dos agentes
económicos na curva de Phillips.

3.6. Estagflação

A estagflação é um termo criado para designar uma situação de desemprego elevado


(“estagnação”, ou crescimento muito lento do produto da economia) acompanhado de taxas
de inflação elevadas.

Esta situação põe em causa a relação definida pela curva de Phillips.

3.7. Curva de Phillips de curto prazo

Os macroeconomistas fazem a distinção entre a curva de Phillips de curto prazo e curva de


Phillips de longo prazo.

A curva de Phillips de curto prazo mostra a relação inversa entre a inflação e desemprego. A
escala da variação dos salários no eixo vertical da direita é maior da escala da inflação no
lado esquerdo em 1%, que é a taxa a dementida de crescimento da produtividade média do
trabalho (Samuelson e Nordhaus, 2010, p.620).

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𝜋

Gráfico 2: Curva de Philips de curto Prazo.

3.8. A curva de Phillips de longo prazo

 A posição do LP não varia (mesmo que Y esteja a aumentar sistematicamente-


crescimento económico) porque esta definida em termos de output Gap.

 Os agentes económicos, vão revendo as suas expectativas de inflação esperada para


um mesmo nível de taxa de desemprego, o que faz com que ao longo do tempo a
curva de Phillips tenda a deslocar-se até chegar a um ponto no tempo em que a taxa
de inflação esperada e observada vão coincidir.

 Nesse ponto a taxa de desemprego observada será igual à taxa de desemprego


natural ( 𝑢’).

 A curva de Phillips de longo prazo será vertical ao nível da taxa natural de


desemprego.

 A inflação observada coincide com a taxa de crescimento da procura nominal.

 Não existe erro de expectativas.

Nesse caso, supõe-se que, com o tempo, os agentes económicos condicionem seu
comportamento às previsões de inflação, o que anularia os efeitos reais sobre a
economia: é o princípio da neutralidade monetária a longo prazo, Representada
graficamente por uma linha vertical no valor considerado como taxa de desemprego
natural, ou quando há restrições competitivas na economia real, é denominada taxa
NAIRU.

Nos períodos da hiperinflação, a persistência da inflação levou os trabalhadores e as


empresas a reavaliarem como formavam suas expectativas. Havia grande incerteza sobre
a inflação, impedindo que os trabalhadores conseguissem criar expectativas sobre a

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inflação futura, para que pudessem negociar os novos salários. Como a inflação era
consistentemente positiva, ano após ano, as pessoas ao formarem suas expectativas,
começaram a levar em conta a presença e a persistência da inflação. Essa mudança de
como se formavam as expectativas modificou a natureza da relação entre desemprego e
inflação. Outro factor que dificultou fortemente a definição das expectativas futuras
foram as trocas de moeda, que ocorreram em vários momentos como uma tentativa de
solução para a alta inflação.

Gráfico 3: Curva de Phillips de longo prazo.

3.9. A curva de Phillips do curto para o longo prazo

Gráfico 4: Curva de Phillips do curto para o longo prazo.

3.10. Curva de Philips Modificada

Nela é possível notar a relação que ocorre entre um aumento ou diminuição da inflação entre
os anos; para um desemprego baixo, a variação da inflação é positiva e para um desemprego
alto a variação da inflação é negativa.

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3.11. Expectativas

3.11.1. Expectativas Adaptativas

Uma abordagem que assume que as pessoas formam suas expectativas da inflação futura
baseadas na inflação recente observada.

Esta regra admite que os agentes aprendam com seus próprios erros passados. Deste modo, os
agentes não possuem ilusão monetária, mas sim, ajustam lentamente suas espectativas à luz
dos erros que têm experimentado com suas expectativas anteriores.

Exemplo:

Inflação esperada = Inflação efectiva do último ano.

πe = π-1

Então a curva de Phillips se torna:

π = π-1 – β(u – un) + v

3.11.2. Expectativas racionais

Pessoas baseiam suas expectativas em toda a informação disponível, incluindo a


informação sobre políticas correntes e futuras.

Pressupõe que um agente racional deve aprender com seus erros e usar de todas as
informações disponíveis (não só os valores passados da variável esperada) a fim de formar
suas espectativas.

Formalmente, o conceito de expectativas racionais equivale à esperança matemática


condicionada pelo conjunto de informações relevantes e disponível para o período de tempo
imediatamente anterior (It-1), o qual inclui todas as variáveis exógenas, todos os valores
passados das variáveis endógenas e, principalmente, a estrutura do modelo.

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3.12. Hipóteses das expectativas

Estas envolvem três afirmanções:

 As informações são escassas e o sistema económico não as desperdiça;

 As expectativas são formadas a partir da estrutura específica de modelo que descreve


a economia;

 A previsão económica verdadeira não dá a ninguém uma oportunidade especial de


lucrar a partir dela, se ela é conhecida por todos.

3.13. A curva de Phillips aumentada das expectativas

 Graficamente, a curva de Phillips aumentada das expectativas não difere da curva de


Phillips de curto prazo já apresentada. Contudo, esta curva de Phillips encontra-se
estabilizada num determinado valor de taxa de inflação esperada (𝜋e).
 Quando as expectativas sobre o valor futuro de inflação se alteram a curva de
Phillips desloca-se para a direita, se o valor da taxa de inflação esperada aumentar,
ou para a esquerda, se o valor da taxa de inflação esperada diminuir (Sotomayor at
all, 2007).

3.14. Causas do aumento e queda de inflação

 Inflação de custos: inflação resultante de choques de oferta. Choques de oferta


adversos tipicamente aumentam custos de produção e induzem as firmas a
aumentarem seus preços, “empurrando” para cima a inflação.
 Inflação de demanda: inflação resultante de choques de demanda. Choques
positivos na demanda agregada causam queda de desemprego abaixo de sua taxa
natural, que “empurra” para baixo de sua taxa natural.

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3.15. Deslocações da curva de Phillips

A implementação de medidas de política orçamental, de política monetária ou a alteração das


variáveis controladas pelas empresas originam deslocações ao longo da curva de Phillips.

 Medidas expansionistas: deslocação para cima com diminuição da taxa de


desemprego e aumento da taxa de inflação;
 Medidas contracionistas: deslocação para baixo com aumento da taxa de
desemprego e diminuição da taxa de inflação.

A inflação pelos custos origina a passagem de uma curva de Phillips para outra localizada
mais à esquerda da primeira. Normalmente tem origem no aumento dos custos de produção,
mas pode resultar de um “retrocesso” tecnológico ou de um aumento das preferências dos
trabalhadores por lazer.

Nestas situações temos um aumento simultâneo da taxa de inflação (𝜋1 < 𝜋2) e da taxa de
desemprego (𝑢1 < 𝑢2).

Gráfico 2: Deslocação da Curva de Phillips.

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4. Conclusão

O trabalho findo, buscou analisar a Curva de Phillips a partir da sua caracterização e


descrição, tomando em consideração os seus comportamentos no curto e longo prazo. Como
foi demonstrado por A. Phillips, existe uma relação inversa entre inflação e desemprego.
Com a curva de Phillips, hoje, é possível analisar a relação entre a taxa de inflação que
responde ao desemprego, isto é, se o desemprego se mantém baixo as taxas de inflação
apresentam aumentos, e se o desemprego aumenta as taxas de inflação decresce. Por outras
palavras, a curva de Phillips apresenta o influencia o desvio do desemprego a taxa de
inflação. Entretanto, a maior parte dos economistas e críticos concordam que esta relação
actualmente só é real no curto prazo, isto é, a teoria do Phillips não pode ser aplicada a todos
os momentos da economia de um país.

As actividades macroeconómicas consistem sempre em fazer uma escolha em detrimento da


outra, denominada, custo de oportunidade. Esta escolha varia entre escolher estabilidade
económica e sacrificar o emprego ou emprego em prejuízo da estabilidade económica (trade-
off). As políticas dos Bancos Centrais podem, no curto prazo, ao elevar a oferta de moeda,
reduzir o desemprego. No entanto, esse aumento da oferta de moeda tende a causar inflação,
o que pode prejudicar a economia. Por isso, as autoridades que determinam a política
monetária devem optar no curto prazo por focar em combater a inflação ou o desemprego.
Muitas vezes, para conter a inflação e estabilizar a economia, o governo pode baixar a oferta
da moeda e elevar o desemprego. Enfim, cada escolha tem suas consequências, por isso, a
hipótese zero é válida (o trade-off influencia positivamente o crescimento económico quando
o custo de oportunidade é o poder de demanda).

Todavia, não se deve desconsiderar o grande impacto que a fórmula do Phillips tem sobre as
economias a nível global. Em muitos casos, os governantes recorrem a esta fórmula para
fazer previsões do comportamento das suas economias e até mesmo fazer simulações das
melhores hipóteses da actividade económica.

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5. Referências Bibliográficas

Gil, A. C. (2006). Técnicas de investigação em ciências sociais. São Paulo: Atlas.

Marconi, M. A., Lakatos, E. M. (1992). Metodologia do trabalho científico. São Paulo:


Editora Atlas.

Dornbush, R.,Fisher, S. e Startz, R. (1998). Macroeconomia. McGraw-Hill.

Samuelson, A. P. e Nordhaus, D. W. (2010). Economia. Portugal.

Phillips, W.A. (1958). The relation between unemployment and the rate of change of money
wages in the United Kingdom. Economica.

Mankiw, N. G. (2009). Introdução à Economia. São Paulo: Cengage Learning.

Luque, C. A., Vasconcellos, M. A.S. (1996). Economia Brasileia Contemporânea. Brasil.

Blanchard, O. J. (2001). Macroeconomia: teoria e política económica. Rio de Janeiro:


Campus.

Phelps, E. (1968). Money-wage dynamics and labor-market equilibrium, Journal of Political


Economy. August.

Friedman, M. (1968). The role of monetary policy.The American Economic Review

Filho, O.S.A. (2004). A curva de salário para região metropolitana de Salvador: Salvador

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