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ESTADO DE ALAGOAS

SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL – SEDS


INTENDÊNCIA GERAL DO SISTEMA PENTEINCIÁRIO - IGESP
GABINETE DO INTENDENTE

BOLETIM INTERNO Nº 051/2011 – Igesp – Maceió, 17 de março de 2011.


Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

PRIMEIRA PARTE
(Assuntos do Gabinete)

CONSELHO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA – CONSEG/AL

RESOLUÇÃO N° 16/2009

Dispõe sobre as condições acerca do funcionamento das escalas de


serviço dos Órgãos componentes do Sistema de Segurança Pública,
quais sejam a PMAL, a PCAL, o CBMAL, o IGESP, o CPfor e o IML, Fixa
medidas administrativas a serem implantadas no âmbito da Secretaria
de Estado da Defesa Social - SEDS.

O CONSELHO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA, no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO que as escalas de serviço entre os órgãos componentes do Sistema de Segurança


Pública, não possuem qualquer compatibilidade entre si, o que ocasiona ineficiência em todo o seu
conjunto;

CONSIDERANDO que atualmente os órgãos integrantes da Secretaria de Estado de Defesa Social


possuem várias escalas de serviço entre horas trabalhadas e descanso, como: 12x36, 12x24, 24x48, 24x72
e 24x96;

CONSIDERANDO que o art. 31 da Lei 5247/91, estabelece que os funcionários públicos civis devem
cumprir carga horária semanal de 40(quarenta) horas líquidas,ou seja,horas efetivamente trabalhadas,
excluindo-se deste total intervalos,alimentação e outros;

CONSIDERANDO que os funcionários militares possuem, com fins de aposentadoria, a carga horária
de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, com base nas normas do Exercito Brasileiro, em geral dada a
sua qualidade de forças armadas auxiliares;

CONSIDERANDO que escalas de trabalho superiores a 12 (doze) horas contínuas são escalas
fictícias, pois qualquer trabalhador médio, seja ele privado ou público, sabe que a partir desta carga a
acuidade pessoal, a atenção, o cansaço e outros fatores de ordem fisiológica ficam comprometidos;

CONSIDERANDO que as escalas simbólicas de 24 (vinte e quatro) horas contínuas apenas enraízam
o chamado “bico” onde, os agentes policiais trabalham apenas 8 (oito) horas e folgam ou dormem as
demais 16 (dezesseis) horas, mantendo assim seus outros empregos como seguranças, profissionais
liberais, motoristas de taxi e guardas municipais entre outros;

CONSIDERANDO que apenas unidades de pronto emprego deveriam ter escalas contínuas de mais
de 12 (doze) horas dadas as particularidades de descanso e treinamento tais como: BOPE, PELOPES,
TIGRE e GAPE dentre outras;

CONSIDERANDO que sem uma explicação plausível, os militares ligados a serviços burocratas têm
uma carga horária de 30 (trinta) horas semanais, horas estas muito abaixo das 44 (quarenta e quatro) horas
definidas como limite semanal da tropa;

CONSIDERANDO que tais escalas, visivelmente equivocadas, atendem o interesse do particular, ou


seja, do servidor público e não o interesse público de ter maior policiamento ostensivo, de ter maior
celeridade nas investigações policiais, de ter uma perícia ágil e um IML rápido e preciso, pois convenhamos
é a sociedade quem paga e tem o direito objetivo de ser atendida com maior eficácia e eficiência possíveis;
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ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL – SEDS
INTENDÊNCIA GERAL DO SISTEMA PENTEINCIÁRIO - IGESP
GABINETE DO INTENDENTE

BOLETIM INTERNO Nº 051/2011 – Igesp – Maceió, 17 de março de 2011.


Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

CONSIDERANDO que no momento de aumento acentuado do número de crimes ocorridos em


Alagoas, não nos parece coerente, ser mantido escalas de serviço incompatíveis com a necessidade do
tecido social que beneficia poucos em detrimento de muitos;

CONSIDERANDO que ninguém é obrigado a trabalhar para o Estado exceto no cumprimento de


regras militares e leis temporárias de exceção, donde se conclui que os demais servidores públicos operam
sempre a possibilidade de buscarem novas oportunidades de emprego na iniciativa privada, caso não se
sintam confortáveis em seus cargos públicos; o cargo público é opção pessoal e de vida e não obrigação
imposta pela sociedade.

RESOLVE:

Art. 1º O Comando Fica autorizado o Presidente do Conselho a decidir, monocraticamente, os


pedidos de providências que não comportem avocação para este Colegiado, deliberando o arquivamento ou
a remessa do processo ao órgão correcional competente.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Maceió/AL, 17 de dezembro de 2009.

Conselheiro DELSON LYRA DA FONSECA


PRESIDENTE

TIPO: Processo Reclamação por Providência n° 038/2009


Interessado: Delegacia Geral da Polícia Civil
Assunto: Solicitação de Sugestão sobre o funcionamento das Unidades da Polícia Relator: Conselheiro
Cyro Eduardo Blatter Moreira

ACÓRDÃO Nº 106/2009

RECLAMAÇÃO POR PROVIDÊNCIA. INCOMPATIBILIDADE ENTRE AS ESCALAS


DE SERVIÇO DOS ÓRGÃOS COMPONENTES DA SEGURANÇA PÚBLICA(SEDS).
INEFICIÊNCIA NA SEGURANÇA PÚBLICA. MENOR POLICIAMENTO OSTENSIVO.
FALTA DE CELERIDADE NAS INVESTIGAÇÕES POLICIAIS E PERICIAIS.

1. Trata-se de Reclamação por Providência autuado e distribuído pelo CONSEG


(Conselho Estadual de Segurança Pública) em 20/08/2009, oriunda da Direção
Geral da Polícia Civil, onde consulta este Conselho, sobre as escalas de
serviço de seus policiais.

2. O Conselho Estadual de Segurança Pública é órgão superior de controle dos


órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Defesa Social.

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Senhores membros do Conselho Estadual de
Segurança Pública, na 8ª sessão ordinária, realizada no dia 17 de dezembro de 2009, XXXXX, pela adoção
por parte deste Conselho das medidas administrativas a serem implantadas no âmbito da SEDS, para a
adequação das escalas de serviço. Participaram do julgamento os seguintes conselheiros: DELSON LYRA
DA FONSECA (Presidente), CYRO EDUARDO BLATTER MOREIRA(relator), LUCIANO ANTÔNIO DA
SILVA, RODRIGO RUBIALE, CLAÚDIA MUNIZ DO AMARAL, EVERALDO BEZERRA PATRIOTA,
RODOLFO OSÓRIO GATTO HERRMANN , , ELAINE CRISTINA PIMENTEL e EVILÁSIO FEITOSA DA
SILVA.

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BOLETIM INTERNO Nº 051/2011 – Igesp – Maceió, 17 de março de 2011.


Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

Maceió/AL, 17 de dezembro de 2009.

Cons. DELSON LYRA DA FONSECA


Presidente

Cons. CYRO EDUARDO BLATTER MOREIRA


Relator

VOTO

I - Relatório

1) Trata-se de Reclamação por Providência autuado e distribuído pelo CONSEG em 20/08/2009


oriunda da Direção Geral da Polícia Civil onde consulta o Conselho Estadual de Segurança Pública
sobre escalas de serviço de seus policiais;

2) As escalas de serviço entre os órgãos componentes do sistema de segurança pública quais sejam
a PMAL, a PCAL, o CBMAL, o IGESP, o CPfor e o IML não possuem qualquer compatibilidade
entre si, o que ocasiona ineficiência em todo o seu conjunto;

3) Foram acostadas propostas oriundas da PCAL e do IGESP, além de reunião ocorrida em


02/12/2009 presentes representantes dos órgãos de policiamento quando foram discutidas
particularidades de cada corporação;

4) Atualmente nos órgãos integrantes da SEDS existem varias escalas de serviço quais sejam: 12x36,
12x24, 24x48, 24x72 e pasmem 24x96, ou seja, relação entre horas trabalhadas e descanso que
vão de 1x2 até 1x4;

5) Os trabalhadores privados obedecem a escalas de 8hx16h (1x2), ou seja, para cada hora
trabalhada duas horas de descanso com intervalo mínimo de jornadas de 11 (onze) horas dentro de
um limite de 44 (quarenta e quatro) horas semanais;

6) Aos funcionários públicos civis aplicam-se o art. 31 da lei 5.247/91 que estabelece a carga máxima
semanal de 40 (quarenta) horas líquidas, ou seja, horas efetivamente trabalhadas excluindo-se
deste total intervalos, alimentação e outros;

7) Aos funcionários militares, estes funcionários públicos especiais inclusive para fins de
aposentadoria, aplicam-se o limite constitucional de 44 (quarenta e quatro) horas semanais eis que
se aplicam aos referidos e subsidiariamente as normas do Exército Brasileiro em geral dada a sua
qualidade de forças armadas auxiliares;

8) Escalas de trabalho superiores a 12 (doze) horas contínuas são escalas fictícias, pois qualquer
trabalhador médio seja privado que público sabe que a partir desta carga a acuidade pessoal, a
atenção, o cansaço e outros fatores de ordem fisiológica ficam comprometidos;

9) Além disso, as escalas simbólicas de 24 horas contínuas apenas enraízam o chamado “bico” onde
os agentes policiais trabalham apenas 08 (oito) horas e folgam ou dormem as demais 16
(dezesseis) horas, mantendo assim seus outros empregos como seguranças, profissionais liberais,
motorista de táxi e guardas municipais dentre outros;

10) Apenas unidades de pronto emprego deveriam ter escalas contínuas de mais de 12 (doze) horas
dadas as particularidades de descanso e treinamento tais como BOPE, PELOPES, TIGRE e GAP
dentre outras;

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Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

11) Por outro lado, e sem uma explicação plausível, os militares ligados a serviços burocratas tem uma
carga horária de 30 (trinta) horas semanais, horas estas muito abaixo das 44 (quarenta e quatro)
horas definidas como limite semanal da tropa;

12) Tais escalas, visivelmente equivocadas, atendem o interesse do particular, ou seja, do servidor
público e não o interesse público de ter maior policiamento ostensivo, de ter maior celeridade nas
investigações policiais, de ter uma perícia ágil e um IML rápido e preciso, pois convenhamos é a
sociedade quem paga e tem o direito objetivo de ser atendida com as maiores eficácias e
eficiências possíveis;

13) Num momento de aumento acentuado do número de crimes ocorridos em Alagoas, não nos parece
coerente mantermos escalas de serviço incompatíveis com a necessidade do tecido social que
beneficia poucos em detrimento de muitos;

14) Ninguém é obrigado a trabalhar para o Estado exceto no cumprimento de regras militares e leis
temporárias de exceção, donde se conclui que aos demais servidores públicos opera sempre a
possibilidade de buscarem novas oportunidades de emprego na iniciativa privada caso não se
sintam confortáveis em seus cargos públicos; O cargo público é opção pessoal e de vida e não
obrigação imposta pela sociedade;

É o relatório.

II – Mérito

15) È público e notória a exigência da população alagoana que clama por mais segurança remontando
a áureos tempos a possibilidade de passear-se pela orla ou assistir-se televisão na porta das
residências sem o justo temor de assaltos, agressões e toda a sorte de cometimento de ilícitos;

16) Não existe uma solução ideal de escalas de serviço que se apliquem a todos os órgãos da SEDS e
sim um conjunto de medidas que possam disponibilizar maior efetivo nas melhores condições
físicas para o combate à criminalidade em geral;

17) Assim passamos a analisar as soluções por órgão específico:

POLÍCIA MILITAR

a) No CPC – Comando de Policiamento da Capital, antecipando-se a decisão deste Conselho, e


conforme afirmado pelo TC Mário da Hora, já foi implantada a escala máxima de 12 horas de
turno contínuo obedecendo à razão de 1x3, ou seja, turnos de 12 horas por 36 de descanso,
incluindo-se o tempo de instrução;

b) Nas unidades BOPE e PELOPES se mantiveram turnos de 24 (vinte e quatro) horas por 72
(setenta e duas) de descanso, sendo que nas setenta e duas horas de descanso incluem-se o
treinamento da tropa e eventual escala extra, mantendo-se a razão 1x3;

c) No CPI – Comando de Policiamento do Interior, a situação merece estudo mais aprofundado,


pois as escalas estão no patamar de 1x2, ou seja, 24 (vinte e quatro horas) de serviço por 24
(vinte e quatro) hora de descanso, o que sabemos também de certa forma é fictícia;

d) Pessoal Burocrata – é inaceitável que os militares que atuam na retaguarda da instituição


tenham privilégios sobre aqueles que estão em linha de frente, e devem, até por principio de

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Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

isonomia de direitos e deveres completar suas cargas semanais através de escalas de serviço
extra até o limite de 14 (quatorze) hora semanais em patrulhamento das ruas;

e) Assessorias Militares – Num momento de crise como a atual, as assessorias militares não
participam de nenhuma atividade de patrulhamento de ruas, e apenas como exemplo um SD
PM lotado num Juizado Especial trabalha 06 (seis) horas contínuas numa carga semanal de 30
(trinta) horas igual a dos burocratas. Assim, entendo que 20% dos efetivos lotados nas
assessorias militares deveriam ser disponibilizados ao Comando do CPC para serviço extra
entre sextas-feiras e domingos;

POLÍCIA CIVIL

f) Na Capital – com a retirada dos presos dos distritos policiais, não se justifica a continuidade dos
“plantões” de 24h anteriormente adotados, devendo as delegacias distritais operarem em
regime de expediente entre 08h e 18h disponibilizando-se delegados, escrivães e agentes de
polícia para atuarem especificamente na apuração dos crimes na sua circunscrição, mantendo-
se apenas plantões noturnos para guarda do patrimônio;

g) Com a inauguração da central de policia civil, todos os flagrante serão feitos naquela sede,
corroborando ainda mais para a implantação do regime de expediente nas delegacias em geral;

h) No interior, dadas às particularidades, distancias e outros elementos técnicos, entendemos que


neste momento não deva ser estendido o regime de expediente a aquelas unidades, dando-se
um prazo de 180 (cento e oitenta) dias para apresentação de proposta específica sobre o tema;

i) No caso do TIGRE, entendo estarem presentes as mesmas condições do BOPE e PELOPES,


podendo, a critério da Direção Geral de Policia Civil manter-se turnos ou expediente dada à
particularidade do pronto emprego daquela unidade;

CORPO BOMBEIROS MILITAR

j) No caso específico do CBMAL entendo que se aplicam as mesmas regras de tropas de pronto
emprego, devendo apenas manter-se a razão de 1x3 e evitar-se turnos superiores a 12 (doze)
horas contínuas de trabalho;

IGESP – INTENDÊNCIA GERAL DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

k) A maior distorção do sistema de segurança pública encontra-se o IGESP onde os agentes


penitenciários trabalham a razão de 1x4, ou seja, trabalham 01 (um) dia e folgam 04 (quatro)
dias;

l) Numa atividade de guarda de presos é humanamente impossível manter-se agentes 24h


acordados e em vigília (pois ganham adicional noturno) sem que isto afete o exercício de suas
funções em prejuízo da sociedade que os paga para darem efetividade às decisões do Estado-
Juiz;

m) De imediato, necessário se faz a adequação das escalas de serviço, reduzindo-se a folga


desproporcional de 1x4 para 1x3, equiparando-se as escalas da Policia Militar e da Policia Civil,
não existindo na legislação amparo para tal distorção;

n) Num segundo momento, e num prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, as escalas de 24h
contínuas deverão ser substituídas por escalas máximas de 12h contínuas ou 8h de expediente
diárias obedecendo-se as cargas máximas semanais;

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Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

CPFOR, IML e demais Órgãos da SEDS

o) Num prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, as escalas de 24h contínuas deverão ser
substituídas por escalas máximas de 12h contínuas ou 8h de expediente diárias obedecendo-se
as cargas máximas semanais, pois tais órgãos não se enquadram no conceito de tropa de
pronto emprego, e por desempenharem papel técnico e de manuseio de provas e documentos,
a escala de 12h os mantém em estado de atenção e descansados livrando-os da estafante
jornada de 24h contínuas que sabidamente é improdutiva, ineficaz e somente atende a
interesses do servidor e não da população;

III – Conclusões

18) Considerando que é dever do CONSEG fiscalizar, apontar e corrigir eventuais desvios de ordem
administrativa e disciplinar eventualmente ocorridas no sistema de segurança pública de alagoas;

19) Considerando que os turnos de 24h contínuas de trabalhado são, na pratica, turnos fictícios onde
os servidores públicos trabalham no máximo 8h líquidas e descansam ou dormem as demais 16h;

20) Considerando que os turnos de 24h contínuas se fossem cumpridos acarretariam intenso desgaste
físico nos agentes públicos, inclusive baixa eficiência e baixos reflexos físicos por causa do sono e
da diminuição das reações e do próprio vigor do corpo;

21) Considerando que em turnos de até 12h contínuas de trabalho o agente público mantém-se em
perfeitas condições de exercer suas atribuições técnicas e/ou policiais sem perda sensível de
rendimento;

22) Considerando-se que a simples adequação das escalas, somente na PCAL permitirá uma
realocação de cerca de 20% de seu efetivo para melhoria do atendimento ao público e
investigações policiais;

23) Considerando-se que a PMAL já adota a escala eficiente de 12x36 na Capital e mantém a escala
de 12x48 no interior;

24) Considerando-se que os militares escalados para a burocracia interna da PMAL cumprem escala
de apenas 30h semanais ao invés de 44h;

25) Considerando que as Assessorias Militares podem, neste momento crítico, auxiliar o povo de
Alagoas cedendo mínima parte de seu efetivo para patrulhar as ruas da capital;

26) Considerando que o CBMAL exerce funções assemelhadas a tropas de pronto emprego;

27) Considerando que o IGESP mantém escala de serviço sem sintonia com os demais órgãos da
SEDS;

28) Considerando que os demais órgãos da SEDS devem adotar as escalas de expediente (8h/dia) ou
12x36 (1x3) restringindo-se escalas superiores às 12h contínuas;

29) Considerando-se que o Interesse Público sempre se sobrepõe ao Interesse do Particular, e que
nesta caso o Interesse Público é a disponibilização do maior número possível de policiais
efetivamente trabalhando e prontos para as ações que se fizerem necessárias;

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Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

30) Considerando-se que no caso de agentes que percebem adicional noturno, tal valor é pago em
retribuição ao estado de vigília ou seja devem manter-se acordados durante todo o período de
trabalho, pois caso contrario estarão recebendo valores indevidos logo sujeitos a Lei de
Improbidade Administrativa e outras penalidades administrativas e criminais;

Voto pela adoção por parte deste Egrégio Conselho das seguintes medidas administrativas a serem
implantadas no âmbito da SEDS:

POLÍCIA MILITAR

a) No CPC – Comando de Policiamento da Capital, manutenção da escala já implantada com o


máxima de 12 horas de turno contínuo obedecendo à razão de 1x3, ou seja, turnos de 12 horas
por 36 de descanso, incluindo-se o tempo de instrução;

b) Nas unidades BOPE e PELOPES opcionalmente manterem turnos de 24 (vinte e quatro) horas
por 72 (setenta e duas) de descanso, sendo que nas setenta e duas horas de descanso
incluem-se o treinamento da tropa e eventual escala extra, mantendo-se a razão 1x3, a critério
do Comando Geral;

c) No CPI – Comando de Policiamento do Interior, apresentação em 90 (noventa) dias ao


CONSEG de estudo sobre a situação e possibilidades de escalas, bem como reformulação das
mesmas em 180 (cento e oitenta) dias;

d) Pessoal Burocrata PMAL e CBMAL – Criação de escala específica para completar suas cargas
semanais através de escalas de serviço extra até o limite de 14 (quatorze) hora semanais em
patrulhamento das ruas, devendo tal escala ser encaminhada ao CONSEG para controle;

e) Assessorias Militares – Disponibilização, aos fins de semana, de 20% dos efetivos lotados nas
assessorias militares ao Comando do CPC para serviço extra entre sextas-feiras e domingos;

POLÍCIA CIVIL

f) Na Capital – Adoção nas delegacias distritais e especializadas do regime de expediente entre


08h e 18h disponibilizando-se delegados, escrivães e agentes de polícia para atuarem
especificamente na apuração dos crimes na sua circunscrição, mantendo-se apenas plantões
noturnos para guarda do patrimônio, devendo-se realizar estudos para substituição por guarda
armada particular;

g) Com a inauguração da central de policia civil, todos os flagrante serão feitos naquela sede,
corroborando ainda mais para a implantação do regime de expediente nas delegacias em geral;

h) No interior, dadas às particularidades das delegacias municipais, Concede-se prazo de 180


(cento e oitenta) dias para apresentação de proposta específica sobre o tema;

i) No caso do TIGRE, estão presentes as mesmas condições do BOPE e PELOPES, podendo, a


critério da Direção Geral de Policia Civil manter-se turnos (1x3) ou expediente dada à
particularidade do pronto emprego daquela unidade;

CORPO BOMBEIROS MILITAR

j) No CBMAL se aplicam as mesmas regras de tropas de pronto emprego, devendo apenas


manter-se a razão de 1x3 e evitar-se turnos superiores a 12 (doze) horas contínuas de

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Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

trabalho, devendo os militares escalados para a burocracia complementarem suas cargas


horárias (14h) semanais em escalas extras de serviço;

IGESP – INTENDÊNCIA GERAL DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

k) Imediata adequação das escalas de serviço, reduzindo-se a folga desproporcional de 1x4


para 1x3, equiparando-se as escalas da Policia Militar e da Policia Civil;

l) Num segundo momento, e num prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, as escalas de 24h
contínuas deverão ser substituídas por escalas máximas de 12h contínuas ou 8h de expediente
diárias obedecendo-se as cargas máximas semanais;

CPFOR, IML e demais Órgãos da SEDS

m) Num prazo máximo de 90 (noventa) dias, as escalas de 24h contínuas deverão ser substituídas
por escalas máximas de 12h contínuas ou 8h de expediente diárias obedecendo-se as cargas
máximas semanais;

É como Voto.

Maceió, 07 de dezembro de 2009.

Cyro Eduardo Blatter Moreira


Conselheiro-Relator

I – Atos do dia 14 de março de 2011 – IGESP – fls. 28.

(Transcrita do DOE do dia 17/03/11 – fls. 28)

PORTARIA Nº 034/IGESP/11

Considerando o Ofício n° 037/2011 de 08 de fevereiro de 2011, oriundo do Conselho Estadual de


Segurança Pública, referente ao Processo de Reclamação por Providências n° 038/2009 – Que Disciplina
as Escalas de Serviço nos órgãos da Defesa Social;

Considerando o teor da Resolução n° 16/2009 do Conselho Estadual de Segurança Pública


minudenciado pelo Acórdão n° 106/2009 que determina a Intendência Geral do Sistema Penitenciário, sob
pena de responsabilidade do Gestor, de adequar as escalas de serviço de 24 horas trabalhadas por 96
horas de folga para 24 horas trabalhadas por 72 horas de folga;

Destarte, este Intendente Geral do Sistema Penitenciário, no uso de suas atribuições, com base nas
disposições contidas nos artigos 2º, 3º e 51, da Lei Delegada nº 43, de 28 de junho de 2007, alterada pela
Lei n.º 6.952, de 21 de julho de 2008, e na conformidade do artigo 151 da Lei n.º 5.247, de 26 de julho de
1991, RESOLVE:

1. Determinar ao Diretor das Unidades Prisionais, aos Gerentes Administrativos das Unidades
Prisionais e do Grupo de Ações Penitenciárias à confecção das escalas de serviço dos agentes
penitenciários em 24 horas trabalhadas por 72 horas de folga a ser aplicada a partir de 01 de Abril de 2011,
devendo esta escala ser entregue no Setor de Pessoal/IGESP em 22 de Março de 2011;

2. Determinar aos Gerentes Gerais das Unidades Prisionais a fiscalização e o fiel cumprimento da
referida determinação do Conselho Estadual de Segurança Pública;

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Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

3. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

INTENDÊNCIA GERAL DO SISTEMA PENITENCIÁRIO, em Maceió-AL, 14 de Março de 2011.

CARLOS ALBERTO LUNA DOS SANTOS – Ten Cel QOC PM


Intendente Geral do Sistema Penitenciário

I – Atos do dia 16 de março de 2011 – SEDS – fls. 21.

SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL – SEDS

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL, DÁRIO CESAR BARROS CAVALCANTE,


DESPACHOU, DE 10/03/2011 a 14/03/2011, OS SEGUINTES PROCESSOS:

PROC Nº. 2100 - 491/2011 da Intendência Geral do Sistema Penitenciário. Ao Douto Conselho Estadual
de Segurança Pública (CONSEG), para apreciação com a urgência que a situação requer, informando que
este Secretário está plenamente de acordo com as razões explicitadas às fls. 02 usque 06.

PROC Nº. 1101 -478/2011 do Ministério Público Estadual. Encaminhem-se os autos ao Conselho
Penitenciário Estadual para conhecimento do inteiro teor do Decreto nº. 10.558, fls. 04, da autoria do
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, evoluindo-se ao Gabinete Civil, para arquivamento.

PROC Nº.: 1101 -126/2011 do Poder Judiciário - 16ª. Vara Criminal-Privativa de Execução Penal.
Encaminhem-se os autos ao Conselho Penitenciário Estadual para conhecimento dos Decretos nºs.
10.560 e 10.559, fls. 16 e 17, respectivamente, da autoria do Excelentíssimo Senhor Governador do
Estado, evoluindo-se ao Gabinete Civil, para arquivamento

PROC Nº.: 1101 -358/2011 do Ministério Público Estadual. Encaminhem-se os autos à Intendência Geral
do Sistema Penitenciário, para subsidiar a SEDS da informações necessárias ao encaminhamento do
pedido da SEGESP, com a maior brevidade possível, conforme Despacho às fls.08

III – Atos do dia 16 de março de 2011 – PGE – fls. 08.

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO – PGE

O SUBPROCURADOR-GERAL DO ESTADO, EDSON VITOR DE OLIVEIRA SANTOS, DESPACHOU EM


DATA DE 16 DE MARÇO DE 2011, O SEGUINTE PROCESSO:

PROC: 21000-2896/2010. - INT: JEFFERSON NASCIMENTO MARINHO - ASS: SOLICITAÇÃO DE


VACÂNCIA. - DESP: Conheço e aprovo o Parecer PGE/PA-00-1.074/2011, já apreciado pela
Subcoordenadoria desta Operativa, com a seguinte ementa, in verbis: EMENTA: CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS. POSSE EM OUTRO CARGO INACUMULÁVEL.
VACÂNCIA. I - Ausência de previsão legal de recondução no caso de provimento originário. II – A
finalidade da vacância requerida é inviável - inteligência do estatuto dos servidores públicos do estado.
Precedentes da PGE. III – Pelo indeferimento Sigam os autos ao órgão de origem para os
procedimentos de estilo.
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ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL – SEDS
INTENDÊNCIA GERAL DO SISTEMA PENTEINCIÁRIO - IGESP
GABINETE DO INTENDENTE

BOLETIM INTERNO Nº 051/2011 – Igesp – Maceió, 17 de março de 2011.


Para conhecimento desta Intendência Geral do Sistema Penitenciário e devida execução, publico o seguinte:

SEGUNDA PARTE
(Escalas de Serviços e de Operações)

Sem Alteração.

TERCEIRA PARTE
(Assuntos de Pessoal)

Sem Alteração.

QUARTA PARTE
(Assuntos Gerais e de Administração)

___________ __________ NOTAS

Sem Alteração.

QUINTA PARTE
(Assuntos Disciplinares)

Sem Alteração.

Maceió, 17 de março de 2011.

_________________________________________________________________
CARLOS ALBERTO LUNA DOS SANTOS – Ten Cel QOC PM
Intendente Geral do Sistema Penitenciário

Confere com o original.

__________________________________________________________________
MARCOS SÉRGIO DE FREITAS SANTOS – Ten Cel QOC PM
Intendente Geral Adjunto do Sistema Penitenciário

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