Você está na página 1de 3

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA UMA APRESENTAÇÃO DE SUCESSO

Prof. Rudy A. Assunção


rudyassuncao@ig.combr

▪ SOBRE O MEDO

Princípio 1: todos, mesmo os oradores mais experientes, sentem nervosismo.


Princípio 2: o pior é o medo de ter medo. O medo é, apenas, uma defesa
natural. É como se estivéssemos em perigo, sendo perseguidos por um animal. O que
acontece com nosso organismo? Há uma descarga excessiva de adrenalina. Quando
estamos diante de uma platéia, não fugimos como fugiríamos de um animal. Então, a
adrenalina não é metabolizada pelo corpo. Disto advém a tremedeira, o rubor, o suor
excessivo.
Uma dica importante para o orador é sentar-se no meio do auditório. Na hora
em que for chamado ele terá a oportunidade de consumir um pouco da energia
descarregada pelo nervosismo.

▪ NUMA APRESENTAÇÃO, O QUE É MAIS DETERMINANTE?

O modo pelo qual o orador se apresenta é mais determinante do que o conteúdo


propriamente dito. Em outras palavras, o que o ouvinte vê tem precedência em
relação ao que é dito. Obviamente, o conteúdo é o essencial de uma palestra; é
justamente isso que faz com que as pessoas se dirijam a ela. Mas, não tenha dúvida: é
uma apresentação com excelência que fará com que as pessoas permaneçam sentadas
até o fim da palestra.
Diante disto, vamos dividir a pequena síntese que se segue a partir da seguinte
distinção: comunicação verbal e comunicação não-verbal.

▪ COMUNICAÇÃO VERBAL

Refere-se diretamente à fala. Engloba o conteúdo da fala e a voz, sua


velocidade e volume.
a) Conteúdo da fala: deve ter uma estrutura definida. Não existe uma estrutura
ideal, pronta. A mais comum é igual a de uma redação. A Introdução, no caso
de uma palestra que visa a persuasão, dispõe de um início infalível: contar uma
pequena experiência própria, um fato significativo, com ricos detalhes,
relacionado, é claro, com o conteúdo da fala. No caso de uma palestra
informativa, ideal é começar dizendo as partes que irão formar palestra, para
que, logo de início,o ouvinte fixe mentalmente a estrutura de sua fala. O
Desenvolvimento de sua palestra deve ser vivo, dinâmico. Use dos recursos
possíveis, como exemplos, analogias, demonstrações. Já a Conclusão, deve
obedecer ao critério da síntese. Recapitule o que foi dito, de modo breve.
b) A voz, sua velocidade e seu volume: ao falar orador deve harmonizar volume
e velocidade de sua voz com a natureza da mensagem. Você não vai falar
baixinho e bem devagar se quiser expressar raiva, não é mesmo?

Não podemos esquecer de mencionar os vício mais comuns na comunicação.


Devem ser eliminados do discurso (com urgência) maneirismos como: “né”, “tá”, “tá
entendendo?”, “não é mesmo?” e inícios como “Bom...”, “Bem...”.

▪ COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL

Refere-se diretamente à expressão corporal. Nela podemos incluir vários


aspectos que podem ser analisados, tais como: postura das pernas e pés; movimento
de pernas, pés e do corpo; gesticulação; e expressão facial (sorriso e olhar).

a) Postura das pernas e dos pés: a distância de um pé para o outro deve ser
de, aproximadamente, 20 cm. Não se deve jogar todo o peso do corpo sobre
uma das pernas, apenas. Uma das pernas deve ser levemente dobrada,
enquanto a outra descansa.
b) Movimento das pernas e dos pés: aqui é mais interessante mencionar o
que o orador não deve fazer. Não deve: ficar balançando as pernas como se
ela estivesse vibrando como uma corda de violão; ficar batendo os pés nos
chão, como se marcasse o compasso de uma música; não deve parecer uma
estátua; não deve balançar o corpo todo, como se fosse uma gangorra.
c) Gesticulação: não gesticular implica numa grave perda de potencial para o
orador. A gesticulação atrai, se feita ordenadamente e corresponder ao
sentido da mensagem, prendendo a atenção com grande eficácia. Mais que
qualquer outro gesto, o movimento de mãos e braços ao deve ser exagerado.
A gesticulação mais sóbria e fácil para quem inicia é usar apenas uma das
mãos (a direita, por exemplo), enquanto o antebraço e a mãe esquerda fica
posicionada horizontalmente um pouco acima da cintura e diante do
abdômen.
d) Expressão fácil: o sorriso (leve e sincero) é a regra básica. Mas o sorriso só
será eficaz se o orador tiver um olhar que prenda a atenção. O olhar não
deve ser fugidio fixo. Em outras palavras, o orador não deve se fixar num
único ponto, seja ele o teto, as paredes ou mesmo um ouvinte. O olhar tem a
função de integrar toda a platéia. É o olhar que diz para o ouvinte que a
mensagem também é para ele.

▪ VISUAL

Algumas coisas devem ser evitadas, tais como cores gritantes, acessórios
(brincos, anéis, pulseiras, tornozeleiras, cintos, piercings) muito grandes, em grande
número e ruidosos. E, é claro, nada de brilho. Partes do corpo à vista, nem pensar. A
roupa deve manifestar equilíbrio. O orador (ou, mais especificamente, a oradora)
deve se apresentar com uma roupa leve, discreta. Vale o traje passeio (um “social
mais leve”) e mesmo o traje esporte, com um jeans discreto, brim ou sarja. O preto e
o azul (em várias tonalidades) formam uma combinação extremamente eficaz.

Você também pode gostar