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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

DA PARAÍBA- Campus João Pessoa


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES

DESENHO TÉCNICO–
TÉCNICO– UNIDADE 2 - Aula 1
FASE 1 – AENP – REVISÃO UNIDADE 1

Prof.ª Roberta Xavier da Costa


OLÁ! Sejam bem-vindos a retomada de nossas
Atividades Acadêmicas do semestre letivo 2020.1!
Nessa semana 01 – (08 a 12/09/2020) revisaremos o
conteúdo visto nas aulas presenciais anteriores ao dia
Nossos objetivos nessa 17/03/2020
semana são:
Equalizar e relembrar a
turma com os
conhecimentos adquiridos
na unidade 1,
especificamente: as
Normas Técnicas,
formatação e dobragem
da prancha, caligrafia
técnica, tipos de linhas e
seus usos
Essa aula está dividida em

Parte 01 – Definição e importância do desenho técnico


Parte 02 – Instrumentos
Parte 03 – Apresentação de normas de desenho técnico
Parte 04 – Desenho
esenho técnico de linhas
Parte 05 –Formato
ormato e dimensão do papel para desenho técnico
Parte 06 – Apresentação da folha de desenho técnico
Parte 07 – Apresentação da folha de desenho técnico
Parte 08– Dobramento
obramento de cópias
Atividade (vale 10 pontos) – para cada uma das partes teremos pelo
menos uma pergunta baseada em provas de concursos para a área de
desenho técnico a ser respondida no formulário disponibilizado google
sala de aula a ser concluída até o dia 16/09/2020 as 23h50min
Parte 01 - definição e importância do
desenho técnico
1. Definição e breve histórico
O que é desenho?
O desenho é uma arte!
É o processo de criação visual com objetivo final.
Um bom desenho mostra a melhor expressão visual possível
da essência daquilo que está representando.
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma
importante de comunicação. E essa comunicação (representação
gráfica) trouxe grandes contribuições para a compreensão da
História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos antigos,
podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até
suas ideias.
O homem pré-histórico marcou na rocha seres humanos,
animais, plantas, elementos do seu mundo, expressando de uma
forma intensa as suas vivências.
ETIMOLOGIA
O português desenho é um
substantivo deverbal do
verbo desenhar, que
remonta ao latim
designare, “marcar, notar,
traçar, desenhar; indicar,
designar; dispor, ordenar,
regular, imaginar”, étimo
do italiano desegnare. O
português desenhar (e
desenho) é modernamente
só “traçar (e traçado) com
linhas e afins”.
Desenho é qualquer
representação gráfica –
O desenho é a forma de comunicação mais importante, depois
colorida ou não – de da palavra, o desenho serve à propaganda, ao humorismo, à
formas. Desenho é a arquitetura, à expressão gráfica da palavra, etc..
expressão gráfica da É um erro se considerar o desenho como uma cópia de
forma, não se pode formas, pois ele pode representar a imaginação de uma forma
desenhar sem conhecer não existente (ficção científica): afinal, pode-se considerar
as formas a serem desenho tudo aquilo que a mão humana traduz quando quer
representadas. exprimir uma idéia mesmo que não o consiga.
2. Tipos de desenho – classificação
quanto a sua finalidade

Vamos nos
concentrar
nesse!
Desenho de expressão (ou artístico)

Desenho de
croquis de
estudo da
Arquiteta Lina
Bo Bardi 1950
Desenho técnico
É uma forma de representação gráfica usada, entre outras
finalidades, para ilustrar instrumentos de trabalho, como máquinas,
peças e ferramentas, por exemplo.
É também a linguagem universal para identificar um produto
segundo sua forma gráfica. Pois, representam corpos, formas,
dimensões e o material de que são constituídos.
O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as
características do objeto a ser representado.
Exemplo de modalidade de desenho arquitetônico:
croquis de estudo da Arquiteta Lina Bo Bardi para Casa de vidro em
São Paulo
Construída na década de 1950
Pausa para cultura: Você sabia que projetos de embarcações são uma área
promissora para a atuação do designer de interiores? Veja esse exemplo de pesquisa e
inovação na área: usando a biomimética como conceito e fonte de pesquisa
contemporânea em design, a arquiteta Iraniana Zaha Hadid projetou esse barco que
lembra um exoesqueleto –
Sabe o que é isso?
É uma escala gráfica,
um dos elementos da
linguagem gráfica que
iremos aprender e usar!
O desenho técnico não é usado apenas para processos de
fabricação. É também um importantíssimo elemento para
publicidade e para instruções de funcionamento dos
diversos produtos da indústria
Aviões comerciais
customizados para
atender ao conforto
do usuário
Uma das
possibilidades de
atuação dos design
de interiores.
O desenho cartográfico todo
mundo conhece de algum
modo. São basicamente os
mapas.

O desenho
topográfico mostra
como é um
terreno.
É extremamente
importante para a
construção civil
Exemplo de desenho
cartográfico: mapa da
área de preservação e
proteção de patrimônio
histórico do centro da
cidade de João Pessoa.
Exemplo de desenho
cartográfico: mapa de
logradouros e ruas do
centro da cidade de João
Pessoa.
Desenho Industrial – tradução da expressão
inglesa industrial design – significa
tradicionalmente o desenho, o projeto de
objetos ou de sistemas de objetos
industrializados normalmente fruídos na
existência cotidiana, no lar, no trabalho, no
lazer: do relógio de pulso, aos talheres, da
bicicleta ao automóvel, do trem ao avião, dos
eletrodomésticos aos instrumentos de
escritório, dos móveis aos barcos, das
Outros exemplos de ferramentas manuais à máquinas operatrizes.
desenho técnico
Todos esses objetos estão
fundamentados num
momento projetivo – de
desenho criador – e num
momento iterativo – de
produção em série e
mecanizada.
Exemplos de objetos industrializados com informações para sua
compreensão no processo fabril, de montagem ou uso.
O último tipo de desenho é o desenho de
Exemplo de aplicação prática em desenho de resolução: os cálcuos e
encaixes para as cúpulas geodésicas. Desenvolvidas pelo matemático
Buckminster Fuller na década de 1940
Derivado da Geometria descritiva, tem por objetivo representar no plano (folha
de desenho, quadro, etc.) os objetos tridimensionais

O desenho técnico é um desenho operativo, ou seja, após sua confecção segue-se uma
operação de fabricação e/ou montagem. Desta forma, para fabricarmos ou montarmos
qualquer tipo de equipamento ou construção civil, em todas as áreas da indústria, sempre
precisaremos de um desenho técnico.
Ao iniciar o estudo de
Desenho Técnico, você
está empreendendo uma
experiência educacional
gratificante que terá real
valor em sua futura
profissão.
]

Quando você tiver se


tornado perito nesse
estudo, terá a seu dispor
um método de
comunicação usado em
todas as áreas da
indústria técnica, uma
linguagem sem igual para
a descrição acurada de
objetos sólidos.
A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação
precisa, no plano, das formas do mundo material e, portanto,
tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial
das mesmas.
Essa representação de formas constitui o campo do
chamado “desenho projetivo”; o Desenho Técnico também
abrange a representação gráfica de cálculos, leis e dados
estatísticos, por meio de diagramas, ábacos, e nomogramas,
que pertencem ao campo do “desenho não projetivo”.
Em desenho técnico existe também o desenho não projetivo – no
caso de design de interiores um exemplo de desenho não
projetivo muito utilizado é o diagrama de inter relações e matriz
de critérios para programa de necessidades (que vocês irão
estudar na disciplina de Organização Espacial)
Por serem seus princípios
fundamentalmente os mesmos em todo
o mundo, alguém treinado na
linguagem do desenho técnico em uma
nação pode prontamente adaptar-se às
de uma outra nação qualquer.
Corte
esquemático de
circulação de ar
em uma
edificação.
Desenho
técnico
aplicado para
estudo e
solução de
conforto
ambiental e
eficiência
energética em
edificações

Esta linguagem (do desenho técnico) é completamente gráfica e escrita, e é


interpretada pela aquisição de um conhecimento visual do objeto
representado.
O êxito de um aluno nesta matéria será indicado não somente pela sua
habilidade na execução, mas também pela sua capacidade de interpretar
linhas e símbolos e visualizá-los claramente no espaço.
O Desenho Técnico constitui-se no único meio
3. IMPORTÂNCIA DO conciso, exato e inequívoco para comunicar a
DESENHO TÉCNICO forma dos objetos; daí a sua importância na
tecnologia, face à notória dificuldade da
linguagem escrita ao tentar a descrição da
forma, apesar a riqueza de outras
informações que essa linguagem possa
veicular.

Esquema de saídas de
incêndio em edificação
de um museu.
Desenho técnico
aplicado para a
segurança e
informação ao público
Diante da complexidade dos problemas relativos aos projetos de Design (tanto de produtos
como no nosso caso de Interiores), poderia parecer excessiva a importância atribuída à forma
e à sua representação. Ocorre que a forma não é um acessório nos problemas de tecnologia,
mas faz parte intrínseca dos mesmos.

Veja a figura.
O desenho técnico que
acompanha a
montagem do
equipamento orienta o
montador para evitar
erros no uso e
funcionamento do
produto.
O Desenho Técnico, ao permitir
o tratamento e a elaboração da
forma de modo fácil econômico,
participa decisivamente das três
fases da solução daqueles
problemas.

Essas três fases são:


1º - A busca de conceitos e
idéias que pareçam contribuir
para a solução.
2º - O exame e análise crítica
desses conceitos, quando
alguns são escolhidos e outros
rejeitados.
3º - O desenvolvimento dos
conceitos escolhidos, seu
aperfeiçoamento final e
comunicação.
Portanto, as aplicações do Desenho Técnico não se limitam à fase final de
comunicação dos projetos de Engenharia, Design e Arquitetura, mas ainda
cumpre destacar sua contribuição fundamental nas fases anteriores, de
criação e de análise dos mesmos.
4. MODALIDADES DE EXECUÇÃO DO
DESENHO TÉCNICO
É comum associar-se
o Desenho Técnico
apenas à execução
precisa por meio de
instrumentos (régua,
compasso, esquadros,
etc.), mas ele pode,
também ser
executado à mão livre
ou por meio de
computadores. Cada
uma dessas
modalidades difere
apenas quanto à
maneira de execução,
sendo idênticos os
seus princípios
fundamentais.
Às vezes, a
elaboração do
desenho técnico
envolve o trabalho
de vários
profissionais. O
profissional que
planeja a peça é o
designer ou o
projetista. Primeiro
ele imagina como a
peça deve ser e
depois representa
suas idéias por meio
de um esboço, isto
é, um desenho
técnico à mão livre.
O esboço serve de base para a elaboração do desenho preliminar.
O desenho preliminar corresponde a uma etapa intermediária do processo de
elaboração do projeto, que ainda pode sofrer alterações.
Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto será
executado pelo desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também chamado de
desenho para execução, contém todos os elementos necessários à sua compreensão.
O desenho para execução, que tanto pode ser feito a mão “O Desenho
livre, na prancheta com instrumentos, bem como no Técnico constitui-se
computador, deve atender rigorosamente a todas as normas no único meio
técnicas que dispõem sobre o assunto. conciso exato e
inequívoco para
comunicar a forma
do objeto;
daí a sua
importância na
tecnologia, face à
notória dificuldade
da linguagem
escrita ao tentar a
descrição da
forma, apesar da
riqueza de outras
informações que
essa linguagem
possa veicular”.
(BORNANCINI s.d).
A execução de um Desenho Técnico necessita, além de certa habilidade manual, uma boa
compreensão técnica, conhecimentos do processo de construção, pois que a finalidade do
projetista não é fazer um desenho e sim, por meio do desenho, indicar todos os elementos
necessários à execução de um trabalho, trabalho esse que deve ser feito do modo mais
racional e econômico possível.

O Desenho Técnico estrutura-se a partir dos conceitos do Desenho Geométrico e


da Geometria Descritiva, associados às Normas Técnicas e convenções
estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O primeiro passo é conhecer os instrumentos para realizar os desenhos
técnicos

Parte 02 - Instrumentos básicos e


sua utilização no desenho técnico
Para uma melhor apresentação do desenho (desenho preciso e
límpido), devem ser utilizados instrumentos adequados. Com a difusão
dos programas de CAD ( Computer Aided Design), alguns materiais de
desenho se tornaram obsoletos. Mas, o conhecimento é importante no
processo construção de conhecimentos. Alguns materiais são:
Para obtermos bons resultados em nosso curso, precisamos conhecer
o material de desenho, e desenvolver certas qualidades: limpeza,
ordem, atenção, capricho, exatidão e, sobretudo,
perseverança.

Esquadros: São fabricados em material transparente


para observar os pontos de contato. Tem forma de triângulo
retângulo, formando ângulos de 45º, 30º e 60º. São utilizados
para o traçado de retas paralelas, retas oblíquas e retas
perpendiculares as retas dadas.
Para usar o esquadro, fixe-o com a palma da mão,
incline o lápis em relação ao papel aproximadamente 60º, de
modo que a ponta fique ligeiramente afastada do esquadro. O
esquadro é usado de modo que fique à direita do traço, isso não
vale para desenhistas canhotos.
Agora que você já conhece os materiais e instrumentos veja como
devem ser usados os esquadros e as réguas. Movimentos com os
esquadros, da régua paralela e da lapiseira no traçado de linhas:
Borracha: Branca e macia, preferencialmente de
plástico sintético. Para pequenos erros, usa-se
também o lápis-borracha.

Materiais complementares
Flanela, escova, álcool para
limpeza.

Régua: Em acrílico ou plástico transparente,


graduada em cm e mm
Escalímetro ou escala: Desenvolvida no formato triangular com seis tipos de escala sendo
1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125. A escala adotada deve ser indicada na legenda do
desenho e quando em uma mesma prancha se utilizar vários tipos de escala, deve-se colocar
abaixo do desenho cada uma. A escala é a razão existente entre as medidas no papel do
desenho e as medidas reais do objeto. Veremos isto no capitulo referente ao estudo e uso
das escalas.

Não se deve usar o escalímetro para traçar linhas, pois o


lápis suja a régua, gasta a graduação e a linha não é regular
por falta de apoio. Seu uso é exclusivamente para marcar e
tomar medidas
Compasso: Os fabricados em metal são mais precisos e duráveis. O compasso é usado
para traçar circunferências, arcos de circunferências (partes de circunferência) e
também para transportar medidas.
Numa de suas hastes temos a ponta seca e na outra o grafite, que deve ser
apontado obliquamente (em bisel). Ao abrirmos o compasso, estabelecemos uma
distância entre a ponta seca e o grafite. Tal distância representa o raio da circunferência
ou arco a ser traçado.
Prancheta: Onde são fixados os papéis para a execução dos
desenhos. Retângulo de madeira apoiado sobre um cavalete onde
os 4 lados devem estar no esquadro. A superfície deve ser lisa.
Deve-se ter cuidados com a iluminação para não formar sombra
sobre o desenho.

Régua “T” – utilizada sobre a prancheta para traçado de linhas


horizontais ou em ângulo, servindo ainda como base para
manuseio dos esquadros.

Régua paralela: É uma régua composta de uma haste e fios para


fixá-la na prancheta. Uma vez fixa, desliza sobre ela e é possível
traçar-se linhas paralelas horizontais ou ainda apoiar esquadros para
traçar-se linhas verticais ou com determinada inclinação. São
fabricadas em acrílico transparente e podem ser encontradas em
vários tamanhos.
Gabarito: São placas
vazadas de acrílico
transparente para
serem utilizadas a fim
de desenhar perfis
Transferidor:Utilizado para especiais e peças
medir e traçar ângulos, deve padronizadas como
ser de material transparente círculos, tubulações,
(acrílico ou plástico) e podem elipses, louças
ser de meia volta (180°) ou de sanitárias, etc.
volta completa (360°). Possuem diversas
escalas
0,3 mm ou 0,5mm
Lápis ou 0,7mm de diâme
lapiseira (de
ponta de metal 0,9mm de diâme
longa)
Apresentam
internamente o
grafite ou mina,
que tem grau de
dureza variável,
classificado por
letras, números ou
a junção dos dois.
Lápis ou lapiseira –
lapiseira de ponta de metal longa
0,3 mm ou 0,5mm de diâmetro para
linha fina
0,7mm de diâmetro para linha média
0,9mm de diâmetro para linha grossa.
Papel Sulfite
tamanho A3
sem margem!!!
Pode ser em
folhas avulsas.

Fita adesiva: Para fixar o papel


de desenho na prancheta. Não use
nunca fita do tipo durex. Escolha
fita crepe, pois não fere o papel
(não rasga as pontas!)
RECOMENDAÇÃOE GERAIS. OU SEJA:
NUNCA, NUNCA JAMAIS ESQUEÇA!!!
Parte 03 – desenho técnico
apresentação das normas da ABNT
Para toda a atividade de desenho técnico (que implica em produzir documentação
para a fabricação de produtos) NECESSARIAMENTE tem que se seguir a
normatização. No Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelece os
parametros para regulamentar a atividade de desenho técnico. O designer de
interiores precisa conhecer as normas e segui-las. Pois Normas tem força de Lei.
Nunca esqueça disso.
6. NORMAS PARA
DESENHO TÉCNICO
– ABNT/DIN

ENTIDADES NORMALIZADORAS PARA O DESENHO TÉCNICO


ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American Society of Mechanical
Engeering)
ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society for Testing and
Materials)
BS – Normas Britânicas (British Standards)
DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für Normung)
ISO – Organização Internacional para Normalização (International Organization for
Standardization)
JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards)
SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of Automotive Engeering)
Observe que existem diversas entidades normalizadoras. Em outros países são estas normas que
são adotadas. Aqui no Brasil a entidade que rege todas as normas para atividades técnicas é a
ABNT
PRINCIPAIS NORMAS PARA O DESENHO TÉCNICO
NBR 8402 – execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos.
NBR 8403 – aplicação de linhas em desenhos – tipos de linhas – larguras das linhas
NBR 10068 – Folha de desenho Lay-out e dimensões – objetiva padronizar as dimensões
das folhas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas
margens e legenda.
NBR 10582 – apresentação da folha para desenho técnico – normaliza a distribuição do
espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho , etc..
NBR 13142 – desenho técnico – dobramento de cópias. Fixa a forma de dobramento de
todos os formatos de folhas de desenho para facilitar a fixação em pastas.
NBR 8196 – desenho técnico – emprego de escalas
NBR 10067 – princípios gerais de representação em desenho técnico. Normaliza o método
de projeção ortográfica, que pode ser no 1º diedro ou no 3º diedro, a denominação das
vistas, a escolha das vistas, vistas especiais, cortes e seções, e generalidades.
NBR 12298 – representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
NBR10126 – cotagem em desenho técnico
NBR 8404 – indicação do estado de superfície em desenhos técnicos
NBR 6158 – sistema de tolerâncias e ajustes

NBR 6492 - Representação dos Projetos de Arquitetura


Parte 04 – desenho técnico de
caracteres para escrita

NBR 8402 – execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos.


NBR 8403 – aplicação de linhas em desenhos – tipos de linhas – larguras
das linhas
01.02 - Caligrafia técnica definição

Os desenhos técnicos
possuem escrita
padronizada. A
caligrafia técnica ou
letra bastão deve ser
legível e uniforme. A
norma NBR 8402:1994
apresenta algumas
convenções para
escrita em desenho
técnico. Utilizaremos as
seguintes convenções
para escrita:
Essa é a norma que regulamenta a
escrita em desenho técnico
Em destaque o
que é mais
importante para
a nossa disciplina
Assim como a escrita, as linhas de um desenho técnico
comunicam com precisão a intenção do projetista.

Por isso é necessário seguir rigorosamente o que recomenda a


norma para que a informação seja dada de forma correta.

Parte 03 – desenho técnico de linhas

NBR 8403 – aplicação de linhas em desenhos – tipos de linhas –


larguras das linhas
Essa é a norma que regulamenta a o uso e
emprego de linhas em desenho técnico.
A largura e tipo de linhas passam informações
distintas no desenho técnico. Vamos entender
Em destaque o que é
mais importante para
a nossa disciplina
Nos slides a seguir
temos uma tebela e
alguns exemplo de
usos de linhas da
norma. É necessário
consultar sempre
essa norma.
Tabela de linhas para
consultar sempre!
Veja aqui a aplicação das
linhas .
Lendo a tabela anterior.
Linha G1 – traço ponto.
Linha de eixo da peça.
Parte 05 – formato e dimensão
do papel para desenho técnico

NBR 10068 – Folha de desenho Lay-out e dimensões – objetiva padronizar as dimensões das
folhas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens
e legenda.
A escolha do formato ou dimensão da folha de papel a ser
usada é da responsabilidade do desenhista ou projetista.

Folhas de formato menor são mais fáceis de


manusear, mas obrigam à utilização de escalas de
redução para a representação da peças, o que pode
prejudicar a sua interpretação.

Por outro lado, selecionando formatos maiores, o


problema fica solucionado, mas, quanto maior é o formato,
maior será o custo de impressão e reprodução dos
desenhos, aliada a dificuldade de manuseio.
Formatos e dimensões do papel
Formatos da série A

Segundo a norma brasileira NBR 10068, que trata do layout e dimensões da folha
de desenho, as folhas em branco utilizadas para desenho técnico devem possuir
características dimensionais padronizadas. A série “A” de padronização do papel
é derivada da bipartição ou duplicação sucessiva do formato A0 (lê-se: A zero),
que é um retângulo com área igual a 1 m² com os lados medindo 841 mm x 1189
mm (retângulo harmônico).
Essa é a norma que regulamenta o uso e
emprego do formato e dimensão do papel em
desenho técnico.
Em destaque o
que é mais
importante para
a nossa disciplina
Em destaque o
que é mais
importante para
a nossa disciplina
Os diferentes O lado
formatos maior de
podem ser cada
obtidos a formato
partir do corresponde
formato A0 por ao lado
subdivisões menor do
sucessivas. formato
seguinte.
Em destaque o
que é mais
importante para
a nossa disciplina
A área de A posição da
trabalho Moldura na
numa folha folha de
de desenho desenho é
é delimitada definida pelas
pela dimensões
Moldura. das Margens.

Aqui o que
iremos utilizar na
nossa disciplina
A área de trabalho numa folha de
desenho é delimitada pela
Moldura.
As Margens são os
espaços
compreendidos entre
a Moldura e os
limites da folha de
desenho, sendo
zonas interditadas,
nas quais não é
permitido desenhar.
A Moldura é
um
retângulo a
traço
contínuo
grosso, de
espessura
mínima de
0.5 mm.
Parte 06 – Apresentação da
folha de desenho técnico

NBR 10582 – apresentação da folha para desenho técnico – normaliza a distribuição


do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho ,
etc.
A folha de desenho deve conter espaços
para:

Desenho;
Texto;
Legenda.
ocupa grande parte da folha

contém informações
necessárias ao entendimento
do conteúdo do espaço do
desenho
Explanação: informações necessárias à leitura do desenho;
•Instrução: informações necessárias à execução do desenho;
•Referência: informações referentes a outros desenhos e/ou documentos;
•Tabela de revisão: é utilizada para registrar todas as modificações nas informações do desenho.
A tábua de revisão é
posicionada sobre a
legenda, possuindo o
formato a seguir
representado. É preenchida
de baixo para cima, ou seja
a primeira revisão é
registrada na linha inferior
da tábua, a segunda na
linha acima desta e assim
por diante.
A legenda não informa somente
detalhes do desenho, mas
também o nome da empresa, dos
projetistas, data, logomarca,
arquivo, etc. É na legenda que o
projetista assina seu projeto e
marca revisões. Em folhas
grandes, quando se dobra o
desenho, a legenda sempre deve
estar visível, para facilitar a
procura em arquivo sem
necessidade de desdobrá-lo.
Aqui o que
iremos utilizar na
nossa disciplina
Em Desenho técnico o que a
norma designa como legenda,
também é conhecido como
carimbo.
E os projetos comumente exibirão
partes textuais designadas como
legenda.
Como as exemplificadas
Parte 07 – Apresentação da
folha de desenho técnico
Em Desenho técnico (principalmente em
desenho de produtos) esse símbolo indica a
posição das vistas ortogonais da peça.
Iremos estudar esse assunto nas aulas de
projeções ortogonais.
Nem todas as legendas são iguais.
Em geral as empresas tem um padrão.
E no caso de projetos de arquitetura e engenharia.
As prefeituras municipais também tem um padrão que o desenhista deve
seguir.

Porém uma legenda correta de acordo com a norma de desenho técnico é a


que tem o maior numero de informações possíveis .
Parte 08 – dobramento de cópias

NBR 13142 – desenho técnico – dobramento de cópias. Fixa a forma de


dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para facilitar a fixação
em pastas.
Essa é a norma que regulamenta o
dobramento de cópias em desenho técnico.
Consulte sempre. Não é vergonha consultar a
norma. Todo profissional responsável, consulta
as normas! Não temos como saber de tudo!
O dobramento deve
partir do lado direito
preservando a leitura da
legenda a qual deverá
permanecer visível após a
dobra.
As cópias dos desenhos maiores que A4,
devem ser dobradas e, em seguida,
colocadas em pastas.

Após dobrada, a folha de desenho deve


ter as dimensões do formato A4, com
legenda, geralmente, localizada no canto
inferior direito, perfeitamente visível.

Além das dobras verticais e horizontais,


deve-se fazer uma dobra triangular, para
dentro, na margem da perfuração a partir
do alinhamento da primeira dobra
horizontal, para não perfurar na parte
superior os formatos A2, A1, A0.

Os formatos devem ser dobrados


primeiramente na largura e
posteriormente na altura.
Vamos praticar!!!
Antes de responder o
formulário use o material
dessa aula e os vídeos
complementares indicados
nos links da nossa sala de
aula virtual. Pesquise!!
Essa foi a lista de materiais solicitada no início do semestre letivo.

Par de esquadros transparentes sem graduação tamanho médio 30 cm (45º e 60º)


Escalímetro com escalas 1/50, 1/20, 1/25. 1/75, 1/100 e 1/125 – tamanho de 30 cm
Conjunto de lápis de três espessuras (B, HB e H) ou lapiseiras 03 ou 05. 07 e 09 – com minas
H, HB e B – respectivamente.
Borracha macia de silicone
Folhas de papel sulfite tamanho A3 sem margem. Gramatura 75, 90 ou 120
Fita crepe –
Escova para limpar a prancheta (vulgo bigode)
Franela
Alcool
Para providenciar a posteriori
Compasso para desenho técnico profissional – suporte para lapiseira ou grafite.
Gabarito de círculo (vulgo bolometro)
Onde adquirir o material
Soteca (praia e centro), Papeltec (em frente ao Campus), caixa escolar – Funetec (perto do
DCE), Escrita fina no shopping Tambiá.

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