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(A) (B)
(C) (D)
«Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito «Sabe que quantas naus esta viagem
(Se de humano é matar ua donzela, Que tu fazes, fizerem, de atrevidas,
Fraca e sem força, só por ter sujeito Inimiga terão esta paragem,
O coração a quem soube vencê-la), Com ventos e tormentas desmedidas;
A estas criancinhas te respeito, E da primeira armada que passagem
Pois o não tens à morte escura dela; Fizer por estas ondas insofridas,
Mova-te a piedade sua e minha, Eu farei de improviso tal castigo
Pois te não move a culpa que não tinha.» Que seja mor o dano que o perigo!».»
(E) (F)
«- Não creias, fero Bóreas, que te creio «Amores da alta esposa de Peleu
Que me tiveste nunca amor constante, Me fizeram tomar tamanha empresa;
Que brandura é de amor mais certo arreio Todas as Deusas desprezei do do Céu,
E não convém furor a firme amante. Só por amar das águas a Princesa.
Se já não pões a tanta insânia freio, Um dia a vi, co as filhas de Nereu,
Não esperes de mi, daqui em diante, Sair nua na praia e logo presa
Que possa mais amar-te, mas temer-te; A vontade senti de tal maneira
Que amor, contigo, em medo se converte.» Que inda não sinto cousa que mais quero.»
(G) (H)
«A nau grande, em que vai Paulo da Gama, «Despois de ter um pouco revolvido
Quebrado leva o masto pelo meio, Na mente o largo mar que navegaram,
Quase toda alagada; a gente chama Os trabalhos que pelo Deus nascido
Aquele que a salvar o mundo veio. Nas Anfiónias Tebas se causaram,
Não menos gritos vãos ao ar derrama Já trazia de longe no sentido,
Toda a nau de Coelho, com receio, Pera prémio de quanto mal passaram,
Conquanto teve o mestre tanto tento, Buscar-lhe algum deleite. algum descanso,
Que primeiro amainou, que desse o vento.» No reino de cristal, líquido e manso;»
«- Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho «Assi foram cortando o mar sereno,
Destemperada e a voz enrouquecida, Com vento sempre manso e nunca irado,
E não do canto, mas de ver que venho Até que houveram vista do terreno
Cantar a gente surda e endurecida. Em que naceram, sempre desejado.
O favor com que mais se acende o engenho Entraram pela foz do Tejo ameno,
Não no dá a pátria, não, que está metida E à sua pátria e Rei temido e amado
No gosto da cobiça e na rudeza O prémio e glória dão por que mandou,
Dua austera, apagada e vil tristeza.» E com títulos novos se ilustrou.»
3. Lê o poema de Ruy Belo e completa as afirmações apresentadas, selecionando a opção adequada a cada
espaço.