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NO QUILOMBO TEM HISTÓRIAS: EDUCAÇÃO INFANTIL E A VALORIZAÇÃO DA

IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE BEQUIMÃO-MA

Raylina Maila Silva Coelho1

1 JUSTIFICATIVA

(eu acho que uma introdução sobre cultura e identidade poderiam ser o primeiro
parágrafo)
A arte de contar histórias é uma das mais antigas da humanidade. Muitas civilizações
utilizavam a narrativa como principal forma de transmissão de conhecimentos e perpetuação de
modos de vida, culturas e princípios de formação humana. Através da contação de histórias
buscava-se significar a dimensão simbólica da vida a partir do uso de palavras e gestos
direcionados para os membros, seja da família ou de um agrupamento social. (vamos colocar uma
referencia aqui....)
Contar histórias em comunidades quilombolas configura-se como uma prática
cotidiana que contribui para a preservação, transmissão e ressignificação de saberes e
experiências. As histórias são renovadas e atualizadas constantemente e por essa razão perseveram
como práticas nos quilombos brasileiros. Nesse sentido, a discussão teórica compreende
comunidades quilombolas, inclusive, como coletivos afrodescendentes, rurais ou urbanos. Utilizar
a contação de histórias como metodologia para a Educação das crianças é um elemento de
resistência que preserva e ressignifica culturas, identidades, memórias, reforçando assim, a
valorização da identidade cultural. (aqui fale de quilombo no Maranhão, e coloque referência)
Sendo assim, pretende-se discutir a contação de histórias como atividade de
valorização cultural e de resistência em comunidades quilombolas, por se contrapor às formas de
silenciamento cultural, opondo-se à homogeneização das cultura, contribuindo para que se
constitua como mote de reflexão acerca de segregação social, do cotidiano, de lutas diárias e de
questões étnicas mais abrangentes. Buscando um espaço para o reconhecimento de suas práticas
culturais, valorização e um potencial concreto para a discussão sobre a realidade do preconceito,
discriminação e falta de oportunidades que assola a população quilombola e negra, num sentido
mais amplo. (substitua essas frases por outras que falem da infância nesse processo de identidade
cultural)
A contação de histórias contribui também para que seja desmistificada a concepção
limitada do que venha a ser um quilombo, não apenas como lugar de negros fugitivos, mas,
principalmente, como espaço de luta contemporânea pela posse definitiva de suas terras, de
1
Coloque suas credenciais
reconhecimento de suas trajetórias individuais e coletivas, de sua memória e mitos fundadores, sua
diversidade (ANJOS; BAPTISTA DA SILVA, 2004), sendo, portanto, elemento de resistência em
comunidades quilombolas, uma vez que corrobora para a revisão de uma forma estereotipada e
limitada da concepção de quilombo.

A contação de histórias nos quilombos brasileiros é uma prática que cria condições
favoráveis para a preservação e a ressignificação cultural, das memórias, das identidades, das
sabedorias, das oralidades e das próprias histórias contadas, por isso, é elemento de resistência,
que deve ser utilizada como estratégia na valorização cultural das crianças quilombolas.

2 DELIMITAÇÃO

(Ray, a delimitação seria a localização do tema dentro da discussão maior. O que vc


escreveu é parte da metodologia e pode ser acrescentado na justificativa – alguns
parágrafos)
Obs:. Se ele tá pedindo o que vc me mostrou, então deixa como está...
A pesquisa pretende se desenvolver a partir da Sétima Edição da Semana do Bebê
Quilombola com o tema “Todos Pela Primeira Infância” no município de Bequimão – MA. O
evento é uma iniciativa da Prefeitura de Bequimão, em parceria com a Fundação Josué Montello,
Unicef na qual participam diversas instituições, para garantir os direitos das crianças de até seis
anos nascidas nas comunidades remanescentes de quilombo.
Inspirada na Semana do Bebê, realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), a Semana do Bebê Quilombola é um novo formato de atenção à primeira infância. A
mobilização social foi instituída no município de Bequimão, por meio da Lei nº 08/2013,
considerando a identidade e as necessidades próprias das comunidades quilombolas.
A cidade de Bequimão assinou o termo de adesão ao Selo Unicef, iniciativa que
pretende incentivar os municípios da Amazônia Legal a implementar ações para garantir direitos e
melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes. Atualmente, Bequimão possui onze
comunidades oficialmente reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares como remanescentes de
quilombos: Ramal de Quindiua, Santa Rita, Mafra, Ariquipá, Rio Grande, Sibéria, Marajá,
Pericumã, Sassuí, Juraraitá e Conceição. Além destas, estão em processo de certificação mais oito
comunidades: Pontal, Monte Alegre, Monte Palma, Frexal, Águas Belas, Santa Tereza, Boa Vista
e Iriritíua. No entanto, a pesquisa foi realizada apenas com os alunos da educação infantil de 5
(cinco) quilombos: Juraraitá, Conceição, Ariquipá, Rio Grande e Mafra.
Como metodologia da pesquisa teremos a etnografia, pois assumir um papel ativo nas
atividades da comunidade através da contação de histórias, me envolvendo para a melhor
compreensão da cultura. A observação e a análise dos Relatório das Oficinas de Contação
realizadas durante a Sétima Edição da Semana do Bebê Quilombola e questionário.

3 OBJETIVOS

 Geral
- Abordar a Contação de História como metodologia capaz de proporcionar a valorização
da Identidade Cultural.
- Investigar práticas de contação de histórias para crianças, analisando as atividades do
contexto da educação infantil como formas de valorização e identidade cultural em um
Quilombo no município de Bequimão- MA.

 Específicos
-Desenvolver o desempenho das várias potencialidades dos estudantes, como o desejo pela
leitura, o crescimento intelectual crítico e criativo; um melhor domínio da oralidade
- Analisar práticas culturais no quilombo a partir das vivencias com as crianças;
- Observar os espaços utilizados para a Contação de histórias com crianças quilombolas;
- Analisar a educação das crianças no quilombo, através da atividade de contação de
histórias, considerando sua continuidade e valorização.

REFERÊNCIAS (são necessários pelo menos 5)

ANJOS, José Carlos Gomes; BAPTISTA DA SILVA, Sergio (Orgs.). São Miguel e Rincão dos
Martimianos: ancestralidade negra e direitos territoriais. Porto Alegre: UFRGS, 2004.

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