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As constantes A1, A2, A3 e A4, ou C1, C2, C3 e C4 serão determinadas em função das condições de
contorno do problema específico em estudo.
Exemplo 17.1
2
Considere um capacitor de placas paralelas, de área 100 cm e distância entre as placas 0.01 m.
Sabe-se que a placa inferior está no potencial zero e a placa superior no potencial 100 V. Utilizando a
equação de Laplace, determine a distribuição de potencial entre as placas, desprezando o
espraiamento das linhas de força do campo elétrico estabelecido.
Solução:
O problema pede na verdade o campo elétrico estabelecido entre as placas. Neste caso, podemos
desconsiderar o efeito das bordas ou o espraiamento das linhas de campo visto que a distância entre
as placas planas é muito menor do que a área delas. Assim o nosso problema recai no clássico
capacitor de placas planas paralelas e infinitas, representado pela figura 17.2 a seguir.
z V = 100 V
z1
V=0
y
Figura 17.2 - Capacitor de placas paralelas.
Não há variação do potencial nas direções y e x, mas apenas na direção z. Portanto a equação
(17.29) de Laplace se reduz a:
d2 V
0
dz 2
Pelo fato da segunda derivada de V em relação a z ser zero, a primeira derivada deve ser igual a uma
constante. Desta forma:
dV
C1
dz
ou:
dV C1dz
dV C1 dz
Daí:
V C1z C 2
z 0 V 0
0 0 C2 C2 0
V 10 4 z ( V )
O campo elétrico entre as placas será então determinado pelo gradiente dos potenciais onde
E V . Assim,
E 10 4 â z
Exemplo 17.2
Calcule a distribuição da função potencial eletrostático na região interna entre dois planos radiais,
isolados por um gap infinitesimal, conforme ilustrado na figura 17.3.
Solução:
2 2 2
2 1 V 1 V V 2 1 V
V r 0 V 0
r r r r2 2
z2 r2 2
Excluindo r = 0, teremos:
2
V
2
0
V A B