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Sumário

Introdução 8
1. Histórico da OHSAS 18001 9
1.1 Aplicação da OHSAS 18001 9
1.2 Certificar-se da OHSAS 18001 10
1.3 Os benefícios da OHSAS 18001 11
1.4 Acidentes na Indústrias Petrolíferas 12
2.Objetivos 15
3. Termos e Definições 16
3.1 Acidentes 16
3.2 Auditoria 16
3.3 Melhorias Contínuas 16
3.4 Perigo 17
3.5 Identificação de Perigos 17
3.6 Incidente 17
3.7 Partes Interessadas 17
3.8 Não-conformidade 17
3.9 Objetivos 18
3.10 Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) 18
3.11 Sistemas de Gestão de SSO 18
3.12 Organização 18
3.13 Desempenho 19
3.14 Risco 19
3.15 Avaliação de Riscos 19
3.16 Segurança 19
3.17 Riscos Toleráveis 19
4. Elementos do Sistema de Gestão da SSO 20
4.1 Requisitos Gerais 21
4.2 Política SSO 22
4.3 Planejamento 26
4.3.1 Planejamento para Identificação de
Perigos e Avaliação de Riscos 26
4.3.2 Requisitos Legais e Outros Requisitos 30
4.3.3 Objetivos 31
4.3.4 Programa de Gestão da SSO 31
5.Implementação e Operação 32
5.1 Estrutura e Responsabilidade 32
5.2 Treinamento, Conscientização e Competência 33
5.3 Consulta e Comunicação 34
5.4 Documentação 35
5.5 Controle de Documentos e de Dados 35
5.6 Controle Operacional 36
5.7 Preparação e Atendimento a Emergências 36
5.8 Verificação e Ação Corretiva 37
5.9 Monitoramento e Medição do Desempenho 37
5.10 Acidentes, Incidentes, Não-conformidades e
Ações Corretivas e Preventivas 38
5.11 Registros e Gestão de Registros 38
5.12 Auditoria 39
5.13 Análise Crítica pela Administração 40
6.Relação do OHSAS na Área do Petróleo e Gás 55
6.1 Diretrizes de Segurança e Saúde Ocupacional
na Área da Petrobrás 55
6.2 As Diretrizes 56
7. SIGA Sistema Integrado de Gestão de Anomalia 67
8. Certificação OHSAS 18001 Dia após dia 68
Conclusão 70
Referências Bibliograficas 71
9

CAPITULO 1

HISTÓRICO DA OHSAS 18001

As diretrizes para implementação da OHSAS 18001 foi desenvolvida como


resposta à premente demanda por parte de clientes.

A OHSAS 18001 foi desenvolvida para ser compatível com a ISO 9001:1994
e ISO 14001:1996, relacionadas a Sistemas de Gestão da Qualidade e do Meio
Ambiente, respectivamente, para facilitar a integração entre sistemas de gestão
voltados à qualidade, o meio ambiente e a segurança e saúde ocupacional.

A OHSAS 18001 é a norma mais utilizada em todo mundo para a certificação


SSO (Segurança e saúde ocupacional).

Somente em 1998 a OHSAS 18001 se autodenomina uma norma. Isso reflete


o aumento da adoção da OHSAS 18001 como base de normas nacionais para
sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho.

expressiva melhoria no alinhamento da nova ISO 14001.

A OHSAS 18001 tem por objetivo fornecer as organizações os elementos de


um sistema de gestão da SST eficaz, passível de integração com outros sistemas
(qualidade e meio ambiente) ainda a alcançar seus objetivos de SSO.

1.1. Aplicação da OHSAS 18001

A norma aplica-se a organizações que desejam estabelecer um sistema e


gestão da SST para eliminar ou minimizar riscos à pessoas e a outras partes
interessadas que possam estar expostas aos perigos de SSO associados a suas
atividades. Implementar, a manter e melhorar continuamente um sistema de gestão
10

da SSO. Assegurar-se da conformidade com sua política de SSO definida


demonstrar conformidade com esta Norma OHSAS da seguinte forma:

- Fazendo uma auto-avaliação e auto declaração;

- Buscando a confirmação de sua conformidade por meio de partes que


tenham interesse na organização; tais como cliente;

-Buscando a confirmação de sua auto declaração por meio de uma parte


externa à organização;

- Buscando a certificação/registro de seu sistema da SSO por meio de uma


organização externa.

Todos os requisitos desta Norma OHSAS se destinam a ser incorporados em


qualquer sistema d gestão da SSO. A extensão da aplicação dependerá de fatores
como a política de SSO da organização, a natureza de suas atividades e os riscos e
a complexidade de suas operações.

1.2. Certificar-se da OHSAS 18001

Cada vez mais Organizações se mostram preocupadas em demonstrar o seu


compromisso com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Este é um tema
crucial para a imagem corporativa, envolvendo colaboradores, clientes, bem como
outras partes interessadas.

A exigente legislação determina que as Organizações demonstrem um


compromisso claro e prático com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.
Clientes e colaboradores querem esta informação antecipadamente, de forma a
assegurar que a sua Organização continuará a satisfazer as suas necessidades a
curto e médio prazo. É um desafio, mas também uma oportunidade para as
Organizações reduzirem riscos e assegurarem um ambiente de trabalho mais
seguro.
11

A certificação OHSAS 18001 permite-lhe demonstrar o seu compromisso com


a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, bem como melhorar continuamente a
sua imagem corporativa.

1.3. Os benefícios da OHSAS 18001

Demonstrar o seu compromisso com a Segurança, Higiene e Saúde no


Trabalho permite melhorar significativamente a eficácia das operações internas e
conseqüentemente reduzirem acidentes, riscos e períodos de paragem. A segurança
do colaborador e a qualidade do ambiente de trabalho são significativamente
melhoradas porque os objetivos e as responsabilidades são definidos, e todos os
colaboradores são preparados para lidar de forma eficaz com quaisquer riscos
futuros. Simultaneamente, a especificação OHSAS 18001 assegura a conformidade
com os atuais requisitos legais, reduzindo o risco de sanções e ações judiciais.

A certificação do seu Sistema de Gestão OHSAS 18001 permite-lhe


demonstrar elevados níveis de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho no
concurso a contratos nacionais e internacionais, na expansão local de novos
negócios ou na negociação de prêmios de seguro.

As avaliações regulares apóiam as organizações continuamente, a usar,


monitorizar e melhorar os seus Sistemas de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde
no Trabalho e processos relacionados. Melhoram a viabilidade das operações
internas na satisfação dos clientes, bem como todo o seu desenvolvimento.
Possibilitará, ainda, uma melhoria significativa na motivação dos seus
colaboradores, envolvimento e consciência das suas responsabilidades de um
ambiente de trabalho seguro.
12

1.4. Acidentes na Indústria Petrolífera

Grandes acidentes mostram que é preciso cuidado nas indústrias de petróleo.


A história da indústria do petróleo no Brasil é marcada por acidentes que muitas
vezes formam grandes proporções e colocam em risco a vida dos petroleiros.

Principais Acidentes:

1967 Terminal Petrolífero TEMA-DRE, Bacia de Todos os Santos,


incêndio de grande porte com dezenas de mortos.

1972 Refinarias REDUC, Duque de Caxias- vazamento e incêndio em


válvula de esfera de GLP com explosão e trancamento de fragmentos, 38 óbitos,
incluindo briga distas.

1980 A plataforma Alexander Keillan de Ekofish, no mar do


norte,naufraga,deixando 23 mortos.

1981 Uma embarcação de perfuração afunda no mar do Sul na China,


matando 81 pessoas.

1982 Transportes de Derivados. Bairro da cidade de Pojuca, Recôncavo


Baiano Descarrilamento de 20 vagões-cisterna (15 diesel e 5 gasolina)frete
Petrobrás e seus,passo as levando latas cheias para casa,incêndio prolongado e
disseminado.Mais de 50 óbitos e dezenas de lesões graves.

1982 A Ocean. Ranger, plataforma americana, tomba no Atlântico Norte,


matando 84 pessoas.

1984 37 trabalhadores morrem afogados e outros 17 ficam feridos na


explosão de uma plataforma da Petrobrás na Bacia de Campos.

1984 Um homem morre e dois ficam feridos, durante a explosão de uma


plataforma no Golfo do México diante da Costa do Texas.

1984 Dutos viam TEDEP- Alemoa, Cantos RPBC- Cubatão- Rompimento de


duto de gasolina, com derramamento prolongado sobre o manguezal, seguido de
13

explosões e incêndios, atingindo as palafitas e barracos da favela. Mais de 90 óbitos


oficiais e mais de 500 desaparecidos estimados.

1985 A explosão de uma máquina bombeadora na plataforma Gluma Ártico


II, no Mar do Norte, causa a morte de um homem e ferimentos em outros dois.

1986 Duas explosões na plataforma Zapata (Petrobrás) ferem 12 pessoas.

1987 Incêndios na plataforma da Petrobrás Pampa, na bacia de Campos,


provoca queimaduras em seis pessoas

1988 Incêndios na plataforma Enchova (Petrobrás).

1988 No pior desastre em todo relacionado nas plataformas de petróleo,


167 pessoas morrem quando o PPR Alta, da Ocidental Petróleo, explode no Mar do
Norte, após um vazamento de gás.

1988 Uma refinaria da empresa francesa Total Petróleo explode e afunda


na Costa de Bornal. Quatro trabalhadores morrem.

1989 A explosão de uma plataforma da Penrond Drilling, no Golfo do


México, deixa 12 trabalhadores feridos.

1991 Três pessoas ficam feridas numa explosão ocorrida na plataforma


Formar Alpha, da Shell, no Mar do Norte.

1991 Um tripulante morre após uma explosão num navio petroleiro, no litoral
do Estado de São Paulo.

1991 Refinaria Manguinhos (Grupo Peixoto de Castro, hoje associado a


YPF),Rio de Janeiro- Vazamento de Cru reduzido a 300oC da torre de destilação

da explosão de cilindros de amônia,ferimentos em trabalhadores(1 grave com 90%


do corpo queimado),um óbito e feridos na favela próxima durante o pânico,bloqueio
da Av. Brasil,proximidades com outras instalações de risco e concentração de
pessoas.
14

1995 13 pessoas morrem na explosão de uma plataforma da Móbil na Costa


da Nigéria. Muitas ficam feridas.

1996 Três pessoas morrem na explosão de uma plataforma no campo


petrolífero de Morgan, no Golfo de Suez.

1998 Refinaria Gabriel Passos (REGAP), Betim- Erros no projeto de dutos


não permitiram impedir que um vazamento de nafta atingisse um setor no qual um
trabalhador realizava um serviço de solda. O fogo se espalhou rapidamente
causando a morte de seis pessoas e ferimentos graves em outras seis.

1999 Explosões ferem duas pessoas na plataforma P-31, na Bacia de


Campos (Petrobrás)

2001 Acidente na P-36 Duas explosões na P-36 culminaram com a morte


de 11 petroleiros e afundamento da maior plataforma submersível do mundo.

2001 O navio petroleiro Norma que carregava nafta, da frota da Transpetro-


subsidiária da Petrobras,chocou com uma pedra na Baía de Guanabara,litoral
paranaense,vazando 392 mil litros do produto atingindo uma área de 3 mil metros
quadrado.O acidente culminou na morte de um mergulhador,que efetuou um
mergulho para avaliar as condições do casco perfurado.

2008 Explosão no campo de exploração de gás e óleo de Furado em São


Miguel dos Campos, Alagoas.

Ao analisarmos os acidentes citados, percebemos a importância de se obter


uma certificação que o assegure da melhor forma.
15

CAPITULO 2

OBJETIVO

O padrão de Saúde Ocupacional e Segurança (OHSAS 18001) é um padrão


internacional que estabelece requisitos relacionados à Gestão da Saúde
Ocupacional e Segurança, através do qual é possível melhorar o conhecimento dos
riscos existentes na organização, atuando no seu controle em situações normais e
anômalas. Este padrão é aplicável a qualquer organização de diversos setores e
atividades econômicas, orientando tais organizações sobre como promover a
melhoria contínua do desempenho de Saúde Ocupacional e Segurança, através de:

- Melhoria na sua cultura de segurança, na eficiência e, conseqüentemente,


redução de acidentes na produção;

- Incremento no controle de perigos e redução de riscos;

- Demonstração do atendimento das demandas legais e aumento da sua


reputação no gerenciamento da SSO;

- Redução de prêmios de seguro;

- Constituição de uma parte integral de sua estratégia de desenvolvimento


sustentável;

- Demonstração do seu compromisso com a proteção do seu pessoal e dos


ativos fixos;

- Promoção das comunicações internas e externas.

Todos os requisitos desta especificação OHSAS de destinam a ser


incorporados em qualquer Sistema de Gestão da SSO. O grau de aplicação
dependerá de fatores com a política de SSO da organização, a natureza de suas
atividades e os riscos e a complexidade de suas operações.
16

Esta especificação OHSAS é direcionada à Segurança e saúde Ocupacional,


e não à segurança de produtos e serviços.

CAPITULO 3

TERMOS E DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta especificação OHSAS, aplicam-se os seguintes termos


e definições.

3.1. Acidente

Evento não-planejado que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outra


perda.

3.2. Auditoria

Exame sistemático para determinar se as atividades e resultados


relacionados estão em conformidade com as providências planejadas, e se essas
providências estão implementadas efetivamente e são adequadas para atender à
política e aos objetivos da organização.

1
3.3. Melhorias Contínuas

Processo de aprimoramento do Sistema de Gestão da SSO, visando atingir


melhorias no desempenho global da Segurança e Saúde Ocupacional, de acordo
com a política de SSO da organização.

1
Não é necessário que o processo seja aplicado simultaneamente a todas as áreas de atividade.
17

3.4. Perigo

Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão,


doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente do local de trabalho, ou uma
comunicação destes.

3.5. Identificações de Perigos

Processo de reconhecimento que um perigo existe, e de definição de suas


características.

3.6. Incidente

Evento que deu origem a um acidente ou que tinha o potencial de levar a um


acidente.2

3.7. Partes Interessadas

Indivíduo ou grupo preocupado com, ou afetado pelo, desempenho da SSO


de uma organização.

3.8. Não-conformidade

Qualquer desvio das normas de trabalho, práticas, procedimentos,


regulamentos, desempenho do sistema de gestão etc., que possa levar, direta ou

2
Um incidente em que não ocorre doença,
18

indiretamente, à lesão ou doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente de


trabalho, ou uma combinação destes.

3.9. Objetivos

Metas, em termos de desempenho da SSO, que uma organização estabelece


para ela própria alcançar.3

3.10. Segurança e Saúde Ocupacional (SSO)

Condições e fatores que afetam o bem-estar de funcionários, trabalhadores


temporários, pessoal contratado, visitantes e qualquer outra pessoa no local de
trabalho.

3.11. Sistemas de Gestão de SSO

Parte do sistema de gestão global que facilita o gerenciamento dos ricos de


SSO associados aos negócios da organização. Isto inclui a estrutura organizacional,
atividades de planejamento, responsabilidade, práticas, procedimentos, processos e
recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a
política de SSO da organização.

3.12. Organização

Companhia, corporação, firma, empresa, organização ou associação, ou parte


dela, incorporada ou não, pública ou privada, que tem funções e estrutura
administrativa próprias.4

3
Objetivos devem ser quantificados sempre que possível .

4
Para organizações com mais de uma unidade de negócio, uma única unidade pode ser definida como
uma organização.
19

3.13. Desempenho

Resultados mensuráveis do Sistema de Gestão da SSO, relacionados ao


controle da organização sobre seus riscos à segurança e saúde, com base em sua
política e objetivos de SSO.

3.14. Risco

Combinação da probabilidade de ocorrência e da conseqüência de um


determinado evento perigoso.

3.15. Avaliações de Riscos

Processo global de estimar a magnitude dos riscos, e decidir se um risco é ou


não tolerável.

3.16. Segurança

Isenção de riscos inaceitáveis de danos.

3.17. Riscos Toleráveis

Risco que foi reduzido a um nível que pode ser suportado pela organização,
levando em conta suas obrigações legais e sua própria política de SSO. Alguns

perigos, determinação de
riscos e seleção das medidas apropriadas para a redução e o controle de riscos

A OHSAS 18001 e a OHSAS 18002 referem-se aos elementos individuais

referirem ao segundo passo, chamado de determinação de riscos.


implica um nível de permanência.
20

É recomendado não considerar o sistema estabelecido até que todos os seus


ca
que, uma vez estabelecido, o sistema continue a operar, o que requer esforço ativo
por parte da organização. Muitos sistemas começam bem, porem se deterioram
devido à falta de manutenção. Muitos os elementos do OHSAS 18001 (tais como a
verificação e ação corretiva e análise crítica pela administração0 são projetados para
assegurarem a manutenção ativa do sistema.

CAPITULO 4

ELEMENTOS DO SISTEMA DE GESTÃO DA SSO

Melhoria
contínua

Política de
SSO

Análise crítica
pela
administração
Planejamento

Verificação e
ação corretiva Implementação e
operação

a) Figura l - Elementos da gestão bem-sucedida da SSO


21

4.1. Requisitos Gerais

A - Requisitos da OHSAS 18001

A organização deve estabelecer e manter um Sistema de Gestão da


segurança e Saúde Ocupacional (SSO), cujos requisitos estão descritos na seção 3.

B Intento

É recomendado que a organização estabeleça e mantenha um sistema que


esteja em conformidade com todos os requisitos da OHSAS 18001:1999. Com isso,
a organização poderá também ser auxiliada no atendimento aos requisitos legais
aplicáveis ou a outros regulamentos de SSO.

O nível de detalhe e complexidade do sistema de Gestão da SSO, a extensão


da documentação e os recursos destinados ao sistema dependem do tamanho da
organização e da natureza de suas atividades.

Toda a organização tem liberdade e flexibilidade para definir seus limites,


podendo escolher implementar a OHSAS 18001 em toda a organização ou em
unidades operacionais ou atividades especificas da mesma.

É recomendado tomar cuidado quanto à definição dos limites e do escopo do


sistema de gestão. É recomendado que as organizações não tentem limitar o escopo
a fim de excluírem a avaliação de uma operação ou atividade que é requerida para a
operação global da organização, ou que possa ter impacto na SSO de seus
funcionários e de outras partes interessadas.

Se a OHSAS 18001 for implementada para uma atividade ou unidade


operacional específica, as políticas de SSO e os procedimentos desenvolvidos por
outras partes da organização poderão ser utilizados por esta atividade ou unidade
operacional específica, a fim de auxiliarem no atendimento aos requisitos da OHSAS
18001. Isso pode exigir que as políticas de SSO e os procedimentos sejam
submetidos a uma revisão secundária ou emenda, a fim de assegurar que são
aplicáveis à atividade ou à unidade operacional específica.
22

C - Entrada Típica

Todos os requisitos de entrada para a implementação da OHSAS 18001


estão descritos na especificação.

D Saída Típica

A saída típica é um Sistema de gestão de SSO efetivamente e mantido, que


auxilia a organização a, continuamente, buscar melhorias para o seu desempenho
de SSO.

4.2 Política de SSO

Análise crítica pela administração

Realimentação
Auditoria da medição do
POLÍTICA desempenho

Planejamento

b) Figura II - Política de SSO


23

A Requisito da OHSAS 18001

Deve existir uma política de Segurança e Saúde Ocupacional, autorizada pela


alta administração da organização, que estabeleça claramente os objetivos globais
de segurança e saúde e o comprometimento para melhorar o desempenho da SSO.

A política deve:

a- ser apropriada à natureza e escala dos riscos de SSO da organização;

b- incluir o comprometimento com a melhoria contínua;

c- incluir o comprometimento com o atendimento, pelo menos, à legislação


vigente de Segurança e Medicina do Trabalho aplicável, e a outros requisitos
subscritos pela organização,

d- ser documentada, implementada e mantida;

e- ser comunicada a todos os funcionários, com o objetivo de que eles


tenham conhecimento de suas obrigações individuais em relação a SSO;

f- esteja disponível para as partes interessadas; e

g- seja periodicamente analisada criticamente, para assegurar que ela


permanece pertinente e apropriada à organização.

B Intento

Uma política de SSO estabelece senso geral de orientação e fixa os princípios


de ação para uma nova organização. Ela estabelece objetivos de SSO quanto à
responsabilidade e ao desempenho em SSO exigidos em toda a organização.
Também demonstra o comprometimento formal da organização, especialmente da
Alta Administração, visando uma boa gestão da SSO.

É recomendado que a alta Administração produza e seja signatária de uma


declaração documentada da política de SSO. É recomendado que a política de SSO
seja consistente com as políticas de negócio da organização e com as políticas de
24

outras áreas de gestão como, por exemplo, gestão da qualidade ou gestão


ambiental.

C Entradas Típicas

Ao estabelecer a política de SSO, é recomendado que a Administração


considere os seguintes itens:

- política e objetivos pertinentes aos negócios da organização como um todo;

- os perigos de SSO da organização;

- requisitos legais e outros requisitos;

- o desempenho histórico e o desempenho atual de SSO da organização;

- as necessidades de outras partes interessadas;

- as oportunidades e necessidades de melhoria contínua;

- os recursos necessários;

- as contribuições dos funcionários;

- as contribuições dos contratados e do pessoal externo.

D Processo

É recomendado que a alta Administração projete e seja signatária de uma


política de SSO levando em consideração os itens relacionados abaixo.

É essencial que a política de SSO seja comunicada e promovida pela Alta


Administração dentro a organização.

É recomendado que uma política de SSO, efetivamente formulada e


comunicada:

1 seja apropriada à natureza e a escala de riscos de SSO da organização;


25

2 inclua um comprometimento com a melhoria contínua;

3 inclua um comprometimento de estar em conformidade, no mínimo, com a


legislação atual e aplicável de SSO e com outros requisitos subscritos pela
organização.

4 seja documentação, implementada e mantida;

5 seja comunicada a todos os funcionários, para que estes se conscientizem


de suas obrigações individuais em relação à SSO;

6 esteja disponível para as partes interessadas;

7 seja analisada periodicamente para assegurar que ela se mantém


pertinente e é apropriada para a organização.

E Saída Típica

A saída típica é uma política de SSO abrangente e compreensível,


comunicada a toda organização.
26

4.3. Planejamento

Política

PLANEJAMENTO Realimentação
Auditoria da medição do
desempenho

Implementação e Operação
Figura III Planejamento

4.3.1. Planejamento para Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos

A Requisitos da OHSAS 18001

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação


contínua de perigos, a avaliação de riscos e a implementação das medidas de
controle necessárias. Tais procedimentos devem incluir:

- Atividades de rotina e não-rotineiras;

- Atividades de todo o pessoal que tem acesso aos locais de trabalho


(incluindo subcontratados e visitantes);

- Instalações nos locais de trabalho, tanto as fornecidas pela organização


como por outros.
27

A organização deve assegurar que os resultados dessas avaliações e os


efeitos desses controles sejam considerados quando da definição de seus objetivos
de SSO. A organização deve documentar e manter tais informações atualizadas.

A metodologia da organização para a identificação de perigos e avaliação de


riscos deve:

- Ser definida com respeito ao seu escopo, natureza e momento oportuno


para agir, para assegurar que ela seja proativa ao invés de reativa;

- Assegurar a classificação de riscos e a identificação daqueles que devem


ser eliminados ou controlados através de medidas, conforme definido em 3.3.3 e
3.3.4.

- Ser consistente com a experiência operacional e a capacidade das medidas


de controle de riscos empregadas;

- Fornecer subsídios para a determinação de requisitos da instalação,


identificação de necessidades de treinamento e/ou desenvolvimento de controles
operacionais;

- Assegurar o monitoramento das ações requeridas, para garantir tanto a


eficácia como o prazo de implementação das mesmas.

B Intento

É recomendado que, após usar os processos d identificação de perigos e de


avaliação e controle de riscos, a organização tenha uma estimativa completa de
todos os perigos para a SSO.

É recomendado que os processos de identificação de perigos e avaliação e


controle de riscos e os seus resultados sejam a base para todo o sistema de SSO. É
importante que os inter-relacionamentos entre esses processos e os outros
elementos do Sistema da SSO estejam claramente estabelecidos e sejam visíveis.
As subseções dão orientação quanto aos inter-relacionamentos existentes entre os
requisitos da subseção 4.31 e os outros requisitos da OHSAS 18001:1999.
28

C Entradas Típicas

As entradas típicas incluem os seguintes itens:

- requisitos legais e outros requisitos de SSO.;

- política de SSO;

- registros de incidentes e acidentes; não-conformidades

- resultados de auditoria do Sistema de Gestão da SSO; comunicações de


funcionários e de outras partes interessadas; informações de consultas a
funcionários, de analises criticas e de atividade de melhoria feitas no ambiente de
trabalho;

- Informações sobre instalações, processos e atividades da organização,


incluindo o seguinte:

- detalhes dos procedimentos de controle de alterações;

- plano da unidade;

- fluxogramas de processos;

- Inventário de matérias perigoso (matéria-prima, substâncias químicas,


resíduos, produtos, subprodutos);

- dados toxicológicos e outros dados de SSO;

- dados de monitoramento;

- dados ambientais do local de trabalho.


29

D Processo

1 - Identificação de perigos e avaliação e controle de riscos

I Generalidades

É recomendado que as medidas para a gestão de riscos reflitam, onde


exeqüível, o principio da eliminação de perigos, seguida pela redução de riscos,
deixando-se a utilização do equipamento de Proteção Individual (EPI) como ultimo
recurso. A identificação de perigos e a avaliação e o controle de riscos são
ferramentas-chave para a gestão de riscos.

II Processos de identificação de perigos e de avaliação e controle de riscos

É recomendado que os processos de identificação de perigo e de avaliação


de riscos sejam documentados e incluam os seguintes elementos:

- identificação de perigos;

- avaliação de riscos, considerando as medidas de controle existentes,


levando em conta a exposição a perigos específicos, a probabilidade de falha das
medidas de controle e a possível gravidade das conseqüências de lesões são
danos;

- avaliação de sua tolerabilidade aos riscos remanescentes;

- identificação de quaisquer medidas adicionais de controle de riscos


necessários;

- avaliação de se as medidas de controle de riscos são suficientes para


reduzir os riscos a um nível tolerável.
30

2 Análise Crítica da Identificação de Perigos e da Avaliação e Controle de


Riscos

É recomendado que os processos de identificação de perigos e de avaliação


e controle de riscos sejam analisados num prazo ou período-determinado na política
de SSO ou num prazo pré-determinado pela administração. Esse prazo pode variar
de acordo com as seguintes considerações:

- natureza dos perigos;

- magnitude dos riscos;

- modificações de operações normais;

- modificações de estoques de abastecimentos, matéria-prima; produtos


químicos etc.

É recomendado que se faça também uma análise crítica, no caso de ser


questionada a validade das avaliações existentes devido às modificações, as quais
podem incluir os seguintes elementos:

- expansão, redução, reestruturação;

- redefinição de responsabilidades;

- mudanças d métodos de trabalho ou de padrões de comportamento.

4.3.2. Requisitos Legais e Outros Requisitos

A organização deve estabelecer e manter procedimento para identificar e ter


acesso à legislação e a outros requisitos de SSO que lhe são aplicáveis.

A organização deve manter essa informação atualizada. Deve comunicar as


informações pertinentes sobre requisitos legais e outros requisitos a seus
funcionários e às outras partes interessadas envolvidas.
31

4.3.3. Objetivos

A organização deve estabelecer e manter objetivos de Segurança e Saúde


Ocupacional documentados, em cada nível e função pertinentes da organização. 5

Ao estabelecer e revisar seus objetivos, a organização deve considerar os


requisitos legais e outros requisitos, seus perigos e riscos de SSO, suas opções
tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais e de negócios, bem como a
visão das partes interessadas. Os objetivos devem ser compatíveis com a política
de SSO, incluindo o comprometimento com a melhoria contínua.

4.3.4. Programa de Gestão da SSO

A organização deve estabelecer e manter programa(s) de gestão da SSO


para atingir seus objetivos. Esse programa deve incluir a documentação para:

1- a atribuição de responsabilidade e autoridade em cada função e nível


pertinente da organização, visando atingir os objetivos, e

2- os meios e o prazo dentro do qual os objetivos devem ser atingidos.

O programa de gestão da SSO deve ser analisado criticamente em intervalos


planejados e regulares. Deve ser alterado, onde necessário, para atender às
mudanças nas atividades, produtos, serviços ou condições operacionais da
organização.

5
Os objetivos devem ser quantificados, sempre que praticável
32

CAPITULO 5

IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO

Planejamento

Realimentação da
Auditoria Implementação medição do
e operação desempenho

Verificação e ação
corretiva

c) Figura IV - Implementação e operação

5.1. Estrutura e Responsabilidade

As funções, responsabilidades e autoridades do pessoal que gerencia,


desempenha e verifica atividades que têm efeito sobre os riscos de SSO das
atividades, instalações e processos da organização, devem ser definidas,
documentadas e comunicadas, a fim de facilitar a gestão da Segurança e Saúde
Ocupacional.

A responsabilidade formal pela SSO é da alta administração. A organização


deve nomear um membro da alta administração (por ex.: numa grande organização,
um membro da diretoria ou do comitê executivo), com responsabilidade específica
para assegurar que o Sistema de Gestão da SSO está adequadamente
implementado e atende aos requisitos em todos os locais e esferas de operação
dentro da organização.
33

A administração deve fornecer os recursos essenciais para a implementação,


controle e melhoria do Sistema de Gestão da SSO.6

O representante nomeado pela administração da organização deve ter


funções, responsabilidades e autoridades definidas para:

1- assegurar que os requisitos do Sistema de Gestão da SSO sejam


estabelecidos, implementados e mantidos de acordo com esta especificação
OHSAS;

2- assegurar que os relatórios sobre o desempenho do Sistema de Gestão da


SSO são apresentados à alta administração para análise crítica, e sirvam de base
para a melhoria do referido Sistema.

Todos aqueles com responsabilidade administrativa devem demonstrar seu


comprometimento com a melhoria contínua do desempenho da SSO.

5.2. Treinamento, Conscientização e Competência

O pessoal deve ser competente para desempenhar as tarefas que possam ter
impacto sobre a SSO, no local de trabalho. A competência deve ser definida em
termos de educação apropriada, treinamento e/ou experiência.

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para assegurar que


seus funcionários, trabalhando em cada nível e função pertinentes, estejam
conscientes:

- da importância da conformidade com a política e procedimentos de SSO, e


com os requisitos do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional;

6
Recursos incluem: recursos humanos, qualificações específicas, tecnologia e recursos financeiros.
34

- das conseqüências de SSO, reais ou potenciais, de suas atividades de


trabalho, e dos beneficies para sua segurança e saúde resultantes da melhoria do
seu desempenho pessoal,

- de suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com a


política e procedimentos de SSO, e com os requisitos do Sistema de Gestão da
SSO, inclusive os requisitos de preparação e atendimento a emergências (ver 4.8);

- das potenciais conseqüências da Inobservância dos procedimentos


operacionais especificados.

Os procedimentos de treinamento devem levar em conta os diferentes níveis


de: responsabilidade, habilidade, instrução e risco.

5.3. Consulta e Comunicação

A organização deve ter procedimentos para assegurar que as informações


pertinentes de SSO são comunicadas para e a partir dos funcionários e de outras
partes interessadas.

As providências para o envolvimento e consulta aos funcionários devem ser


documentadas, e as partes interessadas informadas.

Os funcionários devem ser:

- envolvidos no desenvolvimento e análise crítica das políticas e


procedimentos para a gestão de riscos;

- consultados quando existirem quaisquer mudanças que afetem sua


segurança e saúde no local de trabalho;

- representados nos assuntos de segurança e saúde; e

- informados sobre quem são seus representantes nos assuntos de SSO, e


sobre o representante nomeado pela administração (ver 4.2).
35

5.4. Documentação

A organização deve estabelecer e manter informações, em papel ou em meio


eletrônico, para:

1- descrever os principais elementos do sistema de gestão e a interação entre


eles;

2- fornecer orientação sobre a documentação relacionada.

5.5. Controle de Documentos e de Dados

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para o controle de


todos os documentos e dados exigidos por esta especificação OHSAS, para
assegurar que:

1- possam ser localizados;

2- sejam periodicamente analisados, revisados quando necessário e


aprovados, quanto à sua adequação, por pessoal autorizado;

3- as versões atualizadas dos documentos e dados pertinentes estejam


disponíveis em todos os locais onde são executadas operações essenciais ao
efetivo funcionamento do Sistema de Gestão da SSO;

4- documentos e dados obsoletos sejam prontamente removidos de todos os


pontos de emissão e uso ou, de outra forma, garantidos contra o uso não
intencional;

5- documentos e dados arquivados, retidos por motivos legais e/ou para


preservação de conhecimento, sejam adequadamente identificados.
36

5.6. Controle operacional

A organização deve identificar aquelas operações e atividades associadas


aos riscos identificados, onde as medidas de controle necessitam ser aplicadas. A
organização deve planejar tais atividades, inclusive manutenção,. de forma a
assegurar que sejam executadas sob condições específicas através:

1- do estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados, para


abranger situações onde sua ausência possa acarretar desvios em relação à política
de SSO e aos objetivos;

2- da estipulação de critérios operacionais nos procedimentos;

3- do estabelecimento e manutenção de procedimentos relativos aos riscos


identificados de SSO, de bens, equipamentos e serviços adquiridos e/ou utilizados
pela organização, e da comunicação dos procedimentos e requisitos pertinentes a
serem atendidos por fornecedores e contratados;

4- do estabelecimento e manutenção de procedimentos para o projeto de


locais de trabalho, processos, instalações, equipamentos, procedimentos
operacionais e organização do trabalho, incluindo suas adaptações às capacidades
humanas, de forma a eliminar ou reduzir os riscos de SSO na sua fonte.

5.7. Preparação e Atendimento a Emergências

A organização deve estabelecer e manter planos e procedimentos para


identificar o potencial e atender a incidentes e situações de emergência, bem como
para prevenir e reduzir as possíveis doenças e lesões que possam estar associadas
a eles.

A organização deve analisar criticamente seus planos e procedimentos de


preparação e atendimento a emergências, em particular após a ocorrência de
incidentes ou situações de emergência.

A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos, onde


exeqüível.
37

5.8. Verificação e Ação Corretiva

Implementação e operação

Auditoria Verificação e Realimentação


ação corretiva da medição do
desempenho

Análise crítica pela administração

Figura V - Verificação e ação corretiva

5.9. Monitoramento e Medição do Desempenho

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para monitorar e


medir, periodicamente, o desempenho da SSO. Esses procedimentos devem
assegurar:

- medições qualitativas e quantitativas, apropriadas às necessidades da


organização;

- monitoramento do grau de atendimento aos objetivos de SSO da


organização;

- medidas pró-ativas de desempenho que monitorem a conformidade com os


requisitos do(s) programa(s) de gestão da SSO, com critérios operacionais, e com a
legislação e regulamentos aplicáveis;

- medidas reativas de desempenho para monitorar acidentes, doenças,


incidentes (incluindo quase-acidentes) e outras evidências históricas de deficiências
no desempenho da SSO;
38

- registro de dados e resultados do monitoramento e medição, suficientes


para facilitar a subseqüente análise da ação corretiva e preventiva.

Se for requerido equipamento para o monitoramento e medição do


desempenho, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para a
calibração e manutenção de tal equipamento. Os registros das atividades e dos
resultados da calibração e manutenção devem ser retidos.

5.10. Acidentes, Incidentes, Não-conformidades e Ações Corretivas e


Preventivas

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para definir


responsabilidade e autoridade para:

1- tratar e investigar: acidentes, incidentes, não-conformidades;

2- adotar medidas para reduzir quaisquer conseqüências oriundas de


acidentes, incidentes ou não-conformidades;

3- iniciar e concluir ações corretivas e preventivas;

4- confirmar a eficácia das ações corretivas e preventivas adotadas.

Esses procedimentos devem requerer que todas as ações corretivas e


preventivas propostas devem ser analisadas criticamente durante o processo de
avaliação de riscos, antes da implementação.

Qualquer ação corretiva ou preventiva adotada para eliminar as causas das


não-conformidades, reais e potenciais, deve ser adequada à magnitude dos
problemas e proporcional ao risco de SSO verificado.

A organização deve implementar e registrar quaisquer mudanças nos


procedimentos documentados, resultantes de ações corretivas e preventivas.
39

5.11. Registros e Gestão de Registros

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação,


manutenção e descarte de registros de SSO, bem como dos resultados de auditorias
e análises críticas.

Os registros de SSO devem ser legíveis e identificáveis, permitindo rastrear


as atividades envolvidas. Tais registros devem ser arquivados e mantidos de forma a
permitir sua pronta recuperação, sendo protegidos contra avarias, deterioração ou
perda. O período de retenção deve ser estabelecido e registrado.

Os registros devem ser mantidos, conforme apropriado ao sistema e à


organização, para demonstrar conformidade aos requisitos desta especificação
OHSAS.

5.12. Auditoria

A organização deve estabelecer e manter um programa e procedimentos para


auditorias periódicas do Sistema de Gestão da SSO a serem realizadas de forma a:

1- determinar se o Sistema de Gestão da SSO:

2- está em conformidade com as disposições planejadas para a gestão da


SSO, inclusive o requisito desta especificação OHSAS;

3 - foi devidamente implementado e está sendo mantido;

4 - é eficaz no atendimento à política e aos objetivos da organização.

5 - analisar criticamente os resultados de auditorias anteriores;

6 - fornecer à administração informações sobre os resultados das auditorias.

O programa de auditoria da organização, incluindo qualquer cronograma,


deve basear-se nos resultados das avaliações de riscos das atividades da
organização, e nos resultados de auditorias anteriores.
40

Os procedimentos de auditorias devem considerar o escopo da auditoria, a


freqüência, as metodologias e as competências, bem como as responsabilidades e
requisitos relativos à condução de auditorias e à apresentação dos resultados.

Sempre que possível, as auditorias devem ser conduzidas por pessoal


independente7 daquele que tem responsabilidade direta pela atividade que está
sendo examinada.

5.13. Análise Crítica pela Administração

Verificação e ação corretiva

Fatores Análise crítica Fatores


internos pela externos
administração

Política

Figura VI - Análise crítica pela administração

A alta administração da organização, em intervalos por ela pré-determinados,


deve analisar criticamente o Sistema de Gestão da SSO, para assegurar sua
conveniência, adequação e eficácia contínuas.

O processo de análise crítica deve assegurar que as informações necessárias


sejam coletadas, de modo a permitir à administração proceder a essa avaliação. A
referida análise crítica deve ser documentada.

7
A palavra "independente", neste caso, não significa necessariamente externo à organização.
41

A análise crítica pela administração deve abordar a eventual necessidade de


alterações na política, objetivos e outros elementos do Sistema de Gestão da SSO, à
luz dos resultados de auditorias do mencionado Sistema, da mudança das
circunstâncias e do comprometimento com a melhoria contínua.

Anexo A (informativo)

Correspondência entre OHSAS 18001, ISO 14001:1996, ISO 9001:1994 e ISO


9001:2000.

Tabela A.1 - Correspondência entre OHSAS 18001, ISO 14001:1996 e ISO 9001:1994
Seção OHSAS 18001 Seção ISO 14001:1996 Seção Seção 1.02 ISO 9001:1994
Objetivo e campo de Objetivo e campo de Objetivo e campo de
1 1 1
aplicação aplicação aplicação
Publicações de Referências
2 2 2 Referências normativas
referência normativas
3 Termos e definições 3 Definições 3 Definições
Requisitos do
Elementos do Sistema Requisitos do sistema da
4 4 sistema de gestão 4
de Gestão da SSO qualidade
ambiental
4.1 Requisitos gerais 4.1 Requisitos gerais 4.2.1 Generalidades (1a sentença)
4.2 Política de SSO 4.2 Política ambiental 4.1.1 Política da qualidade
4.3 Planejamento 4.3 Planejamento 4.2 Sistema da qualidade
Planejamento para
identificação de
4.3.1 4.3.1 Aspectos ambientais 4.2 Sistema da qualidade
perigos e avaliação e
controle de riscos
Requisitos legais e Requisitos legais e
4.3.2 4.3.2 --- ---
outros requisitos outros requisitos
4.3.3 Objetivos 4.3.3 Objetivos e metas 4.2 Sistema da qualidade
Programa(s) de Programa(s) de
4.3.4 4.3.4 4.2 Sistema da qualidade
gestão da SSO gestão ambiental
Implementação e Implementação e 4.2 Sistema da qualidade
4.4 4.4
operação operação 4.9 Controle de processo
Responsabilidade da
Estrutura e Estrutura e 4.1
4.4.1 4.4.1 administração
responsabilidade responsabilidade 4.1.2
Organização
Treinamento, Treinamento,
4.4.2 conscientização e 4.4.2 conscientização e 4.18 Treinamento
competência competência
Consulta e
4.4.3 4.4.3 Comunicação --- ---
comunicação
Documentação do
Generalidades
4.4.4 Documentação 4.4.4 sistema de gestão 4.2.1
(sem 1a sentença)
ambiental
Controle de
Controle de Controle de documentos e
4.4.5 documentos e de 4.4.5 4.5
documentos de dados
dados
42

Seção OHSAS 18001 Seção ISO 14001:1996 Seção Seção 1.02 ISO 9001:1994
Procedimentos do sistema
4.2.2
da qualidade
Análise crítica de contrato
4.3
Controle de projeto
4.4
Aquisição
4.6
Controle de produto
4.7
fornecido pelo cliente
4.4.6 Controle operacional 4.4.6 Controle operacional Identificação e
4.8
rastreabilidade do produto
Controle de processo
4.9
Manuseio, armazenamento,
4.15
embalagem, preservação e
entrega
4.19
Serviços associados
4.20
Técnicas estatísticas
Preparação e Preparação e
4.4.7 atendimento a 4.4.7 atendimento a --- ---
emergências emergências
Verificação e ação Verificação e ação
4.5 4.5 --- ---
corretiva corretiva
Inspeção e ensaios
4.10 Controle de equipamentos
Monitoramento e
Monitoramento e 4.11 de inspeção, medição e
4.5.1 mensuração do 4.5.1
medição ensaios
desempenho
4.12 Situação de inspeção e
ensaios
Acidentes, incidentes,
Não-conformidade e Controle de produto não-
não-conformidades e 4.13
4.5.2 4.5.2 ações corretiva e conforme
ações corretivas e 4.14
preventiva Ações corretiva e preventiva
preventivas
Registros e gestão de Controle de registros da
4.5.3 4.5.3 Registros 4.16
registros qualidade
Auditoria do sistema Auditorias internas da
4.5.4 Auditoria 4.5.4 4.17
de gestão ambiental qualidade
Análise crítica pela Análise crítica pela Análise crítica pela
4.6 4.6 4.1.3
administração administração administração
Correspondência
entre Correspondência
Anexo A OHSAS 18001, ISO Anexo B com a --- ---
14001 e ISO 9001
ISO 9001
Bibliografia Anexo C Bibliografia --- Bibliografia
Diretrizes para uso
--- (Ver OHSAS 18002) Anexo A --- ---
da especificação
43

Tabela A.2 - Correspondência entre OHSAS 18001, ISO 14001:1996 e ISO 9001:2000
Seção OHSAS 18001 Seção ISO 14001:1996 Seção Seção 1.03 ISO
9001:2000
Introdução
Generalidades
0
Abordagem de processo
0.1
- Relação com a ISO
------- -- Introdução 0.2
- 9004
0.3
Compatibilidade com
0.4
outros sistemas de
gestão
1 Objetivo
Objetivo e campo de Objetivo e campo de
1 1 1.1 Generalidades
aplicação aplicação
1.2 Aplicação
Publicações
2 de 2 Referências normativas 2 Referência normativa
referência
3 Termos e definições 3 Definições 3 Termos e definições
Elementos do
Requisitos do sistema Sistema de gestão da
4 Sistema de Gestão 4 4
de gestão ambiental qualidade
da SSO
Requisitos gerais
Responsabilidade,
4.1
autoridade e
4.1 Requisitos gerais 4.1 Requisitos gerais 5.5
comunicação
5.5.1
Responsabilidade e
autoridade
Comprometimento da
5.1
direção
4.2 Política de SSO 4.2 Política ambiental 5.3
Política da qualidade
8.5
Melhorias
4.3 Planejamento 4.3 Planejamento 5.4 Planejamento
Foco no cliente
Determinação de
Planejamento para 5.2
requisitos relacionados
identificação de 7.2.1
4.3.1 4.3.1 Aspectos ambientais ao produto
perigos e avaliação
Análise crítica dos
e controle de riscos 7.2.2
requisitos relacionados
ao produto
Foco no cliente
Requisitos legais e Requisitos legais e 5.2 Determinação de
4.3.2 4.3.2
outros requisitos outros requisitos 7.2.1 requisitos relacionados
ao produto
4.3.3 Objetivos 4.3.3 Objetivos e metas 5.4.1 Objetivos da qualidade
5.4.2 Planejamento do
Programa(s) de Programa(s) de gestão
4.3.4 4.3.4 sistema de gestão da
gestão da SSO ambiental
8.5.1 qualidade Melhoria
44

Seção OHSAS 18001 Seção ISO 14001:1996 Seção Seção 1.03 ISO
9001:2000
contínua
Realização do produto
Implementação e Implementação e 7
4.4 4.4 Planejamento da
operação operação 7.1
realização do produto
Responsabilidade da
direção
5 Comprometimento da
5.1 direção
5.5.1 Responsabilidade e
5.5.2 autoridade
Estrutura e Estrutura e 6 Representante da
4.4.1 4.4.1
responsabilidade responsabilidade 6.1 direção
6.2 Gestão de recursos
6.2.1 Provisão de recursos
6.3 Recursos humanos
6.4 Generalidades
Infra-estrutura
Ambiente de trabalho
Treinamento, Treinamento, Competência,
4.4.2 conscientização e 4.4.2 conscientização e 6.2.2 conscientização e
competência competência treinamento
Comunicação interna
Consulta e 5.5.3
4.4.3 4.4.3 Comunicação Comunicação com o
comunicação 7.2.3
cliente
Requisitos de
Documentação do 4.2
documentação
4.4.4 Documentação 4.4.4 sistema de gestão 4.2.1
Generalidades
ambiental 4.2.2
Manual da qualidade
Controle de
Controle de
4.4.5 documentos e de 4.4.5 4.2.3 Controle de documentos
documentos
dados
45

Seção OHSAS 18001 Seção ISO 14001:1996 Seção Seção 1.03 ISO
9001:2000
Realização do produto
Planejamento da
7 realização do produto
7.1 Processos relacionados a
clientes
Determinação de requisitos
7.2
relacionados ao produto
7.2.1
Análise crítica dos
requisitos relacionados ao
7.2.2
produto
Projeto e desenvolvimento
7.3 Planejamento do projeto e
7.3.1 desenvolvimento
Entradas de projeto e

7.3.2 desenvolvimento
Saídas de projeto e
desenvolvimento
7.3.3
Análise crítica de projeto e
7.3.4
desenvolvimento
Verificação de projeto e
7.3.5 desenvolvimento
4.4.6 Controle operacional 4.4.6 Controle operacional
Validação de projeto e
7.3.6 desenvolvimento
Controle de alterações de

7.3.7 projeto e desenvolvimento


Aquisição
Processo de aquisição
7.4
Informações de aquisição
7.4.1
Verificação do produto
7.4.2
adquirido
7.4.3 Produção e fornecimento
7.5 de serviço
7.5.1 Controle de produção e
fornecimento de serviço

7.5.2 Validação dos processos


de produção e
fornecimento de serviço
7.5.3
Identificação e
7.5.4
7.5.5 rastreabilidade
Propriedade do cliente
Preservação de produto
4.4.7 Preparação e 4.4.7 Preparação e 8.3 Controle de produto
46

Seção OHSAS 18001 Seção ISO 14001:1996 Seção Seção 1.03 ISO
9001:2000
atendimento a atendimento a não-conforme
emergências emergências
Verificação e ação Verificação e ação Medição, análise e
4.5 4.5 8
corretiva corretiva melhoria
Controle de dispositivos
de medição e
7.6 monitoramento
Generalidades
8.1 Medição e
8.2 monitoramento
Monitoramento e
Monitoramento e 8.2.1 Satisfação dos clientes
4.5.1 mensuração do 4.5.1
medição 8.2.3 Medição e
desempenho
monitoramento de
8.2.4 processos
Medição e
8.4 monitoramento de
produto
Análise de dados
Acidentes,
Controle de produto
incidentes, Não-conformidade e 8.3
não-conforme
4.5.2 não-conformidades e 4.5.2 ações corretiva e 8.5.2
Ação corretiva
ações corretivas e preventiva 8.5.3
Ação preventiva
preventivas
Registros e gestão
4.5.3 4.5.3 Registros 4.2.4 Controle de registros
de registros
Auditoria do sistema de
4.5.4 Auditoria 4.5.4 8.2.2 Auditoria interna
gestão ambiental
Análise crítica pela
5.6 direção
Análise crítica pela Análise crítica pela 5.6.1 Generalidades
4.6 4.6
administração administração 5.6.2 Entradas para a análise
5.6.3 crítica
Saídas da análise crítica
Correspondência
Anexos com a Anexo Correspondência com a Correspondência com a
Anexo A
AeB ISO 14001 e ISO B ISO 9001 ISO 14001
9001
47

Seção OHSAS 18001 Seção ISO 14001:1996 Seção Seção 1.03 ISO
9001:2000
Anexo -
---- Bibliografia Bibliografia Bibliografia
C --
Anexo Diretrizes para uso da -
--- (Ver OHSAS 18002) ---
A especificação --

Anexo B (informativo)

Correspondência entre OHSAS 18001, OHSAS 18002 e ILO OSH8:2001


Diretrizes para sistemas de gestão da SSO.

B.1 Introdução

Este anexo identifica as principais diferenças entre as Diretrizes ILO-OSH, da


Organização Internacional do Trabalho (OIT), e os documentos OHSAS, fornecendo
uma avaliação comparativa de seus diferentes requisitos.

Convém observar que nenhuma área com diferenças significativas foi


identificada.

Conseqüentemente, as organizações que tiverem implementado um Sistema


de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) que esteja em conformidade
com a OHSAS 18001 podem estar certas de que seu sistema será compatível
também com as recomendações das diretrizes ILO-OSH.

Uma tabela de correspondência entre as seções individuais da série OHSAS


e as seções das ILO-OSH é apresentada no item B.4 a seguir.

8
ILO-OSH: Diretrizes sobre sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional
48

B.2 Visão geral

Os dois objetivos principais das diretrizes ILO-OSH são:

a) auxiliar os países no estabelecimento de uma estrutura nacional para os Sistemas


de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional; e

b) fornecer orientação às organizações individuais no que se refere à integração dos


elementos de SSO à sua política geral e às suas práticas de gestão.

A OHSAS 18001 especifica requisitos para Sistemas de Gestão da SSO, a


fim de possibilitar às organizações o controle de riscos e a melhoria do seu
desempenho. A OHSAS 18002 dá orientações sobre a implementação da OHSAS
18001. Os documentos OHSAS são, portanto, semelhantes à Seção 3 das ILO-OSH,

B.3 Análise detalhada da Seção 3 das Diretrizes ILO-OSH em relação aos


documentos OHSAS

B.3.1 Escopo

O foco das ILO-


OHSAS, sobre funcionários e outras partes interessadas, é mais amplo.

potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, à propriedade, dano ao


é igualmente
mais ampla do que a definição das ILO-OSH, cujo foco é unicamente sobre o
potencial de causar lesão ou dano à saúde das pessoas.
49

B.3.2 Modelos de sistema de gestão da SSO

Os modelos que mostram os principais elementos de um Sistema de Gestão


da SSO são diretamente equivalentes entre as diretrizes ILO-OSH e a OHSAS.

B.3.3 ILO-OSH, Seção 3.2, Participação dos trabalhadores

Nas ILO-
assegurar, conforme necessário, o estabelecimento e o funcionamento eficiente de
um comitê de segurança e saúde e o reconhecimento de representantes para a

A OHSAS 18001 exige que a organização documente e promova suas


providências e envolva um maior número de consultados, isto é, partes interessadas
(devido ao escopo mais amplo de aplicação do documento). Curiosamente, as
diretrizes ILO-OSH permitem que as organizações abdiquem dessa exigência, caso
as leis e a prática nacional não estipulem tal requisito.

Artigo I. B.3.4 ILO-OSH, Seção 3.3, Responsabilidade e prestação de contas

As ILO-OSH recomendam, na subseção 3.3.1(h), o estabelecimento de


programas de prevenção e saúde. A OHSAS só exige esses programas se as
avaliações de risco ou o Sistema de Gestão da SSO e os objetivos de SSO os
exigirem.

Artigo II. B.3.5 ILO-OSH, Seção 3.4, Competência e treinamento

A recomendação da subseção 3.4.4 das ILO-OSH


treinamento, sem qualquer custo, a todos os participantes e que o mesmo seja
não é um requisito da
OHSAS.

B.3.6 ILO-OSH, Seção 3.10, Prevenção de perigos, Subseção 3.10.1,


Medidas de prevenção e controle
50

As diretrizes ILO-OSH recomendam a implementação de medidas de


prevenção e proteção para controlar os perigos e riscos. Essas medidas são listadas
em ordem de prioridade, desde eliminação do perigo/risco [subseção 3.10.1(a)] até
fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) [subseção 3.10.1(d)].

A OHSAS não é tão definitiva:

exeqüível, o princípio da eliminação de perigos, seguida pela redução de riscos (seja


pela redução da probabilidade de ocorrência ou da gravidade potencial de lesões ou
danos), deixando-se a utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) como

exequíveis

A OHSAS fornece também informações mais detalhadas sobre identificação


de perigos, avaliação de riscos e controle de riscos.

Artigo II. B.3.7 ILO-OSH, Subseção 3.10.4, Aquisição

As ILO-OSH enfatizam que os requisitos de segurança e saúde da


organização devem ser incorporados às especificações de aquisição e
arrendamento. A OHSAS exige que tais requisitos sejam comunicados ao
fornecedor, mas não estipulam como. As diretrizes ILO-OSH também estipulam que
as leis e os regulamentos nacionais sejam identificados antes da aquisição. No caso
da OHSAS, essas leis e regulamentos seriam, por isso mesmo, identificados durante
o processo de avaliação de riscos [ver OHSAS 18002, subseção 4.3.1d (1)i].

B.3.8 ILO-OSH, Subseção 3.10.5, Contratação

As ILO-OSH definem os passos a serem dados para assegurar que os


requisitos de segurança e saúde da organização sejam aplicados aos contratados
(as diretrizes também fornecem um resumo das ações necessárias para tanto). Na
OHSAS, isso está implícito.
51

B.3.9 ILO-OSH, Seção 3.12, Investigação de lesões, males, doenças e


incidentes relacionados ao trabalho e seu impacto no desempenho da segurança e
saúde

As ILO-OSH não exigem que as ações corretivas ou preventivas sejam


analisadas criticamente através do processo de avaliação de riscos antes de sua
implementação, como acontece na OHSAS 18001, subseção 4.5.2(d).

B.3.10 ILO-OSH, Seção 3.13, Auditoria

As ILO-OSH recomendam consultas para a seleção de auditores. Em


contraste, a OHSAS exige que o pessoal de auditoria seja imparcial e objetivo.

B.3.11 ILO-OSH, Seção 3.16, Melhoria contínua

Nas ILO-OSH, essa é uma seção separada, que dá detalhes sobre as


providências que devem ser levadas em consideração para se alcançar a melhoria
contínua. Providências semelhantes são detalhadas ao longo dos documentos
OHSAS, não apresentando, conseqüentemente, uma seção correspondente.

B.4 Correspondência entre as seções dos documentos OHSAS e as seções


das Diretrizes ILO-OSH
52

Tabela B.1 - Correspondência entre as seções dos documentos OHSAS e as seções


das Diretrizes ILO-OSH

OHSAS Seção ILO-OSH


Seção 2.01 S

1 Objetivo e campo de aplicação 1.0 Objetivos

2 Publicações de referência - -

3 Termos e definições - -

Elementos do sistema de gestão da O sistema de gestão da segurança e Saúde


4 3.0
SSO Ocupacional na organização

O sistema de gestão da segurança e Saúde


4.1 Requisitos gerais 3.0
Ocupacional na organização

4.2 Política de SSO 3.1 Política de segurança e Saúde Ocupacional

Análise crítica inicial


3.7
4.3 Planejamento
Planejamento, desenvolvimento e
3.8
implementação do sistema

3.10 Prevenção de perigos

3.10.1 Medidas de prevenção e controle


Planejamento para identificação de
4.3.1
perigos e avaliação e controle de riscos
3.10.2 Gestão de mudanças

3.10.5 Contratação

3.7.2 Análise crítica inicial


4.3.2 Requisitos legais e outros requisitos
3.10.1.2 Prevenção de perigos

3.8
Planejamento, desenvolvimento e
implementação do sistema Objetivos de
4.3.3 Objetivos segurança e Saúde Ocupacional
3.9
Melhoria contínua
3.16
53

OHSAS Seção ILO-OSH


Seção 2.01 S

Planejamento, desenvolvimento e
4.3.4 Programa(s) de gestão da SSO 3.8
implementação do sistema

4.4 Implementação e operação - -

Responsabilidade e prestação de contas


3.3
4.4.1 Estrutura e responsabilidade
Planejamento, desenvolvimento e
3.8
implementação do sistema

3.2 Participação dos trabalhadores


Treinamento, conscientização e
4.4.2
competência
3.4 Competência e treinamento

3.2 Participação dos trabalhadores


4.4.3 Consulta e comunicação
3.6 Comunicação

Documentação do sistema de gestão da


4.4.4 Documentação 3.5
segurança e Saúde Ocupacional

Documentação do sistema de gestão da


4.4.5 Controle de documentos e de dados 3.5
segurança e Saúde Ocupacional

3.10.2 Gestão de mudanças

4.4.6 Controle operacional 3.10.4 Aquisição

3.10.5 Contratação

Preparação e atendimento a Prevenção, preparação e atendimento a


4.4.7 3.10.3
emergências emergências

4.5 Verificação e ação corretiva - -

Monitoramento e mensuração Monitoramento e mensuração do


4.5.1 3.11
do desempenho desempenho

Acidentes, incidentes, não- 3.12 Investigação de lesões, males, doenças e


4.5.2 conformidades e ações corretivas e
incidentes relacionados ao trabalho e seu
preventivas
impacto no desempenho da segurança e
54

OHSAS Seção ILO-OSH


Seção 2.01 S

saúde

3.15 Ações corretivas e preventivas

Documentação do sistema de gestão da


4.5.3 Registros e gestão de registros 3.5
segurança e Saúde Ocupacional

4.5.4 Auditoria 3.13 Auditoria

4.6 Análise crítica pela administração 3.14 Análise crítica pela direção
55

CAPITULO 6

RELAÇÃO DO OHSAS 18001 NA ÁREA DE PETRÒLEO E GÁS

A busca da excelência em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS),


objetivo previsto em seu Plano Estratégico, levou a Petrobrás a estabelecer como
uma de suas metas a certificação de suas unidades de acordo com normas
internacionais de gestão de SMS. Assim, em janeiro de 2009, a Companhia possuía
38 Certificações Integradas de acordo com as normas ISO 14001(Meio Ambiente) e
BS 8800 ou OHSAS 18001(Segurança e Saúde). Essas certificações cobriam a
maior parte das unidades de negócio e de serviço da Companhia no Brasil e no
exterior.

Vale ressaltar que algumas das unidades também estavam certificadas em


conformidade com a norma ISO 9001(Qualidade). As unidades certificadas somente
por uma das normas internacionais supracitadas não foram consideradas no
cômputo das certificações integradas.

6.1. Diretrizes de Segurança e Saúde ocupacional na Área da Petrobrás

Educar, capacitar e comprometer os trabalhadores com as questões,


envolvendo fornecedores, comunidades, órgãos competentes, entidades
representativas dos trabalhadores e demais partes interessadas;

Estimular o registro e tratamento das questões e considerar, nos sistemas de


conseqüência e reconhecimento, o desempenho;

Atuar na promoção da saúde, na proteção do ser humano e do meio ambiente


mediante identificação, controle e monitoramento de riscos, adequando a segurança
de processos às melhores práticas mundiais e mantendo-se preparada para
emergências;
56

Assegurar a sustentabilidade de projetos, empreendimentos e produtos ao


longo do seu ciclo de vida, considerando os impactos e benefícios nas dimensões
econômica, ambiental e social;

Considerar a eco eficiência das operações e produtos, minimizando os


impactos adversos inerentes às atividades da indústria.

6.2. As Diretrizes

1. Liderança e Responsabilidade

A Petrobras, ao integrar segurança, e saúde ocupacional à sua estratégia


empresarial, reafirma o compromisso de todos seus empregados e contratados com
a busca de excelência nessas áreas. Requisitos:

Difusão e promoção, em todos os níveis, da política corporativa, seus valores


e metas.

Exercício da liderança pelo exemplo, de modo a assegurar o máximo


comprometimento da força de trabalho com o desempenho.

Responsabilização de cada unidade pelo seu desempenho, o que será


avaliado por meio de indicadores e metas.

Definição clara, em cada unidade, das atribuições e responsabilidades


relacionadas ao desempenho.

Integração, em cada unidade, do desempenho às suas metas de produção e


rentabilidade.

Acompanhamento e avaliação do desempenho das empresas contratadas.

Difusão de valores que promovam a qualidade de vida da força de trabalho


dentro e fora da empresa.
57

2. Conformidade Legal

As atividades da empresa devem estar em conformidade com a legislação


vigente nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde. Requisitos:

Verificação permanente do atendimento à legislação e adoção, quando


necessário, de medidas destinadas à pronta correção de eventuais não-
conformidades.

Acompanhamento das mudanças que venham a ocorrer na legislação


relacionada de modo a promover a adequação das atividades da empresa, bem
como permitir a identificação de novos cenários.

Atendimento aos preceitos legais e regulamentares durante todo o ciclo de


vida das instalações e operações da empresa, bem como verificação de seu
cumprimento por parte de contratados, fornecedores e parceiros.

Manutenção de uma política de cordialidade e colaboração com os órgãos


competentes.

3. Avaliação e Gestão de Riscos

Riscos inerentes às atividades da empresa devem ser identificados, avaliados


e gerenciados de modo a evitar a ocorrência de acidentes e/ou assegurar a
minimização de seus efeitos. Requisitos:

- Implementação de mecanismos que permitam, de forma sistemática,


identificar e avaliar a freqüência e as conseqüências de eventos indesejáveis,
visando a sua prevenção e/ou máxima redução de seus efeitos.

- Implementação de mecanismos para priorização dos riscos identificados,


bem como a documentação, a comunicação e o acompanhamento das medidas
adotadas para controlá-los.
58

- Incorporação de processos de avaliação de risco a todas as fases dos


empreendimentos e produtos, incluindo os relacionados à proteção da força de
trabalho, comunidades vizinhas e consumidor final.

- Realização de avaliações de risco periódicas ou à medida que se


identifiquem mudanças nos processos.

- Implementação de gestão de riscos de acordo com sua natureza e


magnitude, nos diversos níveis administrativos.

4. Novos Empreendimentos

Os novos empreendimentos devem estar em conformidade com a legislação


e incorporar, em todo o seu ciclo de vida, as melhores práticas de segurança, meio
ambiente e saúde. Requisitos

Adoção de práticas e tecnologias que assegurem aos novos


empreendimentos padrões de excelência ao longo de todo seu ciclo de vida, desde
sua concepção, projeto, construção e pré-operação até sua eventual desativação.

Implementação de mecanismos que assegurem a conformidade dos novos


empreendimentos com as especificações de seus projetos e recomendações das
avaliações de risco.

Análise, aprovação e documentação de eventuais mudanças nos projetos


originais e verificação de suas implicações relacionadas.

Consideração, em cada novo empreendimento, dos impactos sociais,


econômicos e ambientais decorrentes de sua implantação.

Incentivo à implantação de projetos que incorporem o conceito de


sustentabilidade, a utilização de mecanismos de desenvolvimento limpo e a
otimização do uso de insumos como água, energia e materiais.
59

5. Operação e Manutenção

As operações da empresa devem ser executadas de acordo com


procedimentos estabelecidos e utilizando instalações e equipamentos adequados,
inspecionados e em condições de assegurar o atendimento às exigências de
segurança, meio ambiente e saúde. Requisitos

Adoção de práticas operacionais seguras, que preservem a saúde da força de


trabalho e reduzam ao máximo os riscos de acidentes.

Verificação e atualização sistemáticas de todos os procedimentos


operacionais, observadas as recomendações provenientes das avaliações de risco.

Implementação de mecanismos que permitam, com a máxima rapidez, a


identificação, caracterização e correção dos casos de não-conformidade com os
procedimentos estabelecidos.

Execução das atividades de inspeção e manutenção de acordo com os


procedimentos estabelecidos, de modo a manter o controle sobre seus riscos.

Execução de programas específicos de inspeção, teste e manutenção


associados a sistemas de segurança, integridade e proteção das instalações, de
modo a assegurar sua confiabilidade.

Identificação, análise e monitoramento de impactos causados pelas atividades


da empresa à saúde e ao meio ambiente, buscando a contínua redução de seus
efeitos.

Implementação de mecanismos que preservem a saúde da força de trabalho,


buscando assegurar-lhe, sempre que necessário, diagnóstico precoce, atendimento
imediato, interrupção de exposição, limitação de dano e reabilitação.
60

6. Gestão de Mudanças

Mudanças, temporárias ou permanentes, devem ser avaliadas visando à


eliminação e/ou minimização de riscos decorrentes de sua implantação. Requisitos:

- Implementação de mecanismos que permitam avaliar e controlar riscos


inerentes a mudanças, desde a fase de planejamento até sua efetiva incorporação
ao processo.

- Formalização dos processos de mudança por meio de descrição, avaliação


e documentação, bem como de sua necessária divulgação.

- Garantia de que as mudanças atendam às exigências legais e aos


procedimentos estabelecidos, bem como preservem a integridade da força de
trabalho, das instalações e a continuidade das operações.

- Identificação de novas necessidades eventualmente decorrentes das


mudanças, como capacitação da força de trabalho, intensificação de treinamentos e
revisão de procedimentos e planos de contingência.

7. Aquisição de Bens e Serviços

O desempenho em segurança, meio ambiente e saúde de contratados,


fornecedores e parceiros deve ser compatível com o do sistema Petrobras.
Requisitos:

- Inclusão, no processo de contratação, de exigências específicas de SMS,


bem como verificação de seu cumprimento durante todas as etapas das atividades a
serem desenvolvidas.

- Garantia de que materiais e produtos a serem adquiridos atendam às


exigências estabelecidas.

- Avaliação de desempenho de contratados de acordo com critérios


claramente definidos nos respectivos contratos.
61

- Acompanhamento das empresas contratadas no que se refere a seu


desempenho, tomando as medidas necessárias para a correção de eventuais não
conformidades.

- Implementação de medidas visando estimular a adoção, pelas empresas


contratadas e parceiros, das melhores práticas.

- Integração do desempenho de contratados no conjunto de indicadores de


cada unidade.

8. Capacitação, Educação e Conscientização

Capacitação, educação e conscientização devem ser continuamente


promovidas de modo a reforçar o comprometimento da força de trabalho com o
desempenho em Segurança, meio ambiente e saúde. Requisitos:

- Comprometimento explícito da gerência com a política e valores, de modo a


sensibilizar a força de trabalho para seu cumprimento.

- Levantamento de necessidades e implementação, em todos os níveis, de


programas de capacitação, educação e conscientização.

- Implementação de programas que estimulem a adoção de comportamentos


seguros, saudáveis e de respeito ao meio ambiente, dentro e fora da empresa.

- Avaliação periódica da capacitação da força de trabalho com relação às


exigências.

- Implementação de mecanismos que promovam a melhoria constante da


capacitação da força de trabalho.
62

9. Gestão de Informações

Informações e conhecimentos relacionados a segurança, meio ambiente e


saúde devem ser precisos, atualizados e documentados, de modo a facilitar sua
consulta e utilização. Requisitos:

- Implementação de mecanismos que garantam o registro, atualização,


armazenamento e recuperação de informações relacionadas, bem como de
mecanismos que estimulem a participação da força de trabalho nesse processo.

Garantia de que esse sistema contemple, entre outros, os seguintes aspectos:

- Política, valores, objetivos e programa;

- Legislação vigente e ações decorrentes de auditorias;

- Indicadores de desempenho;

- Informações coletivas de saúde e exposição ocupacional;

- Avaliação e gestão de riscos;

- Planos de contingência;

- Investimentos realizados e seus benefícios.

Observância do princípio de confidencialidade, de modo a preservar


informações estratégicas da empresa e de natureza pessoal envolvendo a força de
trabalho.

- Implementação de mecanismos que garantam a difusão de novas práticas e


melhorias de desempenho.

- Implementação de mecanismos que considerem opiniões, sugestões e


dúvidas de terceiros e/ou partes interessadas, prestando, quando necessário, os
devidos esclarecimentos.
63

10. Comunicação

As informações relativas a segurança, meio ambiente e saúde devem ser


comunicadas com clareza, objetividade e rapidez, de modo a produzir os efeitos
desejados. Requisitos:

- Manutenção de canais permanentes de comunicação com os órgãos


reguladores e demais partes interessadas, bem como com os veículos de
comunicação.

- Manutenção de canais permanentes de comunicação com a força de


trabalho e comunidades vizinhas, de modo a mantê-las informadas sobre os riscos
decorrentes das atividades da empresa, bem como das medidas adotadas para sua
redução.

- Garantia de que denúncias, reclamações e sugestões relacionadas sejam


registradas, analisadas e esclarecidas.

- Observância dos princípios de hierarquia e competência no que se refere à


divulgação de informações que possam representar risco para qualquer atividade da
empresa.

- Apresentação periódica no Relatório Anual e em outros meios de


comunicação de informações consolidadas sobre o desempenho.

11. Contingência

As situações de emergência devem estar previstas e ser enfrentadas com


rapidez e eficácia visando a máxima redução de seus efeitos. Requisitos:

- Garantia de que os planos de contingência de cada unidade estejam


avaliados, revisados e atualizados, bem como integrados aos planos de
contingência regionais e corporativos da empresa.
64

- Desenvolvimento de programas de esclarecimento e treinamento junto às


comunidades potencialmente expostas a riscos, visando sua incorporação aos
planos de contingência.

- Adequação dos planos de contingência às variações de risco eventualmente


identificadas.

- Consideração, nos planos de contingência, dos impactos sociais,


econômicos e ambientais decorrentes de possíveis acidentes.

- Implementação de mecanismos que assegurem a atualização, divulgação e


pronto acesso aos planos de contingência por parte da força de trabalho, órgãos
governamentais e não governamentais comunidades e demais partes interessadas.

- Realização periódica de treinamentos e exercícios simulados com a


participação de todos os envolvidos e posterior avaliação dos resultados.

12. Relacionamento com a Comunidade

A empresa deve zelar pela segurança das comunidades onde atua, bem
como mantê-las informadas sobre impactos e/ou riscos eventualmente decorrentes
de suas atividades. Requisitos:

- Avaliação dos eventuais impactos que as atividades da empresa possam


causar às comunidades, tanto do ponto de vista como social e econômico, de modo
a evitá-los ou reduzir ao máximo seus efeitos indesejáveis.

- Garantia de que essa avaliação acompanhe todo o ciclo de vida das


atividades.

- Manutenção de canais de comunicação com as comunidades vizinhas de


modo a mantê-las informadas sobre planos de contingência, considerando, nesse
processo, opiniões, sugestões e preocupações por elas manifestadas.
65

- Implementação de programas de esclarecimento e treinamento junto às


comunidades potencialmente expostas a riscos, de modo a estimular seu
comprometimento com as medidas de prevenção e contingência.

- Implementação de programas de saúde e educação ambiental junto às


comunidades vizinhas, bem como de ações que promovam seu desenvolvimento
sustentável.

13. Análise de Acidentes e Incidentes

Os acidentes e incidentes, decorrentes das atividades da empresa devem ser


analisados, investigados e documentados de modo a evitar sua repetição e/ou
assegurar a minimização de seus efeitos. Requisitos:

- Implementação de procedimentos que permitam a identificação, registro e


análise das causas dos acidentes e a quantificação das perdas.

- Implementação de procedimentos que permitam a identificação e tratamento


de não-conformidades eventualmente capazes de causar acidentes.

- Obrigatoriedade de comunicação imediata de acidentes e de pronta atuação


sobre suas conseqüências.

- Obrigatoriedade do registro de acidentes no respectivo indicador de


desempenho.

- Incorporação às atividades da empresa das lições extraídas dos acidentes


visando à melhoria constante dos sistemas de prevenção.

- Acompanhamento das medidas corretivas e/ou preventivas adotadas, de


modo a se certificar de sua eficácia.

- Garantia de que, em acidentes graves, a investigação tenha participação


externa à da unidade onde ocorreu e da área corporativa.
66

14. Gestão de Produtos

A empresa deve zelar pelos aspectos de segurança, meio ambiente e saúde


de seus produtos desde sua origem até a destinação final, bem como empenhar-se
na constante redução dos impactos que eventualmente possam causar. Requisitos:

- Incorporação a todos os produtos da empresa de valores relacionados,


desde a escolha de materiais, produção, embalagem e transporte até seu destino
final.

- Fornecimento de informações adequadas e atualizadas sobre esses


produtos, de forma a permitir sua utilização segura e/ou redução de eventuais riscos.

- Atribuição de prioridade ao desenvolvimento de produtos que atendam da


melhor forma às exigências.

15. Processo de Melhoria Contínua

A melhoria contínua do desempenho em segurança e saúde deve ser


promovida em todos os níveis da empresa, de modo a assegurar seu avanço nessas
áreas. Requisitos:

- Atualização periódica da política, diretrizes e metas de modo a manter sua


conformidade com o Plano Estratégico da empresa.

- Implementação de programa corporativo de avaliação da gestão visando seu


constante aperfeiçoamento.

- Implementação de planos de ação, com base nos resultados dessas


avaliações, visando a prevenção e/ou correção de eventuais desvios.

- Aderência às normas internacionais de certificação e suas respectivas


atualizações.

- Aperfeiçoamento constante dos indicadores de modo a torná-los cada vez


mais precisos e uniformes, com conseqüente incentivo ao cumprimento das metas
estabelecidas.
67

CAPITULO 7

SIGA Sistema Integrado de Gestão de Anomalia

A Petrobrás conta com um sistema de monitoramento integrado entre si


chamando de SIGA, que tem por objetivo monitorar acidentes, doenças, incidentes e
desvios. O sistema unifica critérios e termos utilizados no tratamento de anomalias
relacionadas também à Saúde e a Segurança Ocupacional.

O que é Anomalia?

É uma situação ou evento que resulte ou possa resultar danos ou falhas que
afetem pessoas,meio ambiente e patrimônio.São consideradas anomalias
acidentes,incidentes,desvios,não- conformidades.

Acidentes Evento imprevisto e indesejável,instantâneo ou não,que resultou


em dano à pessoa(incluindo a doença do trabalho e á doença profissional),ao
patrimônio ou ao meio ambiente.

Incidente Evento imprevisto e indesejável que poderia ter resultado um dano


à pessoa,ao patrimônio ou ao meio ambiente.No caso de incidente,não houve um
dano efetivo,apenas se criou um risco inesperado.

Desvio É qualquer ação ou condição que apresenta potencial para


conduzir,direta ou indiretamente,danos às pessoas,ao patrimônio,aos produtos,aos
processos,ao meio ambiente que se encontra desconforme as normas de
trabalho,procedimentos.requisitos legais ou normativos.Quando há um desvio,nada
de fato ocorreu ainda.Nem acidente nem incidente,mais foi detectado uma situação
que pode acarretar um desses fatos.

Não-conformidade É ou não atendimento a um requisito em normas,


procedimentos, legislação, políticas, documentos internos, entre outros. Não é
preciso haver dano, risco ou potencial de dano, apenas uma situação que se
encontra fora do que é previsto nas normas internas ou externas.
68

Enfim, anomalia é a percepção de que algo pode melhorar. É um alerta para


que se pesquise as suas causas, identificando suas origens e evitando a repetição.

Avaliação de Aspectos e Impactos de SMS

Aspectos (causa) Evento ou situações em processo, produto ou serviços de


uma organização que ao interagir com pessoas pode provocar- lhe alteração.

Impactos (efeito) Qualquer modificação adversa ou benéfica das condições


de segurança ou da saúde que resulte no todo ou em parte das atividades, dos
processos, produtos ou serviço de uma organização.

Os aspectos e impactos devem ser avaliado de acordo com a severidade e


freqüência, em caso de situação operacional normal ou severidade e probabilidade,
em caso de situação anormal ou de emergência. A severidade registra a magnitude
ou gravidade de um impacto, considerando ainda sua abrangência e dificuldade de
reversão. No seu exame não devem ser levadas em consideração as ações de
bloqueio influenciam não a severidade, mas a probabilidade ou freqüência de um
impacto.

CAPITULO 8

Certificação OHSAS 18001 Dia após dia

Após a certificação, um novo processo se inicia: a manutenção do sistema


e da melhoria contínua. Os esforços valem a pena, pois os benefícios trazidos pela
certificação podem ser inúmeros: o comprometimento da empresa com a SSO, o
aprimoramento do controle do custo de acidentes e sua redução, a demonstração da
atuação socialmente responsável, entre outros. As certificações são hoje uma
exigência para manter-se no mercado, sendo que algumas empresas cogitam a
possibilidade de perder clientes caso não implantem seu sistema de gestão. Mas,
além de uma exigência, as melhorias alcançadas trazem orientações, padronizam
69

procedimentos e demanda a realização de treinamentos com foco em Segurança,


Saúde e Meio Ambiente. Desta forma, vem uma série de vantagens, que incluem a
conscientização para os problemas associados à SSO, tendo como resultados
efetivos a minimização dos riscos associados às condições inseguras de trabalho,
redução dos acidentes, superação dos requisitos legais, redução do custo das
apólices de seguro e uma melhora na qualidade de vida.

Atualmente, não é possível chegar a um número exato de empresas


certificadas pela OHSAS 18001 no Brasil. Isto ocorre porque as normas de Sistema
de Gestão em SST estão fora do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade,
ficando a cargo de cada organismo certificador estes dados. Segundo dados do
Anuário Brasileiro de Proteção 2007, atualmente 476 empresas contam com a
certificação em SST.

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