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Os textos abaixo servirão de apoio para a proposta de redação.

Boa
leitura!

Os vestibulares, e o ENEM abordam temas de relevância nacional e que oportunizam a reflexão a partir de
diferentes pontos de vista. A necessidade de implementar o uso de tecnologias nos processos educacionais
apresenta diferentes causas, gera inúmeras consequências e, para ser solucionada, precisa ser abordada por
diferentes segmentos da organização social.

Leia os textos motivadores a seguir e, a partir deles e de seus conhecimentos prévios, elabore um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Obesidade:
enfrentamento e prevenção no Brasil atual”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.

Texto 01

A obesidade é caracterizada pelo excesso de


peso proveniente do acúmulo de gordura corporal,
caracterizada por um índice de massa corporal ou IMC igual ou acima de 30. É fundamental esclarecer que se
trata de uma doença crônica. E que ela sozinha, por sua vez, pode causar inúmeros outros males — de
problemas cardiovasculares a diabetes, —, os quais os cientistas chamam de comorbidades. Essas
complicações surgem por uma série de motivos. Entre eles, porque a gordura corporal excessiva provoca um
estado inflamatório constante em todo o organismo.
Mas fique claro: ninguém tem obesidade por falta de força de vontade, muito menos por falha de
caráter. Ela surge por uma série de fatores. O ambiente moderno é um deles, com a explosão do estresse, a
diminuição nos níveis de atividade física e o aumento de ingestão calórica. Do uso de certos medicamentos
ao fato de a mãe ter ganhado muito peso durante a gestação passando por distúrbios do sono, vários aspectos
contam bastante para o ponteiro da balança subir. Por isso, também, o tratamento é sempre complexo e
costuma envolver especialistas de diversas áreas.
Existem ainda mecanismos conhecidos por neuroendócrinos, como a produção de hormônios
relacionados ao apetite e à saciedade. Sem contar uma série de genes que têm sua parcela de
responsabilidade— tanto que nem todos acumulam gordura de igual maneira consumindo a mesmíssima dieta
com muitas calorias.
Para enfrentar uma doença com tantos fatores, é fundamental que o paciente encontre alguém que realmente
entenda da doença obesidade. (...)
Fonte: https://abeso.org.br/conceitos/obesidade-e-sobrepeso/

Texto 02

Foram divulgados nesta quinta-feira, 25 de julho, os dados do Vigitel (2018), que é a Pesquisa de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico, do Ministério da
Saúde. O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito
Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde.
Os resultados foram de um levantamento feito entre fevereiro e dezembro de 2018, com 52.395
pessoas entrevistadas por telefone.
OS DADOS
Nos dados apresentados, houve aumento da prevalência da obesidade no Brasil de 67,8%, saindo de
11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil apresentava taxas estáveis da
doença nos últimos três anos. Desde 2015, a prevalência de obesidade se manteve em 18,9%.
O Dr. Mario Carra (foto), presidente do Departamento de Obesidade da SBEM (representado pela
ABESO), explica que o Vigitel é um mecanismo de entrevista que dá uma orientação geral para tomadas de
decisão. “Ele não é efetivamente o melhor meio para se saber se essa progressão é tão significativa. Os
dados são fornecidos pelas pessoas em uma entrevista por telefone. De qualquer forma, o que se nota no
resultado, e em outras estatísticas, é que apesar do aumento, também cresceu o consumo de verduras
legumes e frutas”, explica o endocrinologista.
Os dados que vão na contramão do aumento dos percentuais de obesidade e excesso de peso, são
relativos ao consumo regular de frutas e hortaliças, que cresceu 15,5% entre 2008 e 2018, passando de 20%
para 23,1%.
O Vigitel também apontou que a prática de atividade física no tempo livre também aumentou 25,7%
(2009 a 2018), assim como o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 53,4% (de 2007 a 2018),
entre os adultos das capitais. O Dr. Carra afirma que é um ponto positivo é o fato dos índices mostrarem que
a prática da atividade física ter aumentado. “Não é na intensidade que se esperava, mas, pelo menos,
cresceu. Isso mostra que se nota uma preocupação, tanto do governo como da população em geral, em
melhorar sua saúde já que a obesidade é uma doença universal”.
O diabetes também está entre as doenças crônicas da pesquisa. “Receberam o diagnóstico médico de
diabetes (40%), entre 2006 e 2018, e os entrevistados demonstraram ter maior conhecimento sobre sua
saúde, o que os motivaram a buscar os serviços de saúde, na Atenção Primária, receber o diagnóstico e
iniciar o tratamento”, diz o relatório.
IDADE, OBESIDADE E EXCESSO DE PESO
Em relação ao crescimento da obesidade, o aumento foi maior entre adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44
anos, com 84,2% e 81,1%, respectivamente. As mulheres ultrapassaram os homens, apresentando índices
ligeiramente maiores, com 20,7%, em relação aos homens,18,7%.
O Vigitel mostrou que mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso, que é um aumento
de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006. O aumento da prevalência foi maior
entre as faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, o
aumento da obesidade se deve ao consumo muito elevado de alimentos ultra processados, de alto teor de
gordura e açúcar. “Então, o incentivo ao consumo de hortaliça entre as crianças e os adultos é
fundamental”.
Junto com os dados, o Ministério da Saúde apresentou algumas propostas para deter o crescimento da
obesidade, como:
- Políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional;
- Reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até
2019.
- Ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente
até 2019
Em relação a iniciativas e programas preventivos o Dr. Mario Carra afirma que são interessantes,
mas obtidos em longo prazo. “É importante lembrar que a obesidade, que é uma doença, precisa ser tratada
também com medicamentos para que as alterações sejam feitas ou alcançadas”.
Fonte: https://www.endocrino.org.br/divulgados-os-resultados-do-vigitel/

Texto 03
https://www.youtube.com/watch?v=8UGe5GiHCT4&feature=youtu.be

Texto 04
https://www.youtube.com/watch?v=eUwSZZF5-eI&feature=youtu.be

Texto 05
https://www.youtube.com/watch?v=q59EDlXZWUU&feature=youtu.be

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