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Simón Bolívar (1783 – 1830) – Junto a José de San Martín, liderou as guerras de independência da

América Espanhola. Liderou os processos de independência da Bolívia, Equador, Colômbia,


Panamá, Peru e Venezuela. Após seu triunfo, em 1819, fundam a primeira união das nações
independentes da América Latina, a Grã-Colômbia (Colômbia, Equador, Panamá e Venezuela, além
de territórios que se tornariam parte do Brasil, Peru e Nicarágua), tendo duração até 1831. Sua frase
mais célebre dizia que “O novo mundo deve estar constituído por nações livres e independentes,
unidas entre si por um corpo de leis em comum que regulem seus relacionamentos externos”. Foi
grande defensor da separação de Estado e religião, dizendo que as leis fundamentais são as
garantias do direitos políticos e civis, mas a religião não se integra em nenhum desses direitos,
sendo de natureza indefinível na ordem social e pertencente à moral intelectual. Embora
oficialmente tenha morrido de tuberculose, acredita-se que tenha sido assassinado por
envenenamento.

Bolivarianismo – Identidade dos governos de esquerda América Latina que procuram fortalecer o
bloco político dos países latino-americanos e questionam o neoliberalismo (defesa da absoluta
liberdade de mercado e restrição à intervenção estatal sobre a economia, com grau mínimo de
intervenção, regulação e controle) e o Consenso de Washington. Embora comungue com ideais
comunistas, como o pressuposto revolucionário através de mudanças políticas, econômicas e
sociais, o combate a injustiças sociais, a defesa popular, a liberdade, a universalização da educação
e saúde e a nacionalização de indústrias, difere do comunismo, pois os meios de produção não estão
sob a batuta estatal, além de a pluralidade partidária ser existente. No Bolivarianismo, inclusive, é
permitida a entrada de capital estrangeiro no país, bem como a parceria de empresas públicas e
privadas estrangeiras. Declararam-se bolivarianos Hugo Chávez e Nicolás Maduro (Venezuela),
Daniel Ortega (Nicarágua), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia)

Consenso de Washington – Formulado em 1989 por instituições financeiras como o FMI, o Banco
Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, cunhava políticas econômicas que
deveriam ser aplicadas nos países da América Latina. As 10 regras fundamentais eram:
1) Reforma fiscal – Alteração na arrecadação de impostos, diminuindo os tributos das grandes
empresas para que fossem elevados seus lucros e grau de competitividade;
2) Redução dos Gastos Públicos – Corte massivo do funcionalismo público, terceirizando o maior
número de serviços, diminuição das leis trabalhistas e do valor real dos salários, a fim de cortar
gastos do governo para priorizar o pagamento da dívida pública;
3) Reforma tributária – Reformulação do sistema de arrecadação de impostos e ampliação da base
sobre a qual incide a carga tributária, dando maior peso aos impostos indiretos (IPI e ICMS, por
exemplo, onde o consumidor final é quem acaba suportando a carga tributária);
4) Juros de mercado – Ao invés de serem regulados pelos governos, passam às mãos do mercado
através da lei da oferta e da procura;
5) Taxa de câmbio – Regulamentada pelo mercado, e não pelo governo, limitando os recurso
disponíveis para o investimento doméstico;
6) Abertura comercial e econômica – Aumento nas importações e exportações através de redução
das tarifas alfandegárias, diminuindo o protecionismo nacional;
7) Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições;
8) Privatização de estatais – Reduzir ao máximo a participação do Estado na economia, garantindo
o predomínio da iniciativa privada em todos os setores;
9) Desregulamentação e afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas;
10) Direito à propriedade intelectual – Proteção aos detentores de patentes e marcas

Antonio Gramsci (1891 – 1937) – Marxista italiano, foi para a prisão no regime de Benito
Mussolini, onde escreveu sua maior obra, Memórias do Cárcere. Trabalha a ideia de hegemonia
cultural e da necessidade de educar os trabalhadores, formando intelectuais orgânicos. Através da
hegemonia cultural, as classes dominantes controlam o sistema educacional, as instituições
religiosas e os meios de comunicação. Com esse controle, a subserviência dos dominados passa a
ser natural e conveniente, ignorando a luta de classes e abdicando do seu potencial revolucionário.
Desta forma, em nome de um bloco hegemônico nacional, os explorados se identificam com o
projeto burguês, ainda que isso o leve à sua própria derrocada, através de um poder hegemônico que
articula coerção e consenso.

OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo


Membros: Arábia Saudita, Argélia, Angola, Emirados Árabes Unidos, Equador, Gabão, Guiné
Equatorial, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Qatar, República do Congo e Venezuela

OEA – Organização dos Estados Americanos: Organismo regional dentro das Nações Unidas, cujo
comprometimento é a defesa dos interesses do continente americano, buscando soluções pacíficas
para o desenvolvimento econômico, social e cultural.
Membros: Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá,
Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Estados Unidos, Equador, El Salvador, Granada,
Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru,
República Dominicana, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname,
Trinidade e Tobago, Uruguai e Venezuela

Pátria Grande – Conceito político de integração e unificação da América Latina associado aos ideais
de Simón Bolívar e José de San Martín. Bolívar foi aluno do educador, filósofo e político
venezuelano Simón Rodriguez, que o incutiu sobre a ideia da Pátria Grande latino-americana. Seu
maior propagador foi o socialista argentino Manuel Ugarte.

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