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Os poderes que são atribuídos pela lei à administração pública por regra são de duas formas:
1. Poderes vinculativos
2. Poderes discricionários
A administração pública só pode atuar quando tem uma lei que atribui poderes para tal, e podem
ser poderes vinculados, sendo certo que neste caso a administração não tem margem de atuação, atua
quase de forma mecânica. E aqui os pp perdem a importância. Os princípios têm importância quando
estamos perante poderes discricionários, porque aqui há menos controlo da lei e deste modo, destacam-
se os princípios.
Há autores que ente que estes princípios só se aplicam nos poderes discricionários, mas isso
não tem que ser necessariamente radical, os princípios são sempre importantes.
Assim sendo há situações que mesmo estando na lei os pp podem contornar essa atuação da
administração, exemplo: sem prejuízo de ter o ato de cobrar pode fazer se uma penhora do vencimento,
os pp podem servir para atenuar a lei, aferindo assim a proporcionalidade. Pode usar a penhora sem que
seja um meio de tanto impacto social.
1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
A Administração Tributária deve atuar em obediência à lei, dentro dos limites dos poderes que
lhe estão atribuídos e em conformidade com os fins para que os mesmos lhe foram atribuídos.
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Os órgãos e agentes administrativos estão subordinados à Constituição e à lei e devem
atuar, no exercício das suas funções, com respeito pelos princípios da igualdade, da proporcionalidade,
da justiça, da imparcialidade e da boa fé.
Atenção: o principio da legalidade não se restringe a lei no seu sentido mais respeito, lei aqui refere-se
ao ato. Se há uma violação do pp da proporcionalidade em bom rigor também há violação do pp da lei,
porque violar a proporcionalidade também é violara a lei, porque a proporcionalidade é direito.
2. PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Os contribuintes devem ser tratados de forma igualitária, não devendo ser privilegiados,
beneficiados ou prejudicados, privando-se de qualquer direito ou isentando de qualquer obrigação, de
acordo com o conceito de igualdade material.
Artigo 266º nº 2 da CRP
Artigo 55º da LGT
Artigo 6º do CPA
Aplica-se nos mesmos termos que noutros tipos de situações, mas em situações especiais do
direito fiscal.
3. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Os atos da Administração Tributária devem ser os mais adequados e proporcionais aos
objetivos a realizar.
Artigo 266º nº 2 da CRP
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Artigo 55º da LGT
Artigo 46º do CPPT
Artigo 7º do CPA
Artigo 63º nº 4 LGT
Artigo 7º do RCPIT
Exemplo: nas inspeções por regra o contribuinte no mesmo imposto e no mesmo ano só esta
sujeito a uma inspeção, por regra. Se houver nova inspeção eu posso me opor, a não ser que
administração justifique essa nova inspeção, caso contrário essa nova inspeção é ilegal, até porque esta
inspeção é um ato agressivo para o contribuinte.
4.PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
A Administração Tributária deve, no desenvolvimento da sua atividade, pautar-se por um
princípio de justiça, aplicando critérios justos e imparciais.
Artigo 266º nº 2 da CRP
Artigo 55º da LGT
Artigo 8º do CPA
O principio da proporcionalidade tem subjacente a ideia de justiça. Estes princípios aliados
aplicam-se em muito prejuízos fiscais e gastos fiscais. Sobretudo nas empresas que tem contabilidade
organizada isto tem muita importância relativamente aos prazos em que se pode corrigir.
Exemplo: imagine-se que administração estava a averiguar o ano 2014 de uma determinada
empresa e ele vem dizer assim este gasto fiscal que entrou em 2014 não é de 2014 é de 2013. Adquire-
se as ferias de 2018 em 2017. Ora o gasto apurar em 2014 é um gasto de 2013 típico da administração
fiscal o gasto de 5.000 por força do principio da justiça não é de 2014 é de 2013 e foi deduzido em 2014
quando devia ter sido deduzido em 2013. Mas o contribuinte não pode corrigir 2013, e assim seguindo a
lei a dm vai ter um enriquecimento em causa, se não pode corrigir um ano deve abster-se de corrigir o
ano em causa. Isto não está na lei, é assim com base nos pp. não nenhuma norma legal que o diga.
5. PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE
A Administração Tributária deve atuar de forma imparcial e isenta. Trata-se de um
princípio próximo do princípio da justiça.
De forma a preservar este princípio, a lei prevê incompatibilidades genéricas aplicáveis a todos
os funcionários públicos (Lei nº 64/93, de 26/08, Lei nº 2/2004, de 12/05, e DL nº 413/93, de 23/12). Bem
como incompatibilidades específicas aos funcionários da Administração Tributária, designadamente aos
funcionários da inspeção tributária (artigo 20º do RCPIT).
Artigo 266º nº 2 da CRP
Artigo 55º da LGT
Artigo 9º do CPA
6. PRINCÍPIO DA BOA FÉ
A Administração deve relacionar-se com os particulares de acordo com as regras da boa fé,
ponderando, entre o mais, a confiança suscitada pela sua atuação e o objetivo a alcançar.
Artigo 266º nº 2 da CRP
Artigo 59º nº 2 da LGT
Artigo 68º nº 18 da LGT
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Artigo 10º do CPA
8. PRINCÍPIO DA CELERIDADE
O procedimento tributário deve estar concluído no prazo geral de 4 meses (artigo 57º da LGT),
findo o qual se presume o indeferimento tácito. Contudo, existem prazos especiais, como por exemplo, 60
dias para a decisão do recurso hierárquico (artigo 66º nº 5 do CPPT).
Artigo 57º- prazos:
O procedimento tributário deve ser concluído no prazo de quatro meses, devendo a
administração tributária e os contribuintes abster-se da prática de atos inúteis ou dilatórios (Redação dada
pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro).
Os atos do procedimento tributário devem ser praticados no prazo de oito dias, salvo
disposição legal em sentido contrário (Redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro).
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No procedimento tributário, os prazos são contínuos e contam-se nos termos do Código
Civil.
Os prazos referidos no presente artigo suspendem-se no caso de a dilação do
procedimento ser imputável ao sujeito passivo por incumprimento dos seus deveres de cooperação.
Sem prejuízo do princípio da celeridade e diligência, o incumprimento do prazo referido
no n.º 1, contado a partir da entrada da petição do contribuinte no serviço competente da administração
tributária, faz presumir o seu indeferimento para efeitos de recurso hierárquico, recurso contencioso ou
impugnação judicial.
O prazo de 4 meses é muito importante e remete para o nº 5.
O ato tácito de indeferimento só tem o efeito de abrir uma janela de eu querendo passar para o
passo seguinte, não tem mais nenhum efeito, se eu não utilizar esta janela mantém se o nº anterior, ou
seja, mantem-se o direito á pronuncia.
Exemplo: eu apresento uma reclamação. Ao fim de 4 meses tenho decisão e eu ou continuo a
esperar pela decisão expressa sendo certo que o pp da decisão mantem-se, mas abre-se a possibilidade
de eu n querer aguardar pela decisão expressa (nº5), mas seu eu não aproveitar agora tenho que
aguardar pacientemente o tempo que demorar. Tenho dito á decisão expressa, mas já não o posso exigir
a pronuncia rapidamente.
Este é o prazo geral temos que ter em atenção os prazos especiais.
Os atos no procedimento tributário devem estar concluídos no prazo de 8 dias, salvo disposição
em contrário (artigo 57º nº2 do LGT). Isto são atos e nem sempre e fácil distinguir os atos do
procedimento. Há atos em que esta vinculado um prazo para a sua pratica e existem mecanismos por
força dos quais eu posso recorrer para o tribunal porque havia um procedimento e não foi cumprido e o
tribunal intima a administração a atuar. Isto não é assim no que respeita aos procedimentos.
Exemplo: eu peço uma certidão e não me é dada Não ma dão, não há um indeferimento, nestes
casos n opera indeferimento tácito. Um pedido de isenção, está aqui em causa um procedimento tácito,
porque há uma decisão mas, no entanto, há aqui um ato. Mas há partida, embora exista a prática de um
ato, quando eu pretendo uma decisão estamos perante um procedimento.
Os prazos no procedimento tributário são contínuos e contam-se nos termos do artigo 279o do
Código Civil (artigo 57º nº 3 da LGT e artigo 20º do CPPT ≠ regra diferente do artigo 87º do CPA). Estes
prazos nem sempre coincidem com o CPA. O artigo 279º é crucial e os feriados contam.
Artigo 279º Código Civil: à fixação do termo são aplicáveis, em caso de dúvida, as seguintes regras:
Se o termo se referir ao princípio, meio ou fim do mês, entende-se como tal,
respetivamente, o primeiro dia, o dia 15 e o último dia do mês; se for fixado no princípio, meio ou fim do
ano, entende-se, respetivamente, o primeiro dia do ano, o dia 30 de Junho e o dia 31 de Dezembro;
Na contagem de qualquer prazo não se inclui o dia, nem a hora, se o prazo for de horas,
em que ocorrer o evento a partir do qual o prazo começa a correr;
O prazo fixado em semanas, meses ou anos, a contar de certa data, termina às 24
horas do dia que corresponda, dentro da última semana, mês ou ano, a essa data; mas, se no último mês
não existir dia correspondente, o prazo finda no último dia desse mês;
É havido, respetivamente, como prazo de uma ou duas semanas o designado por oito
ou quinze dias, sendo havido como prazo de um ou dois dias o designado por 24 ou 48 horas;
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O prazo que termine em domingo ou dia feriado transfere-se para o primeiro dia útil; aos
domingos e dias feriados são equiparadas as férias judiciais, se o acto sujeito a prazo tiver de ser
praticado em juízo.
9. PRINCÍPIO DO INQUISITÓRIO
A Administração Tributária deve realizar todas as diligências necessárias à satisfação do
interesse público e à descoberta da verdade material, não estando subordinada à iniciativa do autor do
pedido.
Artigo 58º da LGT: a administração tributária deve, no procedimento, realizar todas as diligências
necessárias à satisfação do interesse público e à descoberta da verdade material, não estando
subordinada à iniciativa do autor do pedido.
Este principio diz nos que a administração tributária tem uma obrigação de investigação com o
propósito de obter uma verdade material, independentemente de esta verdade ser desfavorável á
arrecadação de impostos para satisfazer o interesse público. A administração fiscal tem que investigar,
caso não o faça estamos perante uma violação do principio do inquisitório.
Artigo 6º do RCPIT: o contribuinte à partida tem que provar, ou seja, se alega tem que provar. Contudo
muitas vezes o contribuinte não tem poderes para ter acesso aos meios de prova.
Exemplo: âmbito de faturas falsas
Temos duas etapas:
Numa 1 etapa é administração fiscal que tem que demonstrar que existem Indícios sérios de
faturas falsas e não se exige a prova concreta apenas indícios sérios.
Numa 2 etapa é o contribuinte que tem que demonstrar a substância das operações, ou seja que
as faturas têm substância e representam uma fatura económica efetiva, e não uma falsificação. Mas nesta
2 etapa é possível inverter o ónus da prova, porque a administração fiscal tem que solicitar as
informações, caso não o faça tem o ónus da prova e inverte-se o jogo e se administração não provar a
decisão vais ser contra a administração.
Exemplo: a administração mostra que o (A) não demonstra serviço efetuado, não tem
funcionários. (A) invoca coisas mas não tem poderes para la chegar. (A) administração querendo pode
questionar. Se não o fizer, se administração não investigar para a verdade material, então o ónus da
prova inverte-se.
Nota: há um principio semelhante no âmbito do tribunal, este principio é de muita utilização
pratica.
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Artigo 48º do CPPT
Artigo 9º nº 1 do RCPIT
Artigo 11º do CPA
Por parte do contribuinte compreende o previsto no nº 4 do artigo 59º da LGT)- informarão
cruzada.
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âmbito disto o contribuinte é informado dos rendimentos que se sabe que obter e dá-se a oportunidade ao
contribuinte para regularizar voluntariamente, ou então está sujeito a coima.
1. DIREITO À INFORMAÇÃO
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Recorde-se do principio da colaboração que funciona em dois sentidos, a administração tem
obrigação de colaborar com o contribuinte e o contribuinte tem que colaborar com administração, ligado a
este principio está o direito à informação.
O contribuinte tem direito de obter informação sobre o andamento de processos que lhe digam
respeito, de conhecer as resoluções definitivas que sobre eles forem tomadas, bem como o acesso aos
arquivos e registos administrativos
O direito à informação é um direito muito amplo, e o direito á informação não se restringe ao pp
da colaboração é mais amplo. É um instrumento que apesar de não ser vinculativo para a administração,
é uma forma de pressão, em questões do tempo quanto ás decisões, perante o silêncio da administração.
Um dos instrumentos usados é a figura do ato tácito. Além disso, isto decorre de um ato constitucional e
esta regulado no artigo 67º CT.
Artigo 268º nº 1 e 2 da CRP
Artigos 82º e ss. do CPA
Artigo 67º da LGT: o principio da colaboração aplica-se no âmbito genérico e o direito á informação é
aplicado quo caso concreto, relativamente ao contribuinte, não há sigilo fiscal relativamente ao próprio
contribuinte.
Alínea a: mais importante, é um instrumento usado como forma de pressão tentando obter da
parte da administração fiscal uma declaração escrita que indique em que fase esta o processo e a
previsão de decisão. Há dois prazos fundamentais, de 4 meses para o termino do procedimento e o de 6
meses. Este é um prazo supletivo. O prazo do artigo 67º é dez dias, e não oito dias uma vez que isto se
tornou num prazo especial
Alínea b: importante em termos práticos, a partida todas as denuncias feitas ao fisco tem que
estar identificado o denunciante, não pode haver denuncias anónimas. Mas na pratica há na mesma. Mas
a administração fiscal n as identifica e levanta uma investigação. Se houver uma denuncia oficial e se
essa não se vier a confirmar o contribuinte tem o direito a saber quem foi o denunciante, pois existe a
possibilidade de ser indemnizado
Alínea c: concreta situação tributaria, é importante em muitas situações concretas. Se o
contribuinte não tiver a sua situação fiscal legalizada não pode ter acesso a concursos públicos e não
consegue praticar inúmeros atos essenciais. Há uma teia criada para impulsionar o contribuinte a manter
a sua situação fiscal regularizada (até para conseguir a certidão de não divida).
Artigos 104º e ss. CPTA
E se administração fiscal não responder? Aqui não se coloca uma questão de indeferimento tácito.
Exemplo: (A) apresenta uma reclamação e passa 4 meses e passa o prazo de indeferimento tácito mas
mantém-se o dever de pronuncia da administração, obrigação legal de praticar um ato, e responder a um
pedido, ao qual tem o prazo de 10 dias para responder.
Caso passe o prazo e não haja resposta existe um mecanismo previsto no artigo 104º CPTA: que
me da a possibilidade de ir ao tribunal e solicitar que o serviço em causa seja intimado pelo tribunal a
praticar o ato, se não praticar o ato já estamos a falar de uma desobediência judicial. A 1º coisa que o
tribunal faz é enviar a notificação para o serviço em causa que quase sempre imediatamente responde, e
há a desistência do pedido, por falta superveniente de objeto.
Nós temos um prazo de dez dias, mais o prazo de 20 dias para ir para tribunal. Neste caso é um
caso especial, mas se não for um prazo especial não será dez mas sim oito. Nem pode ser antes nem
pode ser depois é um prazo relativamente curto para estarmos a trabalhar.
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Normalmente a administração fiscal perante a notificação do tribunal, responde e notifica o tribunal da sua
resposta. Este geralmente é um processo rápido e eficiente.
O direito á informação não é um direito determinante no sentido de eu conseguir com isto obter a
decisão, mas permite-nos pressionar. Estes mecanismos, por regra, faz com que o contribuinte consiga
obter uma decisão mais rápida que aqueles contribuintes que não usam estes mecanismos
2. DIREITO À FUNDAMENTAÇÃO
A decisão do procedimento é sempre fundamentada de facto e de Direito.
Artigo 268º nº 3 da CRP: relativamente à fundamentação de direito estamos a falar de um
direito consagrado constitucionalmente e é tido como fundamental de estado de direito democrático. A
administração só pode atuar desde que tenha uma lei que o permite e nos termos da lei, e isto permite um
maior controle por parte dos cidadãos, porque podem consultar a lei ao abrigo da qual a administração
atua, uma vez que a lei tem que estar identificada. Ou seja, há portanto, do lado da administração, a
obrigação de identificar a lei ao abrigo da sua atuação. A lei é fundamental, porque permite a analise do
contribuinte. E, por isso, esta fundamentação legal é essencial.
Mas a fundamentação de facto também é importante, o contribuinte tem que perceber com
base no que lhe é dito, a decisão e porquê que as bases legais e de facto resultaram naquela decisão. Ao
ter a obrigação de fundamentar, o próprio autor do ato tem que estudar o ato, e isso obriga também a
uma ponderação do autor relativamente ao ato. Porque muitas vezes nós temos uma ideia, e ao analisar
ficamos com ideia diferente. E, portanto, esta fundamentação é essencial
Quanto à fundamentação acessível este direito fundamental é tão importante, que diz que esta
fundamentação além de ser obrigatória tem que ser acessível de modo a que o cidadão normal percebia.
Para além de preencher os requisitos todos o destinatário normal também tem que perceber o que está
fundamentado, porque nem todos são técnicos.
Artigo 77º da LGT: estabelece as regras relativas ao procedimento tributário. Este é um mecanismo de
decisão por parte da administração há um técnico que faz o pedido, análise e propõe uma decisão e vai a
despacho ao superior e de facto nem todas as decisões tem que ser fundamentadas, e normalmente
segue este mecanismo. A decisão que eu recorro é a decisão final, que é concordo e notifique-se o
contribuinte. Este artigo diz muito pouco sobre a fundamentação em si.
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Falta de notificação da fundamentação:
Artigo 36º nº2): requisitos da notificação
Artigo 37º do CPPT: mecanismo para requerer a falta de notificação da fundamentação. Se a notificação
for omissa quando á fundamentação, eu nesse momento não sei se o que esta em causa é a falta de
fundamentação ou a falta da notificação da fundamentação. Este artigo serve para suprir as faltas de
notificação, quanto aos requisitos do artigo 36º. Perante a falha de notificação eu tenho o mecanismo
deste artigo 37º, eu posso pedir a administração que me notifique do que está em falta, e para isso, por
regra tenho o prazo de 30 dias.
Apesar de ser um direito constitucional, se eu não usar este mecanismo, o vicio da falta de
notificação da fundamentação fica sanado. Se há fundamentação não é o artigo 37º, este artigo serve
apenas para suprir a falta de notificação da fundamentação e não para suprir a falta de fundamentação,
dois níveis a falta da fundamentação insuficiente. Se a fundamentação for feita para responder ao artigo
37º, se for á posteriori, já não é válida, porque esta fundamentação tem sempre que ser contemporânea
do ato.
Meios e prazos de reação (artigo 36º + 37º nº 4): se não consta na notificação eu tenho direito a
requerer os prazos de reação se estes prazos estiverem indicados mas mal, eu tenho sempre a hipótese
de o corrigir.
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dias a administração ainda pode responder e não posso correr esse risco. Eu tenho que descobrir o prazo
que está bom para todos.
Os 20 dias é o prazo para usar a intimação e eu neste prazo tenho 20 dias para ir para tribunal.
Assim tenho o prazo da decisão mais os 20 dias.
Assim sendo, eu tenho que trabalhar com o prazo de 20 dias que termina mais cedo, mas
sempre tendo em atenção ao prazo de oito dias e, portanto, eu não posso apresentar no dia 5 por
exemplo, porque me podem dizer que administração ainda estava dentro de tempo de resposta. Tenho
que jogar com isto, para evitar que se fundamente que foi antes ou depois do prazo.
2 de outubro
4. DIREITO AOS JUROS INDEMNIZATÓRIOS (artigos 43º LGT + artigo 61º CPPT)
5. DIREITO AO PAGAMENTO EM PRESTAÇÕES (artigo 42º LGT + artigo 200º CPT)
A partir do momento em que estão previstos os pressupostos legais, a AT tem a obrigação de
deferir o pagamento.
Normalmente ou pago ou presto garantia, se estou a pagar a prestações tenho que prestar
garantia, artigo 199º CPT. Isto utiliza-se se eu não tiver dinheiro, se eu o tiver este mecanismo não é útil.
Outro mecanismo é se eu não tiver dinheiro nem possibilidade para prestar garantia.
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9 de Outubro
1. RECLAMAÇÃO GRACIOSA:
Objetivo: a anulação total ou parcial dos atos tributários do contribuinte, incluindo, nos termos da
lei, os substitutos e responsáveis. Por regra, o que está em causa é um ato de liquidificação de imposto.
O ato tributário tem subjacente o ato de liquidificação. Anulação total ou parcial, o que muitas vezes
acontece é que um ato pode ter vários fundamentos, e eu posso aceitar um e não aceitar outro. Posso
pedir anulação parcial. Temos que entender aqui contribuinte num sentido amplo, contribuinte ou sujeito
passivo, porque o contribuinte pode não ser o sujeito passivo e pode n ser aquele que tem legitimidade
para reclamar. O mesmo acontece com os responsáveis, para perceber quem te legitimidade para
reclamar.
Regras gerais:
1. Pretende-se que seja um mecanismo fácil para toda e qualquer pessoa;
2. Simplicidade de termos e brevidade das resoluções;
3. Dispensa de formalidades essenciais: as regras têm alguma lógica e, portanto, todas as
reclamações devem obedecer as regras da impugnação. Mas as reclamações são muitas vezes feitas em
folha A4 sem qualquer metodologia. É normal que qualquer contribuinte dispense as formalidades, mas o
professor não nos aconselha enquanto profissionais a não fazer isso, porque muitas vezes quem está do
lado de lá nem entende os pedidos. Isto tem que ser entendido de forma flexível.
4. Inexistência de caso decidido ou resolvido: existe sempre a possibilidade de recurso,
caso decidido ou resolvido porque não é caso julgado, caso decidido é uma decisão da administração que
já não admite recursos.
5. Isenção de custas (cf. artigo 77º do CPPT);
6. Limitação dos meios probatórios à forma documental e aos elementos oficiais de que os
serviços disponham, sem prejuízo do direito de o órgão instrutor ordenar outras diligências
complementares manifestamente indispensáveis à descoberta da verdade material (artigos 58º e 72º da
LGT e artigos 115º a 117º do CPA). Muitas vezes a administração fiscal baseia as suas correções em
elementos oficiais, ara demonstrar que aquilo não era possível. Esta questão já não é admissível, já não á
admissível a limitação dos meios de prova. A lógica que estava subjacente a isto é que isto era um
processo simples que corria no seio das finanças mas isto não é admissível, eu não posso ser limitado
nos meus meios de prova. normalmente é verdade que não se utiliza outro meio de prova para além da
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documental, mas pode haver. Se necessário for pode apresentar outro meio de prova além da
documental.
7. Inexistência do efeito suspensivo, salvo quando for prestada garantia adequada nos
termos do presente Código, a requerimento do contribuinte a apresentar com a petição, no prazo de 10
dias após a notificação para o efeito pelo órgão periférico local competente (artigos 169º e 199º do
CPPT). Ou seja, a reclamação por si só não tem efeito suspensivo, não suspende o processo de
execução com vista á cobrança coerciva. Sentem efeitos suspensivo pressupõe-se que não houve o
pagamento, porque a partir do pagamento já não está em caus efeitos suspensivos. Enquanto eu não
tiver o processo de execução fiscal eu não posso prestar garantias. Para efeitos de reclamação e
impugnação o pagamento nunca significa confissão, eu posso pagar e reclamar.
Órgão periférico local: é o serviço de finanças. Isto já teve mais relevância porque os processos
de execução fiscal demoravam muito tempo a ser instaurados. E esta alineia era uma suspensão
provisória. Hoje em dia, ainda não terminou o prazo de reclamação e já estamos a ser citados, eu já tenho
que apresentar garantia e ainda não apresentei a reclamação. Eu garanto o pagamento, mas eu não
posso suspender o prazo de cobrança se eu não reclamar ou impugnar.
Exemplo: em 9 do 10 sou notificado com uma notificação adicional cujo o termo do prazo para
pagamento voluntario termina em 15 do 11. No dia 16 do 11 é o primeiro dia do prazo para a reclamação.
Por isso é que o pagamento normalmente acontece antes. Impugnação: 3 meses
Reclamação: 120 dias. Na impugnação também se aplica o 279, não é um prazo judicial.
Exemplo1: em 2016 eu declarei 3 milhões de prejuízos. Como eu tive só prejuízos não tenho
imposto apagar. Mas mesmo este ano eu não tendo imposto a pagar, isto vai influenciar os anos
seguintes, os seis nos seguintes. E eu não temo imposto, não pode ser o prazo de pagamento voluntario
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porque eu não tenho prazo para pagar porque não tenho nada a pagar. Mas eu poso querer reclamar e
aqui o prazo de 120 conta-se da notificação e não do prazo de pagamento voluntario
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Regime da responsabilidade tributária: é matéria da responsabilidade tributaria em que pode ser
mandado um terceiro eu n era responsável originário, mediante os pressupostos previstos na lei. Tem que
dar a esses responsáveis a oportunidade de reclamar a esses impostos. Há uma reversão do processo
executivo, que estava a ir contra o devedor originário e passou a ir contra o responsável e neste caso ele
vai ser citado e é a partir da citação que começam a decorrer os prazos todos,
Pagamento por conta: são adiantamentos que os 30 dias a contar do pagamento indevido Artigo 133º nº 2 do
contribuintes fazem no âmbito do IRS. CPPT
O pagamento especial por conta é uma espécie de
coleta mínima, mas a CRP proíbe esta coleta, não se
paga impostos quem não teve coleta, quem só teve
prejuízos.
1 ano (findo os 2 anos) Artigos 22º nº 4 e 44º
Liquidação de IMT paga por ato ou facto translativo de do CIMT
bens que não chegou a verificar-se.
Um dos requisitos para se poder praticar o ato é o
imposto estar pago, mas podem ocorrer problemas e
há dois anos para usar aquela liquidação depois há
um prazo de um ano para a reclamação
120 dias a contar do facto que deu origem Artigo 45º do CIMT
Anulação proporcional do IMT (condição resolutiva ou à condição resolutiva, ao fim de 8 anos já
se der a resolução do contrato) não interessa que haja resolução já não é
possível pedir nenhuma parte do imposto
RECLAMAÇÃO GRACIOSA:
Os prazos contam-se nos termos do artigo 279o do Código Civil (artigo 57o no 3 da LGT
e artigo 20o no 1 do CPPT), isto é, contado em dias seguidos, ressalvando-se apenas que se terminar em
dia de feriado ou de fim de semana transfere-se para o primeiro dia útil seguinte;
No caso de remessa da reclamação graciosa por correio, sob registo, considera-se que
a mesma foi efetuada na data do respetivo registo (artigo 26o no 2 do CPPT);
Local da apresentação: no serviço periférico local da área do domicílio ou sede do
contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação, ou, ainda, por via eletrónica (artigo 70o, nos 6 e 7).
Quando estamos a falar de um procedimento é que vem sempre por contacto, nos outros casos é através
de email. Por regra, é sempre o nosso serviço de finanças, que é aquele onde estamos afetos na nossa
residência, mandado por correio ou por via eletrónica.
As reclamações à partida entram sempre no serviço de finanças;
Caso o requerimento seja apresentado no órgão da Administração Tributaria
incompetente, deve ser enviado para o órgão competente no prazo de quarenta e oito horas, e avisar o
reclamante de que o fez, após a declaração de incompetência, considerando-se o requerimento
apresentado na data do primeiro registo do processo (artigo 61o no o 2 e 3 da LGT; artigos 36o e
seguintes do CPA). Não é quando chega ao serviço competente, a data da entrega é no serviço
incompetente.
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Competência:
A reclamação graciosa é dirigida e decidida pelo órgão periférico regional (direção de
finanças) da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação (artigo 75º
nº 1 do CPPT) (salvo os casos de delegação da competência);
À partida é a direção de finanças que entra a reclamação e esta prepara o processo e
envia para a direção que decide;
Quando o valor do processo não exceda a alçada do tribunal tributário (€ 5,000 €, o
órgão periférico local decidirá o pedido (artigo 73º nº 4 CPPT). Quando a reclamação é sobre uma
bagatela é o próprio serviço de finanças que decide.
Decisão definitiva
Indeferimento expresso:
Recurso hierárquico no prazo de 30 dias a contar da notificação;
Impugnação judicial no prazo de 3 meses dias a contar da notificação, ou no prazo de
30 dias a contar da notificação do indeferimento expresso no caso da reclamação do pagamento por
conta (artigo 133º nº 3 do CPPT);
(Solicitar os elementos em falta, nos termos do artigo 37º do CPPT).
1. Indeferimento tácito:
Recurso hierárquico no prazo de 30 dias a contar do termo do prazo de quatro meses;
Impugnação judicial no prazo de 3 meses a contar do termo do prazo de quatro meses.
Se eu não o utilizar eu posso ficar aguardar o expresso. Isto é uma janela que é dada eu posso ou não
utiliza-la;
Prazos regra: ato de liquidação, findo o prazo de pagamento voluntario, quando do
mesmo resulta um pagamento ou da notificação quando da mesma n resulte imposto a pagar.
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Não confundir a notificação com o ato de ser notificado, aqui está em causa o ato de ser notificado.
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Daqui pode acontecer uma de duas coisas:
120 de reclamação: Indeferimento tácito que opera passado quatro meses a
contar da apresentação da reclamação, quer dizer que ao fim de 4 meses n houve uma decisão e opção
do contribuinte que pode n querer esperar pela decisão expresso, e tem a possibilidade de em trinta dias
socorrer-se do recurso hierárquico ou em três meses da impugnação. Isto é uma janela que se abre para
o contribuinte, não tem que o fazer, pode esperar pela decisão expressa.
3 meses impugnação: eu posso ir logo para tribunal, a n ser nos casos em
que tem que ser reclamação necessária, esta n tem natureza necessária logo só assim é usando esta
previsto expressamente. Aqui pode ser deferido ou indeferido, caso seja indeferido, o contribuinte tem 30
dias para usar do recurso hierárquico e 3 meses para a impugnação judicial.
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16 de Outubro
2. RECURSO HIERÁRQUICO: pressupõe que já exista um ato da administração (artigo 66º e ss.
CPPT).
Objetivo: a anulação de atos tributários praticados pela Administração Tributária, por órgãos
sujeitos aos poderes hierárquicos de outros órgãos, desde que a lei não exclua tal possibilidade (artigo
193º do CPA), nomeadamente, de uma decisão desfavorável aos contribuintes proferida pela
Administração Tributária, em sede de reclamação graciosa.
É dirigido ao mais elevado superior hierárquico do autor do ato (artigo 80º da LGT e artigo 66º nº
2 do CPPT), que será a autoridade com competência para reapreciar o ato – Ministro das Finanças. Mas
é apresentado perante o autor do ato recorrido (artigo 66º nº 2 do CPPT).
O prazo é de 30 dias a contar da notificação do ato ao contribuinte.
Os recursos hierárquicos devem ser decididos no prazo máximo de 60 dias
(indeferimento tácito para efeitos de impugnação judicial).
À semelhança da reclamação graciosa, a decisão sobre o pedido do recurso hierárquico
deve ser precedida da notificação do projeto de decisão e respetivo direito de audição (artigo 60º nº 1 b)
da LGT). Muitas vezes acontece que a administração prescinde do direito de audição, quando ela
entende que os elementos utilizados na notificação são os da reclamação, logo não faz sentido que haja
um direito de audição. No direito fiscal, da decisão do recurso hierárquico haveria a abertura de um nova
prazo para a impugnação judicial.
Em caso de indeferimento do recurso hierárquico:
Ação administrativa (artigo 97º nº 1 alínea p) e nº 2 CPPT, e artigos 50º e ss. CPTA):
segue os tribunais do CPTA, o prazo é trinta dias. Quando o ato tributário em causa não tem subjacente
uma liquidação do imposto estamos perante uma ação administração. Se estivermos perante ato tributário
em que esteja subjacente a liquidação do imposto estamos perante uma impugnação judicial.
Exemplo: recorrer de um pedido de isenção, o diferimento deste pedido não quer dizer que tenha
subjacente um ato de liquidação do imposto.
Exemplo: pedido de isenção do IMI e ele é indeferido – ato relativo ao qual resulta um pedido
meu, pelo que não resulta numa reclamação graciosa. Na sequencia do pedido de indeferimento o que
administração vai fazer será uma liquidação do IMI. Os processos que podem gerar a suspensão não
aparecem a ação administração.
Dentro do mesmo tribunal temos as ações administrativas e as ações fiscais
Impugnação judicial (artigo 97º nº 1 do CPPT). Segue os termos do CPPT. O prazo é
de 10 dias + 15 dias para alegações.
3. REVISÃO DE ATO TRIBUTÁRIO (artigo 78º LGT): a sua importância advém do prazo, quando
todos os outros prazos foram à vida. O pedido de revisão é sempre feito a quem praticou o ato.
O que é que significa reclamação administração quando o que há é reclamação graciosa? Ainda
não existe grandes certezas. A diferença que existe as reclamações é os prazos, mas que não tem
grande relevância. Esta discussão é inócua não interessa para nada, o que interessa é o prazo por
iniciativa da administração. Há muito tempo que a jurisprudência entendeu que o contribuinte pode
suscitar a iniciativa da administração.
Por iniciativa do contribuinte/ por iniciativa da administração fiscal.
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Prazo de 4 anos após liquidação (esta pode ser á posteriori), com fundamento em erro
imputável aos serviços.
Questão autoliquidação (quando se quer reclamar desse próprio ato que eu pratiquei,
isto é vulgar quando se está a falar de IRC).
Prazo de 3 anos, com fundamento em injustiça grave ou notória.
23 de Outubro
A AVALIAÇÃO INDIRECTA DA MATÉRIA COLECTÁVEL (artigo 87º e ss. LGT)
A avaliação direta corresponde ao regime regra que é aquela que é feita com base nas
declarações feitas pelos contribuintes
Regra geral- artigo 81º: a matéria tributável é avaliada diretamente segundo os critérios próprios
de cada tributo, só́ podendo a administração tributaria proceder à avaliação indireta nos casos
expressamente previstos na lei.
método regra: avaliação direta
método exceção: avaliação indireta
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determinação de rendimentos. Não deixa de ser uma avaliação direta, mas n está aqui em causa uma
situação litigiosa. Este não é um elemento para suprir falta de informação ou fraude e evasão fiscal e,
portanto, é diferente de todos os outros.
Alínea b) impossibilidade de comprovação e quantificação direta e exata da matéria
coletável. Este é o regime mais antigo, mas hoje em dia é raramente aplicável, porque hoje em dia a
administração fiscal tem um conhecimento online de tudo e, portanto, não precisa deste instrumento,
todavia tem-no sempre como arma.
Alínea c) isto é letra morta, estamos a falar de um regime excecional e, portanto, só é
aplicável quando estão preenchidos os pressupostos, isto neste artigo nunca foi aprovado e, portanto, não
se pode desviar 30%, porque vamos desviar 30% de quê se aquilo não foi aprovado.
Alínea d) afastamento dos rendimentos declarados face ao rendimento padrão. Isto são
as famosas manifestações de fortuna.
Alínea e) letra morta porque não tem desenvolvimento, não diz acontecendo isto aplica-
se os métodos indiretos, mas não se sabe o que faz. Todavia, este tem importância pratica, porque diz
que se aplica métodos indiretos, mas não diz o que acontece. Se eu tenho prejuízo três anos seguintes
que rendimento é que eu vou fixar? Não diz a frente, não tem desenvolvimento. Mas se tem prejuízo há
três anos seguintes isto dá lugar a uma inspeção que pode dar lugar a correções aritméticas e aqui tem
métodos diretos (não são baseados em presunções), ou através de métodos indiretos, (mas não com
base na alínea dos prejuízos). Este não é usado como método indireto em si diretamente, mas é um
indício de alarme e de inspeção e esta quando ocorre solta-se do que lhe deu origem e vai fazer uma
correção com métodos diretos ou indiretos. Não pode dizer que por ter três anos de prejuízo tem um
rendimento x.
Alínea f) acréscimos de património ou despesa efetuada (incluindo liberalidades) de
valor superior a 100.000€. Qualquer coia que se faça com mais de 100.000€ tem que se justificar isso ou
tem-se um problema. Há pessoas que tem tudo o que fazem da vida toda tem fotocopias para ter prova,
isto é assustador, mas é isto que este regime pressupõe. E isto anda muito rápido, fica resolvido em dois
meses.
Estes três regimes aplicam-se a pessoas singulares e a tendência é ser cada vez mais aplicando
o da alínea f), às pessoas coletivas (IRS) só se aplica alínea b).
O artigo 87º enumera as situações onde é passível os métodos indiretos, agora vamos ver onde
é que se aplica, quando é que acontece a impossibilidade de comprovar diretamente a matéria coletável,
este previsto no artigo 88º (alínea a) remete para o 88º).
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muito mais trabalho para apurar o imposto, normalmente as incidências das inspeções dá-se muito mais
ao cumpridor que ao não cumpridor. Este era o único método que existia que era aplicável as pessoas
singulares que não tinham contabilidade, que já não tem contabilidade organizada as três primeiras
alíneas não são aplicáveis, a única alínea aplicável era esta última.
Assim sendo,
Artigo 87º dá-nos o prossupostos
Artigo 88º dá-nos o regime
Artigo 90º critérios de aplicação do regime: critérios e métodos que adm pode
usar para definir o rendimento por via indireta, presumindo o rendimento através de critérios.
Manifestações de Fortuna (artigo 89º-A alínea b): perante este cenário tão subjetivo, sobretudo no que
respeita as pessoas singulares, há a necessidade da administração utilizar instrumentos. Este regime é
para pessoas singulares, decorrentes da alínea anteriormente analisada- alínea a)- que é altamente
subjetiva.
Estes rendimentos vão para a categoria de incrementos patrimoniais não justificados (artigo 9º
alínea d). Nós neste regime temos três coisas, os bens e os valores, e só se aplica a estes bens e estes
valores.
Imoveis - 20% valor aquisição. Só pode comprar imoveis de 250.000€ quem ganha
esses valores nesse ano, isso não é assim. Por isso há o rendimento padrão.
Automóveis, motociclos - 50% valor no ano de matrícula
Barcos de recreio – 100% valor no ano de registo
Aeronaves – 100% valor no ano de registo
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são empréstimos de dinheiro à sociedade pelos sócios. Os suprimentos elevados podem evidenciar fuga ao imposto.
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Suprimentos/ Empréstimos – 50% valor mutuado
Transferências offshore – 100% dos montantes transferidos
30 de Outubro
Casos (principais) em que é possível a Avaliação Indireta (artigo 87º)
Impossibilidade de comprovação e quantificação direta e exata da matéria coletável
(alínea b). Este regime é o único aplicável em sede de IRS, aplica-se a empresas e a pessoas singulares
pela dificuldade a aplicar a pessoas singulares foi criado o segundo e mais tarde o terceiro, não existe
manifestações de fortuna em empresas.
Afastamento dos rendimentos declarados face ao rendimento padrão (alínea d).
Acréscimos de património ou despesa efetuada (incluindo liberalidades) de valor
superior a 100.000€ (alínea f).
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+ artigo 90º critérios
A administração tem que fazer esta prova, tem que demonstrar que não existe elementos de
contabilidade e que há recusa. Caso contrário, se não tiverem preenchidos estes pressupostos o
processo morre aí e todo o procedimento posterior não é apreciado. Na eventualidade do tribunal
considerar que administração fiscal consegui demostrar que os pressupostos se verificaram entramos
noutra fase. A administração fiscal demonstrou os métodos indiretos, que a empresa não tem
contabilidade, mas isto por si só não se prova nada. Qual é a consequência da aplicação do regime, não
interessa para nada dizer que se aplica sem saber o quê que se aplica e, portanto, a consequência de
aplicação do regime são os critérios do artigo 90º em que a administração fiscal vai presumir um
rendimento, parte de factos conhecidos para apurar factos conhecidos. Se a administração fiscal
conseguir fazer esta prova inverte-se o ónus da prova é o contribuinte que tem que provar a quantificação
excessiva.
Faltar a declaração de rendimentos: esta falta não é suficiente, o individuo pode justificar-
se. Ou
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Declarar rendimentos que mostrem uma desproporção superior a 30%, para menos, em
relação ao rendimento padrão: num 1º momento o rendimento padrão vai me servir como referência para
perceber se há um desvio, proporção para menos do rendimento padrão, é assim um elemento para eu
verificar se estão ou não verificados a aplicação do regime. E
Não demonstrar que os rendimentos declarados correspondem à realidade OU
É outra a fonte: a posteriori a administração fiscal pergunta ao contribuinte como justifica
esta falta.
A administração fiscal tem que demonstrar que foi adquirido um bem, depois tem que verificar se
para alem daqueles bens se preencha cumulativamente um requisito, não ter sido entregue a declaração
de rendimentos, e é dada oportunidade ao individuo para se justificar. Assim sendo, vai ser com base no
rendimento padrão que se vai ser classificado o rendimento presumido.
O que se pretende é fixar um rendimento ao contribuinte de forma indireta, porque o real não
corresponde. Portanto a finalidade é sempre esta.
Exemplo: Eu compro um imóvel por 500.000. O rendimento Padrão: 500.000 + 0.2= 100.000 este
é o rendimento Padrão. Eu posso ter comprado este imóvel e não ter declarado e, portanto, preenche o
requisito ou há uma desproporção para menos de 30%, não pode ser inferior a 70.000. Se eu declarar
menos de 70.000 tenho uma desproporção de 30% e, portanto, estou suscetível que se me aplique o
regime.
Uma vez justificado isto, é dada a possibilidade ao contribuinte pra se justificar, por exemplo,
ganhou o euro milhões, vendeu um terreno e comprou outro. Se o contribuinte não conseguir, o fisco
entende que ele não fez prova para a justificar então o rendimento que vai lhe ser aplicado é a diferença
entre o rendimento padrão e o rendimento declarado. Assim, o rendimento padrão era: 100.000; ele
declarou: 30.000 então será imputada ao contribuinte a diferença, é o rendimento injustificado, 70.000.
Assim sendo o rendimento padrão serve para fixar rendimento presumido.
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Este regime é uma evolução, da aplicação da tabela das manifestações de fortuna. Não nos
podemos esquecer que os propósitos destes regimes é apanhar rendimentos não declarados.
Pressupostos de que depende a sua aplicação:
Acréscimo de património (incluindo liberalidades) superiores a 100.000€ E
Falta de declaração OU
Divergência não justificada
Tudo o que faça de valor 100.000€ ou mais ao qual não se apresente declaração aplica-se este
regime de métodos indiretos.
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administração fiscal não consiga fazer a prova, situação de duvida de fundada, quando se trate de
inexistência e recusa aqui n se considera que haja duvida fundada, ou seja, se administração não
conseguir fazer prova que não existe contabilidade, mas não o fazendo não tendo sido a contabilidade
apresentada , então esta preenchido o requisito.
Existem três regimes de meios indiretos, o mais antigo tem um regime próprio, e os mais
recentes tem efeito suspensivo.
No que respeita ao regime normal nos vamos contestar é da liquidação, aqui nos vamos
contestar o valor presumido. Portanto, o efeito suspensivo, o que se suspende é o processo de
liquidação.
Eu tenho que aguardar que venha a liquidação de imposto e é desta que eu vou atacar- no
regime geral.
Nos métodos indiretos o que eu vou atacar é a fixação dos meios presuntivos e fica suspenso a
liquidação, ou seja, o apuramento de imposto e, portanto. eu aqui não presto garantia, porque eu ainda
não tenho nada para pagar, ainda não foi apurado o montante a pagar logo eu não podia pagar garantia
por um valor que nem sei qual é- regimes de meios indiretos.
Funcionamento do procedimento:
1. Pedido de revisão da matéria coletável (artigo 91º e ss. LGT):
Objetivo: tentar obter acordo sobre o valor da matéria coletável fixada com
recurso a métodos indiretos.
Prazo: 30 dias após a notificação do relatório definitivo que fixa a matéria coletável
(necessidade de indicar perito).
Um relatório já fundamentado e tenho duas hipóteses ou nomeio um perito
independente, ou este é nomeado pela administração fiscal, ou tenho um perito de contribuinte
Efeito suspensivo da liquidação.
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Possibilidade de nomear perito independente (tem custos, mas pode ser relevante para
evitar custos com garantia). Se por ventura não houver acordo, mas o perito independente tiver de acordo
com o perito contribuinte eu depois posso não pagar custos de garantia.
Consiste num debate contraditório onde se tenta chegar acordo quanto ao montante da
matéria coletável. Normalmente quando chega a este debate, o acordo tem valores muito baixos.
Artigo 89º nº7: efeito suspensivo da liquidação, porque ainda estamos a discutir a matéria coletável.
Artigo 146º b) do CPPT: recurso ao acesso das informações bancarias. Um regime técnico como este e
permite-se que o contribuinte normal apresente no prazo de dez dias e vem dizer que não precisa de
advogado. A prova só pode ser documento, isto já foi considerado inconstitucional porque se limita os
meios de prova no entanto isto continua na lei, então se for o contribuinte não sabe isto tem dez dias
depois da decisão que pode arruinar uma pessoa que neste prazo pode não conseguir a prova, exemplo:
herança de há vinte anos, e o banco demora imenso tempo a dar resposta, e tem que tirar estes
documentos todos em 15 dias.
No processo crime há um levantamento do sigilo bancário obrigatório.
6 de Novembro
O processo tributário. O processo tributário compreende, nomeadamente:
Impugnação judicial- é o processo por excelência do dto fiscal. Este segue as regras do
CPPT
Ação administrativa- é igualmente importante no dto fiscal. Quando estamos perante um
ato tributário que não consista na liquidação do imposto o meio processual próprio é a ação administrativa
e não a impugnação judicial. Segue as regras do CPTA.
Intimação para um comportamento- não confundir esta com a intimação para passagem
de certidão.
Oposição à execução e a reclamação do ato do órgão de execução- estes processos
têm caráter de urgência. Daí a necessidade de criar tribunais de competência especializada
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Para estudar 1º teste- Notificação por carta que registada que foi devolvida. Quando a notificação é por
carta registada com aviso de receção e se for devolvida ou njao for levantada é preciso repeti-la. Na carta
registada presume-se que ele foi notificada
Para que haja a presunção na carta registada a carta não pode ter vindo devolvida. Se a carta foi
devolvida não se presume notificado ao fim do 3 dia. Era preciso repeti-la. Só houve uma tentativa de
notificação e ela vem para trás considera-se que não estava notificado.
A administra fiscal tem primeiro o ónus da prova que respeitou a perfeição da notificação. Uma vez
demonstrado este ónus o contribuinte pode ilidir esta presunção fazendo a prova de que não foi
notificado, por ex invocar que já tinha alterado a sua morada.
Então se houve uma falha do procedimento, a adminstr pode retomar o procedimento fazendo nova
liquidação de imposto? É preciso ter em conta a questão da caducidade, porque há caducidade. A admins
tem 4 anos a contar do facto gerador para proceder à liquidação de imposto. No caso em concreto já
tinham passado 9 anos.
E será que já prescreveu? Não esta em causa num primeiro a prescrição mas sim a caducidade, o dto
deixa de ser exigível (a caducidade não extingue a obrigação só a torna inexigível). Havendo pagamento
nunca há prescrição.
Impugnação judicial:
A ligação umbilical entre a reclamação e a impugnação é fortíssima.
A impugnação pode surgir diretamente do ato da liquidação em que eu prescindo de ir para a reclamação
e vou logo para a via judicial.
O que queremos é obter a invalidade total ou imparcial. O ato tributário é divisível e por isso não torna
tudo ilegal- pode haver uma anulação parcial que o remanescente do ato continua válido.
Quanto aos fundamentos da impugnação são os mesmos da reclamação. Estes fundamentos que
constam do art.º 99º do CPPT são meramente indicativos.
A impugnação judicial deve ser apresentada no serviço de finanças ou no tribunal
Nos processos fiscais não existe audiência em julgamento. As alegações são por escrito e por isso
entrega-se a petição inicial, na sequência o juiz recebe e verifica se não há nada que obste ao
conhecimento e notifica a fazenda pública para apresentar a contestação.
A administração fiscal pode revogar a decisão. Vai na sequência da petição inicial e podem anular aqui a
liquidação. Vamos ao tribunal pedir que o juiz considere que houve inutilidade superveniente da lide.
Uma vez recebido isto pode haver aqui a produção de prova. Na maior parte das vezes não há
testemunhas. A produção de prova é documental. Terminando isto dão-se as alegações e o que acontece
na maior parte das vezes nas alegações não se vem acrescentar nada do que aquilo que já dizia na
petição inicial.
Nós temos o representante da fazenda pública e o MP para garantir a legalidade.
Ver art. 114º a 120º do CPPT
Se não houver lugar a produção de prova há lugar ao conhecimento imediato do pedido.
Finda a inquirição as partes são notificadas para apresentar alegações por escrito, não há alegações
orais.
20 de Novembro
Artigo 97º CPPT- contém os vários tipos de processos tributários mas não é de forma
exaustiva
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Artigo 97ºA CPPT- importante sobretudo por causa da taxa de justiça e em termos de
alçada por causa do recurso
A matéria coletável é por regra superior ao imposto.
Artigo 99º CPPT- é meramente exemplificativo
Só utilizamos a impugnação judicial quando há liquidação de imposto. Quando não há utilizamos
a ação administrativa.
Artigo 101º CPPT- arguição subsidiária de vícios
Artigo 102º- antigamente a regra é que se podia apresentar no serviço de finanças ou
no tribunal
Artigo 104º cumulação de pedidos
Artigo 102º nº1 b) do CPPT- Da liquidação não resulta imposto a pagar.
c)- a citação é o ato através do qual se dá conhecimento que foi instaurado processo de
execução. A situação mais vulgar onde a partir da citação se vai atacar o imposto acontece nas
reversões.
Situações especiais de impugnação: o primeiro é a impugnação no caso de autoliquidação. É quando é o
próprio contribuinte a fazer a liquidação do imposto. No caso do IRC, os contribuintes calculam o imposto
a pagar e junto com a declaração já entregam o imposto. Deste nº1 temos duas situações: tem natureza
de reclamação necessária e por isso não se pode ir para impugnação direta e tem um prazo de dois anos
da apresentação.
27 de Novembro
PROCESSO TRIBUTÁRIO:
Impugnação judicial (artigo 99º e ss. CPPT); é o meio impugnatório por excelência no
ambito do processo, é o meio característico e clássico para impugnar as liquidações. O nº 2 do art.º 99
remete-nos para as normas de CPTA
Ação administrativa (artigo 46º e ss. CPTA ex vi 97º, nº 2 CPPT);
Intimação para um comportamento (artigo 146º CPPT e 104º e ss. CPTA;
Oposição à execução (artigo. 203º e ss. CPPT);
Reclamação do ato do órgão de execução (artigo. 276º e ss. CPPT).
Estamos aqui perante meios próprios e regimes próprios com normas próprias!
Atenção a retenção na fonte que também tem um regime próprio e tmb é autoliquidação, mas neste caso
dentro dos regimes especiais de autoliquidação um especialíssimo. E o mesmo procede em relação aos
pagamentos por conta em sede de IRC.
Art.º 134 CPPT: este atos são sobretudo relativos aos impostos sobre o património, em que há uma
fixação de valor patrimonial.
Ex.: no caso do IMI que é relevante porque é neste código que estão as regras para fixar o valor
patrimonial.
O legislador estabelece uma medida anti abuso:
Ex.: VPT – valor patrimonial tributário de 100.000, a fixação deste valor condiciona tudo, o valor declarado
ou o que for superior ao VPT, ou seja, ara calcular as mais valias ou é o valor declarado ou é o VPT
VPT
29
É uma avaliação
temos aqui uma reclamação, e depois da primeira avaliação temos 30 dias para pedir a segunda
avaliação, sendo certo que esta segunda avaliação é necessária.
A segunda avaliação que eu posso pedir já tem subjacente o valor de mercado que tem efeitos a nível de
IMT.
O que sucede aqui é que vamos ter o valor do mercado para apurar o IMI e outro valor para apurar o IMI
através do valor dado pelo VPT, que mais não é que uma formula.
Para efeitos de IMT valor real
Para efeitos de IMI VPT, que é uma valor apurado através de uma formula
Só depois de passar isto tudo é que eu posso ir para a impugnação de ato de fixação dos valores
patrimoniais, art.º 134 CPPT
Ação para o reconhecimento de um dt ou interesse legetimo em matéria tributaria, art.º 145 CPPT; esta
ação é subsidiária porque só é aplicável nos termos do nº 3, ou seja, um dos pressupostos para aplicar
esta ação é e demonstrar que n existe uma outra ação que prossiga os interesses que eu quero
prosseguir com esta ação
Esta ação pode ter interesse quando por exemplo:
Ex.:
Em dto fiscal temos situações periódicas que se prolongam ao longo do tempo
Por vezes a adm vem corrigir
E eu sou confrontado com esta situação, eu já sei que eles n concordam com a situação e eu vou
contestar mas esta ação vai durar anos e durante esses anos eu vou conseguir a proceder dessa forma?
Vou ter que atacar o IMI para o resto da minha vida ?
normalmente este tipo de ação é adequado para este tipo de situações de prestação continuada, para
evitar que se fique numa situação de litigio ad eterno.
Esta ação tem esses interesse, para que eu possa intentar ação de modo a que se reconheça naquela
ação o direito, de uma vez por todas e evitar ficar na situação de litigio ad eterno
Intimação para consulta de documentos e passagem de certidão não se confunde com a intimação para
um comportamento, porque este aplica-se naqueles casos em que eu já tenho um dto definido mas adm n
pratica o ato
Ex.:
A esta a espera do reembolso do IRS
Mas a adm ainda n definiu a situação
Enquanto n tiver definido o valor eu n posso ir para este mecanismo
Mas se adm já definiu o valor e portanto o dto esta definido e neste cado pode-se recorrer á intimação
para um comportamento, eu vou pedir ao tribunal em causa para intimar a adm a ter um comportamento.
Aqui tem que ter um dto definido e obrigatório por lei, isto significa que estamos perante um pressuposto
processual e só se pode requerer esta intimação temos que demonstrar que a situação esta definida. Se
eu n definir este pressuposto, se não instruir a peça o juiz pode abster-se de julgar ou pode convidar ao
aperfeiçoamento
Eu aqui n estou perante uma execução de julgado e portanto n tenho que ter uma ação a dizer.
Tem sofrido aqui varias alterações e é preciso antes de mais perceber a logica e natureza do processo
para perceber os instrumentos e a forma de agir
O processo de execução é de tutela judicial mas ao longo dos tempos tem se retirado isto dos tribunais.
O processo corre no serviço de finanças, o processo de execução fiscal, que só tem uma finalidade, a
cobrança e se n houver nada para cobrar o processo extingue-se. Assim os meios de defesa
apresentados, são apenso ao processo de execução fiscal e portanto se o processo foi extinto por
pagamento todos os meios de defesa também se extinguem
O processo de execução so tem em vista a cobrança n tem e vista a legalidade do ato.
Numa sequencia de uma liquidação adicional em que eu sou not para pagar 5.000
Isto da origem a muitas coisas
A mesma liquidação deu origem a notificação daqui vai dar. Origem aos meios de impugnação judicial ou
graciosa. Aqui esta em causa o ato.
30
O processo de execução fiscal apesar de ter a mesmo origem é um processo autónomo, e obviamente
que se pagarmos dentro do prazo, o que não impede de reclamar mas impede o nascimento desta ação
executória
Nota-se: a garantia serve para suspender o processo de execução e ao suspender este processo tem por
consequência que suspende todos os meios de cobrança coerciva.
E para suspender o processo é necessário que este já tenha começado. E esses atos de garantia tem
haver com o processo de execução, sendo certo que é aqui que eu a vou apresentar.
Claro que eu só posso apresentar garantia e suspender o processo de execução se atacar a divida, n se
apresenta garantia se eu não for reclamar a divida.
Nota: eu n tenho dinheiro para apagar o que é que eu vou fazer? atacar divida mesmo que saiba que n
vou ganhar, mas aqui o objetivo é ganhar tempo.
O processo de execução fiscal tem uma característica que o torna dificílimo, art.º 103 nº1 LGT
Art.º 103 nº1: apesar deste processo correr nos erviço de finanças tem natureza judicial e se tem natureza
judicial toda a logica e distinta, porque já não é um procedimento, é um processo, porém é praticado pela
adm
O meio por excelência de impugnação judicial é a oposição á execução, que tem subjacente um pp base
que se traduz na não discussão da ilegalidade da divida, eu aqui, por regra, n ataco a ilegalidade da
divida em concreto, n ser que n tenha sido dada oportunidade de reclamar a ilegalidade da divida em
momento anterior, mas por regra em fiscal isso n acontece.
Na oposição á execução os fundamentos são taxativos :art.º 204, o artigo é muito claro, a oposição só
pode ter algum dos fundamentos previstos neste artigo, e portanto isto é um pressuposto, o adv tem
que demonstrar que cai numa destas alíneas, o pedido tem eu estar enquadrado numa desta alíneas, sob
pena de indeferimento liminar
4 de Dezembro
Artigo 115º: competência dos tribunais
Artigo 103º nº1: o processo de execução fiscal tem natureza judicial, processo que
decorre no serviço de finanças mas tem natureza judicial e por isso todas as regras do procedimento n se
aplicam, n se aplica o recurso hierárquico nem a reclamação graciosa.
Do mesmo órgão saem atos com natureza de procedimento e atos com natureza judicial, consoante a
natureza é que se sabe a lei que se aplica.
Artigo 162º e ss: começa aqui o processo fiscal
É sempre o título que permite a instauração do processo fiscal, e como tal é o inicio do processo fiscal
Antes de mais temos que apreciar o título executivo e ver se preenche os requisitos art.º 163
Tem mts particularidades no âmbito da reversão
Medida de cobrança coerciva aplicamos sempre subsidiariamente o CPC (regras relativas a penhor de
créditos)
Nota: n confundir penhora com penhor, a penhora é uma apreensão judicial, a penhor garantia, medida
cautelar, n sujeitos a registo.
O bem esta penhorado e serve como garantia para suspender o ato fiscal e o que suspende é o ato
seguinte, a venda em asta publica
O processo de execução fiscal é uma consequência de ter um titulo executivo, é com o titulo executivo
que começa
31
Artigo 203º nº1: a citação é o meio pelo qual eu sou informado que foi interposta contra
mim um processo de execução fiscal
Eu n reajo contra. A penhora através da oposição, se eu n tiver sido citado o prazo de 30 dias começa a
contar a partir da penhora, mas n se usa a oposição para atacar a apenhora, para atacar a penhora eu
tenho meios próprios
a. Ilegalidade em abstrato, esta aqui em causa a ilegalidade da lei com base na qual se
tenta cobrar um imposto, n é ilegalidade da atuação mas a ilegalidade da lei
Ex.: taxas cobradas pelo municípios a a operadores em que se discute se as taxas em si são
legais, n se trata de discutir se foi na altura certa, o que estamos a discutir é a lei que suporta a liquidação
e n a própria liquidação
Se eu conseguir invocar que a taxa viola o dto da EU é esta alínea que eu vou invocar
c. N ocorre muito na pratica. Temos que ir ao titulo executivo, mas a falsidade deste n é
comum
i. N é comum na pratica, mas pode existir desde que se demostre que n é um fundamento
que se entrega nas outras alíneas, a prova tem que ser por documento
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Todas as garantias dos meios executórios no âmbito fiscal são apresentados no serviço de finanças
O serviço de finanças é que depois de instruído o processo envia o processo para o tribunal
A adm fiscal centralizou o processo fiscal ao nível informático e isto permitiu o maior controlo das
cobranças. O PF esta controlado e fiscalizado
Os prazos de oposição são os prazos judicias, a impugnação segui o art.º 279 do CC, como o 20 nº 1 d
CPPT refere.
A oposição é nos termos do CPC, o prazo de oposição suspende-se durante as férias judiais, retoma
onde estava quando terminam aas férias
Artigo 276º: Entramos aqui no outro meio impugnatório por excelência do processo de execução fiscal:
REC (reclamações dos atos dos órgãos de execução)
É tudo o que n seja oposição á execução, temos a posição á execução e tudo o resto são as REC
Prazo de dez dias, é o instrumento através do qual atacamos tudo de execução fiscal que n seja atacável
pela oposição, por exemplo as penhoras, REC
Penhoras em julho corre sempre o prazo, porque estamos perante um processo urgente e isto esta aliado
á notificação eletrónica, não há paragens
11 de Dezembro
18 de Dezembro
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