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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1. FERRAMENTAS DE ANÁLISE ECONÔMICA .................................................... 5
1.1. Microeconomia x Macroeconomia .............................................................. 6
1.2. Custo de Oportunidade ............................................................................... 7
1.3. Equilíbrio de Mercado: Lei da Oferta e da Demanda................................. 7
1.4. Elasticidade-Preço da Demanda e da Oferta ............................................. 9
1.5. Conceitos de Inflação e Deflação ............................................................. 11
1.6. A Influência do Câmbio na Inflação .......................................................... 12
1.7. Flutuação Cambial ..................................................................................... 13
1.8. Balanço de Pagamentos ............................................................................ 16
2. INDICADORES ECONÔMICOS ........................................................................ 19
2.1. Produto Interno Bruto (PIB) ...................................................................... 19
2.2. Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)...................................... 20
2.3. Índice Geral de Preços (IGP) ..................................................................... 22
2.4. Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) ........................... 23
2.5. Certificado de Depósitos Interbancários (CDI) ........................................ 26
3. PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .......................................... 28
3.1. O Administrador Financeiro ...................................................................... 29
3.2. Tipos de Sociedades Empresariais .......................................................... 31
3.3. Governança Corporativa ........................................................................... 33
4. ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ....................................................................... 36
4.1. Fatores de Decisão .................................................................................... 36
4.1.1. Rentabilidade ......................................................................................... 37
4.1.2. Liquidez ................................................................................................. 38
4.1.3. Risco ...................................................................................................... 39
4.2. Métodos de Análise.................................................................................... 41
4.2.1. Payback Simples ................................................................................... 41
4.2.2. Valor Presente Líquido (VPL) ................................................................ 42
4.2.3. Taxa Interna de Retorno (TIR) ............................................................... 43
4.2.4. Payback Descontado ............................................................................. 44
4.2.5. Break Even Point ................................................................................... 47
5. TIPOS DE INVESTIMENTOS ............................................................................ 49
5.1. Benchmark.................................................................................................. 50
5.2. Renda Fixa .................................................................................................. 50
5.3. Renda Variável ........................................................................................... 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 53
INTRODUÇÃO
O autor reconhece que não será possível abranger tudo o que engloba a economia,
porém destaca que os pontos de discussão escolhidos deverão trazer os
conhecimentos necessários para facilitar as decisões cotidianas de cada um.
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1. FERRAMENTAS DE ANÁLISE ECONÔMICA
Fonte:https://www.shutterstock.com/
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estudo. Inicialmente, este campo de estudo é dividido em duas partes: microeconomia
e macroeconomia.
Embora descrito nos prefixos de ambas as palavras os termos “micro” e “macro”, que
sugerem que a microeconomia atua em pequenos mercados, enquanto a macro atua
nos grandes mercados, as divergências entre micro e macroeconomia são mais
amplas.
Por sua vez, a demanda é definida pelo consumidor. Ela é a quantidade de produtos
ou serviços pelos quais os consumidores têm interesse em comprar. Evidentemente,
essa procura será influenciada pelo preço do produto, mas também será motivada
pelo poder aquisitivo das pessoas, a existência de concorrência daquele produto, as
necessidades, entre outros.
Fonte: https://br.depositphotos.com/
De modo geral, podemos dizer que no ponto “E”, o preço de um determinado produto
não está muito alto nem muito baixo, agradando a quem compra e também a quem
8
produz. Por exemplo, um aparelho de celular vendido a R$ 50,00 pode ser um
excelente negócio para o consumidor, mas pode não ser um bom negócio para o
produtor, por isso a curva entre oferta e demanda não representará equilíbrio. Quando
o negócio for bom para as duas partes, a curva estará equilibrada.
Por exemplo: o preço do quilo do arroz subiu 10% enquanto sua demanda diminuiu
20%, temos:
Elasticidade-Preço da Demanda = 20
10
Logo, a elasticidade-preço da demanda será = 2. Assim, pode-se dizer que para cada
variação de 1% no preço, a quantidade demandada variará em 2%.
Como exemplo contrário, temos: o preço do arroz era de R$ 20,00 e caiu para R$
16,00 enquanto a demanda saiu de 30 para 39.
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Calculando a variação da demanda:
Logo, podemos dizer para cada 1% de variação no preço, a demanda varia em 1,5
vezes. Isto é, se o preço tivesse diminuído 5%, a demanda teria aumentado 7,5%.
Como diminuiu 20%, a demanda aumentou 30% (20% x 1,5).
Podemos dividir a elasticidade em 3 grandes categorias:
Suponhamos que uma mesa é vendida por R$ 200,00 e, por esse preço, 100 unidades
são ofertadas no mercado. Quando o preço aumenta para R$ 250,00, são ofertadas
150 unidades no mercado. Vamos calcular a sensibilidade dos preços:
10
Calculando a variação de preço:
Neste caso, podemos dizer que, pra cada 1% de aumento no preço, há um aumento
de 2% na quantidade ofertada.
Na economia de um país, é comum acontecerem variações nos preços por conta dos
movimentos entre a oferta e a demanda dos seus bens e serviços. Essas variações
são normais devido aos inúmeros fatores que podem influenciar as movimentações
desta curva entre demanda e oferta.
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ocasional, pode ocorrer durante um período e depois se estagnar, o que pode fazer o
nível dos preços subir de patamar.
A deflação atua de forma inversa a inflação, isto é, ao invés de representar o aumento
dos preços, representa a queda nos preços. Normalmente, pensando de forma
individual, sempre será interessante que o preço do arroz e do feijão, por exemplo,
estejam baixos. Entretanto, as causas da deflação normalmente são promovidas por
maus momentos econômicos do país.
Os preços caem em situações onde sobra mercadoria e falta consumidor com poder
aquisitivo para comprá-la. Como não se consegue vender os produtos como
anteriormente, as empresas se veem obrigadas a reduzir ainda mais os preços.
Consequentemente, com a diminuição dos preços, as empresas precisam manter sua
lucratividade e por isso diminuem sua produtividade e demite os funcionários.
Em um grande país como o Brasil, estão presentes em sua economia bens e serviços
domésticos, ou seja, bens que não são comercializados internacionalmente, e,
também, bens internacionais, isto é, aqueles em que seus preços são formados por
mercados externos.
A equação utilizada para conversão direta do valor do bem internacional para a moeda
brasileira é:
O petróleo, por exemplo, tem cotação internacional em dólar e seu preço de venda
praticado no Brasil é idêntico ao seu preço em dólar, multiplicando a taxa de câmbio.
Supondo que em determinado momento a cotação do petróleo seja US$ 30,00 e US$
1,00 equivalha a R$ 3,00, o barril de petróleo custará R$ 90,00. Caso a cotação mude
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de R$ 3,00/US$ para R$ 4,00/US$, o barril passará a custar R$ 120,00, ou seja, um
aumento de R$ 30,00.
Portanto, pudemos perceber o quão importante é a taxa de câmbio, já que ela está
presente nas transações do mercado internacional. Entretanto, eis a questão que
1Câmbio Flutuante: Sistema adotado pelo Brasil, onde quem estabelece a taxa de câmbio entre uma
moeda e outra é o mercado, não é uma taxa fixada.
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muito nos perguntamos: o que faz a taxa de câmbio oscilar? Ou melhor, o que faz
uma moeda se valorizar ou desvalorizar ante outra?
Fonte: https://www.shutterstock.com/
Outra vez recaímos sobre a questão da oferta e da demanda, isto é, quanto maior for
o interesse na troca do real pelo dólar, mais caro será o dólar, e vice-versa. Desta
forma, existem diversas razões, internas e externas, que podem fazer o real oscilar
entre subida e queda. Isto vale para qualquer moeda.
Como podemos ver, em janeiro, quem desejasse comprar 1 dólar utilizando a moeda
brasileira, o real, precisaria desembolsar 3,17930, ao passo que a mesma compra em
dezembro do mesmo ano custaria 3,87500, ou seja, uma variação de 0,69570 reais.
Essa variação nos permite dizer que o real se desvalorizou frente ao dólar, pois em
dezembro precisa de mais reais para se comprar 1 dólar. Além disso, evidentemente,
podemos dizer que o dólar se valorizou frente ao real.
Ainda, a oscilação acima nos permite dizer que a valorização do dólar frente ao
favorece as exportações (vendas) do país. Isto porque, quando o país exporta mais,
recebe como forma de pagamento a moeda estrangeira, que poderá ser utilizada para
pagar as importações, que são as compras feitas pelo país no mercado estrangeiro.
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valorização do real frente ao dólar favorece as importações (compras) do país, já que
fará o país comprar mais do que compraria se a cotação do dólar estivesse maior.
Fonte: http://5gs.com.br/
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Podemos estruturar o Balanço de Pagamentos da seguinte maneira:
O resultado das transações correntes é a soma dos resultados de cada uma das
transações correntes. Quando esta soma resulta em valores positivos, podemos
destacar algumas possibilidades (somadas ou não):
Por exemplo: supondo que, em milhões, o PIB dos EUA sejam 100 e que o saldo entre
suas exportações e importações seja de 10 milhões negativos, ainda, que os demais
tipos de transações correntes estejam zerados. Neste caso o saldo do balanço de
pagamentos dos EUA é negativo (o que já acontece há anos). Isso pode significar que
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o nível de consumo e investimento doméstico do país é maior do que sua produção,
isto é, maior do que seu Produto Interno Bruto (PIB).
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2. INDICADORES ECONÔMICOS
Por isso, torna-se relevante que a composição do PIB seja embasada pelo cálculo
real, onde excluem-se os efeitos advindos da inflação.
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Fonte: Dados do site do IBGE. Gráfico elaborado pelo autor.
Já em relação aos bens que compõem o IPCA, estão entre eles: alimentação e
bebidas, artigos de residência, comunicação despesas pessoais, educação habitação,
saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário. Para cada uma das categorias,
há um peso, ou seja, um item é mais relevante do que o outro.
Todos os dados são coletados nas principais regiões metropolitanas do Brasil, tais
como: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador,
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Curitiba, Goiânia e Distrito Federal. Como no peso por categoria, a mesma
segregação é feita por peso de cada região.
O controle da meta de inflação é feito pelo índice oficialmente escolhido pelo Conselho
Monetário Nacional, o IPCA.
Em 2018, por exemplo, a meta da inflação definida pelo governo foi de 4,5%, tendo
como limite máximo de tolerância 1,5% para mais ou para menos, o que significa que
o governo reconheceria como aceitável uma inflação acumulada entre 3% e 6%. O
resultado da inflação neste período esteve dentro da meta estipulada, 3,75%. Vejamos
a seguir o resultado da inflação ano a ano desde 2000:
O IGP-DI começou a ser divulgado durante o ano de 1947, apesar de estar disponível
em sua série histórica dados retroativos a 1944. Ao longo do tempo, o IGP-DI integrou
novos componentes a sua composição, são eles: o Índice Nacional de Custo da
Construção (INCC), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice de Preços por
Atacado (IPA). Os três se juntaram ao IGP-DI para agregar detalhes às pesquisas
sobre inflação. Em ordem de relevância, temos:
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
-5%
2011
2006
2010
2014
2018
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2007
2008
2009
2012
2013
2015
2016
2017
IGP-DI IPCA
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Fonte: http://5gs.com.br/
A atuação do Selic é especificamente ligada aos títulos do Tesouro Direto, que são
emitidos pelo Tesouro Nacional como uma forma de captação de recursos. Estes
títulos praticamente não contemplam riscos ao investidor que os adquire, já que as
chances de o governo federal não honrar com o compromisso de pagá-los com a
devida correção são ínfimas.
Sob outra ótica, a taxa Selic Meta é aquela que sempre ouvimos nos noticiários. É
uma ferramenta importante de controle da inflação e, com base nela que os bancos
determinam a taxa de juros dos empréstimos diários entre eles. Divulgada pelo Comitê
de Política Monetária (Copom) através de reunião de seus membros a cada 45 dias,
a taxa Selic Meta pode ser um fator de estímulo ou enfraquecimento da inflação, isto
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porque o seu crescimento ajuda a reduzir a inflação, enquanto sua redução facilita o
aumento da inflação.
Por outro lado, quando a taxa básica de juros da economia está baixa, ocorre a
situação inversa, ou seja, financiamentos imobiliários, de veículos e taxas de cartão
de crédito diminuem, estimulando o consumo das famílias e o inevitável crescimento
dos preços.
Vejamos a seguir o resultado das reuniões do Copom entre janeiro de 2013 até
dezembro de 2018:
Data Reunião Selic Meta Data Reunião Selic Meta Data Reunião Selic Meta
12/12/2018 6,50 30/11/2016 13,75 03/12/2014 11,75
31/10/2018 6,50 19/10/2016 14,00 29/10/2014 11,25
19/09/2018 6,50 31/08/2016 14,25 03/09/2014 11,00
01/08/2018 6,50 20/07/2016 14,25 16/07/2014 11,00
20/06/2018 6,50 08/06/2016 14,25 28/05/2014 11,00
16/05/2018 6,50 27/04/2016 14,25 02/04/2014 11,00
21/03/2018 6,50 02/03/2016 14,25 26/02/2014 10,75
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07/02/2018 6,75 20/01/2016 14,25 15/01/2014 10,50
06/12/2017 7,00 25/11/2015 14,25 27/11/2013 10,00
25/10/2017 7,50 21/10/2015 14,25 09/10/2013 9,50
06/09/2017 8,25 02/09/2015 14,25 28/08/2013 9,00
26/07/2017 9,25 29/07/2015 14,25 10/07/2013 8,50
31/05/2017 10,25 03/06/2015 13,75 29/05/2013 8,00
12/04/2017 11,25 29/04/2015 13,25 17/04/2013 7,50
22/02/2017 12,25 04/03/2015 12,75 06/03/2013 7,25
11/01/2017 13,00 21/01/2015 12,25 16/01/2013 7,25
Por isso, a taxa do CDI também se parece com a taxa Selic e seu resultado é alinhado
com o resultado da taxa Selic. O que caracteriza diferença entre as duas taxas é que
a Selic é usada pelo governo para remunerar os bancos em operações de empréstimo
entre eles com garantia em títulos públicos federais, enquanto a taxa CDI é utilizada
nas mesmas operações, porém sem lastro em títulos públicos.
Muito se confunde o CDI com o CDB. De fato, os dois se assemelham, já que ambos
são títulos emitidos pelos bancos com a mesma finalidade: captar recursos. A
diferença é que o CDI é comercializado apenas entre instituições financeiras,
enquanto o CDB é comercializado com outros investidores.
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Comportamento do CDI
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
2001
2002
2012
2000
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2011
CDI
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3. PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Inevitavelmente, as finanças fazem parte do dia-a-dia das pessoas físicas, seja no ato
de gerenciar os recursos disponíveis, seja ao solicitar um empréstimo ou até mesmo
realizar investimentos. Em diversas situações, é importante tomar decisões
importantes relacionadas ao dinheiro, em especial, quando faltam recursos
disponíveis.
Por isso, entender de finanças é essencial para que as pessoas possam manter uma
vida financeira saudável, onde os recursos disponíveis são suficientes para cobrir
todos os custos e, ainda há recursos excedentes que podem ser utilizados como
reservas a serem utilizadas para emergências ou para conquistar objetivos futuros.
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para tal. Quando não se faz o uso de técnicas de administração financeira, o dono do
negócio corre o risco de:
Não saber o saldo de caixa, valor do contas a receber e a pagar ou até mesmo
do estoque;
Não ter controle diário do seu fluxo de caixa e não poder organizá-lo de maneira
saudável;
Em situações de sobra de recursos, não saber onde aplicá-la;
Optar por uma operação de empréstimo mais onerosa do que o normal,
prejudicando a empresa;
Não estipular os preços com base no que impõe o mercado;
Não saber a quanto corresponde o patrimônio da empresa;
Não ter controle sobre a inadimplência.
Fonte: https://www.shutterstock.com/
Podemos destacar também como uma diferença relevante entre as duas profissões o
fato de o contador estar focado em levantar dados financeiros e apresentá-los,
enquanto o administrador financeiro visa avaliar estes dados e, com base neles, tomar
decisão. O administrador financeiro precisa enxergar a empresa de forma ampla,
global e entender como ela se relaciona com o mercado, seu desenvolvimento, sua
concorrência. É através do mercado que o administrador financeiro, por exemplo,
estipulará os preços de seus produtos/serviços disponíveis, independente dos custos
envolvidos na produção e suas tributações.
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controlar o fluxo de caixa empresarial e, com isso, auxiliar na tomada de decisões
estratégicas.
III – Sociedade em Comandita Simples: os sócios são divididos por categorias, sendo
os comanditados os responsáveis pelas obrigações tributárias e os comanditários que
são responsáveis apenas pelos valores de sua participação no capital social da
empresa;
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VIII – Sociedade em conta de Participação: formada por pelo menos 2 participantes,
esta sociedade é exclusiva para atividades comerciais. A sociedade não precisa de
formalização, assim apenas os sócios são afetados pelo contrato.
IX – Sociedade de Advogados: este tipo de sociedade é utilizado por advogados e
deve seguir o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ao
invés de registrar o contrato social da sociedade na junta comercial, esse registro
ocorre na Seccional da OAB de atuação da empresa.
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Transparência: todos os processos e decisões devem ser transmitidos de
maneira coesa e objetiva aos stakeholders (todos os que estão envolvidos com
a empresa).
Equidade: o conceito de equidade está relacionado ao tratamento igualitário
que deve ser estimulado entre todo o corpo diretivo, de gestores, investidores,
funcionários e demais stakeholders.
Prestação de Contas: o conceito de prestação de contas, evidentemente, está
ligado à transparência, porém mais do que isso, este conceito é utilizado como
um instrumento que melhora o controle sobre os processos e potencializa o
planejamento estratégico.
Responsabilidade Corporativa: este conceito estabelece que os envolvidos
conheçam a relevância da atuação da empresa perante à sociedade e entenda
que suas ações têm impacto na imagem que foi construída no mercado.
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Propriedade Princípios Propósitos Papéis
Focadas em melhorar seu desempenho, as empresas cada vez mais buscam adquirir
novos equipamentos, softwares e soluções tecnológicas para as diversas áreas. Com
diversas necessidades, é imprescindível que seja analisada não somente a qualidade
dos ativos a serem comprados, mas também se seus preços são compatíveis com o
orçamento. Por isso, ao longo do tempo foram criadas ferramentas de análise que
facilitam que o profissional de finanças possa verificar as melhores alternativas de
investimentos. Com estes instrumentos, o profissional se habilita a analisar o
rendimento esperado, a ter informações acerca do tempo em que se levará para que
haja retorno ou até mesmo entender se um investimento realizado está dando retorno
ou não.
Não menos importantes do que os métodos de análises, as variáveis que envolvem
um investimento precisam ser compreendidas por todo profissional do ramo.
Fonte: https://www.shutterstock.com/
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Em tomadas de decisão relacionadas a investimentos, é imprescindível que se
conheçam as três principais variáveis impactantes. São elas: Rentabilidade, Liquidez
e Segurança.
4.1.1. Rentabilidade
Então:
37
Montante = 10.000 x (1 + 0,01) 10
Montante = 10.000 x (1,104622)
Montante = 11.046,22
4.1.2. Liquidez
Por isso, o conceito de liquidez pode ser definido como a facilidade de transformar um
ativo em dinheiro. Seu objetivo é mensurar o grau de agilidade com que esse
investimento é convertido em dinheiro sem que haja uma perda significativa de seu
valor.
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CDB de liquidez diária: liquidez alta, já que neste tipo de investimento é
possível realizar o resgate do valor com seus devidos rendimentos a qualquer
momento;
CDB a prazo: liquidez baixa, pois neste caso o investidor deverá esperar
chegar no vencimento do investimento para que possa realizar o saque;
Fundos de Investimentos: liquidez entre média e alta, pois existem diversos
tipos de fundos e cada um tem suas particularidades. Em alguns a liquidez é
imediata, enquanto em outros o saque dos recursos pode levar entre 1 a 4 dias.
4.1.3. Risco
Perfil Conservador: o perfil pelo qual o investidor está menos disposto a correr
qualquer tipo de riscos. Costuma optar por investimentos como poupança, tesouro
direto, imóveis (aluguéis) e CDBs (rentabilidade baixa);
Perfil Moderado: tem perfil moderado o investidor que aceita parcialmente assumir
riscos. Costuma optar por investimentos como fundos de investimentos
multimercados, debêntures, títulos em geral sem cobertura do fundo garantidor de
crédito (rentabilidade média);
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Perfil Arrojado: o perfil pelo qual o investidor se disponibiliza a fazer apostas que
envolvam um certo risco. Costuma optar por investimentos como ações, fundos de
ações (rentabilidade alta);
Embora, de modo geral, quanto maior o risco mais se espera retorno, não é possível
afirmar que em qualquer investimento de alto risco o investidor terá um retorno maior
do que um de médio ou baixo risco. O que se deve levar em consideração é que a
expectativa de receber é maior, isto porque, um investimento de alto risco como a
compra de ações ou a participação em fundos de ações, normalmente é feito em longo
prazo.
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Risco de Liquidez: é o risco ligado a dificuldade de conseguir resgatar a aplicação e
seus rendimentos. Por exemplo: em compras de imóveis, nem sempre há
compradores dispostos a pagar o que se pede.
Fonte:https://www.shutterstock.com/
Payback é o instrumento mais básico e talvez o mais utilizado como forma de analisar
a viabilidade de um investimento. Sua finalidade é calcular o tempo necessário para
se recuperar o investimento inicial realizado e parte do princípio de que quanto maior
for o tempo necessário para se recuperar o dinheiro investido, menor a atratividade
do investimento.
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Para calcular o payback basta somar os rendimentos esperados periodicamente até
que esse valor acumulado se iguale ou supere o montante investido.
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Sua fórmula de cálculo integra as principais variáveis presentes nos cálculos de
investimentos, que são: o fluxo de caixa, o período de investimento e a taxa de
desconto. Vejamos a seguir como funciona seu cálculo:
VPL = Fluxo de Caixa Período 0 + Fluxo de Caixa Período 1 / (1 + Taxa) (Prazo +1) + Fluxo de
Caixa Período 2 / (1 + Taxa) (Prazo + 2) + ....
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto que retorna um Valor Presente
Líquido (VPL) de um investimento igual a zero. De modo geral, a objetivo da TIR é
mensurar o percentual de retorno sobre um investimento.
A TIR é muito importante para analisar casos em que há dúvida entre, por exemplo,
expandir operações em andamento ou criar novas. Neste caso, embora ambas
escolhas possam ser vantajosas para a empresa, a que apresentar a melhor TIR
deverá ser a decisão tomada pela empresa.
O cálculo da TIR tem um grau de complexidade maior do que dos demais métodos e,
assim como os outros, é interessante o entendimento em planilhas excel ou
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calculadoras financeiras, pois quanto maior for o período abordado, maior o tamanho
do cálculo e a possibilidade de erros. A fórmula da TIR é:
Utilizaremos como base para fazer os cálculos a seguinte situação: Uma empresa
deseja realizar um projeto cujo investimento inicial necessário é R$ 50.000,00. Estima-
se que ao final de um ano, já tenha sido recuperado o capital aplicado, com um fluxo
de caixa de R$ 55.000,00. Vamos encontrar a Taxa Interna de Retorno deste projeto:
Valor Presente = 0 (sempre zero)
Valor do Investimento = R$ 50.000,00 (iniciar com sinal negativo sempre)
Prazo = 1 ano
Fluxo de Caixa período 1 = R$ 55.000,00
Logo temos:
Entretanto, o uso do payback simples como base para a tomada de decisões sobre
investimentos é, nem sempre, uma ferramenta consistente, que representa a
realidade. Essa ferramenta gera um embasamento interessante, porém em situações
44
mais complexas é imprescindível que outras análises sejam realizadas para que se
retrate uma realidade futura mais coerente.
45
Ano 1:
Ano 2:
Ano 3:
Ano 4:
Ano 5:
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Ano Fluxo de Caixa Fluxo Descontado Saldo
0 - 100.000,00 - 100.000,00 - 100.000,00
1 30.000,00 28.169,01 - 71.830,99
2 30.000,00 26.449,78 - 45.381,21
3 30.000,00 24.835,47 - 20.545,73
4 30.000,00 23.319,69 2.773,96
5 30.000,00 21.896,43 24.670,38
Então, podemos dizer que em 3,88 anos, considerando o custo de capital envolvido
na operação, haverá a recuperação do capital investido.
Mais uma ferramenta bastante utilizada nas análises financeiras, o Break Even Point
(ponto de equilíbrio) tem como principal função estabelecer o ponto dos negócios em
que há equilíbrio, isto é, não há perda nem ganho. Seu cálculo é realizado para saber
quanto uma empresa precisa arrecadar para que ela consiga bancar sua operação e
seus custos sem que tenha um prejuízo.
A partir do momento em que uma empresa encontra seu ponto de equilíbrio, isso
significa que as despesas e custos se igualam as receitas, o que não representa nem
lucro nem prejuízo para a empresa. Quando seus resultados estiverem acima do
ponto de equilíbrio, estes serão superavitários. Por outro lado, se estes resultados
estiverem abaixo do ponto de equilíbrio, a empresa tem um déficit.
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Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos + Despesas Fixas / Margem de Contribuição
Assim, temos uma margem de contribuição de 50% para cada um dos produtos
produzidos pela empresa. Portanto, agora que temos todas as informações, vamos
aplicar a fórmula do ponto de equilíbrio:
Este resultado significa que a empresa precisa vender um total de produtos que gerem
uma receita de R$ 40.000,00 para que ela não tenha prejuízo.
Isto é, 400 unidades precisam ser vendidas a R$ 100,00 para que a empresa equilibre
suas contas, não tenha prejuízo nem lucro.
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5. TIPOS DE INVESTIMENTOS
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5.1. Benchmark
Os títulos de renda fixa são aqueles pelos quais o rendimento ou o cálculo dos
rendimentos são definidos já na contratação. De modo geral, os ativos de renda fixa
são títulos de dívidas dos bancos, logo, no momento em que o investidor aplica suas
economias, ele está emprestando o seu dinheiro ao banco, por isso ele será
remunerado em troca.
Prazo IR (%)
Até 180 dias 22,5%
De 181 até 360 dias 20%
De 361 até 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%
2 Segundo o BACEN, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada, sem fins
lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que
permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até determinado valor,
em caso de intervenção, de liquidação ou de falência. O total de créditos de cada pessoa contra a
mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado
financeiro, será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
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Na grande maioria dos investimentos em renda fixa há a incidência do Imposto sobre
os Rendimentos. A tabela acima demonstra que, o investidor adquira um ativo de
renda fixa com vencimento para 2 anos e ele resgate o seu capital ao final desse
período, terá de pagar 15% de IR sobre o valor acrescido ao seu montante inicial. Se
esse resgate fosse feito com menos de 180 dias, o percentual de imposto seria 22,5%.
Para evitar grandes perdas com o IR, é interessante que as aplicações em renda fixa
durem ao menos 1 ano.
Os títulos de renda variável são aqueles ativos pelos quais não se conhece o valor a
ser resgatado no futuro e este valor pode ser igual, maior ou até inferior ao que foi
investido inicialmente. Não são aconselháveis aos investidores com perfis moderados
e conservadores, que não têm tolerância a correr certos tipos de riscos. Entretanto,
são os títulos que têm possibilidades de serem os mais rentáveis do mercado.
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Bitcoin: investimento com base na valorização de moeda virtual. Não há
incidência de IR.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONÇALVES, Antônio Carlos Pôrto. Economia Aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2010;
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